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HISTÓRIA DA IGREJA
MÓDULO 3
SEGUNDO ANO
HISTÓRIA DA IGREJA
HISTÓRIA DA
IGREJA
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RHEMABRASIL - SEGUNDO ANO - MÓDULO III
DEFINIÇÕES:
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João 15.19
João 15.19 - Se vós fôsseis do
É usado para designar a igreja (comunidade) mundo, o mundo amaria o que
cristã um culto cristão, mas nunca o mero edifício era seu; como, todavia, não sois
das reuniões ou templo. do mundo, pelo contrário, dele
vos escolhi, por isso, o mundo
Efésios 1.22-23 vos odeia.
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A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR A
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• Por Fases:
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O CONTEXTO HISTÓRICO-CULTURAL DA
IGREJA PRIMITIVA
Gálatas 4.4 - vindo, porém, a
A Plenitude do Tempo plenitude do tempo, Deus enviou
seu Filho, nascido de mulher,
Gálatas 4.4
nascido sob a lei.
Entende-se como plenitude do tempo uma
série de fatores religiosos, políticos, econômicos e
sociais favoráveis, existentes num dado momento
histórico da humanidade, que contribuíram para
a vinda do Messias e a rápida expansão da Igreja
Cristã e sua mensagem. Nenhum outro momento
na história humana se assemelha tanto a essa
definição como o período do apogeu do Império
Romano no qual nasceu Jesus Cristo.
Todo esse conjunto de circunstâncias é o que
podemos chamar de “plenitude do tempo”, ou seja,
um amadurecimento mundial para a chegada do
Salvador. Esse amadurecimento, do ponto de vista
humano durou vários séculos, a saber, o tempo
que levou foi para que tivesse a contribuição de
três povos: os romanos (politicamente), os gregos
(culturalmente) e os judeus (religiosamente).
A Igreja como instituição é fruto da
contribuição destes três povos, que colaboraram
para a “preparação do mundo” para receber o
Messias. Portanto, estudar a vida e a influência
deles no cristianismo é justificável para entender
muitas das faces da igreja moderna.
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• Aspectos Geográficos:
A igreja nasceu e expandiu-se na bacia do
Mediterrâneo, certamente o mais importante de
todos os mares do mundo. A cidade de Jerusalém,
o centro irradiador da igreja, não foi, porém,
um núcleo missionário, destacando-se apenas
como o lugar onde os Apóstolos do Senhor
permaneceram por mais tempo. Por causa de sua
autoridade apostólica e pelo fato de terem estado
com o Senhor, exerciam forte influência sobre as
demais igrejas surgiram.
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• Condições Religiosas:
O desprestígio da mitologia clássica estava
evidente na sociedade. Além disso, a religião
romana com o seu culto aos imperadores.
• Condições Intelectuais:
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a. Os Judeus Hebreus:
Eram aqueles cujos antepassados haviam
habitado a Palestina durante várias gerações; eram
eles a “verdadeira raça israelita”. Seu idioma era
o hebraico, o qual, no decorrer dos séculos, havia
mudado de hebraico clássico do Antigo Testamento
para o dialeto que se chamava aramaico ou siro-
caldaico. As Escrituras eram lidas nas sinagogas
em hebraico antigo, porém eram traduzidas por
um intérprete em língua popular.
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c. Os Prosélitos:
Eram pessoas não descendentes de judeus, as
quais renunciavam ao paganismo, aceitavam a lei
judaica e passavam a pertencer à igreja judaica,
recebendo o rito da circuncisão. Apesar de serem
minoria, os prosélitos eram encontrados em
muitas sinagogas das cidades do Império Romano
e gozavam de todos os privilégios do povo judeu.
Pedro e João eram os líderes da igreja em
Jerusalém.
• Sua doutrina:
A teologia ou crenças da igreja eram simples.
