Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Marcelino, Fernando
2
SUMÁRIO
3
1. O SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO DE CURITIBA
4
Para possibilitar a implantação dos eixos estruturais com vistas ao crescimento
linear, adotou-se o Sistema Trinário – formado por uma faixa central exclusiva para
ônibus expressos de alta capacidade, ladeada por duas vias de tráfego lento (para acesso
ao comércio e residências) e duas vias de tráfego rápido (centro-bairro e bairro-centro)
de alto tráfego. A construção de arranha-céus com propósitos habitacional e comercial
no nível da rua foi permitida ao longo do Sistema Trinário, de modo que a população se
concentrasse e circulasse nas redondezas onde o transporte público estava disponível,
confirmando que o BRT (Bus Rapid Transit) veio como parte de uma proposta de visão
urbana mais ampla. O BRT foi assim denominado por otimizar os tempos de viagem,
viabilizando o tráfego dos ônibus sem obstáculos, diferentemente do que ocorria nas
vias convencionais. Este sistema configurou-se numa solução relativamente de baixo
custo e de qualidade para o deslocamento da população, além de ter tido importante
papel na organização e remodelagem da cidade e, posteriormente, de sua Região
Metropolitana. A intenção era construir um sistema tão eficiente quanto os metrôs, mas
com um custo bem inferior. Assim, com a criação do primeiro sistema de transporte
rápido de ônibus do mundo, Curitiba se transformou em um modelo de transporte
urbano, espalhando a ideia para mais de 200 cidades pelo mundo.
Existem cinco fatores fundamentais para um corredor BRT. Ele deve resultar na
eliminação de atrasos por congestionamentos, conflitos com outros veículos e tornar
mais fácil o embarque e desembarque dos usuários. São conceitos importantes que
tornam distinto um serviço BRT de um serviço usual de ônibus. Segundo o Padrão de
Qualidade BRT (2016), as cinco características são:
⬝ Cobrança da tarifa fora do ônibus: com redução do tempo para ser iniciada
uma viagem de ônibus, por meio da dedução da tarifa através de um portão, é
facilitada a circulação. Além disso, podem ser coletados dados variados, como o
número de passageiros diários, visto que o sistema de controle, um portão ou
uma catraca, registra essas informações.
8
Com a implatanção do BRT e do Inter Bairros, passa a ser adotada a Tarifa
Social Única, que consiste no pagamento de uma única passagem para diversos trajetos.
Começam a circular nas linhas expressas ônibus articulados para 150 passageiros. As
estações tubo foram estabelecidas em 1991, viabilizando um processo de embarque e
desembarque mais rápido, pagamento antecipado da tarifa, integração e o acesso ao
ônibus em seu nível, funcionando, portanto, como ponto de parada de ônibus. Em 1991,
foram implantadas também as Linhas Diretas ("Ligeirinho") destinadas às demandas
pontuais, com embarque e desembarque em nível nas estações tubo, pagamento
antecipado da tarifa e uso de ônibus Padron com um lay-out especial. Em 1992, iniciou-
se a operação do ônibus biarticulado nas linhas expressas, para 270 passageiros, com
embarque e desembarque em nível e com pagamento antecipado da tarifa nas estações
tubo. Em 1993, foi inaugurada a “Linha Turismo de Curitiba”. Em 1995, com a abertura
do eixo Norte-Sul, passam a operar na linha os ônibus biarticulados vermelhos, com
embarque e desembarque por meio das estações-tubo. Em 1996, através de convênio
9
com o Governo do Estado, a URBS passou a controlar o transporte da Região
Metropolitana, permitindo que fosse feita a integração no âmbito metropolitano,
ampliando os benefícios do sistema para a população dos municípios vizinhos. O
sistema deu continuidade ao modelo implantado em Curitiba a partir de 1974, onde os
passageiros poderiam utilizar todo sistema de transporte da região pagando apenas uma
passagem. Com o objetivo de atender à crescente demanda da região do Sítio Cercado,
incrementada pela implantação do Bairro Novo, e para atender a um segmento do
Linhão do Emprego - eixo de desenvolvimento de economias comunitárias - em 1999
foi implantada a Linha Circular Sul, operando com ônibus biarticulado. O sistema viário
da cidade sofreu expansão, entre 2007 e 2009, com as obras da Linha Verde. A via, de
conotação estrutural, tem extensão de 18 km e permitiu a implementação de uma linha
adicional de ônibus biarticulados, ligando o Eixo Norte-Sul, com o intuito de reduzir a
demanda nas outras linhas da região (IPPUC, 2009).
11
Os nomes das linhas normalmente têm relação com o bairro em que o ônibus vai
circular, mas existem casos que a definição acontece devido a um conjunto habitacional
ou mesmo uma rua, como por exemplo, a linha Mateus Leme. O critério de definição
basicamente é que o ônibus alimentador dá preferência ao nome do bairro, da vila, e vai
até um terminal. Já as linhas convencionais, ou troncais, são adotados os nomes dos
extremos, como é o Jardim Social/Batel. Algumas linhas chamam atenção pelos nomes
diferentes, como as linhas Sambaqui, Carbomafra, Futurama, Vizinhança, Itamarati,
Pantanal, Vitória Régia, Banestado/Califórnia, Saturno, Ahu/Los Angeles e 666 Novo
Mundo.
