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Polícia Judiciária
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Adrielly Camila de Oliveira Rodrigues Vital
Polícia Judiciária
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Conhecer o ciclo de polícia e os feitos de polícia judiciária que poderão ter o agente de
segurança pública como um dos principais atores.
UNIDADE Polícia Judiciária
Ciclo de Polícia
Como se disse, a atuação do agente de segurança pública ocorre antes da eclosão
da infração penal, em período de normalidade, mas segue após a prática de um crime
ou contravenção. Trata-se do Estado na persecução, na perseguição do crime ou da
contravenção penal.
Vejamos um quadro (Figura 1), também do Professor Lazzarini (1999, p. 97).
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Extrai-se, do quadro a seguir, que o ciclo de polícia é composto por três fases:
1. Situação de normalidade, em que impera a boa ordem pública em seus
aspectos de salubridade, segurança e tranquilidade pública;
2. Momento do rompimento da ordem pública;
3. Fase de investigação.
Falhando, por qualquer razão, a atuação preventiva e ocorrendo o delito (ou con-
travenção penal), passa-se à segunda fase do ciclo de polícia que, na quebra da
ordem pública, possui por ação policial correlata a repressão imediata, a fim de que
se faça retornar ao estado de normalidade por meio de atos de contenção, sendo tal
atribuição comum da polícia ostensiva e da polícia judiciária.
Pois bem, já conhecemos o ciclo de polícia, resta saber quais instituições atuam
nas fases desse ciclo, e a resposta está nos Arts. 142 e 144 da Constituição Federal.
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UNIDADE Polícia Judiciária
Nesse contexto, podemos dizer que as Forças Armadas devem ser empregadas
precipuamente para a defesa externa do País e para a garantia dos poderes constitu-
cionais, ou seja, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo, ao qual,
frise-se, as Forças Armadas pertencem.
Em uma acepção substancial, a ordem pública pode ser conceituada na feliz pro-
posição de Azor Lopes da Silva Junior (2010, p. 24-5), segundo quem ordem pública:
É um estado de paz social, onde não emergem conflitos, seja entre os
indivíduos da mesma sociedade, seja entre eles e o Estado, e mesmo
entre Estados soberanos. Assim, na primeira parte da nossa definição
estariam compreendidas as leis civil e penais que regram o convívio entre
os homens; na segunda parte as liberdades civis, que limitam o poder do
Estado e, na última parte, a ideia de ordem pública internacional.
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demais, de natureza preventiva ou repressiva, que se incluem na compe-
tência, constitucional e legal, das Polícias Militares, observados os termos
e limites impostos, a estas últimas, pelo ordenamento jurídico.
Vamos ouvir o que o próprio Ministério da Defesa nos diz sobre Garantia da Lei e da Ordem, no
vídeo “O que é Garantia da Lei e da Ordem?”, disponível em: https://youtu.be/kn1JXuL4sg4
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pela instituição estadual, a Polícia Civil, como veremos; caso as Forças Armadas
se deparem, a atuação em faixa de fronteira, com um caso de tráfico de drogas
internacional, a polícia judiciária será exercida pelo órgão federal, a Polícia Federal.
Mas cuide que as Forças Armadas possuem atribuição de polícia judiciária quando
o crime for militar, na chamada polícia judiciária militar. Por exemplo, caso, em atu-
ação de garantia da lei e da ordem, uma pessoa (civil ou militar) pratique homicídio
contra um integrante das Forças Armadas nessa atuação, o crime será militar e a
polícia judiciária ficará a cargo das Forças Armadas.
Assim, podemos resumir que as Forças Armadas atuam no ciclo de polícia na
primeira e segunda fase – preservação da ordem (segurança) pública e repressão à
infração penal – de maneira específica, pela ostensividade, mas não atuam na ter-
ceira fase, de polícia judiciária. Por outro lado, em crimes militares, há a atuação de
polícia judiciária militar.
Conhecido o Art. 142 da Constituição Federal, impõe-se, agora, compreender o
Art. 144, também da Constituição, que assim dispõe:
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabili-
dade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da in-
columidade das pessoas e do patrimônio, por meio dos seguintes órgãos:
I – polícia federal;
II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI – polícias penais federal, estaduais e distrital.
