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VIGILÂNCIA

EPIDEMIOLÓGICA
E VIGILÂNCIA EM
SAÚDE
Noções Básicas de Doenças como
Leishmaniose e Outras

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Noções Básicas de Doenças como Leishmaniose e Outras

Sumário
Natale Souza

Noções Básicas de Doenças como Leishmaniose Visceral e Tegumentar, Dengue,


Malária, Esquistossomose, dentre outras................................................................................. 4
1. Leishmaniose Tegumentar Americana. . ................................................................................... 4
1.1. Manifestações Clínicas da LTA.. .............................................................................................. 5
2. Leishmaniose Visceral................................................................................................................ 9
3.1. Manifestações Clínicas da Leishmaniose Visceral.......................................................... 10
3. Malária......................................................................................................................................... 14
3.1. Período de Incubação..............................................................................................................16
3.2. Período de Latência................................................................................................................ 17
3.3. Vigilância Epidemiológica da Malária................................................................................. 17
3.4. Medidas de Prevenção e Controle da Malária................................................................. 18
4. Esquistossomose Mansoni.. .................................................................................................... 22
4.1. Modo de Transmissão da Esquistossomose..................................................................... 23
4.2. Vigilância Epidemiológica da Esquistossomose............................................................. 24
5. Dengue, Chikungunya E Zika.. .................................................................................................. 28
5.1. Dengue....................................................................................................................................... 29
5.2. Fase Febril................................................................................................................................ 29
5.3. Fase Crítica.. ............................................................................................................................. 33
5.4. Dengue Grave.......................................................................................................................... 34
5.5. Choque...................................................................................................................................... 35
5.6. Hemorragia Grave.................................................................................................................. 36
5.7. Disfunções Graves de Órgãos.............................................................................................. 36
5.8. Fase de Recuperação. . ........................................................................................................... 37
5.9. Agente Etiológico.. .................................................................................................................. 37
6. Aedes Aegypti, Ações de Controle e Manejo de Vetores................................................... 38
6.1. Controle Vetorial..................................................................................................................... 39
6.2. Chikungunya............................................................................................................................ 41

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6.3. Zika............................................................................................................................................44
Referências Bibliográficas. . ......................................................................................................... 47

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NOÇÕES BÁSICAS DE DOENÇAS COMO LEISHMANIOSE


VISCERAL E TEGUMENTAR, DENGUE, MALÁRIA,
ESQUISTOSSOMOSE, DENTRE OUTRAS
1. Leishmaniose Tegumentar Americana
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LT) é uma doença infecciosa, não contagiosa,
causada por protozoário, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas.
A LTA é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de proto-
zoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. Primariamente, é uma infecção
zoonótica, afetando outros animais que não o ser humano, o qual pode ser envolvido secun-
dariamente.
De acordo com Brasil (2019), tem como sinonímia:
• Úlcera de Bauru,
• Nariz de tapir,
• Botão do Oriente

De acordo com Brasil (2019), a LTA tem como agente etiológico um protozoário do gênero
Leishmania. No Brasil, foram identificadas 7 espécies, sendo 6 do subgênero Viannia e uma do
subgênero Leishmania.
As 3 principais espécies são:

Leishmania (Leishmania) amazonensis;

Leishmania (Viannia) guyanensi;

Leishmania (Viannia) braziliensis.

Os vetores da LTA são insetos denominados flebotomíneos, pertencentes à ordem Diptera,


família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente
como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros, dependendo da localização geográfica.
No Brasil, as principais espécies envolvidas na transmissão da LTA são L. whitmani, L. in-
termedia, L. umbratilis, L. wellcomei, L. flaviscutellata e L. migonei.

VETORES Insetos flebotomíneos

NOMES Mosquito palha, tatuquiria, birigui (dependendo da região,


POPULARES poderá ainda surgir com outro nome)

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VETORES Insetos flebotomíneos

PRINCIPAIS
ESPÉCIES QUE L – whitmani, L. intermedia, L. umbratilis, L. wellcomei, L.
TRANSMITEM NO flaviscutellata e L. migonei.
BRASIL
Picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas (MOSQUITO).
TRANSMISSÃO Não há transmissão de pessoa a pessoa

No homem, em média de 2 meses, podendo apresentar


INCUBAÇÃO períodos mais curtos (duas semanas) e mais longos (2 anos).

Suscetibilidade A suscetibilidade é universal.


e imunidade A infecção e a doença não conferem imunidade ao paciente.

1.1. Manifestações Clínicas da LTA


De acordo com Brasil (2019), a doença se manifesta sob duas formas:

leishmaniose
leishmaniose
mucosa (ou
cutânea e
mucocutânea),

que podem apresentar diferentes manifestações clínicas, descritas no Atlas da Leishma-


niose Tegumentar Americana (2006) e no Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar
Americana (2007).

A forma cutânea caracteriza-se

por apresentar lesões indolores,


com formato arredondado ou ovalado,
apresentando base eritematosa,
infiltrada e de consistência firme,
bordas bem delimitadas e elevadas,
fundo avermelhado e com granulações grosseiras.

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Já a forma mucosa

lesões destrutivas
caracteriza-se em geral nas vias
localizadas na
pela presença de aéreas superiores.
mucosa,

001. (IDECAN/PREFEITURA DE TENENTE ANANIAS-RN/2017) No ano de 2009, o estado do


Rio Grande do Norte registrou 56 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana, com coefi-
ciente de detecção de 1,8 caso por 100.000 habitantes. No Brasil, a Leishmaniose Tegumentar
Americana (LTA) é uma das afecções:
a) Ósseas.
b) Oculares.
c) Musculares.
d) Dermatológicas.

A LTA é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoá-
rios do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas.
Letra d.

002. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/2019) A transmissão da leishmaniose tegumentar


americana, ou úlcera de Bauru, se dá
a) por mosquitos vetores.
b) por aspiração de mofo em cavernas ou florestas úmidas.
c) pelo contato com água contaminada de lagoas ou açudes.
d) pelo contato de urina de rato, presente em água de enchente urbana.
e) por picada de carrapatos.

Os vetores da LTA são insetos denominados flebotomíneos, pertencentes à ordem Diptera,


família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente
como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros, dependendo da localização geográfica.
Letra a.

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003. (IBFC/PREFEITURA DE CRUZEIRO DO SUL-AC/2019) Sobre o controle epidemiológico


da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), assinale a alternativa incorreta.
a) As estratégias de controle devem ser flexíveis, distintas e adequadas a cada região ou foco
em particular.
b) Todos os aspectos epidemiológicos devem ser considerados ao se definir as estratégicas
de controle.
c) A delimitação e a caracterização da área de transmissão são aspectos que devem ser con-
siderados no controle epidemiológico.
d) A Leishmaniose é uma doença endêmica de controle fácil, quando baseado em ações
educativas.

De acordo com Brasil (2019), observa-se a coexistência de um duplo perfil epidemiológico,


expresso pela manutenção de casos oriundos dos focos antigos ou de áreas próximas a eles,
e pelo aparecimento de surtos associados a fatores decorrentes do surgimento de atividades
econômicas, como garimpos, expansão de fronteiras agrícolas e extrativismo, em condições
ambientais altamente favoráveis à transmissão da doença.
Letra d.

004. (IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA-ES/2018) Assinale a opção que apresenta uma


medida adotada na prevenção da leishmaniose tegumentar americana.
a) Vacinação
b) Uso de repelentes
c) Controle de caramujos
d) Tratamento adequado da água
e) Cozimento adequado dos alimentos.

Para evitar os riscos de transmissão, algumas medidas preventivas de caráter individual e


coletivo devem ser estimuladas, tais como: uso de repelentes, quando houver exposição a am-
bientes onde os vetores, habitualmente, possam ser encontrados, dentre outras.
Letra b.

005. (FAFIPA/PREFEITURA DE LOANDA-PR/2018) A Leishmaniose Tegumentar Americana,


doença infecciosa causada por um protozoário, acomete pele e mucosas. Assinale a alternati-
va CORRETA, quanto à medida de controle dirigida aos casos humanos:
a) Controle químico para áreas urbanas.
b) Atendimento precoce, visando diagnóstico, tratamento e acompanhamento.
c) Eutanásia quando as lesões cutâneas se agravarem.
d) Controle químico para áreas silvestres.

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As ações voltadas para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dos casos de LTA são
de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde (SMS), com o apoio das Secretarias
Estaduais de Saúde (SES) e do Ministério da Saúde. Para tanto, faz-se necessário organizar
a rede básica de saúde para suspeitar, assistir, acompanhar e, quando indicado, encaminhar
os pacientes com suspeita de LTA para as unidades de referência ambulatorial ou hospitalar.
Sendo assim, devem-se oferecer as condições para a realização do diagnóstico e tratamento
precoces, bem como estabelecer o fluxo de referência e contrarreferência.
Letra b.

006. (CETRO/CHS/2014) A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infec-


ciosa causada por protozoário do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. Assinale
a alternativa que apresenta a forma de transmissão da LTA.
a) Ingestão de água contaminada.
b) Aerossóis.
c) Picada do inseto transmissor infectado.
d) Contato direto com pessoa infectada.
e) Contato sexual.

A transmissão da LTA ocorre a partir da picada do hospedeiro infectado, no caso, o mosquito.


Letra c.

007. (IDECAN/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO-MG/2014) Sobre a leishma-


niose tegumentar americana, uma doença infecciosa, não contagiosa, de transmissão vetorial,
marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) O modo de transmissão é através de picada de insetos transmissores infectados. Não


há transmissão de pessoa a pessoa.
( ) O período de incubação no homem pode apresentar períodos mais curtos de duas se-
manas e mais longos de cinco anos.
( ) A susceptibilidade é universal. A infecção e a doença não conferem imunidade ao pa-
ciente.
( ) Causada por protozoário do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete
pele e mucosas.

A sequência está correta em


a) V, V, F, V.
b) F, V, V, F
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c) F, V, F, F
d) V, F, V, V.

Item 1. Verdadeiro. Está em acordo com o manual de vigilância epidemiológica de 2019.


Item 2. Falso. O período de incubação no homem, em média de 2 meses, podendo apresentar
períodos mais curtos (duas semanas) e mais longos (2 anos).
Itens 3 e 4. Verdadeiros. Estão de acordo com o manual de vigilância epidemiológica de 2019
Letra d.

