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GESTÃO DE MUDANÇAS DE TECNOLOGIA E


Procedimento 040.010.040.008.PR INSTALAÇÕES

Elaborado por: Revisado em: Próxima análise crítica: Revisão:


Fernando Argolo dos Anjos Dezembro/2022 Dezembro/2024 0

1. OBJETIVO

Estabelecer critérios, metodologia e responsabilidades para o gerenciamento de


mudanças de tecnologia e instalações, assegurando que riscos potenciais da mudança
sejam identificados, avaliados e controlados, visando manter a integridade da força de
trabalho, do meio ambiente, das instalações e da continuidade operacional das unidades.

2. APLICAÇÃO E ABRANGÊNCIA

Este padrão se aplica às unidades da Vibra Energia S.A.ou em instalações que não sejam
de propriedade da Vibra Energia S.A., mas que sejam operadas por ela.

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA E COMPLEMENTARES

3.1 Documentos de referência

GESTÃO DE SSMA / DIRETRIZ 2 - Conformidade Legal


GESTÃO DE SSMA / DIRETRIZ 3 - Avaliação e Gestão de Riscos
GESTÃO DE SSMA / DIRETRIZ 5 - Operação e Manutenção
GESTÃO DE SSMA / DIRETRIZ 6 - Gestão de Mudanças
GESTÃO DE SSMA / DIRETRIZ 7 - Aquisição de Bens e Serviços
GESTÃO DE SSMA / DIRETRIZ 8 - Capacitação, Educação e Conscientização
GESTÃO DE SSMA / DIRETRIZ 9 - Gestão de Informações
GESTÃO DE SSMA / DIRETRIZ 11 - Contingência
GESTÃO DE SSMA / DIRETRIZ 14 - Gestão de Produtos

3.2. Documentos complementares

Permissão para Trabalho – PT.


Elaboração de Análise Preliminar de Riscos – APR.
Revisão de Pré-Partida de Instalações.
Gestão dos Riscos de SSMA em Decorrência de Mudanças na Força de Trabalho.
Definições e Siglas Utilizadas em SSMA.

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4. DEFINIÇÕES

Análise de Risco: Cruzamento da Probabilidade/ Frequência de acontecimento de um


evento (cenário) com a Severidade do seu efeito. Ela é baseada na aplicação de técnicas
de identificação de perigos e suas consequências no meio ambiente e no ambiente de
trabalho, considerando as possíveis consequências à terceiros.

APR: Análise Preliminar de Riscos

Atividade: Conjunto de tarefas que, sendo parte ou não de um processo, visam atender a
um objetivo específico.

Ciclo de Vida: conjunto das etapas de um empreendimento, instalação, produto, serviço


ou operação, desde o planejamento e concepção até a desativação ou disposição final ou
encerramento.

Consequência: Manifestação de como os efeitos físicos impactam recursos humanos,


ambientais e/ou materiais, ocasionados por incêndios, explosões ou vazamentos de
produtos tóxicos ou perigosos, expressa sob forma de danos à saúde, perda econômica e
impactos ao meio ambiente.
Evento: Hipótese cujo efeito tenha potencial de causar danos, impactos ou perda ao
meio ambiente, à saúde e segurança, ao patrimônio/continuidade operacional ou a
imagem, associado a um processo, atividade ou tarefa.
Frequência: Periodicidade de ocorrência de um evento gerador de uma consequência.
Mudança: qualquer alteração permanente ou temporária em relação a uma situação
existente em uma instalação, atividade ou operação, durante todo o seu ciclo de vida, que
modifique os riscos existentes ou altere a confiabilidade de sistemas. Inclui mudanças de
pessoas, na tecnologia e nas instalações.

Mudança de arranjo físico (“Lay-out”): Caracteriza-se por alterações na posição de


equipamentos e instalações, bloqueios temporários ou definitivos de acessos ou vias,
estratégias de fuga e resgate, etc.

Mudança de equipamento ou material: Caracteriza-se pela substituição de um


equipamento em uma operação por outro de características diferentes sem alterar os
parâmetros de processo. Caracteriza-se pela alteração, inclusão ou exclusão de
elementos, componentes e/ou acessórios de um sistema que determinem alterações
mecânicas (resistência mecânica, limites de tolerância, fatores de segurança), elétricas
(corrente, tensão, frequência ou potência) ou de rede lógica (cabeamento, classe de
comunicação, instrumentação ou alimentação).

