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FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

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UNIDADE I • Comprimidos – são substâncias sólidas obti-


das pela compressão do medicamento seco.
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
• Cápsulas – são medicamentos que são envol-
Definições tos em invólucro emiláceo ou gelatinoso.

 Farmacologia: É a ciência que estuda os • Drágeas – são pílulas cobertas por uma ca-
medicamentos. mada de goma arábica e açúcar com o objetivo
de amenizar o sabor e conservar o medicamen-
 Medicamentos: São substâncias que, intro- to.
duzidas no organismo, produzem um efeito te-
rapêutico, ou seja, previnem, aliviam ou curam • Pastilhas – podem ser circulares ou quadran-
um estado patológico. gulares e apresentam uma pasta de açúcar
encobrindo a substância medicamentosa.
 Droga: É toda substância de origem animal,
vegetal ou mineral que poderá ser transfor- • Pós – são pós que apresentam substâncias
mada em medicamento. medicamentosas. Ex.: carbonato de cálcio.
• Porções – forma farmacêutica aquosa ou hi-
Origem dos Medicamentos dro-alcoólica açucarada contendo o medica-
Os medicamentos são oriundos de três reinos, mento principal. É administrado em colheres ou
ou preparados através de reações químicas. cálices. Ex.: porção de Todd, porção anti-
diarréica.
A. Reino animal: são retiradas as substâncias
medicamentosas de glândulas e órgãos de ani- • Gargarejos – são soluções geralmente antis-
mais. sépticas destinadas a lavar ou enxaguar a cavi-
dade bucal.
Ex.: soro antidiftérico, adrenalina, etc.
• Xaropes – são soluções concentradas de açú-
B. Reino vegetal: são extraídas substâncias car em líquidos aquosos, adicionadas de subs-
medicamentosas das diversas partes das plan- tâncias medicamentosas. Ex.: antitussígenos,
tas. expectorantes.
Ex.: vitaminas, etc. • Elixir – é uma solução aromática edulcorada,
geralmente hidro-alcoólica, contendo medica-
C. Reino mineral: são substâncias medicamen- ções solúveis. Ex: Clistin Elixir.
tosas extraídas de fontes de minério.
• Emulsões: são substâncias gordurosas disper-
Ex.: iodo, cálcio, ferro. sas em água. Ex.: emulsão de Scott, Extrato de
Fígado de Bacalhau.
D. Medicamentos sintéticos: são sintetizados
em laboratórios. • Colírio – medicamento para ser aplicado nos
olhos e pálpebras. Uso tópico. Ex.: Mirabel,
Ex: ácido acetilsalicílico, sulfas. Visadron.

E. Outros: produtos de metabolismos de micro- • Tinturas – substância medicamentosa que tem


organismos. como veículo o álcool. Ex.: Merthiolate, tintura,
tintura de canela.
Ex. penicilina, etc.
• Injetáveis – são formas farmacêuticas estéreis
UNIDADE II destinadas a serem introduzidas no organismo
através da pele ou mucosa.
FORMAS FARMACÊUTICAS • Soluções parenterais – são considerados sob
essas denominações todos os soros. Podem ser
É a maneira pela qual o medicamento é apre- isotônicos ou hipertônicos e são administrados
sentado. Podemos classificar as formas farma- por via IM, IV, SC.
cêuticas em:
• Soluções isotônicas – são soluções nas quais
• Formas líquidas: porções, misturas, limona- a concentração do elemento é igual a do orga-
das, emulsões, loções, gargarejos, colírios. nismo.
• Formas semi-sólidas: pomadas (são macias e
pegajosas), pastas, cremes, linimentos (são UNIDADE III
menos sólidas, para fricção), gel.
AÇÃO DAS DROGAS NO ORGANISMO
• Formas sólidas: comprimidos, pílulas, drágeas,
cápsulas, supositórios, tabletes, pastilhas. Após a introdução do medicamento no organis-

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mo, esses vão sofrer transformações metabóli- ses dos medicamentos.


cas a fim de serem aproveitadas pelo organismo
Dose – é uma determinada quantidade de uma
e produzirem “efeitos terapêuticos”.
droga administrada no organismo, a fim de pro-
Classificação: duzir o efeito terapêutico.
 Medicamentos de ação geral.
Classificação das Doses
 Medicamentos de ação local.
 Medicamentos de ação local-geral. • Dose máxima: é a maior quantidade de um
medicamento capaz de produzir o efeito tera-
Medicamentos de ação geral – para que haja a
pêutico, sem acarretar efeitos tóxicos.
ação geral é necessário que o medicamento
caia na corrente circulatória e, através dessa, • Dose mínima: é a menor quantidade de um
atinja órgãos, tecidos e células. medicamento capaz de produzir o efeito tera-
pêutico.
Tipos de ação geral:
• Dose tóxica: é a quantidade de um medica-
• Estimulantes: são medicamentos que aumen- mento que ultrapassa a dosagem causando
tam a atividade celular. Ex.: digitalis que são perturbações no organismo, porém pode ser
estimulantes do coração, e a cafeína, estimulan- socorrido a fim de evitar o êxito letal.
te do cérebro.
• Dose letal: é a quantidade de um medicamen-
• Depressivos: são medicamentos que diminu- to que causa a morte do indivíduo.
em a atividade celular. Ex.: morfina deprime o
centro respiratório no SNC. Fatores que influenciam a dosagem:
• Medicamentos de ação local – são medica- • Idade: o adulto requer uma dose maior de
mentos de uso externo, os quais agem sobre a medicamento do que a criança.
área onde são aplicados, que pode ser:
• Peso: em geral, quanto maior o peso, maior a
• Na pele – aplicação de pomadas em feridas, dosagem de medicação.
lavagem de ferimentos.
• Sexo: em geral, o sexo feminino requer dosa-
• Na mucosa – colocação de supositórios retais, gem menor que o sexo masculino, devido às
clister, óvulos vaginais. diferenças metabólicas.

Tipos de ação local: • Vias de administração: a dose EV (endoveno-


sa) de um medicamento é, geralmente, maior do
• Antissépticos: medicamentos que impedem o que a dose IM (intramuscular) e essa menor que
desenvolvimento de germes. a dose oral.
• Adstringentes: medicamentos que contraem os
tecidos e diminuem a luz dos vasos (vasocons-
UNIDADE V
trição).
• Emolientes: agem lubrificando e amolecendo ADMISTRAÇÃO DAS DROGAS
os tecidos.
A administração dos medicamentos é uma das
• Anestésicos: agem fazendo bloqueio das de- mais sérias responsabilidades que pesa sobre o
terminações nervosas e sensoriais, provocando pessoal de enfermagem. É uma técnica de en-
perda da sensação em determinado local. fermagem que não exige, apenas, habilidade
manual, mas, ainda, segurança, discernimento,
Medicamentos de ação local-geral – são medi-
conhecimento. Os medicamentos devem ser
camentos que, simultaneamente, fazem ação
administrados com exatidão, de modo a produ-
local e geral.
zir os melhores resultados e nenhuma margem
Tipos de ação local-geral: de erros. Para isto devemos conhecer:
A Epinefrina aplicada na mucosa nasal a fim de
 A ação das drogas no organismo;
estancar uma hemorragia nasal (epistaxe), é
 As vias de administração;
absorvida, caindo na corrente circulatória e pro-
 A dosagem máxima e mínima;
duzindo tensão arterial.
 Os fatores que modificam a dosagem;
 Os sintomas tóxicos;
UNIDADE IV
 A técnica de administração;
DOSAGEM  Os cuidados de enfermagem específicos em
cada medicação.
Posologia – ramo da ciência que estuda as do-

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Vias de administração nele são introduzidas após a sua transformação,


