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Matéria de Organizações Internacionais

Aula do dia 21-02-2007

I. Premissas do surgimento das O.I.

 Quando os estados surgiram, eles criaram normas a que chamaram normas


internacionais para poderem regular as relações entre os diferentes estados.
 A necessidade de instituições internacionais só se revelou importante quando o
mecanismo de implementação dessas normas ou regras se revelou ineficiente

II. O que ditou o surgimento de O.I.?

 Criação do mercado mundial com o desenvolvimento da técnica e da ciência, as


distancias começaram-se a encurtar sendo mais intensas as trocas comerciais e
criando a necessidade de estabelecimento de termos de troca.
 A necessidade de segurança política. Este elemento foi mais presente depois da 1ª
GM de forma a criar um ambiente propício para a convivência mútua entre os
Estados, a resolução de diferendos. É neste contexto que surge a SDN.
 Um outro factor foi a descolonização, as ex-colónias para fazer face a novos
desafios resultantes da sua independência e para acelerar o processo de
descolonização, sentem que a boa solução seria organizarem-se conjuntamente
criando O.I.
 A tendência para a regionalização das economias de forma que alguns países
enfrentariam os novos desafios por vezes comuns.

As primeiras normas de O.I. tinham um carácter técnico administrativo, como exemplo a


União Internacional das telecomunicações ; Organização Internacional da Propriedade
Intelectual.

III. Porque é que estas Organizações não traziam o elemento


político?

Foi a 1ª GM que criou maior ameaça a segurança dos Estados, usando a reflexão sobre a
questão da segurança colectiva. E a 1ª O.I. com carácter político a ser criada foi a SDN.
Ela resultou do tratado de Versalhes de 1919.

Em certa altura houve também a ideolizaçao das O.I. sendo que se determinadas
entidades não fossem apoiantes daquela ideologia não poderiam fazer parte da tal O.I.
exemplo: NATO e o Pacto de Varsóvia

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IV. Natureza jurídica das OI

1º) Conceito – a conceptualização das OI é das mais variadas que podemos encontrar.
Uns entendem que é um órgão colectivo formado por uma série de Estados que lhe
atribuem uma vontade própria.

Outros entendem as OI como uma comunidade internacional organizada, que é instituída


por um tratado internacional que cria os órgãos.

Outros ainda definem OI como um colectivo de Estados instituído por um tratado como
órgãos que são próprios com personalidade jurídica própria e diferente da dos Estados.

Nestas definições há tendência de definir as OI segundo as suas características:

 Constituídas por estados;


 Personalidade jurídica;
 Objectivos comuns; e
 Órgãos próprios

2º) Carácter das OI – As OI's tem um carácter inter-estatal

3º) Base Jurídica – tem uma base jurídica a que chamamos de acto Constituinte: A OI
tem que ter objectivos a alcançar, por forma a dar um sentido a sua criação. Ela deve ter:

 Uma estrutura organizacional;


 Estar em conformidade com o DIP;
 Ter direitos e deveres independentes dos estados membros;
 Apresentar os estados membros a personalidade jurídica;
 As fontes de recursos para a sua sustentação;
 O processo decisório ou mecanismos de tomada de decisão.

Acto Constituinte – é uma forma de delinear os elementos que criam uma OI.

Algumas formas de criação das OI (denominação específica das OI) são:

 Tratado suis generis – Em 1º lugar é preciso assumir que este tratado é uma fonte do
Dto interno. É sui generis porque cria uma Organização Internacional com todas as
suas características fundamentais. Isto implica que a competência dos órgãos da OI
resulta do Acto Constituinte, exemplo ONU

 Resolução – Acto constituinte típico das OI do Sistema das NU (agencias da ONU)


exemplo: UNCTAD, PENUD, UNICEF, que foram criadas através de uma resolução
da agencia da ONU.

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 Declaração – Esta é uma forma de criar uma OI, como é o caso da CPLP, ASEAN
que foi criada por uma declaração dos Ministros dos Negócios estrangeiros em
08.8.1967.

V. Competências das OI

 Objecto – Tratar questões de cooperação nas áreas definidas pelo acto constituinte da
organização.

 Jurisdição - A força jurídica dos actos que os órgãos são competentes a tratar.

 Actos de uma OI – são praticados por determinados actos competentes em


representação da OI

 Actos dos Órgãos da OI – pretende-se verificar se cada órgão terá agido nos limites
das suas atribuições. Dai que a actuação se divide em duas partes: Actuação
intravires: acontece quando cada órgão age dentro das suas competências ou daquilo
que lhe foi atribuído. E a actuação ultravires: acontece quando há uma violação visto
que o órgão agiu fora das suas competências ou limites que lhe foi atribuída.