14
2. ANÁLISE DE NOVOS MODAIS DE TRANSPORTE PÚBLICO
15
primeiros estudos do traçado, na gestão do Prefeito Omar Sabbag, com uma mistura de
túneis e trilhos na superfície. Em 1990, surge o projeto Norte-Sul, em regiões atendidas
por ônibus de alta demanda.
Alguns estudiosos defendem que este o metrô não é o mais adequado para a
cidade, seja pelo seu alto custo, seja pelas dificuldades técnicas para a execução da obra,
principalmente quanto as características do solo curitibano, pouco indicado para
comportar a estrutura necessária para a construção dos túneis. Com a implantação do
metrô em Curitiba, os atuais corredores de BRT ficariam desativados, uma vez que
abaixo deles operaria o metrô no mesmo traçado. Os custos seriam incalculáveis para a
economia urbana. Além do custo, que por apenas 18 km, já estaria na casa de R$ 16
bilhões.
16
O prefeito Rafael Greca, eleito em 2016 e 2020, é corretamente cético sobre o
metrô em Curitiba. Pode-se apontar seus os custos elevados (20 vezes mais que o BRT),
a disposição hídrica incompatível com projetos de perfuração, com pelos 5 mil rios e
riachos, sem contar as chuvas intermitentes, além de que um metrô de 14 ou 17
quilômetros é muito pequeno para as dimensões da cidade, que tem 4 mil quilômetros
de ruas e 1750 quilômetros de linhas de ônibus. Também se aponta que metrôs são, em
essencial, projetos metropolitanos, de grande escala. Sem contar os distúrbios urbanos
por abrir por um tatuzão diversas partes da cidade que passaram por reforma para
modernização das linhas de ônibus. Isso é, metrô em Curitiba é inviável e indesejável.
Deveria ser descartado como parte da evolução do sistema de transporte de Curitiba.
17
Embora o metrô possa fornecer viagens rápidas de longa distância devido a
paradas muito limitadas para atender a volumes de alta demanda, o BRT pode explorar
a flexibilidade dos ônibus que podem alternar entre corredores, proporcionando viagens
sem paradas em vários corredores. Os ônibus também podem passar por cima,
fornecendo serviços expressos. Os ônibus podem entrar e sair de bairros locais e
rodovias, etc. O quilômetro de metrô custa varia entre 300 e 600 milhões de dólares,
enquanto o quilômetro de BRT sai a 20 milhões de dólares, em média. Uma linha leva
um ano e meio para ser construída, enquanto no metrô pode até durar décadas.
Por que substituir um eixo de transporte coletivo, que está funcionando, que não precisa,
de forma alguma, ser substituído, com um investimento desse montante? Porque
substituir, em lugar de acrescentar? O que é preciso é manter e ampliar a qualidade do
que já temos. Insiste-se em fazer o metrô no lugar em que já há um eixo, com canaletas
de ônibus expressos, funcionando bem há muito tempo, e que pode e deve ser
continuadamente melhorado. O metrô é caro e demorado demais. Como as atividades
desse eixo vão sobreviver durante as obras? As melhores redes de metrô do mundo são
obras de mais de um século, que começaram a ser realizadas quando as cidades não
tinham o adensamento e a verticalização que apresentam hoje. E, voltando ao caso de
Curitiba, pergunto. Por que concentrar essa quantidade de recursos para substituir
metade de uma das nossas linhas expressas, em lugar de buscar a expansão da rede com
a criação de novos eixos, melhorando o atendimento da cidade como um todo? O que
sempre consideramos é que é o metrô uma alternativa excessivamente cara e de
implantação muito demorada. De nada fazer uma linha de metrô, isolada. Qualquer que
seja o sistema adotado para o transporte coletivo, não se pode nunca deixar de
considerar a rede integrada, sem a qual as questões da mobilidade permanecerão sem
resposta. E, além disso, com o dinheiro que se gastará em uma linha de metrô, pode-se
dar prosseguimento, em grande escala, ao sistema existente, que não pode deixar de ser
continuadamente melhorado. Curitiba, que criou um sistema difundido no mundo
inteiro, não deve, agora, incorrer nesse erro histórico, comprometendo uma experiência
muito bem-sucedida, e que precisa de permanente atualização1.
Implantar os veículos elétricos de superfície é bem mais fácil e barato que o
metrô. O VLP leva até quatro unidades (400 pessoas), enquanto o VLT leva até seis
vagões (600 pessoas). O VLT é um pouco mais caro, por conta da instalação dos trilhos
e do sistema de alimentação de energia por baixo do solo.
O Veículo Leves sobre Trilhos (VLT) é uma tradução livre de Light Rail Transit
(LRT) que é uma sigla utilizada nos Estados Unidos. Em outros países essa tecnologia
recebe outros nomes como Tramway, pré-metrô, metrô leve ou transporte leve sobre
1
Entrevista “Sem rede integrada, o BRT não resolve”, de 2020 para Revista Bares e Restaurantes,
disponível em: https://abrasel.com.br/revista/entrevistas/sem-rede-integrada-o-brt-nao-resolve/
18
trilhos (TLT). Este sistema apresenta fica entre o ônibus e o metrô, sendo uma evolução
do bonde por sua operação que consiste em bilhetagem antecipada, acessibilidade em
nível e veículos modernos automatizados.