A doutrina sistemática foi desenvolvida mais
tarde por Paulo. Porém, podemos encontrar
nos sermões de Pedro três pontos doutrinários
essenciais:
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Atos 8.1
Atos 8.1 - E Saulo consentia
na sua morte. Naquele dia, Duramente perseguidos, os discípulos foram
levantou-se grande perseguição forçados a abandonar a cidade de Jerusalém.
contra a igreja em Jerusalém; e Com isto, outras cidades vizinhas, especialmente
todos, exceto os apóstolos, foram
dispersos pelas regiões da Judéia
Samaria, foram alcançadas. Mas, o relato de Lucas
e Samaria. nos fala de Saulo indo a Damasco para matar e
prender crentes. Logo, vemos que a perseguição
Atos 8.3-4 - Saulo, porém, os lançou para longe.
assolava a igreja, entrando pelas
casas; e, arrastando homens Atos 8.3-4
e mulheres, encerrava-os no
cárcere. Entrementes, os que Espalhando-se pelo Império, a Igreja foi
foram dispersos iam por toda tida como uma seita ligada ao judaísmo, sendo
parte pregando a palavra. que Roma considerava o judaísmo como
religião legal. Nessa época decidiu-se, então, a
importantíssima questão: se o Cristianismo devia
continuar como uma obscura seita judaica, ou se
devia transformar-se em uma igreja cujas portas
permanecessem para sempre abertas a todo o
mundo.
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• As viagens de Paulo
Observando biblicamente as viagens de
Paulo foram quatro ao todo. A primeira já
mencionamos. Depois do concílio de Jerusalém,
Paulo empreendeu a segunda viagem missionária.
Acompanhado por Silas, deixou Antioquia da
Síria e visitou, pela terceira vez, as igrejas do
continente estabelecidas na primeira viagem.
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OS PAIS DA IGREJA
Num período expressivamente longo da
História da Igreja (entre o 1º e o 4º século),
pontificaram as lideranças de destacados homens
de Deus. Esse destaque procedia principalmente
pelo fato de alguns deles (os primeiros) terem estado
diretamente ligados aos apóstolos e discípulos
do Senhor. Outros, mais tardios, conviveram e
aprenderam, por sua vez, com os primeiros pais,
e assim formavam uma sucessão de líderes que
guardavam de perto os ensinamentos apostólicos,
transmitindo cada vez para mais longe no tempo a
tradição cristã.
A estima e o respeito da igreja para com esses
homens fizeram com que fossem conhecidos como
os “Pais da Igreja”. Destacaremos alguns deles:
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2. OS APOLOGISTAS: Apologia é um
discurso ou escrito que defende, justifica,
elogia uma pessoa ou coisa. Os apologistas
eram os cristãos dos séculos II e III d.C., que
se dedicavam à tarefa de defender a fé e a
doutrina cristãs.
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O DESENVOLVIMENTO DA DOUTRINA –
Escolas Teológicas:
Apareceram, nessa época, três escolas
teológicas, estabelecidas para instruir aqueles
que descendiam de famílias pagãs, e que haviam
aceitado a fé Cristã. Entretanto, não tardou que
tais escolas se transformassem em centros de
investigação das doutrinas da igreja.
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O APARECIMENTO DE SEITAS E
HERESIAS
Ao lado de perseguições externas, a igreja
passou a ser açoitada por heresias internas, fruto
de doutrinas corrompidas dentro do próprio
rebanho. Eis algumas delas:
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− Crucificação Abolida;
− Repressão do Infanticídio;
Antes, a criança que não fosse do agrado do
pai, podia ser asfixiada ou “abandonada” para que
morresse.
− Influência no Tratamento dos Escravos;
O Cristianismo tornou mais humano o
tratamento dado aos escravos, outorgando
direitos legais inéditos a eles, e a escravidão foi
gradativamente abolida.
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A FUNDAÇÃO DE CONSTANTINOPLA
Logo após haver sido o Cristianismo elevado
à condição de religião do Império Romano,
uma nova capital foi escolhida, construída e
estabelecida como sede da autoridade do Império,
fato que deu motivo a grandes acontecimentos
tanto para a igreja como para o Estado.
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CONTROVÉRSIAS E CONCÍLIOS
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• Católica – Universal;
• Apostólica – dos apóstolos;
• Cristã – de Cristo.
DESENVOLVIMENTO DO PODER NA
IGREJA ROMANA
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3. A Igreja e os Bárbaros
O Cristianismo dessa época ainda era vivo e
ativo, e conquistou muitas raças pagãs invasoras
que contribuíram para a formação de uma nova
raça europeia. Como se vê, decaiu a influência do
império, desfez-se o seu poder imperial, porém
aumentou a influência da igreja e do papado de
Roma em toda a Europa. O império caiu, porém a
igreja conservou sua posição imperial.
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3. Período de Decadência
Começou a decadência do poder papal com
Bonifácio VIII, em 1303 e culminou com o
chamado “Cativeiro Babilônico” (1305 a 1377).
Havia papas e antipapas em diversos países. O
governo francês controlava a sede do papado que
fora transferido para Avignon (Sul da França).