Devido a esta situação acabaram surgindo duas concepções:

 Concepção de competência interna – uma OI pode empreender as acções que forem


necessárias, se bem que isso esteja direccionado ao alcance dos objectivos definidos
sem que essas competências sejam emanadas ao acto constituinte.

 Concepção de competências implícitas – advoga que apesar dos testos não estarem
patentes certos poderes são, no entanto, resolvidos pelos estados membros em
determinado período de existência da OI como um meio possível para o alcance dos
objectivos.

VI. Qualidade de Membro de uma OI

Entende-se por qualidade de membro os pressupostos estabelecidos no acto constituinte


para admissão, suspensão, expulsão, retirada e saída de um membro de uma OI.

Admissão – deparamo-nos com três conceitos:


Membro fundador ; aderente e membro associado.

Os membros fundadores - são aqueles que participam da negociação do acto


constituinte, da sua assinatura e consequente ratificação.

Os membros aderentes – são aqueles que não negociaram o acto constituinte, mas sim
aderiram por ratificação.

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Os membros associados – são aqueles que aparecem nos casos em que uma organização
exige certas condições para que se seja membro.

E quando um determinado pais não as reúne, mas por razoes geográficas esteja na região
referida organização, é convidado a participar sem poder de voto.

Os membros fundadores e os membros aderentes, do ponto de vista dos direitos e deveres


não se diferem. A única excepção é a dos das NU, onde os membros fundadores se deram
o privilégio de serem membros permanentes do Conselho de segurança.

 Suspensão – acontece como resultado da aplicação de sanções em virtude da violação


dos seus deveres referentes a sua qualidade de membro, ex: o não pagamento de
quotas. A prática de suspensão hoje em dia não se verifica por duas razoes:

1º) Prefere-se ter o membro violador dentro da organização para melhor o controlar
ou criticar.

2º) No lugar de suspender é lhe retirado o direito de voto

 Retirada ou Saída – o Estado pode se retirar da OI por não querer fazer parte da
organização num determinado momento em determinados assuntos, havendo assim a
possibilidade de voltar. A saída prevê a desvinculação definitiva da organização. Isto
deixa claro que esta patente a ideia de que não volta mais. Tanto a retirada assim
como a saída dos Estados da organização devem ser regulados para acautelar os
interesses dos outros e os seus próprios.

 Expulsão – os actos constituintes não prevêem a expulsão, mas a violação sistemática


e premeditada do acto constituinte podem valer uma expulsão ao estado. O fenómeno
expulsão não é prática das Organizações Internacionais contemporâneas, preferem ter
o estado por dentro para o poderem criticar.

VII. A Vontade das OI's

A OI é criada pela vontade dos Estados, mas ela própria tem também a sua própria
vontade.

Assim como conciliar as duas vontades? Há aqui dois momentos: A Organização surge
como manifestação da vontade dos estados. Mas quando é criada ela passa a ter vontade
própria (autónoma), mas esta não deve ser soberana e não pode estar em harmonia com
vontade de cada um dos Estados, mas sim com a de todos. Cada estado terá que se
habilitar para fazer valer os seus interesses na organização.

VIII. Estrutura organizacional das organizações internacionais

Porque é que uma OI precisa de uma estrutura? A Organização Internacional precisa de


uma estrutura organizacional por causa da necessidade de se ter clareza sobre o sistema

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dos órgãos que a compõem, assim como o mecanismo de sua regulação. É preciso saber
onde e como as decisões são tomadas, e quais as possibilidades dos outros participarem
nos processos de tomada decisões.

A estrutura organizacional de uma OI é composta pelos seguintes órgãos:


1º) Órgãos supremos
2º) Órgãos executivos ou administrativos
3º) Comités ou comissões especializadas
4º) Comissões ad-hoc (comissões criadas para lidar com certos assuntos específicos de
momento)

Órgão supremo – Pode ter várias designações dependendo dos estatutos de cada OI e, é
composto pelos seus membros.

Órgãos Executivos /Administrativos – Variam de formato. Podem ser executivos e


administrativos, podem ser só executivos ou só administrativos ou Executivo -
administrativos. São eleitos pelos órgãos supremos, e só podem ser eleitos cidadãos dos
Estados membros para compor a máquina executiva e/ou administrativa.

Os Comités e Comissões especializadas – são criados em função dos interesses da OI,


por isso, o número dos comités e das Comissões, dependerá dos interesses da mesma para
tratar exclusivamente diversos assuntos.

XIX. Critérios para a eleição dos elementos que ocupam os


órgãos

Os órgãos supremos – são compostos por todos os Estados membros.

Os órgãos executivos – são eleitos pelos órgãos supremos. A primeira condição é que só
podem ser eleitos os elementos oriundos dos Estados membros para composição da
máquina executiva. Esta eleição obedece a vários critérios.