Mudança de Instalação: mudança ou inclusão de itens nas instalações, edificações,


sistemas, equipamentos e componentes, durante todo o seu ciclo de vida, sem a
modificação da tecnologia.

Mudança de matéria prima: Caracteriza-se pela alteração da especificação de


propriedades físico químicas e/ou composição de qualquer das substâncias usadas no
processo, sejam elas: produtos químicos, produtos intermediários, produtos finais,
produtos secundários, matéria prima e até mesmo os rejeitos intermediários e finais
(petróleos, catalisadores, solventes, etc).

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Mudança de variáveis de processo: Caracteriza-se pela alteração do balanço de
material e/ou energia, das fases e etapas do processo (mudanças significativas de partida
e parada, etc), da condição padrão de operação (pressão, temperatura, vazão, outros...)
com limites máximo e mínimo de segurança, das consequências explícitas quando
ocorrem desvios, bem como dos inventários de substâncias que possam trazer risco ao
meio ambiente e à saúde ou segurança das pessoas.

Mudança em programas (“Softwares”): Caracteriza-se pela substituição de programas


(softwares) e elementos que compõem um sistema lógico de instrumentação, comando
computacional e que determinem alterações na lógica de funcionamento (revisões de
alarmes, alterações em instrumentos, sentido de fluxo, alimentação de dados, operação
de máquinas, linguagem de programação ou acessórios).

Mudança de tecnologia: mudança nas características de insumos e produtos (inclusive


resíduos) de um processo e/ou nas condições nas quais o processo é desenvolvido
(incluindo software e procedimentos).

Mudança permanente: qualquer mudança que após efetivada, não se pretende voltar ao
estado original. São as mudanças que permanecerão após a sua implantação.

Mudança temporária: qualquer mudança com duração limitada. São as mudanças que
após a expiração do seu prazo, retornam ao estado original.

Processo: Conjunto de atividades inter-relacionadas que transformam insumos em


produtos.

Profissional de SSMA: São considerados profissionais de SSMA (Engenheiro de


Segurança e o Técnico de Segurança) e profissionais e técnicos que auxiliem as unidades
operacionais, mesmo que sejam lotados na sede ou regional.

PT: Permissão de Trabalho.

Responsável pela Unidade: É o responsável por assegurar o andamento das fases da


Gestão de Mudança. O responsável da unidade poderá designar essa função ao seu
substituto ou ao responsável pelo setor a ser realizada a mudança.

Revisão de Pré-partida: sistemática para verificação da segurança de instalações


(novas, modificadas ou pós-parada de manutenção) prontas para pré-partida,
assegurando que potenciais perigos relacionados à operação dessas instalações tenham
sido devidamente identificados, avaliados e controlados.

Risco de SSO: Combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições


perigosas relacionadas aos trabalhos e da gravidade das lesões e problemas de saúde
que podem ser causados pelo(s) evento(s) ou exposição(ões).

Severidade: Magnitude ou gravidade da consequência do evento.

SSMA: Segurança, Saúde e Meio Ambiente.

Substituição de mesma natureza: É uma intervenção em um sistema ou instalação em


equipamentos, softwares, materiais e insumos que não alteram os padrões originais de

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projeto e os limites de operação do processo, ou intervenção na força de trabalho que
não adicionem riscos ao sistema.

Tarefa: Execução de uma prática ou procedimento específico. É a subdivisão de uma


atividade.

Unidade: Componente integrante da estrutura organizacional configurado para atender


necessidades provenientes da divisão de trabalho, contando com gestor e equipe
próprios.

5. AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE

ATIVIDADE AUTORIDADE RESPONSABILIDADE


Elaborar e Alterar SEG SEG
Validar SEG SEG
Aprovar SEG DEINFRA/SEG
Controlar SEG SEG

6. DESCRIÇÃO

6.1 Introdução

O processo de gestão de mudanças assegura que alterações e modificações sejam


realizadas de forma planejada, utilizando mecanismos que permitam a identificação,
avaliação, controle e documentação dos riscos associados às mudanças em tecnologias,
instalações, processos, produtos e equipamentos durante seu ciclo de vida e dentro da
responsabilidade da Vibra Energia S.A..

