Você está na página 1de 17

GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO

PROCESSOS RVCC BÁSICO E SECUNDÁRIO


FORMADORES
Índice
I. O CENTRO QUALIFICA ................................................................................................................ 3
1. Missão e destinatários ...................................................................................................... 3
2. Etapas de intervenção: ...................................................................................................... 3
3. A Equipa e as funções atribuídas aos formadores ............................................................ 4
II. O Processo de RVCC .............................................................................................................. 5
a. Portefólio Reflexivo de Aprendizagens (PRA) ................................................................... 5
1. Reconhecimento de competências ....................................................................................... 6
b. Os Referenciais de Competências-Chave: estrutura e organização.................................. 8
b.1. Nível básico .................................................................................................................... 8
b.2. Nível secundário ............................................................................................................. 9
c. Formação complementar ................................................................................................ 12
2. Validação de competências............................................................................................. 13
2.1. Condições de validação para o nível básico ..................................................................... 14
2.2. Condições de validação para o nível secundário ............................................................. 14
3.Certificação de competências .............................................................................................. 15
3.1. Preparação para a prova ......................................................................................... 15
III. Esquematização do fluxo de trabalho da Equipa técnico-pedagógica:........................... 16
I. O CENTRO QUALIFICA

1. Missão e destinatários

O Centro Qualifica é uma estrutura do Sistema Nacional de Qualificações, que tem por
objetivo melhorar os níveis de educação e formação, numa perspetiva de aprendizagem ao
longo da vida e, assim, contribuir para a qualificação e empregabilidade da população.

Destina-se a todos os que procuram uma qualificação, tendo em vista o prosseguimento de


estudos e/ou uma transição/reconversão para o mercado de trabalho, nomeadamente:

▪ Jovens que não se encontrem a frequentar modalidades de educação ou formação e


não estejam inseridos no mercado de trabalho;
▪ Adultos com idade igual ou superior a 18 anos, que pretendam adquirir, reforçar ou ver
reconhecidos os conhecimentos e competências que foram desenvolvendo ao longo da
vida.

2. Etapas de intervenção:

Acolhimento - inscrição do candidato e seu esclarecimento, considerando a missão e o âmbito


de intervenção dos Centros Qualifica;
Diagnóstico - análise do perfil do candidato, com o objetivo de identificar respostas de educação
e/ou formação ajustadas às suas motivações, necessidades e expetativas;
Informação e Orientação - Identificação de projetos individuais de educação e formação, tendo
presente opções realistas de prosseguimento de estudos e/ou de integração no mercado de
trabalho;
Encaminhamento - concretização do encaminhamento do candidato para uma oferta de
educação e formação ou ainda para um processo de reconhecimento, validação e certificação
de competências - RVCC, tendo por base o processo prévio de diagnóstico e orientação;
Reconhecimento e Validação de Competências - identificação e validação de competências
adquiridas pelos adultos ao longo da vida, em contextos de aprendizagem formais, não formais
e informais;
Formação - No âmbito do processo de reconhecimento, validação e certificação de
competências todos os adultos devem frequentar um mínimo de 50 horas de formação. Essa
formação pode ser assegurada pelos formadores ou professores da equipa de Centro Qualifica
ou por outras entidades formadoras.
Certificação de Competências - demonstração das competências dos adultos, perante um júri,
através de uma exposição e reflexão subordinada a uma temática integradora.

3. A Equipa e as funções atribuídas aos formadores

As equipas dos Centros Qualifica são constituídas pelos seguintes elementos:

▪ Coordenador/a,
▪ Técnic@s de Orientação, Reconhecimento e Validação de Competências (TORV).
▪ Formadores das diferentes áreas de competência-chave e das diferentes áreas de
educação e formação para o desenvolvimento de processos de reconhecimento,
validação e certificação de competências.

Compete aos formadores e professores:

a) Participar no processo de reconhecimento, validação e certificação de competências


escolar, através da aplicação de instrumentos de reconhecimento e validação de
competências e do apoio aos candidatos na elaboração do portefólio;
b) Informar o júri de certificação relativamente ao desenvolvimento do processo de
reconhecimento, validação e certificação de competências dos candidatos que
acompanhou;
c) Integrar o júri de certificação de candidatos que desenvolveram processos de
reconhecimento, validação e certificação de competências;
d) Identificar as necessidades de formação de cada candidato de forma a definir o
encaminhamento sustentado para percursos formativos completos ou parciais com
vista à obtenção de uma qualificação escolar ou profissional, ou ambas, em colaboração
com o técnico de orientação, reconhecimento e validação de competências;
e) Organizar e desenvolver ações de formação complementares, da responsabilidade do
centro, que permitam ao candidato aceder a uma qualificação;
f) Colaborar na etapa de diagnóstico, orientação e encaminhamento dos candidatos
inscritos para reconhecimento, validação e certificação de competências profissional ou
de dupla certificação.