2. Leishmaniose Visceral
As leishmanioses são consideradas primariamente como uma zoonose podendo acometer
o homem, quando este entra em contato com o ciclo de transmissão do parasito, transforman-
do-se em uma antropozoonose. Atualmente, encontra-se entre as seis endemias consideradas
prioritárias no mundo (TDR/WHO).
A leishmaniose visceral, dada a sua incidência e alta letalidade, principalmente em indiví-
duos não tratados e crianças desnutridas, é também considerada emergente em indivíduos
portadores da infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), tornando-se uma das
doenças mais importantes da atualidade.
De acordo com Brasil (2019), a leishmaniose visceral é uma doença crônica e sistêmica,
que, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.
Sinonímia:

Calazar,
Esplenomegalia tropical,
Febre dundun

A leishmaniose visceral tem como agente etiológico Protozoários tripanosomatídeos do


gênero Leishmania. Nas Américas, a Leishmania (Leishmania) chagasi é a espécie comumen-
te envolvida na transmissão da leishmaniose visceral (LV).
Os reservatórios da leishmaniose são:

Na área urbana,
•o cão (Canis familiaris) é a principal fonte de infecção. A enzootia canina
tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido
mais prevalente que no homem.
No ambiente silvestre,
•os reservatórios são as raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous) e os
marsupiais (Didelphis albiventris).

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No Brasil, duas espécies estão relacionadas com a transmissão da doença: Lutzomyia lon-
gipalpis, a principal; e Lutzomyia cruzi, também incriminada como vetora em áreas específicas
dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ainda, é possível que uma terceira espécie,
Lutzomyia migonei, também participe da transmissão de LV, devido à sua alta densidade em
áreas com ausência de L. longipalpis e/ou L. cruzi e registro de casos autóctones da doença,
mas isto precisa ser mais estudado. (BRASIL, 2019)

VETORES Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia cruzi

NOMES Mosquito palha, tatuquiria, birigui (dependendo da região,


POPULARES poderá ainda surgir com outro nome)

A transmissão ocorre pela picada dos vetores infectados


TRANSMISSÃO pela Leishmania (L.) chagasi. Não ocorre transmissão de
pessoa a pessoa.

No homem, é de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 e 6


INCUBAÇÃO meses, e, no cão, varia de 3 meses a vários anos, com média
de 3 a 7 meses

Crianças e idosos são mais suscetíveis.


Suscetibilidade Existe resposta humoral detectada através de anticorpos
e imunidade circulantes, que parecem ter pouca importância como
defesa.

3.1. Manifestações Clínicas da Leishmaniose Visceral


É uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso,
astenia, adinamia, hepatoesplenomegalia e anemia, dentre outras. Quando não tratada, pode
evoluir para o óbito em mais de 90% dos casos.

008. (FGR/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/2015) A Leishmaniose Visceral e a


Leishmaniose Tegumentar, respectivamente, apresentam acometimento:
a) Dentário – Subcutâneo.
b) Sistêmico crônico – Pele e mucosa.
c) Ósseo – Fâneros.
d) Ovariano – Renal.

Leishmaniose visceral é uma doença crônica e sistêmica, que, quando não tratada, pode evo-
luir para óbito em mais de 90% dos casos

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Leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por
protozoário, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas.
Letra b.

009. (FDC/FIOCRUZ/2014) No Brasil, a leishmaniose visceral é uma doença:


a) transmitida ao homem por meio da ingestão de carne mal cozida.
b) transmitida ao homem e ao cão por um inseto vetor.
c) de veiculação hídrica, transmitida ao homem quando esse entra em contato com água con-
tendo caramujos contaminados.
d) que acomete o homem picado por carrapato.
e) que o homem deve ser imunizado na infância por vacinação.

No Brasil, duas espécies estão relacionadas com a transmissão da doença: Lutzomyia longi-
palpis, a principal; e Lutzomyia cruzi. São infectados cães e homens, não havendo transmissão
entre pessoas.
Letra b.

010. (IF-RR/IF-RR/2015) A Leishmaniose é uma doença causada por protozoário flagelado, do


gênero leishmania. Existem espécies que causam lesões na pele, a leishmaniose tegumentar
americana, outras espécies causam lesões na mucosa e a leishmaniose visceral ou calazar,
que compromete principalmente o fígado e o baço. Podemos afirmar que a leishmaniose:
a) Leishmaniose é transmitida através de vetores, conhecidos por anofelinos;
b) Leishmaniose é transmitida através de vetores, conhecidos por flaverinos;
c) Leishmaniose é transmitida através de vetores, da espécie Aedes;
d) Leishmaniose é transmitida através de vetores, conhecidos por barbeiros;
e) Leishmaniose é transmitida através de vetores, conhecidos por flebótomos.

O Brasil é o país que concentra o maior número de espécies de flebotomíneos em todo o mun-
do. Esses insetos são responsáveis pela transmissão da Leishmaniose Visceral e da Leishma-
niose Tegumentar, doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania.
Letra e.

011. (FGR/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/2015) Sobre a transmissão da Leishma-


niose Visceral, é CORRETO afirmar que:
a) No Brasil, a forma de transmissão é através de picada dos vetores – L. Longipalpis ou L.
cruzi – infectados pela Leishmania (L.) chagasi.

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b) Alguns autores admitem a hipótese da transmissão entre a população canina através da


ingestão de ossos infectados e mesmo através de mordeduras, cópula, ingestão de pássaros
contaminados, porém, as evidências são grandes sobre a importância epidemiológica destes
mecanismos de transmissão para humanos.
c) Ocorre transmissão direta da Leishmaniose Visceral de pessoa a pessoa.
d) A transmissão ocorre independentemente de haver o parasitismo na pele ou no sangue pe-
riférico do hospedeiro.

No Brasil, duas espécies estão relacionadas com a transmissão da doença: Lutzomyia longi-
palpis, a principal; e Lutzomyia cruzi. A transmissão ocorre pela picada dos vetores infectados
pela Leishmania (L.) chagasi. Não ocorre transmissão de pessoa a pessoa.
Letra a.

012. (VUNESP/CEAGESP/2010) É vetor da leishmaniose visceral:


a) Aedes aegypti.
b) Musca doméstica.
c) Lutzomyia longipalpis.
d) Blatella germanica.
e) Haemagoghus janthinomys.

No Brasil, duas espécies estão relacionadas com a transmissão da doença, Lutzomyia longipal-
pis e Lutzomyia cruzi. A primeira é considerada a principal espécie transmissora da Leishma-
nia (Leishmania) chagasi, mas a L. cruzi também foi incriminada como vetora em uma área
específica do estado do Mato Grosso do Sul.
Letra c.

013. (FUMARC/PREFEITURA DE BETIM-MG/2009) Em relação à Leishmaniose Visceral po-


demos afirmar, EXCETO:
a) A transmissão é através da picada do vetor infectado.
b) A transmissão é direta de pessoa para pessoa.
c) Crianças e idosos correm mais risco de contrair a doença.
d) Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, a Leishmaniose Visceral encontra-se
urbanizada.

A única assertiva que não está de acordo com o guia de vigilância epidemiológica de 2019 é a
letra B, uma vez que a transmissão não ocorre entre pessoas.
Letra b.
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014. (VUNESP/PREFEITURA DE ITAPEVI-SP/2019) A transmissão das leishmanioses visce-


ral (LV) e tegumentar (LT) ocorre
a) por transmissão direta de pessoa a pessoa.
b) através da picada dos vetores do gênero Lutzomyia infectados.
c) pelo aperto de mão, enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue periférico do
hospedeiro.
d) através do contato direto com cães infectados.
e) através do contato sexual com o indivíduo doente.

De acordo com Brasil (2019), A Leishmaniose Visceral e Tegumentar é transmitida por meio
da picada de insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, asa dura, tatuquiras,
birigui, dentre outros.
Letra b.

015. (VUNESP/PREFEITURA DE CANANÉIA-SP/2020) A Leishmaniose visceral é uma zoo-


nose de evolução crônica, com acometimento sistêmico, e, se não tratada, pode levar a óbito
até 90% dos casos. A transmissão ocorre
a) quando pessoas doentes mantêm contato direto com outras saudáveis, que nunca tiveram
a doença, portanto não têm imunidade.
b) pelo contato direto com animais silvestres (pacas, gambás, capivaras, cães) infectados pelo
flebótomo.
c) quando o protozoário é liberado no ambiente devido à ausência de coleta e tratamento de
esgoto, contaminando indivíduos que andam descalços nesses locais.
d) quando fêmeas de insetos flebotomíneos picam cães ou outros animais infectados e depois
picam o homem transmitindo o protozoário Leishmania.
e) pelo contato direto com cães e gatos infectados pelo protozoário, que já estão manifestan-
do sintomas da doença.

De acordo com Brasil (2019), A Leishmaniose Visceral é transmitida por meio da picada de
insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquiras, birigui, dentre outros.
Letra d.

016. (FDC/FIOCRUZ/2014) Em relação à leishmaniose visceral no Brasil é possível afirmar que:


a) todo indivíduo que é infectado com o parasito desenvolve a doença.
b) todo cão que é infectado com o parasito desenvolve a doença.

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c) todo indivíduo imunocomprometido que é infectado com o parasito desenvolve a doença.


d) somente crianças menores de cinco anos infectadas com o parasito desenvolvem a doença.
e) somente uma pequena porcentagem dos indivíduos e cães infectados com o parasito de-
senvolve a doença.

De acordo com Brasil (2019):

Só uma pequena parcela de indivíduos infectados desenvolve sinais e sintomas da doença. Após
a infecção, caso o indivíduo não desenvolva a doença, observa-se que os exames que pesquisam
imunidade celular ou humoral permanecem reativos por longo período. Isso requer a presença de
antígenos, podendo-se concluir que a Leishmania ou alguns de seus antígenos continuam presentes
no organismo durante longo tempo após a infecção inicial.
Letra e.

