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A complexidade na intervenção com pessoas com deficiência intelectual

FCESE
Universidade lusófona

Unidade curricular: Intervenção social na sociedade contemporânea


Docente: Ana Paula Caetano
Discente: Adriana Pinto
Resumo

Neste trabalho é abordado a deficiência intelectual, seu significado e


terminologia, enfatizando a importância de termos adequados para uma abordagem
respeitosa e inclusiva, seguidamente da história da pessoa com deficiência, dividindo
em quatro fases: negligência, institucionalização, criação de escolas especiais e
implementação de medidas de integração social.

Posteriormente é detalhado a identificação da deficiência intelectual, as suas


causas, classificações e problemáticas associadas.

Também aborda-se o regime de maior acompanhado como um suporte jurídico


para indivíduos com capacidades reduzidas, e por fim foi citada a intervenção, os seus
princípios e os tipos de intervenção nesta área como a prevenção, a intervenção precoce
e a intervenção psicossocial.

Palavras-chave: deficiência intelectual. Intervenção na deficiência. causas da


deficiência intelectual. Comportamentos de risco.
Índice

1. Introdução .............................................................................................................. 4

2. A deficiência intelectual ........................................................................................ 6

2.1. Definição e nomenclatura............................................................................... 6

2.2. História ........................................................................................................... 7

2.3. Identificação ................................................................................................... 8

2.4. Causas, classificações e problemáticas .......................................................... 8

3. Regime de maior acompanhado .......................................................................... 10

4. Intervenção na deficiência ....................................................................................11

4.1. Tipos de intervenção .....................................................................................11

5. Conclusão ............................................................................................................ 13

6. Bibliografia .......................................................................................................... 14
1. Introdução

Para iniciar o tema é fundamental elucidar os leitores do que seria o termo


“deficiência intelectual" expressada no trabalho, além de que não poderíamos falar desta
problemática sem mencionar as nomenclaturas utilizadas relacionadas com a época
histórica e os preconceitos da sociedade da época, desde uma sociedade que consentia o
seu extermínio e perseguição, até o início dos seus estudo e pesquisas onde nomes como
“imbecil”, “debil” ou idiota” eram usados frequentemente não apenas para os seus
estudos e pesquisas, mas também pela população, até a nossa sociedade atual onde há
uma maior normalização e aceitação desta população. Por fim, mas não menos
importante, foi incluída uma definição oficial da AAIDD, uma associação envolvida nos
direitos e inclusão da pessoa com deficiência intelectual.

Para este tema temos o parecer de Veltrone, Mendes e o seu estudo do “Impacto da
mudança de nomenclatura de deficiência mental para deficiência intelectual”, de onde
foi retirado os termos usados ao longo do tempo e o porquê da alteração.

Como mencionado anteriormente, a história esta intimamente relacionada com a


nomenclatura, então seguidamente foi incluído o contexto histórico, relatando
brevemente desde a época crista até a atualidade, essencialmente do estudo de Miranda,
“História, deficiência e educação especial”, com pequenas ressalvas de Guimarães.

Posteriormente, para um melhor esclarecimento da identificação da deficiência, que


também foi se alterando ao longo do tempo, foi usado o autor Cunha e o seu estudo
“Comportamentos (des) adaptados: causa ou efeito da deficiência mental?”, já que numa
intervenção temos de ter conhecimento do processo de avaliação e seguidamente o
diagnóstico, para assumirmos uma atitude consoante as necessidades do indivíduo.

E ainda relacionado a este diagnóstico temos um dos critérios mais importantes, nas
causas, classificações e problemáticas é relatado quais as causas da deficiência mental,
que ocorre durante a gravidez, no parto, ou nos primeiros anos de vida, porque é que
acontece, e quais as doenças e comportamentos de risco estão suscintas a desencadear a
defeciencia intelectual, e qual a sua classificação com o contributo de Cunha, Miranda e
Guimarães e o estudo “Programa de intervenção na deficiência mental: promoção
cognitiva, social e sexual”, onde é relatado as tipologias e classificações.
No ponto seguinte é elaborado o estatuto do maior acompanhado, como um dos
cuidados e pareceres legais na área da deficiência, já que nas intervenções vamos
deparar-mo nos com essas situações e podem suscitar dilemas.

E por fim, agora que foi esclarecido esses pareceres da área e as dificuldades que
poderemos ter, vamos focar-nos na questão da intervenção, os seus pilares essenciais, a
valorização do diagnostico, e os tipos de intervenção, com os contributos de
Schwartzman & Lederman, e Guimarães.