19
800 metros. Os terminais de integração Santa Cândida e Pinheirinho seriam
equipamentos de grande porte, implantados nas extremidades do sistema. A estação
central seria no subterrâneo, ao lado do edifício dos Correios e Telégrafos e o prédio
central da UFPR, entre as ruas XV de Novembro e Marechal Deodoro, principais eixos
comerciais do centro. Seria implantada uma nova estação na antiga estação ferroviária,
com preservação do patrimônio arquitetônico, incluindo o Museu Ferroviário, onde
seria implantada a central de operações e controle do sistema eletrificado de transporte.
O veículo seria articulado e dimensionado para transportar 300 usuários, calculando-se
6,5 passageiros por m2, em vagões de 28 m de comprimento, com uma largura de 2,6 m
e altura de 3,5 m. A cabine de controle seria localizada nas extremidades, permitindo o
movimento do veículo nos dois sentidos, não havendo necessidade de retorno. A tração
utilizada seria a energia elétrica, com alimentação por catenárias, e todo o sistema seria
abastecido por subestações retificadoras da Copel. O gerenciamento operacional do
VLT seria de responsabilidade do município e a operação realizada pelas empresas
permissionárias do transporte coletivo da cidade. O projeto do bonde moderno foi
concluído, porém, não havia recursos financeiros para sua implantação e,
principalmente, para a operação do sistema.
21
implantação do sistema monotrilho a tarifa a ser cobrada dos usuários ficaria quase o
dobro da tarifa em vigor, constatando a inviabilidade econômica do projeto.
Já o VLP (Veículo Leve sob Pneus), que é mais barato que metrô e VLT, sendo
um transporte de motorização elétrica guiado por um trilho central que fica sob o
pavimento das vias, é uma versão do VLT, mas com utilização de pneus. Um projeto de
VLP foi apresentado por Jaime Lerner em 2013. O trecho de 30 km de extensão deveria
seguir parte do traçado da linha férrea atual e tinha previsão de custo de R$ 950 milhões.
22
transporte, prolongando assim a vida útil do modal ônibus. Assim, antes mesmo da
implantação do sistema trinário ter início, em 1974, conforme proposto pelo plano
diretor em 1966, já em 1969 houve um estudo comparativo entre diferentes modais de
transporte coletivo, e um modal sobre trilhos apareceu como solução ideal. Desde esta
época, estudos desenvolvidos pelo órgão de planejamento da cidade demonstram a
intenção de se implantar um modal sobre trilhos em Curitiba. E a grande obra urbana
recente da cidade, a linha Verde, que incorporou a antiga BR 116 como via de
integração metropolitana, com sistema de transporte similar ao já adotado na RIT, tem
em sua origem a implantação de um modal sobre trilhos. Em todos os projetos para
implantação dos trilhos, os custos costumam inviabilizar sua implantação. Costuma-se
haver duas opções: ou o endividamento preocupante para se adotar um novo modal ou a
criatividade técnica para transformar o modal sobre pneus. Nesses 50 anos, Curitiba
conseguiu apresentar soluções inovadoras que minimizaram a não execução dos
projetos sobre trilhos. Apesar de nenhuma das propostas ter sido implantada, o que se
verifica é que os trilhos tiveram grande influência nas inovações do transporte sobre
pneus da cidade. Conhecida internacionalmente por seu sistema de transportes sobre
pneus, Curitiba tem uma história com propostas, menos divulgadas, porém
complementares, de transportes sobre trilhos que muitas vezes impulsionaram as
principais inovações sobre pneus, como as canaletas exclusivas, embarque e
desembarque em nível, integração em terminais e o pagamento antecipado das
passagens (PRESTES, 2009).
23
Existem casos em que o BRT serviu como precursor da subsequente implantação
do VLT, quando o projeto inicial objetiva a implantação do VLT, porém uma
alternativa de baixo custo e eficiência semelhante, o BRT, é priorizada até que a
demanda e a sustentabilidade financeira do VLT seja alcançada, ou quando da
implantação do VLT o sistema de BRT é uma opção de modo de transporte que
antecederá a construção completa do projeto. Porém, também se destacam casos de
implantação de VLT e posterior adaptação para o BRT, pelas vantagens operacionais e
de custo do sistema. E casos de reimplantação de BRT depois de experiência do VLT.
A decisão sobre qual tecnologia deve ser adotada como solução deve passar por
uma análise de vantagens e desvantagens, num quadro comparativo entre alternativas de
transporte público coletivo. Projetos com trilhos costumam ser apresentados como mais
avançados e inovadores, mas é preciso conhecer suas desvantagens essenciais, de custo,
instalação, prazos, capacidade, operação, transtornos urbanos, endividamento da cidade,
aumento dos custos de manutenção do sistema, dentre outras questões. Dessa forma,
acabam sendo soluções inferiores ao BRT. Normalmente os modais baseados em trilhos
aparecem como melhor alternativa, porém as vantagens do BRT ainda são insuperáveis.
