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ELEMENTOS DO CONCEITO
Quais são os elementos identificadores de qualquer organização
internacional?
I- O substrato ou o elemento material das organizações
internacionais, é o agrupamento dos Estados e eventualmente de
outros sujeitos de direito internacional
O elemento formal é a personalidade jurídica internacional conferida
de forma expressa ou implícita, pelo tratado constitutivo
OS ÓRGÃOS
Assim como qualquer entidade coletiva, as organizações internacionais só
podem agir através de órgãos, centros autónomos institucionalizados de
formação da sua vontade. E também como qualquer outra entidade, cada
órgão compreende quatro elementos: a instituição, a competência, o
titular e o cargo.
Em relação ao Indivíduo
Os órgãos sempre aparecem através destes, porém nas organizações
internacionais, os indivíduos estão aí, não enquanto tais, mas sim enquanto
agentes, e menos frequentemente, enquanto titulares de órgãos do
estado, pois são estes que compõem as organizações e não os indivíduos,
sendo, portanto, assim os verdadeiros titulares dos seus órgãos.
Se observamos um caso específico como o do secretário-geral das nações
unidas, o tribunal de justiça a comissão e o parlamento europeus são
poucos os casos de órgãos com membros a título meramente individual
Outro caso considerado especial é o da conferência internacional do
trabalho. Órgão da OIT, que possui uma representação tripartida, por cada
Estado, do respetivo governo, das organizações representativas de
trabalhadores e das organizações representativas de empregadores.
Os titulares de órgãos a títulos individuais possuem estatuto de
independência perante os estados. O mesmo não ocorre com os indivíduos
representantes ou delegados dos Estados, pelo menos quando sejam
simples agentes diplomáticos como quaisquer outros agentes de
representação externa do Estado.
Organizações Internacionais:
Definição e História
As organizações Intergovernamentais, formadas por Estados e as
Organizações não Governamentais Internacionais, são a forma mais
institucionalizada de realizar cooperação internacional.
A sua importância pode ser verificada pela quantidade de Organizações
hoje existente
Essas redes de organizações pertencem a um grupo maior de instituições
que desempenham algumas praticas que produzem a governança global
A organização Internacional Governamental se difere de outras formas
de cooperação devido o seu carácter permanente.
Desde o “surgimento” da disciplina das Relações Internacionais, o sistema
internacional vem sendo caracterizado como sendo um sistema
anárquico.
Porém, é de fato observável que na falta de um estado supranacional, traria
inúmeras consequências para a prática social e política, em particular no
que se refere ao uso legítimo da violência e a ausência de uma autoridade
central geradora de normas legítimas e sancionadas. Nesse contexto, ao
longo da história, vários mecanismos de estabilização do sistema
internacional foram gerados, esses mecanismos passaram a fazer parte do
processo de criação das OIGS
• Arranjos ad hoc
• O Multilateralismo
• Regimes Internacionais
• Alianças militares
• Segurança Coletiva
OS arranjos ad hoc são formas de cooperação voltadas para um problema
em específico em tempo determinado, muitas vezes dão origem às OIGS.
O arranjo ad hoc geralmente surge quando não há um ambiente propício
para a realização de um projeto específico, deste modo os atores
interessados geram um arranjo ad hoc, com uma ou várias reuniões de
cúpula ou conferências internacionais
O Multilateralismo
O multilateralismo pode ser definido como a regulação de relações entre
três ou mais Estados de acordo com um conjunto de princípios, o
multilateralismo representa assim uma fase a frente no processo de
institucionalização das relações internacionais.
De acordo com John Ruggie, existem 3 conceitos que definem a prática do
multilateralismo. Sendo eles o princípio
• da não discriminação ou nação mais favorecida, o qual governa o
regime de comércio multilateral
• O conceito da indivisibilidade, que indica que os princípios
acordados são aplicados a todos os Estados envolvidos.
• E o conceito de reciprocidade difusa, mais amplo e abstrato do que
a ideia de troca mútua, marca essa arquitetura das relações
internacionais
A queda da união soviética em 1989, pondo fim a guerra fria, gerou uma
mudança pacífica, algo que alguns dos renomados teóricos realistas
consideravam menos de uma década atrás como um evento de baixa
probabilidade na política internacional.
Depois de muitos anos sendo oprimida pela guerra fria, a nação unida tem
sido redescoberta para ter utilidade internacional na gestão do conflito,
podemos ver isso no caso do Afeganistão, das funções de ajuda na
descolonização da namibia
Essa definição pode ser útil para alguns propósitos , porém isso levanta
alguns problemas ao assumir também outras formas institucionais que
tradicionalmente eram vistas como expressão do bilateralismo e não
multilateralismo.