Princípios de eleição dos membros dos Órgãos das OI’s

1º) Principio da justa representatividade geográfica – para o seu cumprimento, o


mundo fica dividido em regiões geográficas. Para o efeito de eleição, existe a prática de
rotatividade dos eleitos das regiões geográficas. Sendo os Estados da mesma região a
eleição obedece o critério de países ou línguas.

2º) Princípio de Interesses específicos

3º) Princípio de representatividade política

4º) Principio da representatividade igual de grupos de Estados com interesses


divergentes - aqui o mandato da direcção é feito rotativamente a nível dos mais
desenvolvidos e dos menos desenvolvidos de forma quando o mandato termina num lado

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o dirigente a ser escolhido será do outro lado. Aqui temos dois mandatos: Dos países
desenvolvidos que quando terminado passa para os países subdesenvolvidos. Esta
medida, serve para garantir a exploração equitativa de recursos.

5º) Principio de maior contribuição financeira – só pode ser dirigente o elemento dos
Estados que pagaram mais, isto é, os elementos eleitos para direcção devem provir dos
países membros da organização que sejam maiores accionistas ou com maior
contribuição. É pratica das organizações financeiras internacionais.

Aula do dia 7/3/2007

X. Direito interno das OI


Quando uma OI surge, surgem também várias relações:
a) Relações entre estados membros e a OI
b) Relações entre os estados membros entre si
c) Relações entre estados membros e não membros com a OI
d) Relações entre a OI e outras OI
e) Relações entre os órgãos da OI

Quais são os instrumentos reguladores destas relações (sistema normativo) ?

Para as situações a) ; b), c), d) recorre-se ao Direito internacional e para as situações d) e


e) recorre-se ao direito interno e, aqui tem-se a necessidade de hierarquia das normas e
regras de votação e orçamento.

XI. Orçamento

Quando falamos de orçamento estamos a falar de:

 Fontes - donde virá o dinheiro;

 Politicas ou rubricas de orçamento - significa a distribuição do orçamento por várias


actividades que incumbirá a cada órgão da OI: Alimentação , transporte, construção
etc. Por outras palavras estas rubricas de orçamentos são chamadas linhas de
orçamento

 Execução e controlo – na execução do orçamento o que se discute é: aplicar o


quantitativo (orçamento) em relação as rubricas no período previsto (um ano, bienal
ou trienal etc.)

 Controlo – observância dos limites das rubricas, observância dos resultados através
dos justificativos da melhor aplicação prevista na rubrica.

XII. Classificação das OI

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Pretende-se agrupar as OI em função de certos critérios a estabelecer:

1º) Esfera de Acção – Universais( ONU); Regionais (UA/ SADC) e Inter-regionais


( OPEP)

O conceito região pode ser definido em duas formas: primeiro pode ter uma maior
abrangência em função do nível de análise (macro); segundo pode ter uma menor
abrangência em função do nível de análise (micro).

A nível da ONU, o mundo é dividido em regiões onde Africa, Europa, América e Ásia
são consideradas regiões. Umas são consideradas como região e outras como sub regiões.

2º) Objecto da actividade – podemos ter OI de competências gerais (ONU, UA);


competências económicas; politicas; especificas; militares etc.

NB: isto não significa necessariamente que uma OI destinada a uma certa competência
apenas exerça essa competência, isto é, o objectivo final, mas no seu interior desenvolve
outras tarefas de outras competências de modo a materializar o objectivo central.

3º) Estatuto social das OI – existem OI's onde os membros são países desenvolvidos;
OI’s onde os membros são países subdesenvolvidos; OI’s onde não há descriminação do
nível de desenvolvimento para efeitos de qualificação.

4º) Formas de criação – OI criada por um tratado sui generis ex: Carta da ONU e da
UA; OI’s criadas por uma resolução; OI’s criadas por outras cartas; OI’s criadas por
bases de decisão e OI’s em que a votação depende do peso financeiro ou dados
económicos.

XIII. Importância dos critérios de classificação das OI

Estes critérios são de estrema importância porque permitem-nos fazer estudos


comparativos das OI’s que nos possibilitem a tomar decisões:

 Como é que cada uma das OI’s toma decisões


 Estatuto sócio económico das OI
 Funcionalidade /eficácia das OI’s
 Ocupação dos cargos de decisão
 Periodicidade dos órgãos de decisão
 Permitem observar as possibilidades de manipulação dos interesses das partes e
defende-los

XIV. Funções da OI

As funções das Organizações Internacionais, compreendem ao conjunto de acções que


podem ser tomadas para a prossecução dos seus objectivos/interesses. As funções podem
ser entendidas como tarefas que garantem a complementaridade para o alcance dos

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objectivos comuns. Cada órgão de uma OI tem varias tarefas feitas por vários técnicos
para alcançar um certo objectivo.

