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Coelho Neto
2023
TARDELLI FUAD SOUZA FRANÇA
Coelho neto
2023
TARDELLI FUAD SOUZA FRANÇA
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________
Prof. Especialista Humberto Costa Silva (Orientador)
Instituição
_________________________________________________
1º Examinador
__________________________________________________
2º Examinador
Este trabalho é dedicado a minha família e aos
meus amigos.
AGRADECIMENTOS
A DEUS, em primeiro lugar, que sempre me conduziu com as devidas lições de amor,
fraternidade e compaixão hoje e sempre.
A minha família, pelo apoio e incentivo de não desistir nos momentos de dificuldades.
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a
janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito e
ética aqui presentes.
Ao Professor Cleomar, pelos ensinamentos e orientações nesse período de 4 anos
dentro da universidade.
Ao meu orientador Humberto Costa, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube,
pelas suas correções e orientações.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigado.
‘A educação tem raízes amargas, mas os seus
frutos são doces”.
ARISTÓTELES
RESUMO
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................................13
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................................24
REFERÊNCIAS........................................................................................................................25
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1 INTRODUÇÃO
O ensino híbrido é uma modalidade de ensino que tem ganhado destaque nos últimos
anos, especialmente na educação profissional. Ele combina elementos do ensino presencial e
do ensino a distância (EAD), proporcionando uma experiência de aprendizagem mais flexível
e personalizada. Nesse modelo, os alunos têm acesso a materiais e atividades online, como
vídeos, leituras e fóruns de discussão, que complementam as atividades presenciais em sala de
aula. O objetivo é aproveitar o melhor dos dois mundos, criando um ambiente de
aprendizagem mais dinâmico e interativo (COSTA, 2021).
O ensino híbrido pode ser uma alternativa interessante para a educação profissional,
pois permite que os alunos desenvolvam habilidades práticas em sala de aula e, ao mesmo
tempo, tenham acesso aos conteúdos teóricos de forma mais flexível e autônoma. Além disso,
essa modalidade pode ser adaptada às necessidades individuais de cada aluno, tornando a
aprendizagem mais eficaz e personalizada (BARION; MELLI, 2017).
A justificativa para o estudo do ensino híbrido na educação profissional baseia-se na
necessidade de adaptação das práticas educacionais às demandas atuais, que são influenciadas
pelas tecnologias digitais e pela crescente importância do desenvolvimento de habilidades
técnicas e comportamentais para o mercado de trabalho.
Nesse sentido, o ensino híbrido apresenta-se como uma alternativa viável, que
combina o uso de tecnologias digitais com atividades presenciais, possibilitando uma
aprendizagem mais flexível, dinâmica e personalizada, além de favorecer a autonomia e o
protagonismo do aluno. Dessa forma, compreender as práticas e desafios do ensino híbrido na
educação profissional pode contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e formação dos
profissionais.
Uma hipótese sobre o ensino híbrido na educação profissional é que essa modalidade
de ensino pode trazer benefícios significativos para os estudantes, como a flexibilidade de
horários e a personalização do aprendizado, combinando aulas presenciais e virtuais. Além
disso, a utilização de recursos tecnológicos pode tornar o aprendizado mais interativo e
estimulante, promovendo uma maior participação e engajamento dos alunos nas atividades
propostas. Outra hipótese é que o ensino híbrido pode contribuir para uma formação mais
completa e alinhada com as necessidades do mercado de trabalho, uma vez que permite a
integração de teoria e prática de forma mais efetiva.