O SIGNIFICADO DO MULTILATERALISMO
HISTÓRIA DAS OI
Liberalismo
Neoliberalismo
Construtivismo
PACTO DAS NAÇÕES
A Sociedade das Nações foi criada após a Primeira Guerra Mundial, em
1919, como parte do Tratado de Versalhes, mas o pacto só começou a
vigorar em janeiro de 1920. A organização teve como objetivo principal
promover a cooperação internacional e a manutenção da paz mundial, após
o fim da devastadora guerra.
A criação da Sociedade das Nações foi um importante marco na história das
relações internacionais, pois foi a primeira tentativa de criar uma
organização internacional para prevenir conflitos e promover a resolução
pacífica de disputas entre os países. A Liga das Nações contava com a
adesão de quase todos os países do mundo, e seu órgão máximo era a
Assembleia Geral, na qual todos os membros tinham igual representação.
Os principais órgãos da liga das nações foram:
• O conselho
• A Assembleia
• Secretariado
A liga não havia sido desenhada para lidar com questões econômica e
sociais, a organização exerceu algumas funções nesse campo. Ela acabou
sendo também um fórum para a discussão de problemas económicos
Embora a liga se acentuasse no princípio de segurança coletiva, o
pressuposto de ausência de relações conflituosas, ou mesmo de violência
não estava presente. O uso de violência legitima pelos Estados soberanos
foi preservado, sendo a legitimidade do seu uso em autodefesa a expressão
jurídica desse princípio
Apesar de inúmeras realizações, a Liga não foi reconhecida pelos seus
membros não como um fórum de realização de segurança coletiva, mas
sim como um instrumento para a realização de próprios interesses Estatais
Infelizmente, a Sociedade das Nações não conseguiu cumprir plenamente
seus objetivos, e a Segunda Guerra Mundial eclodiu em 1939, A
organização foi dissolvida em, porém mesmo que tenha falhado, a liga das
nações criou uma ordem jurídica que mais tarde da origem ao direito
internacional pós 1945, levando a criação da Organização das Nações
Unidas (ONU), que é a principal organização internacional de cooperação e
paz mundial atualmente, pelo que deste modo não podemos relegar a liga
das nações à irrelevância académica
A evolução da ONU
A Carta do Atlântico de 1941— uma declaração conjunta do presidente
americano Franklin Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston
Churchill pedindo colaboração em questões econômicas e um sistema
permanente de segurança - foi a base para a Declaração pelas Nações
Unidas em janeiro de 1942. Vinte e seis nações afirmaram os princípios da
Carta do Atlântico e concordaram em criar uma nova organização
universal para substituir a Liga das Nações. Os participantes concordaram
que a organização seria baseada no princípio da igualdade soberana dos
membros e que todos os estados “amantes da paz” seriam elegíveis para
adesão, excluindo assim as potências do Eixo – Alemanha, Itália, Japão e
Espanha. Também foi acordado que as decisões sobre questões de
segurança exigiriam a unanimidade dos membros permanentes do
Conselho de Segurança, as grandes potências. Quando a Conferência das
Nações Unidas sobre Organização Internacional se reuniu em San Francisco
em 25 de abril de 1945, delegados dos 50 estados participantes
modificaram e finalizaram o que já havia sido negociado entre as grandes
potências. Em 28 de julho de 1945, com a aprovação do Senado, os Estados
Unidos se tornaram o primeiro país a ratificar a Carta, e levou apenas mais
três meses para obter um número suficiente de ratificações
(consentimento legal) de outros países.
(Uma versão resumida e alterada da Carta da ONU pode ser encontrada no
Apêndice.)
O princípio fundamental da ONU é o da igualdade soberana dos estados-
membros, porém a desigualdade faz parte da rede das nações unidas e
podemos ver isso com o poder de veto.
Esse princípio de igualdade soberana prevê a não intervenção em assuntos
domésticos dos Estado. Mas quem decide qual é um problema
internacional e qual é um problema doméstico
A estrutura da ONU
A estrutura das nações unidas é composta por seis órgãos: a assembleia
geral, o concelho de segurança, concelho económico e social, corte
internacional de justiça, secretariado e conselho tutelar
Assembleia Geral: é o principal órgão deliberativo da ONU, composto por
todos os Estados-membros. A Assembleia Geral debate questões
internacionais e adota resoluções não vinculativas, que são
recomendações destinadas a influenciar as políticas nacionais e
internacionais.
Conselho de Segurança: é o órgão responsável pela manutenção da paz e
segurança internacionais. Composto por 15 membros, incluindo cinco
membros permanentes (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e
Rússia) e dez membros eleitos, o Conselho de Segurança tem o poder de
adotar resoluções vinculativas e tomar medidas coercitivas para resolver
conflitos internacionais.
Secretariado: é o órgão administrativo da ONU, responsável pela
coordenação das atividades da organização. O Secretário-Geral, que é o
chefe do Secretariado, é eleito pela Assembleia Geral por um mandato de
cinco anos e é responsável por liderar e supervisionar as atividades da
organização.
Tribunal Internacional de Justiça: é o principal órgão judiciário da ONU,
responsável por resolver disputas legais entre Estados-membros e emitir
pareceres consultivos sobre questões jurídicas.