O processo de Gestão de Mudanças deve conduzir ao atendimento das exigências legais


e incorporar considerações de SSMA aos procedimentos estabelecidos, de modo a
preservar a integridade da força de trabalho, das instalações, dos produtos e processos e
da continuidade operacional das unidades.

6.1.1 Situações que demandam a Gestão de Mudanças

Este padrão se aplica à gestão de riscos de SSMA relacionados a mudanças, alterações


ou introdução de novas (os):
- Máquinas e Equipamentos;
- Produtos e Processos;
- Lay-out;
- Instalações e empreendimentos da fase de concepção ou aquisição e durante todo o
ciclo de vida;
- Tecnologias desde a fase de concepção e durante todo o ciclo de vida;
- Atividades e operações desde a fase de concepção e planejamento, durante todo o
andamento e até o encerramento;

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- Instalações que forem retiradas de operação ou suspensas (parcial ou total, temporária
ou definitiva), com desmontagem ou não dessas instalações;
- Requisitos legais e outros requisitos;
- Conhecimento ou informações sobre perigos e riscos de SSO;
- Local de Trabalho e arredores.

6.1.2 Situações de não aplicabilidade desse padrão

Em alguns casos não é necessário fazer a Gestão de Mudanças:

A) Após preenchimento da seção I do FAM - Anexo A, se a situação ficar caracterizada


como "substituição de mesma natureza". Nesse caso a tarefa pode ser executada, desde
que os padrões de Segurança, Saúde e Meio ambiente relacionadas ao evento sejam
cumpridos.

B) Em situações de Manutenção Programada, desde que não haja alteração ou


introdução de nova máquina ou novo equipamento, modificação dos parâmetros iniciais
do projeto, dos limites de operação, das fontes e energia, do lay-out, da instalação, da
tecnologia, do processo ou do produto. É obrigatório que todos os padrões de Segurança,
Saúde e Meio Ambiente (Permissão para Trabalho-PT, NR-10, NR-13, NR-20, NR-33,
NR-35, etc) relacionados ao Manutenção Programada sejam cumpridos.

6.2 Etapas do processo de Gestão de Mudanças

Segue no quadro abaixo, as 4 etapas com o resumo das tarefas a serem realizadas na
Gestão de Mudanças:

1a ETAPA: Confirmação da Mudança (Seção I do FAM):

Ao iniciar o processo de mudança o proponente preenche todos as perguntas o Check


List de Verificação da Mudança (Seção I do FAM- Anexo A), e em caso de dúvidas,
consulta o Guia de Caracterização do Processo de Mudança (Anexo B), para analisar se
a modificação se enquadra como substituição ou mudança.

a) Se todas as respostas da seção I do FAM (Anexo A) forem "NÃO":

O evento será classificado como substituição e a intervenção poderá ser executada


normalmente ou, quando aplicável, com uma Permissão de Trabalho - PT. Substituição de
mesma natureza são situações que não modificam os parâmetros originais de projeto,
limites de operação do processo e os riscos de processo. Nesse caso arquiva-se o

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formulário do FAM (Anexo A) e pode dar continuidade ao evento de substituição.

b) Se uma das respostas da seção I do FAM (Anexo A) for "SIM":

O evento será caracterizado como mudança e o proponente sinalizará pela continuidade


do processo de Gestão de Mudanças. O proponente deve informar o Responsável pela
unidade ou do setor (ou pessoa por eles designada) que dará continuidade ao processo
na 2a etapa desse padrão.

2a ETAPA: Análise da Mudança (Seções II e III do FAM):

O Responsável pela unidade ou do setor (ou pessoa por eles designada) deve definir a
Equipe multidisciplinar, que deve ser formada pelos especialistas dos setores envolvidos
no assunto da mudança. O Proponente deve necessariamente participar da Equipe
Multidisciplinar e o Profissional de SSMA (ou pessoa com experiência em análise de
risco), na medida do necessário, também deve ser convocado.

A Equipe multidisciplinar recebe o FAM (Anexo A), preenche a seção II do FAM (Anexo A)
para identificar os itens que podem ser impactados pela mudança marcando "Sim"
quando o item é impactado, "Não" quando o item não é impactado e "NA" quando não
aplicável. Recomenda-se verificar as informações que foram inseridas na seção I do FAM
(Anexo A) pelo proponente, assim como, consultar as pessoas com conhecimento na
situação da mudança proposta. Recomenda-se também visitar o local onde será realizada
a mudança.

