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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA

DA SECCIONAL DA OAB/BAHIA.

Processo disciplinar n°

xxxxxxxxxxxxxxxxx, brasileiro (a), advogado (a), inscrito (a) na OAB/BA sob o nº xxxxxxxx,
por sua representante legal designada pela OAB/BA sob a qualidade de DEFENSORA
DATIVA GERAL, vem, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua
DEFESA PRÉVIA, em face de representaçã o ética-disciplinar instaurada por
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, já qualificado inicialmente na sua reclamaçã o, com base nos
fundamentos que se seguem:

DA SÍNTESE DOS FATOS

xxxxxxxx

DA REALIDADE DOS FATOS

Xxxxx

DO DIREITO
O art. 34 do Estatuto da Advocacia e da OAB nos traz o rol de infraçõ es disciplinares nas
quais as condutas dos Representados devem se enquadrar para que sejam objeto de
respectiva Representaçã o frente a Ordem dos Advogados.

Contudo, conforme os fatos narrados na presente Defesa, não há atuação que se enquadre
no dispositivo, não havendo que se falar em infração, tampouco em sanção que se
aplique ao mesmo.

O fato que foi imputado nã o se enquadra na conduta cometida, ofendendo o princípio da


correlaçã o, ensejando o indeferimento liminar da representaçã o.

Cabe apontar que, incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional, não
pode esse juízo, valer-se de um inciso abstrato para a aplicaçã o de sançã o tã o extremada
como a suspensã o por “manter conduta incompatível com a advocacia”, haja vista que a
palavra manter exige a conservaçã o da açã o. Logo, nã o se aplica ao representado, que
solicita o indeferimento do pedido de suspensã o.

Desta forma, mesmo que se demostrasse comprovada alguma irregularidade na conduta, o


que nã o ensejaria a imediata responsabilizaçã o do Profissional, é crucial que seja
evidenciada a existência de má fé. Sendo assim, nã o merece prosperar o pleito autoral,
conforme fatos e direitos narrados, por ser melhor medida de direito.

DA OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA NAS SANÇÕES APLICÁVEIS


Ainda fazendo uso do Princípio da Concentraçã o, na eventualidade deste Tribunal
considerar procedente a Representaçã o aqui discutida, cabe solicitar o que se segue, em
razã o do que se opera a Justiça e os ditames do EAOAB e do Có digo de É tica. Vejamos:

Art. 59. (Có digo de É tica): Considerada a natureza da infraçã o ética cometida,
o Tribunal pode suspender temporariamente a aplicação das penas de
advertência e censura impostas, desde que o infrator primá rio, dentro do
prazo de 120 dias, passe a freqü entar e conclua, comprovadamente, curso,
simpó sio, seminá rio ou atividade equivalente, sobre É tica Profissional do
Advogado, realizado por entidade de notó ria idoneidade.

Art. 36. (EAOAB) A censura é aplicá vel nos casos de:

[...]

Pará grafo ú nico. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício


reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente
circunstância atenuante.

Art. 40. (EAOAB) Na aplicaçã o das sançõ es disciplinares, sã o consideradas,


para fins de atenuaçã o, as seguintes circunstâ ncias, entre outras:

I – falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;

II – ausência de punição disciplinar anterior;

III – exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer


ó rgã o da OAB;

IV – Prestaçã o de relevantes serviços à advocacia ou à causa pú blica.

Deste modo, primeiramente vem requerer a suspensã o da pena aplicá vel em razã o do
disposto no art. 59 do Có digo de ética. Prejudicado este pedido, socorre-se a conversã o de
censura em advertência, em razã o de nã o haver provas aos autos de condenaçã o pregressa
do Representado, conforme depreende o Pará grafo Ú nico do Art. 36 do Estatuto da
Advocacia e da Ordem de Advogados do Brasil.

DOS REQUERIMENTOS

Diante de todo o acima exposto, fatos e fundamentos respectivos, passam a requerer:

Que, reconhecendo os fatos e fundamentos descritos, Vossa Excelência reconheça e


confira o RECEBIMENTO a presente defesa, eis que tempestiva, e que, em seu mérito;

a) Reconheça a inexistência de qualquer infraçã o à s normas ético-disciplinares, nos


termos e elementos da representaçã o, pugnando pelo indeferimento liminar da
representaçã o, conforme dispõ e o art. 73, § 2º, do EAOAB.

b) Que, diante do pleito acima, seja também determinado o ARQUIVAMENTO da


demanda em questã o;

c) Na remota hipó tese, que seja aplicada a pena mais branda, da sançã o de suspensã o.
Socorrendo-se a conversã o de censura em advertência, em razã o de nã o haver provas
aos autos de condenaçã o pregressa do Representado, conforme depreende o
Pará grafo Ú nico do Art. 36 do Estatuto da Advocacia e da Ordem de Advogados do
Brasil.

d) Ainda na remota hipó tese de condenaçã o, que nenhum outro dispositivo capaz de
agravar ainda mais a situaçã o do representado seja levado consideraçã o, visto que, a
parte autora, em seus pedidos finais, nã o cita nenhum outro dispositivo.

e) E, por fim, requer que seja oportunizada aos Representados a apresentaçã o de


provas, permitidas e admitidas em Direito e, especialmente, pertinentes ao processo
disciplinar, sobretudo juntada de documentos e apresentaçã o de testemunhas.
Nestes termos,
Pede deferimento.

Salvador, 28 de fevereiro de 2024

ADVOGADO
OAB/BA

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