sob a forma de metabólitos. O rim é o órgão
→ Vias diretas: IV; IM; SC; ID; intra-cardíaca,
mais importante para a eliminação das drogas.
intratecal; Intraóssea.
 Vias de eliminação:
→ Vias indiretas: é quando os medicamentos
penetram através de uma membrana: VO;
✓ Via digestiva: através das fezes;
inalação; via vaginal; através da pele e mu-
✓ Via renal: através da urina;
cosas.
✓ Via respiratória: através do ar expirado;
✓ Pelas glândulas salivares: através da saliva;
Cuidados gerais na administração dos medi-
✓ Pelas glândulas mamárias: através do leite.
camentos
• Todo medicamento deve ser prescrito pelo
médico. UNIDADE VI
• Os medicamentos administrados devem ser AÇÃO DA DROGA: PRINCÍPIOS GERAIS
anotados no prontuário, assim como as obser-
vações sobre intolerância à drogas e intoxica- A farmacologia pode ser definida como sendo o
ção medicamentosa. estudo pelo qual a função dos sistemas biológi-
• Ler, cuidadosamente, cada cartão de medica- cos é afetada por agentes químicos. Trata-se de
ção. uma ciência relativamente nova, tendo sido
reconhecida no final do século XIX na Alema-
• Evitar tocar o medicamento com as mãos. nha.
• Jamais usar medicamentos que estejam sem Muito antes disso, entretanto os remédios à
rótulo ou sujos. base de ervas eram amplamente utilizados,
• Não administrar medicamentos que não foram porem havia uma surpreendente relutância e cai
preparados pela própria pessoa. na terapêutica qualquer coisa que lembrasse os
princípios científicos. Até mesmo Robert Boyle,
• Administrar os medicamentos observando, que estabeleceu as bases científicas da química
rigorosamente, a via de administração prescrita, em meados do século XVII, sentia-se satisfeito
a dose correta, via correta, o medicamento cor- quando lidava com a terapêutica, recomendan-
reto, na hora exata, ao paciente certo. do misturas de vermes, estrume, urina e do
musgo do crânio de um homem morto.
• Não conversar durante o preparo e adminis-
tração do medicamento. Na verdade, a terapêutica só começou a ser
influenciada pela ciência na metade do século
• Ao preparar e administrar os medicamentos, XIX, quando Virchow tratou incute o assunto: “A
observar, rigorosamente, as técnicas assépti- terapêutica é um estágio empírico apreciado por
cas. médicos e clínicos, porém é através de sua
• Não misturar medicamentos diferentes, a me- combinação com a fisiologia que pode ser con-
nos que receba orientação para fazê-lo, pois siderada ciência, o que ainda hoje, efetivamente
poderão ocorrer reações químicas. não é”.
Naquele tempo, a noção do funcionamento
• Na medicação parenteral, fazer os cálculos
normal e anormal do corpo era por demais ru-
corretos da dosagem.
dimentar para poder oferecer até mesmo um
• Ler o rótulo do medicamento três vezes, a fim conhecimento básico das drogas: ao mesmo
de evitar erros. tempo, a doença e a morte eram consideradas
assuntos quase sagrados por conveniência
• Após administrar o medicamento, checar no estudados nas doutrinas antes autoritárias do
prontuário.
que científicas.
• Absorção dos medicamentos. A prática clínica quase sempre demonstrava
• Após a introdução dos medicamentos no or- obediência à autoridade ignorando o que pare-
ganismo, esses precisam ser absorvidos a fim cia facilmente verificável. Assim, por exemplo, a
de produzirem o efeito terapêutico. Após a ab- casca de cinchona foi reconhecida como trata-
sorção, os medicamentos já metabolizados ca- mento específico e eficaz para a malária, e um
em na circulação geral, sendo conduzidos aos protocolo criterioso para ou estabelecido por
órgãos, tecidos e, finalmente, às células. Lind. em 1765. Todavia, em l8O4 Johnson de-
clarou não ser seguro esse tratamento até de-
• Eliminação dos medicamentos. saparecer a febre, recomendando em seu lugar
• O organismo tende a eliminar as drogas que o uso de grandes doses de calomelano nos

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estágios iniciais um exemplo de recomendação ponto de alterar sua função. Naturalmente, as


criminosa que, entretanto foi amplamente aceita moléculas no organismo excedem notavelmente
nos 40 anos seguintes. o número de moléculas de uma droga, e se as
moléculas da droga fossem distribuídas de mo-
Drogas na Medicina do randômico, a probabilidade de interação com
qualquer classe particular de molécula celular
Reiteradas tentativas foram feitas para se criar seria desprezível.
sistemas de terapêutica, muitos dos quais pro-
Por conseguinte, os eleitos farmacológicos exi-
duziram resultados piores do que o empirismo
gem, em geral, a distribuição não-uniforme da
puro. A alopatia é um desses sistemas, adotada
molécula da droga no organismo ou no tecido, e
por James Gregory ([1735-] 821). Os remédios
isso quer dizer, em outras palavras, que as mo-
preteridos eram as sangrias, os eméticos e 05
léculas de uma droga devem estar “ligadas” a
purgativos, utilizados até que fossem suprimidos
constituintes particulares das células e dos teci-
os sintomas dominantes da doença.
dos para que possam produzir algum efeito.
Muitos pacientes morriam cm decorrência desse
A noção da natureza desses sítios de ligação,
tratamento, e foi em reação a essa prática que
bem como dos mecanismos através dos quais a
Hahnemann introduziu a homeopatia no começo
associação de uma molécula da droga a um
do século XIX. Os princípios orientadores da
sítio de ligação resulta numa resposta fisiológica
homeopatia são:
constitui a principal meta da pesquisa farmaco-
 Os semelhantes curam-se pelos semelhantes; lógica.
 A atividade pode ser potencializada por dilui- As drogas produzem, em sua maioria, efeitos
ção. através de sua ligação, em primeiro lugar, a
moléculas protéicas. Até mesmo exceções apa-
O sistema logo chegou às raias do absurdo: por
rentes, como os anestésicos gerais, que durante
exemplo, Flahnemann recomendava o uso de
muito tempo se acreditaram pudessem produzir
drogas cm diluições de 1:10, razão essa equiva-
seus efeitos através de uma interação com os
lente a uma molécula em relação a uma esfera
lipídios da membrana, parecem interagir princi-
do tamanho da órbita de Netuno.
palmente com proteínas da membrana.
Muitos outros sistemas terapêuticos surgiram e
desapareceram, e a variedade de princípios A única exceção importante às proteínas como
dogmáticos que eram incorporados acabou sítios-alvo é o DNA, sobre o qual atuam diver-
dificultando o progresso científico, ao invés in- sos agentes antitumorais e antimicrobianos,
crementá-lo. bem como agentes mutagênicos e carcinogêni-
cos.
As drogas constituíram, durante muitos anos, a
forma mais amplamente utilizada de intervenção
Proteínas-alvo para ligação das drogas
terapêutica disponível para os médicos. A confi-
ança nos produtos naturais, principalmente de
Quatro tipos de proteínas reguladoras estão
origem vegetal, predominou até que na década
comumente envolvidos como alvos primários
de 1920 foram introduzidos pela primeira vez os
das drogas:
produtos químicos sintéticos, e a moderna in-
dústria farmacêutica começou a se desenvolver. ✓ Enzimas;
✓ Moléculas transportadoras;
Os produtos naturais continuam sendo fontes
✓ Canais de íons;
importantes de novas drogas, porém a maioria
✓ Receptores.
consiste, na atualidade, em produtos químicos.
Sabe-se que alguns outros tipos de proteína
atuam como alvos para drogas, e devemos
UNIDADE VII
lembrar que existem muitas drogas cujos sítios
de ação ainda não foram elucidados. Além dis-
LIGAÇÃO DAS MOLÉCULAS DAS DROGAS
so, sabe-se que muitas drogas ligam-se (além
COM AS CÉLULAS
de seus alvos primários) às proteínas plasmáti-
cas bem como aos constituintes celulares, sem
Um dos princípios básicos da farmacologia de-
produzir qualquer efeito fisiológico óbvio.
clara que as moléculas de uma droga devem
exercer alguma influência química em um ou
Entretanto, a idéia geral de que a maioria das
mais constituintes das células para produzir
drogas atua em um dos quatro tipos de proteí-
resposta farmacológica. Em outras palavras, é
nas assinalados anteriormente serve como pon-
necessário que as moléculas das drogas fiquem
to de partida.
tão próximas a essas moléculas celulares a

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UNIDADE VIII ▪ Não narcóticos – tem a propriedade analgé-


sica e antitérmica e são usados para alívio de
DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA NER- formas menos intensas de dor. Além disso, atu-
VOSO CENTRAL am como antiinflamatório e anti-reumático.
O SNC trata da coordenação e do controle de ▪ Os analgésicos mais usados são: Aspirina,
todas as funções do corpo. Ele recebe estímu- AAS, Ronal, Melhoral, Coristina (contém ácido
los e os transmite ao centro superior do cérebro, acetil salicílico), salicilatos que são sais de ácido
o córtex, onde se realiza o processo mental. salicílico, Fungol, Dermicol, Calicida, etc. Tyle-
nol (acetominofeno).
Essas funções do SNC podem ser modificadas
por meio de substâncias introduzidas no orga-
Cuidados de Enfermagem
nismo, podendo-se assim fazer o tratamento
dos distúrbios do sistema nervoso. • Observar, rigorosamente, a dose a ser admi-
nistrada a fim de evitar enganos e superdosa-
Classificação das substâncias que atuam no
gem.
SNC:
Estimulantes: as drogas que estimulam o SNC • Administrar o medicamento quando por VO,
ajudam-nos a pensar e a raciocinar mais rapi- acompanhado de leite quando prescrito, pois
damente. Os estímulos respiratórios e os esti- esses analgésicos, principalmente os salicilatos
mulantes superadores da depressão, são os (AAS, Aspirina), são irritantes gástricos.
que têm maior valor medicinal. Esses visam • Observar sinais como náuseas, vômitos, dor
restabelecer a consciência e fazer com que o epigástrica que são sinais de intolerância ao
paciente volte a ser mentalmente alerta. medicamento.
Depressores: esses agentes têm a capacidade • Em pacientes com hipertermia, observar sudo-
de deprimir todo o tecido excitável do SNC. Ex.: rese quando intensa, especialmente em crian-
vapores anestésicos, barbitúricos, hipnóticos, ças, pois podem aparecer complicações como a
sedativos. desidratação.
Depressores e Estimulantes seletivos do • Fazer controle de respiração devido à ação
SNC: essas substâncias podem manifestar efei- central do medicamento.
tos depressores ou excitantes em alguns casos,
simultaneamente. Ex.: anticonvulsivantes, rela- • Observar fenômenos hemorrágicos, principal-
xantes musculares, narcóticos, analgésicos, mente em pacientes em tratamento prolongado
antitérmicos. com salicilatos.
Fármacos que atuam sobre o Sistema Nervoso • Fazer controle de temperatura em caso de
Central (SNC) hipertermia.
• Observar e comunicar à enfermeira sinais e
 Analgésicos, antipiréticos e anti-reumáticos;
sintomas como: anorexia, náuseas, vômitos,
 Anestésicos;
sonolências e hiperventilação, que são sinais de
 Hipnóticos e sedativos;
intoxicação.
 Anticonvulsivantes;
 Relaxantes musculares de ação central;
 Anestésicos
 Grupo de atropina;
 Entorpecentes;
Definição: são medicamentos que tornam o
 Estimulantes do SNC.
paciente insensível à dor.
 Analgésicos, Antipiréticos e Anti- Divisão dos anestésicos:
reumáticos.
 Anestésicos gerais;
 Anestésicos locais.
Definição: são medicamentos dotados da capa-
cidade de suprimir a dor. Age seletivamente
Anestésicos gerais: são medicamentos que
sobre o sistema termo-regulador de pacientes
deprimem o SNC, a tal ponto que o paciente
com hipertermia, provocando a queda da tem-
perde toda a sensibilidade à dor, e também
peratura a níveis normais, e ainda agem como
permanece inconsciente. Podem ser adminis-
antiinflamatório (analgésicos não narcóticos).
trados por inalação, por via endovenosa, por via
Os analgésicos dividem-se em: retal.
▪ Narcóticos ou entorpecentes que serão vis- Alguns anestésicos gerais:
tos posteriormente.
Éter: produz perda dos sentidos por períodos

