Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE DIREITO PÚBLICO


DISCENTE: MARIA DE FÁTIMA DA SILVA
Primeira Avaliação de Direito Administrativo I

INSTRUÇÕES
1) Todas as respostas devem ter fundamentação, tendo por base o sistema do
Direito Positivo brasileiro.
2) Todas as respostas devem ser redigidas segundo a Norma Culta da Língua
Portuguesa.
3) A avaliação pode ser feita individualmente, em dupla ou em
trio.
4) No caso de dupla ou trio, a responsabilidade dos membros do
grupo é solidária.
5) As respostas devem ser entregues exclusivamente por meio do SIGAA, em
arquivo em PDF, devendo constar obrigatoriamente neste arquivo o(s) nome(s) do(s)
aluno(s).
6) No caso de dupla ou trio, um dos membros pode ficar responsável pela entrega,
desde que registre de imediato no ato, os nomes de todos os integrantes do grupo; mas
recomenda-se que todos os alunos do grupo enviem o mesmo arquivo por razões de
segurança.
7) As respostas devem ser enviadas no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
8) A primeira questão vale 4,0 (quatro) pontos; a segunda questão, 6,0 (seis) pontos,
sendo cada um de seus itens valorado em 2,0 (dois)
Primeira questão:

Noab Sefaradita, servidor público do Município de Azul/RN, ocupante de cargo


efetivo de professor da rede municipal de ensino público, ao auxiliar a gestão da escola
na qual se encontra lotado, descobriu que a Diretora a qual se encontrava subordinado
tem desviado os recursos públicos.
Após ter comunicado formalmente o fato ao Secretário Municipal de Educação,
Adolfo Stálin, Noab Sefaradita foi sumariamente removido para outra escola, sem
qualquer motivação, e com a perda de gratificações, mediante ato subscrito por essa
autoridade.
Indaga-se: Esse ato do Secretário Municipal de Educação foi compatível com os
princípios do modelo jurídico-administrativo? Justifique com amparo no ordenamento
jurídico em vigor.

Mormente, há de se enfatizar que: O modelo jurídico-administrativo brasileiro tem o


princípio da motivação das decisões administrativas como um de seus princípios
orientadores. Tal princípio está implícito na Constituição Federal – o que não lhe tira a
importância, conforme previsão do art. 5º, §2º, da Carta Maior –, mas está expresso na Lei
9.784/1999, em seus arts. 2º, caput e parágrafo único, inciso VII, e art. 50, I, reforçada pelo
§1º, in verbis:
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão
observados, entre outros, os critérios de: (…)
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que
determinarem a decisão.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
§1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente (...).
Vale lembrar que a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB –
traz regra nesse sentido em seu art. 20 e parágrafo único, in verbis:
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se
decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam
consideradas as consequências práticas da decisão.
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a
adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato,
ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das
possíveis alternativas.
Nesse sentido, todas as decisões da Administração Pública devem ser devidamente
motivadas, sob pena de invalidação do ato, conforme lição de Celso Antônio Bandeira de
Mello, abaixo transcrita:
“Atos administrativos praticados sem a tempestiva e
suficiente motivação são ilegítimos e invalidados pelo Poder
Judiciário, toda vez que sua fundamentação tardia não possa
oferecer segurança e certeza de que os motivos aduzidos
efetivamente existiam ou foram aqueles que embasaram a
providência contestada.”
A legislação trabalhista vigente também concorre para o mesmo fim, deixando claro
que é possível a transferência de um empregado de uma unidade para outra, desde que
respeitados os requisitos legais, inclusive aqueles constantes no caput do ART. 468 da CLT, e
a parte final do ART. 469 da CLT. Que dispõem, respectivamente:
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das
respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem,
direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula
infringente desta garantia.
Art. 469 - § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o
empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições
do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca
inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela
localidade, enquanto durar essa situação. (Parágrafo incluído pela Lei nº 6.203, de
17.4.1975)
Nesse sentido, além de tudo, o princípio da motivação determina que a administração
deverá justificar seus atos, apresentando as razões que o fizeram decidir sobre os fatos com a
observância da legalidade governamental. Os atos administrativos precisam ser motivados,
levando as razões de direito que levaram a administração a proceder daquele modo,
necessário então diferenciar motivo de motivação.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, traz:
“Que motivo e o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato
administrativo e que a motivação é a exposição dos motivos, ou seja, é a demonstração, por
escrito, de que os pressupostos de fato realmente existiram.” e ainda exemplifica dizendo
que “(...) no ato de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele praticou, no
tombamento, é o valor cultural do bem, na licença para construir, é o conjunto de requisitos
comprovados pelo proprietário; na exoneração do funcionário estável é o pedido por ele
formulado.”
(Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo – 24. ed. – São Paulo: Atlas,
2011. p. 212)
Celso Antonio Bandeira de Melo por sua vez traz:
“Em algumas hipóteses de atos vinculados, isto é, naqueles que há aplicação quase
automática da lei, por não existir campo para interferência de juízos subjetivos do
administrador, a simples menção do fato e da regra de Direito aplicada pode ser suficiente,
por estar implícita a motivação. Todavia, em que existe discricionariedade administrativa ou
em que a prática do ato vinculado depende de atirada apreciação e sopesamento dos fatos e
das regras jurídicas em causa, é imprescindível a motivação detalhada.”
(Mello, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo – 15. ed. – São
Paulo: Malheiros, 2002. p. 102)
O entendimento dos Tribunais quanto à importância da motivação dos atos
administrativos vem sendo demonstrado nas decisões, que a motivação é necessária para todo
e qualquer ato administrativo. De extrema importância esse entendimento, porque ficaria
extremamente prejudicado a análise das condutas administrativas sem as razões motivadoras
que permitissem reconhecer seu afinamento ou desafinamento com os princípios
administrativos como da legalidade, da finalidade, da proporcionalidade, da razoabilidade,
da moralidade, do contraditório e ampla defesa, permitindo assim formar uma linha divisória
entre os atos praticados dentro da legalidade ou atos que acarretará a possível nulidade. O
Poder Judiciário tem se posicionado em suas decisões que o Princípio da motivação é
fundamental para o controle da legalidade dos atos administrativos.

“EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO


DE SEGURANÇA. APREENSÃO DE VEÍCULO ESTACIONADO EM LOCAL
PROIBIDO. TERMO DE APREENSÃO SEM DISPOSITIVOS LEGAIS. VIOLAÇÃO DO
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO QUE REGE TODOS OS ATOS ADMINISTRATIVOS E
DO DIREITO DA AMPLA DEFESA.NULIDADE DE ATO. REEXAME NÃO
PROVIDO.DECISÃO UNÂNIME. 1-Termo de Apreensão sem constar os dispositivos que
demonstram a infração cometida. Exigência necessária em virtude do direito que se tem em
saber a motivação que gerou a imposição da penalidade. 2-Violação flagrante do princípio da
motivação que rege todos os atos administrativos. 3-Reexame Necessário não provido. 4-
Decisão Unânime. Processo: REEX 379915220068170001 PE 0037991-52.2006.8.17.0001;
Relator(a): José Ivo de Paula Guimarães; Julgamento: 12/04/2012; Órgão Julgador: 8ª
Câmara Cível; Publicação: 76.”(grifo nosso).
Em face do que foi exposto o Princípio da Motivação, está consagrado em várias
doutrinas como também nos entendimentos do Poder Judiciário, pois sua importância está
ligada ao controle da legalidade dos atos administrativos, devendo ser exposta de forma clara
e congruente, buscando uma eficácia nas decisões juntamente a uma moralidade
administrativa. Sendo assim, com base nos fundamentos apresentados, a transferência do
professor de uma unidade para outra, sem motivação, que acarretou a perda de gratificações,
não é compatível com os princípios do modelo jurídico-administrativo, pois não consta as
razões de fato e de direito que justifiquem a decisão, além de ter gerado prejuízo ao
empregado, o que vai contra os art. 468 e 469 da CLT.
Em suma, é igualmente arbitrária a transferência do professor para outra unidade
escolar, sem qualquer motivação, porquanto, sabe-se que o controle judicial dos atos
administrativos discricionários limitam-se ao controle da legalidade, não podendo adentrar no
mérito. Contudo, a motivação é princípio de observância obrigatória para a Administração,
cujo desrespeito enseja a declaração de nulidade do ato.