A Equipe multidisciplinar levanta as situações (eventos e suas possíveis consequências)


relacionadas à mudança e aos itens marcados como "SIM" na seção I do FAM (Anexo
A). É importante levantar o máximo de eventos possíveis, e que esses eventos formem
uma relação de CAUSA e EFEITO bem definida, para que se possa encontrar o Risco
associado de forma correta. Alguns eventos possuem consequências que podem afetar
diferentes dimensões (pessoas, meio ambiente, patrimônio/continuidade operacional,
imagem), para cada uma delas deve ser feita a análise de risco e, quando for o caso,
diferentes ações de controle.

Seguem abaixo alguns exemplos de mudanças, eventos e suas possíveis


consequências

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MUDANÇA EVENTO CONSEQUÊNCIA
Instalação de novos Acidente causado uso Lesão Física (contusões,
equipamentos inadequado de fraturas, esmagamento e
equipamentos morte)
Alteração do fluxo de Atropelamento de Lesão Física (contusões,
empilhadeiras ou pedestres fraturas, esmagamento e
Caminhões morte)

Posto de trabalho novo Choque elétrico Lesão Física (queimadura e


próximo a fiação elétrica morte)
Mudança de lay-out Impacto contra objetos, Lesão Física (contusões,
máquinas e fraturas e morte)
equipamentos
Instalação de novo Exposição ao ruído Lesão Física (Perda da
equipamento ruidoso capacidade auditiva)
Manuseio de produto Inalação de gases Danos à saúde (doenças
químico novo tóxicos respiratórias, asfixia e
morte)
Instalação de equipamento com Curto circuito/ Incêndio Lesão física (queimadura e
potência elétrica maior morte), perdas materiais e
danos à imagem
Posto de Trabalho temporário ou Acidente com Lesão Física (contusões,
operação em trabalhador fraturas, esmagamento e
contingência morte)
Reposicionamento de Vazamento de produto Alteração da qualidade da
tubulações ou linhas água e solo e danos à
imagem
Realização da atividade sem as Autuações ou interdições Prejuízo financeiro, parada da
atualizações dos documentos por parte do órgão operação/produção e danos à
legais (Órgão Ambiental, Justiça fiscalizador. imagem
do
Trabalho, Prefeitura, etc)

a) Frequência do Evento:

Para a frequência do evento recomenda-se levar em conta a experiência de fatos


acontecidos no passado e/ou em outras unidades. Na Matriz de Tolerabilidade a
frequência pode ser: A, B, C, D ou E.

b) Severidade da Consequência:
Para a severidade será analisada a consequência nas dimensões: Pessoas,
Patrimônio/Continuidade Operacional/ Meio Ambiente e Imagem. Na Matriz de
Tolerabilidade, a severidade poderá ser: I, II, III, IV ou V.

c) Risco:

O Risco será o cruzamento da coluna da frequência com a linha de severidade da


consequência na Matriz de Tolerabilidade, levando-se em consideração os controles
existentes. A pior categorização do risco encontrada nas 4 dimensões, será o RISCO da
Mudança: Tolerável (T), Moderado (M) ou Não Tolerável (NT).

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Para o categorização do Risco, recomenda-se que seja utilizada a metodologia do padrão
Elaboração de Análise Preliminar de Risco.

Identificada a faixa do Risco na Matriz de Tolerabilidade (ver abaixo na tabela 1), a Equipe
multidisciplinar deve registrar na seção III do FAM (Anexo A): a categoria do risco, quais
são as ações de controles, se elas são suficientes, quais as recomendações e a
conclusão para a mudança. A 4a coluna (da seção II) deve ser preenchida com os setores
responsáveis pelo item marcado como "SIM" e o FAM (Anexo A). O FAM deverá ser
assinado por todos os participantes da Análise de Risco.

Caso sejam detectados RISCOS não toleráveis, serão implementadas novas ações de
controle e é refeita a Análise de Risco. Se for detectada nova intolerabilidade na
mudança, deve ser decidido pela paralisação do processo e o mesmo será arquivado
juntamente com as justificativas que levaram ao cancelamento da mudança no seção III
do FAM (Anexo A).

