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ARTIGO ORIGINAL

geniely lima da silva1; eduardo vidal de melo2.

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E DISPNEIA EM PNEUMOPATAS


OBSTRUTIVOS CRÔNICOS

EVALUATION OF FUNCTIONAL CAPACITY AND DYSPNEA IN CHRONIC


OBSTRUCTIVE PULMONARY DISEASE

EVALUACIÓN DE LA CAPACIDAD FUNCIONAL Y DISPONIA EN PNEUMOPATAS


OBSTRUTIVOS CRÓNICOS

1
Graduanda do Curso de Fisioterapia pela Faculdade do Piauí –FAPI
2
Mestre em Saúde da Fámilia e Professor da Faculdade do Piaui –FAPI

Autor para correspondência: Geniely Lima da Silva, Rua 13 Renascença III Nº 6494,
(86)99461-3305 Teresina - Piauí.
E-mail: genielyl25@gmail.com

Resumo
Introdução: A Asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) constituem-se
doenças respiratórias crônicas, que promovem a limitação de fluxo de ar crônica e

1
progressiva. O objetivo desse estudo foi avaliar a capacidade funcional e dispneia
nestes pacientes. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com 4
pacientes ambulatoriais de 38 á 78 anos, no Hospital Getúlio Vargas, sendo 2
portadores de Asma e 2 de DPOC. A capacidade funcional foi analisada pelo teste
do degrau 4 minutos (TD4) mediante escala de Borg modificada, na percepção de
dispneia e fadiga. Utilizou se também questionário de estado de saúde (HAQ-20).
Já na avaliação de dispneia utilizou-se o índice de dispneia basal de Mahler (IBD).
Resultados: Pacientes com DPOC apresentaram aumento em todas as variáveis
cardiorrespiratórias durante o TD4, na avaliação de CF pelo HAQ-20 os asmáticos
obtiveram incapacidade leve, enquanto em DPOC a incapacidade mostrou-se
moderada. Na avaliação de dispneia pelo IBD, os asmáticos obtiveram maior
dispneia. Conclusão: O TD4 mostrou-se eficiente e seguro na avaliação de CF, pois
obteve baixas alterações nas variáveis cardiorrespiratórias. Os resultados entre o
teste e os questionários corroboraram com a pesquisa, ambos evidenciaram maior
acometimento em DPOC está no declínio da CF, já em asmáticos o prejuízo maior
esta na dispneia.
Palavras- chave: Pneumopatas Crônicos. Capacidade Funcional. Dispneia.

Abstract
Introduction: Asthma and chronic obstructive pulmonary disease (COPD) are
chronic respiratory diseases, which promote chronic and progressive airflow
limitation. The objective of this study was to evaluate functional capacity and
dyspnea in these patients. Methods: A cross-sectional study was carried out with 4
outpatients aged 38 to 78 years, at Getúlio Vargas Hospital, 2 patients with Asthma
and 2 with COPD. Functional capacity was analyzed by the 4-minute step test (TD4)
using a modified Borg scale, in the perception of dyspnea and fatigue. A health
status questionnaire (HAQ-20) was also used. In the assessment of dyspnea, the
Mahler's basal dyspnea index (BDI) was used. Results: Patients with COPD showed
an increase in all cardiorespiratory variables during TD4; in the assessment of CF by
HAQ-20, asthmatics had mild incapacity, whereas in COPD the disability was
moderate. In the assessment of dyspnea by IBD, asthmatic patients had greater
dyspnea. Conclusion: TD4 was efficient and safe in the evaluation of CF, because it
obtained low changes in cardiorespiratory variables. The results between the test

2
and the questionnaires corroborated with the research, both evidenced a greater
involvement in COPD is in the decline of the CF, whereas in asthmatics the major
loss is in dyspnea.
Keywords: Chronic Pneumopathies. Functional capacity. Dyspnoea

