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3º PERÍODO
PALMAS-TO/ 2006
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS - NORMAL SUPERIOR
sidade
iver do
Un
To
Fundaçã
cantins
Tecnologia em educação continuada
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EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS – NORMAL SUPERIOR
Apresentação
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Plano de Ensino
EMENTA
A abordagem histórica da alfabetização no contexto educacional brasileiro. A
linguagem enquanto sistema simbólico, representativo das interações.
Processos de alfabetização e alternativas metodológicas. A função social da
escrita em uma sociedade letrada. Produção e apropriação da leitura e da
escrita: uma metodologia de alfabetização a partir do texto. Alfabetização como
processo da aquisição oral e escrita: métodos, técnicas, materiais didático
(confecção, seleção e elaboração). Formação do alfabetizador.
OBJETIVOS
• Conhecer e compreender as dimensões teórico/prática do processo de
ensino-aprendizagem na aquisição da leitura e da escrita.
• Compreender a linguagem enquanto sistema simbólico, representativo
das interações humanas, bem como refletir sobre lingüística, fonética e
variação.
• Conhecer os níveis de evolução de escrita pela criança no enfoque
construtivista e sócio-interacionista.
• Analisar e compreender os métodos e técnicas para a alfabetização e a
importância dessas.
• Analisar a importância do uso dos materiais didáticos no processo
ensino-aprendizagem.
• Analisar e refletir sobre os paradigmas atuais da alfabetização.
• Refletir sobre a importância da formação continuada do alfabetizador,
estudos permanentes.
EIXOS TEMÁTICOS
EIXO TEMÁTICO 1: HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO NO CONTEXTO
EDUCACIONAL BRASILEIRO
Contextualizando a alfabetização
Concepções pedagógicas na alfabetização
EIXO TEMÁTICO 2: ALFABETIZAÇÃO, FONÉTICA E VARIAÇÃO
LINGÜÍSTICA
Simbologia
Aparelho fonador
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Fonologia e fonética
Fonemas consonantais e vocais, alofones, pares mínimos e
transcrições
Acento e sílaba
Alfabetização e fonética: estudos de caso
Alfabetização e variação lingüística
EIXO TEMÁTICO 3: PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
Alfabetização e letramento
Formação do profissional alfabetizador
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. São Paulo: Scipione, 2001.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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Sumário
Introdução......................................................................................................11
O que é alfabetização?..................................................................................11
Trajetória da alfabetização............................................................................12
Alfabetização no Brasil: do período colonial até os dias atuais.....................12
A expulsão dos jesuítas.................................................................................13
Cidadão alfabetizados...................................................................................13
Síntese do tema.............................................................................................16
Atividades.......................................................................................................16
Concepções pedagógicas na alfabetização
Introdução.......................................................................................................17
Alfabetização e epistemologia: implicações no cotidiano escolar..................18
Construtivismo: a tese da (re)criação do conhecimento................................20
Síntese do tema.............................................................................................20
Atividades.......................................................................................................21
Introdução......................................................................................................51
Alfabetização em processo: psicogênese......................................................51
Hipóteses da escrita da criança, segundo Ferreiro (1978)..............................53
Hipótese pré-silábica............................................................................................53
Hipótese silábica...................................................................................................55
Hipótese silábica- alfabética.................................................................................55
Escrita alfabética...................................................................................................56
Síntese do tema....................................................................................................58
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Atividades.................................................................................................................58
Alfabetização e construtivismo
Discussão.................................................................................................................60
Síntese do tema.................................................................................................64
Atividades..................................................................................................................64
Atividades...........................................................................................................71
Metodologia de alfabetização
Introdução...........................................................................................................72
Atividades...........................................................................................................79
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Tema 01
Objetivo
Introdução
Olá pessoal! Nesta aula, abordaremos o tema história da alfabetização
no contexto educacional brasileiro. Vocês estudaram na disciplina de História
da Educação a trajetória da educação no Brasil e no mundo e em Língua
Portuguesa, a história da escrita. Aqui, o enfoque principal é o caminho
percorrido no Brasil em relação à alfabetização, por meio de análises
ideológicas, sociológicas e históricas. No decorrer dos nossos estudos, vamos
analisar e refletir algumas definições de alfabetização e reconhecer a trajetória
da alfabetização no contexto educacional brasileiro.
Atualmente, observamos que o Brasil ainda não conseguiu superar a
dificuldade em relação ao analfabetismo, sendo que o IBGE apresentou, em
2003, o índice de analfabetismo de 11,6%, incluindo jovens e adultos,
demonstrando que muitos não sabem ler nem um bilhete simples.
Ressalta-se que nossos estudos estão fundamentados em pesquisas
de vários educadores (Ribeiro, 2003, Freire e Macedo, 1990, GEEMPA, 1986).
Começaremos, então, com algumas definições de alfabetização.
O que é alfabetização?
É o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das
habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da
tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da
escrita. (Ribeiro, 2003, p. 91)
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Trajetória da alfabetização
“O Renascimento (ou O acesso à leitura e à escrita na antigüidade não era privilégio só dos
Renascença) foi um
sacerdotes, reis ou pessoas de grande poder. Pessoas adquiriam a leitura em
movimento cultural e
simultaneamente um sua própria casa sem ir à escola, apenas pela necessidade de aprender a
período da história
Europeia, considerado resolver seus negócios, comércios ou ler obras literárias ou, em alguns casos,
como marcando o final
para obter informações culturais da época.
da Idade Média e o
início da Idade Segundo Cagliari (2003), os semitas, os gregos e os romanos nos
Moderna. O
Renascimento é deixaram alguns “alfabetos”, tabuinhas ou pequenas pedras, nas quais podiam
normalmente
encontrar o alfabeto e serviam de caminho para as pessoas aprenderem a ler e
considerado como
tendo começado no escrever. Pode-se dizer, então, que essas “tabuinhas” foram as mais antigas
século XIV em Itália e
no século XVI no norte “cartilhas da humanidade”.
da Europa”.