017. (IBADE/PREFEITURA DE SERINGUEIRAS-RO/2019) A Leishmaniose Visceral (LV) é


uma doença causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi. Acerca da doença,
é correto afirmar que:
a) o inseto transmissor da doença tem, como característica, a coloração esverdeada; e, em
posição de repouso, suas asas permanecem fechadas.
b) os sintomas são úlceras na pele e nas mucosas.
c) o tratamento para a doença não está disponível na rede de serviços do Sistema Único de
Saúde (SUS).
d) é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado.
e) a prevenção à doença ocorre por meio da vacinação da população.

Descrição do inseto responsável pela transmissão da doença.


Letra d.

3. Malária
De acordo com Brasil (2019), a Malária é uma doença infecciosa febril aguda, cujos agen-
tes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores. No Brasil, a magnitude da malária
está relacionada à elevada incidência da doença na Região Amazônica e à sua potencial gravi-
dade clínica. Causa consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob risco, princi-
palmente naquela que vive em condições precárias de habitação e saneamento.
Podemos considerar sinonímias e nomes populares para a malária:

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Noções Básicas de Doenças como Leishmaniose e Outras
Natale Souza

Sinonímia Nomes populares

Paludismo Maleita

impaludismo Sezão

Febre palustre Tremedeira

Febre intermitente Batedeira

Febre terçã benigna Febre

Febre terça maligna

Cinco espécies de protozoários do gênero Plasmodium podem causar a malária humana:


• P. falciparum,
• P. vivax,
• P. malariae,
• P. ovale e
• P. knowlesi.

No Brasil, há três espécies associadas à malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum


e P. malariae. O P. ovale está restrito a determinadas regiões do continente africano e a casos
importados de malária no Brasil. O P. knowlesi, parasita de macacos que tem sido registrado
em casos humanos, ocorre apenas no Sudeste Asiático (BRASIL, 2019).

DICA:
O homem é o principal reservatório com importância epide-
miológica para a malária humana.

Mosquitos pertencentes à ordem Diptera, infraordem Culicomorpha, família Culicidae, gênero Anophe-
les (Meigen, 1818). Este gênero compreende aproximadamente 400 espécies, das quais cerca de 60
ocorrem no Brasil e 11 delas têm importância epidemiológica na transmissão da doença: An. (Nys-
sorhynchus) darlingi (Root, 1926); An. (Nys.) aquasalis (Curry, 1932); espécies do complexo An. (Nys.)
albitarsis s. l.; An. (Nys.) marajoara (Galvão & Damasceno, 1942); An. (Nys.) janconnae (Wilkerson &
Sallum, 2009); An. (Nys.) albitarsis s. s. (Rosa-Freitas & Deane, 1989); An. (Nys.) deaneorum (Rosa-
Freitas, 1989); espécies do complexo An. (Nys.) oswaldoi; An. (Kerteszia) cruzii (Dyar & Knab, 1908);
An. (K.) bellator (Dyar & Knab, 1906) e An. (K.) homunculus (Komp, 1937), (BRASIL, 2019).

Os vetores da malária são popularmente conhecidos por “carapanã”, “muriçoca”, “sovela”,


“mosquito-prego” e “bicuda”.

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De acordo com Brasil (2019), An. darlingi, a fêmea, é o principal vetor de malária no Brasil;
seu comportamento é altamente antropofílico e endofágico (entre as espécies brasileiras, é a
mais encontrada picando no interior e nas proximidades das residências).

A transmissão da malária ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, quando
infectada pelo Plasmodium spp.

Segundo Brasil (2019), ao picar uma pessoa infectada, os plasmódios circulantes no san-
gue humano, na fase de gametócitos, são sugados pelo mosquito, que atua como hospedeiro
principal e permite o desenvolvimento do parasito, gerando esporozoítos no chamado ciclo
esporogônico. Por sua vez, os esporozoítos são transmitidos aos humanos pela saliva do mos-
quito no momento das picadas seguintes.
O ciclo do parasito dentro do mosquito tem duração variada conforme as espécies envol-
vidas, com duração média de 12 a 18 dias, sendo, em geral, mais longo para P. falciparum do
que para P. vivax.
O risco de transmissão depende do horário de atividade do vetor. Os vetores são abundan-
tes nos horários crepusculares,

ao entardecer e ao amanhecer.

Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno. O horário em que há
maior abundância de mosquitos varia de acordo com cada espécie, nas diferentes regiões e
ao longo do ano.

DICA:
Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa. Ou-
tras formas de transmissão, tais como transfusão sanguínea,
compartilhamento de agulhas contaminadas ou transmissão
congênita também podem ocorrer, mas são raras.

3.1. Período de Incubação


Varia de acordo
Para P.
com a espécie P. vivax, P. malariae,
falciparum,
de plasmódio:

de 8 a 12 dias; 13 a 17; e 18 a 30 dias

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3.2. Período de Latência


Segundo Brasil (2019), nas infecções por P. vivax e P. ovale, alguns esporozoítos originam
formas evolutivas do parasito denominadas hipnozoítos, que podem permanecer em estado de
latência no fígado. Estes hipnozoítos são responsáveis pelas recaídas da doença, que ocorrem
após períodos variáveis, em geral dentro de 3 a 9 semanas após o tratamento para a maioria
das cepas de P. vivax, quando falha o tratamento radical (tratamento das formas sanguíneas e
dos hipnozoítos).

DICA:
Caso não seja adequadamente tratado, o indivíduo pode ser
fonte de infecção por até 1 ano para malária por P. falciparum;
até 3 anos para P. vivax; e por mais de 3 anos para P. malariae.

Suscetibilidade Toda pessoa é suscetível.

Indivíduos que apresentaram vários episódios de malária


Imunidade podem atingir um estado de imunidade parcial, com quadro
oligossintomático, subclínico ou assintomático

A vulnerabilidade diz respeito à frequência do fluxo de


Vulnerabilidade indivíduos ou grupos infectados e/ou mosquitos anofelinos.

No que concerne à receptividade de um ecossistema à


transmissão da malária, um ecossistema receptivo deve
Receptividade ter a presença de vetores competentes, um ambiente
adequado e uma população suscetível.

3.3. Vigilância Epidemiológica da Malária


Como casos suspeitos de malária são considerados toda pessoa residente em (ou que
tenha se deslocado para) área onde haja possibilidade de transmissão de malária,

no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que


apresente febre, acompanhada ou não dos seguintes sintomas:
• cefaleia,
• calafrios,
• sudorese,
• cansaço,
• mialgia;
ou toda pessoa submetida ao exame para malária durante investigação
epidemiológica.

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Como casos confirmados de malária são considerados aqueles confirmados por critério
clínico-laboratorial, sendo toda pessoa cuja presença de parasito ou algum de seus compo-
nentes tenha sido identificada no sangue por exame laboratorial. Um caso de malária pode ser
classificado como autóctone, importado, induzido, introduzido, recidivado ou recrudescente
(dependendo da origem da infecção); e como sintomático ou assintomático. Nos contextos
de controle da malária, um “caso” é a ocorrência de infecção confirmada por malária com ou
sem sintomas.

A malária é uma doença de notificação compulsória imediata, portanto, todo caso suspeito deve ser
notificado às autoridades de saúde em até 24 horas, pelo meio mais rápido disponível (telefone, fax,
e-mail). A notificação também deve ser registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notifi-
cação (Sinan), utilizando-se a Ficha de Notificação e Investigação de Malária, disponível na seção
“Notificação da Malária” da página web http://saude.gov.br/saude-de-a-z/malaria. O encerramento
do registro da notificação deve ser completado no sistema no prazo máximo de 30 dias. Devem-se
registrar também todos os exames de controle de cura, (BRASIL, 2019).

Lembrando que essa notificação deverá ser realizada tanto por instituições públicas, quan-
to por instituições privadas.

3.4. Medidas de Prevenção e Controle da Malária


De acordo com Brasil (2019), a interrupção da transmissão de malária é o objetivo final do
controle desta doença. Com a ampliação rápida e esforços sustentáveis, a eliminação da ma-
lária é possível em todos os cenários de transmissão.
Dentro das medidas de prevenção e controle temos as medidas de proteção individual,
cujo objetivo principal é reduzir a possibilidade da picada do mosquito transmissor de malária.
São medidas recomendas:

Evitar frequentar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos,


como beira de rio ou áreas alagadas, do final da tarde até o amanhecer,
pois nesses horários há um maior número de mosquitos transmissores de
malária circulando.

Usar cortinados e mosquiteiros sobre a cama ou rede, se possível


impregnados com inseticidas de longa duração. Além de ser uma medida de
proteção individual, tem efeito de controle vetorial quando usado pela maior
parte da comunidade envolvida.

Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças
e camisas de mangas compridas.

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Usar telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.

Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida) ou de icaridina


nas partes descobertas do corpo. Este tipo também pode ser aplicado sobre
as roupas.

• O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência


de aplicação.
• Deve ser observada a existência de registro em órgão competente.
• Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem
orientação médica.
• Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3
vezes ao dia.