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prolongados. É administrado por inalação. Cuidados de enfermagem


Ciclopropano: anestésico de ação prolongada,
• Antes da indução, proporcionar apoio emocio-
administrado por inalação.
nal ao paciente.
Óxido Nitroso: usado como analgésico, junta-
mente com o oxigênio. • Preparar os materiais e anestésicos, deixando-
os ao alcance do anestesista.
Halothane e Fluothane: anestésicos gerais efi-
cazes e mais potentes. • Puncionar veia de bom calibre com jelco nº 18
ou 20.
Thionembutal, Ketalar: anestésicos derivados
dos barbitúricos. • Verificar sinais vitais do paciente, comunican-
do qualquer alteração.
Anestésicos Locais: são medicamentos que • Fazer lavagem mecânica com água e Fisohex
são aplicados em locais predeterminados, pro- ou PVPI degermante, clorexidina, quando for
vocando perda da sensibilidade, pois bloqueiam anestesia raquidiana ou peridural.
as terminações nervosas, porém, sem perder a
consciência. Com esse tipo de anestésico, po- Durante a anestesia:
dem-se fazer vários tipos de anestesia:
• Oferecer material e medicação que o aneste-
 Anestesia superficial: é aplicada localmente, sista solicitar.
ou seja, sobre a pele ou mucosa.
• Verificar sinais vitais, freqüentemente.
 Anestesia troncular: feita diretamente ou ao
redor de troncos nervosos, que enervam o • Observar coloração do paciente, comunicar
campo operatório. em caso de cianose ou palidez.
 Anestesia raquidiana: é feita diretamente no
 Hipnóticos e Sedativos
espaço subaracnóide (canal raquiano).
Definição: hipnóticos são medicamentos que
Alguns anestésicos locais:
induzem ao sono, não aliviam a dor, por isso
podem ser combinados com analgésicos. Seda-
 Procaína, (Novocaina): faz bloqueio da condu-
tivos são medicamentos que acalmam e rela-
tividade do nervo.
xam o paciente, sem induzir ao sono.
 Lidocaína, (Xilocaína): mais potente que a
Os hipnóticos podem ser:
Procaína.
 Não-barbitúricos;
Fases da Anestesia
 Barbitúricos
Introdução: inicia-se no momento da administra-
ção do anestésico até o início da anestesia. Barbitúricos: são depressores do SNC. Produ-
zem ação sedativa e hipnótica sendo também
Manutenção: período em que o indivíduo per-
usados como anticonvulsivantes, pois atuam no
manece anestesiado para o ato cirúrgico.
córtex cerebral. Produtos comerciais mais usa-
Recuperação: fase pós-cirúrgica em que ocorre dos são: Gardenal, Luminal (fenobarbital),
a supressão de aplicação do anestésico; a con- Seconal, Nembutal, Thionembutal, etc.
centração desse vai diminuindo até chegar a
zero. Cuidados de enfermagem
• Esses medicamentos devem ser rigorosamen-
Medicação Pré-Anestésica
te controlados, porque induzem à dependência
Definição: são substâncias depressoras do SNC (vício).
usadas em período pré-anestésico com o objeti-
vo de tranqüilizar o paciente a fim de diminuir a • Devem ser guardados em lugar seguro, de
quantidade de anestésico na hora da cirurgia, preferência em lugar chaveado.
diminuindo os problemas de intoxicação. É feita • Observar, rigorosamente, a dose e o horário
uma combinação de drogas sedativas e narcóti- prescrito.
cas com atropina (substância destinada a dimi-
nuir a secreção do trato respiratório e saliva- • Guardar as ampolas vazias para controle.
ção). • Observar fadiga, bradicardia, bradipnéia, eufo-
ria, tremores, vertigem, hipotensão e apnéia,
Ex.: Demorol ou Dolantina, estes, combinados pois são sinais de efeitos tóxicos e deve-se
com o sulfato de Atropina ou Escopolamina. comunicar à enfermeira.

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Não barbitúricos: são menos usados, pois não • Observar presença de rubor facial, pois indica
se conhece, na íntegra, a sua ação e seus efei- superdosagem.
tos. Ex.: brometos que deprimem o SNC, provo-
cando calma, sedação e sono. Hoje foram subs-  Entorpecentes (Hipno-analgésico) ou
tituídos pelos barbitúricos. Narcóticos
Definição: são medicamentos que trazem alívio
Outros hipnóticos
da dor e induzem o sono, dependendo da dosa-
Hidrato de cloral: deprime o SNC, age rapida- gem. Os entorpecentes são derivados do ópio e
mente em dez ou quinze minutos e produz o da cocaína, são criadores de vício, produzindo
sono por cinco ou mais horas. É um hipnótico dependência física.
eficaz quando o paciente não tem dores. Sua
Os medicamentos mais usados são: Meperidi-
principal desvantagem é a irritação gástrica e,
na, Demerol, Dolantina.
devido a isso, a enfermagem deverá oferecer
leite quando prescrito, juntamente com o medi- As principais aplicações são: aliviar a dor, pro-
camento. Nomes comerciais: Librium, Diaze- vocar hipnose ou sono.
pam, Valium, etc.
 Estimulantes do SNC
 Anticonvulsivantes
Definição: são medicamentos que suprem a
Os medicamentos anticonvulsivantes atuam sensação de sono e fadiga, estimulam os cen-
deprimindo o SNC, fazendo com que as crises tros de percepção, melhorando o trabalho inte-
sejam atenuados ou abolidos. São usados nas lectual, combatendo a depressão.
epilepsias. Nomes comerciais: Luminal, Hidan-
Medicamentos usados: Ritalina, Dextro-
tal, Tegretol.
anfetamina.
 Relaxantes musculares
Cuidados de Enfermagem
Definição: são substâncias que tem a capacida-
de de fazer relaxamento muscular, pois atuam • Observar sinais e sintomas como: irritabilida-
no SNC. de, apreensão, sudorese, taquicardia, taqui-
pnéia, cefaléia, pois são sinais de superdosa-
Relaxantes musculares mais usados: Fenergan, gem.
Quelicin, Floxedil, Alloferine, Dorflex, Akineton.
• Observar, rigorosamente, a dosagem adminis-
Cuidados de enfermagem trada.

• Observar, rigorosamente, dose e via de admi-  Sulfas


nistração.
Definição: são medicamentos que agem contra
• Controle de FR e PA devido ao relaxamento,
microorganismos patogênicos e inibem o cres-
podendo trazer apnéia e hipotensão grave.
cimento bacteriano, sendo usados nas infec-
• Dieta rica em resíduos a fim de evitar a consti- ções urinárias e respiratórias, nas infecções
pação, devido ao relaxamento. gerais e nas intestinais.
Nomes comerciais das Sulfas: Lederkin, Kelfizi-
 Grupos de Atropina
na, Madribon, Fanasulf.
Os medicamentos desse grupo possuem uma
As sulfas, muitas vezes, são associadas com
leve ação depressora sobre o SNC. A atividade
antibióticos ou outros bactericidas, a fim de me-
da atropina determina diminuição das secre-
lhorar a sua eficácia, visto que as sulfas só são
ções, relaxamento das fibras musculares lisas
bacteriostáticas.
(esôfago, bexiga, pupila). Esses medicamentos
são empregados como antiespasmódicos, anti- Algumas associações: Enterocim composto,
secretores e midriáticos (dilatação ocular). Enteromicina, Enterosan, Trimexazol, Bactrin,
Infectrin, Espectrin.
Os principais medicamentos desse grupo são:
sulfato de atropina, Escopolamina, tintura de
Cuidados de enfermagem
beladona, Buscopam.
• Observar rigorosamente sinais e sintomas
Cuidados de Enfermagem
como:
• Orientar o paciente sobre os efeitos passagei-
ros da atropina como secura na boca, globo • Náuseas, vômitos e tonturas; erupções cutâ-
ocular, nariz. neas; congestão conjuntiva, pois são sintomas

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tóxicos que devem ser comunicados ao médico; deve ser usado juntamente com algumas dro-
gas sem indicação médica.
• Oferecer líquidos em abundância para evitar UNIDADE IX
que a sulfa forme cristalizações nos túbulos
renais (litíase);
MEDICAMENTOS QUE ATUAM SOBRE O
• Controle rigoroso da diurese, pois são elimina- APARELHO CIRCULATÓRIO
dos pelo rim;
 Anti-hipertensivos
• Observar presença de oligúria e anúria que
são os efeitos colaterais das sulfas; São substâncias capazes de baixar a pressão
• Observar rigorosamente dose, horário e via a arterial. Os medicamentos mais utilizados no
ser administrada. tratamento da hipertensão arterial são os se-
guintes:
 Antibióticos
 Derivados da Reserpina: Serpasol, Reserpina,
Definição: São substâncias químicas produzidas Higroton, Adelfan. Estes medicamentos atuam
por várias espécies de microorganismos (bacté- abaixando lentamente a pressão, diminuindo
rias, fungos) que tem propriedades de interferir a freqüência cardíaca, causando sedação
no desenvolvimento de microorganismos pato- psíquica não hipnótica.
gênicos.
 Derivados de Guanidina: têm ação lenta. O
Tipos de antibióticos maior problema destes medicamentos é que
De acordo com sua ação, podem ser: causam hipotensão ortostática. Ex.: Ismelina.