Essa fase só termina com o Concílio de Constança
para decidir as reclamações de quatro papas
então existentes ao mesmo tempo. O Concílio
decidiu depor os quatro e nomear um novo
fora daqueles. Desde então o clero romano tem
sempre alimentado pretensões elevadas, sem ter
mais sido capaz de colocá-las em vigor.
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SURGIMENTO DO ISLAMISMO
O Islamismo é uma religião maometana
(muçulmana ou islâmica), que foi fundada em
610, pelo Profeta Maomé. Islamismo significa
“submissão”, isto é, obediência à vontade de
Deus; seus seguidores chamam-se muçulmanos.
Chegou a conquistar quase toda a Europa e a
Índia, sofrendo oposição e derrota apenas no Sul
da França por Carlos Martelo. Têm uma cidade
santa chamada Meca onde todo maometano está
obrigado a ir pelo menos uma vez na vida.
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O DISTANCIAMENTO DO VERDADEIRO
EVANGELHO
OS PRIMEIROS MOVIMENTOS DE
PROTESTO
Surgem os primeiros protestos:
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2. As Sete Cruzadas
3. O Fracasso:
As cruzadas fracassaram devido às discórdias
que havia entre os chefes, que estavam mais
preocupados com os interesses próprios do que
com a causa comum, e principalmente pela falta
de um estadista com visão entre os chefes das
cruzadas, pois nenhum deles possuía visão ampla,
só desejavam obter resultados imediatos.
O poder eclesiástico aumentou
consideravelmente com as Cruzadas, pois a igreja
demonstrava seu domínio sobre príncipes e nações
quando convocava as guerras. Além disso, a igreja
adquiria terras ou adiantava dinheiro aos cruzados
que oferecessem suas terras como garantia.
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HISTÓRIA DA IGREJA
O DESENVOLVIMENTO DA VIDA
MONÁSTICA
Na Europa o movimento monástico
desenvolveu-se lentamente, mas na Idade
Média cresceu rapidamente, entre os homens
e as mulheres. No Oriente viviam separados
em cavernas e colunas, porém na Europa
formavam comunidades e viviam juntos. Com
o crescimento foi necessária alguma forma de
organização ou governo, surgindo nesse período
quatro grandes ordens:
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A REFORMA PROTESTANTE
Três fatores criaram as condições vitais para o
início da Reforma Protestante. São eles:
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• Causas Religiosas
Um clima de reflexão crítica e de inquietação
espiritual espalhou-se entre diversos cristãos
europeus. Com a utilização da imprensa, aumentou
o número de exemplares da Bíblia disponíveis aos
estudiosos. A divulgação da Bíblia e de outras
obras religiosas contribuiu para a formação de
uma vontade mais pessoal de entender as verdades
divinas, sem a intermediação dos padres. Desse
novo espírito de individualização da religião, que
levou ao livre exame das Escrituras, surgiram
diferentes interpretações da doutrina cristã.
Além disso, analisando o comportamento
do clero, notou-se uma série de abusos e de
corrupções que estavam sendo praticados.
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• Causas Sócio-econômicas
A concepção teológica da igreja, desenvolvida
durante o Período Medieval, estava adaptada
ao sistema feudal, que se baseava na economia
fechada e na autossuficiência dos feudos, onde
o comércio subsistia apenas como atividade
marginal. Por isso, a teologia tradicional católica
condenava a obtenção do lucro excessivo, da
usura, nas operações de comércio, defendendo a
prática do preço justo.
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• Causas Políticas
O século XVI foi um período de fortalecimento
das monarquias nacionais. A Igreja Católica, com
sede em Roma e falando latim, apresentava-se
como instituição de caráter universal, sendo um
fator de unidade do mundo cristão. Essas noções,
entretanto, perdiam força na medida em que
os sentimentos nacionais desenvolviam-se com
grande vigor. Cada Estado, com sua monarquia,
sua língua, seu povo e suas tradições, estavam
mais interessados em auto afirmar-se enquanto
nação, do que em fazer parte de uma cristandade
obediente à Igreja. Opondo-se ao papado e ao
comando centralizador da Igreja Católica, a
Reforma religiosa atendia aos anseios nacionalistas,
permitindo a autonomia de Igrejas nacionais.