Além disso, devemos considerar que os profissionais envolvidos na prevenção à Malária


devem levar em consideração a prevenção de viajantes.
Para determinar o risco individual de adquirir malária, é necessário que o profissional ob-
tenha informações detalhadas sobre a viagem. Roteiros que incluam as características que
oferecem risco elevado de transmissão e, consequentemente, de malária grave no viajante.
Outro fator fundamental para a prevenção e o controle da malária é o controle vetorial. De
acordo com Brasil (2019), as atividades de controle vetorial de malária são complementares
ao diagnóstico e tratamento. O controle vetorial deve ser desenvolvido, preferencialmente, na
esfera municipal, e tem como objetivo principal reduzir o risco de transmissão, prevenindo a
ocorrência de epidemias, com a consequente diminuição da morbimortalidade.
Ainda de acordo com Brasil (2019), a seleção de intervenções deverá se basear em deter-
minantes definidos, e dependerá da possibilidade de se cumprirem os requisitos e as indica-
ções necessárias para que a ação de controle seja eficaz. A possibilidade de se usarem duas
ou mais ações de controle de modo simultâneo deve ser considerada sempre que indicado e
operacionalmente possível.
No tocante ao controle de vetores, temos mecanismos fundamentais como o controle quí-
mico dos vetores, realizado através da

borrifação intradomiciliar,

a utilização de mosquiteiros impregnados com


inseticida de longa duração (MILD) e

a nebulização espacial

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Na borrifação intradomiciliar o controle de mosquitos adultos é feito por pulverização de


inseticida de efeito residual nas paredes internas dos domicílios. Os ciclos de borrifação in-
tradomiciliar devem respeitar a residualidade do inseticida. Vale ressaltar que, para uma ação
de borrifação intradomiciliar ser efetiva, é necessário que, na localidade onde ela vai ocorrer, a
cobertura mínima de residências atendidas seja de 80%.
Com relação aos mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração (MILD) O
Ministério da Saúde recomenda a utilização de MILD que tenham sido testados e constem na
lista de recomendações da WHOPES/OMS. Espera-se, como efeito da distribuição maciça de
MILD, redução na quantidade de mosquitos picando no interior das residências. Os mosqui-
teiros impregnados serão mais efetivos quanto maior for o número de pessoas protegidas na
localidade.
Na nebulização espacial as ações não devem ser utilizadas na rotina de controle vetorial,
pois, devido à sua efemeridade e à enorme quantidade de variáveis ambientais e entomológi-
cas envolvidas, são normalmente muito pouco efetivas. Sendo assim, a nebulização deve ser
utilizada somente em situações de surtos e epidemias, com o objetivo de diminuir a população
de mosquitos potencialmente infectados, não devendo ser usada em áreas esparsas.
Além disso, temos o controle larvário, como forma de prevenção e controle da malária.
Nesse sentido, Brasil (2019), traz que como medidas de controle larvário de anofelinos, reco-
mendam-se o manejo ambiental e o ordenamento do meio; ações de drenagem, aterro e modi-
ficação do fluxo de água são medidas efetivas, no entanto, devem-se priorizar criadouros que
sejam claramente responsáveis por grande parte da carga de doença, localizados próximos a
conglomerados populacionais (zonas urbanas, vilas, povoados).
Ainda de acordo com a referência, a proximidade entre os criadouros e as residências, a
positividade para espécies vetoras de importância epidemiológica, e a quantidade de criadou-
ros na localidade também são parâmetros a serem observados. O controle de criadouro só
será efetivo se toda ou a maior parte da área de criação do vetor na localidade de intervenção
for tratada.

018. (IDECAN/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2016) “Nos primeiros cinco meses de 2016, Ro-
raima registrou 3 mil casos de malária. Do número, cerca de 50% dos casos são importados
da Venezuela, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Na capital Boa Vis-
ta já foram confirmados 432 casos de malária originários da Venezuela entre janeiro e maio
deste ano.”
(Disponível em: http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2016/08/roraima-tem-3-mil-casos-de-malaria-sesau-diz-
-que-50-vem-da-venezuela.html.Acessoem: 10/10/2016.)

Em relação à malária, assinale a alternativa INCORRETA.


a) A transmissão da doença ocorre de pessoa a pessoa.

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b) É uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos por vetores.
c) Os vetores são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer.
d) O tratamento adequado e oportuno da malária previne o sofrimento humano, a ocorrência
do caso grave, o óbito e elimina a fonte de infecção.

A malária não é transmitida de pessoa para pessoa, sua transmissão se dá a partir da picada
da fêmea do mosquito Anopheles, quando infectada pelo Plasmodium spp.
Letra a.

019. (IDECAN/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2016) Todo caso de malária deve ser notifi-
cado às autoridades de saúde, tanto na área endêmica quanto na área não endêmica. A noti-
ficação deverá ser feita através da ficha de notificação de caso de malária. São consideradas
pessoas de área endêmica:
a) Com febre, cefaleia intensa, vômitos em jato, rigidez da nuca.
b) Com presença de úlcera cutânea, com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura.
c) Procedentes de área onde haja transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anteriores
à data dos primeiros sintomas.
d) Que apresentem quadro febril, sejam residentes ou tenham se deslocado para área onde haja
transmissão de malária no período de 8 a 30 dias anteriores à data dos primeiros sintomas.

No caso de notificação de casos suspeitos, são considerados pessoas de áreas endêmicas


de acordo com Brasil (2019), toda pessoa residente em (ou que tenha se deslocado para) área
onde haja possibilidade de transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anterior à data
dos primeiros sintomas, e que apresente febre, acompanhada ou não dos seguintes sintomas:
cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço, mialgia; ou toda pessoa submetida ao exame para ma-
lária durante investigação epidemiológica.
Letra d.

020. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE VITÓRIA-ES/2019) A respeito da Malária, são inter-


venções de controle vetorial, EXCETO
a) controle de criadouros.
b) borrifação residual.
c) infiltração de área.
d) mosquiteiros impregnados.

Dentre as opções de controle vetorial, temos a borrifação, a utilização de mosqueteiros e o


controle de criadouros (controle larvário). A única exceção nessa questão é a letra “c”.
Letra c.

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021. (COPESE-UFT/PREFEITURA DE PORTO NACIONAL-TO/2019) São considerados o ve-


tor e o agente etiológico causadores da malária, RESPECTIVAMENTE:
a) Aedes aegypti e vírus
b) Anopheles spp. e vírus.
c) Aedes aegypti e protozoário
d) Anopheles spp. e protozoário.

O vetor da malária é a fêmea do mosquito Anopheles spp e o agente etiológico é um protozoário.


Letra d.

022. (ITAME/PREFEITURA DE OUVIDOR-GO/2019) Considerando a malária como uma do-


ença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do
mosquito Anopheles, assinale a alternativa correta:
a) Nem toda pessoa pode contrair a malária, uma vez que a suscetibilidade está restrita a po-
pulações específicas.
b) Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade
parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.
c) A malária é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente é capaz de transmitir a doença
diretamente a outra pessoa.
d) O tratamento exclusivo da malária consiste na internação hospitalar.

a) Errada. Toda pessoa é suscetível à malária.


b) Certa. Indivíduos que apresentaram vários episódios de malária podem atingir um estado de
imunidade parcial, com quadro oligossintomático, subclínico ou assintomático.
c) Errada. Não há transmissão de malária de uma pessoa para outra.
d) Errada. No Brasil, há um programa com foco no tratamento da malária, que não consiste
exclusivamente na internação hospitalar.
Letra b.

4. Esquistossomose Mansoni
De acordo com Brasil (2019), é uma doença parasitária, de evolução crônica, cuja magnitu-
de da prevalência, severidade das formas clínicas e evolução a caracterizam como um impor-
tante problema de saúde pública no país.
A esquistossomose tem como sinonímia:
• “Xistose”,
• “Barriga d’água” e
• “Doença dos caramujos”

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O agente etiológico da esquistossomose é o Schistosoma mansoni, um helminto perten-


cente à classe dos Trematoda, família Schistossomatidae e gênero Schistosoma. São vermes
digenéticos, delgados, de coloração branca e sexos separados (característica dessa família);
a fêmea adulta, mais alongada, encontra-se alojada em uma fenda do corpo do macho, deno-
minada canal ginecóforo.
A esquistossomose possui duas categorias de hospedeiros, sendo um definitivo e um in-
termediário.

• O homem é o principal hospedeiro definitivo e nele o parasita


Hospedeiro apresenta a forma adulta, reproduz-se sexuadamente e
Definitivo possibilita a eliminação dos ovos do S. mansoni no ambiente,
pelas fezes, ocasionando a contaminação das coleções hídricas.

• O ciclo biológico do S. mansoni depende da presença do


hospedeiro intermediário no ambiente. Os caramujos
Hospedeiro
gastrópodes aquáticos, pertencentes à família Planorbidae e
Intermediário
gênero Biomphalaria, são os organismos que possibilitam a
reprodução assexuada do helminto

No Brasil, as espécies Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tena-


gophila estão envolvidas na disseminação da esquistossomose.

4.1. Modo de Transmissão da Esquistossomose


O homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa da cercária na pele.
Após a infecção, as cercárias se desenvolvem para uma forma parasitária primária denomina-
da esquistossômulo, que inicia o processo de migração, via circulação sanguínea e linfática,
até atingir o coração e em seguida os pulmões, (BRASIL, 2019).

Esquistossomose

Nos vasos portais mesentéricos, ocorre a sobreposição da fêmea no


canal ginecóforo do macho e, consequentemente, a cópula, seguida de
oviposição.

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Esquistossomose

No ambiente aquático, acontece a eclosão dos ovos e liberação do


miracídio, que é a forma ativa infectante do hospedeiro intermediário.
O contato com águas contaminadas por cercárias utilizadas para
atividades profissionais ou de lazer, como banhos, pescas, lavagem
de roupa e louça ou plantio de culturas irrigadas, com presença de
caramujos infectados pelo S. mansoni, constitui risco para se adquirir a
esquistossomose.

Esquistossomose

Em média, 1 a 2 meses após a infecção, que


Período de corresponde à fase de penetração das cercárias, seu
incubação desenvolvimento, até a instalação dos vermes adultos no
interior do hospedeiro definitivo.

O homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S.


mansoni a partir de 5 semanas após a infecção e por um
período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20
anos.
Período de Os hospedeiros intermediários começam a eliminar
transmissibilidade cercárias após 4 a 7 semanas da infecção pelos
miracídios.
Os caramujos infectados eliminam cercárias por toda a
vida, que é aproximadamente de 1 ano.

Suscetibilidade e Qualquer pessoa é suscetível, embora existam variações


imunidade individuais.

4.2. Vigilância Epidemiológica da Esquistossomose


Para Brasil (2019), no intuito de evitar a instalação de focos urbanos, é importante manter
a vigilância ativa nas periferias das cidades, em virtude do grande fluxo migratório de pessoas
procedentes de municípios endêmicos, com os objetivos de reduzir:
• A ocorrência de formas graves e óbitos;
• A prevalência da infecção;
• O risco de expansão geográfica da doença;
• Adotar medidas de controle em tempo oportuno.

Para definição de casos suspeitos é considerado o indivíduo residente em (e/ou proceden-


te de) área endêmica com quadro clínico sugestivo das formas aguda, crônica ou assintomá-
tica, com história de contato com as coleções de águas onde existam caramujos eliminando
cercárias. Todo caso suspeito deve ser submetido a exame parasitológico de fezes.
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A confirmação do caso acontece a partir de critérios clínicos-laboratoriais.