Tabela 1- Matriz de Tolerabilidade de Riscos

RISCO COMENTÁRIO
Não há necessidade de medidas de controle adicionais. Deve-se monitorar as
Tolerável (T) medidas controles existentes, para assegurar que as mesmas sejam suficientes
para manter o risco nessa faixa.
Controles Adicionais devem ser avaliados com objetivo de obter uma redução dos
Moderado (M)riscos para a faixa verdade. Novos controles serão implementados, se
considerados praticáveis.

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A mudança NÃO PODE ser realizada nessas condições. Os controles existentes
Não Tolerável são insuficientes. Métodos alternativos devem ser considerados para reduzir a
probabilidade e/ou a severidade dos eventos, de modo a trazer o risco para região
(NT): de menor magnitude (faixa amarela ou verde) e refazer sua Análise
de Risco.

3a ETAPA: Aprovação das Mudanças (seção IV do FAM):

O Responsável pela unidade ou do setor (ou pessoa por eles designada) recebe o FAM
(Anexo A) e a Análise de Risco, e verifica, com a anuência do SSMA da unidade, se
esses documentos estão alinhados com a proposição da mudança e se são consistentes
entre si. O processo de aprovação da Análise de Risco possui 3 possibilidades:

a) Se o Responsável da unidade ou do setor (ou pessoa por eles designada) entender


que a Análise de Risco está consistente, e ela sinalizar pela aprovação da
mudança, a mesma será aprovada na seção IV do FAM (Anexo A) e o processo
continua (se for pela continuação da mudança).

b) Se o Responsável da unidade ou do setor (ou pessoa por eles designada) entender


que a Análise de Risco está consistente e ela sinaliza pela não aprovação da
mudança, pode-se propor novas ações de controle e para realização de nova análise
de risco. Se for detectada nova intolerabilidade no risco da mudança, deve ser
decidido pela paralisação do processo, a mudança será reprovada na seção IV do
FAM (Anexo A) e o processo será arquivado juntamente com as justificativas.

c) Se o Responsável da unidade ou do setor (ou pessoa por eles designada) entender


que a Análise de Risco não está consistente ou não se sente confortável em aprová-
la, ele poderá solicitar revisão da Análise de Risco e/ou definir nova Equipe
multidisciplinar. Nesse último caso, o processo voltará para as tarefas 4 ou 5 desse
padrão.

Depois de aprovada a Análise de Risco, o Responsável pela unidade ou pelo setor (ou
pessoa por eles designada) providenciará o planejamento inicial das ações para da
realização das mudanças com sua equipe.

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4a ETAPA: Realização das Mudanças Planejadas (seções V e VI da FAM):

A documentação técnica, os procedimentos e manuais de operação, quando for o caso,


devem ser revisados e/ou atualizados conforme recomendação da Análise de Risco.
Todos os itens considerados impactados (Seção II do FAM- Anexo A) devem ser
controlados ou resolvidos, para se dar início ao processo de Gestão de Mudanças. O
executante e todos os envolvidos no processo, devem ser comunicados sobre os riscos e
as ações necessárias para a realização dos trabalhos e proceder com a implementação
da mudança.

Responsável pela unidade ou setor (ou pessoa por eles designada) vai ao local onde a
mudança ocorrerá, para avaliar todo o planejamento feito de parada e descontaminação
dos equipamentos e dará sequência à realização da mudança proposta.

Realizado os testes e estando tudo em ordem, a


unidade/processo/produto/instalação/equipamento será entregue para o Responsável
pela unidade ou do setor (ou pessoa por eles designada) para a realização da revisão de
pré-partida.

Realizada a revisão de pré-partida, incluindo condicionamento e verificação da realização


das recomendações da análise de risco no local das alterações, o Responsável pela
unidade ou do setor (ou pessoa por eles designada) aceitará ou não o sistema. No caso
da constatação de problemas, o Responsável pela unidade ou pelo setor (ou pessoa por
eles designada) rejeitará a unidade/processo/produto/instalação/equipamento e solicitar

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que as recomendações contempladas na Seção III FAM (Anexo A) ou da análise de risco
sejam cumpridas e os problemas observados durante o teste sejam corrigidos.