É um sistema que pode e deve se modernizar, com melhores terminais, veículos
modernos, menor preço da tarifa e multimodalidade, até mesmo incluindo novos
sistemas alternativos de transporte. As tecnologias avançaram e hoje que os veículos
com pneus são, em essência, melhores do que veículos sobre trilhos no meio urbano. O
transporte com pneus não cria linhas segregadas nas cidades, tem custo e operação
sensivelmente menores, opera com maior flexibilidade, aumentar sua capacidade com
novos tipos de veículos, incorporar sensores e tecnologias de automação, além de poder
funcionar com energia elétrica e biocombustíveis. O ônibus continua sendo a mais
barata e eficiente, sendo possível encontrar soluções tecnológicas de ponta para
aprimorar seu sistema. A seguir apresentamos algumas alternativas.
24
2.2. NOVAS ENERGIAS E ELETROMOBILIDADE
Em 2009, surge o Projeto Biodiesel B100 estruturado pela URBS. Parte da frota
de ônibus da cidade passou a fazer uso deste combustível (Biodiesel B100), de origem
100% vegetal (soja), cooperando com a minimização de emissão de poluentes no
ambiente. Passa a circular, no ano de 2011, o Ligeirão Azul, movido a biodiesel e que
transporta até 250 passageiros.
25
Oeste, o itinerário da Linha Direta Inter 2 está sendo requalificado e também vai receber
veículos elétricos.
26
2.3. OUTRAS EXPERIÊNCIAS DE BRT
27
aplica as três variações. As linhas que têm uma demanda maior devem ser mais largas, o
que faz sentido caso haja vários ônibus BRTs em uma mesma linha, sendo que, se um
necessitar de empregar maior rapidez, facilmente conseguirá ultrapassar o outro BRT.
28
favorecem cada vez mais o serviço direto em detrimento das operações de alimentação
troncal.
29
Assim, é preciso ampliar a malha cicloviária de forma ordenada, com tipos
diversos de estruturas cicloviárias, entre ciclovias, ciclofaixas, ciclofaixas sobre a
calçada, vias compartilhadas, ciclorrotas e passeios compartilhados, estabelecer conexão
entre as estruturas existentes, promover a intermodalidade requalificando estruturas dos
terminais de transporte com áreas destinadas a estacionamento de bicicletas, construir
um bicicletário central, implantar policiamento nos trajetos, com guardas municipais
percorrendo os principais pontos, facilitação na promoção de estrutura para bicicleta
próximos de estabelecimentos comerciais.
30
2.4. SRT (SUPER RAPID TRANSIT)
31
2.5. ART (AUTONOMOUS RAIL RAPID TRANSIT)
ART (Autonomous Rail Rapid Transit) são veículos que não circulam sobre
trilhos, mas, sim com pneus, como os ônibus. ARTs são “bondes sem trilhos”, pegando
inovações do trem de alta velocidade e colocando-as em um ônibus. O veículo ART
padrão consiste em três vagões que podem transportar 300 pessoas, mas pode levar
cinco vagões e 500 pessoas, se necessário. Substitui o ruído e as emissões dos ônibus
pela tração elétrica a partir de baterias recarregadas nas estações em 30 segundos ou no
final da linha em 10 minutos. Tem toda a velocidade (70 km/h), capacidade e qualidade
de condução do metro ligeiro com o seu sistema de orientação óptica autônomo, eixos
duplos, sistemas hidráulicos e pneus especiais. Pode ser colocado em um sistema
rodoviário durante um fim de semana. É vendido como um kit de peças – três carros
mais uma estação – que pode ser instalado tão rapidamente quanto o processo de
licenciamento da cidade permitiria.
33
custo de implantação do ART tende a ser menor, por não haver a necessidade de
construir trilhos ou linhas de transmissão de energia. Como resultado, pode ser
construído por menos de 10% do custo do metrô leve. Os ônibus também são mais
baratos para operar por viagem de passageiro.
34
O ART tem todas as qualidades que um sistema de transporte deve ter: pode
transportar um grande número de pessoas, é relativamente barato e fácil de construir
porque utiliza uma pista virtual, é amigo do ambiente porque é alimentado por baterias
elétricas.
Curitiba poderia incorporar projetos do sistema ART, como uma nova tecnologia
para o transporte coletivo, modernizando o BRT. A proposta abrange a inclusão de
ART nas canaletas de ônibus atuais, podendo ser instalada progressivamente em
diferentes linhas até atingir a totalidade do sistema, podendo operar então as
linhas do Ligeirão. Com investimento muito menor que VLT e metrô.
35
2.6. GRT (GROUP RAPID TRANSIT)
36
informática que pode ser descrita como primitiva pelos padrões atuais. No entanto,
praticamente todos os aspectos eram originais quando foi construído, como o sistema de
direção nas quatro rodas para cada veículo (os carros funcionam com pneus de
borracha), o sistema de aquecimento especial, alimentado por quatro caldeiras que
bombeiam uma mistura de produtos químicos e água quente através de canos para
limpar a neve e o gelo da guia durante o transporte no inverno. O sistema opera com 71
veículos automotores que se deslocam a velocidades de até 30 mph, com 5 estações ao
longo de uma pista de 14 quilômetros. Pode levar até 4.000 passageiros por hora. Por
dia, normalmente 15 mil passageiros viajam. Uma equipe de 55 pessoas mantém o
sistema operando seis dias por semana, trabalhando constantemente para consertar os
carros e as guias antigas, em busca de peças difíceis de encontrar. A universidade gasta
US$ 5 milhões anualmente para operá-la. Foram 80 milhões de passageiros que
viajaram desde o seu início, não tendo ocorrido feridos graves ou mortos.