 Bactericida;  Metildopa: são eles: Aldomet, Hydromet.


 Bacteriostático  Hidralazina: é um relaxante direto da muscula-
Antibióticos bactericidas: são aqueles que des- tura lisa vascular. São eles: Adelfan, Serpizi-
troem os microorganismos. Ex.: Penicilina, Ce- ne, Belemina Complex.
falosporinas (Cefalotina, Cefaloridina, Cefaxina,  Diazóxido. É usado também em estado de
Cefradina), Aminoglicosídeos (Estreptomicina, hipertensão arterial. Ex.: Presssuren.
Kanamicina, Neomicina, Gentamicina), Polimixi-
nas (Polimixina B, Colistina), Rifocina, Rifampi- Obs.: utilizam-se também os relaxantes da
cina, Vancomicina musculatura lisa ou tranqüilizantes para diminuir
a constrição e provocar vasodilatação e hipo-
Antibióticos bacteriostáticos: são aqueles que tensão. Os mais usados são: Valium, Diazepan,
inibem o desenvolvimento dos germes. Ex.: Diempase.
Macrolídeos, Eritromicina, Lincomicina, Clorafe-
nicol, Tetraciclinas, Novobiocina, Nistatina (mi- Cuidados de Enfermagem
costatim), Anfotericina B
• Controle rigoroso de P.A de duas em duas
Cada antibiótico é específico para determinado horas;
grupo de bactérias, porém, quando ele age so-
bre um grande número de bactérias gram- • Oferecer dieta hipossódica (a fim de reter me-
positivas e gram-negativas, dizemos que esse nos líquidos, diminuindo o volume circulante), e
antibiótico é de AMPLO ESPECTRO. dieta hiperprotéica (a fim de fortificar a parede
dos vasos);
Cuidados de Enfermagem
• Controle rigoroso da diurese;
• Observar o aparecimento de reações cutâ-
• Antes de administrar o anti-hipertensivo, con-
neas;
trolar a P.A., se a diastólica estiver menor que
• Quando prescrito por via endovenosa, deve-se 90 mmHg, não administrar, pois pode haver
diluir corretamente para evitar que o paciente hipotensão;
sinta dor e que ocorra flebite;
• Manter o paciente em repouso relativo em
• Observar rigorosamente a dose e o horário quarto semi-escuro, pois o estresse físico e a
correto; luminosidade excessiva causam aumento da
P.A.;
• Oferecer a medicação, por via oral, quando
prescrita com leite, ou administrá-lo após refei- • Não administrar à noite, evitando a diurese
ções, para evitar irritação gástrica. noturna.
• Atenção: O leite, por alterar o pH gástrico, não  Vasodilatadores (hipotensores)

88
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

 Medicamentos Antianginosos
São drogas usadas para dilatar os vasos san-
São medicamentos utilizados no tratamento da
güíneos, diminuindo assim, a resistência à circu-
angina de peito, objetivando reduzir a duração
lação e baixando a pressão arterial. São usados
das crises, diminuírem a freqüência e a gravida-
na arteriosclerose e na hipertensão arterial.
de das mesmas e melhorar a tolerância ao
exercício. Sabendo-se que as crises anginosas
Classificação dos vasodilatadores
são causadas, essencialmente, pela redução do
calibre dos vasos coronários.
Gerais: capazes de atuar em qualquer lugar do
sistema circulatório. Seu tratamento deve estar voltado na adminis-
tração de vasodilatadores seletivos.
Seletivos: sua atividade restringe-se a determi-
nados tipos de vasos, como coronarianos e Os medicamentos mais usados são: Trinitrina,
cerebrais. Inderal, Verapamil, Dilacoron, Persantin, Lido-
flazina, Clinium, Sustrate.
Medicamentos vasodilatadores: Isordil, Priscol,
Vascular, Aldomet, Iridux, Stugeron, Cloridato
Cuidados de Enfermagem
de Papaverina, Nitroglicerina, Sorbitrate, Duva-
dilan. • Controle de P.A rigoroso, podendo haver hipo-
tensão devido à vasodilatação;
Cuidados de Enfermagem
• Observar presença de cefaléia, tontura, náu-
• Controle rigoroso de P.A pois estes medica- seas, vômitos, nervosismo, fadiga, parestesias,
mentos fazem hipotensão; que são os efeitos colaterais destes medica-
mentos;
• Não administrar em pacientes hipotensos;
• Controle freqüente do pulso apical e radial;
• Observar sinais e sintomas como: cefaléia,
midríase, formigamentos em extremidades, • Na administração do medicamento por via
náuseas, pois são os efeitos colaterais destes oral, orientar o paciente para deglutir rapida-
medicamentos. mente, devido ao sabor amargo;

 Vasoconstritores • Na administração intravenosa, fazê-la lenta-


mente.
São medicamentos destinados a estimular o
aparelho circulatório, provocando vasoconstri-  Digitálicos
ção periférica e elevação da pressão arterial. São todas as drogas oriundas da digital e que
atuam aumentando a força contrátil do miocár-
Classificação dos vasoconstritores: dio, e estimulam a atividade cardíaca (controlam
a freqüência cardíaca e diminuem a velocidade
Centrais: atuam sobre os centros vasomotores de condução do sangue).
corticais. Ex.: Cardiazol, Metrazol, que são usa-
dos na intoxicação de anestésicos e hipnóticos, Ação dos digitálicos: agem sobre o miocárdio,
e ainda Cafeína, Coramina. aumentando a força de contração e diminuindo
a freqüência; aumentam o rendimento sistólico
Periféricos: atuam diretamente sobre a parede e, conseqüentemente causam a diminuição da
dos vasos. Ex.: Efedrina, Efortil, Isuprel. pressão venosa.

Cuidados de Enfermagem Agem a nível renal, fazendo aumento da diure-


se. Dessa forma, o edema tende a ser elimina-
do, facilitando a função renal.
• Na administração intravenosa, fazê-lo lenta-
mente; Indicação: é indicado no tratamento da insufici-
ência cardíaca congestiva.
• Verificar P.A. freqüentemente devido à hiper-
tensão; Medicamentos usados: Digitoxina, Digitalina,
Digoxina, Cedilanide, Lanicor, Lanitop.
• Observar, rigorosamente, a dosagem a ser
administrada;
Cuidados de Enfermagem
• Controle de diurese;
• Observar, com rigor, a dosagem a ser adminis-
• Observar presença de taquicardia e dor pre- trada, evitando as superdosagens, o que pode
cordial, que são os efeitos colaterais do medi- provocar as intoxicações;
camento.
• Observar o estado físico da droga, cor, aspec-

89
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

to, prazo de validade, para não ser administrada farmacológica de medicamentos. Causam au-
com o tempo vencido; mento da concentração plasmática de vários
fatores de coagulação, contribuindo assim para
• Controle rigoroso do pulso do paciente, antes
evitar sangramento. Na ausência destas drogas
de administrar a droga, caso o pulso esteja
se dá a síntese de Protrombina.
abaixo de 60 bpm não administrar;
A vitamina K apresenta-se, no comércio, em
• Controle de diurese, pois essas drogas têm solução aquosa e oleosa, esta de absorção
efeito cumulativo, podendo levar o paciente à mais lenta.
intoxicação, caso não haja eliminação adequa-
da; Substâncias usadas: Fibrinogênio humano,
Trombina, Vitamina K (Kanakion), Synkavir,
• Na administração oral oferecer com leite, Gelfoam.
quando prescrito, devido à irritação gástrica;
Estrógenos agem sobre hemorragias provenien-
• Não administrar os digitálicos à noite, pois eles tes de pequenas arteríolas, vênulas e capilares.
provocam insônia e agitação; Ex.: Estriol, Premarim, Metergin, Ergotrate.
• Quando administrar por via intravenosa, evitar
extravasamento, pois são muito irritantes. Se for Cuidados de Enfermagem
IM, fazer no glúteo, e com agulha longa; • A enfermagem deve ter em mãos estes medi-
• Observar e comunicar sinais e sintomas como: camentos enquanto o paciente estiver fazendo
anorexia, vômitos, perturbações visuais e auditi- uso de anticoagulantes;
vas (zumbidos), fenômenos alucinatórios (con- • Deve-se também, observar cuidadosamente a
fusão mental), sialorréia e astenia, que são si- dose prescrita a fim de se administrar correta-
nais de intoxicação digitálica. mente o medicamento.

