Você está na página 1de 2

Autora: Giovana Boaventura Silva

A matéria de “Projeto integrador: órteses e próteses: tecnologias assistivas”


têm como objetivo instruir os alunos do curso de fisioterapia sobre todos os
aspectos que envolvem o uso de órtese e prótese em teoria e instruir e auxilias
os estudantes em como impactar positivamente a comunidade com projetos
para a melhoria de vida dos usuários de órtese e prótese.

O presente relatório objetiva retratar as dificuldades que pessoas que fazem o


uso de órteses sofrem diariamente, onde a professora Mariana Aguiar de
Matos definiu como uma das etapas do projeto a imersão no problema no qual
utilizaríamos uma órtese para vivenciar os possíveis problemas que essas
pessoas poderiam enfrentam ao realizar algumas atividades.

A órtese escolhida foi uma cadeira de rodas sem motor, e será descrito o que
uma pessoa que faz uso dela enfrentaria ao realizar uma atividade simples
como ir ao supermercado e fazer um exercício físico.

No inicio do processo ficou claro que seria impossível essa pessoa sair de casa
sozinha, pois as ruas são íngremes e para quem não possui uma força
considerável nos membros superiores não daria para manter a estabilidade da
cadeira de rodas, então para continuar realizando o processo foi necessária
ajuda de outra pessoa para representar um cadeirante e outra para empurrar a
cadeira de rodas. Ao sair de casa também ficou perceptível que não seria
possível utilizar a calçada para locomoção da cadeira de rodas pela mesma
possuir diversos degraus, então fomos obrigados a descer para a rua, que
apesar de ter sido uma opção melhor a calçada os buracos presente fez com
que tivéssemos que ficar ziguezagueando pela rua o que pode oferece um
risco a vida do cadeirante e de quem empurra a cadeira por ter carros e motos
passando nas vias.

Resolvemos entrar no supermercado e logo na entrada o que se pode observar


e que, se o cadeirante estivesse sozinho teria imensa dificuldade para entrar
pois apesar de ter uma rampa para a cadeira subir havia carros estacionados
que bloqueavam o acesso a ela. Já dentro do estabelecimento notamos que os
usuário de cadeiras de rodas também encontrariam dificuldades ou ficariam
impossibilitados de alcançar diversas prateleiras que estavam nos níveis mais
elevados, e foi perceptível também que alguns corredores são bem estreitos e
não acomodariam cadeiras mais robustas. Também encontramos caixas de
papelão espalhadas entre os corredores, o que dificultou a locomoção da
cadeira de rodas,

Logo depois seguimos para a academia de exercícios ao ar livre do bairro, na


entrada havia uma rampa que dava acesso a essa academia mas estava
parcialmente quebrada o que causou uma grande dificuldade para a subida da
cadeira mas foi possível utilizar ela ,entretanto apesar dessa rampa, no meio
do caminho para a academia havia uma interrupção do asfalto que continuava
em um caminho de terra e essa interrupção era muito íngreme e poderia
causar um acidente ao cadeirante, pois durante a tentativa da descida dava-se
a impressão que a cadeira iria tombar para frente e derrubar o cadeirante no
chão.

Antes de chegarmos ao destino previsto um homem que estava sentado na


proximidade se identificou com a situação e relatou que já havia passado pelo
mesmo ocorrido com a avó que já havia falecido e tambem contou-nos outras
situações que sua avó teve que enfrentar por ser dependente da cadeira de
rodas, e ao ouvir a sua história chega-se a conclusão que, alem das dificuldade
para locomoção, cadeirantes que não conseguem se locomover sozinhos ainda
se deparam com o descaso de familiares e pessoas próximas que não se
disponibilizam a leva-los para realizar atividades recreativas, o que muitas das
vezes pode-se acarretar possíveis transtornos emocionais, o Dr. Sérgio
Munhoz só evidencia isso quando publicou que “ A solidão é tão prejudicial à
saúde quanto fumar 15 cigarros por dia ou ser alcoólatra. Muitos entram em
depressão e até se suicidam.”

Ao chegarmos na academia dentre todos o aparelhos lá somente um seria


possível ser usado por um cadeirante. Como não seria possível sair da
academia pelo mesmo lugar que entramos pelo motivo de ser muito íngreme e
irregular optamos por pegar um caminho alternativo, o que inicialmente se
mostrou ser uma boa ideia mas no fim do caminho havia um bloco de cimento
que cercava toda a área da academia, o que impossibilitou que o cadeirante e
quem conduzia a cadeira conseguisse sair do local, então um homem que
observava a dificuldade em que nos encontrávamos ao tentar driblar essa
barreira resolveu ajudar, e com isso conseguimos sair da academia e
encerramos nosso processo de avaliação das condições dos meios de
locomoção de pessoas que fazem uso de cadeiras de rodas.

Com o relato supracitado podemos chegar a conclusão de que são inúmeros


os problemas que pessoas que necessitam de órteses enfrentam ao realizar
até mesmo simples atividades do dia a dia e que é necessário que a cidade
realiza diversas mudanças em suas vias públicas tanto em ruas quanto em
espaços públicos como praças e afins. Além de todas essas adversidades
também se chega a conclusão que é enfrentado um notório problema de
abandono de idosos, e que esse abandono acaba por agravar o quadro de
saúde dessa parcela já fragilizada da população.

Para a comprovação das ações deste relatório, está anexado um vídeo do


percurso realizado.

Você também pode gostar