II. O Processo de RVCC

O Processo de RVCC, consiste no reconhecimento de competências adquiridas pelos


adultos, ao longo da vida, em contextos formais, informais e não-formais, tendo em vista a
certificação escolar.

A conclusão de um processo de RVCC escolar pode conduzir a uma certificação total


(equivalente ao 1.º 2.º ou 3.º ciclos do ensino básico, respetivamente, B1, B2, B3, ou do nível
secundário) ou a uma certificação parcial, neste caso, o Centro Qualifica procede ao seu
encaminhamento para uma modalidade de educação/formação externa, que lhe permita a
conclusão do nível de certificação a que se propôs.

a. Portefólio Reflexivo de Aprendizagens (PRA)

O processo RVCC baseia-se num conjunto de pressupostos metodológicos [i.e. Balanço de


Competências, Abordagem (Auto)biográfica] que permitem a evidenciação das competências
previamente adquiridas pelos adultos e que através dos quais se desenvolve a construção de
um Portefólio Reflexivo de Aprendizagem (PRA) orientado segundo um Referencial de
Competências-Chave (anexo 1 e 2).

O PRA reúne todos os documentos produzidos e construídos ao longo do processo, bem


como todos os comprovativos e evidências que o candidato possui de forma a autenticar as suas
competências adquiridas. Comporta as narrativas produzidas pelos adultos, em que estes
descrevem ao pormenor as suas experiências nos vários contextos em que se movem, bem
como, as competências que desenvolveram e transpuseram nas atividades em que estiveram
envolvidos. Estas narrativas constituem, assim, evidências de que o adulto possui de facto as
competências reconhecidas e que, por isso, estas poderão ser passíveis de validação e,
eventualmente, de certificação. Para além das narrativas, o candidato pode adicionar o mais
variado tipo de comprovativos com o objetivo de validar as suas competências, desde
certificados formais, até trabalhos efetuados por si, etc.
O Portefólio é construído de forma autónoma pelo adulto e é objetivamente direcionado
para um fim específico que surge da necessidade prévia do candidato.

Assim, a construção deste “documento” pressupõe a necessidade do indivíduo


primeiramente reconhecer os seus saberes adquiridos, por si próprio, para depois estes
poderem ser reconhecidos pelos sistemas formais. Parte de uma autoavaliação, autodirigida e
orientada, para uma heteroavaliação, para a sua validação externa, que pode culminar na sua
certificação.

Nunca será um documento, um produto, acabado, estará sempre em permanente


(re)construção, sendo atualizado e sustentando por evidências que traduzem a evolução e o
aperfeiçoamento das competências do indivíduo.

Este processo integra duas etapas:

▪ o Reconhecimento e Validação de Competências, que permite a identificação das


competências detidas pelo adulto, através da aplicação de um conjunto de
metodologias e instrumentos específicos;
▪ a Certificação de Competências consiste na demonstração das competências validadas
através de uma apresentação pública, organizada por áreas de competências-chave.

1. Reconhecimento de competências

Na etapa de reconhecimento, o/a adulto/a identifica as competências adquiridas ao longo


da vida, através do recurso à metodologia de balanço de competências, que parte da premissa
que os indivíduos efetuam aprendizagens e desenvolvem competências nos mais variados
contextos da sua existência, e portanto, fora das instituições formais de ensino e formação,
aprendizagens estas que carecem de certificação reconhecida pelos sistemas formais. Tem ainda
em conta que as aprendizagens informais, que decorrem da experiência quotidiana, nem
sempre são intencionais ou reconhecidas, por parte dos indivíduos, como algo que enriquece o
seu leque de “ferramentas” e que lhes permite a aquisição de novas competências.

Com esta metodologia, através da análise e exploração da vida de um indivíduo em todas as


suas áreas de existência, torna-se possível reconhecer e validar as competências que este
adquiriu ao longo do seu percurso pessoal permitindo a tomada de consciência das suas
potencialidades e dos seus pontos fracos de forma a que este possa (re)construir o seu projeto,
profissional ou formativo, de uma forma “realista” e exequível.