38
A cidade de Ajman, nos Emirados Árabes Unidos (EAU) apresentou o maior
sistema de transporte de veículos elétricos do mundo, em parceria com a Ultra
Fairwood. Deve integrar toda a cidade, cobrindo 120 km, de destinos turísticos, zonas
comerciais e residenciais, com uma combinação de transporte em grupo e pessoal, com
veículos de seis e trinta lugares, atingindo 1.6 milhão de viagens por dia. O
investimento é de quase 2 bilhões de dólares.
39
sistemas podem ser em grande parte pré-fabricados fora do local e instalados com
perturbações mínimas nas operações existentes; 2) mais barato que outros meios de
transporte: como consequência da utilização de veículos leves e, portanto, de
infraestruturas leves. Os custos operacionais são mantidos baixos, uma vez que os
veículos não têm condutor, o que reduz o número de funcionários necessários para
operar e manter o sistema. Além disso, com a utilização de veículos e infraestruturas
simples, a resiliência é aumentada devido à utilização de TI para retransmitir
informações de diagnóstico importantes aos controladores, diminuindo o risco e a
eventual necessidade de manutenção; 3) serviço sob demanda: os veículos que não
circulam dentro de um horário e circulam independentemente uns dos outros aguardam
nos compartimentos de passageiros quando não estão em uso. Uma viagem é iniciada
quando um passageiro chega a uma estação e seleciona seu destino. Isto oferece
vantagens distintas, especialmente em comparação com soluções alternativas, como
autocarros e elétricos, que exigem que os passageiros esperem durante um período de
tempo por um veículo que circula num horário fixo; 4) sistema direto: uma quantidade
significativa de tempo no transporte público deixando ou recolhendo outros passageiros
em paradas intermediárias. Os sistemas GRT são concebidos para que todas as estações
estejam off-line, os veículos operem sem paragens desde a origem até ao destino e
mantenham velocidades médias bem superiores às do tráfego rodoviário num ambiente
urbano. Um serviço ininterrupto é possível graças ao software complexo desenvolvido
que gerencia e controla os fluxos de veículos em torno de um sistema. O uso de guias
dedicadas também elimina a interferência de outro tráfego, garantindo que seja
verdadeiramente direto de ponto a ponto.
Destaca-se também o baixo custo de capital do GRT (< US$ 12 milhões por
mês) e os baixos custos operacionais que são, em parte, resultado do amadurecimento
de diversas tecnologias (por exemplo, energia solar, motores elétricos e materiais
compósitos). Estes podem combinar-se para tornar rentáveis as grandes redes urbanas a
preços acessíveis. Os custos variam significativamente de um sistema para outro. Uma
avaliação do custo da estação foi de cerca de 1 milhão de dólares. O custo dos trilhos
está em cerca de 8,7 milhões de dólares por milha. O custo de capital é de cerca de US$
25 milhões a US$ 40 milhões por milha, que inclui guias, veículos e estações.
40
Sistemas GRT poderiam ser adotados como modalidade piloto de transporte
público suplementar rápido em regiões densas, pouco integradas e distante dos eixos
estruturais em Curitiba. Nas ruas mais largas, poderia ser feito uma canaleta exclusiva
que ligue os terminais. Como projeto-piloto, uma rota possível seria a conexão dos
terminais CIC, Fazendinha, Caiúa e Campo Comprido, para circular cerca de 50 mil
usuários por dia. O trajeto pode acompanhar locais que atraem maior fluxo de pedestres,
seja pela presença de equipamentos urbanos e estações de transporte coletivo, seja por
uma maior concentração de comércio e serviço, destacando-se a Vila N. Sra da Luz dos
Pinhais, Vila Sandra, nas proximidades do Parque Túlio Vargas, entorno do Terminal
Caiuá, até o Clube da Gente, Vila Verde, ligando equipamentos públicos, Vitória Régia,
em área de comércio e transporte público, a JK e a R. Des. Cid Campelo, até a CIC
Norte e o Campo Comprido. Com a realização de plano-piloto na CIC, o sistema
poderia ser expandido gradualmente com novas rotas, interligando-se ao Tatuquara,
Sítio Cercado, Bairro Novo, Santa Felicidade, Alto Boqueirão. E pode fazer parte de um
futuro sistema de transporte público suplementar eficaz, com ligações bem concebidas
às redes de BRT, através de estações de intercâmbio GRT/BRT adequadamente
posicionadas para viagens públicas eficientes dentro de cada uma das regiões
conectadas.
41
2.7. MICRO-ÔNIBUS INTELIGENTE
42
Um outro modelo de mini-ônibus sem motorista baseado na tecnologia de
Veículo Conectado Inteligente (CV) opera no campus da Universidade de Nanjing, na
China. Tem 4 metros de comprimento, 2 metros de largura e 3 metros de altura, pode
levar 12 passageiros com carga total de 3.000 kg. Sem volante, pode circular em ambas
as direções e funcionar 14 horas sem escalas.