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2 DESENVOLVIMENTO
mover de uma estação para outra, de acordo com o cronograma definido pelo professor, a fim
de experimentar diferentes formas de aprendizagem.
b) rotacional individual permite que os alunos trabalhem em seu próprio ritmo,
enquanto ainda têm acesso a atividades presenciais e online. Eles podem ter mais tempo para
se envolver em uma determinada estação se precisarem de mais prática, ou podem passar para
a próxima estação mais rapidamente se já estiverem familiarizados com o conteúdo. Além
disso, o modelo de rotação de estações pode ajudar a aumentar o engajamento e a motivação
dos alunos, pois eles estão envolvidos em uma variedade de atividades diferentes
(ANDRADE; SOUZA, 2016).
c) sala de aula invertida, os alunos acessam o conteúdo do curso antes das aulas
presenciais, geralmente por meio de vídeos ou materiais online. Durante o tempo em sala de
aula, os professores se concentram em atividades práticas, discussões e resolução de
problemas, em vez de simplesmente transmitir o conteúdo. Isso permite que os alunos
apliquem o que aprenderam e recebam apoio direto dos professores quando necessário
(ANDRADE; SOUZA, 2016).
Modelo à la Carte
À la Carte: aqui a aprendizagem é balizada por objetivos gerais a serem atingidos ao
longo de um período, e, a partir dos objetivos, o aluno organiza seus estudos; além das
disciplinas tradicionais há as disciplinas eletivas, que podem combinar com o percurso
formativo que o aluno preferir; algumas delas serão disponibilizadas online (COSTA;
TESCKE; PERUZZO; MELLO, 2021).
Modelo Flex
Modelo Flex: este modelo permite que os alunos escolham a quantidade de tempo que
desejam passar na sala de aula e a quantidade de tempo que desejam passar em atividades
online. Isso significa que os alunos têm a flexibilidade de personalizar seu processo de
aprendizagem, de acordo com suas necessidades individuais. As atividades online são
geralmente estruturadas em torno de tópicos específicos e podem incluir vídeos, jogos
educacionais, quizzes e outros recursos digitais. Já as atividades presenciais podem envolver
aulas expositivas, discussões em grupo, experimentos e atividades práticas (COSTA;
TESCKE; PERUZZO; MELLO, 2021).
Neste sentido, o modelo flex oferece aos alunos uma maior autonomia para decidir
como e quando desejam aprender presencialmente ou online. Eles têm a opção de escolher
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quais aulas assistir no ambiente físico da escola e quais realizar remotamente. Esse tipo de
ensino híbrido é especialmente útil para estudantes que têm compromissos pessoais ou
preferem aprender em seu próprio ritmo.
Avrella e Cerutti (2019) discutem sobre o papel das tecnologias no ensino híbrido,
como uma abordagem que combina aulas presenciais com atividades online. Nessa
perspectiva, o ensino híbrido pode proporcionar uma experiência mais personalizada e
significativa para os alunos, além de promover a colaboração e a autonomia na aprendizagem.
Os autores citados acima, apresentam exemplos de práticas pedagógicas baseadas em
tecnologias, como a flipped classroom (sala de aula invertida), em que os alunos assistem a
vídeos ou realizam atividades online antes das aulas presenciais, e a gamificação, em que
elementos de jogos são incorporados à aprendizagem. Isso requer um planejamento cuidadoso
e da formação adequada dos professores para o sucesso do ensino híbrido (AVRELLA;
CERUTTI, 2019).
Nesse contexto, o ensino híbrido pode ser uma alternativa viável e eficaz para a
educação, especialmente em tempos de pandemia em que as aulas presenciais foram
interrompidas. No entanto, eles ressaltam que é necessário considerar as particularidades de
cada contexto educacional e que a tecnologia não deve substituir o papel do professor, mas
sim ser utilizada como uma ferramenta pedagógica complementar (AVRELLA; CERUTTI,
2019).
Esses são apenas alguns exemplos dos tipos de ensino híbrido que têm sido adotados
em diferentes contextos educacionais. Cada abordagem tem seus benefícios e desafios, e a
escolha do modelo adequado dependerá das necessidades dos alunos, recursos disponíveis e
metas educacionais específicas. O ensino híbrido proporciona uma maior flexibilidade,
personalização e interação, permitindo que os alunos desenvolvam habilidades importantes
para o século XXI, como autodirecionamento, colaboração e fluência digital.