Esta etapa inicia-se com a apresentação do processo de RVC (introdução aos conceitos
utilizados em RVC, explicação do que é a metodologia de balanço de competências, definição
dos patamares de chegada para a certificação, clarificação da distinção entre o RVC e percursos
de escolarização/formação), dos seus intervenientes, das metodologias de trabalho possíveis,
da duração previsível do processo e do trabalho que se espera que o adulto desenvolva de forma
autónoma.

Esta informação de enquadramento deve ser transmitida de forma clara, favorecendo a


transparência do processo para o adulto.

A seguir a esta apresentação pode dar-se início à descodificação do Referencial de


Competências-Chave (nível básico ou nível secundário). Este trabalho é desenvolvido pelos
TORV e pelos formadores que podem organizar sessões de trabalho individuais, em pequenos
grupos e/ou em grupos alargados de adultos.

OS TORV iniciam as sessões de balanço de competências com os adultos, de forma individual


ou em pequenos grupos. As sessões baseiam-se na mobilização de um conjunto de
instrumentos, que exploram as experiências significativas e dos interesses específicos de adulto
(anexo 3).

Toda a atividade desenvolvida vai resultando na construção/reconstrução do Portefólio


Reflexivo de Aprendizagens (PRA) do/a adulto/a de forma mais ou menos apoiada pela equipa
técnico-pedagógica, consoante a autonomia que cada um destes revele.

A equipa técnico-pedagógica deve assegurar que o PRA de cada adulto obedece a um


mesmo padrão de exigência relativamente à tipologia de comprovativos aí constantes, sem
deixar de espelhar a especificidade que resulta do percurso e da experiência individual de cada
adulto.

À medida que o PRA se vai consolidando, a equipa técnico-pedagógica, juntamente com o/a
adulto/a, vai estabelecendo correlações entre esse instrumento/produto e o Referencial de
Competências-Chave.
A evolução do processo de reconhecimento e, em particular, as conclusões que a equipa vai
tirando relativamente às competências que podem ou não ser validadas, devem ser
comunicadas ao/à adulto/a, à medida que as sessões forem decorrendo, em momentos
específicos para o efeito ou no decorrer do balanço de competências.

b. Os Referenciais de Competências-Chave: estrutura e organização

Os referenciais de competências-chave (RCC) para a educação e formação de adultos de


nível básico e de nível secundário são os instrumentos orientadores dos processos de RVCC.
Estão organizados em torno de áreas de competências-chave (ACC), que se constituem como
conjuntos coerentes e articulados de Unidades de Competência (UC)/Núcleos Geradores (NG) e
de Critérios de Evidência.

b.1. Nível básico


O Referencial de Competências Chave para a Educação e Formação de Adultos - Nível Básico
(RCC-NB) é o quadro curricular orientador para o desenvolvimento dos processos de RVCC de
nível B1, B2 e B3, incluindo quatro ACC comuns:

▪ Linguagem e Comunicação (LC)


▪ Matemática para a Vida (MV)
▪ Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
▪ Cidadania e Empregabilidade (CE)

Cada uma destas ACC é composta por quatro UC que integram um conjunto variável de Critérios
de Evidência, definidos em termos de exemplos de ações/realizações, através das quais o
candidato pode demonstrar o domínio da competência visada.
Para cada um dos níveis de certificação respeitantes aos três ciclos do ensino básico, o RCC-NB
integra um total de 16 UC obrigatórias.
Na figura seguinte exemplifica-se a estruturação e a organização do RCC-NB, tomando-se como
referência a ACC de LC do nível B3.

b.2. Nível secundário

O Referencial de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos – Nível


Secundário (RCC-NS) é o instrumento que permite o desenvolvimento dos processos de RVCC de
nível secundário, encontrando-se estruturado em torno de três ACC:
▪ Cidadania e Profissionalidade (CP)

▪ Sociedade, Tecnologia e Ciência (STC)

▪ Cultura, Língua, Comunicação (CLC)

Cada uma destas ACC inclui um conjunto de Núcleos Geradores (NG), a partir dos quais é possível
evidenciar uma diversidade de competências demonstradas em diferentes contextos,
designados por Domínios de Referência (DR1 – correspondente ao contexto privado; DR2
correspondente ao contexto profissional; DR3 – correspondente ao contexto institucional; DR4
– correspondente ao contexto macroestrutural).
A figura seguinte explicita esta organização para cada ACC:

