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Redes e Regiôes

Precisamos de uma visão mais atualizada do movimento urbano, das mudanças e permanências de
diferentes situações de cidades, dos efeitos da infraestrutura que conecta o ciberespaço e nos faz entender
as cidades digitais. O ciberespaço se apresenta como uma das dimensões do espaço geográfico, no
sentido de as cidades reais adquirirem um novo conteúdo, a partir da sobreposição de uma camada do
ciberespaço traduzida como cidade digital. As cidades digitais emergem como uma alternativa de
potencializar o território de modo complementar a organização das cidades reais situando a população na
sociedade do conhecimento com vista á inclusão digital. Outro aspecto a ser explorado é o das regiões,
das redes do capital, e de como a rede urbana é definida nessa relação: em foco, nesse caso, as cidades
globais. As redes do capital redefinem o conceito de região, firmados por fenômenos sociais específicos
como os regionalismos (político-econômicos) e as identidades regionais (de ordem simbólico-cultural).
Diante da crise escalar dos fenômenos que definem a região, aparecem os espaços conectados e os
desconectados das grandes redes do capital. Os espaços fragmentados são articulados em relação a
grupos/identidades sociais, como nas regiões fronteiriças.
O conhecimento sobre cidades globais, fluxos, infraestrutura e ciberespaço, são necessários para
definir o que são os nós da rede urbana, porque uma infraestrutura de comunicação como aeroportos,
heliportos, que sustenta o espaço de fluxos, o ciberespaço é mais acessível aos moradores urbanos do
hemisfério norte, mais ainda, nos Estados Unidos, Canadá e nos países nórdicos ocasionando a criação de
novos tipos de interdependência entre regiões e centro populacionais dispersos. A difusão das cidades
digitais não segue um padrão determinado. Emergem diversas configurações e modelos que traduzem
políticas públicas ou privadas voltadas para as vantagens potenciais do ciberespaço. Cada projeto possui a
particularidade de um portal de internet oferecendo serviços públicos oficiais online, orientações gerais
ao cidadão, oportunidades e-commerce (comércio eletrônico), e-business (negócio eletrônico),
informações turísticas e demais conteúdos relacionados com a divulgação de informações associadas à
tecnologia de internet. Logo, as cidades carentes de recursos e de uma política para um ordenamento
urbano voltada a implantação dos requisitos básicos a uma cidade digital estarão impedidas de participar
do acesso às redes de informação, o que poderá levá-las a uma crescente desigualdade tecnológica.