Se todas as exigências constantes na seção III do FAM (Anexo A) e na análise de risco


foram cumpridas e a unidade/processo/produto/instalação/equipamento estão em
condições de operar, o Responsável pela unidade ou do setor (ou pessoa por eles
designada), quando aplicável, providenciará a revisão dos procedimentos operacionais
comprometidos com a mudança, principalmente aqueles que tratam de limites críticos de
operação e enviar as modificações a serem contempladas na revisão dos diagramas
lógicos e/ou desenhos de processo para o setor de projetos.

Nos casos de alterações em procedimentos, os operadores que executam esses


procedimentos são treinados e capacitados antes do retorno às operações afetadas pela
mudança. A força de trabalho não capacitada ou que não tiver sido comunicada sua
capacitação na execução do procedimento, ficará impedida de operar a
unidade/processo/produto/instalação/equipamento até que recebam o treinamento.

Cumpridas as exigências e revisados os documentos comprometidos com a mudança, a


unidade/processo/produto/instalação/equipamento será liberado para operação.

Após a realização das mudanças, o Responsável da Unidade ou do setor (ou pessoa por
eles designada) ou Profissional de faz análise dos resultados, comparando com o
previsto, verificando se todas as recomendações foram r ealizadas e se o processo
ocorreu dentro do planejado. (Verificação do Resultado da Mudança - Seção VI do FAM
(Anexo A)).

6.3 Verificação da Gestão de Mudanças

Auditorias comportamentais, verificação do ciclo da tarefa (VCT), Auditorias do SGI e


qualquer outro tipo de Auditoria que aborde a parte de da unidade servirão como
instrumentos de verificação da Gestão de Mudanças.

6.4 Responsabilidades

Responsável - Assegurar que o procedimento de gestão de mudança seja seguido e que as


pela Unidade mudanças sejam adequadamente revisadas e entendidas antes da sua
(ou pessoa por implementação.
ele designada) - Tem a atribuição e responsabilidade de avaliar a aplicação da mudança e seus
benefícios, bem como, impacto de para o sistema como um todo e após
avaliação, decidir pela autorização ou não da mudança.
- Aprovar e autorizar as solicitações de mudança nas instalações sob sua
responsabilidade.
- Reprovar as solicitações de mudança nas instalações sob sua
responsabilidade.
- Definir nova equipe multidisciplinar para a Análise de Risco;
- Assegurar que os itens impactados pela mudança sejam bloqueadas ou
resolvidos.
- Assegurar que revisões de pré-partida sejam realizadas, atestando a
implementação das exigências de acordo com o estabelecido. Suas atribuições
incluem:
· atuar como responsável pela gestão da mudança (quando for o caso);
· designar pessoal capacitado para revisar todos os aspectos da mudança,
incluindo a comunicação e contato com outras unidades e, onde necessário,
com outras instalações;
· suprir recursos para a realização de análises de riscos, quando aplicáveis;