Resumen
Introducción: El asma y la enfermedad pulmonar obstructiva crónica (EPOC) son
enfermedades respiratorias crónicas, que promueven la limitación del flujo de aire
crónico y progresivo. El objetivo de este estudio fue evaluar la capacidad funcional
y disnea en estos pacientes. Metodología: Se realizó un estudio transversal con 4
pacientes ambulatorios de 38 a 78 años, en el Hospital Getúlio Vargas, siendo 2
portadores de Asma y 2 de EPOC. La capacidad funcional fue analizada por la
prueba del escalón 4 minutos (TD4) a través de la escala de Borg modificada, en la
percepción de disnea y fatiga. Se utilizó también un cuestionario de estado de
salud (HAQ-20). En la evaluación de disnea se utilizó el índice de disnea basal de
Mahler (IBD). Resultados: Pacientes con EPOC presentaron aumento en todas las
variables cardiorrespiratorias durante el TD4, en la evaluación de CF por el HAQ-20
los asmáticos obtuvieron incapacidad leve, mientras que en EPOC la incapacidad se
mostró moderada. En la evaluación de disnea por el IBD, los asmáticos obtuvieron
mayor disnea. Conclusión: El TD4 se mostró eficiente y seguro en la evaluación de
CF, pues obtuvo bajas alteraciones de las variables cardiorrespiratorias. Los
resultados entre la prueba y los cuestionarios corroboraron con la investigación,
ambos evidenciaron mayor acometimiento en EPOC está en la declinación de la CF,
ya en asmáticos el perjuicio mayor esta en la disnea.
Palabras clave: Pneumopatas Crónicas. Capacidad Funcional. Disnea
.

1. INTRODUÇÃO

As pneumopatias obstrutivas crônicas abrangem doença pulmonar obstrutiva


crônica (DPOC) e a Asma. A DPOC é uma doença crônica, previnivel e tratável.

3
Caracteriza-se pela limitação crônica do fluxo de ar, que além de progressiva,
geralmente está associada à inflamação pulmonar causada principalmente pela
1,2
exposição ocupacional ou direta a fumaça do tabaco e a combustão de biomassa.
Para o diagnóstico é preciso comprovar a obstrução do fluxo de ar, esta é
definida pela presença da relação volume expiratório forçado no primeiro minuto e
a capacidade vital forçada (VEF1) /CVF abaixo de 0,70 pós-bronco dilatador (BD) 2. A
DPOC consiste na associação entre duas doenças a bronquite crônica que se refere
a doença de pequenos brônquios, que se caracteriza pela presença de tosse e
secreção persistindo por meses a 2 anos. Já o enfisema pulmonar consiste num
aumento dos espaços aéreos distais ao brônquio terminal e apresenta destruição da
parede dos alvéolos. 3
Estima se que a DPOC acomete pelo menos 12% dos adultos
maiores de 40 anos, cerca de 5.500.000 individuos.2
A Asma é uma doença inflamatória crônica, que se caracteriza por hiper-
responsividade das vias aéreas inferiores com uma limitação variável do fluxo
aéreo, que pode ser reversível espontâneo ou após tratamento e pode ser
classificada de acordo com a frequência e intensidade dos sintomas. Estima-se que
a asma esteja entre a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo Sistema
único de saúde (SUS), cerca de 2,3% do total.3,4
O impacto dessas patologias sobre as atividades de vida diárias (AVD) são
diretos a maioria desses pacientes relatam dispneia e fadiga durante a realização
dessas atividades, por conta disso muitos procuram tratamento. 5 Com isso, se torna
indispensável a avaliação da capacidade funcional e respiratória para identificar o
grau de comprometimento funcional desses pacientes. A avaliação da capacidade
5,6.
funcional pode ser realizada por testes específicos e questionários Enquanto que
a dispneia é perceptível por sinais físicos, como batimento de asa do nariz e
aumento da frequência respiratória pode ser avaliada e classificada por dados
espirométricos escalas e questionário7.
Assim, este estudo teve como objetivo avaliar da capacidade funcional e
dispneia em pneumopatas obstrutivos crônicos portadores de ASMA ou DPOC.