43
2.8. CARROS COMPARTILHADOS
A prefeitura pode adotar uma abordagem voltada para o futuro para regular a
indústria de partilha de automóveis, criando um ambiente que promova o seu
crescimento e desenvolvimento. Ao fornecer diretrizes e quadros jurídicos claros,
incutir confiança nas empresas privadas para investirem no setor, com regulamentações
favoráveis para os fornecedores de partilha de automóveis obterem licenças e
autorizações, reduzindo as barreiras burocráticas e permitindo-lhes operar de forma
eficiente. Além disso, incentivar as empresas privadas a investir em serviços de partilha
de automóveis, oferecendo incentivos como benefícios fiscais e subvenções.
44
distâncias dentro do território da cidade, em pontos estratégicos como terminais e
endereços de serviços, cultura e comércio. O Dock Dock foi concebido para funcionar
mediante pagamento de tarifas conforme o tempo de uso, via cartão magnético a ser
comprado pelo usuário. Ou até mesmo de graça, conforme o objetivo do sistema. Após
o uso, pode ser estacionado em qualquer estação do sistema. Desde então, a tecnologia
de mini-carros elétricos avançou significativamente, com grande diversidade de
fornecedores, com unidades com preço, entre US$ 12 e 15 mil. Porém, não existe
legislação que possa incorporar mais rapidamente uma frota de mini-carros elétricos.
45
2.9. DESCONGESTIONAR O CENTRO
46
optando pelo transporte individual, tanto pela falta de conforto quanto pela insegurança
nos ônibus nos horários de pico (KOMIYA, 2014).
Estima-se que cerca de 13% dos terrenos no centro são para estacionamento. Os
estacionamentos costumam não utilizar nem 20% do potencial construtivo do lote,
pode-se até mesmo dizer que muitos deles são praticamente áreas vazias. Através do
Estatuto das Cidades, o IPTU progressivo no tempo surge como um dos instrumentos
disponíveis para a gestão da ocupação do solo. Curitiba já fez estudos na década de
oitenta, para aplicação do IPTU progressivo, em áreas subtilizadas nos setores
estruturais da cidade, entretanto este não foi aplicado por ter sido considerado
inconstitucional. Outro instrumento introduzido pelo Estatuto das Cidades que talvez
possa coibir a proliferação dos estacionamentos é o Estudo de Impacto de Vizinhança.
Este trata da análise dos efeitos positivos ou negativos do empreendimento ou atividade,
incluindo na análise questões como geração de tráfego ou degradação da paisagem
urbana (Art.36). Ele poderia ser utilizado junto com o IPTU progressivo, partindo-se da
cobrança deste imposto até a obrigação de edificar ou utilizar o potencial do lote (Art.
7). Através do Estudo de Impacto de Vizinhança, o município poderia condicionar a
emissão de licença para construção, ampliação ou funcionamento à verificação do
impacto na vizinhança para disciplinar as futuras demandas por vagas de
estacionamento.
Há diversas propostas para atender a demanda por vagas. Destas, uma das
alternativas seria a construção de garagens subterrâneas ou prédios para estacionamento.
Outra medida seria a flexibilização da legislação permitindo ou incentivando edifícios
multifuncionais ou híbridos, nos quais seria utilizado o potencial permitido para a região
com usos típicos de áreas centrais, incluindo escritórios, lojas e também habitação.
Diversos estacionamentos servem de uma reserva de lotes hoje subutilizados que, com a
adequada condução da gestão pública, poderão renovar esta área. Se estes terrenos
forem requalificados ou edificados segundo uma legislação mais flexível e
conscientemente orientada, poderão atrair novos empreendimentos imobiliários ou
valorizar os já existentes, reintroduzir a diversidade de usos e reconstituir a paisagem
degradada de algumas áreas, atraindo pessoas para percorrer, explorar e usufruir destes
espaços.
47
Um problema comum nas grandes cidades é o congestionamento do tráfego.
Xangai construiu uma estrutura para informações de trânsito que detalha o tráfego
rodoviário até os dados de estacionamento público. Mais de 1.600 telas LCD e mais de
1.700 placas de estações eletrônicas solares estão instaladas em toda a cidade,
oferecendo horários precisos de chegada do transporte público. Para resolver os
problemas de estacionamento público de Xangai, a gigante tecnológica
Huawei lançou uma rede de estacionamento inteligente que permite aos utilizadores
de automóveis encontrar, reservar e pagar por lugares de estacionamento próximos,
simplesmente a partir de uma aplicação de smartphone tudo-em-um. Chipsets
são incorporados abaixo das vagas de estacionamento em mais de 300
estacionamentos em toda a cidade, que coletam e transmitem informações em
tempo real sobre a taxa de ocupação dos estacionamentos aos motoristas por meio
do aplicativo. Em vez de procurar vagas de estacionamento disponíveis enquanto
dirigem pela cidade, os motoristas podem procurar vagas próximas no aplicativo e
pagar para usá-las. Em Hangzhou, o sistema City Brain foi implantado em muitos
estacionamentos possibilitando um sistema “estacione primeiro, pague depois” que visa
reduzir o congestionamento perto dos principais centros de tráfego (CAPROTTI,
2022). São experiências que poderiam orientar usos inteligentes de estacionamentos
para descongestionar o centro.
