Faculdade de Ciências Agrárias

Licenciatura em Engenharia em Desenvolvimento Rural

3-°Ano II Semestre

Cadeira: Análise de Dados

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS

COM RAÇÃO ALTERNATIVA

Discente:

Lívia Calisto Namireca

Docente:

Dr. Oclides Tete

Unango Dezembro de 2022

ÍNDICE
I.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3

1.1.Problema ..................................................................................................................... 3

1.2.Justificativa ................................................................................................................. 4

1.3.Objectivos ................................................................................................................... 4

1.3.1.Geral ........................................................................................................................ 4

1.3.2.Específicos ............................................................................................................... 5

1.4.Hipóteses .................................................................................................................... 5

II.MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................................... 6

2.1.Descrição da área do estudo ....................................................................................... 6

2.2.Métodos ...................................................................................................................... 6

2.2.1. Delineamento Experimental ................................................................................... 6

2.2.2. Descrição dos Tratamentos ..................................................................................... 6

2.2.3.Parâmetros medidos................................................................................................. 7

2.3.Análise de dados ......................................................................................................... 7

III.RESULTADOS E CONCLUSÕES ............................................................................ 8

IV.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................... Erro! Marcador não definido.

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I.INTRODUÇÃO
A carne de frango comparativamente a carne vermelha, é a mais consumida a nível
nacional e a segunda mundialmente, tendo ganho esta proporção devido ao rápido
crescimento dos mesmos, a sua qualidade nutricional, a variedade no preparo, porque
seu consumo não possui restrições religiosas e pelo seu baixo preço no mercado,
abrangendo assim maior público consumidor (Belusso & Hespanhol, 2010).

O êxito na produção avícola no mundo é resultado da combinação de melhoramento

genético, nutrição, sanidade e maneio. O frango de corte (broilers) é considerada uma
ave com alta conversão alimentar, rápido ganho de peso, ciclo de produção curto,
resistentes a doenças e crescimento uniforme. Esta espécie de ave é hoje considerada
uma fonte importante de carne e responsável por mais de 30% do total de proteína
animal consumida no mundo, com maior impacto nos países em desenvolvimento como
o caso de Moçambique (FAO, 2006).

Em Moçambique, cerca de 80% da população está engajada em actividades agrícolas,

sendo a criação de frango uma actividade complementar. A avicultura é um dos
segmentos da agro-pecuária que mais contribui para cobrir o défice de proteína, para a
promoção da segurança alimentar, na geração de rendimento e de emprego, e do
crescimento económico do país (Oppewal et al. 2016).

Segundo (FAO, 2013), Niassa tem um fraco desenvolvimento pecuário, tendo a

produção de frango de aviário global da província estimando-se em cerca de 10.000
bicos por mês, insuficiente para abastecer o mercado local e regional, sendo a criação
desta espécie importante para esta província. A avicultura no distrito de Sanga é
principalmente baseada em pequenos produtores, com uma contribuição estimada em
120.000 frangos anualmente (DPAN, 2011).

1.1.Problema
Considerando a avicultura como um dos segmentos da agro-pecuária que mais contribui
para cobrir o défice de proteína, para a promoção da segurança alimentar, na geração de
rendimento, emprego, e do crescimento económico de Moçambique com cerca de 30%
do total de proteína. No entanto, o sector avícola no país ainda é pouco desenvolvido
fazendo com que o mesmo continue a importar mais de 50% do frango congelado

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consumido principalmente do Brasil, África do Sul e Malawi, elevando desta forma o
contrabando (Oppewal et al. 2016).

No entanto, a ração alternativa ou não comercial por ser uma das fontes de proteína
alternativa para alimentação de frangos de corte e de fácil acesso em Moçambique e na
província de Niassa, originou a seguinte questão: Até que nível a ração comercial
influencia o desempenho zootécnico dos frangos de corte com vista a minimizar os
custos de produção desta actividade?

1.2.Justificativa
Existe uma necessidade de se buscar alternativas para redução dos custos das dietas com
o benefício aos animais e a satisfação do mercado dos consumidores que anseia por
alimentos seguros e de boa qualidade (Ribeiro et al., 2010). Por outro lado a produção
de frangos de corte depende em grande parte da selecção de alimento, formulação de
rações balanceadas, boas práticas de gestão e eficiência no sistema de comercialização
(Shaikh & Zala, 2011).