2. METODOLOGIA

4
Esse estudo teve caráter transversal descritivo. Realizado no ambulatório do
Hospital Getúlio Vargas (HGV) em Teresina- PI, durante o mês de novembro de
2017. A coleta de dados foi realizada durante o tratamento fisioterapêutico dos
pacientes. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da
Universidade Paulista – UNIP sob protocolo de número 2.277.520.
Todos os pacientes submetidos à pesquisa assinaram o termo de
consentimento livre esclarecido (TCLE) a fim de fazer parte da mesma. Durante a
coleta houve perca de parte da amostra inicial, pois 4 pacientes abandonaram o
tratamento e outros 4 tiveram alta. Dos 4 pacientes que concluíram a pesquisa 2
são portadores de DPOC e 2 portadores de Asma com idade entre 39 a 77 anos, de
ambos o sexos. Foram incluídos no estudo somente pneumopatas obstrutivos
crônicos com diagnóstico de DPOC ou Asma. Foram excluídos indivíduos que
apresentaram exacerbação da doença, paciente acometido de patologias
associadas (neurológicas, auditiva e visual) que impediam a compreensão e
execução do questionário ou teste de esforço.
Inicialmente foi realizada avaliação da capacidade funcional (CF) por teste
de esforço utilizando o Teste do degrau de 4 minutos (TD4), que se consistiu em um
procedimento simplificado de avaliação da capacidade funcional através do ritmo
determinado pelo paciente e número total de degraus subidos e descidos em 4
minutos, o teste foi realizado em uma escada com 2 degraus com 20cm altura, com
60cm de comprimento e 30cm de largura e piso antiderrapante com apoio lateral e
frontal. Com monitoração de variáveis cardiorrespiratórias PA, Sat%O 2 e FC pré e
pós teste. Durante o mesmo também foi utilizada a escala de Borg modificada
(EBM), a fim de quantificar à intensidade da dispneia e fadiga, onde o próprio
paciente apontou sua percepção de esforço durante o exercício. Durante o teste foi
respeitado sempre o ritmo do paciente e suas pausas, ao fim deste o paciente foi
colocado em posição confortável e oferecido água durante 2 a 3min afim da
estabilização das variáveis cardiorrespiratorias.
Em seguida foi aplicado o questionário Health Assessment Questionnaire
(HAQ), que avaliou a capacidade funcional e identificou o índice de deficiência (ID)
este foi avaliado por oito categorias (vestir-se, alimentar, andar, higiene, alcance e
outras atividades do dia a dia) para cada categoria o paciente indicou o grau de

5
dificuldade de 0 a 3, sendo a pontuação final a média de todas as categorias. A ID é
classificado em deficiência leve (0 a 1) moderada (1 a 2) e grave (2 a 3).
A análise da dispneia foi avaliada a partir da aplicação do Índice basal de
dispneia (BDI), composto por três perguntas com classificação do grau de 0 a 4 que
avaliou como a dificuldade de respirar interfere em atividades do dia-a-dia, como
tarefas domésticas, esforço com peso e atividades como andar no plano e subir
escadas desses pacientes portadores de doenças respiratórias de caráter obstrutivo,
cujo resultado final varia de nota zero (dispneia máxima) a doze (sem falta de ar).
Ao final da pesquisa os dados foram expressos em gráficos e tabelas usando o
programa Microsoft Word e Excel 2010. Essa pesquisa seguiu todos os preceitos
éticos da resolução 466/12.

3. RESULTADOS

Foram investigados 4 pneumopatas obstrutivos crônicos sendo 2 portadores


de Asma, mulheres com idade 39 e 48 anos e 2 portadores de DPOC, homens com
idade entre 73 e 77 anos. O resultado da aplicação dos questionários e teste de
esforço foi evidenciado nas seguintes tabelas e gráficos.

Tabela I. Caracterização da Amostra


Pneumopatia N Idade Sexo Tempo de trat.
(média) em anos
ASMA 2 43,5 F 2

DPOC 2 75 M 3

Legenda: M= masculino F= feminino DPOC= Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica N= número


da amostra.

6
Tabela II. Comportamento das variáveis cardiorrespiratórias durante o Teste do
Degrau de 4 minutos, em pneumopatas obstrutivos crônicos.