48
2.10. PEDESTRINIZAÇÃO E ACESSIBILIDADE
Andar pelas ruas é um desafio diário para os cidadãos cegos ou com baixa visão.
No transporte público, também faltam itens como avisos sonoros que indiquem qual
linha se aproxima do ponto de ônibus assim como informações sobre as paradas.
Estima-se que apenas 1% da capital tem guias rebaixadas, rampas, pisos táteis,
semáforos com sinalização sonora ou qualquer outra coisa que auxilie na inclusão das
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Já o número de pessoas com
deficiência que precisam de acessibilidade em Curitiba é de 250 mil, segundo o Instituo
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Avaliando a qualidade das calçadas do centro, notam-se diversas degradações,
como o afundamento do terreno, irregularidade superficial e a presença de peças soltas
na composição do passeio. Com relação a superfície, verificam-se buracos e ondulações
de profundidade variada que interferiam na inclinação transversal da calçada por meio
da formação de afundamentos e desníveis abruptos.
50
3. PROPOSTAS PARA NOVO PLANO DE MOBILIDADE DE CURITIBA
Jaime Lerner
Para o futuro, deve ter destaque a redução da tarifa para o usuário por meio do
cálculo tarifário simplificado, menores lotes para aumentar a concorrência,
municipalização das garagens de ônibus e um prazo de concessão menor para as
empresas que fornecem o serviço, de 5 a 8 anos, que podem ser estendidos de acordo
com indicadores de qualidade do serviço e satisfação dos clientes. No final de 2023, a
prefeitura apresentou projeto de compra de 70 ônibus elétricos com investimento de R$
317 milhões nos veículos. A eletrificação da frota também deve ser uma das prioridades
de concessão do transporte coletivo. Todos anos devem ser comprados novos ônibus
elétricos para descarbonização gradual da frota.
51
para renovação de frota junto a instituições financeiras bem como mudar para uma frota
mais limpa sem aumentar a tarifa.
Em São José dos Campos, em São Paulo, a última concessão do transporte teve
como novidade a concessão do sistema de bilhetagem eletrônica para uma empresa à
parte, garantindo maior transparência e eficiência, diminuindo o monopólio natural e a
pressão das empresas de transporte. Dessa forma, um grupo tem os ônibus, o capital,
outro grupo tem a operação e um grupo tem a tecnologia.
Para Curitiba, a questão de fundo é que não adianta metrô, VLT, trem-bala ou
voador: sem reestruturação financeira, não se terá uma rede de transporte público de
qualidade. De forma geral, os fatores mais importantes para a melhoria do transporte
coletivo curitibano é uma tarifa justa, integrada, com segurança e conforto, menos
lotação e demora dos ônibus, assim como maior flexibilidade para transitar por outros
modais, com agilidade e pontualidade. Problemas que persistem no sistema por muito
tempo, com dificuldade de resolução.
52
O transporte público sob trilhos é de cara instalação e operação, além de obras
evasivas e de longo prazo, com retorno do investimento apenas em décadas,
endividando a cidade sobremaneira. Em 2016, os 14 km de metrô estavam orçados em
R$ 6 bilhões, hoje estaria pelo menos R$ 8 bilhões. E as desvantagens do transporte
urbano sob trilhos são substancialmente maiores do que sistemas movidos com pneus.
Melhor do que implantar VLT ou metrô, a evolução do transporte público em Curitiba
aponta para adoção de sistemas ART e SRT que podem ser aplicadas sobre as canaletas,
Inter 2 e Linha Verde, com incorporação gradual, menores custos e resultados mais
ágeis e eficazes, podendo ser conjugado com o BRT e outros modais, como
alimentadores inteligentes e sistemas de transporte em grupo e individuais.
53
totalizando um sistema metropolitano de BRT com 115 km de BRT integrando a
metrópole. Estima-se um investimento total de 3 bilhões e 500 milhões.
O ART poderia ser implantado nos expressos, substituindo articulados com 140
para veículos elétricos com 300 a 500 passageiros. Se forem substituídos os 31
articulados com capacidade de 170 pessoas, totalizando 5.270 passageiros, por ARTs, a
capacidade aumentaria para 15.500 passageiros. Com 50 veículos ART operando, são
25.000 passageiros, mais do que os 97 biarticulados que tem capacidade para 24.250
passageiros. Uma estratégia seria começar pelas bordas dos corredores de BRT, até se
conectarem no centro, servindo para desafogar a demanda nas regiões mais densas.
Poderia ser implantado primeiro entre os terminais Pinheirinho e Portão, Santa Cândida
e Cabral, Campo Comprido e Campina do Siqueira, Centenário e Capão da Imbuia e
Boqueirão até o Hauer. Depois, ao se conectar com as linhas que operam no centro,
poderia então substituir o Ligeirão nas linhas Norte-Sul e Leste-Oeste.
54
Linha Verde. O ART pode estabilizar, eletrificar e automatizar o BRT. Eixos de
GRT/PRT e/ou micro-ônibus inteligentes, funcionando como mini-BRTs autônomos,
não para substituir o transporte coletivo em massa, mas acrescentar qualidade na
estratégia de transporte, podendo ser construída ao longo da infraestrutura existente,
sendo um passo inovador no desenvolvimento progressivo e no processo de maturação
da aplicação de tecnologia inteligente guiada pela automação sem condutor. Curitiba
também pode implantar um sistema de carros elétricos compartilhados. Cada regional
poderia ter um centro de mobilidade com estacionamento permanente e reservado para
carros partilhados elétricos, localizados perto de transportes públicos, oferecendo
estacionamento para bicicletas e carregadores para veículos elétricos.