Soma-se a esta previsão, o § 8º do mesmo Art. 144 que dispõe que os “muni-
cípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei”.
Estes são os órgãos que atuam, em regra, na segurança pública do Brasil. Diz-se
em regra, justamente pelo reconhecimento de algumas exceções, com a já mencio-
nada atuação das Forças Armadas.
Pois bem, a primeira instituição é a Polícia Federal, instituída por lei como órgão
permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destinan-
do-se (Art. 144, § 1º, CF):
I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em de-
trimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades
autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prá-
tica tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão
uniforme, segundo se dispuser em lei;
II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de
outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
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III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
O impasse (ou crise) gera uma situação de insegurança na vida cotidiana dos cidadãos, como
se pode ver na cidade de Recife/PEn no vídeo “Função de policial ferroviário precisa de
regulamentação para atuar em Recife-PE”. Disponível em: https://youtu.be/bdbEC8EPzrI
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A maior Polícia Militar do Brasil é a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Veja este interes-
sante vídeo “Institucional PMESP”, disponível em: https://youtu.be/hjCOxYpnqX8
Pois bem, a atuação das Polícias Militares, pela elasticidade que suscita a
expressão “polícia ostensiva”, vai além do mero policiamento ostensivo. Tentemos
entender o que se propõe pelo estudo da atividade de levantamento criminal por
corpo velado de policiais militares que atuam em fase precedente ao policiamento
ostensivo, verificando quais locais têm maior incidência criminal e identificando, às
vezes, quais são os autores do delito. Nesse exemplo, embora não haja uma atividade
de policiamento ostensivo, e sim policiamento velado, a atuação é perfeitamente
compreendida pela expressão “polícia ostensiva”, visto que prepara o emprego do
policiamento fardado. A questão é polêmica, inclusive com decisões judiciais em
contrário, mas é a melhor compreensão.
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além de manter, dar continuidade, deve a Polícia Militar restaurar a ordem pública,
o que levou vários estudiosos, como citam Soares, Souza e Moretti (2000, p. 102),
a sacramentarem que “pode a Polícia Militar atuar na esfera de atribuições de outros
órgãos policiais, na falência ou inoperância destes”.
Não interessa à missão das Polícias Militares, dessa forma, apenas a execução do
policiamento ostensivo, incurso no conceito mais abrangente de “polícia ostensiva”,
com vistas à segurança pública, mas também, em situações específicas, a atuação em
outros setores da sociedade organizada – não só de outros órgãos policiais, assim pen-
samos – de forma a garantir a não agressão à ordem pública em sua tríplice acepção.
Defesa civil, como acertadamente diz Álvaro Lazzarini (2010, p. 11), não é, no
plano constitucional, um órgão, e sim uma atividade que pode ser conferida a diversos
órgãos, mas apenas o Corpo de Bombeiros tem essa destinação constitucional.
Pelo que dispõe a atual lei que disciplina o Sistema Nacional de Defesa Civil
(SINDEC), a Lei n. 12.608, de 10 de abril de 2012, a Política Nacional de Proteção e
Defesa Civil, portanto, a própria essência da Defesa Civil no Brasil, abrange as ações
de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação voltadas à proteção e
defesa civil (Art. 3º), incumbindo propriamente ao Corpo de Bombeiros a atuação
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especial nas ações de resposta pelo socorro de vítimas, muito embora estritamente
pela previsão constitucional possa atuar nas demais fases.
Em São Paulo, portanto, além das atividades de defesa civil, o Corpo de Bom-
beiros, integrante da Polícia Militar, desenvolve as atividades de prevenção, extinção
de incêndios e de buscas e salvamentos (estas últimas, ainda que não ligadas a um
cenário de defesa civil).
Pelo § 5º-A do Art. 144 da CF, às polícias penais, vinculadas ao órgão adminis-
trador do sistema penal da unidade federativa a que pertencem, cabe a segurança dos
estabelecimentos penais. Recente criação constitucional da Emenda Constitucional
n. 104/2019, a polícia penal ingressa na persecução criminal na execução da sentença,
portanto, fora já do ciclo de polícia, mas não deixa de ser após a fase do processo.
Ainda assim, como aponta Rodrigo Foureaux (2019, p. 120-1) há correntes antagô-
nicas sobre a concepção das Guardas Municipais como órgãos de segurança pública.
