Obrigação de dar coisa Incerta

-Coisa incerta: considerada pelo gênero e quantidade

-Poderá incluir a qualidade; artigo 243,CC
-Grau de razoabilidade na qualificação pelo DEVEDOR art.
244,CC

Art244.Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a

escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título
da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado
a prestar a melhor.

Art245.Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na

Seção antecedente.

Art246.Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou

deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.

Devedor é aquele que deve entregar

CONTRÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DE ALEGAR

PERECIMENTO OU PERDA DA COISA, POSTO QUE É
GÊNERO. A obrigação de dar coisa incerta, in casu, quatro mil
quilos de gado bovino, consiste em uma relação obrigacional em
que o objeto, ao invés de determinado e individuado, é referido
apenas pelo gênero, espécie e qualidade. No contrato de compra e
venda de coisa genérica, pois, o vendedor não pode alegar
nenhum dos riscos de perecimento ou deterioração da coisa,
(...)no que se refere à coisa certa, porque o gênero não perece,
devendo, então, cumprir fielmente sua obrigação.
(TJ-SC – AC: 9235 SC 1998.000923-5, Relator: Carlos Prudêncio, Primeira Câmara de
Direito Civil, Data de Publicação: Apelação cível n. 98.000923-5, de Concórdia.)

COMPROMISSO DE VENDA E COMPRA – Ação indenizatória proposta por

cessionária de direitos de contrato de promessa de venda e compra em face do cedente e
da incorporadora, suscitando que o imóvel prometido a ela foi alienado a terceiros –
Sentença de improcedência reconhecendo que a obrigação de dar era incerta, pois o
contrato de cessão de direitos prometia a venda uma unidade no empreendimento a ser
construído, sem se referir a uma específica – Inconformismo da autora com apoio em
cobrança de taxa condominial sobre a unidade indicada, conduta que demonstra a
escolha e aceitação desta pelos apelados, quando esta foi alienada a terceiros –
Cabimento – Prova documental apta a demonstrar que o direito de escolha da autora
previsto no contrato foi exercido quando o cedente e a incorporadora alienaram o
imóvel a terceiros – Ausência de boa-fé contratual – Obrigação de dar coisa incerta que
passou a ser regida pelas regras das obrigações de dar coisa certa após escolha da
credora, conforme regramento do artigo 245 do Código Civil – Direito da demandante a
indenização Recurso parcialmente provido.
(TJ-SP – AC: 10075309120208260566 SP 1007530-91.2020.8.26.0566, Relator:
Galdino Toledo Júnior, Data de Julgamento: 09/02/2022, 9ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 09/02/2022).

Ementa 2

COMPROMISSO DE COMPRAR E VENDA

- Ação indenizatória - cenário de direitos

/ \
Cessionário. Incorporada 3°

Juízo 1° grau - sentença INPROCEDENCIA

Entervalo

Ementa 1

- Obrigação de dar coisa Incerta

- Gado bovino
- Alegação de perecimento ou perda da coisa pelo devedor