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DOCUMENTO DE APOIO Nº 1

Tema:
Taxa de Variação Média

Nome: ______________________________________________. Curso: TMEBE * 2º ano Março 2024

Formador: Marco Franco

No problema do Passeio da Rita, analisando o


gráfico que descreve o espaço percorrido em
função do tempo, notamos que, durante
intervalos de tempo com a mesma amplitude,
o espaço percorrido não é sempre o mesmo.
O espaço percorrido é, portanto, variável.

Com efeito, durante a primeira hora do

passeio (ou seja, no intervalo [ 0, 1 ] ), a Rita


percorreu 100 km , ao passo que na segunda

hora (ou seja, no intervalo [ 1 , 2 ] ) apenas percorreu 87, 5 km . Há, também, intervalos de tempo com a
mesma amplitude nos quais o espaço percorrido pela Rita foi o mesmo: em cada um dos intervalos
[ 0,25; 0,5 ] e [ 1; 1,25 ] , a Rita percorreu 25 km .

Verificamos assim que em diferentes intervalos de tempo com a mesma amplitude o espaço percorrido
varia, ou seja, a Rita não anda sempre à mesma velocidade durante o passeio. Durante as três horas,
aproximadamente, da duração da viagem, a velocidade a que a Rita se desloca não é constante devido
ao tráfego, semáforos, etc.

Pela análise do gráfico é, assim, pertinente questionarmo-nos sobre o modo como variou o espaço
percorrido, isto é, se foi variando com a mesma rapidez (à mesma taxa).

Torna-se então interessante estudar a taxa de variação da função em diferentes intervalos com a mesma

amplitude. Para investigar a forma como a função varia num intervalo [ a , b ] , estudamos a variação da
função relativamente ao acréscimo da variável independente. Graficamente, podemos observar:
A taxa de variação média de uma função f no intervalo [ a , b ] é o quociente
entre a diferença dos valores da função f nos extremos do intervalo e a
amplitude do intervalo:

f (b )−f ( a)
t . m. v .[ a , b ] =
b−a
A taxa de variação média traduz a rapidez de variação da função num
determinado intervalo.

Exemplo 1: Se quisermos estudar a taxa de variação do espaço percorrido (e) pela Rita entre os dois

instantes 0 , 25 e 1,25 (ou seja, no intervalo [ 0,25; 1,25 ] ), fazemos:

e ( 1 , 25 )−e ( 0 , 25 ) 125−12 , 5
t . m. v. [ 0 ,25 ; 1 , 25 ] = = =112,5 km/h
1 , 25−0 ,25 1 , 25−0 ,25
Podemos reparar que coincide com a velocidade em estrada até à paragem, no passeio da Rita.

Exemplo 2: Qual a velocidade média da Rita no percurso total?

Nas 3,25 h que durou o passeio, a Rita percorreu 300 km ; logo, a velocidade média no percurso total é

300 km
V m= =92 , 3 km/h
3 ,25 h .

O que calculámos foi a taxa de variação média desta função (e) no intervalo [ 0; 3,25 ] :

e ( 3 , 25 )−e ( 0 ) 300−0 300


t . m. v. [ 0 ; 3 , 25 ] = = = =92 ,3 km/h
3 , 25−0 3 ,25−0 3 , 25
Como poderemos, então, calcular a velocidade média entre dois instantes
t1 e t2?

e ( t 2 ) −e ( t 1 )
V m [ t 1 , t 2 ]=
, que se chama taxa de variação média no intervalo [
t 2 −t 1 t 1 , t2 ]
.

Sempre que estivermos perante uma função que relacione o espaço percorrido em função do tempo, a
taxa de variação média representa a velocidade média nesse intervalo.

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