As Funções da OI são:

1º) Função geral – revela a esfera de interesses dos Estados membros para o alcance dos
objectivos.

Como delinear a função com base nos interesses de cada um? Assim teremos funções
específicas:

2º) Função reguladora – visa estabelecimento de padrões de conduta para membros com
significado moral, social, político e jurídico

3º) Função de Controlo – evitar a violação das normas e promover o seu devido
cumprimento. Esta função consiste na revelação da situação do facto através da
comparação das normas em vigor e da real conduta dos membros e processa-se da
seguinte maneira: Analise e recolha; investigação; observação e inspecção.

a) Recolha

b) Analise

c) Investigação – a partir das hipóteses análise testes ate a conclusão. É feita através de
comissões de inquérito para apurar certos factos e depois corresponder a prestação de
contas. Os resultados da investigação só são validos com a aceitação dos estados
membros.

d) Observação – é feita no momento em que os factos ocorrem, recomendando as partes


envolvidas a corrigirem o que se achar incorrecto, garantindo melhor cumprimento
das regras (tem a ver com questões correntes)

e) Inspecção – ocorre para verificação da normalidade dos actos praticados, isto é,


conformidade das regras com os actos praticados.

Aula do dia 9-3-2007

3. Função operacional

 Para os assuntos internos da OI nomeadamente questões financeiras; pessoal


administrativo; assistência aos órgãos; elaboração e divulgação de documentos de
diversa natureza.

 Para assuntos externos da OI é uma ajuda técnica aos estados membros e aos não
membros se for previsto nos estatutos, trata de assuntos de manutenção da paz e

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segurança onde seja aplicável trabalho de organização cientifica em estados
membros.

XV. Funções dos órgãos da OI

1º) Órgão supremo

Composição: este órgão é composto por representantes de todos os estados membros.


 A primeira função deste órgão é decidir sobre a qualidade de membro da OI
 Formar os órgãos executivos ou administrativos
 Analise e deliberação dos relatórios de funcionamento,( não emitem opiniões)
 Estabelecimento das bases de orçamentos ou rubricas da organização e a respectiva
apresentação.
 Analise de questões ligadas as competências.

O Trabalho dos órgãos supremos assume um carates de sessões ordinárias ( cimeiras)


com uma certa periodicidade ex: uma vez por ano e por vezes assume a rotatividade.
Pode haver sessões extraordinárias com a tarefa de deliberar questões urgentes.

2º) Órgãos executivos / administrativos

Alguns órgãos executivos são também administrativos. Tem como principais funções as
seguintes:

 Representar a OI nas relações internacionais


 Controlo pela implementação diária dos actos ( deliberações dos órgãos supremos,
por vezes há distancia entre a decisão e a sua implementação. E isso te a ver com o
profissionalismo, boa vontade, negligencia, obstrução etc. por parte dos funcionários)
 Publicação de determinado material e documentação diversa e preparar as sessões de
trabalho dos órgãos supremos, elaboração de relatórios de actividades da OI.

3º) Órgãos Judiciais

Há organismos que tem órgãos judiciais próprios ex: ONU- (Tribunal Internacional);
SADC

Tem como funções:


 Interpretação do acto constituinte e de outros instrumentos jurídicos que vão sendo
aprovados pela organização
 Resolução de diferendos ( litígios, disputas)

4º) Comités ou comissões técnicas


Cumprem com actividades especializadas inerentes as competências do objecto da OI.
Analise técnica e cientifica dos materiais, ajudam a alcançar os objectivos para a tomada
de decisão

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5º)Comissões ou Comités Ad-hoc

São constituídas para tratar matérias especificas que a conjuntura do funcionamento da


OI pode criar, pode criar matérias que não fazem parte do comité técnico.

XVI. Relação entre Funções da OI & Funções dos Órgãos da OI

As funções da OI são executadas através das funções dos órgãos da OI e as funções dos
órgãos estratificam as funções da OI é uma relação de complementaridade. Os órgãos
representam a OI e a OI determina os seus órgãos.

Se a OI agiu ultravires quer dizer que foi um dos seus órgãos que agiu assim, e se agiu
intravires significa que agiu dentro das suas competências.

16-03-07

XVII. Processo Decisório das O.I.

Trata da analise de todos os elementos envolvidos na tomada de decisão das OI, isto é ,
como é que as decisões são tomadas.