Amostra PAM FC Sat%O2 Score Borg. n-degraus


(n=4) v*média v*média v*média 4 min

Asma 11,5 (100-116) 7 (80-93) 1,5(96-99) 4,5 (4-9) 25 e 1/2


(n=2)
DPOC 13,5 (93-113) 12 (75-99) 2,5(95-99) 5,5 (7-8) 16 e 1/2
(n=2)
Legenda: Resultados expressos em variação média e valores (máx. e min.) v* variação média;
PAM=pressão arterial média; FC=frequência cardíaca; SatO2%=saturação periférica de oxigênio;
Scores Borg=escores de fadiga e dispneia modificada de Borg; n-degraus= números de degraus
subidos em 4 minutos.1/2= meio degrau.

Através da análise dos dados do TD4, evidenciou-se que portadores de DPOC


apresentaram um aumento discreto nas variações cardiorrespiratórias, na
percepção de fadiga e dispneia durante o teste quando comparado com portadores
de Asma.
Observou-se também que asmáticos tiveram maior percepção de dispneia
durante o teste quando comparado com DPOC, que apresentaram maior fadiga de
MMII durante esforço. Os asmáticos obtiveram melhor desempenho no teste, com
maior numero de degraus e menor variação cardiorrespiratória.

Gráfico I. Índice de incapacidade, em pneumopatas segundo questionário HAQ-20.

HAQ-20
3
2 Índice de Deficiência

1
0
ASMA DPOC
Gráfico II. Índice basal de dispneia em Asma e DPOC.

7
IBD
12

8 Índice Basal de Dispneia

0
DPOC Asma

Com base, na interpretação dos questionários foram encontrados. Na


avaliação CF pelo HAQ-20 evidenciou-se em ambos pneumopatas um grau de
deficiência sendo este menor em asmáticos que apresentaram deficiência leve,
já no grupo com DPOC apresentou-se moderada certamente relacionada a
funcionalidade diminuída em idosos.
Já na avaliação de dispneia pelo IBD, a diferença entre os pneumopatas foi
mínima cerca de um ponto (1). Os maiores índices e menor dispneia foram
evidenciados em pacientes com maior tempo de tratamento. Os asmáticos
apresentaram menor índice e maior dispneia quando comparados com portadores
de DPOC.

4. DISCUSSÃO
Em relação às variáveis metábolo-ventilatórias e cardiorrespiratórias o TD4
não apresentou aumento significativo das mesmas e apresentou-se como seguro e
eficiente na avaliação da CF em pneumopatas, o teste também demostrou
demandas similares a outros testes submáximos.
Com relação à indicação do teste, Pessoa9 evidenciou em um estudo com 11
portadores de DPOC com idade entre 63 e 79 que o TD2 é mais indicado para
indivíduos com obstrução grave devido ao menor grau de stress cardiovascular e
fadiga muscular quando comparado ao teste sentar e levantar de 2 minutos (TSL
´2). Em relação à avaliação da CF, segundo o estudo de Machado 10, o TD6
apresenta desempenho semelhante ao teste de caminhada de 6 minutos (TC6) em
pacientes com DPOC e pode sim ser utilizado na avaliação da capacidade funcional
substituindo o TC6.
Já o estudo de Marrara13, analisou a responsividade do TD6 associado um
programa de treinamento físico aeróbico (PTF) em esteira três vezes por semana
com 36 pacientes com DPOC onde foi verificado após 6 semanas um aumento