Após a especificação de tantos pontos, é seguro assumirmos que este estudo é muito
importante, pois a área da deficiência ainda é relativamente inexplorada, e não é
devidamente considerada nas situações adequadas, já que em todas as áreas e
problemáticas podemos nos deparar com um utente com deficiência intelectual, que
pode ainda ter agregado problemas de saúde, doenças mentais, incapacidades

cognitivas, comunicativas, sensoriais, e motoras, além de poder ainda ter outra


problemática agregada, como os trabalhos sexuais, consumos, violência doméstica,
situação de sem-abrigo, entre outras, e devemos ter um especial tendo uma abordagem e
atuação diferente, já que as potencialidades, capacidades e necessidades são distintas,
além de que cada intervenção deve ser cuidadosamente preparada devido a essas
peculiaridades. Este trabalho serve como uma ressalva e apelo para o seu estudo,
conhecimento e aplicação, na prática.
2. A deficiência intelectual
2.1.Definição e nomenclatura

Para garantir uma intervenção eficaz, é essencial atentarmo-nos às nomenclaturas,


especialmente quando lidamos com uma população frequentemente sujeita à exclusão
social e preconceitos da sociedade. É crucial mantermo-nos sempre atualizados e atento
às constantes mudanças nas definições e termos utilizados, de modo a assegurar uma
abordagem mais informada, digna e respeitosa para os indivíduos, usando os termos
corretos para potencializar a inclusão.

Ao longo da história os indivíduos com incapacidade intelectual tiveram


nomenclaturas e foram rotulados por conta da sua condição, devido também ao estado
da sua sociedade, desde o momento onde eram ridicularizados e excomungados, até a
atualidade onde a aceitação social se fez presente e tentaram incluir as pessoas com
deficiência como membros validos da sociedade. Nesse longo processo alguns dos
termos utilizados foram “retardado mental”, e até “deficiente mental”, ambas trocadas
por serem ofensivas e não demonstrarem a dignidade merecida para com os indivíduos,
e nem devemos considerar as alcunhas popularmente utilizadas como "idiota" ou
"retardado" que estigmatizam esta população, o termo atual considerado o mais correto
e usual seria o termo deficiência intelectual ou perturbação de incapacidade intelectual
por ser atemporal e menos estigmatizante (Veltrone, Mendes, 2012).

As mudanças de nomenclatura são vistas como um avanço positivo na sociedade,


porém, é necessário que essas mudanças sejam acompanhadas de ações concretas, sejam
elas estruturais, políticas ou sociais. Não devemos encarar essas alterações apenas como
um procedimento formal, mas sim como uma prática eficaz para promover a inclusão
tão almejada para esses indivíduos (Veltrone, Mendes, 2012).

Segundo a AAIDD1 a incapacidade intelectual pode ser defenida como: “limitações


significativas tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo
expresso em habilidades conceituais, sociais e práticas. Estas incapacidades originam-se
durante o período de desenvolvimento, considerado até os 22 anos.

1
American Association on Intellectual and Developmental Disabilities (ou na tradução Associação
Americana de Deficiências Intelectuais e de Desenvolvimento)
2.2.História

Ao considerarmos as mudanças no tratamento dado as pessoas com deficiência na


nossa sociedade, seria possível dividir em 4 fases:

Na primeira delas, segundo Miranda (2004), remonta e época pré-cristã,


caracterizado pela negligência onde os indivíduos com deficiência eram considerados
atípicos, condenados à segregação explícita através do extermínio ou do confinamento
(Guimarães, 2009).

Na fase subsequente, nos séculos XVIII e XIX, surgiram as instituições residenciais,


onde eram protegidos e acolhidos, no estágio seguinte, ainda no sec. XIX e início do
sec. XX, criaram-se escolas e “turmas especiais” para oferecer uma educação a parte a
pessoa com deficiência (Miranda, 2004).

Por fim, na quarta fase, por volta do sec. XX, a década de 70 foi marcada pela
implementação de medidas de integração social, dando-lhes uma educação o mais
semelhante possível com o ensino regular e educá-los até aos limites das suas
capacidades, oferecendo assim uma educação inclusiva, reconhecendo o potencial para
melhorar o seu desenvolvimento e a sua vida. (Miranda, 2004) ainda nesta fase as
instituições geralmente contem um assistencialismo de carácter mais paternalista e um
maior investimento nas potencialidades desses indivíduos, utilizando a educação e a
reabilitação (Guimarães, 2009).

