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A MICROBIOTA INTESTINAL E SUA INFLUÊNCIA EMERGENTE NO BEM-

ESTAR MENTAL

Bárbara Guimarães Guedêlha¹; Elisamara Reis dos Santos¹; Ana Gabryelle Vieira de
Oliveira¹; Yasmin Costa Oliveira¹; Sabrina Nunes Pinheiro¹; Júlia Castro Lara¹;
Verônica Duarte da Silva2; Wolia Costa Gomes²

1- Universidade Ceuma, curso de Biomedicina, São Luís, Maranhão,


2 - Universidade Ceuma, PPG em Meio Ambiente, São Luís, Maranhão.

Introdução: A microbiota intestinal, ou microbioma, é uma comunidade de


microrganismos no trato gastrointestinal humano. Sua influência é ampla e afeta a
digestão, absorção de nutrientes e regulação imunológica, desempenhando um
papel significativo na saúde geral, incluindo o controle de doenças digestivas,
neurológicas e metabólicas. Além da relevância dos microrganismos intestinais ao
influenciarem diretamente os mecanismos neurais envolvidos na ansiedade,
desenvolvimento cerebral, interação social, cognição e gerenciamento do estresse.
Objetivo: Revisar estudos a respeito dos principais mecanismos subjacentes que
conectam a microbiota intestinal ao equilíbrio mental e o potencial terapêutico de sua
regulação. Método: Foi conduzida uma análise de literatura envolvendo a busca em
8 artigos científicos disponíveis nas plataformas SciELO, Google Acadêmico e
PubMed. Discussões: A composição da microbiota intestinal é suscetível a uma
série de fatores, incluindo alimentação, atividade física, medicamentos, intolerância
alimentar e obesidade. Conforme envelhecemos, essa comunidade microbiana se
torna ainda mais complexa. A relação simbiótica entre as bactérias intestinais e o
hospedeiro é benéfica, proporcionando proteção contra patógenos e influenciando
funções cerebrais por meio de vias endócrinas, imunológicas e neurais. Além disso,
desempenha um papel crucial na síntese de neurotransmissores essenciais como a
serotonina, que regula as emoções. No entanto, quando apresenta distúrbios, sua
atividade pode prejudicar esses processos, sendo associados a doenças como a
depressão e ansiedade, que exibem biomarcadores inflamatórios, como Interleucina-
6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e proteína C-reativa (PCR). É
importante notar que o sistema nervoso central (SNC), o sistema nervoso entérico
(SNE) e o sistema nervoso autônomo (SNA) formam o chamado Eixo Cérebro-
Intestino, coordenam as comunicações neurais, endócrinas e imunológicas. Esse
eixo exerce influência sobre a ativação imunológica, sinalização intercelular,
permeabilidade intestinal e regulação emocional e cognitiva. O eixo hipotálamo-
hipófise-suprarrenal é fundamental para o gerenciamento do feedback e adaptação
ao estresse, enfatizando a interconexão entre o cérebro e o intestino na manutenção
da saúde e do bem-estar. Conclusão: Conforme indicado pelas descobertas, a
compreensão e o cuidado com o microbioma intestinal, por meio de estratégias de
nutrição e estilo de vida, oferecem abordagens integrativas favoráveis à prevenção e
ao tratamento de transtornos psíquicos. A investigação contínua dessa interação
revela potenciais avanços terapêuticos, com foco não apenas no cérebro, mas
também o intestino como um ponto de intervenção remediativa crucial visando
melhorar o bem-estar psicológico de indivíduos que enfrentam tais transtornos.

Palavras-chave: Bem-estar mental, microbiota intestinal, estratégias terapêuticas.

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