Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GrupM5Inverno2013 (2ºtrab)
GrupM5Inverno2013 (2ºtrab)
Relatório nº 2:
Simulação de uma unidade de Aquecimento
de Tubos de água da Caldeira
O Gerador a vapor ou caldeira de água tubular tem como objectivo transformar energia
química em energia eléctrica. Para que isso aconteça, o combustível em conjunto com
o ar (comburente) realizam uma reacção exotérmica, provocando o aumento de
temperatura da água no estado líquido comprimido, que circula em tubagens, fazendo
com que esta mude de fase para o estado de vapor. O vapor em alta pressão é
conduzido para as turbinas, que faz com que as pás das mesmas entrem em
movimento, provocando um movimento de rotação num veio que por sua vez irá
transferir essa rotação para um gerador eléctrico.
A água no estado líquido chega ao economizador e é aquecida pelos fumos que estão
a ser extraídos da caldeira. A água no interior do economizador sai ainda em estado
líquido abaixo do ponto de saturação, idealmente pretendida que chegasse à
temperatura de saturação mas, para protecção do próprio equipamento, não é atingida
tal temperatura devido a restrições do fabricante. Ao sair do economizador, a água
dirige-se para o barrilete. Este equipamento separa a água do estado líquido do vapor,
ainda considerando que a massa líquida desça pelos tubos descendentes e de
seguida para os painéis de vaporização. Nos painéis de vaporização, a água muda de
fase para uma mistura de líquido e vapor. Passados esses painéis, a água volta para o
barrilete onde há a separação da água líquida e gasosa. Como o vapor tem menor
densidade que a água líquida, ascende no barrilete, enquanto que a água de fase
líquida volta a descer pelo tubos descendentes e a passar pelos painéis de
vaporização. O vapor de água que está na parte superior do barrilete ascende para o
sobreaquecer que aumenta a sua temperatura (energia térmica). Este vapor dirige-se
para o corpo de alta pressão da turbina onde se expande praticamente adiabática, e
sai da turbina para regressar à caldeia para ser reaquecido no sobreaquecedor. O
vapor reaquecido é devolvido à turbina mas a uma pressão inferior à de pressão
enviada anteriormente, daí esta parte da turbina ser denominada corpo de média e
baixa pressão. O vapor, ao sair da turbina, é condensado num condensador com a
ajuda de uma fonte fria da natureza (rio, mar…) e assim o ciclo continua, voltando para
o economizador.
Descrição do ensaio
Como já foi dito anteriormente, foi utilizado o simulador de controlo da caldeira. Para
esta simulação partimos do comando “Manual” do programa para “arrancar” com a
caldeira até atingirmos uma pressão entre 90 a 100 bar de pressão. Assim que ao
controlar todos as variáveis (quantidade de combustível e de ar e o nível de água
líquida no barrilete) e atingido as pressões requeridas (90 a 100 bar), passámos para o
modo Automatic em que o simulador trabalha por ele mesmo ajustando todas as
variáveis automaticamente, dependo do caudal de vapor que é enviado para a turbina.
Este parâmetro é o único que pode ser ajustado quando o sistema está em modo
automático.
Para uma melhor compreensão do sofware está abaixo uma imagem com um
respectivo texto explicativo.
Procedimento:
1-Em primeiro lugar é admitido ar para dentro da caldeira para que se realize a
combustão. Para que isso aconteça, clica-se no botão ON (segmento 1).
- High Level Alarm - corresponde a uma grande quantidade de água no estado líquido
e para isso foi aberta a purga;
- Wrong action. Users. - Este erro ocorreu porque o operador do simulador carregou
no símbolo da bomba em vez no botão ON;
- Low Level Alarm - corresponde a uma elevada quantidade de vapor no barrilete, logo
é necessário pedir à bomba um maior caudal de água subarrefecida.
Caracterização do ciclo
Este gerador de vapor segue um modelo de Rankine.
4 → 5 – Reaquecedores, onde o vapor que vem da turbina de alta pressão volta para
a caldeira para receber calor sensível. Isto irá aumentar o rendimento do ciclo bem
como o título da mistura à saida da turbina.
Nota: na simulação não temos acesso nem ao valor da temperatura, nem da pressão
no ponto 1, mas sabemos a temperatura à entrada no economizador, que vai ser igual
à de entrada na bomba. Num processo isentrópico, conheceríamos a entropia do
ponto 6 e sendo o processo no condensador isobárico e isotérmico, teríamos o ponto 6
totalmente definido. Mas como este processo não é isentrópico, não conseguimos
definir o ponto 6, por não sabermos nem a entropia, nem o título.
Dados recolhidos
Como foi dito anteriormente, foram realizados 2 ensaios.
Cálculos
Volume
Pressão Temperatua Entalpia
Ponto Estado específico
(kPa) (ºC) (kJ/kg)
(m3/kg)
2 9750 203 868,69 Liquido Subarrefecido 0,001261
2’ 9750 256 1114,65 Liquido Subarrefecido
f 9750 309,12 1397,05 Liquido Saturado
g 9750 309,14 2732,16 Vapor Saturado
3 9620 529 3451,59 Vapor Sobreaquecido
4 1670 303 3039,91 Vapor Sobreaquecido
5 1550 453 3368,37 Vapor Sobreaquecido
̇ ̇ ( )
- Sobreaquecedor ( g→3)
̇ ̇ ( )
- Reaquecedor (4→5)
̇ ̇ ( )
- Calor do Combustível
̇ = ̇
- Caudal mássico do Ar
̇ ̇
Perdas
Combustível por Com
Combustão
Perdas Fumos Radiação não Convecção/ entalpia das Total
Incompleta
queimado Condução escórias
̇ ̇ ̇ ̇ ̇ ̇ ̇ ̇
% 4a7 2a3 0 a 0,5 0,5 a 5 0,2 a 1 0a3 6,7 a 19,5
Obtemos esta tabela através do estudo elaborado por Paulo César da Costa Pinheiro
e Sérgio Augusto Araújo da Gama Cerqueira.
- Rendimento por Método directo
̇
̇
̇ ( ̇ ̇ ̇ ̇ ̇ ̇ )
̇
( )
̇ ( ̇ ̇ ̇ ̇ ̇ ̇ )
̇
( )
-Erros
̇ ̇
̇
Como o calor específico da água varia com a temperatura, este calculo não irá ser o
mais preciso, sendo que o programa usa sempre o mesmo valor de Cm,
independentemente das temperaturas. Com esta informação, pode-se dizer que o
valor calculado no trabalho é mais correcto pois tem em conta a diferença de
temperaturas.
Conclusões
Analisando os resultados dos dois ensaios, a nivel de balanços de potências,
observamos que, utilizando reaquecedores, a potência transmitida pela água nos
painéis de vaporização é menor pois é repartida com a potência transmitida nos
reaquecedores.
̅̅̅