Contudo, o conhecimento científico sobre a natureza da deficiência e as propostas


derivadas da atenção profissional e social constam essencialmente no século XX
(Alonso & Bermejo, 2001 cit in Guimarães, 2009) alguns dos pioneiros que
repercutiram e introduziram metodologias a respeito da deficiência baseando-se na
educação foram Jean Mare Itarde, no século XIX, que usou métodos sistemáticos para o
ensino, que inspirou futuramente Edward Seguin, que usava métodos fisiológicos de
treino para estimular o cérebro, desenvolver serviços e foi fundador da AAMR, e Maria
Montessori, que desenvolveu um programa de treinamento usando uso sistemático de
objetos (Miranda, 2004).
É relevante adicionarmos que estes três estudiosos que tiveram tanta influência nos
estudos para a deficiência tinham como foco curar ou eliminar a deficiência com a
educação (idem).

2.3.Identificação

O sistema de classificação proposto pela AAIDD (Associação Americana de


Deficiência Intelectual e do Desenvolvimento) enfatiza que a avaliação deve ter como
objetivo não apenas o diagnóstico, mas também a classificação e a determinação dos
apoios necessários para assim identificar os suportes essenciais para uma integração
social bem-sucedida (Cunha, 2007).

Segundo Cunha (2007) no passado, a identificação da deficiência intelectual era


baseada principalmente em análises básicas de QI, onde o nível de QI também
determinaria a gravidade da deficiência, desde leve a profunda, apesar de ser
considerado um método estigmatizante para aqueles com deficiência ainda é
regularmente usado nos diagnósticos, apesar de não ser o fator principal, pois
atualmente temos uma abordagem mais abrangente e multidimensional, que considera
outras condições incapacitantes, a participação e interação social na vida do indivíduo,
as condições de saúde, os ambientes de sistemas de apoio e o perfil dos apoios
necessários (Schwartzman & Lederman,2017).

2.4.Causas, classificações e problemáticas

Numa intervenção é essencial que o assistente social encarregado da intervenção


tenha pleno conhecimento do publico alvo da intervenção, sendo assim é relevante saber
que a deficiência intelectual afeta o funcionamento mental com especial impacto nos
comportamentos adaptativos, ou seja, a independência pessoal e a responsabilidade
social (cunha, 2007), além de ser comum apresentarem comportamentos divergentes ao
que é desejado pela sociedade. Portanto, é necessário que o assistente consiga ver além
do rótulo da deficiência (Miranda, 2004)., não esquecendo as outras problemáticas que
podem estar agregadas a estes indivíduos como a pobreza, abandono parental, violência
doméstica, falta de estimulação, falta de cuidados, institucionalização ou doenças
cronicas na família (Schwartzman & Lederman,2017).
A deficiência pode ter origens variadas, dentre elas os fatores genéticos, resultado de
alterações nos genes, como a Síndrome de Down, resultante da presença extra do
cromossoma 21, existe tambem os fatores hereditários transmitidos de pais para os
filhos, e por fim os fatores adquiridos, sendo dividido em fatores congénitos, como
malformações ou desenvolvimento incompleto durante a gravidez incluindo exemplos
como sífilis, herpes, síndrome de alcoolismo fetal ou exposição a substâncias durante o
período natal, os desenvolvimentais, que surgem de complicações durante a gravidez,
no momento do parto ou no período pós-natal, e poe fim os fatores ambiente, que
desempenhando um papel significativo, exemplos disso seria a maternidade na
adolescência, instabilidade familiar e a falta de acompanhamento pré-natal e pós-natal
adequados, entre outros (Guimarães, 2009). Apesar disso existe um número
significativos de casos onde a causa da deficiência intelectual não pode ser
identificadas.

É importante relatar que a deficiência intelectual tem uma grande probabilidade de


ter problemas de saúde geral, como obesidade, problemas cardiovasculares e
comorbidade psiquiátricas, como a esquizofrenia, bipolaridade, TDAH, ou a
autoagressão, ao que tambem pode ser chamado de “diagnostico duplo” (Schwartzman
& Lederman,2017).

No que diz respeito às classificações, podemos identificar quatro tipos de deficiência


intelectual. O primeiro é a deficiência intelectual leve, em que geralmente há um
desenvolvimento de competências sociais e de comunicação, com deficiências básicas
na área sensorial. Em seguida, temos a deficiência intelectual moderada, em que adquire
algumas competências de comunicação e pode eventualmente alcançar uma certa
autonomia (Guimarães, 2009).