Primeiro Elemento da tomada de decisão é “quorum” (quantidade mínima de membros


da OI necessária para validamente deliberar as decisões).
Diz-se de quantidade mínima “validamente” porque é quantidade mínima de membros
que a assembleia deve ter para poder deliberar e vincular os ausentes. Pode-se determinar
diversos fóruns de acordo com os assuntos a discutir.

a) Princípios de Votação

 O principio “ Um membro um voto”


 O principio “ Votação em peso”

b) Métodos de tomada de decisão e métodos de votação

Métodos de votação

 Votação secreta ( temos um boletim com três cores: Vermelho - contra; verde - a
favor; amarelo – abstenções)
 Votação Aberta

NB. Nos pleitos eleitorais diz abstenção quando a pessoa não vai votar ( ausência) na
mesa de voto. Voto em branco - a pessoa vai a mesa de votos mas não escolhe ninguém.
Voto regular - a pessoa vai a mesa de voto mas preenche mal o boletim

A Abstenção nas OI significa que o sujeito esta presente mas não vota.

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Votação Aberta ( pergunta-se quem esta contra, quem esta contra e quem abstém-se) as
pessoas levantam as mãos

Vantagens e desvantagens de votação secreta e aberta

Secreta: Vantagem – protege o relacionamento humano e tem desvantagem de poder ser


manipulado ou fraudada.
Aberta: Vantagem - não há manipulação, e tem a desvantagem de não se poder
manifestada por medo de represálias.

Não OI o voto de cada estado deve ser claro

XVIII. Métodos de tomada de decisão

É a técnica para determinação de resultado do processo de tomada de decisão, são:

1) Método maioritário – onde temos:


a) Maioria simples – quando temos 50% +1 membro votante
b) Maioria relativa
c) Maioria absoluta – quando é maior de 50% dos votos
d) Maioria qualificada – as decisão só passa com 2/3 de votantes isto é 75%

2) Método Unanimidade – é ausência de voto contra ( ninguém deve votar contra)


dentro desta unanimidade admite-se ou não de abstenção? Sim admite-se, na OI a
abstenção e feita não por ausência da pessoa. A pessoa está presente. A abstenção é feita
por voto, apresenta-se um voto de abstenção. Enquanto que nos pleitos eleitorais a
abstenção “e feita pela ausência a mesa de voto

A unanimidade pode ser absoluta ( quando não há abstenções) e relativa (quando há


abstenções)

3) Método consenso
 Há Ausência de votação, todos concordam com a medida. O consenso é formulado
paulatinamente ao longo das decisões. Todos os membros defendem a mesma
posição.
 O acto constituinte – indica-nos de que consenso se trata: Do quorum? Ou dos
presentes?

21/03/07

XIX. Funcionários Internacionais


Conceito, Condições, Privilégios e imunidades

Funcionários Internacionais – é o nacional de um dado estado que presta serviços a


uma OI fora do seu território (regra geral). Um funcionário que trabalha numa OI no seu

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pais não é considerado funcionário internacional pois é (local staff) e por conseguinte
não pode ter imunidades.

Condições para ser funcionário internacional

1º) Ser nacional de um estado membro dessa OI


2º) Reunir requisitos necessários para o efeito (profissionais, académicos). Podem ser
contratados os que não sejam dos estados membros dessa OI mas regra geral para
serviços auxiliares de apoio. Exemplo: Uma OI em Moca. Não vai trazer estafetas,
serventes, motoristas do seu pais. Em outros casos pode-se solicitar especialistas de
outros países para prestar serviços na OI que seja de curta duração.

Privilégios e Imunidades

Privilégios – São facilidades atribuídas ao funcionário na realização das suas funções,


são questões pessoais.

Imunidades é isenção de jurisdição, isenções fiscais, isentar o funcionário das


obrigações jurisdicionais ao estado. Do ponto de vista funcional a imunidade é a
inviolabilidade na residência dos funcionários da OI, a inviolabilidade dos bens,
arquivos, documentos e a liberdade de movimentação e comunicação.

Em caso de emergência ( incêndios na residência do funcionário com imunidades) os


bombeiros não podem introduzir-se ao interior sem previa autorização dos funcionários.
Deve haver contacto diplomático dos funcionários. Se não forem contactáveis os
bombeiros podem apagar o fogo de fora.

Liberdade de Comunicação e movimentação

O funcionário tem o dever de comunicar as autoridades do governo da sua intenção de


se deslocar ao sitio pretendido através dos ministérios apropriados.

Inviolabilidade Pessoal – não pode ser detido nem julgado sem o prévio consentimento
da OI onde trabalha. O Estado pode declarar personne non grata e dai o funcionário pode
nunca mais conseguir emprego numa OI.

Cada OI celebra uma convenção sobre as imunidades e privilégios da OI e dos seus


funcionários com o estado onde a OI funciona. Estas imunidades alastram-se também a
família dos funcionários da OI (Esposa Marido e filhos menores), assim como goza
também da inviolabilidade dos documentos pessoais do funcionário.

XX. Treaty Making power das OI

É a capacidade que nos termos do Acto Constituinte da OI tem para celebrar tratados,
seja com os Estados membros, seja com terceiros Estados (não membros) ou com outras
OI.