Segundo o mesmo autor afirma que neste contexto, a competitividade e a

sustentabilidade do sector avícola no país, como forma de cobrir a demanda interna com
restrita importação, dependem da adopção de medidas conjuntas entre os pesquisadores
dos sectores público, privado e ONG´s no tratamento das barreiras ao crescimento do
sector como forma de criarem-se avenidas para uma maior eficácia e eficiência ao longo
da cadeia de valor.

1.3.Objectivos

1.3.1.Geral
• Avaliar o desempenho de frangos de corte alimentados com diferentes níveis de
ração não comercial.

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1.3.2.Específicos
• Determinar os índices zootécnicos de frangos de corte no período 1 a 35 dias;

• Apresentar a importância e vantagens da utilização das rações alternativas

através dos índices zootécnicos e o custo unitário das dietas; de ração formulada.

1.4.Hipóteses
H0: Todas as formulações de rações têm o mesmo efeito sobre o desempenho dos
frangos de corte;

H1: Diferentes formulações de rações tem efeito diferente das demais sobre o
desempenho dos frangos de corte.

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II.MATERIAIS E MÉTODOS

2.1.Descrição da área do estudo

Figura 1: Mapa do local de ensaio.

2.2.Métodos

2.2.1. Delineamento Experimental

O ensaio foi conduzido num Delineamento Inteiramente Causalizado (DIC), com quatro
tratamentos e três repetições. A área total do estudo teve 46m² (11,5m X 4m)
subdividida em 12 boxs (unidade experimentais). A área útil foi de 30m² e cada unidade
experimental teve uma área de 2,5m² (2,5m X 1,0m) com espaçamentos de 0,5m entre
elas.

2.2.2. Descrição dos Tratamentos

Tratamento 1: (testemunha): Ração convencional da Higest

Tratamento 2: 50% de milho + 40% de soja + 10% de Moringa.

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Tratamento 3: 50% de milho + 30% de soja + 20% de Moringa.

Tratamento 4: 50% de milho + 20% de soja + 30% de Moringa

2.2.3.Parâmetros medidos
Peso médio corporal

O ganho de peso (GP) - foi obtido pela diferença entre o peso ao final do ciclo e o peso
inicial no alojamento, ou no início do período de criação do lote

Consumo médio da ração

Para o controlo do consumo de ração (CR) - fez-se a diferença da ração fornecida

diariamente pelas sobras. Para o tratamento controlo alimentados com a ração da higest
o cálculo foi feito até aos 28 dias de vida e para o caso dos tratamentos alimentados com
a ração local o cálculo prosseguiu até aos 35 dias de vida (uma semana depois). Foi
determinada o consumo diário, semanal e final de cada tratamento e corrigidos pelo
número das aves mortas.

2.3.Análise de dados
Os resultados das variáveis estudadas foram submetidos no pacote Microsoft Excel na
sua versão 2010 para sua consistência e posteriormente submetidos ao pacote estatístico
R. Para Análise de Variância (ANOVA) e para a comparação das médias dos
tratamentos, usou-se o teste de Tukey a 5% de nível de significância.

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III.RESULTADOS E CONCLUSÕES

Tabela1. Peso médio corporal (PMC) do 1º aos 35 dias de vida das aves em quatro
tratamentos.
Peso Tratamentos F P CV
Trat.1 Trat.2 Trat.3 Trat.4
PMC (gr)-7 dias 136.44ª 82.843ᵇ 87.703ᵇ 90.207ᵇ 112.16 0.0000 4.11
PMC (gr)-14 dias 553.05 ª 272.79ᵇ 298.68ᵇ 298.07ᵇ 270.96 0.0000 3.91
PMC (gr)-21 dias 1063.6ª 485.74 5 8.04ᵇ 530.6 ᵇ 802.08 0.0000 2.61
PMC (gr)-28 dias 1761.6 ª 8 7.82ᵇ 8 .36ᵇ 854.84ᵇ 280.37 0.0000 4.55

As médias com as mesmas letras dentro das linhas não diferem estaticamente entre si
pelo teste de Tukey à 5% de probabilidade.