De nossa ordem, enxergamos claramente as Guardas Municipais como instituições
abarcadas pelo sistema de segurança pública, ou Sistema Único de Segurança Pública
(SUSP), exatamente com coloca a Lei n. 13.675, de 11 de junho de 2018. Aliás, essa
Lei vai além e traz outras previsões, não prestigiadas no Art. 144 da CF.
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Não se pode olvidar que existe norma federal que traz o Estatuto Geral das Guardas
Municipais, a Lei n. 13.022, de 8 de agosto de 2014, que traz como atribuições das
Guardas Municipais do Brasil algumas previsões claras de polícia preventiva, como:
• Prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais
ou administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e
instalações municipais;
• Atuar, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a prote-
ção sistêmica da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais;
• Exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e logra-
douros municipais, nos termos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997
(Código de Trânsito Brasileiro), ou de forma concorrente, mediante convênio
celebrado com órgão de trânsito estadual ou municipal;
• Encaminhar ao delegado de polícia, diante de flagrante delito, o autor da infração,
preservando o local do crime, quando possível e sempre que necessário;
• Desenvolver ações de prevenção primária à violência, isoladamente ou em con-
junto com os demais órgãos da própria municipalidade, de outros municípios ou
das esferas estadual e federal;
• Auxiliar na segurança de grandes eventos e na proteção de autoridades
e dignatários.
Cadeia de Custódia
Conhecido o ciclo de polícia e as instituições que podem atuar, precisamos tecer
breves comentários sobre a cadeia de custódia.
Sempre houve uma preocupação com o encontro, preservação, transporte e
acondicionamento de instrumentos e objetos de infrações penais, mas a questão
ganhou maior relevância com a Lei n. 13.964, de 24 de dezembro de 2019.
Esta lei trouxe o Art. 158-A e seguintes para o Código de Processo Penal, que,
de início define cadeia de custódia como:
O conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e docu-
mentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em ví-
timas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu
reconhecimento até o descarte.
Mas o que o agente de segurança pública tem com isso? Tudo, pois o Código tam-
bém menciona que:
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Traduzindo o comando legal, nas cenas de crime, o espaço onde o fato foi
cometido e que interessa muito à polícia judiciária, deverá haver a preservação pelo
isolamento do local até que seja procedida a perícia. O agente de segurança pública,
como agente público que, em regra, primeiro se depara com a situação, deve cuidar
de seu isolamento e preservação. Desse passo inicial poderá depender o sucesso da
perícia e, em consequência, da investigação de polícia judiciária.
Prisão em Flagrante
Já conhecemos a polícia judiciária e as instituições que a exercem. Agora, vamos
falar um pouco da atuação investigativa.
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Não se tratando de infração de menor potencial ofensivo, a apuração será pelo
inquérito policial, que veremos adiante, mas isso se não ocorrer o caso de flagrância
do crime (que não seja de menor potencial ofensivo).
II – acaba de cometê-la;
III – é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qual-
quer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
Você deve fixar, desde agora, essas hipóteses. Nelas, não sendo o caso de infra-
ção penal de menor potencial ofensivo, será lavrado o auto de prisão em flagrante
pela polícia judiciária.
Inquérito Policial
Uma das formas de apurar uma infração penal pela polícia judiciária – que não
seja caso de flagrante e nem infração penal de menor potencial ofensivo – é o in-
quérito policial.
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procedimento. Para ser mais claro, a regra é a instauração de inquérito para apurar
crimes, mas, eventualmente, se um outro procedimento apuratório (sindicância, por
exemplo) for concluído e evidencie a prática de crime, o Ministério Público pode
oferecer a denúncia com base no outro procedimento.
Sua finalidade, como diz o autor, é a identificação das fontes de prova e a colheita
de elementos de informação quanto à autoria e materialidade da infração penal para
que o titular da ação penal pública, o Ministério Público, ou privada, o ofendido ou
seu representante possam demandar perante o Poder Judiciário.
Quem conduzirá esse inquérito será o titular da polícia judiciária. No processo
penal comum, a delimitação está no Art. 4º do CPP, que define que a polícia judi
ciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas cir-
cunscrições e terá, por fim, a apuração das infrações penais e da sua autoria. Ou seja,
a regra de atuação é a dos Delegados de Polícia Civil e de Polícia Federal, nos ter-
mos constitucionais já estudados.