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Esta negociação (tratados) deve obedecer as suas capacidades no Acto Constituinte
( negociar o que pode negociar) de acordo com o Acto Constituinte. Há necessidade de se
estabelecer um certo mecanismo contratual.

Mecanismo contratual - ´ alguma competência da OI emanada do Acto constituinte


para determinar a vontade da OI no que respeita a: quem negocia, assina e vincula
tratados para com o estado, isto porque estas fases de manifestação da vontade da OI
podem pertencer a órgãos completamente diferentes isto é definido no Acto Constituinte
( são as atribuições, quem tem competências de fazer o quê?)

28/03/07

Finanças – é o tesouro da OI, é a expressão monetária dos bens e direitos. O orçamento é


parte das finanças. Tesouro é o valor monetário dos bens existentes. São reservas da OI
para aplicação a longo prazo. As finanças existem também a forma de bens qualquer bem
é convertível em dinheiro (vendendo, emprestando, hipotecando)

Direitos – Como é que direitos no conceito das finanças? Quais são transferíveis para a
esfera financeira? Os direitos tem esfera pessoal e patrimonial . Os direitos pessoais não
são transferíveis para as finanças. Os direitos patrimoniais são transferíveis para as
finanças. Os direitos e bens podem ser transferidos para as finanças.

XXI. Formação do Orçamento

Obedece a critérios fixados no acto constituinte mas em regra geral o orçamento é


aprovado pelo órgão supremo sob proposta dos órgãos administrativos ou executivos. A
sua periodicidade pode ser anual ou bienal no caso da ONU.

Fontes de Orçamento e finanças das PI

1ª) Contribuição dos membros


2ª) Resultados da actividade económica da OI sendo previsto no acto constituinte
3ª) Donativos

Na primeira fonte o problema é a determinação de contribuições de cada membro, dado


que numa OI temos países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Como traçar as regras?

Regras da determinação de orçamento duma OI

Regra geral o valor de cada membro é determinado tendo em conta o nível de


desenvolvimento económico , nível de vida, densidade populacional, extensão territorial.
Nestas contribuições temos dois sistemas:

1º) Estabelecimento de classes de quotização, onde estratificam-se os membros da OI


em classes na base das características acima e cada classe corresponde a certo numero

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de unidades de quotização. O valor da unidade de quotização é determinado antes do
montante total de despesas da OI dividas por numero total de unidades de quotização.

O numero de quotização é determinado através do valor de despesas necessárias da OI


divididas pelo numero de quotizações. Exemplo se o valor for 20000, será este valor
dividido pelo numero de unidades de quotização de cada classe.

Exemplo:

1º) Classe A nº de unidades de quotização 15


2º) Classe B nº de unidade de quotização 10
3º) Classe C nº de unidade de quotização 5

2º) Sistema de Contribuição em percentagem - cada estado tem uma contribuição


correspondente a uma percentagem do orçamento da OI. A capacidade de contribuir em
função da avaliação comparada do nível de vida nacional ou do interesse que traz as
actividades da organização internacional.

XXII. Tipos de Organizações Internacionais.

1º) Organizações Internacionais globais


 ONU e sua agencias
 Organização da Conferencia Islâmica e suas agencias especializadas e sua
associações.
 Interpol
 Organização Hidrográfica Internacional
 OMC
 União postal Universal
 Cruz Vermelha Internacional
 Movimento do Crescente Vermelho

2º) Organizações Regionais


a) Europeias
 União Europeia
 Conselho da Europa
 Comissão Económica da Europa
 Agencia Económica Europeia
 Organização de Potencias Europeias

b) Asiáticas
 Dialogo para a cooperação na Ásia
 Cimeira do Leste Asiático
 Associação das Nações do Sudoeste Asiático
 Associação do Sul da Ásia para Cooperação Regional
 Organização de Cooperação Económica
 Conselho de Cooperação do Golfo

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 Plano de Colombo

c) Eurasiáticas (Ásia e Europa Setentrional)


 Comunidade dos Estados Iude
 Organização de Cooperação de Shanghai
 Organização de cooperação da Ásia Central
 Organização de Cooperação do Mar Negro

d) Africanas
 UA
 Comunidade Económica dos países da Africa Oriental
 SADC
 União do Magreb Árabe

e) Hemisfério Ocidental
 Organização dos Estados Americanos
 Comunidade Sul-americana das nações
 Mercosul
 Comunidade das Andes
 Comunidade Carinha
 Organização dos Estados das Caraíbas Orientais
 Parlamento da América Central
 Grupo do Rio
 Associação do Livre Comercio das Américas do Norte (NAFTA)

f) Organizações Transatlânticas
 NATO
 Organização para cooperação e segurança da Europa
 Conselho do Árctico

g) Organizações de Carácter Especifico


 OPEP
 Commonwealt
 CPLP
 União Latina
 Associação dos Estados das Caraíbas
 Organização para a Cooperação económica e desenvolvimento
 Movimento dos países alinhados
 Liga Árabe

h) Organizações financeiras internacionais


FMI - Fundo Monetário Internacional
BM - Grupo do Banco Mundial (BIRD)

20/04/07

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XXIII. Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP

A CPLP é uma organização que se caracteriza pela descontinuidade geográfica. A


cooperação cultural entre os países membros supera as outras áreas: económica, politica,
etc.