8
significativo no número de degraus e redução significativa da dispneia no teste.
Comprovando que a dispneia influencia diretamente a capacidade de exercícios em
pneumopatas obstrutivos. Na literatura não foram encontrado, estudos com testes
submáximos que envolvessem asmáticos, contudo estes apresentaram melhor
desempenho no TD4 em relação à DPOC.
Na percepção de dispneia durante o TD4 do presente estudo os asmáticos
apresentaram um leve aumento de desconforto respiratório durante o teste
apresentando aumento da frequência respiratória (FR) e fadiga diafragmática
quando comparados com DPOC. Consequentemente, devido à luz traqueal
diminuída pelo broncoespasmo durante o esforço.
Nos pacientes com DPOC, durante o TD4 houve um aumento na percepção de
fadiga tanto de membros inferiores (MMII) quanto respiratória provavelmente pela
diminuição na sua capacidade funcional. Segundo Gulart 14, a doença apresenta um
declínio progressivo na capacidade de exercício, levando a um comprometimento
do estado funcional e a limitação das AVD S. Fator determinante para incapacidade
física, gerando maior gasto energético na realização de atividades leves.
Na avaliação de resultados dos questionários, em dispneia IBD e capacidade
funcional HAQ-20 notou- se pouca diferença no comportamento da Asma e DPOC,
sendo ambas similares nesses comprometimentos. Sendo que a DPOC acomete
geralmente idosos acentuando o declínio da capacidade funcional dos mesmos. Já
em asmáticos observou-se maior nível de dispneia, Contudo no estudo de Cordeiro 8,
que avaliou dispneia e qualidade de vida (QV) através de questionários em 14
pneumopatas obstrutivos e evidenciou maior dispneia e menor QV em portadores
de DPOC. Consequentemente a diferença se deve ao uso de 3 escalas variadas na
analise de dispneia e a diferença no tempo de tratamento em DPOC, visto que
quanto maior o tempo de reabilitação maior estabilidade da dispneia em relação
aos asmáticos em mesma situação.
A escala IBD empregada na analise da dispneia e identificação do impacto da
mesma, apesar de pouco utilizada se mostrou eficiente e segura em pneumopatas.
Segundo um estudo de Camargo11, que correlacionou escalas utilizadas na avaliação
de dispneia em 50 pacientes com DPOC utilizando o TC6, entre elas Modified
Medical Research Council (mMRC), Baseline Dyspnea Index (BDI), Oxygen Cost
Diagram (OCD) e Shortness Of Breath Questionnaire (SOBQ). Conclui-o que na

9
analise multivariada o BDI e SOBQ foram selecionados como melhores preditores
para medição da distancia percorrida no TC6. A partir do estudo de Teixeira 12,
utilizou o IBD em um grupo de 49 obesos grau 2 e 3 evidenciando correlações
significativas em quase todos os aspectos de função pulmonar e mostrando se uma
escala eficiente na analise de dispneia nesse grupo de risco.
A utilização do HAQ-20, na avaliação da CF foi satisfatório e atribui-o a DPOC
incapacidade moderada (1a 2) e nos asmáticos incapacidade leve (0 a 1). Podemos
atribuir o índice moderado na DPOC, a o declínio progressivo da CF associada a
idade avançada. A utilização do HAQ-20 ainda é tímida na literatura com
abordagens apenas em artrite reumatoide e mulheres em pós-mastectomia, não
foram encontrados estudos realizados em pneumopatas o que torna esse estudo
pioneiro na utilização do HAQ-20 na avaliação de CF nesse grupo.

5. CONCLUSÃO
Com base nas evidencias e resultados do TD4, conclui-se que o teste é
eficiente e seguro na avaliação da CF em pneumopatas obstrutivos crônicos
podendo substituir o TC6, por apresentar baixa alteração nas variáveis
cardiorrespiratórias, fadiga e dispneia (EBM). Os asmáticos obteram melhor
desempenho no teste mesmo com percepção de dispneia maior, e possuem
consequentemente melhor CF quando comparados a portadores de DPOC que
apresentam maior fadiga em MMII relacionado ao declínio progressivo de sua CF.
Houve correlação entre o TD4 e os questionários. Segundo HAQ-20 em
relação à CF os asmáticos apresentaram incapacidade leve enquanto em portadores
de DPOC esta mostrou- se moderada, sendo o principal comprometimento da DPOC
a redução progressiva da CF.
Na avaliação de dispneia pelo IBD, os asmáticos apresentaram um aumento
na dispneia, em relação à DPOC. Logo, este sintoma é o mais limitante na asma
provocando diminuição na capacidade de exercício.

6. REFERÊNCIAS

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ILUSTRAÇÕES

Tabela I - Caracterização da
amostra...............................................................5
Tabela II - Variáveis cardiorrespiratórias durante teste do degrau...................5
Gráfico I- Índice de incapacidade, em pneumopatas segundo questionário
HAQ-
20....................................................................................................
..........6
Gráfico II- Índice basal de dispneia em Asma e DPOC.....................................6

12

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