Medidas de prevenção e controle da esquistossomose
Como medidas de prevenção e controle da esquistossomose temos:

Controle dos portadores como estratégia de prevenção


Educação em saúde
Controle de hospedeiros intermediários
Saneamento ambiental

023. (GUALIMP/PREFEITURA DE AREAL-RJ/2020) No Brasil, é o principal reservatório do


Schistosoma mansoni, agente etiológico da esquistossomose mansônica:
a) Caramujos.
b) Primatas.
c) Roedores selvagens
d) Ser humano.

O homem é o principal hospedeiro definitivo e nele o parasita apresenta a forma adulta, repro-
duz-se sexuadamente e possibilita a eliminação dos ovos do S. mansoni no ambiente, pelas
fezes, ocasionando a contaminação das coleções hídricas.
Letra d.

024. (FCM/PREFEITURA DE CARANAÍBA-MG/2019) A esquistossomose mansoni, também


conhecida como “xistose” e “barriga d’água”, é uma doença parasitária, de evolução crônica,
cuja magnitude da prevalência, severidade das formas clínicas e evolução caracterizam-na
como um importante problema de saúde pública no país.
A respeito da esquistossomose mansoni, é correto afirmar que
a) o homem é o principal hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni e nele o parasita
apresenta a forma adulta, reproduz-se sexuadamente e possibilita a eliminação dos ovos do S.
mansoni no ambiente, pelas fezes, ocasionando a contaminação das coleções hídricas.
b) o homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa do miracídio na pele e
na mucosa.
c) não existe nenhum tipo de resistência adquirida contra reinfecções em moradores de áreas
endêmicas para a doença; a reinfecção pelo parasita pode acarretar uma resposta exacerbada
da doença, que se manifestava de maneira grave e até mesmo fatal.
d) o homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a partir de 5 semanas após a
infecção e por um período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20 anos.

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a) Errada. O homem é o principal hospedeiro definitivo da esquistossomose mansoni.


b) Errada. O homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa da cercá-
ria na pele.
c) Errada. De acordo com Brasil (2019), há evidências de que certo grau de resistência à es-
quistossomose se faz presente na maioria dos indivíduos expostos em áreas hiperendêmicas,
mas esse mecanismo não está perfeitamente esclarecido. Essa resistência, em grau variável,
faz com que grande parte das pessoas continuamente expostas não desenvolva infecções
com grandes cargas parasitárias. Por isso, o número de pessoas com manifestações clínicas
severas é reduzido, em relação ao total de portadores.
d) Certa. A afirmativa está de acordo com o guia de vigilância epidemiológica de 2019.
Letra e.

025. (IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA-ES/2018) Sobre a esquistossomose mansônica é


correto afirmar que é uma doença:
a) erradicada no Brasil.
b) de veiculação hídrica.
c) transmitida por carrapatos.
d) conhecida como calazar.
e) transmitida por mosquitos.

O ciclo biológico do S. mansoni depende da presença do hospedeiro intermediário no ambien-


te. Os caramujos gastrópodes aquáticos, pertencentes à família Planorbidae e gênero Biom-
phalaria, são os organismos que possibilitam a reprodução assexuada do helminto. Por este
motivo, pode ser considerada uma doença de veiculação hídrica.
Letra b.

026. (IBGP/PREFEITURA DE ANDRADAS-MG/2017) A esquistossomose é uma doença para-


sitária, de evolução crônica, cuja magnitude da prevalência, severidade das formas clínicas e
evolução a caracterizam como um importante problema de saúde pública do país.
Sobre a Esquistossomose Mansônica, assinale V para as afirmativas verdadeiras, F para
as falsas.

( ) O homem é o principal hospedeiro definitivo e nele o parasita apresenta a forma adulta,


reproduz-se sexuadamente e possibilita a eliminação dos ovos do S. mansoni no am-
biente, pelas fezes.
( ) O homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa do miracídio na pele.

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( ) O homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a partir de 5 semanas


após a infecção e por um período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20 anos.
( ) O contato com águas contaminadas por cercarias utilizadas para atividades profissio-
nais ou de lazer, como banhos, pescas, lavagem de roupa e louça ou plantio de culturas
irrigadas, com presença de caramujos infectados pelo S. mansoni, constitui risco para
se adquirir a esquistossomose.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.


a) V F V F
b) V V F V.
c) F V V F.
d) V F V V.

I – Verdadeiro
II – Falso. O homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa da cercá-
ria na pele.
III – Correto.
IV – Correto.
Letra d.

027. (IBFC/SES-PR/2016) A esquistossomose é uma doença que atinge principalmente os


países tropicais, e das espécies de Schistosoma que parasitam o homem, somente o S. man-
soni é encontrado no Brasil. As formas do S. mansoni que são infectantes para o homem de-
nominam-se:
a) Miracídios.
b) Cercárias.
c) Esporocistos.
d) Biomphalarias.

O homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa da cercária na pele.


Letra b.

028. (IDECAN/SES-DF/AGENTE DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE/2014) A esquis-


tossomose mansônica decorre da transmissão do parasita por meio de caramujos de água
doce. Assinale a alternativa que apresenta o nome do gênero do caramujo que faz parte do
ciclo de transmissão da esquistossomose mansônica no Brasil.
a) Pila.
b) Saulea.

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c) Achatina.
d) Afroponus.
e) Biomphalaria.

No Brasil, as espécies Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tena-


gophila estão envolvidas na disseminação da esquistossomose.
Letra e.

5. Dengue, Chikungunya E Zika

As arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti têm se constituído em um dos principais


problemas de saúde pública no mundo. A dengue é a arbovirose urbana de maior relevância
nas Américas. É transmitida por mosquitos do gênero Aedes e possui como agente etiológico
o vírus dengue (DENV), com quatro sorotipos distintos, (BRASIL, 2019).
Ainda de acordo com o referencial acima citado, o vírus chikungunya (CHIKV) foi intro-
duzido no continente americano em 2013 e ocasionou uma importante onda epidêmica em
diversos países da América Central e ilhas do Caribe. No segundo semestre de 2014, o Brasil
confirmou, por métodos laboratoriais, a autoctonia do chikungunya nos estados do Amapá e
da Bahia, passando a conviver com uma segunda doença causada pelo Aedes aegypti.
No primeiro semestre de 2015, foi identificado pela primeira vez no continente americano,
em alguns estados da região Nordeste do Brasil, outro vírus transmitido pelo Aedes aegypti: o
vírus Zika (ZIKV). Desde então se disseminou para todo o país e demais países do continente
americano, com exceção de Chile e Canadá.

O cenário epidemiológico do Brasil, caracterizado pela circulação simultânea dos quatro soro-
tipos do vírus dengue e dos vírus chikungunya e Zika, constitui-se em um grande desafio tanto
para a assistência quanto para a vigilância, em suas ações de identificação de casos suspei-
tos, no diagnóstico precoce e no desencadeamento das ações de prevenção e controle.

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5.1. Dengue
A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar um am-
plo espectro clínico, variando de casos assintomáticos a graves. No curso da doença – em
geral debilitante e autolimitada –, a maioria dos pacientes apresenta evolução clínica benigna
e se recupera. No entanto, uma parte pode evoluir para formas graves, inclusive óbitos, (BRA-
SIL, 2019).

5.2. Fase Febril


A primeira manifestação é a febre que tem duração de dois a sete dias, geralmente alta
(39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às mialgias, às artralgias e
a dor retro-orbitária.

DICA:
Atualmente o guia da vigilância epidemiológica de 2019 traz
que a febre é considerada acima de 38º. Note que na prova
poderá aparecer com essa ligeira discrepância.

O exantema está presente em 50% dos casos, é predominantemente do tipo maculopapu-


lar, atingindo face, tronco e membros de forma aditiva, não poupando plantas de pés e palmas
de mãos, podendo apresentar-se sob outras formas com ou sem prurido, frequentemente no
desaparecimento da febre. Anorexia, náuseas e vômitos podem estar presentes. A diarreia
está presente em percentual significativo dos casos, habitualmente não é volumosa, cursando
apenas com fezes pastosas numa frequência de três a quatro evacuações por dia, o que facili-
ta o diagnóstico diferencial com gastroenterites de outras causas, (BRASIL, 2016).
Após a fase febril, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente com melhora do
estado geral e retorno do apetite.

029. (VUNESP/PREFEITURA DE VALINHOS-SP/2019) Em relação à dengue, é correto


afirmar que
a) a dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a
gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sinais
como febre alta (39 a 40 ºC), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indis-
posição, enjoos, vômitos, entre outros.

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b) a transmissão raramente ocorre em temperaturas acima de 16 ºC, por isso o mosquito se


desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequa-
das (lugar quente e úmido e que possam acumular água) e em 96 horas, no mínimo, o embrião
se desenvolve, gerando larvas ativas.
c) a dengue hemorrágica, cujos sintomas se caracterizam por alterações na coagulação san-
guínea, hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos
e queda na pressão arterial do paciente, levando o paciente à morte em 99% dos casos.
d) existem quatro tipos de vírus da dengue (DEN 1; DEN 2; DEN 3 e DEN 4). A infecção por um
dos tipos imuniza a pessoa infectada para o vírus atuante e os demais tipos de vírus. Esse fato
facilita o desenvolvimento de uma vacina eficaz.
e) os principais sintomas da síndrome do choque da dengue são: febre alta acima de 40 ºC,
dores musculares pouco intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar geral, falta de apetite
e náuseas, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo, principalmente nos braços e pernas.

Como nós podemos observar no texto, na fase 1 ou fase febril a primeira manifestação é a
febre que tem duração de dois a sete dias, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto,
associada à cefaleia, à adinamia, às mialgias, às artralgias e a dor retro-orbitária.
Letra a.

030. (UFMA/UFMA/2016) São sintomas da dengue:


a) Febre alta (39 a 40 graus) de início abrupto, dor atrás dos olhos, dores no corpo e articula-
ções e dor de cabeça;
b) Febre baixa, inchaço das articulações, vermelhidão dos olhos, dor de cabeça;
c) Febre alta (39 a 40 graus) que começa subitamente, manchas vermelhas no corpo com
coceira intensa, dor de cabeça, inchaço e dores intensas nas articulações que dificultam reali-
zação das atividades rotineiras;
d) Febre baixa, dor atrás dos olhos, inchaço das articulações, olhos vermelhos e aversão à luz
e) Febre alta (acima de 40 graus) nos primeiros 2 dias, dor nos olhos, dor de cabeça, vermelhi-
dão dos olhos e aversão à luz.