 ANTICOAGULANTES • Só devem ser administrados com ordem escri-


ta pelo médico, observando com atenção, a
São substâncias que através de mecanismos dosagem. Não sendo manuseadas de modo
diversos, atuam inibindo a coagulação do san- criterioso, podem determinar graves conse-
gue. São indicados nos casos em que há ne- qüências, favorecendo aumento da viscosidade
cessidade de prolongar o tempo de coagulação do sangue e maiores probabilidades de fenô-
sangüínea para evitar trombos e fenômenos menos tromboembólicos.
tromboembólicos.
Os principais anticoagulantes são: heparina, UNIDADE X
liquemine, sulfato de protamina.
DROGAS QUE ATUAM SOBRE O APARELHO
• Cuidados de Enfermagem URINÁRIO
• Só administrar com prescrição médica do dia; O Rim
• Observar, rigorosamente, a dosagem a ser A principal função do rim consiste na excreção
administrada; de produtos de degradação como uréia, ácido
• Vigilância contínua das fezes, urina, ferida úrico e creatinina. Durante essa atividade, o rim
cirúrgica, a fim de identificar o início do proces- desempenha outra função, de suma importância
so hemorrágico; na homeostasia à regulação do conteúdo de
sais e eletrólitos do volume do líquido extracelu-
• Evitar o uso de bolsa de água quente; lar. Além disso, desempenha algum papel mio
equilíbrio ácido-básico.
• Observar sinais como palidez, sudoreses,
taquicardia, hipotensão, devido ao perigo de Os rins recebem cerca de um quarto do débito
hemorragias internas. cardíaco. Das várias centenas de litros de plas-
ma que fluem diariamente através deles filtram
• OBS: No caso da heparina: colocar bolsa de uma quantidade equivalente a cerca de 15 ve-
gelo no local da administração 15 minutos antes zes o volume de líquido extracelular.
e 15 minutos após a mesma.
Esse filtrado assemelha-se ao plasma na sua
 COAGULANTES OU HEMOSTÁTICOS composição e a principal diferença reside na
quantidade muito pequena de proteína ou de
São medicamentos usados por via parenteral substâncias ligadas a proteínas. Ao passar pelo
que determinam a hemostasia, interferindo na túbulo renal, cerca de 99% desse filtrado são
síntese de protrombina, evitando o processo reabsorvidos, enquanto algumas substâncias
hemorrágico. Atuam também inibindo a ação

90
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

são secretadas e, por fim, cerca de l litro de sódio expelidos, reduzindo, assim, a quantidade
líquido filtrado é eliminado na forma de urina. de líquidos retidos no organismo.
O grupo mais importante de fármacos utilizados
▪ Os diuréticos mais comuns são: Lasix (furo-
em virtude de seus efeitos sobre o rim são os
semida), hygroton, aldactone, diurna, manitol,
diuréticos Em essência, drogas aumentam a
diamox, diutac.
excreção de sais e de água.
Cuidados de Enfermagem:
São utilizadas principalmente na terapia da insu-
ficiência cardíaca e de outras causas de reten- • Pesar o paciente diariamente (o peso é um
excelente indicador do estado do paciente, e
ção de sais ode água (freqüentemente manifes-
pode-ser verificar se o medicamento está fa-
tada, a nível clínico, na forma de edema, uma
zendo efeito);
condição caracterizada pelo acúmulo de liquido
extracelular); todavia, possuem também outra • Controlar líquidos ingeridos e eliminados (diu-
indicação importante no tratamento da hiperten- rese) em vinte e quatro horas;
são.
• Administrar o diurético sempre pela manhã e
As drogas também podem ser utilizadas para não à noite, para evitar perturbar o repouso
alterar o pH da urina cai para modificar a excre- noturno do paciente;
ção de alguns compostos orgânicos, como o
ácido úrico. • Observar náuseas, vômitos, gengivite, sialor-
réia e dor abdominal, que são efeitos colaterais
Quanto à sua estrutura, cada rim é constituído deste medicamento;
de um córtex externo, uma medula interna e • Quando for administrado por V.O, fazê-lo con-
unia pelve oca que deságua ureter. A unidade comitantemente com alimentos, evitando mal-
funcional é o néfron. estar gástrico (quando prescrito);
 Estrutura e Função do Néfron • Quando administrar por via IM, fazê-lo profun-
damente, pois são dolorosos, e se administra-
O néfron é composto de glomérulo, túbulo con- dos por via intravenosa, fazê-lo lentamente;
torcido proximal, alça de Henle túbulo distal e
ducto coletor. O glomérulo engloba um tufo de • Em tratamento prolongado, observar sinais de
capilares que se projetam atum extremidade hiponatremia como: dor muscular, astenia, hipo-
dilatada do túbulo renal. tensão, apatia, que deverá ser comunicado à
enfermeira;
A maioria dos néfrons localiza-se. em grande
parte ou totalmente, no córtex. Os 12% restan- • Observar sinais como: cãibras, pulso débil,
tes, denominados néfrons justamedulares, pos- respiração superficial e desorientação, que são
suem seus glomérulos e túbulos contorcidos sinais de hipopotassemia.
próximo à junção da medula e do córtex e suas
alças de Henle penetram profundamente na  Antissépticos Urinários: São medicamen-
medula. tos usados no tratamento de infecções se-
cundárias do trato urinário. Os principais an-
tissépticos urinários são: Mandelamine,
Gentrisin, Furadantina, Pyridium, Urovalidin,
Wintomylon.

Cuidados de Enfermagem:
• Orientar o paciente avisando-o que o medica-
mento torna a urina avermelhada;
• Observar náuseas, vômitos, cianose e icterí-
cia, que são os efeitos colaterais do medica-
mento.
 CORTICÓIDES
A hipófise e as glândulas supra-renais liberam
“hormônios”. Este termo, introduzido por Bayliss
& Starling, referia-se a substâncias químicas
 Diuréticos secretadas, sem o intermédio de dueto, na
São medicamentos que atuam sobre os rins, corrente sangüínea para exercerem ação em
provocando o aumento do volume de urina e tecidos distantes.
O conceito de “hormônio”, como entidades

91
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

distintas dos neurotransmissores, tornou-se possuem íntima relação funcional com o


cada vez mais amplo. hipotálamo, cujos neurônios contribuem para
dois sistemas muito distintos que influenciam a
O corticóide é uma substância de vital importân-
hipófise anterior e a hipófise posterior,
cia para o organismo, sendo produzido pela
respectivamente.
glândula supra-renal. É uma droga dotada de
poder hormonal, sem, todavia, ser um hormônio. Hipófise Anterior (Adeno-Hipófise)
A hipófise anterior secreta numerosos
Principais corticóides:
hormônios diferentes, que são vitais para a
• Cortisona: alivia a dor da artrite e febre reumá- função fisiológica normal. Alguns desses hor-
tica, e é antiinflamatório. mônios estão envolvidos na regulação de outras
glândulas endócrinas.
• Hidrocortisona (Solucortef, Flebocortid): usado
no tratamento de artrite e é antiinflamatório. As células da hipófise anterior podem ser
classificadas em corticotrofos, lactotrofos
• Predinisona (Maticorten): alivia dores aguadas (mamotrofos), somatotrofos, tireotrofos e
nas juntas. gonadotrofos, de acordo com as substâncias
• Fluorprednisolona (Deimeson): alta ação anti- que secretam.
flogística. A secreção da adeno-hipófise é regulada, em
• Triancinolona (Kenalog, Kenacort, Omcilon, grande parte, por fatores (hormônios) derivados
Ledercort). do hipotálamo, que alcançam a hipófise através
da corrente sangüínea.
• Dexametazona (Decadron, Deronil, Polaronil,
Dectancil). Os vasos sangüíneos do hipotálamo dividem-se
em seu tecido para formar uma rede de
• Betametasona (Celeston) amadurecimento de capilares — o plexo primário, que drena para os
pulmão de RN vasos porta-hipofisários. Esses vasos passam
Reações colaterais: os principais efeitos são – através do pedículo hipofisário para suprir um
“cara de lua cheia”, equimose, parada do cres- plexo secundário de capilares na adeno-
cimento, aumento de peso, dispepsia, distúrbios hipófise. (Algumas veias portais que drenam
emocionais, acne, hipertensão arterial, hirsutis- nesses capilares originam-se de um plexo
mo, úlcera, diabetes, distúrbios mentais, infec- primário diferente na hipófise posterior.)
ções, osteoporose. Os neurônios peptidérgicos no hipotálamo
secretam uma variedade de fatores ou
 A HIPÓFISE hormônios de liberação ou de inibição da
liberação diretamente nos capilares do plexo
primário.Esses fatores regulam, em sua maioria,
a secreção dos hormônios do lobo anterior. Os
hormônios melanócito-estimulantes são
secretados principalmente pelo lobo
intermediário.
Existe um equilíbrio — envolvendo várias vias
de retroalimentação negativa entre os fatores
hipotalâmicos, os hormônios adeno-hipofisários
cuja liberação é regulada por esses fatores e as
secreções das glândulas endócrinas periféricas.
Em geral, as vias longas de retroalimentação
negativa, cujos mediadores são os hormônios
secretados pelas glândulas periféricas, afetam
A hipófise é constituída de três partes que se tanto o hipotálamo quanto a adeno-hipófise.
originam de dois ~ais embrionários distintos. A Os mediadores das vias curtas de
hipófise anterior origina-se da cavidade bucal, o retroalimentação negativa são constituídos
mesmo ocorrendo com o lobo intermediário (o pelos hormônios da adeno-hipófise, que atuam
qual, portanto, pode ser considerado, para fins sobre o hipotálamo.
práticos. como parte da hipófise anterior),
enquanto a hipófise posterior deriva do Os neurônios peptidérgicos no hipotálamo são
ectoderma neural. influenciados por centros superiores no SNC.
Esta ação é mediada através da dopamina,
Essas duas partes principais da glândula noradrenalina, 5-hidroxitriptamina e peptídios