Moçambique achou pertinente criar um órgão dentro da CPLP para resolver a questão
de crianças, soldados e os afectados directa ou indirectamente pela guerra.

A descontinuidade geográfica da CPLC catalizou o interesse de outras organizações


por exemplo a franco fonia em relação a São tome e Príncipe e Guiné-Bissau. CPLP é
uma organização que congrega vários estados e de varias regiões.

Na CPLP
A língua é um factor de União
É aberta porque (aceita todos os países que simpatizem com a língua)
É Universalista porque não delimita a sua esfera de acção e a sua territorialidade
Membros da CPLP - São sete países fundadores mais Timor Leste

XXIV. SOCIEDADE DAS NACOES

Foi criada a 28 de Junho de 1917 no fim da 1ª Guerra mundial. Ela é o resultado da


conferencia de paz de Paris de 1919, inspirada nos 14 pontos de Wilson. Eles defendiam
a criação de uma sociedade geral das nações a ser criada sob convenções especificas com
o propósito de garantias recíprocas de independência politica integridade territorial para
grandes e pequenos estados.

Objectivos da SDM
Desarmamento, prevenção de conflitos através da segurança colectiva acordada entre
estados mediante negociações diplomáticas visando bem estar global;

Estrutura da SDN
 Secretariado – Chefiado por um secretario geral baseado em genebra
 Conselho da Liga
 Assembleia da Liga
 Agencias e Comissões

O secretariado e o conselho eram responsáveis pela preparação da Agenda do conselho e


de Assembleia, publicação de relatórios das reuniões e outros materiais rotineiros e cada
membro tinha como representante um voto na assembleia desta organização

Outros órgão da Liga


Corte permanente de justiça internacional e outras agencias e comissões para lidar com
problemas internacionais. Nomeadamente:

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Comissões:
 Desarmamento – para limitar a qualidade e quantidade de frotas navais
 Saúde – para questões de lepra, malária, febre amarela e tifonica
 Trabalho – para estabelecer jornadas de trabalho
 Mandatos – para estabelecer plebiscitos sobre territórios ocupados
 Ópio – para formas de negociação deste assunto
 Refugiados - resolver o problema de refugiados
 Escravatura – para acabar com a escravatura

Os Mandatos da SDN
Estavam divididos em três categorias:

Categoria A
territórios maduros – aqueles que alcançaram a paz e desenvolvimento como estados
independentes, a sua existência devia ser sujeita aos países desenvolvidos (mandatários)
para que a sua administração alcançasse a maturidade, exemplo território Turco
Otomano.

Categoria B
Fase intermédia de maturidade – o estado do mandato deveria ser responsável pela
administração do território sob condições que garantam: Liberdade de consciência
religiosa; manutenção da ordem publica; proibição do trafico de escravos e de álcool;
prevenção do estabelecimento de bases navais treino militar de indígenas; oportunidades
iguais para o comercio em relação a outros membros da liga

Categoria C
Mandatos cujos territórios se situavam em zonas remotas de pequena densidade
demográfica distantes dos outros de civilização ou geograficamente contíguas dos
territórios e que podem ser administradas sob leis do mandato. Havia cerca de 14
territórios divididos por seis potencias: Inglaterra, Franca, Bélgica, Nova Zelândia,
Austrália, Japão.

XXV. Organização das Nações Unidas

Foi criada em 24 de Outubro de 1945 como consequência dos acordos de São Francisco,
tem sede na ilha de Manhattan em Nova Iorque EUA, tem 192 membros, as línguas
usadas são chinês, Espanhol, Árabe, Inglês, Russo.
Foi criada por um tratado suis geners as suas normas são vinculativas

Objectivos
 Facilitar a cooperação no concernente ao s Direitos Humanos;
 Segurança internacional
 Progresso Social
 Preservação dos Direitos Humanos

Estrutura da ONU

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 Assembleia geral
 Conselho de segurança
 Conselho económico social
 Conselho de tutela
 Corte internacional de justiça

A assembleia geral é o órgão supremo da ONU é composta por cinco membros


permanentes China, EUA, Federação Russa, Grã-Bretanha, Franca.