A cada Domínio de Referência estão associados três Critérios de Evidência que, por sua vez,
correspondem a diferentes Dimensões de Competências, em função da ACC em que se inserem.
No caso das ACC de STC e CLC, a cada Critério de Evidência corresponde diretamente uma das
três Dimensões de Competências (Social, Tecnológica e Científica e Cultural, Linguística e
Comunicacional, em STC e CLC, respetivamente). No caso da ACC de CP, as Dimensões de
Competências (Cognitiva, Ética e Social) não estão diretamente associadas aos três Critérios de
Evidência de cada Domínio de Referência, mas sim a Núcleos Geradores específicos.
Nas figuras seguintes, exemplifica-se a correspondência entre os Critérios de Evidência e as
respetivas Dimensões de Competências nas ACC de STC e CLC, bem como, a correspondência
entre os oito Núcleos Geradores e as Dimensões de Competências da ACC de CP.
Para além de estarem associados a diferentes Dimensões de Competências, os Critérios de
Evidência são demonstrados em função de três Elementos de Complexidade:
a) Elemento de complexidade Tipo I – Identificação;

b) Elemento de complexidade Tipo II – Compreensão;

c) Elemento de complexidade Tipo III – Intervenção.

No caso das ACC de STC e CLC, cada Critério de Evidência está associado a uma determinada
Dimensão de Competência, sendo, por isso, possível reconhecer cada Critério de Evidência nos
diferentes Elementos de Complexidade. O Guia de Operacionalização do RCC-NS integra um
conjunto de fichas-exemplo que ilustram casos concretos de Critérios de Evidência, a serem
trabalhados nas diferentes dimensões de competências e elementos de complexidade (anexo 4)

No caso da ACC de CP, cada um dos três Critérios de Evidência, de cada Domínio de Referência,
corresponde diretamente a um Elemento de Complexidade.

c. Formação complementar

A formação complementar prevista no âmbito do processo de RVCC tem como principal


objetivo possibilitar o aperfeiçoamento, a melhoria e/ou a aquisição de conhecimentos e
competências, de forma a colmatar lacunas detetadas quer aquando do desenvolvimento das
etapas de diagnóstico e de informação e orientação, quer durante o desenvolvimento da fase
de reconhecimento de competências.
Neste contexto, e no âmbito da atividade dos Centros Qualifica, todos os candidatos
que sejam encaminhados para o desenvolvimento de um processo de RVCC escolar de
nível básico ou secundário, deverão frequentar um mínimo de 50 horas de formação
complementar, devendo este investimento potenciar a possibilidade de os candidatos,
obterem uma certificação total, no final dos processos de RVCC desenvolvidos.

2. Validação de competências

A etapa de validação de competências centra-se na realização de uma sessão, na qual a


equipa pedagógica analisa e avalia o PRA, face ao Referencial de Competências-Chave e
identifica as competências a validar e a evidenciar/desenvolver, através da continuação do
processo de RVCC ou de formação a realizar em entidade formadora certificada.

A validação de competências é um processo contínuo que vai sendo realizado durante a fase
de reconhecimento, a partir da correspondência entre as competências que vão sendo
evidenciadas no Portefólio e as que integram o referencial de competências-chave em avaliação.
Os Formadores deverão elaborar os seus próprios instrumentos de avaliação, que permitam
ir registando a informação e as justificações necessárias à tomada de decisão. No entanto, e
tendo por base a lógica das metodologias associadas ao processo de RVCC, que pressupõem
uma participação ativa do candidato e, simultaneamente, uma elevada capacidade de reflexão
e consciência do trabalho desenvolvido, este registo deve, nesta fase, integrar a opinião
sustentada do candidato (autoavaliação).
No final da fase de reconhecimento de competências deverá ser aplicada a Grelha de
Validação, a qual deverá servir de suporte à heteroavaliação realizada pelo Técnico de ORVC e
pelos Formadores das diferentes ACC, formalizada em reunião convocada e presidida pelo
coordenador do centro (Sessão de Validação).

Para aferir o nível de demonstração de cada uma das Unidades de Competência/Núcleos


Geradores que integram os referenciais de competências-chave e, deste modo, identificar as
que transitam para a etapa de Certificação de Competências, a Grelha de Validação compreende
uma escala de 1 a 5, em que:
1. Não abordou a competência

2. Abordou a temática da competência, sem a explorar e/ou sem refletir/emitir a


sua opinião

3. Abordou a temática da competência, com recurso a pesquisas e/ou trabalhos


(refletindo e emitindo a sua opinião)

4. Abordou a competência, apresentando os conhecimentos/saberes detidos,


(refletindo e emitindo a sua opinião)

5. Evidenciou a competência, demonstrando capacidade de intervenção,


autonomia e argumentação

2.1. Condições de validação para o nível básico

Nos processos de RVCC de nível básico (B1, B2 e B3), e na sequência da Sessão de Validação,
apenas são validadas as UC pontuadas nos níveis 3, 4 ou 5 da referida escala. No entanto, para
que as UC de uma ACC, validadas no âmbito da Sessão de Validação, possam avançar para a
etapa de certificação de competências, é necessário que pelo menos uma das quatro UC
obrigatórias que integram cada ACC esteja pontuada no nível 5 da escala.