A dengue tem como primeira manifestação a febre que tem duração de dois a sete dias, geral-
mente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaleia (dor de cabeça), à adinamia,
às mialgias (dores no corpo), às artralgias (dores nas articulações) e a dor retro-orbitária.
Letra a.

031. (IF-ES/IF-ES/2016) A dengue é uma doença infecciosa causada pelo vírus da dengue.
Assinale, entre as alternativas abaixo, a que apresenta os sinais e sintomas mais comuns
da dengue:

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a) Febre no período da tarde, secreção nasal, escarro sanguinolento e diarreia.


b) Rigidez na nuca e dores no corpo, febre alta e dor de cabeça.
c) Inchaço nas articulações, dores no corpo e coriza.
d) Febre, dores no corpo e articulações, dores de cabeça.
e) Nódulos subcutâneos dolorosos acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-
-estar generalizado.

Vamos treinar até passar. A primeira manifestação é a febre que tem duração de dois a sete
dias, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às
mialgias, às artralgias e a dor retro-orbitária.
Letra d.

032. (FCC/TRF-4ª REGIÃO/2010) É um caso suspeito de dengue quando o paciente apresentar


a) doença febril aguda com duração de até 7 dias, acompanhada por pelo menos dois dos
seguintes sintomas: dor retro-orbitária, mialgias, artralgias, prostração e exantema, sempre
associados a hemorragias.
b) febre com duração de 15 dias, acompanhada dos sintomas: cefaleia, dor retro-orbitá-
ria, mialgias.
c) cefaleia com duração de 5 a 10 dias, taquipneia, dor torácica, seguida ou não de hemorragias.
d) doença febril com duração de até 7 dias, acompanhada por pelo menos dois dos sintomas:
cefaleia, dor retro-orbitária, mialgias, artralgias, prostração e exantema, associados ou não a
hemorragias.
e) anasarca, desidratação acompanhada ou não de hemorragias.

Vamos treinar até passar. A primeira manifestação é a febre que tem duração de dois a sete
dias, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às
mialgias, às artralgias e a dor retro-orbitária.
Letra d.

033. (FUNCAB/SESACRE/2013) O paciente Amaro apresenta doença infecciosa aguda há


cinco dias, com febre alta, associada a cefaleia, dor retro-orbitária, mialgia, artralgia e prostra-
ção. Esses sintomas são clássicos de:
a) dengue.
b) tuberculose.
c) pneumonia
d) gastrite.
e) leishmaniose.

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Quem não memorizar os principais sinais e sintomas da dengue, poderá se confundir quando a
questão se refere a “cinco dias”, mas se lembre que o período febril da dengue costuma durar
de 2 a 7 dias.
Letra a.

034. (UFES/UFES/2016) Com relação à dengue, é CORRETO afirmar:


a) A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico, incluindo des-
de formas inaparentes até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Entre esses quadros,
destacam-se a ocorrência de febre hemorrágica da dengue, a insuficiência renal, as manifesta-
ções do sistema nervoso, a endometrite, as hemorragias graves e o choque.
b) A prova do laço, durante o exame físico, deverá ser realizada obrigatoriamente somente nos
casos suspeitos de dengue hemorrágica.
c) A dengue na criança, na maioria das vezes, apresenta-se como uma síndrome afebril com
sinais e sintomas inespecíficos: apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos, diarreia
ou fezes amolecidas.
d) O manejo adequado do paciente com dengue depende do reconhecimento precoce dos si-
nais de alarme, do contínuo monitoramento, do tratamento medicamentoso e das transfusões
sanguíneas.
e) Na dengue, a primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC) de início abrup-
to, associada à cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-orbitária, com presença ou não
de exantema e/ou prurido.

Vamos treinar até passar. A primeira manifestação é a febre que tem duração de dois a sete
dias, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às
mialgias, às artralgias e a dor retro-orbitária.
Letra e.

035. (CESPE/TJ-DFT/2015) No que diz respeito à vigilância em saúde, julgue o item


subsequente.
As manifestações da dengue clássica incluem: febre geralmente alta (39 °C a 40 °C) associada
à cefaleia; prostração; mialgia; artralgia; dor retro-orbitária; e exantema maculopapular acom-
panhado ou não de prurido.

Somente para fixar e perceber como a banca Cespe/Cebraspe cobra o tema.


Todos os sintomas descritos são característicos da dengue clássica/fase febril da doença.
Certo.

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5.3. Fase Crítica


Esta fase pode estar presente em alguns pacientes, podendo evoluir para as formas graves
e, por esta razão, medidas diferenciadas de manejo clínico e observação devem ser adotadas
imediatamente. (BRASIL, 2016)
Ainda de acordo com Brasil (2016), a fase crítica tem início com a defervescência da febre,
entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, acompanhada do surgimento dos sinais
de alarme.
A fase crítica da dengue ainda pode ser subdividida em dois momentos importantes:

5.3.1. Dengue com Sinais de Alarme

De acordo com Brasil (2016), são sinais de alarme na dengue:


• Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua.
• Vômitos persistentes.
• Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
• Hipotensão postural e/ou lipotimia.
• Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
• Sangramento de mucosa.
• Letargia e/ou irritabilidade.
• Aumento progressivo do hematócrito.

036. (CS-UFG/UFG/2017) A infecção pelo vírus da dengue pode causar uma doença sistê-
mica, variando desde formas assintomáticas até quadros graves. Assim, para detectar sinais
que indiquem agravamento do caso, bem como evitar o óbito do paciente, deve-se proceder
rotineiramente, durante o curso da doença, a observância da presença de sinais de alarme e a
orientação do paciente para que procure por assistência médica caso apresente, dentre outros
sintomas, dor abdominal intensa,
a) vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
b) hipotensão arterial e aumento de plaquetas.
c) sangramento de mucosas e hipertensão arterial.
d) aumento de plaquetas e vômitos intermitentes.

Vamos relembrar - De acordo com Brasil (2016), são sinais de alarme na dengue:
• Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua.
• Vômitos persistentes.

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• Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).


• Hipotensão postural e/ou lipotimia.
• Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
• Sangramento de mucosa.
• Letargia e/ou irritabilidade.
• Aumento progressivo do hematócrito.
Letra a.

037. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/2017) Paciente masculino, 27 anos, procurou a unidade


de pronto atendimento apresentando os seguintes sinais/sintomas: febre de início repentino
(temp axilar 39ºc), dor retro-orbitária, exantema máculo-papular, mialgia, além de dor abdomi-
nal intensa e contínua. Foi diagnosticado com suspeita de dengue e, dentre os sinais/sintomas
descritos, apresenta um sinal de alarme para a dengue que é
a) febre.
b) exantema.
c) mialgia.
d) dor retro-orbitária.
e) dor abdominal intensa e contínua.

Vamos relembrar - De acordo com Brasil (2016), são sinais de alarme na dengue:
• Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua.
• Vômitos persistentes.
• Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
• Hipotensão postural e/ou lipotimia.
• Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
• Sangramento de mucosa.
• Letargia e/ou irritabilidade.
• Aumento progressivo do hematócrito.
Letra e.

5.4. Dengue Grave


As formas graves da doença podem manifestar-se com extravasamento de plasma, levan-
do ao choque ou acúmulo de líquidos com desconforto respiratório, sangramento grave ou si-
nais de disfunção orgânica como o coração, os pulmões, os rins, o fígado e o sistema nervoso
central (SNC). (BRASIL, 2016).
De acordo com Brasil (2019), o choque ocorre quando um volume crítico de plasma é per-
dido pelo extravasamento. Ocorre habitualmente entre o 4º e o 5º dia – no intervalo de 3 a 7
dias de doença –, sendo geralmente precedido por sinais de alarme.
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O quadro clínico é semelhante ao observado no comprometimento desses órgãos por ou-


tras causas. Derrame pleural e ascite podem ser clinicamente detectáveis, em função da inten-
sidade do extravasamento e da quantidade excessiva de fluidos infundidos. O extravasamento
plasmático também pode ser percebido pelo aumento do hematócrito, quanto maior sua ele-
vação maior será a gravidade, pela redução dos níveis de albumina e por exames de imagem.
(BRASIL, 2016)

5.5. Choque
O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é perdido através do extravasa-
mento, o que geralmente ocorre entre os dias quatro ou cinco (com intervalo entre três a sete
dias) de doença, geralmente precedido por sinais de alarme. O período de extravasamento
plasmático e choque leva de 24 a 48 horas, devendo a equipe assistencial estar atenta à rápida
mudança das alterações hemodinâmicas. (BRASIL, 2016).
Avaliação hemodinâmica: sequência de alterações hemodinâmicas

Fonte: Opas. Dengue – Guías de Atención para Enfermos em la Región de las Américas. La Paz, Bolívia, 2010.

Sinais de choque:
• Taquicardia.
• Extremidades distais frias.

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• Pulso fraco e filiforme.


• Enchimento capilar lento (>2 segundos).
• Pressão arterial convergente (<20 mm Hg).
• Taquipneia.
• Oliguria (< 1,5 ml/kg/h).
• Hipotensão arterial (fase tardia do choque).
• Cianose (fase tardia do choque).

038. (CONSULPLAN/TRF-2ª REGIÃO/2017) A dengue é uma das doenças de maior incidên-


cia no Brasil atualmente. Nos pacientes com suspeita de dengue a pressão arterial deve ser
verificada em duas posições para identificação de hipotensão postural e pressão arterial con-
vergente. Nas situações em que se verifica pressão arterial convergente, é correto afirmar que:
a) É um sinal precoce de choque.
b) Indica que o paciente está fora de perigo.
c) Está presente em todos os pacientes com dengue.
d) Corresponde à queda somente da pressão arterial diastólica e à manutenção da pressão
arterial sistólica normal para a idade.

Um dos sinais do choque na dengue é a pressão arterial convergente.


Letra a.

5.6. Hemorragia Grave


De acordo com Brasil (2016), em alguns casos pode ocorrer hemorragia massiva sem cho-
que prolongado e este sangramento massivo é critério de dengue grave. Este tipo de hemor-
ragia, quando é do aparelho digestivo, é mais frequente em pacientes com histórico de úlcera
péptica ou gastrites, assim como também pode ocorrer devido a ingestão de ácido acetil salicí-
lico (AAS), anti-inflamatórios não esteroides (Aines) e anticoagulantes. Estes casos não estão
obrigatoriamente associados à trombocitopenia e hemoconcentração.

