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A Importância da Rádio no 25 de Abril

INTRODUÇÃO
Hoje iremos falar de um evento histórico marcante que não apenas mudou o curso da história de Portugal, mas
também destacou o papel crucial desempenhado pela rádio na Revolução dos Cravos. Nesta apresentação,
exploraremos a importância vital da rádio como veículo de informação, mobilização e coordenação durante esse
período crucial da história portuguesa. Ao compreendermos o impacto da rádio na Revolução dos Cravos, podemos
apreciar melhor como os meios de comunicação desempenham um papel fundamental em momentos de
transformação política e social.
25 DE ABRIL
Durante o Estado Novo, ouvir rádio podia ser considerado um crime, principalmente se fosse alguma emissora da
Europa do Leste ou a Rádio Liberdade, transmitida a partir da Argélia. No entanto a rádio teve a sua vingança na
madrugada do dia 25 de Abril de 1974. A colaboração entre os revoltosos e a rádio começou muito antes da revolução.
Os militares e os jornalistas de várias emissoras estabeleceram contactos, preparando-para o sucesso da revolução.
Em 24 de abril, às 22h55, na Rádio Alfabeta dos Emissores Associados de Lisboa, o locutor de serviço João Paulo Dinis,
lançou a música “E depois do adeus” de Paulo de Carvalho. Esta foi a primeira “senha”.
No dia 25 de abril, às 00h20, a Rádio Renascença transmitiu a canção “Grândola, Vila Morena”, que serviu como senha
para o início das operações.
A partir desse momento, não havia mais retorno. O Rádio Clube Português foi transformado no posto de comando do
“Movimento das Forças armadas”, por este motivo a emissou passou a ser conhecida como “Emissora da Liberdade”

A IMPORTÂNCIA DA RÁDIO NO 25 DE ABRIL


A rádio desempenhou um papel significativo para a Revolução dos Cravos uma vez que com a sua ajuda instaurou a
democracia em Portugal. Foi através da rádio que se mobilizaram as forças militares. Com objectivos definidos para
cada estação implicada, o golpe contou com a rádio para transmitir as “senhas” que deram início, confirmaram e
puseram em marcha o movimento das Forças Armadas.
Foi fundamental para:
 Fornecer a informação em tempo real
 Mobilizar a população
 Coordenar as ações dos líderes militares envolvidos na revolta

Fornecer a informação em tempo real


A rádio foi crucial para transmitir informações em tempo real sobre os eventos que estavam ocorrendo durante a
revolução. As transmissões radiofônicas forneceram atualizações constantes sobre os desenvolvimentos nas ruas, os
movimentos das tropas e as ações dos líderes militares envolvidos na revolta, permitindo que as pessoas em todo o
país acompanhassem os acontecimentos.
Mobilizar a população
Através da rádio, os líderes do Movimento das Forças Armadas (MFA) puderam se comunicar diretamente com a
população, convocando-os a se juntarem à revolução. Discursos e mensagens transmitidos pela rádio galvanizaram o
apoio popular à causa da democratização e ajudaram a mobilizar as pessoas para participarem das manifestações e
ocupações de locais estratégicos.

Coordenar as ações dos líderes militares envolvidos na revolta


Além de servir como uma ferramenta de comunicação com o público, a rádio também foi usada pelos líderes militares
do MFA para coordenar as ações das diferentes unidades militares envolvidas na revolução. Isso permitiu uma
execução mais eficiente e coordenada das operações militares em todo o país, contribuindo para o sucesso da revolta.

CONCLUSÃO
Em síntese, a Revolução dos Cravos mostrou como a rádio foi uma ferramenta indispensável para a mudança política
em Portugal. A sua capacidade de transmitir informações em tempo real, mobilizar a população e coordenar ações
foi fundamental para o sucesso da revolta. Este evento histórico ressalta o papel crucial dos meios de comunicação
na promoção da democracia e da participação cívica. Assim, devemos valorizar e proteger a liberdade de imprensa
como um pilar essencial de uma sociedade democrática e justa.

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