O Conselho de Segurança tem 15 membros ao total cujo mandato é: 5 são membros


permanentes e 10 são eleitos por mandato de dois anos.

Conselho Económico e Social – tem 54 membros eleitos por mandato de três anos a são
eleitos pela Assembleia geral. O mandato de cada membro desta comissão expira a 31
de Dezembro de cada período de mandato

O Conselho de tutela – já não existe pois foi criado para resolver questões de PALAU
que era um território sob jurisdição da Inglaterra, e quando torna-se independente o
conselho deixou de existir.
Corte Internacional de Justiça – foi criada pela assembleia geral da ONU é composta
por 15 juízes eleitos e pelo conselho de Segurança por um período de nove anos.

XXVI. SADC – Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral

É uma Organização Regional de Integração Económica dos Países da Africa


Austral. É sucessora da Conferencia para a Coordenação do Desenvolvimento da Africa
Austral (SADCC)

1. A cooperação e a integração regional da Africa Austral têm como


origem:
 Nos factores históricos, económicos, políticos, sociais e culturais
 Estes factores criaram fortes laços de solidariedade e unidade entre os povos da
Africa Austral,
 Serviram de base para a cooperação politica e económica da Região.

2. Formalização das Estruturas para Cooperação e Integração da


Região
 Começou como uma iniciativa dos Países da Linha da Frente que teve como
membros originais Angola, Botswana, Moçambique, Tanzânia e Zâmbia.
 A iniciativa tinha como objectivo inicial a libertação politica da região
 Mais tarde alargou-se para seguintes questões: Agressões militares e Destabilização
do regime do Apartheid contra os estados da região.
 A intensificação da luta em ambas as frentes reforçou os laços de solidariedade
e necessidade de uma acção concertada

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 Os lideres consideraram a Cooperação e Integração Regional como o passo lógico
para o alcance da independência politica.

Assim:

Em 1980 foi criada a SADCC - Conferencia para a Coordenação do Desenvolvimento


Económico da Africa Austral, primeiro:

 Como um instrumento para a redução da dependência económica em relação a


RSA,
 Mais tarde para uma integração regional equitativa visando o desenvolvimento, no
contexto da Emancipação Politica da Região.

3. Transformação da SADCC em SADC


( Isto é da Conferencia para a Coordenação do Desenvolvimento Económico da Africa
Austral -SADCC em Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral – SADC).

A SADC- Foi criada em Agosto de 1992, através de um tratado adoptado pelos chefes de
Estado ou Governo durante a Cimeira de Windoek (Namíbia) que transformou a SADCC
de Conferencia para a Coordenação do Desenvolvimento Económico da Africa Austral
em SADC- Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral.
3.1. Razões da Transformação da SADCC em SADC

Nos finais da década 80 já havia evidencia da necessidade de


reforçar a SADCC pois:

 A independência da Namíbia em 1990 marcou o fim da luta contra o colonialismo na


região
 Na Africa do Sul o sistema do Apartheid estava a caminho do fim
 Noutras regiões os conflitos internos começavam a terminar
 A região passou de uma era de conflito e confrontação para a paz, segurança e
estabilidade
 Esta era a condição essencial para a cooperação e desenvolvimento
 Com estas mudanças os propósitos iniciais da SADCC ficaram ultrapassados
 Daí a necessidade de transformação da SADCC em SADC

3.2. A Transformação da SADCC em SADC tinha os seguintes


objectives:

 Promover uma maior cooperação e integração económicas,


 Aumentar a eficiência e a eficácia das suas politicas e programas
 Implementar estratégias coordenadas, mais coerentes e melhores para a eliminação
da pobreza na região
 Promover o desenvolvimento económico e social da Africa Austral.
 Redefinir a base de cooperação entre os estados membros de uma associação
voluntária SADCC para uma instituição juridicamente vinculativa SADC.

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3.3. A SADCC e a sua sucessora SADC ajudaram a:

 Manter a região unida


 Fazer uma definição conjunta de prioridades em áreas como energia, transporte,
investigação agronómica e comunicações, etc.
 Criar uma identidade regional e um sentimento de destino comum dos Estados
membros.

XXVII. COMESA
Comunidade da Africa Oriental e Austral, pretende formar um mercado
comum nestes duas regiões. Foi fundada a 20 anos e integra 20 membros. Há três países
que fazer parte da Africa oriental Tanzânia, Uganda e Quénia e que fazem parte da
COMESA. Estes três países junta-se Angola Burundi Comores, RD Congo, Djibouti,
Egipto, Etiópia, Líbia, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Ruanda, Seicheles, Sudão,
Suazilândia, Zâmbia e Zimbabué.

Moçambique , RSA não são membros da COMESA isto porque havia confrontação de
procedimentos e tarifas pois estes são membros da SADC. Não convinha estar em duas
organizações que tem o mesmo objectivo

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