5.7. Disfunções Graves de Órgãos


O grave comprometimento orgânico, como hepatites, encefalites ou miorcardites pode
ocorrer sem o concomitante extravasamento plasmático ou choque. As miocardites por dengue
são expressas principalmente por alterações do ritmo cardíaco (taquicardias e bradicardias),
inversão da onda T e do segmento ST com disfunções ventriculares (diminuição da fração da
ejeção do ventrículo esquerdo), podendo ter elevação das enzimas cardíacas (BRASIL, 2016).

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5.8. Fase de Recuperação


De acordo com Brasil (2019), ocorre após as 24-48 horas da fase crítica, quando uma reab-
sorção gradual do fluido que havia extravasado para o compartimento extravascular se dá nas
48-72 horas seguintes.
Brasil (2016), afirma que nos pacientes que passaram pela fase crítica haverá reabsorção
gradual do conteúdo extravasado com progressiva melhora clínica. É importante estar atento
às possíveis complicações relacionadas à hiper-hidratação.
Alguns pacientes podem apresentar um rash cutâneo acompanhado ou não de prurido
generalizado. Infecções bacterianas poderão ser percebidas nesta fase ou ainda no final do
curso clínico. Tais infecções em determinados pacientes podem ter um caráter grave, contri-
buindo para o óbito. (BRASIL, 2016).

5.9. Agente Etiológico


Arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família
Flaviviridae.

Quatro são os sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. A transmissão se faz:
Pela picada da fêmea do mosquito Ae. aegypti, no ciclo

Homem Ae. aegypti Homem

O homem infecta o mosquito durante o período de viremia, que começa um dia antes da febre
e perdura até o sexto dia da doença.

De acordo com Brasil (2019), o processo de transmissão compreende um período de incu-


bação intrínseco (PII) – que ocorre no ser humano – e outro extrínseco, que acontece no vetor.
Esses períodos se diferenciam, de acordo com o vírus envolvido na transmissão e, no caso do
período de incubação extrínseco (PIE), também em função da temperatura ambiente.
Ainda de acordo com o referencial acima, temo que em relação ao vírus dengue (DENV),
o período de incubação intrínseco pode variar de 4 a 10 dias. Após esse período, inicia-se o
período de viremia no homem, que geralmente se inicia 1 dia antes do aparecimento da febre
e se estende até o 5º dia da doença.
A suscetibilidade ao vírus da dengue (DENV) no indivíduo é universal; uma vez que haja
infecção, a imunidade adquirida é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga). De ou-
tro modo, a imunidade cruzada (heteróloga) persiste temporariamente no indivíduo, ou seja,

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quando induzida por um sorotipo, é apenas parcialmente protetora contra outros sorotipos e
desaparece rapidamente.

039. (CESPE/TJ-DFT/2015) No que diz respeito à vigilância em saúde, julgue o item


subsequente.
O período de transmissibilidade da dengue compreende um ciclo intrínseco, que ocorre no ser
humano, e um ciclo extrínseco, que ocorre no vetor (Aedes aegypti). A transmissão do vírus do
ser humano para o mosquito, período chamado de virulência, ocorre enquanto houver presen-
ça de vírus no sangue do ser humano.

O homem infecta o mosquito durante o período de viremia, que começa um dia antes da febre
e perdura até o sexto dia da doença.
Errado.

040. (SERCTAM/PREFEITURA DE QUIXADÁ-CE/2016) A transmissão da Dengue se faz pela


picada do mosquito Aedes Aegypti, no ciclo:
a) Cão - aedes aegypti - humano - aedes aegypti – cão.
b) Aedes aegypti - humano - aedes aegypti.
c) Febre alta variando de 39ºc a 40ºc, seguida de cefaleia, mialgia, prostração, artralgia, ano-
rexia, astenia, dor abdominal, náuseas, vômitos, com duração de cerca de 5 a 7 dias.
d) Ovo, larva, pupa e adulto.
e) Humano – aedes aegypti – humano.

O homem infecta o mosquito durante o período de viremia, que começa um dia antes da febre
e perdura até o sexto dia da doença. A partir daí o mosquito infecta outras pessoas através da
picada, formando o ciclo: humano – aedes aegypti - humano
Letra e.

6. Aedes Aegypti, Ações de Controle e Manejo de Vetores


O Aedes aegypti é uma espécie tropical e subtropical, encontrada em todo mundo. Por
sua estreita associação com o homem, o Aedes aegypti é, essencialmente, mosquito urbano,
encontrado em maior abundância em cidades, vilas e povoados. Entretanto, no Brasil, México
e Colômbia, já foi localizado em zonas rurais, provavelmente transportado de áreas urbanas
em vasos domésticos, onde se encontravam ovos e larvas (OPAS/ OMS apud BRASIL, 2001).

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Os mosquitos se desenvolvem através de metamorfose completa, e o ciclo de vida do Ae-


des aegypti compreende quatro fases:

Larva (quatro
Ovo, estágios Pupa e Adulto
larvários),

A fecundação se dá durante a postura e o desenvolvimento


OVO do embrião se completa em 48 horas, em condições
favoráveis de umidade e temperatura.

A fase larvária é o período de alimentação e crescimento.


LARVA As larvas possuem quatro estágios evolutivos.
A larva do Aedes aegypti é composta de cabeça, tórax e abdômen

As pupas não se alimentam. É nesta fase que ocorre a metamorfose


PUPA do estágio larval para o adulto.

O adulto de Aedes aegypti representa a fase reprodutora do inseto.


O Aedes aegypti é escuro, com faixas brancas nas bases dos
segmentos tarsais e um desenho em forma de lira no mesonoto.
Logo após emergir do estágio pupal, o inseto adulto procura pousar
sobre as paredes do recipiente, assim permanecendo durante várias
ADULTO horas, o que permite o endurecimento do exoesqueleto, das asas e,
no caso dos machos, a rotação da genitália em 180º, (BRASIL, 2001).
Os adultos de Aedes aegypti podem permanecer vivos em laboratório
durante meses, mas, na natureza, vivem em média de 30 a 35 dias.
Com uma mortalidade diária de 10%, a metade dos mosquitos morre
durante a primeira semana de vida e 95% durante o primeiro mês

6.1. Controle Vetorial


O controle de vetores compreende duas atividades básicas: vigilância entomológica e com-
bate ao vetor. Geralmente, essas atividades são realizadas por ciclos de trabalho com periodi-
cidade bimestral, o que equivale a seis visitas anuais ao mesmo imóvel, (BRASIL, 2009).
De acordo com Donalísio e Glasser (2002), no controle integrado do Aedes aegypti, as me-
didas preventivas são direcionadas principalmente aos criadouros, constituindo-se de ações
simples e eficazes, especialmente aquelas que consistem em cuidados a serem adotados pela
população.
De acordo com Zara et. al. (2016), é possível a utilização de basicamente três tipos de me-
canismos de controle vetorial:

Mecânico, Biológico e Químico.

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Controle mecânico:
• Consiste na adoção de práticas capazes de eliminar o vetor e os criadouros ou reduzir
o contato do mosquito com o homem. As principais atividades de controle mecânico
envolvem a proteção, a destruição ou a destinação adequada de criadouros, drenagem
de reservatórios e instalação de telas em portas e janelas.

Controle biológico:
• É baseado na utilização de predadores ou patógenos com potencial para reduzir a po-
pulação vetorial. Entre as alternativas disponíveis de predadores estão os peixes e os
invertebrados aquáticos, que comem as larvas e pupas, e os patógenos que liberam
toxinas, como bactérias, fungos e parasitas.

Controle químico:
• Consiste no uso de produtos químicos, que podem ser neurotóxicos, análogos de hor-
mônio juvenil e inibidores de síntese de quitina, para matar larvas e insetos adultos.

041. (MÁXIMA/PREFEITURA DE FRONTEIRA-MG/2016) O combate do Aedes aegypti cons-


titui um grave problema de saúde pública. Sobre as fases da evolução do mosquito, é CORRE-
TO afirmar:
a) Na fase “pupa” ocorre alimentação e o crescimento e acontece nos recipientes com água
que se transformam em criadouros.
b) A larva é composta de cabeça, tórax e abdome e possui um sifão para a sua respiração, ne-
cessitando vir à superfície da água para respirar.
c) Os ovos não são capazes de resistir à dessecação, por isso se recomenda colocar terra no
pratinho dos vasos de plantas.
d) Na fase “larva” o Aedes permanece na superfície da água e esta fase dura cerca de 3 dias.

a) Errada. As pupas não se alimentam.


b) Certa. A larva do Aedes aegypti é composta de cabeça, tórax e abdômen. O abdômen é
dividido em oito segmentos. O segmento posterior e anal do abdômen tem quatro brânquias
lobuladas para regulação osmótica e um sifão ou tubo de ar para a respiração na superfí-
cie da água.
c) Errada. De acordo com Brasil (2001), a capacidade de resistência dos ovos de Aedes aegypti
à dessecação é um sério obstáculo para sua erradicação. Esta condição permite que os ovos
sejam transportados a grandes distâncias, em recipientes secos, tornando-se assim o princi-
pal meio de dispersão do inseto (dispersão passiva).

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d) Errada. As larvas possuem quatro estágios evolutivos. A duração da fase larvária depende
da temperatura, disponibilidade de alimento e densidade das larvas no criadouro.
Letra b.

042. (MÁXIMA/PREFEITURA DE FRONTEIRA-MG/2016) A dispersão do Aedes aegypti a


grandes distâncias se dá geralmente pelo transporte dos ovos e larvas nos recipientes tidos
como criadouros. Sobre a vida do mosquito adulto do aedes aegypti é correto afirmar, EXCETO:
a) Permanece em repouso na superfície interna do recipiente criadouro cerca de 24 horas até
o endurecimento do esqueleto externo e das asas.
b) Podem viver de 30 a 35 dias na natureza com mortalidade de 1% ao dia.
c) Podem viver meses em laboratório.
d) Transmite o vírus da dengue, Zika e Chikungunya..