No caso de crimes militares, a atribuição de polícia judiciária militar está definida
no Art. 7º do CPPM, e pode ser resumida nas autoridades militares, oficiais, desde o
comandante de unidade até o comandante da Força (Marinha, Exército, Aeronáutica,
Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares), com possibilidade de delegação
a oficiais da ativa.
Estes atores são autoridades de polícia judiciária, mas isso não exclui, por exemplo,
a possibilidade de o Ministério Público exercer por autoridade própria a investigação
de ilícitos, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal, em 14 de maio de 2015,
no Recurso Extraordinário n. 593.727.
Quanto ao sigilo do inquérito, a autoridade policial o assegurará se neces-
sário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Nos atestados de
antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar
quaisquer anotações referentes à instauração de inquérito contra os requerentes.
Seguindo adiante, a instauração de um inquérito policial, nos crimes de ação
pública – crimes em que o Ministério Público, conhecendo os elementos que indi-
quem autoria e materialidade, pode promover o início do processo pela denúncia,
sem depender da vontade do ofendido, a exemplo do crime de homicídio (Art. 121
do Código Penal) –, será de ofício pelas autoridades policiais, ou mediante requisição
da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou
de quem tiver qualidade para representá-lo.
O requerimento do ofendido conterá, sempre que possível, a narração do fato,
com todas as circunstâncias, a individualização do indiciado ou seus sinais caracterís-
ticos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os
motivos de impossibilidade de o fazer e a nomeação das testemunhas, com indicação
de sua profissão e residência. Caso haja indeferimento do requerimento, caberá re-
curso para o chefe de Polícia.
No processo penal militar, o inquérito policial militar também pode ser instau-
rado de ofício, mas admite-se instauração por determinação, delegação requisição
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(apenas do MP), em virtude de sindicância e por requerimento do ofendido (Art. 10
do CPPM), mas do indeferimento do requerimento não caberá recurso.
Nos crimes de ação privada – nestes crimes não é o Ministério Público que pro-
move a ação penal, mas o próprio ofendido ou quem o represente, oferecendo a
queixa-crime, a exemplo do crime de calúnia (Art. 138 do Código Penal) –, a auto-
ridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha
qualidade para intentá-la. Nestes casos, os autos do inquérito serão remetidos ao
juízo competente e aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal,
ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
Dispõe o CPP que, logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:
• Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e con-
servação das coisas até a chegada dos peritos criminais; neste ponto, note-se,
alinhado à cadeia de custódia, a preservação já deve ter começado antes da
autoridade policial chegar ao local, por ação do primeiro agente de segurança
pública que detectar um local de crime:
• Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais;
• Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e
suas circunstâncias;
• Ouvir o ofendido;
• Ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capí-
tulo III do Título Vll, do Código, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
• Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
• Determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quais-
quer outras perícias;
• Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e
fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
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vinculados às instituições dispostas no Art. 142 da Constituição Federal, desde que
os fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem.
Para tanto, o investigado deverá ser “citado” (melhor seria intimado) da instau-
ração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até
48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação. Esgotado este prazo
com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade responsável
pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à
época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
indique defensor para a representação do investigado. Aqui houve uma inovação de
a administração ter que providenciar um defensor, frise-se, apenas nos casos indi-
cados pelo Art. 14-A.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Atuação do Exército na Garantia da Lei e da Ordem
https://youtu.be/v3EGCz4Ii0s
Leitura
Poder de Polícia das Forças Armadas
https://bit.ly/2P4bClK
Segurança Pública
FOUREAUX, R. Segurança Pública. Salvador: Jus Podivm, 2019, p. 117-173.
Pacote Anticrime
LIMA, R. B. de. Pacote anticrime. Salvador: Jus Podivm, 2020, p. 250-258.
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Referências
ASSIS, J. C. de. Código de Processo Penal Militar anotado. Curitiba: Juruá, 2004.
________. Da defesa civil e seu poder de polícia. A Força Policial, São Paulo:
Polícia Militar do Estado de São Paulo, n. 65, p. 11, 2010.
LENZA, P. Direito constitucional esquematizado. 10. ed. São Paulo: Método, 2006.
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