92
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

opióides, sendo estes últimos encontrados em comportamento, oscilação de humor e estado


concentrações muito elevadas no hipotálamo. de alucinação, pois em tratamentos prolongados
Outro meio de controle hipotalâmico da adeno- pode haver complicações em SNC;
hipófise é exercido através da via
• Administrar sempre pela manhã, pois à noite
dopaminérgica tübero-hipofisária, cujos
seu efeito diminui;
neurônios encontram-se em íntima aposição
com o plexo capilar primário. • Pesar o paciente diariamente, pois há propen-
são a aumento de peso;
A dopamina pode ser secretada diretamente na
circulação porta-hipofisária, alcançando, assim, • Controle de pressão arterial devido à reabsor-
a adeno-hipófise. ção de água, podendo fazer hipertensão;
• Oferecer dieta hipossódica devido à hiperten-
Hipófise Posterior (Neuro-Hipófise) são;

A hipófise posterior consiste, em grande parte, • Promover cuidados contínuos com pacientes
nas terminações das células nervosas que se idosos, pois podem fazer fraturas espontâneas,
localizam nos núcleos supra-ópticos e paraven- devido à osteoporose, causadas pelo medica-
triculares do hipotálamo. Seus axônios formam mento;
o trato hipotalâmico-hipofisário, e as fibras ter- • Em pacientes diabéticos observar sinais de
minam em extremidades nervosas dilatadas, em hiperglicemia, pois há modificação no metabo-
estreita associação com capilares na hipófise lismo dos glicídios;
posterior.
• Estimular os pacientes a fazer exercícios mus-
Os peptídios, sintetizados nos núcleos hipo- culares devido à redução da força muscular,
talâmicos, descem pelos axônios e penetram na causada pelos corticóides;
hipófise posterior, onde são armazenados e
posteriormente secretados na corrente sangüí- • Observar sinais tromboembólicos, pois esses
nea. medicamentos fazem aumento das plaquetas;
Os dois principais hormônios da hipófise • Nunca fazer substituições desses medicamen-
posterior são a citocina (que contrai o músculo tos sem recomendação médica;
liso do útero) e o hormônio antidiurético
(também denominado vasopressina). • Orientar o paciente sobre o aparecimento de
acne, hirsutismo, “cara de lua cheia”, comuni-
Foram sintetizados diversos peptídios seme- cando-o que esses desaparecem após a sus-
lhantes que variam nas suas propriedades anti- pensão do medicamento;
diuréticas, vasopressoras e oxitócicas (estimu-
lação uterina). • Observar sinais de hiponatremia como tremor
dos músculos e convulsões.
Hipófise posterior
 INSULINA
✓ A hipófise posterior secreta:
→ a ocitocina : o hormônio antidiurético A insulina é o hormônio secretado pelas Ilhotas
(vasopressina), que atua sobre receptores de Langerhans, no pâncreas. A insulina tem a
V2 no túbulo renal distal para aumentar a função básica de controlar o metabolismo da
reabsorção de água e, em concentrações glicose.
mais altas, sobre os receptores V1, Também controla o metabolismo lipídico e pro-
causando vas000nstrição. (Além disso, téico. A deficiência causa reações hipoglicêmi-
participa no controle da secreção de cas devido à baixa taxa de açúcar no sangue.
ACTH.)

→ Substâncias disponíveis para uso clínico:


vasopressina e os análogos
esmopressina, lipressina e terlipressina.

Cuidados de Enfermagem
• Quando administrar por via oral, deve-se dar
com bastante leite quando remido, pois essa
droga estimula o ácido clorídrico, evitando as-
sim as úlceras, a pirose e náuseas;
• Observar o paciente quanto a distúrbios de

93
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

Locais de aplicação: face interna do antebraço,


face interior ou externa da coxa, quadrante su-
perior externo da escápula, glúteo, abdome,
face externa do braço.

Efeitos da Insulina na Glicemia Doses: as doses de insulina são receitadas em


unidades. Cada frasco traz o número de unida-
A insulina estimula o transporte da glicose para de por cm3 (80 UI, 40 UI/cm3)
o interior das células, diminui a concentração de
glicose no líquido extracelular.
A falta de insulina leva a glicose a ficar retida no
sangue, em vez de entrar na célula, causando
espessamento da parede dos vasos.
Atuação: após uma rejeição, a secreção de
insulina facilita a captação, a utilização e o ar-
mazenamento da glicose, dos aminoácidos e
das gorduras.

Promove o armazenamento do glicogênio no


fígado e a utilização da glicose nos músculos
(gliconeogênese). Cuidados de Enfermagem na administração
Tipos de Insulina de insulina

1 2 3 4 5 6 • Observar rigorosamente o tipo de insulina,


SC dose e via de administração prescrita. Quanto à
dosagem geralmente na Insulina simples de-
Cris- Rápida Adminis- 6 hs. 1 h. 3 hs.
pende do resultado da glicosúria;
talina ou trada 30' • Seguir atentamente a técnica de preparo e
simples antes das administração;
refeições
• Ao aplicarmos insulina NPH, agitar suavemen-
SC te o frasco antes de aspirar ao medicamento e
Interme-
NPH Adminis- 24 hs. 2 hs. 6 hs. após lavar bem a seringa e agulhas para evitar
diária obstrução;
trada 1
vez ao • Nunca aplicar a insulina com a mesma agulha
dia que aspirou o medicamento;
Ultra SC • Observar corretamente os locais de aplicação
lenta Adminis- 48 hs. 6 hs. 16 hs. subcutânea;
Pro- Lenta trada
• Após a aplicação subcutânea fazer compres-
tami- antes do são leve sobre o local, evitando friccionar o local
na desjejum para evitar a perda do medicamento;
Zinco ou jantar
• Fazer rodízio dos locais de aplicação para
evitar distrofia muscular ou formação de abs-
1- Tipos de Insulina cessos devido à dificuldade de absorção;
2- Ação • Alimentar o paciente logo após a administra-
3- Administração ção da insulina para prevenir hipoglicemia;

4- Duração • Permanecer alerta a sinais como: palidez,


fraqueza, tremores, sudorese, pele fria, que
5- Início da Ação indicam hipoglicemia. Caso ocorra e o paciente
ainda se encontre consciente e em condições
6- Pico de deglutir, administrar água açucarada, leite,
Administração: conforme o caso pode ser feita suco de frutas ou qualquer doce, caso contrário
por via SC, IM, EV. Em casos especiais é apli- à administração de glicose deverá ser realizada
cada com o soro EV. Por via endovenosa, só é por via EV, ou por sonda nasogástrica;
aplicada a insulina simples, devido à precipita- • Quando se administra ao final da tarde ou à
ção que pode ocorrer. noite, observar constantemente o paciente du-

94
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

rante a noite, pois existe o risco de entrar em devido à vasoconstrição;


coma.
• Nunca administrar sem verificar a PA, caso a
Obs. A aplicação de insulina deve ser feita com pressão diastólica seja igual ou menor a
a utilização de seringa especial para insulina, 100mmHg não administrar.
pois as seringas comuns são graduadas em Cuidados de Enfermagem na administração
cm3 ou ml e a de insulina é graduada em uni- de Syntocinon e Similares
dades.
Existem dois tipos de escala na seringa, uma • Controle rigoroso do gotejamento devido à
para 40 e outra para 80 unidades, dependendo hipertonia;
da insulina a ser aplicada. • Controle de dinâmica podendo em doses altas,
A escala de 40 é utilizada para insulinas de 40 fazer hipertonia uterina;
unidades, e a de 80 quando a insulina é de 80 • Controle de B.C.F., para detectar sofrimento
unidades. fetal, devido à hipertonia.