Já na deficiência intelectual grave, observa-se uma capacidade limitada na


comunicação, sendo necessária assistência e orientação em tarefas básicas do dia-a-dia.
Por fim, a deficiência intelectual profunda é caracterizada por um défice significativo no
funcionamento sensorial, bem como dificuldades motoras, de comunicação e nos
cuidados pessoais (Idem).
3. Regime de maior acompanhado

Na intervenção com pessoas que possuem deficiência intelectual, é fundamental


compreender os critérios judiciais e legais desta área, nomeadamente o regime do maior
acompanhado, este regime é destinado àqueles com capacidades reduzidas devido a
fatores como envelhecimento, deficiência ou doenças crónicas, no caso da deficiência
intelectual as incapacidades são permanentes, limitando a sua plena participação na
sociedade, sendo assim o propósito deste estatuto é promover, proteger e garantir todos
os direitos humanos e liberdades fundamentais, garantindo o máximo de respeito à
dignidade do indivíduo ( Concelho regional de Lisboa da ordem dos advogados,2020).

No âmbito desse regime, o acompanhamento e a pessoa designada para ser


acompanhador são decididos e requeridos pelo próprio indivíduo, este representante tem
responsabilidades que envolvem a representação geral, a administração total ou parcial
dos bens, a autorização prévia para certas ações e para intervenções específicas, entre
outras atribuições (idem).

Considerando essas informações resumidas sobre o regime do maior acompanhado,


é crucial ter esse conhecimento em mente em qualquer intervenção onde esse regime
esteja em vigor, devemos, acima de tudo, assegurar ao máximo a autonomia e o pleno
exercício dos direitos, vontades e liberdades dos indivíduos, estando devidamente
informados e preparados para lidar com diversas situações.
4. Intervenção na deficiência

Para uma boa intervenção devemos primeiramente rever os pilares essenciais,


começando pelo princípio da Normalização, que garante condições e padrões de vida
diária semelhantes à população normativa, o direito de Viver em Comunidade,o direito
de Viver em Família, garantindo laços afetivos e sentimento de pertença, a não
Institucionalização, a desinstitucionalização e Recolocação em Contextos Normativos,
a educação e Treinamento para Todas as Crianças, o emprego na Comunidade,
Baseado em Competências, o treinamento em Competências Psicossociais, capacitando
para o uso de serviços e facilidades comuns, a proteção Legal e Medidas Adequadas de
Salvaguarda, e por fim um dos fatores mais relevantes a Inclusão Total, potencializando
uma sociedade inclusiva, onde os indivíduos tenham oportunidades iguais e sejam
respeitados (Guimarães, 2009).

Um dos fatores elementares da intervenção é o diagnóstico, que deve ser feito


preferencialmente por uma equipa multidisciplinar, já o tratamento dependera do grau e
dimensão das incapacidades, da idade, educação e objetivos do indivíduo, nestas
equipas multidisciplinares estão incluídos fisioterapeutas, terapeutas, psicólogos,
pediatras, neurologistas, e o assistente social, que trabalham em conjunto em prol do
indivíduo (Schwartzman & Lederman,2017). No tratamento fornecem serviços de
habilitação e reabilitação como, por exemplo, a terapia da fala, terapia ocupacional,
fisioterapia, educação física, músico Terapia, entre outros, que revelam resultados
vantajosos (Guimarães, 2009).

4.1.Tipos de intervenção

Primeiramente antes de qualquer ação o ato primário seria a prevenção, ou seja, evitar
os comportamentos de riscos já expressos anteriormente, pois como mencionado vários
problemas podem correr ao longo da gravidez, no parto ou até mesmo nos primeiros
anos de vida, então para evitar o risco de um desenvolvimento de uma deficiência
intelectual é possível usar alguns métodos e atitudes, como a vacinação para prevenir
doenças, a identificação de doenças sexualmente transmissíveis ou evitar álcool e
substancias, estas campanhas de esclarecimento publico podem sensibilizar e educar as
mulheres gestantes a diminuir o número de riscos ou pelo menos reduzir as
potencialidades para uma deficiência (Schwartzman & Lederman,2017).Ainda no
campo da prevenção devemos ressaltar que a presença de neonatologistas na sala de
parto e testes realizados ás criança podem identificar e prevenir futuros prejuízos
significativos (Idem).