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O Reformador
Diante da morte, John Huss declarou antes
de sua execução: “Podem matar o ganso (na sua
língua “huss” é ganso), mas daqui a cem anos
surgirá um cisne que não poderão queimar”. Cem
anos depois, em 10 de novembro de 1483, em
Eisleben, na Saxônia, nascia Martim Lutero.
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A Venda de Indulgências
Tendo como o objetivo arrecadar fundos para
financiar a reconstrução da Basílica de São Pedro,
o Papa Leão X permitiu que se concedessem
indulgências (perdão dos pecados) a todos os fiéis
que contribuíssem financeiramente com a Igreja.
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A Doutrina da Predestinação
Nas pregações de Zwinglio, se dava maior
importância à crença na predestinação dos
homens para a salvação do que Lutero, valorizando
menos o aspecto da justificação pela fé. Com seu
espírito racionalista, Zwinglio conquistou o apoio
da burguesia mercantil da Suíça, que admirava a
objetividade de suas ações e o lado prático de suas
ideias. Seu trabalho preparou o caminho para que
se desenvolvessem as ideias de Calvino.
Em 1536, Calvino publicou sua principal
obra, a Instituição da Religião Cristã, na qual
afirmava que o ser humano estava predestinado
de modo absoluto a merecer o Céu ou o
Inferno. Explicava Calvino que, por culpa de
Adão, todos os homens já nasciam pecadores
(pecado original), mas que Deus tinha eleito
algumas pessoas para serem salvas, enquanto
outras seriam condenadas à maldição eterna.
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O Consistório
Entre os órgãos criados pelo Governo
calvinista, destacava-se o Consistório, encarregado
da vigilância moral dos cidadãos e da solicitação
de castigos ao Estado. Entre as atitudes condenadas
pelo Calvinismo citam-se, por exemplo, o jogo, o
culto a imagens, a dança, o adultério e a heresia,
sendo que as penas impostas aos infratores
variavam conforme a gravidade do crime. Muitos
foram condenados à morte.
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O Calvinismo e o Capitalismo
Criou-se, com base no Calvinismo, um modelo
ideal de homem, religioso e trabalhador, para quem
o sucesso econômico e a conquista de riquezas eram
um sinal da predestinação divina ao Paraíso. Essa
ideologia foi bem aceita pela burguesia mercantil,
na medida em que sua ganância pelo lucro era
justificada pela ética religiosa. Identificando-
se com a burguesia, o Calvinismo espalhou-se
por diversas regiões da Europa, como França,
Inglaterra, Escócia e Holanda – países onde se
expandia o capitalismo comercial.
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O PIETISMO
Devido a muita disputa teológica entre os
luteranos e os calvinistas na Alemanha. Surge
o pietismo, liderado por Filipe Jacó Spener, que
prometia levar o povo a alcançar uma vida cristã
pura, sincera e ardente.
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A CONTRA-REFORMA
Diante dos movimentos protestantes, a reação
inicial e imediata da Igreja católica foi a de punir
os líderes rebeldes, na esperança de que as ideias
dos reformadores não se propagassem e a igreja
recuperasse a unidade. Essa tática, entretanto,
não foi bem-sucedida, já que o movimento
protestante avançou pela Europa, conquistando
crescente número de seguidores. Era forçoso,
assim, reconhecer a ruptura protestante.
Um poderoso esforço então foi iniciado pela
igreja católica romana no sentido de recuperar
o terreno perdido na Europa, para destruir a fé
protestante e enviar missões católico-romanas a
países estrangeiros. Esse movimento foi chamado
Contra-Reforma.
Seus principais líderes foram os Papas Paulo
III (1534-1549), Paulo IV (1555-1559), Pio V
(1566-1572) e Xisto V (1585-1590).
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Aspectos da Contra-Reforma:
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2. O Restabelecimento da Inquisição
No ano de 1231 a Igreja Católica criou os
Tribunais de Inquisição, que, com o tempo,
reduziram suas atividades em diversos países.
Entretanto, com o avanço do protestantismo,
a Igreja decidiu reativar, em meados do século
XVII o funcionamento da Inquisição, que se
encarregou, por exemplo, de organizar uma
lista de livros proibidos aos católicos: o Index
librorumprohibitorum. Uma das primeiras
relações de livros proibidos foi publicada em
1564, e continha todas as versões da Bíblia, exceto
a Vulgata. Os líderes defenderam o uso da força
contra as heresias. O protestantismo foi esmagado
pela inquisição na Espanha e na Itália.
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3. O Esforço Missionário
Reconhece-se que o catolicismo romano foi
muito ativo nas missões que objetivaram divulgar
sua fé entre povos de todos os continentes.