Segunda questão:

Pol Pot, Prefeito do Município de Azul/RN expediu decreto que dispõe sobre o
procedimento sumário para a punição de atos de improbidade administrativa
praticados no âmbito da Administração Pública Municipal. Dentre as normas
veiculadas por esse ato normativo, constata-se a outorga ao Chefe do Poder Executivo
Municipal a competência para extinguir o contrato administrativo cujo particular
contratado seja Réu em ação civil pública movida pelo Ministério Público, sem a
abertura de processo administrativo, e sem o pagamento da remuneração ajustada no
contrato.
Levando-se em consideração que não há previsão legal de tal procedimento na
legislação em vigor, indaga-se:
(i) O ato normativo municipal em questão é ato administrativo, legislativo ou
jurisdicional? Justifique com amparo no ordenamento jurídico em vigor.
A Constituição de 1988 elevou a probidade em função pública no § 4º do art. 37 à
posição de direito subjetivo público, cuja natureza é difusa. Trata-se da sublimação da ética
na gestão da res publicae. O dever de probidade que daí se irradia descende diretamente do
princípio da moralidade administrativa explicitado no caput do art. 37 e no inciso LXXIII do
art. 5º. Como os previstos em nossa lei fundamental, a Constituição Federal de 1988, que
estabelece em seu Art. 37 os princípios basilares que devem ser respeitados por todos os
agentes públicos: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Os
princípios, embora não possuam força hierárquica superior a de uma lei, servem como seu
alicerce primordial, não podendo os atos políticos ou administrativos não irem de encontro a
estas disposições fundamentais.
Hely Lopes Meirelles (2004, p. 147), em seu conceito restrito de ato administrativo,
diz que:
“Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração
Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados
ou a si própria.” Dados a fundamentação legislativa e doutrinária apresentada, nesse sentido,
no caso em tela, o ato normativo municipal é ato administrativo.
(ii) Esse ato normativo municipal é compatível com os princípios do modelo
jurídico-administrativo? Justifique com amparo no ordenamento jurídico em vigor.
Os pressupostos do ato administrativo se subdividem em pressupostos de existência e
pressupostos de validade: os primeiros são a publicidade e a pertinência do ato à função
administrativa; já os segundos são a competência do sujeito, a juridicidade do objeto, o
motivo, os requisitos procedimentais, a finalidade, a causa e a formalização.
Dada a premissa, a administração municipal não está obrigada a manter em seu
quadro aquele que comprometeu a retidão de conduta, comprovadamente, no desempenho
funcional, fugindo ao cumprimento de seus deveres e proibições como agente público,
consoante previsão das regras legais e constitucionais de atuação no ofício administrativo.
Sendo infração disciplinar, é inegável o direito da Administração Pública de exercer
seu poder sancionador sobre o agente cuja conduta é ilícita, demitindo-o, antes mesmo da
abertura ou desfecho de eventual ação judicial de improbidade pelo Ministério Público ou
pela própria pessoa jurídica de direito público legitimada.
Nesse diapasão, a doutrina pátria e a jurisprudência de nossos tribunais entendem, de
forma dominante, que a Administração Pública pode, sim, demitir servidor, ao considerar que
ele tenha cometido ato de improbidade administrativa (falta disciplinar passível de demissão,
nos termos do art. 132, IV, da L. 8.112/90), independentemente de prévia instauração ou
julgamento de processo judicial pelo mesmo fato.
Nesse diapasão, sedimentou o Superior Tribunal de Justiça em precedentes uniformes
(destaques não originais):
Conforme já decidido pela Eg. Terceira Seção, a independência entre as instâncias
penal, civil e administrativa, consagrada na doutrina e na jurisprudência, permite à
Administração impor punição disciplinar ao servidor faltoso à revelia de anterior julgamento
no âmbito criminal, ou em sede de ação civil por improbidade, mesmo que a conduta
imputada configure crime em tese. Precedentes do STJ e do STF (MS. 7.834-DF).
Comprovada a improbidade administrativa do servidor, em escorreito processo administrativo
disciplinar, desnecessário o aguardo de eventual sentença condenatória penal. Inteligência
dos arts. 125 e 126 da Lei 8.112/90. Ademais, a sentença penal somente produz efeitos na
seara administrativa, caso o provimento reconheça a não ocorrência do fato ou a negativa da
autoria.
No Supremo Tribunal Federal, em julgamento recente, a própria 1ª Turma endossou a
possibilidade de a Administração Pública demitir servidor que incorrer em ato de
improbidade administrativa, independentemente da propositura de ação judicial, como
transcrito a seguir (destaques não originais):