Quando se fala de deficiência intelectual devemos presumir que quando mais


cedo intervirmos e identificarmos a deficiência na criança melhor serão os resultados e
as sequelas e autonomia que aquele indivíduo poderá ter, sendo assim a intervenção
precoce na infância torna se muito relevante por assumir esse papel que pode diferenciar
a vida do indivíduo (Schwartzman & Lederman,2017).

Outra intervenção é a psicossocial destinada a cidadãos com problemas no


funcionamento psíquico ou na relação dos sistemas, podemos dividir esta categoria em
três abordagens distintas, primeiramente a abordagem pragmática e educacional, que
usufrui de um programa vocacional e educacional, melhorando as oportunidades de
sucesso, outra abordagem são as psicoterapias, adapta-se ao nível de comunicação do
individuo e pretende aumentar a autoestima, competências sociais e solucionamento de
problemas, por fim a abordagem comportamental, como foco em extinguir
comportamentos desadaptados e educação de comportamentos apropriados em troca
(Guimarães, 2009).
5. Conclusão

As pessoas com deficiência tiveram uma trajetória conturbada ao longo da nossa


história, devido aos comportamentos desadaptados e as suas incapacidades expostas,
levando a exclusão social, por isso é imprescindível proceder a novos saberes relativos a
esta problemática, nomeadamente o conhecimento das limitações existentes na
funcionalidade destes indivíduos e a sua relação com a manifestação de
comportamentos desadaptados.

No geral, para combater o preconceito temos primeiramente de dar o exemplo,


mantendo-nos informados e utilizando as nomenclaturas corretas, combatendo aos
poucos os estigmas desta população, que apesar de já ter percorrido um longo avanço
em termos de inclusão e garantia dos direitos da pessoa com deficiência, já que
passamos de uma assistência praticamente inexistente ou sem grandes preparados, para
uma intervenção com metodologias mais instruídas e aplicadas ao ramo, ainda assim é
fácil concluir que ainda temos um longo progresso pela frente.

outro ponto que merece um parecer mais aprofundado é as problemáticas, quando se


fala de alguém com uma deficiência intelectual esse rotulo oculta outros problemas que
o individuo possa ter, além de que que em outras intervenções nunca levam em
consideração os comportamentos de risco que podem potencialmente causar deficiência
intelectual, ou seja, alguém com consumos, ou gestações na adolescência, ou pobreza,
ou até um mau ambiente familiar, tudo isso pode causar e desencadear a deficiência
intelectual, então com este estudo e uma maior elucidação do tema espero que ganhe
mais destaque e relevância, e que seja levado como uma ponderação futura pra outras
áreas de intervenção.
6. Bibliografia
• AAIDD. (2021). Intellectual Disability: Definition, Diagnosis, Classification,
and Systems of Supports, 12th Edition.
https://www.aaidd.org/education/events/2021/01/28/default-
calendar/intellectual-disability-definition-diagnosis-classification-and-systems-
of-supports-12th-edition

• Concelho regional de Lisboa da ordem dos advogados. (2020). O regime do


maior acompanhado. https://crlisboa.org/wp/publicacao/o-regime-do-maior-
acompanhado/

• Cunha, I., & Costa, C. M. F. (2007). Comportamentos (des) adaptados: causa ou


efeito da deficiência mental?.
http://repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/901/2/Cad_5Comportamentos
Desadaptados.pdf

• Guimarães, R. P. F. (2009). Programa de intervenção na deficiência mental:


promoção cognitiva, social e sexual (Doctoral dissertation, Universidade
Fernando Pessoa (Portugal)).
https://www.proquest.com/openview/9ff648c512fd78ec2c4705f06837f32c/1?pq
-origsite=gscholar&cbl=2026366&diss=y

• Miranda, A. A. B. (2004). História, deficiência e educação especial. Revista


HISTEDBR On-line, Campinas, 15, 1-7.
https://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-
content/uploads/2014/09/INCLUS%C3%83O-DEFICENCIA-E-
EDUCA%C3%87%C3%83O-ESPECIAL.pdf

• Schwartzman, J. S., & Lederman, V. R. G. (2017). Deficiência intelectual:


causas e importância do diagnóstico e intervenção precoces. Inclusão Social,
10(2). https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/4028

• Veltrone, A. A., & Mendes, E. G. (2012). Impacto da mudança de nomenclatura


de deficiência mental para deficiência intelectual. Educação em perspectiva,
3(2). https://periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/6537

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