PMC* - Peso médio corporal.

De acordo com a tabela 1, as aves alimentadas com a ração comercial da Higest

mostraram ter um bom desempenho de PMC e com uma diferença significativa
(P<0.005) quando comparadas com as demais durante o período de 35 dias de vida.
Aos vinte e um dias as aves do T3 e T4 mostraram um desempenho maior de PMC mais
não houve diferença significativa entre o T2 e T3 no igual período. Aos 35 dias
observou-se que ainda o T1 manteve-se com o melhor desempenho das aves e os
tratamentos T2, T3 e T4 voltaram a ter medias de PMC sem diferença significativa
(P>0,005).
Tabela2. Médias de consumo de ração do 1º aos 35 dias de vida das aves em quatro
tratamentos.
Peso Tratamentos F P CV
Trat.1 Trat.2 Trat.3 Trat.4

CR (gr)-7 dias 161.25ª 07.24ᵇ 07.93ᵇ 30.30ᵇ 16.21 0.0009 8.63

CR (gr)-14 dias 449.07 ª 3 3.27 ᵇ 270.54ᵇ 300.86ᵇ 20.19 0.0004 9.15
CR (gr)-21 dias 781.63ª 479. 8ᵇ 448.42ᵇ 502.30ᵇ 24.02 0.0002 9.89
CR (gr)-28 dias 902.27ª 566.74ᵇ 538.90ᵇ 580.56ᵇ 47.97 0.0000 6.61

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As médias com as mesmas letras dentro das linhas não diferem estaticamente entre si
pelo teste de Tukey à 5% de probabilidade. (Tabela 3).

CR* - Consumo de ração.

Não houve diferenças significativas (P>0.005) entre os tratamentos T2, T3 e T4 pelo

teste de Turkey durante o período de 35 dias de vida das aves em respeito ao CR.
Diferença significativo (P<0.005) foi registado no tratamento T1 quando comparados
aos de mais tratamentos no igual período de criação.

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IV.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABOU, Elezz, F. M. K., et al (2011). Efectos nutricionales de la inclusión dietética de

harina de hojas de Leucaena leucocephala y Moringa oleífera em el comportamiento de
gallinas Rhode Island Red - Revista Cubana de Ciência Agrícola, v. 45, n. 2, p. 163-
170.

AFONSO, P. (2016). Conservação dos Recursos Naturais (1 ed.). Brasil: Oxinie,

133p.Anwar, F. e Bhanger, MI 2003. Caracterização analítica do óleo de semente de
Moringa oleifera cultivado em regiões temperadas do Paquistão. J. Agric. Food Chem.,
51: 6558-6563.

AGRIX (2014). Investment Opportunities for Dutch Agrifood Companies in

Mozambique. Pretoria - Agricultural Council from the Netherlands Embassy in Pretoria.
98p.

AGUSTO, Fernadez (2011). Viabilidade Econômica e Financeira da Atividade

Avícola - Estudo de Casos Em Propriedades Rurais 76p.

ANDRADE, T. V., et al (2015). Efeito de factores anti-nutricionais encontrados nos

alimentos alternativos e seu impacto na alimentação de não ruminantes - revisão. Nutri
Revista Eletrônica Nutritime.

API, I. (2017). Efeito da sexagem e de linhagens no desempenho e rendimento de

carcaça de frangos de corte. - Dissertação de Mestrado. Universidade Tecnológica
Federal do Paraná.Disponível em:<http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1519>.
Acesso em: 19 de Outubro.

Associação Cubana de Produção Animal – ACPA. (2010). Moringa oleífera. p. 1.

AVIAGEN; (2012). Manejo da Fase de Crescimento - Frango de Corte

AVIAGEN, G. d. (2014). Manual De Manejo De Frangos Ross (Vol. 1). Brasil.

BANJO, O. S. (2012). Growth and performance as affected by inclusion of Moringa

oleifera leaf meal in broiler chicks diet. Growth, v. 2.

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