RECURSO - MINISTÉRIO PÚBLICO - FISCAL DA LEI. A interposição do recurso


pelo Ministério Público, após haver emitido, na origem, parecer que não veio a ser acolhido,
pressupõe a configuração de ilegalidade. PROCESSO ADMINISTRATIVO - DIREITO DE
DEFESA - OBSERVÂNCIA. Instaurado o processo administrativo e viabilizado o exercício
do direito de defesa, com acompanhamento inclusive por profissional da advocacia, descabe
cogitar de transgressão do devido processo legal. RESPONSABILIDADE
ADMINISTRATIVA E PENAL. As esferas são independentes, somente repercutindo na
primeira o pronunciamento formalizado no processo-crime quando declarada a inexistência
do fato ou da autoria. PROCESSO ADMINISTRATIVO - IMPROBIDADE - PENA.
Apurada a improbidade administrativa, fica o servidor sujeito à pena de demissão - artigo
132, inciso IV, da Lei nº 8.112/90. Decisão. A Turma negou provimento ao recurso ordinário
em mandado de segurança, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 04.10.2005.
[05]
Ainda, a colenda 1ª Turma do excelso Supremo Tribunal Federal encampou o mesmo
entendimento, consoante acórdão assim ementado (destaques não originais):

EMENTA: ADMINISTRATIVO. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA.


SERVIDOR PÚBLICO. DEMISSÃO POR ATO DE IMPROBIDADE. PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE. PENA MENOS SEVERA. O órgão do Ministério Público, que
oficiou na instância de origem como custos legis (art. 10 da Lei nº 1.533/51), tem
legitimidade para recorrer da decisão proferida em mandado de segurança. Embora o
Judiciário não possa substituir-se à Administração na punição do servidor, pode determinar a
esta, em homenagem ao princípio da proporcionalidade, a aplicação de pena menos severa,
compatível com a falta cometida e a previsão legal. Este, porém, não é o caso dos autos, em
que a autoridade competente, baseada no relatório do processo disciplinar, concluiu pela
prática de ato de improbidade e, em consequência, aplicou ao seu autor a pena de demissão,
na forma dos artigos 132, inciso IV, da Lei nº 8.112/90, e 11, inciso VI, da Lei nº 8.429/92.
Conclusão diversa demandaria exame e reavaliação de todas as provas integrantes do feito
administrativo, procedimento incomportável na via estreita do writ, conforme assentou o
acórdão recorrido. Recurso ordinário a que se nega provimento.
Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança.
Unânime. 1ª Turma, 26.10.2004.
Conforme entendimento, o ato normativo municipal é compatível sim com o modelo
jurídico administrativo, sendo fundamentado com solidez de forma legislativa,
jurisprudencial e doutrinária, como visto. No entanto, é necessário se fazer uma ressalva; que
o pagamento das verbas rescisórias deverá ser efetuado de forma a se adequar a situação.
Ante a visão do Direito Positivo, a utilização isolada dos princípios constitucionais como
fundamentos de imputação de atos de improbidade administrativa cria uma situação de
insegurança jurídica ante a ausência de parâmetros objetivos para sua utilização, além de ferir
as garantias constitucionais da ampla defesa e do contrário, base de nosso Estado
Democrático de Direito, tendo em vista que subtrai do réu o direito de defender de modo
efetivo, ante a subjetividade da imputação baseada unicamente nos princípios constitucionais.

(iii) Caso haja a extinção do contrato administrativo com base nesse ato
normativo municipal, e tenha ocorrido execução de parte do objeto do contrato, teria o
contratado o direito de pleitear o pagamento proporcional pelo que foi efetivamente
executado, à luz dos princípios do modelo jurídico-administrativo? Justifique com
amparo no ordenamento jurídico em vigor.

O Artigo 482 do Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943, alínea “a”,CLT traz:
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
No entanto O Artigo 59 da Lei nº 8.666 de 21 de Junho de 1993 Lei nº 8.666 de 21 de
Junho de 1993 dispõe:
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente
impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de
desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o
contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros
prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a
responsabilidade de quem lhe deu causa.
Nesse sentido, de acordo com a legislação trabalhista em vigor, a luz dos
princípios do modelo jurídico-administrativo brasileiro, tem-se que as verbas
rescisórias caso o contratado fosse dispensado nesses termos, seriam:
: Saldo de salário;
: férias vencidas mais 1/3 constitucional;
Dessa forma sim, ele teria o direito de pleitear o pagamento proporcional do que fora
executado.

Você também pode gostar