Hipoglicemiantes orais
UNIDADE XI
São medicamentos cuja função é estimular a
produção de insulina pelo pâncreas. São absor- MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO TRATO
vidas rapidamente e expelidos pelos rins em GASTROINTESTINAL
cerca de doze a vinte e quatro horas. Os mais
conhecidos são: Diabinese, DBI, Daonil. Além de sua principal função na digestão e
absorção dos alimentos, o trato gastrintestinal é
 OCITÓCITOS um dos principais sistemas endócrinos do
corpo. Possui também sua própria rede
É medicamento capaz de provocar contração da neuronal integrativa, o sistema nervoso entérico,
musculatura uterina, utilizados, principalmente, que contém aproximadamente o mesmo número
para induzir o parto, coibir as hemorragias pós- de neurônios da medula espinhal.
parto, e acelerar a involução do órgão. Inervação e Hormônios do Trato
Medicamentos mais usados e suas respectivas Gastrintestinal
indicações: Os elementos que se encontram sob controle
1º grupo: Ocitocina, (Orastina): possuem duas neuronal e hormonal sair o músculo liso, os
propriedades: provoca a contração do miomé- vasos sangüíneos e as glândulas (exócrinas,
trio, especialmente no final da gravidez e duran- endócrinas e parácrinas).
te o parto, e impulsiona o leite para fora da ma- Controle neuronal
ma. É indicado para induzir o parto e coibir as
hemorragias pós-parto. Existem dois plexos intramurais principais no
2º grupo: Methergin, Ergotrate, Ergonovina: trato — o plexo mioentérico (plexo de Auerhach)
atuam como vaso constritor, pois fazem vaso- entre as camadas musculares longitudinal
constrição local, impedindo a hemorragia pós- externa e circular média, e o plexo de Meissner
parto. ou plexo suhrnucoso, no lado luminal da
camada de músculo circular.
Diferença entre os dois grupos de ocitócitos: Os plexos estão interconectados, e suas células
 A Ocitocina é indicada para a indução de par- ganglionares recebem fibras parassimpáticas
to, pois ele atua (contrai) mais em fundo de pré-ganglionares do vaso, que sao
útero. principalmente colinérgicas e excitatórias,
embora algumas sejam inibitórias.
 O Methergin é indicado no pós-parto após
dequitação, pois ele atua contraindo todo o As fibras simpáticas que chegam são, em gran-
útero: fundo e colo. de parte, pós-ganglionares e, além de inervarem
diretamente os vasos sangüÍneos, o músculo e
Cuidados de Enfermagem na administração algumas células glandulares, podem possuir
de Methergin e Similares terminações nos plexos, onde inibem a
secreção de acetilcolina.
• Não administrar em gestantes;
Os neurônios no interior dos plexos constituem
• Administrar após dequitação; o sistema nervoso entérico e secretam não
apenas acetilcolina e noradrenalina, como
• Observar sangramento via vaginal;
também 5-HT, purinas, óxido nítrico e uma
• Controle de PA, pois provoca hipertensão, variedade de peptídios farmacologicamente

95
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

ativos. envolvidos na patogenia da úlcera péptica, de


modo que a terapia desta condição envolve
O plexo entérico contém neurônios sensoriais
fármacos que modificam cada um desses
que respondem a estímulos mecânicos e
fatores.
químicos.
Controle hormonal A digestão é o processo pelo qual o corpo trans-
forma o alimento em energia e em elementos
Os hormônios do trato gastrintestinal incluem
componentes de células orgânicas. Entre os
tanto secreções endócrinas quanto secreções
diversos tipos de medicamentos, estes são os
parácrinas. As secreções endócrinas
mais usados sem prescrição médica, ou seja,
(substâncias liberadas na corrente sangüínea)
através de automedicação.
são principalmente peptídios sintetizados por
células endócrinas existentes na mucosa, sendo A enfermagem deverá estar continuamente
o mais importante a gastrina. orientando a clientela a evitar a fazer a autome-
dicação. Os medicamentos somente deverão
As secreções parácrinas, ou hormônios locais,
ser usados sob recomendação médica. Des-
muitas das quais consistem em peptídios
crevemos agora, todos os medicamentos que
reguladores, são liberadas de células
atuam no trato gastrintestinal.
especializadas que se distribuem por toda a
parede do trato gastrintestinal.
→ Medicamentos que atuam na boca:
Esses hormônios atuam sobre as células
• Medicamento Sialogogo promove a formação
vizinhas e, no estômago, o mais importante
da saliva. Ex.: hortelã, pimenta.
deles é a histamina.
Algumas dessas secreções parácrinas também • Medicamento antisialagogo diminui a formação
atuam como neurotransmissores. A histamina, a da saliva. Ex.: atropina.
gastrina e a acetilcolina são abordadas adiante • Antissépticos bucais para combater a halitose
no contexto do controle local da secreção ácida. e as cáries dentárias.
As principais funções do trato gastrintestinal que
são importantes do ponto de vista farmacológico → Medicamentos que atual no estômago:
são: • Antiácidos: são substâncias medicamentosas
✓ secreção gástrica; que reagem ao ácido clorídrico existente no
✓ vômito (êmese); estômago, neutralizando-o, diminuindo assim a
✓ motilidade do intestino e expulsão das acidez gástrica.
fezes; • Medicamentos antiácidos de ação local. Ex.:
✓ formação e excreção de bile. Hidróxido de alumínio (Aldrox, Siludrox, Pepsa-
mar); Trissiliato de Magnésio (Gelusil); Carbona-
Secreção Gástrica to de Cálcio (Takazima, Sedogastrine); Leite de
O estômago secreta cerca de 2,5 litros de suco Magnésio; Maalox.
gástrico diariamente. As principais secreções • Medicamentos antiácidos de ação sistêmica,
exócrinas consistem em pepsinogênios, isto é, capazes de alterar o equilíbrio eletrolítico.
provenientes das células principais ou pépticas, Ex.: Bicarbonato de sódio.
e em ácido clorídrico e fator intrínseco,
provenientes das células parietais ou oxínticas. → Eupépticos;
O muco é secretado por células secretoras de • Estimulantes da secreção gástrica, eles atuam
muco encontradas entre as células superficiais aumentando o apetite, pelo estímulo das glân-
por toda a mucosa gástrica. Íons bicarbonato dulas salivares e gástricas. Ex.: amargos ou
também são secretados e aprisionados no estomáquicos: tintura de quina.
muco, criando um gradiente de pH de 1-2 na luz
a 6-7 na superfície mucosa. → Substitutivos:
O muco e o bicarbonato formam uma camada
• Substâncias utilizadas para suprir a falta ou
inerte, semelhante a um gel, que protege a
diminuição de algumas secreções do trato gas-
mucosa contra o suco gástrico. O álcool e a bile
trointestinal. Ex.: ácido hídrico (Gasterase, Áci-
podem destruir essa camada. As
do Glutâmico) e Pepsina: utilizada na terapêuti-
prostaglandinas produzidas localmente
ca substitutiva da insuficiência digestiva.
estimulam a secreção de muco e de
bicarbonato.
→ Pancreatina:
Acredita-se que os distúrbios nas funções
• Utilizada na insuficiência pancreática Estimu-
secretórias que acabamos de descrever estejam

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FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

lantes da Motilidade pancreática aceleram o


esvaziamento de conteúdo gástrico, que pode • Adstringente: forma uma capa de proteína
sobre a mucosa inflamada protegendo-a das
estar retardado. Ex.: drogas colinérgicas,
fezes. Ex.: Tanino.
• Depressores de motilidade gástrica diminuem
a hipermotilidade e o espasmo. Ex.: atropina, • Sedativo e Antiespasmódico: diminui o peris-
morfina. taltismo e alivia a dor. Ex.: Elixir Paregórico,
→ Carminativos ou antiflatulentos: Papaverina, Lomotil, Tintura de beladona, atro-
veram.
• São medicamentos que impedem a formação
de gases, auxiliam no alívio da flatulência e de
 Medicamentos que atuam no fígado
cólicas gástricas e intestinais produzidas pelos
gases. Ex.: Plasil enzimático, Luftal, Silidron. • Protetor da função hepática: Protege o fígado
contra substâncias tóxicas. Ex.: Glicose, Colina,
→ Emético ou Vomitivo: Ácido glutâmico, complexo B, Aerolin.
• Medicamentos que induzem o vômito, estimu- • Coletético: Provoca aumento da secreção
lando o centro do vômito no cérebro ou agindo biliar. Ex.: Boldo, Alcachofra, Decholin.
localmente no estômago. É usado em caso de
envenenamento. Ex.: Cloridrato de apomorfina, • Colagogo: Acelera a expulsão da bílis, estimu-
Ipecacuanha. lando a contração da vesícula. Ex.: Sulfato de
magnésio, Peptona.
→ Antiemético:
• Medicamento que combate e previne o vômito UNIDADE XII
e a náusea. Ex.: Clorpromazina, Dramanina,
Plasil. DROGAS QUE ATUAM SOBRE O APARELHO
RESPIRATÓRIO
→ Medicamentos que atuam no intestino
As principais funções da respiração consistem
✓ Catártico ou laxante: Medicamento que em fornecer oxigênio ao corpo e remover o dió-
atua aumentando o peristaltismo intestinal, xido de carbono. Além disso, a evaporação da
facilitando a eliminação das fezes, que se água nas vias respiratórias ajuda a regular a
classificam em: temperatura corporal.
• Laxativo: causa leve aumento do peristaltismo.
Que afetam a Respiração
Ex.: óleo mineral, Agar-agar, Vasilina, Leite de
Magnésio, Metamucil, Agarol. Certas drogas podem produzir efeitos sobre a
respiração deu inadvertido (p.ex., os efeitos
• Purgativo: produz um aumento do peristaltis- indesejáveis de alguns de receptores do SNC)
mo provocando evacuações freqüentes e líqui-
ou se administradas com essa intenção (estímu-
das. Ex.: Óleo de Rícino, Dulcolax, Cáscara
los respiratórios).
Sagrada, Babosa, Ruibarbo.
• Drástico: produz um aumento severo nos mo- Estimulantes Respiratórios
vimentos peristálticos, acompanhado de cólicas Os estimulantes respiratórios são apenas utili-
com evacuações freqüentes e líquidas. Ex.: zados em determinadas condições específicas
Óleo de japala, Aguardente Alemã. (na depressão respiratória operatória e insufici-
ência respiratória aguda) e, mesmo apenas sob
 Antidiarréicos supervisão qualificada em hospitais.
São medicamentos que retardam o trânsito in- A principal droga utilizada é o doxapram, que
testinal, diminuindo o peristaltismo. Classificam- estimula tanto os quimiorreceptores carotídeos
se em: quanto o centro respiratório. O oxapram não
• Demulcente: protege a mucosa de revestimen- deve ser utilizado na asma aguda grave (estado
to, evitando contato das fezes com a mucosa de mal asmático) na depressão respiratória
inflamada. Ex.: Caolim, Carbonato de cálcio, causada por superdosagem de droga.
leite fervido.
Drogas que causam depressão respiratória
• Antissépticos: impedem a proliferação micro-
biana. Ex.: Neomicina, Sulfadiazina. Muitas drogas que exercem ação depressora
sobre o sistema nervoso central causam maior
• Adsorvente: fixa as substâncias tóxicas e os ou menor grau de depressão respiratória. Essas
gases intestinais, eliminando-os junto com as drogas incluem os analgésicos narcóticos barbi-
fezes. Ex.: Caolim, Pectina, Carvão medicinal. túricos, muitos antagonistas dos receptores