Em resumo, o Ensino Híbrido é uma abordagem de ensino que busca combinar o
melhor do ensino presencial e a distância para criar uma experiência de aprendizagem
personalizada, flexível e efetiva para os alunos.
de formação técnica e profissional. Oliveira et al., (2020) corroboram com isso quando
dissertam que, foram estabelecidas as primeiras instituições voltadas para a formação de
artesãos e trabalhadores qualificados nas áreas de ofícios e técnicas.
De acordo com Oliveira et al., (2020), durante o século XIX, houve a influência da
educação técnica europeia, especialmente dos modelos alemão e francês, que buscavam
integrar a formação técnica e a formação geral, crescendo e diversificando a educação
profissional no país. Em 1909, o presidente Nilo Peçanha assinou o Decreto nº 7.566 em 23
de setembro, criando as já mencionadas 19 “Escolas de Aprendizes e Artífices”. Já em 1927,
O Decreto nº 5.241, de 27 de agosto de 1927, definiu que “o ensino profissional era
obrigatório nas escolas primárias subvencionadas ou mantidas pela União”, em razão da
Política de Substituição de Importações, que precisou qualificar a mão de obra local devido a
industrialização que se erguia nesse período (FEITOSA et al., 2019).
Em 1937, Constituição Federal promulgada pelo Governo Getúlio Vargas tratou da
educação profissional e industrial em seu Art. 129. Enfatizou o dever de Estado e definiu que
as indústrias e os sindicatos econômicos deveriam criar escolas de aprendizes na esfera da sua
especialidade. A Lei nº 378, de 13 de janeiro de 1937 transformou as escolas de aprendizes e
artífices mantidas pela União em liceus industriais e instituiu novos liceus, para propagação
nacional “do ensino profissional, de todos os ramos e graus, com objetivo de atender as
demandas da industrialização (BRASIL, 2018).
A Lei Orgânica do Ensino Industrial, criada com o Decreto-Lei nº 4.073, de 30 de
janeiro de 1942, definiu que o ensino industrial seria ministrado em dois ciclos: o primeiro
ciclo abrangia o ensino industrial básico, o ensino de mestria, o ensino artesanal e a
aprendizagem; o segundo ciclo compreende o ensino técnico e o ensino pedagógico
(BRASIL, 2018). Feitosa et al, (2019), afirmam que esse ensino era destinado a preparação
de trabalhadores que atuariam nas indústrias, com intuito de qualificar a mão obra para o setor
produtivo. Ainda período, ocorreu outra mudança na nomenclatura e os Liceus Industriais
passaram a ser denominados de Escolas Industriais e Técnicas.
No período supracitado, o Decreto-Lei nº 4.408 de 22 de janeiro de 1942 criou o
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Conseguinte, em 1946, com o
Decreto-Lei 9.613/46 foi criado os estabelecimentos de ensino de escolas agrícolas federais e
o Decreto-Lei nº 8.621 de 10 de janeiro de 1946 criou o SENAC - Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial. (BRASIL, 2018). Vale ressaltar que as escolas agrícolas federais
foram a base para a criação do que hoje é conhecido como Institutos Federais de Educação
(FEITOSA et al, 2019).
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Com base nisso, é inferida a potencialidade do Método Rotação por Estações para o
desenvolvimento simultâneo de diversas linguagens, pois permite abordá-las utilizando
diferentes ferramentas.
Caversan (2016) argumenta que as metodologias de Ensino Rotação por Estações
possibilitam o desenvolvimento tanto de trabalhos colaborativos quanto individuais. Além
disso, ele ressalta que é possível ensinar física sem se basear apenas na exposição de
informações pelo professor e com o conhecimento centrado nele. Essas considerações
colaboram com a validade do processo de ensino-aprendizagem ao utilizar essas
metodologias. Outros artigos e monografias também mostraram os benefícios e o potencial de
implantação da Metodologia de Rotação por Estações nas instituições de ensino (BARRETO,
2019).
