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Período de Realização
Objetivos
Trabalho a desenvolver
Recursos
Deverá recorrer a:
1. Machado (2019). Uma das narrativas possíveis – três forças que marcam o
O seu E-fólio não deve ultrapassar 3 páginas A4 (folha de rosto não conta) redigidas em
Arial, tamanho de letra 11. O espaçamento entre linhas deve corresponder a 1,5 linhas.
É importante praticar a capacidade de síntese e não deve alterar a formatação da folha
de resposta, mantendo o espaçamento entre linhas e as margens.
Deve carregar o referido ficheiro para a plataforma no dispositivo E-fólio A até à data e
hora limite de entrega. Evite a entrega próximo da hora limite para se precaver contra
eventuais problemas.
CÓDIGO: 41050
NOME: TP
N.º DE ESTUDANTE:
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TRABALHO / RESOLUÇÃO:
Antes da era moderna, a psicologia era influenciada por filósofos, segundo Henri
Piéron (1942), a Ciência e a Filosofia confundiam-se, até que, no final do século XIX,
com o crescimento do interesse na anatomia e fisiologia do cérebro, surge a primeira
força que marcou o desenvolvimento e estudo aprofundado da Psicologia: a criação do
1º Laboratório de Psicologia Experimental por Wilhelm Wundt (1832-1920), em
Leipzig, na Alemanha, em 1879. (Machado, 2019)
Wundt, através da introspeção controlada, observava e media reações a estímulos
(audição, visão e tato), segundo Hergenhahn (2009), pedindo que os participantes
fechassem os olhos e analisassem o que pensavam e sentiam.
Wilhelm Wundt teve um papel fundamental no reconhecimento da psicologia como
uma ciência independente, através da definição do objeto de estudo, dos métodos de
pesquisa, os tópicos a serem explorados e os objetivos dessa nova ciência. Wundt
orientou uma geração de psicólogos experimentais de diversas nacionalidades, que,
ao retornarem aos seus países de origem, criaram laboratórios de psicologia, à
semelhança do laboratório de Leipzig. Inspirou, por exemplo, psicólogos notáveis,
como o caso de Edward Titchener (1867-1927), que juntamente com ele desenvolveu
o Estruturalismo, e William James (1842-1910) que se afastou das linhas de
pensamento do seu professor, tendo como objeto de estudo a conceção funcionalista
da mente, dando origem ao Funcionalismo. E foi assim impulsionado o crescimento da
psicologia enquanto disciplina científica em todo o mundo.
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Freud estabeleceu uma comparação entre as neuroses comuns e as traumáticas,
salientando que ambas têm um elemento de trauma na sua origem. No entanto, Freud
detetou que as neuroses traumáticas têm características distintas, são desencadeadas
por situações traumáticas ou conflitos internos do indivíduo, frequentemente
originados nos campos de batalha.
Os traumas intensos vivenciados durante a guerra eram difíceis de ser processados
pelo indivíduo, resultando em acontecimentos posteriormente repetidos e revividos nos
sonhos, numa tentativa, sem sucesso, de lidar com as emoções extremamente
intensas que surgiam devido às experiências no campo de batalha. “Freud optou por
analisar os sonhos, que considerava ser outra manifestação inconsciente do
recalcamento” (Lopes, Miguel, et al. de Fundamentos Da Psicologia, 2016, p.35)
Foram criados testes psicológicos que permitiam avaliar as capacidades e estado
emocional dos combatentes, que ainda nos dias de hoje, são aplicados em áreas de
recrutamento, seleção e diagnóstico.
As guerras tiveram assim um grande impacto no desenvolvimento da psicologia
moderna, pois levaram a uma maior consciencialização sobre questões de saúde
mental, trauma e resiliência.
Reflexão critica
Considero esta uma narrativa possível no que diz respeito às três principais influências
que impulsionaram o desenvolvimento da psicologia moderna.
Apesar do impacto positivo dessas forças na psicologia moderna, ainda há muito a
fazer, pois, sinto que o preconceito e a discriminação ainda estão muito presentes na
nossa sociedade. Contudo, é importante referir que com o avanço da psicologia,
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relativamente ao estudo do comportamento humano, permite que a sociedade esteja
mais apta a enfrentar/ultrapassar esses desafios, através de conhecimento e de
intervenções psicológicas, se bem que, apesar de um foco crescente na saúde mental,
continua também a existir o estigma de que quem vai ao psicólogo são pessoas mais
vulneráveis ou com incapacidade de gerir as emoções e o dia-a-dia.
Bibliografia
Schultz, D. P., Schultz, S. Ellen., Waeny, M. F. Costa., & Uemura, C. Naomi. (2012).
História da psicologia moderna
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