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Petrus, A. Educacion social y perfil del educador social, em Sáez ( comp.). El educador social, Murcia,
Universidad de Murcia, 1993.
competências que justificam essa definição: conhecimentos, capacidades e
atitudes.
Em relação ao pilar Conhecimentos, poderíamos mencionar os
conhecimentos gerais que contemplam os conhecimentos necessários que
cada pais apresenta para a formação profissional básica do educador social
como o diploma de Educador Social que vigora na Espanha.
O pilar Conhecimentos específicos se referem aos conhecimentos que
são requeridos pelas entidades contratantes , pensando na nossa realidade de
pesquisa, o que os equipamentos CRAS e CREAS estipulam como atividades
inerentes a esse profissional O autor menciona que é necessário ter
conhecimento de algumas informações que balizam esse trabalho como
algumas atividades específicas da sua rotina, conhecimento do meio, como o
perfil da população atendida, bem como as atividades que a rede oferece como
as atividades associativas.
È necessário que o educador social conheça as metodologias
desenvolvidas, que se referem ao saber fazer, o que engloba tanto as suas
funções e atribuições, os fatores exitosos ou limitadores que esbarram na
atuação do educador social.
O autor utiliza a definição do Dicionário de tecnologia da educação para
definir capacidades: “ termo geral para designar a qualidade, a competência, a
a habilidade que uma pessoa possui para realizar determinadas tarefas ou
atividades.” P.126 e evidencia que o educador social deverá possuir:
capacidade de elaborar projetos educativos, capacidade de intervir no plano
educativo, capacidade de trabalhar em equipe, capacidade de formação
contínua e capacidade para gerir recursos ( p. 126 e 127).
Além dessas capacidades, o autor traz R.Pérez para relatar as habilidades
sociais, que na psicologia organizacional são denominadas de competências
comportamentais como comunicação, trabalho em equipe e negociação.
“ O exercício profissional do educador social se baseia na orientação, na
melhoria, no enriquecimento e nas contribuições para os processos educativos
dos demais, quer dizer, fundamentalmente sua atividade profissional repousa
nas interações com os usuários e usuárias dos serviços, aspectos que
requerem não apenas o conhecimento das técnicas, recursos e métodos, como
também, e principalmente, a capacidade de empatia, escuta e resposta em sua
relação profissional”.
Romans diz que se a educação social for compreendida como “gatilho” para
a mudança social em vez de mera reprodutora da ideologia dominante, faz-se
necessário “mortes” e “processos de luto” de alguns aspectos como nos faz
lembrar Ciampa em Morte e vida Severina
O papel transformador proposto para o educador social nem sempre é
percebido porque alguns educadores sociais não manifestam seus desejos e
ações em decorrência da manutenção da empregabilidade. Como diz o ditado:
manda quem pode, obedece quem tem juízo. Como a profissão está sendo
construída, comportamentos de transformação, mudança, podem ser
compreendidos como falta de profissionalismo.. Diante a precariedade das
condições laborais, o autor apresenta predicados, adjetivos para caracterizar
papéis que nos dizeres de Ciampa são re-postos, haja vista que o papel
pressuposto seria de uma pessoa crítica, autônoma, que visa trabalhar o
protagonismo dos atendidos a partir de uma educação libertadora, que afasta
dos parâmetros bancários estabelecidos pelo sistema capitalista.