Barion e Melli (2017) em um estudo discutiram sobre o ensino híbrido no curso
técnico na modalidade semipresencial, apresentando os resultados da implantação dos
modelos de rotação por estação e laboratório rotacional nos encontros presenciais.
A pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa e teve como objetivo buscar
alternativas para tornar os encontros presenciais mais atrativos, motivando os alunos a se
engajarem nos estudos online e presenciais e reduzindo os altos índices de desistência. O
modelo de rotação por estação foi aplicado nos encontros presenciais, visando estimular a
participação ativa dos alunos, despertar sua curiosidade e promover a aprendizagem autônoma
(BARION; MELLI, 2017).
Os resultados da análise indicaram que, quando bem planejados, os modelos de
rotação por estação e laboratório rotacional podem motivar os alunos a se envolverem nos
estudos prévios online, colocando em prática o modelo de sala de aula invertida. Além disso,
esses modelos proporcionam subsídios para que os alunos participem do processo de ensino e
aprendizagem com mais autonomia, envolvimento e interação com os colegas e com o
professor-tutor (BARION; MELLI, 2017).
Isso demonstra a importância do ensino híbrido, que combina o uso de tecnologias
digitais com práticas presenciais, visando personalizar as ações de ensino e aprendizagem e
promover um maior engajamento dos alunos. Em suma, o estudo busca explorar novas
abordagens pedagógicas para melhorar o ensino técnico na modalidade semipresencial,
incentivando a participação ativa dos alunos e promovendo uma aprendizagem mais
significativa.
Oliveira e Lima (2019), concluíram através de um estudo com alunos de um curso
técnico, que a implementação das estações resultou em aulas mais dinâmicas e movimentadas,
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3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANDRADE; Maria do Carmo F. de; SOUZA, Pricila Rodrigues de. Modelos de rotação do
ensino híbrido: estações de trabalho e sala de aula invertida. E-Tech: Tecnologias para
Competitividade Industrial, Florianópolis, v. 9, n. 1, 2016.
BARRETO, Mayara Rubio. Metodologia ativa rotação por estações como estratégia de
ensino: aplicação no curso de engenharia de produção da UTFPR - Campus Londrina.
Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2019.
COSTA, Edicleia Dolberto; TESCKE, Nadia; PERUZZO, Silvia; MELLO, Regina Oneda. Os
desafios do ensino híbrido no ensino remoto. Revista Educação Pública, v. 21, nº 38, 19 de
outubro de 2021. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/38/os-
desafios-do-ensino-hibrido-no-ensino-remoto.
FEITOSA, Marivânia da Silva; MARTINS, João Paulo Lira; TAVARES, Suemys Luize
Pansani; LEÃES, Paulo Garcez; OLIVEIRA, Cristiane Ayala de. A educação profissional e
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Semiárido De Visu, Petrolina, v. 7, n. 2, p. 100-115, 2019.
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Educação Profissional no Brasil: Origem e Trajetória. Revista Vozes dos Vales, UFVJM –
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HORN, Michael B.; STAKER, Heather. Blended: using to disruptive innovation to schools.
JosseyBass / Wiley, November, 2014.
OLIVEIRA, Adilson Ribeiro de; XAVIER, Gláucia do Carmo; SILVA, José Fernandes da;
OLIVEIRA, Shirlene Bemfica de. Educação Profissional e Tecnológica no Brasil: da
história à teoria, da teoria a práxis. Curitiba: CRV, 2020, v. 1, 276 p. (Coleção Educação
Profissional e Tecnológica no Brasil).
PENA, Fabio Luís Alves. Sobre a presença do Projeto Harvard no sistema educacional
brasileiro. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 34, nº. 1, p. 1701, jan. 2012.