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A compreensão do ambiente é condição essencial para o processo da elaboração das estratégias além de ser, óbvio, parte integrante do
planejamento estratégico. Entender o ambiente, porém, é extremamente complexo. Muitos pesquisadores e professores de Administração
Estratégia sugerem meios de reduzir esta complexidade por meio de estruturas lineares e sequenciais de pensamento.
O modelo de cinco forças possibilita aos estrategistas realizar a análise da competividade em uma indústria, aqui entendido como um setor, um
ramo empresarial. As cinco forças são
O modelo pode ser observado neste infográfico, que merece sua atenção.
Para Porter, o relacionamento e a intensidade do conjunto destas forças podem impactar o nível de competitividade e, assim, o quão difícil pode
ser obter resultados consistentes em uma determinada indústria.
Por exemplo, em um ramo empresarial com obste a novos concorrentes – seja pelo alto custo de entrada ou exclusividades contratuais
– as empresas instaladas podem fazer acordos tácitos ou explícitos de manutenção de taxa de lucratividade alta, pois isso
consequentemente limita o poder de negociação de clientes e fornecedores.
Em oposição a este pensamento, em um setor no qual a liberdade de entrada de novos concorrentes ocorre, maior será a
competitividade, uma vez que a possibilidade de um cliente escolher diversas opções de quem o atenderá em suas necessidades é
maior. Clientes empoderados possuem mais possibilidades de exigir mais qualidade por menores preços, reduzindo assim as taxas
de lucro do setor.
Outra força apresentada por Porter é a ameaça de produtos ou serviços estabelecidos. A ameaça de novos entrantes pode pressionar os
concorrentes estabelecidos num setor a adaptarem suas estratégias diante do risco de reduzir a rentabilidade daqueles já estabelecidos ou, até
mesmo, forçar a adaptação das estratégias vigentes. Em tempos de inovações disruptivas, isso é cada vez mais comum. Empresas que
forneciam serviço telefônico público, dvds, aparelhos de fax, filmes de fotografia e tantos outros habitam o senso comum quando se fala de
superação de produtos por novos com maiores funcionalidades, acessibilidade e preços menores. Para não ser defenestrada pelas novas
tecnologias, as organizações devem se preparar para também inovar, se desejam não serem superadas e verem suas margens de lucro
desaparecer.
A teoria de Porter deu suporte para compreender como as forças influenciaram a tomada de decisão, bem como a identificação
destas de acordo com a tipologia do famoso autor norte-americano. Os resultados da pesquisa realizada para a elaboração do artigo
corroboraram o fato de que as organizações do setor buscam maximizar seus resultados financeiros e aperfeiçoar o posicionamento
estratégico destas em relação aos seus concorrentes.
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Outra pesquisa interessante para
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entendimento das forças competitivas na
Farmac êu tico na Cidade de prática é apresentada pela análise setorial do
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P Aplicaç ã o setor farmacêutico no nordeste brasileiro,
das Cinco Forças de Porter disposto em um artigo científico, cuja leitura
é muito relevante.
acessar artigo
IMPORTANTE
O estudo demonstrou que, por meio das cinco forças, percebeu-se que estas empresas possuem percepções
semelhantes sobre suas formas de atuação e de que a rivalidade entre os atuais concorrentes, o poder de negociação
dos clientes e a ameaça de novos entrantes é que devem preocupar os gestores de tais empreendimentos. Reforçam os
autores, ainda, que este modelo é um instrumento de suma importância para qualquer tipo de segmento, não apenas
para classificar os setores como mais ou menos atraentes, mas essencialmente para compreender a dinâmica da
competição e as causas básicas da lucratividade.
Apesar das críticas, o modelo de cinco forças de Michael Porter ainda se mantém como uma das formas mais adequadas para o entendimento
de como as estruturas influenciam o comportamento das empresas e exigem delas mudanças que são gerenciadas por meio do processo de
planejamento estratégico.