Os adultos de Aedes aegypti podem permanecer vivos em laboratório durante meses, mas, na
natureza, vivem em média de 30 a 35 dias. Com uma mortalidade diária de 10%, a metade dos
mosquitos morre durante a primeira semana de vida e 95% durante o primeiro mês.
Letra b.

043. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE PINHAIS-PR/2017) Considera-se a dengue um dos


maiores problemas de saúde pública do mundo. Sobre o mosquito vetor, assinale a alternati-
va correta.
a) A transmissão ocorre pela picada do macho do mosquito vetor.
b) O Aedes aegypti possui a cor escura, rajado de branco nas patas e corpo.
c) No seu ciclo de vida, o Aedes apresenta duas fases: larva e adulto.
d) O mosquito adulto vive, em média, de 1 a 2 anos.
e) A sua fêmea põe ovos de 4 a 6 vezes durante sua vida e em locais com água suja e parada.

O Aedes aegypti é escuro, com faixas brancas nas bases dos segmentos tarsais e um desenho
em forma de lira no mesonoto.
Letra b.

6.2. Chikungunya
É uma arbovirose cujo agente etiológico é transmitido pela picada de fêmeas infectadas
do gênero Aedes. No Brasil, até o momento, o vetor envolvido na transmissão do vírus chikun-
gunya (CHIKV) é o Aedes aegypti (BRASIL, 2019).
A doença no paciente pode evoluir em três fases:

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Febril ou
Pós-aguda e Crônica
aguda,

A fase aguda da doença tem duração de 5 a 14 dias. A fase pós-aguda tem um curso de até
3 meses. Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o início da doença, considera-
-se instalada a fase crônica. Em mais de 50% dos casos, a artralgia torna-se crônica, podendo
persistir por anos.

Também conhecida como fase febril, é caracterizada principalmente


por febre alta de início súbito (>38,5ºC) e surgimento de intensa
poliartralgia, geralmente acompanhada de dorsalgia, exantema,
cefaleia, mialgia e fadiga, com duração variável.
Fase Aguda A poliartralgia tem sido descrita em mais de 90% dos pacientes com
chikungunya na fase aguda.
Em geral, o exantema é macular ou maculopapular, acomete cerca
de metade dos doentes e, em geral, surge do 2º ao 5º dia após o
início da febre.

Nessa fase, normalmente a febre desaparece, mas existem


relatos de recorrência. Pode haver melhora da artralgia (com ou
Fase Pós-aguda sem recorrências) persistência ou agravamento desta, incluindo
poliartrite distal, e tenossinovite hipertrófica pós-aguda nas mãos
(mais frequentemente nas falanges e punhos), e nos tornozelos.

Caracterizada pela persistência ou recorrência dos sinais e


sintomas, principalmente dor articular, musculoesquelética e
Fase Crônica neuropática, sendo esta última muito frequente nessa fase. A
prevalência da fase crônica é bastante variável, podendo atingir
mais de 50% pacientes

044. (VUNESP/PREFEITURA DE VALINHOS-SP/2019) Assinale a alternativa que contém


exemplos de arboviroses.
a) Dengue, leishmaniose tegumentar e leptospirose.
b) Leptospirose, chikungunya e febre do Nilo.
c) Leishmaniose visceral, raiva e malária.
d) Zika, Chagas e calazar.
e) Chikungunya, zika e febre amarela.

A alternativa que apresenta três arboviroses é a letra “e”.


Letra e.

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045. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE VITÓRIA-ES/2019) Sobre a Chikungunya, é correto


afirmar que
a) a principal forma de prevenção é a vacinação.
b) o ciclo silvestre da doença inclui os macacos como principal vetor.
c) as medidas de higiene e controle de vetores não afetam o padrão de incidência da doença.
d) pode causar sequelas como dores crônicas nas juntas por longo período.

A fase pós-aguda da Chikungunya tem um curso de até 3 meses. Se os sintomas persistirem


por mais de 3 meses após o início da doença, considera-se instalada a fase crônica. Em mais
de 50% dos casos, a artralgia torna-se crônica, podendo persistir por anos.
Letra d.

046. (FEPESE/PREFEITURA DE BOMBINHAS-SC/2019) Dengue, Chikungunya e Zika são do-


enças de notificação compulsória e estão presentes na Lista Nacional de Notificação Compul-
sória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública.
Essas três doenças têm em comum:
a) A mesma incidência.
b) A mesma letalidade.
c) O mesmo agente etiológico.
d) Um mesmo vetor – o mosquito Aedes aegypti.
e) A capacidade de produzir efeitos teratogênicos como anencefalia.

Dengue, Zica e Chikungunya possuem o mesmo vetor - o mosquito Aedes aegypti.


Letra d.

047. (FGR/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/2015) Seu modo de transmissão é pela


picada do mosquito Aedes aegypti infectado e menos comumente pelo mosquito Aedes albo-
pictus e causa inflamações com fortes dores articulares acompanhada de inchaço.
Este texto refere-se:
a) Ao Ebola.
b) À Raiva.
c) À Chikungunya.
d) À Leishmaniose.

Sempre que enunciado trouxer fortes dores articulares e inchaço, já podemos considerar a
Chikungunya como a resposta mais provável.
Letra c.
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6.3. Zika
É uma arbovirose causada pelo vírus Zika (ZIKV), agente etiológico transmitido por fêmeas
dos mosquitos do gênero Aedes, (BRASIL, 2019).
No Brasil, o vetor comprovado até o momento é o mosquito Aedes aegypti. As formas de
transmissão do vírus documentadas, além da vetorial, são: sexual, pós-transfusional e vertical
(transplacentária). A enfermidade aguda se caracteriza, mais frequentemente, por manifesta-
ções clínicas brandas e autolimitadas. Por isso, muitas vezes, o sintoma que ocasiona a busca
pelo serviço de saúde é o exantema pruriginoso, (BRASIL, 2019).
De acordo com Brasil (2019), o ZIKV, à semelhança de outros flavivírus, também é neurotró-
pico. Desde as primeiras investigações da microcefalia e de estudos subsequentes, no Brasil e
em outros lugares, está claro que o ZIKV é uma causa de uma série de distúrbios neurológicos,
incluindo a síndrome de Guillain-Barré (SGB) e anormalidades em fetos e recém-nascidos,
incluindo as malformações congênitas, em que se destaca a microcefalia.
Ainda de acordo com o referencial acima, a infecção pelo vírus Zika pode ser assintomática
ou sintomática. Quando sintomática, pode apresentar quadro clínico variável, desde manifes-
tações brandas e autolimitadas até complicações neurológicas e malformações congênitas.

Estudos recentes indicam que mais de 50% dos pacientes infectados


por Zika tornam-se sintomáticos

O período de incubação da doença varia de 2 a 7 dias


Na maioria das vezes, a doença é autolimitada, durando
aproximadamente de 4 a 7 dias, podendo estar acompanhada
comumente das seguintes manifestações:
• Febre baixa (≤38,5ºC) ou ausente,
• Exantema (geralmente pruriginoso e maculopapular craniocaudal) de início Precoce,
• Conjuntivite não purulenta,
• Artralgias,
• Edema periarticular,
• Cefaleia,
• Linfonodomegalia
• Astenia e mialgia

Gestantes infectadas, mesmo as assintomáticas, podem transmitir o vírus ao feto. Essa


forma de transmissão da infecção pode resultar em aborto espontâneo, óbito fetal ou malfor-
mações congênitas.
Deve-se ficar atento para o aparecimento de quadros neurológicos, tais como a SGB, ence-
falites, mielites e neurite óptica, entre outros.

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048. (FAUEL/CISMEPAR-PR/2016) A febre pelo vírus Zika (ZIKAV) é uma doença viral aguda,
transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. Estima-se que somente 18% das in-
fecções humanas resultam em manifestações clínicas, sendo, portanto, mais frequente a in-
fecção assintomática. Quando sintomática, quais são as manifestações clínicas apresentadas
pelo paciente contaminado?
a) Febre acima de 38,5º C por mais de três dias, exantema, artralgia, mialgia e dor abdominal.
b) Febre baixa, alterações gastrointestinais e vesiculares, conjuntivite, diarreia, artralgia
e tremores.
c) Febre acima de 37,8ºC por mais de três dias, hiperemia conjuntival, exantema maculopapu-
lar, artralgia, mialgia e cefaleia.
d) Febre baixa, exantema maculopapular, artralgia, mialgia, cefaleia e hiperemia conjuntival.

Somente a alternativa “d” apresenta os sintomas mais comuns de pacientes com Zika Vírus.
Letra d.

049. (FAU/PREFEITURA DE PIRAQUARA-PR/2016) Assinale a alternativa correta.


O principal mosquito transmissor do Zika vírus é o:
a) Aedes aegypti.
b) Culex quinquefaciatus.
c) Culex Pipiens.
d) Culex fatigans.
e) Anopheles aegypti.

Somente para fixarmos – o Aedes aegypti é responsável pela transmissão da Zica, Chikun-
gunya e Dengue.
Letra a.

050. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/2015) Mediante a introdução do Zika vírus no país, a Se-


cretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS) orienta a notificação dos
casos confirmados por meio da Ficha de Notificação do SINAN. Uma das complicações em
decorrência dessa doença é
a) a síndrome hemorrágica.
b) a paralisia tônica aguda unilateral.
c) a síndrome de Guillain-Barré.

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d) o exantema multifocal.
e) o megacólon.

No Brasil e em outros lugares, está claro que o ZIKV é uma causa de uma série de distúrbios
neurológicos, incluindo a síndrome de Guillain-Barré (SGB) e anormalidades em fetos e recém-
-nascidos, incluindo as malformações congênitas, em que se destaca a microcefalia, (BRA-
SIL, 2019).
Letra c.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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volvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único [recur-
so eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 4ª. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

Brasil. Dengue instruções para pessoal de combate ao vetor: manual de normas técnicas. - 3.
ed., rev. - Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 2001.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância


Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de dengue /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemio-
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DONALISIO, Maria Rita and GLASSER, Carmen Moreno. Vigilância entomológica e controle de
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são. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2016, vol.25, n.2, pp.391-404. Disponível em: https://www.
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em 14/11/2020

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das


Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recurso ele-
trônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
das Doenças Transmissíveis. – 5. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em
cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação
do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.

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