O Secretário-Geral (UNSG). O secretário da ONU-
a posição do general tem sido denominada “uma das mais mal definidas:
uma combinação de chefe administrativo das Nações Unidas e diplomata
global com uma pasta gorda cujas páginas estão em branco.”25 O
secretário-geral é o gerente da organização, responsável por fornecer
liderança ao Secretariado,
preparar o orçamento da ONU, apresentar um relatório anual à Assembleia
Geral e supervisionar os estudos realizados a pedido dos outros órgãos
principais. Artigo
A ONU foi criada para promover e proteger os interesses dos Estados, bem
como preservar a paz e a segurança no mundo e promover o
desenvolvimento econômico e social e os direitos humanos. É muito mais
fácil entender a ONU observando o que ela conseguiu e o que não
conseguiu fazer em relação a essas diferentes áreas temáticas do que
simplesmente saber como ela está estruturada e opera
ONU AÇÕES
O peacekeeping refere-se a uma operação conduzida por uma organização
internacional, como a ONU, para manter a paz e a segurança em áreas de
conflito. O objetivo do peacekeeping é monitorar o cumprimento de um
acordo de cessar-fogo ou de um acordo de paz, fornecer assistência
humanitária e proteger civis em zonas de conflito. As forças de
peacekeeping geralmente são compostas por soldados, policiais e outros
profissionais de diversos países que trabalham juntos sob a bandeira da
organização internacional que coordena a missão.
O peacebuilding, por outro lado, é uma estratégia mais abrangente que
visa prevenir conflitos e promover a paz a longo prazo, abordando as raízes
dos conflitos e criando as condições para a estabilidade e a prosperidade.
Isso pode incluir o fortalecimento das instituições democráticas, o
desenvolvimento econômico, a melhoria da justiça e da segurança, a
promoção da igualdade de gênero e a criação de oportunidades para a
participação da sociedade civil na tomada de decisões. O peacebuilding é
geralmente conduzido por um conjunto de atores internacionais e
nacionais, incluindo governos, organizações internacionais, ONGs,
comunidades locais e outros atores da sociedade civil.
LEGALIDADE E LEGITIMIDADE
Poder não precisa de justificação, mas sim de legitimidade
A legalidade denota o cumprimento das regras obrigatórias (substantivas
e processuais) da entidade política, enquanto a legitimidade denota a
crença normativa de outros membros da comunidade de que uma regra
ou instituição deve ser obedecida.
Essa percepção “pode advir da substância da norma ou do procedimento
ou fonte pela qual ela foi constituída”. Há quatro opções: uma atividade
pode ser considerada legal e legítima; legais e ilegítimos; ilegais e legítimos;
ou ilegal e ilegítimo. 9 Ao determinar a legalidade, os tomadores de decisão
(e o público) provavelmente partem de alguma noção comum do que
constitui “a lei”.
Uma ação só é legal quando tem autorização do conselho de segurança,
sendo assim as operações militares em Kosovo não foram legais, mas foi
legitima por fim a uma serie de violações dos direitos humanos cometido
pela servia. Porem o meio de exercer a legitimidade é que demonstra se
uma ação é legitima.
Deste modo o princípio da responsabilidade de proteger, aceite por todos
os estados-membros acaba por ser um compromisso global para impedir
de forma legitima diferentes tipos de conflitos sejam eles internacionais ou
nacionais
Segundo este princípio Soberania significa responsabilidade de proteger,
e mais especificamente a responsabilidade de cada estado de proteger a
sua população.
Em caso da população estar sofrendo, como resultado de uma guerra
interna, falha do estado em proteger entre outros, o princípio da não
intervenção se rende ao principio da responsabilidade de proteger
Esse compromisso cabe ao conselho de segurança, o de manter a paz e a
segurança
Esse princípio inclui elementos
• Prevenir
• Reagir
• Reconstruir
Assim como princípios de precaução
• Boas intenções
• último recurso
• Meios proporcionais
• Perspetivas razoáveis
“O direito ao desenvolvimento é o
direito dos povos e indivíduos à melhoria constante de seu
bem-estar e a um ambiente nacional e global propício ao desenvolvimento
justo, equitativo, participativo e centrado no
ser humano, com respeito a todos os direitos humanos
PARA ESTUDAR
• ESCOLHER UMA TEORIA E VER COMO ELAS SÃO VISTAS
PELAS OI
• SOCIEDADE DAS SOCIEDADES NAÇÕES E ONU E SUAS
ESTRUTURAS INSTITUCIONAL DAS ONU
• DIREITOS HUMANOS OU MIGRAÇÕES (OPCIONAL)
• AÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS E DAS ORGANIZAÇÕES
INTERNACIONAIS NO QUE DIZ RESPEITO AOS DIREITOS
HUMANOS
• MONITORAÇÕES
• DIREITO DE DESENVOLVIMENTO (OPCIONAL)