Foram alcançados povos nativos do México,
Índia, América do Sul e Canadá. Muito antes
dos protestantes chegarem aos povos pagãos, os
católicos já faziam suas catequeses.
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O MOVIMENTO PURITANO
No âmbito da Reforma na Inglaterra havia
três grupos:
OS PRIMEIROS REFORMADORES NO
BRASIL (1555 d.C.)
Villegaignon, comandante da expedição
francesa que aportou na Guanabara em 1555 e teve
o apoio do huguenote Gaspard de Coligny, que
escreveu a Calvino e à Igreja de Genebra pedindo
que enviassem ao Brasil “crentes reformados”.
Eles vieram com o objetivo de fundar aqui
uma colônia chamada França Antártica, que
deveria se caracterizar pela tolerância religiosa.
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O MOVIMENTO PENTECOSTAL
AMERICANO (1900 d.C.)
Seu marco inicial foi em 1900, quando
Charles Fox Parham, alugou uma “Mansão de
Pedra”, como era conhecida, em Topeka, Kansas,
para estabelecer uma escola bíblica chamada
Betel. Cerca de 40 estudantes ingressaram na
escola para o seu primeiro e único ano, atraídos
pelo seguinte propósito: “descobrir o poder que os
capacitaria a enfrentar o desafio do novo século”.
O método de ensino era pesquisar e estudar
um assunto, esgotando todas as citações bíblicas
sobre o mesmo e apresentá-lo para a classe em
forma de sabatina oral, orando para que o Espírito
Santo estivesse sobre a mensagem trazendo
convicção.
Em 1901, ao estudarem o capítulo 2 de Atos
sobre a evidência bíblica do batismo no Espírito
Santo, um dos estudantes ao receber oração com
imposição de mãos começou a falar em outras
línguas, dando origem ao movimento pentecostal.
O nome deste estudante era Agnes Ozman.
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O AVIVAMENTO DA FÉ
Nas décadas de 30 e 40 surgem os precursores
deste avivamento nos Estados Unidos (Essek
William Kenyon) e na Inglaterra (Smith
Wigglesworth).
Smith Wigglesworth (1859-1947): Inglês, e
aos 48 anos de idade recebeu o batismo no Espírito
Santo, o que transformou o seu ministério. Realizou
milagres e curas surpreendentes durante quatro
décadas. Mais que uma dúzia de pessoas foram
ressuscitadas. Ministrou o Batismo no Espírito
Santo em muitos países da Europa, na Nova
Zelândia, na África do Sul e na Austrália. Esteve
na América e inspirou vários pastores a viver uma
vida abundante. A vida dele era praticamente uma
continuação de Atos dos Apóstolos.
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A GLOSSOLÁLIA – As Línguas
A História da Igreja, comumente escrita por
autores tradicionalistas, faz poucos registros do
fenômeno da glossolália (expressões vocais em
línguas estranhas). Queremos resgatar parte dessa
lacuna nesta lição e inicialmente registramos que
o fenômeno sempre esteve presente ao longo dos
vinte séculos de história do cristianismo, ligado
aos reavivamentos. Depois, o Espírito Santo não
é história e sim uma pessoa, operando sempre
quando quer e onde quer.
Registros Históricos:
− Dicionário da Bíblia (autor não anotado):
Através dos séculos a glossolália reapareceu
frequentemente entre os grupos cristãos. Um
homem conhecido como J. B. Cuten foi autor de
um livro com vários exemplos sobre o fenômeno
do falar em línguas. O fenômeno reacende sempre
durante os reavivamentos em todas as épocas.
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ALGUNS CONCÍLIOS
Concílios são reuniões que tem como finalidade
resolver as grandes questões de interesse da Igreja,
suas controvérsias e tentam dar à cristandade um
padrão de comportamento diante de heresias
e ensinos doutrinários divergentes. O primeiro
Concílio de que temos notícias está registrado
em Atos 15 e foi realizado por volta dos anos 50
- 51 d. C. em Jerusalém. Este Concílio reuniu os
Apóstolos e outros líderes eclesiásticos da igreja
de Jerusalém e de Antioquia. Vieram Paulo e
Barnabé, desconhecendo-se se tinham ou não
atraído líderes de outras congregações, mas
provavelmente isto tenha acontecido, em virtude do
fato de que algumas igrejas importantes já estavam
estabelecidas em várias regiões àquela altura.
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