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FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

histamínicos H1, alguns antidepressivos e o  distúrbios sistêmicos (sepse, reações medi-


etanol. camentosas).
Em geral, a maioria desses agentes deprime a Diversos mediadores inflamatórios estão envol-
respiração em grau significativo quando se utili- vidos na lesão microvascular, e sabe-se que os
za dose excessiva; todavia, os opiáceos provo- neutrófilos têm função significativa através da
cam certo grau de depressão respiratória na produção de radicais tóxicos de oxigênio e da
faixa posológica terapêutica. liberação de elastase.
A depressão respiratória causada pela maioria Existe um reservatório de neutrófilos margina-
desses agentes pode ser fatal; entretanto, esta dos no pulmão, que pode ser importante nesse
situação tem menos probabilidade de ocorrer contexto. Os estudos clínicos preliminares suge-
com os benzodiazepínicos. rem que a inalação de óxido nítrico pode ser
benéfica.
Drogas que afetam a respiração
 Os medicamentos que atuam nas vias
• A depressão da respiração pode ser produzida
aéreas superiores:
por doses excessivas da maioria das drogas
que exercem ações depressoras sobre o SNC. • Broncodilatadores: Produzem relaxamento da
musculatura dos bronquíolos, aumentando a luz
• Os benzodiazepínicos causam pouca depres-
dos mesmos. Ex.: Adrenalina, Teofilina ou Ami-
são (mas podem fazê-lo em grau perigoso
nofilina.
quando combinados com álcool).
• Os analgésicos narcóticos causam algum grau • Antitussígenos: Produzem calma ou alívio da
de depressão em doses terapêuticas. tosse, pois atuam sobre o reflexo tussígeno no
centro bulbar (centro da tosse).
• Em certas ocasiões, utiliza-se o doxapram
como estimulante respiratório em emergências.
• Expectorantes: Aumentam a secreção tran-
Os analgésicos opiáceos e os barbitúricos (e, quebrônquica, reduzindo a sua viscosidade,
possivelmente, outros agentes depressores do fluidificando e facilitando a sua eliminação.
SNC) afetam inicialmente a sensibilidade da
respiração. • Antissépticos: Previnem o desenvolvimento
dos germes.
Distúrbios da Função Respiratória
A asma brônquica e a tosse estão entre os prin- • Sedativos da Tosse. A tosse representa um
mecanismo de defesa do organismo e, por isso,
cipais distúrbios do sistema respiratório. Outros,
só deve ser combatida quando se torna exces-
menos suscetíveis ao tratamento, incluem a
siva. Quando a expectoração é bastante, os
bronquite crônica, com conseqüente doença
sedativos da tosse são contra indicados, pelo
obstrutiva crônica das vias aéreas, e a síndrome
contrário, deve ser estimulado para não se
de angústia respiratória do adulto.
acumular nos brônquios.
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda –
Drogas Utilizadas para Tosse
(SARA)
A tosse é um mecanismo reflexo protetor que
A síndrome de angústia respiratória aguda é
remove o material estranho e as secreções dos
uma doença grave dos pulmões, com taxa de
brônquios e bronquíolos. Pode ser estimulada
mortalidade de 60%. Afetam 150.006 indivíduos
inadequadamente pela inflamação nas vias
anualmente nos Estados Unidos. Caracteriza-se
respiratórias ou por neoplasia. Nesses casos,
por hipertensão arterial pulmonar com vaso-
são algumas vezes utilizados os antitussígenos
constrição.
(ou supressores da tosse) como, por exemplo,
Ocorrem lesão extensa e oclusão da microvas- para a tosse seca e dolorosa associada ao car-
culatura pulmonar, resultando em edema e hi- cinoma brônquico ou à intimação da pleura.
póxia progressiva. O processo é acompanhado
É preciso compreender que esses fármacos
de disfunção de múltiplos órgãos. As causas
suprimem apenas o sintoma, sem influenciar a
são numerosas e variadas:
condição subjacente. Na tosse associada à
 Lesão direta dos pulmões (pneumonia); bronquiectasia (inflamação brônquica supurati-
va) ou à bronquite crônica, os antitussígenos
 Aspiração do conteúdo gástrico;
podem causar espessamento e retenção preju-
 Inalação de substâncias químicas, tóxicas ou dicial do escarro. Não devem ser utilizados para
tosse associada à asma.

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FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

Os antitussígenos atuam através de um efeito carbono promove broncodilatação, fluidifica as


pouco definido no tronco cerebral, deprimindo secreções, intensifica a circulação pulmonar.
um “centro da tosse” ainda mais precariamente
• Outras drogas estimulantes: Coramine, Cafeí-
definido. Os analgésicos narcóticos exercem
na, Micorem, Cardiazol.
uma ação antitussiva eficaz em doses inferiores
àquelas necessárias para alívio da dor, e vários Cuidados de Enfermagem
isômeros desses agentes, que não são analgé-
sicos nem causam dependência, são também • Observação rigorosa da dosagem a ser admi-
eficazes contra a tosse. nistrada;

Estão sendo avaliados novos análogos opióides • Controle rigoroso da respiração, pois pode
que suprimem a tosse ao inibir a liberação de haver taquipnéia acentuada, como efeito tóxico
neuropeptídeos excitatórios através de uma do medicamento;
ação sobre os receptores nos nervos sensoriais • Controle de PA, pois pode fazer hipertensão
dos brônquios. como efeito colateral do medicamento;

 Codeína • Na administração de cafeína, observar pre-


sença de cólicas abdominais, devido ao aumen-
A codeína ou metilmorfina é um opiáceo que to do fluxo de ácido clorídrico no estômago.
possui consideravelmente menos tendência a
produzir dependência do que os principais anal-  Broncodilatadores
gésicos opióides. Trata-se de um supressor
eficaz da tosse. Produzem relaxamento da musculatura dos
brônquios. Ex.: Aleudrin, Isuprel, Adrenalina,
Entretanto, diminui também as secreções nos Efedrina, Aminofilina, Aludrine, Respilac.
bronquíolos, o que resulta em espessamento do
escarro, e inibe a atividade ciliar, que reduz a Cuidados de Enfermagem
depuração do escarro espessado. Ocorre tam-
bém constipação, devido à ação bem conhecida • Observação rigorosa da dosagem a ser admi-
dos opiáceos sobre o trato gastrintestinal. nistrada;
• Controle de PA rigorosamente, pois pode ha-
 Dextrometorfano ver hipotensão, devido ao relaxamento;
O dextrometorfano está relacionado ao levorfa- • Controle do pulso, podendo haver taquicardia;
nol, um analgésico narcótico sintético. Sua po-
• Quando administrado por via intravenosa,
tência antitussígena é equivalente à da codeína;
fazê-lo lentamente, pois rapidamente pode cau-
produz constipação apenas marginalmente me-
sar até assistolia.
nor e inibição da depuração mucociliar.
 Umectantes e Detergentes
A folcodina, que é um opiáceo não analgésico
da mesma classe química da papaverina, tam-
Visam a melhorar as secreções, ou então, frag-
bém é utilizada como supressor da tosse.
mentá-las. São eles: Ambozin, Fluimicil, Mu-
comyst.
 Principais Sedativos da Tosse
 Estimulantes Traqueobrônquicos
• Sedacodid, Belacodid xarope com base na
Codeína, Robitussim, Silencium, Fenergan Ex- Apesar deste nome a propriedade terapêutica
pectorante, Setux. desses medicamentos se limita a uma ação
calmante e sedativa sobre a mucosa tra-
✓ Expectorantes queobrônquica. Ex.: Transpulmin, Neutralizan,
Eucalyptine, etc.
Como já foram dito, os expectorantes aumen-
tam a secreção traqueobrônquica, reduzindo a  Expectorante de Cloreto de Amônio, Io-
sua viscosidade, fluidificando-a facilitando a sua deto de Potássio.
eliminação.
São estimulanates e fluidificantes de secreção
✓ Classificação dos Expectorantes brônquica.
Cuidados de Enfermagem
• Estimulantes dos Expectorantes;
• Visam à cura da mucosa brônquica através da • Oferecer dieta hiperhídrica para promover
diminuição das suas secreções. Ex.: O óxido de maior fluidificação das secreções;

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FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

• Orientar o paciente a fazer exercícios respira-


tórios para auxiliar na eliminação das secre-
ções;

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