Cidades Globais e Cidades Digitais


As cidades digitais facilitam a comunicação, o acesso aos serviços, a novas formas de emprego, ao
ensino a distância, as redes de saúde (ainda que através de consultas). Além disso, há ainda informações
online da cidade como, o tráfego terrestre e aéreo, as informações culturais, aos serviços online, as listas
de discussões, ao correio eletrônico aos bancos e, aquelas que foram instituídas pela administração
pública, a desburocratização no acesso aos serviços públicos, a comunicação com a administração abrindo
um imenso campo de possibilidades.
As cidades globais correspondem aos principais centros financeiros de serviços modernos e
especializados e controle
administrativo das grandes empresas multinacionais, de organizações econômicas internacionais,
constituindo uma rede urbana por onde circula uma grande quantidade de capitais..
Projeto Temático -Os impactos da globalização sobre São Paulo
“...Entre as características da cidade global a centralização do controle do capital, o crescimento acelerado
do setor de serviços (financeiros, inclusive) em detrimento do setor secundário, um processo de
desindustrialização acelerado, o crescimento do desemprego para trabalhadores não qualificados, o
crescimento do setor informal de trabalho e a maior valorização das áreas imobiliárias onde se instalam
atividades e empresas inseridas no processo de globalização.
"Na verdade, a globalização determina a formação de uma rede de cidades que funcionam como nós,
hierarquicamente dispostos, das transações comerciais e financeiras globalizadas", diz Sueli Schiffer.
Com base nessas definições é que São Paulo foi situada como cidade global, embora o lugar que lhe caiba
na "rede hierarquizada" seja o de auxiliar do processo de globalização, e não o de líder. "Esta cidade
funciona como um centro regional de decisões no processo econômico mundial", diz Sueli Schiffer. Em
São Paulo podem ser tomadas as decisões sobre o capital relativas ao Mercosul, à América do Sul e
mesmo à América Latina.” Verticalização e evasão "A globalização não é um processo novo nem é
sinônimo necessariamente de modernidade ou qualidade de vida", diz a professora da FAU. O lado
positivo da cidade global, só existe em partes da cidade, mesmo entre as líderes da globalização.
"Estamos falando de Manhattan e da London City. Ou, quando se trata de São Paulo, da Paulista, da
Oscar Freire, dos Jardins, da Berrini", diz.
Nas cidades globais, os índices de verticalização (aumento da quantidade de prédios) é um dos
indicadores de impacto urbano da globalização – são com frequência bem mais elevada que as médias
das cidades. São Paulo tem um dois maiores índices de verticalização do mundo, junto com isso há uma
evasão da população mais pobre das áreas centrais para a periferia ou para municípios vizinhos. Segundo
o IBGE no distrito da Barra Funda, na área do centro de São Paulo, o número de domicílios decresceu
7,4% entre 1980 e 1991 e a taxa de crescimento da população foi negativa em 1,59% ao ano. Em
contrapartida, no distrito de Guaianazes, periferia da zona leste, no mesmo período, o número de
domicílios cresceu 163% e a população cresceu à taxa anual de 8,24%. Este impacto é atribuído á
globalização, na medida em que ela afeta fortemente o número de empregos, principalmente nos de
menor qualificação (segundo a SEADE, 25% da população economicamente ativa de São Paulo já
sobrevivem de atividades informais – sem registro em carteira). "O desemprego força a migração para as
periferias, a concentração maior de pessoas por domicílio (encortiçamento), a favelização, a invasão de
áreas de mananciais, observando- se, por fim, um aumento da violência urbana". A questão que SP deve
enfrentar, nos próximos anos, é se manterá ou não sua posição especial na América Latina. "Queremos
saber até que ponto a degradação da qualidade de vida e insuficiência de infraestrutura moderna para
uma cidade desse porte não deslocará o papel exercido por SP para outro centro urbano".

1. Encontre no diagrama as palavras em destaque?

Ciberespaço Cidades R E C E R D F G O M S I L A N O I G E R O A E R
globais. Cultural L E E I A S E D R F T G Y H U J H J H C P S S T
Desconectados A D G D D Z X D C F V G B H N J M K J U Ç E D Y
E-business T E E I F A R U T U R T S E A R F N I L L D R U
E-commerce
Espaços Conectados
I R D D Õ D D W E R T Y U I O P Ç L K T K F F I
Fluxos Fragmentados P F A S D E F E C I B E R E S P A Ç O U M G T A
Identidades regionais A A S E D F S D S A Z X C V B N H J K R J S G N
Infraestrutura C F R O N T E I G E C O M M E R C E A N S Y A
Rede urbana O A S E F R T G H G L A S D F G H J K L H E H B
Rede urbana Redes D Z X E S P A Ç O S C O N E C T A D O S B N U R
do capital Regiões S Q W E R T Y U I O A S B E T Y T G F G G I J U
Fronteira E N Ó S D A R E D E U R B A N A A S D F F S I E
Regionalismo
D A S E D R F T G H G H B H I Z X C V B V U K D
E R E D F R T G Y H U J I K O S Z X C V B B L E
R I D E N T I D A D E S R E G I O N A I S E K R

1. Como o ciberespaço se apresenta na nova face das cidades?


2. Que importância é dada ás cidades digitais, no texto?
3. Em quais lugares a infraestrutura de comunicação como aeroportos, heliportos, que sustenta o
espaço de fluxos, o ciberespaço é mais acessível aos moradores? Cite um motivo dessa
vantagem.
4. O que pode ocasionar a desigualdade tecnológica entre as cidades?
5. O que é verticalização?
6. Que impacto urbano da globalização é dado no texto ?
7. Segundo o texto, quais são as consequências do desemprego?

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