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· garantir que a documentação esteja completa;
· após realização da mudança, realizar a auditoria de segurança de pré-partida
do equipamento ou sistema alterado;
· aprovar a partida após conclusão da Revisão de Segurança Pré-partida.
Profissional de -Tem a atribuição de liderar e participar da Equipe Multidisciplinar, para
SMS determinar os requisitos da gestão de mudança para cada caso, descrever
esses requisitos na Análise de Risco, assegurar, quando for o caso, que a
revisão seja concluída e assegurar que toda documentação seja atualizada e
arquivada. Além dissso tem como atribuição:
- revisar a documentação gerada antes de sua aprovação pelo responsável da
unidade (ou pessoa por ele designada) através dos Anexos A, B e C, e da
análise de riscos.
· assegurar que revisões em procedimentos sejam realizadas;
· assegurar a comunicação da mudança para a força de trabalho;
· assegurar que os profissionais sejam treinados e registros desses
treinamentos sejam realizados nas fichas de treinamento dos mesmos, em
atendimento ao procedimento de gestão de mudança de pessoal;
· atribuir número sequencial para cada mudança realizada na área.
- Assegurar que itens impactados pela mudança sejam bloqueados ou
resolvidos.
- Tem a atribuição de revisar os aspectos e impactos, perigos e danos
relacionados à mudança, pertinentes à sua área de conhecimento.
- Garantir que a documentação de (FAM (Anexo A), Análise de Risco, e outros
documentos) esteja completa;
- Sugerir alterações ao escopo original antes da autorização final. Suas
atribuições podem incluir: medições relacionadas a , avaliações locais, apoio na
definição de condições para realização da mudança, participação de análise de
riscos e outras.
Analisar os resultados das mudanças, comparando com o previsto, verificar se
todas as recomendações foram realizadas e documentar a mudança. Seção VI
do FAM (Anexo A).
Proponente - Qualquer empregado ou contratado pode ser o proponente para começar o
processo de gestão de mudanças. Essa pessoa deve compreender e seguir
esse procedimento.
- O proponente inicia o processo preenchendo Check Lista para Verificação da
Mudança (seção I do FAM- Anexo A) e encaminhá-lo ou ao Responsável da
unidade ou pelo setor (ou pessoa por eles designada).
- O proponente deve participar, quando aplicável, da Equipe Multidisciplinar
para auxiliar na Análise de Risco da Mudança.
Manutenção - Assegurar que os itens impactadas pela mudança sejam bloqueados ou
resolvidos.
- Avaliar a mudança a ser realizada, bem como as implicações procedimentais
para sua área e condições dispostas, para futuras alterações em equipamentos
e sistema. Além disso:
· revisar procedimentos de manutenção e instruções requeridas, identificadas
ou não pelo autor;
· notificar autor quando completada as alterações no sistema e atualizar
desenhos ou arquivos de equipamentos para refletir as modificações realizadas.
. assegurar que os novos equipamentos sejam adicionados ao sistema de
gerenciamento do programa de manutenção, em atendimento aos
procedimentos da gerência.
Engenharia - Revisar documentos ou arquivos de engenharia e instruções requeridas,
quando completada as alterações no sistema para refletir as modificações
realizadas.
. Fazer a manutenção do banco de dados da engenharia para todas as
mudanças (programa de garantia e controle de qualidade);
· Assegurar que todos os projetos sejam adequadamente distribuídos
(engenharia ou manutenção).
Responsável - Assegurar que os itens impactadas pela mudança sejam bloqueados ou
pelo setor (ou resolvidos.
pessoa por ele - Assegurar que revisões de pré-partida sejam realizadas, atestando a
designada) implementação das exigências de SSMA de acordo com o estabelecido. Suas

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atribuições incluem:
· atuar como responsável pela gestão da mudança (quando for o caso);
· designar pessoal capacitado para revisar todos os aspectos da mudança,
incluindo a comunicação e contato com outras unidades e, onde necessário,
com outras instalações;
· suprir recursos para a realização de análises de riscos, quando aplicáveis;
· garantir que a documentação esteja completa;
· após realização da mudança, realizar a auditoria de segurança de pré-partida
do equipamento ou sistema alterado;
· aprovar a partida após conclusão da Revisão de Segurança Pré-partida.
- Analisar os resultados das mudanças, comparando com o previsto, verificar se
todas as recomendações foram realizadas e documentar a mudança. Seção VI
do FAM (Anexo A).
Equipe - Fazer o preenchimento do FAM (Anexo A) e fazer a Análise de Risco da
Multidisciplina Mudança.
r - Fazer as recomendações, comentários e conclusão a respeito da realização
da mudança;
- Recomendar (ou não recomendar) a realização da mudança.

6.5 Treinamento e Conscientização

O Responsável pela Unidade ou do setor (ou pessoa por eles designada), os


responsáveis pela operação, pela manutenção e pelo SSMA da unidade devem tomar
conhecimento deste padrão. É importante que a força de trabalho (empregados,
contratados e colaboradores) estejam conscientizados sobre o processo de
gerenciamento de mudança e dos perigos que podem ser inseridos, quando forem
introduzidas mudanças não autorizadas.

7. REGISTROS
Identificação Armazenamen- Grau de Proteção Recuperação Tempo de Descarte
to sigilo Retenção
FAM (anexo A) Drive Y ou NP-1 Acesso ao Armazenados Indeterminado NA
com a Análise Arquivo da sistema por por data
de Risco unidade chave e senha
e protegido por
back up (meio
eletrônico) ou
sem proteção
(meio físico)
Análise de Drive Y ou NP-1 Acesso ao Armazenados Indeterminado NA
Risco (se for Arquivo da sistema por por data
feita fora da unidade chave e senha
FAM) e protegido por
back up (meio
eletrônico) ou
sem proteção
(meio físico)

8. ANEXOS

Anexo A - Formulário para Análise da Mudanças – FAM


Anexo B - Caracterização do Processo de Mudança

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