55
Um sistema BRT+ART+SRT atenderia a demanda dos próximos 30 anos,
ganhando velocidade, capacidade e sustentabilidade, com custo menor de implantação e
operação. Este sistema é a evolução natural do transporte de massa utilizando as
canaletas exclusivas, com maior capacidade, não-poluente, confortável e seguro,
podendo operar em conjunto com o BRT. Isso não exclui projetos com trilhos em outros
eixos, como da Rodoviária até o Aeroporto e linhas metropolitanas.
56
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORGES, L. Uma reflexão sobre a política urbana recente de Curitiba, entre 2001 e 2008, à luz do
Estatuto da Cidade. 2009. Dissertação (Mestrado) — Instituto de Economia, Universidade Estadual de
Campinas, Campinas, 2009.
CAROLLO, B. Alfred Agache em Curitiba e sua visão de urbanismo. Dissertação. Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1999.
CARMO, J. C. B. do. A permanência de estruturas urbanas e a construção do conceito de cidade na
abordagem geográfica: reflexões sobre o planejamento urbano da cidade de Curitiba. 2011. Dissertação
(Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2011.
CARMO, J. C. B. do. A Serra Pelada do urbanismo: planejando a região metropolitana da cidade modelo
(Curitiba e região 1961-2015). 2018. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de
São Paulo, São Carlos, 2018.
CENEVIVA, C. Depoimento. In: IPPUC. Memória de Curitiba Urbana: Depoimentos n o 02. Curitiba:
IPPUC: 1989.
DELY, R. Depoimento. In: IPPUC. Memória da Curitiba Urbana: Depoimentos no 02. Curitiba: IPPUC,
1989.
DUDEQUE, I. T. Nenhum dia sem uma linha: uma história do urbanismo em Curitiba. São Paulo: Studio
Nobel, 2010. 429 p.
FARACO, J. L. Planejamento urbano no Paraná: a experiência de Curitiba. 2002. Tese (Doutorado em
Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.
GARCEZ, L. A. Curitiba: evolução urbana. Curitiba: Editora da UFPR, 2006.
GARCÍA, F. E. S. Curitiba imagem e mito: reflexão acerca da construção social de uma imagem
hegemônica. Dissertação (Mestrado em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro, 1993.
GNOATO, L. S. P. Introdução do ideário modernista na arquitetura de Curitiba (1930- 1965). Dissertação
(Mestrado em Arquitetura e Urbanismo), Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.
IPPUC. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. Estudo preliminar do metrô de Curitiba.
Curitiba, 1969.
57
IPPUC. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. Anteprojeto para a implantação de
bonde em via exclusiva. Curitiba, 1979, v. 1, 154 p.
IPPUC. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. Projeto bonde moderno: estudo de pré-
viabilidade. Curitiba, 1992, 96 p.
IPPUC. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. Stac no eixo Norte/Sul. Estudo de pré-
viabilidade. Curitiba, 1997.
IPPUC - Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. Plano Diretor 2004: o planejamento
urbano de Curitiba. Curitiba: IPPUC, 2004.
LERNER, J. Avaliação comparativa das modalidades de transporte coletivo, documento técnico, 2009.
MIRANDA, H. F. de. Mobilidade Urbana Sustentável e o caso de Curitiba. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Civil) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2010.
MOURA, R. Arranjos urbano-regionais no Brasil: uma análise com foco em Curitiba (Tese de
doutorado). Programa de Pós-graduação em Geografia, Setor de Ciências da Terra, Universidade Federal
do Paraná, Curitiba, 2009.
________. Os riscos da cidade modelo. In: ACSELRAD, Henri (Org.). A duração das cidades:
sustentabilidade e risco nas políticas urbanas. Rio de Janeiro: 2009. p. 219-254.
PMC. Prefeitura Municipal de Curitiba. Estudo de viabilidade com vistas à implantação de um sistema de
transporte de passageiros de alta capacidade para o corredor da BR 116 da rede integrada de transporte de
Curitiba e Região Metropolitana. Curitiba, Assessoria técnica da Urbs, 2000.
PMC. Prefeitura Municipal de Curitiba. História do sistema de transporte coletivo de Curitiba
(1887/2000). Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba, 2004.
PMC. Prefeitura Municipal de Curitiba. High capacity transportation system. Curitiba: Assessoria técnica
do IPPUC, 1999.
PRESTES, O. Os trilhos de Curitiba: 40 anos de projetos para reinserção de modais sobre trilhos na
cidade. Curitiba: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2009.
POLUCHA, R. Ecoville: construindo uma cidade para poucos. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e
Urbanismo), FAUUSP, São Paulo, 2010.
SOUZA, N. Planejamento urbano em Curitiba: saber técnico, classificação dos citadinos e partilha da
cidade. Revista de Sociologia e Política, n.16, p.107-122, 2001.
58
5. SOBRE O AUTOR
59
60