2.2. Condições de validação para o nível secundário

Nos processos de RVCC de nível secundário, apenas são validados os DR pontuados nos
níveis 3, 4 ou 5 da escala da Grelha de Validação. No entanto, para que o NG de uma ACC possa
avançar para a etapa de certificação de competências, é necessário que, pelo menos, um dos
quatro DR esteja pontuado no nível 5 da escala da Grelha de Validação e exista, pelo menos,
mais um DR validado com pontuação igual ou superior a 3.
3.Certificação de competências

Tendo em vista a certificação das competências, o candidato, deverá ser presente a um júri
de certificação, o qual irá tomar a sua decisão com base no desempenho do candidato numa
prova de certificação (Sessão de Júri de Certificação) e na análise do Portefólio e dos
instrumentos de avaliação aplicados durante a etapa de reconhecimento e validação de
competências.
Esta prova deverá consistir na apresentação de uma exposição e reflexão subordinada a uma
temática integradora, trabalhada no âmbito do Portefólio, que evidencie saberes e
competências das áreas de competências-chave em avaliação.

3.1. Preparação para a prova

Como objetivo de preparar o momento de realização da Sessão de Júri de Certificação, a


equipa dispõe de um máximo de 25 horas de trabalho destinadas ao apoio desta etapa.
No que diz respeito ao conteúdo da apresentação, é da responsabilidade dos Formadores
decidir, conjuntamente com o candidato e em função do resultado da validação de
competências, qual(ais) a(s) temática(s) integradora(s) que permitirá(ão) demonstrar as
competências anteriormente validadas.
III. Esquematização do fluxo de trabalho da Equipa técnico-pedagógica:

Após a constituição de um grupo encaminhado para Processo de RVCC:

1 – É elaborado o cronograma pelas TORV e atribuídos os elementos da Equipa, consoante as


ACC do nível de certificação;

2 – As TORV iniciam a construção do PRA com recurso aos instrumentos mediadores (anexo 3);

3 – Na sessão de Descodificação do Referencial, os formadores apresentam o respetivo RCC


estabelecendo correlações com situações de vida dos adultos;

4 – Com o término da exploração da história de vida, pelas TORV, o PRA é entregue à equipa
para a primeira leitura. Neste momento, é preenchida a grelha de análise de PRA (anexo 5) e a
respetiva grelha de levantamento de necessidades (anexo 6). Cada formador deve fazer
anotações/sugestões no próprio documento tendo em vista a sua consolidação.

5 – Após a leitura, os formadores terão agendadas pelo menos duas sessões na etapa de
reconhecimento, onde poderão trabalhar as questões já evidenciadas no PRA, bem como as
respetivas sugestões de melhoria.

6 – Considerando a obrigatoriedade da frequência em 50 horas de formação complementar,


todos os formadores deverão planificar as suas sessões de acordo com as lacunas verificadas e
tendo como objetivo agilizar a certificação.

7 – A grelha de levamento de necessidades/validação acompanha o percurso de cada adulto e


é sempre atualizada após as leituras de PRA e finda a formação complementar.

8 – O/As adulto/as que cumpram os requisitos necessários serão propostos a júri, sendo
agendada a sessão de validação e respetivas sessões de preparação para júri.

9 – Cada formador é responsável por manter os sumários das sessões ministradas atualizados
na plataforma SIGO. Todos os procedimentos necessários ao registo destas sessões encontram-
se devidamente explicitados no Manual de Utilizador – SIGO Centros Qualifica.

Este documento não dispensa a consulta aos restantes materiais disponibilizados.


Anexo

Anexo 1 – Referencial de Competências-Chave Nível Básico

Anexo 2 – Referencial de Competências-Chave Nível Secundário

Anexo 3 – Atividades Básico e Secundário

Anexo 4 – Guia de Operacionalização

Anexo 5 – Grelha de análise de PRA (CLC, STC, CP)

Anexo 6 – Grelha de Validação/ Levantamento de necessidades

Anexo 7 – Orientação Metodológica

Você também pode gostar