Nos séculos XV e XVI, período do Renascimento, a leitura deixou de
Capturado em ser coletiva e passou a ser individual. Surgiu uma inquietude com a
http://pt.wikipedia.org/
necessidade de se ter um povo alfabetizado (isso sinalizava que a nação era
wiki/Renascimento_(m
ovimento_cultural) oprimida) e passou-se a dar importância à alfabetização de todos. Como
conseqüência, apareceram as primeiras Cartilhas, ensinando a escrever nas
línguas vernáculas, que até então era o latim.
Outra idéia importante desse tema é a noção língua vernácula.
Capturado em Por volta dos anos de 1600, a população brasileira dominante era a agrária e
http://www.riototal.com escravista e, por isso, não era importante a educação elementar, sendo esse
.br/coojornal/academic
os041.htm uma das causas desse período a maior parte da população brasileira ser
analfabeta.
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educacional brasileiro.
O ensino público oficial é implantado no Brasil a partir de 1772, depois
da expulsão dos jesuítas, passando a ser baseado nas chamadas aulas régias
de disciplinas separadas. A sociedade brasileira, naquela época, continuava
com sua aristocracia agrária escravista, a economia era agro-exportadora
dependente e submetida à política colonial da opressão. Com essas
características sociais e econômicas, a educação no Brasil sofre graves
conseqüências, ou seja, o analfabetismo e o ensino estava precários agravado
pela expulsão dos jesuítas e por demorar a reforma pombalina da educação
brasileira.
Após a Revolução Francesa, a escola se tornou universal, a educação
passou a ser direito de todos, e teve grande relevância a educação de
crianças, que antes era realizada só com adultos, sendo que depois houve a
preocupação com a alfabetização das crianças e a alfabetização foi introduzida
como matéria escolar. As cartilhas, naquele contexto, passaram por mudanças.
Antes, elas acompanhavam o calendário escolar em sua estruturação,
passando, então a ser em divididas, a partir daquele momento, em lições,
abordando um tema em cada lição. Seu método de ensino era pautado no
método alfabético, passando, mais tarde, ao método silábico, surgindo o ba –
be – bi – bo - bu, modelo para os futuros livros de alfabetização.
O ano de 1789 foi o ponto de partida para o acesso do indivíduo à
cultura escrita. A união de alfabetização e da escola só se consolidou
aproximadamente um século mais tarde com a promulgação das leis
fundamentais que formaram o alicerce da escola pública obrigatória, laica e
gratuita. Foram criadas as Escolas de Primeiras Letras através do decreto
imperial de 15 de outubro de 1827, que tratava da primeira Lei Geral relativa ao
Ensino Elementar em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do
império. Nas Escolas de Primeiras Letras, deveriam ser ensinadas a leitura e a
escrita das palavras, as quatro operações (adição, subtração, multiplicação e
divisão) e noções de geometria prática.
Cidadãos alfabetizados
As idéias republicanas propõem um novo modelo cultural, pois, com o
surgimento das indústrias e a urbanização crescente com novos valores em
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Dialética:
exigências de mão-de-obra qualificada e alfabetizada, com o surgimento das
concepção filosófica indústrias, impulsionando o Estado a reformular a sua função em relação à
segundo a qual o
mundo se encontra prestação de serviços públicos e, como conseqüência, a educação básica
em constante
mudança.
também sofre mudanças. Houve a expansão da Escola Básica Regular para
atender as necessidades dessa nova sociedade e, no que se referia a
Para obter mais
informações visite,
alfabetização, o objetivo era apenas o de decifrar palavras e frases. (Carvalho,
o site: 1977).
www.paulofreire.org
.br/glosário No segundo Congresso de Educação de Adultos em 1958, surgem
reflexões em relação às críticas das campanhas de alfabetização, que se
restringiam ao ensino de apenas assinar o nome, sendo que, muitas vezes, a
pessoa nem sabia escrever o alfabeto.
No início dos anos 60, surgem os movimentos com objetivo de
alfabetizar as classes populares:
Centros Populares de Cultura (CPC);
Movimento de Educação Popular;
Movimento de Educação de Base (MEB);
Campanha “De pé no chão também se aprende a ler”.
Quer conhecer Com o surgimento desses movimentos, não podemos deixar de citar as
melhor o método
Paulo Freire? contribuições de Paulo Freire (1962), com suas idéias de que o indivíduo só
Então leia o livro: O
que é método aprende através da dialética, criando uma metodologia com a função de
Paulo Freire do alfabetizar a classe oprimida, vista por ele como a classe analfabeta. Seu
autor Carlos
Rodrigues método tinha como pressuposto a utilização de “palavras geradoras”, palavras
Brandão. Editora
brasiliense, 1981. que faziam parte da vida do aluno, pois, em sua opinião, os indivíduos não
deveriam apenas aprender a formar palavras descontextualizadas, mas
compreender seu contexto dentro do meio onde estavam inseridos. A essência
das idéias de Paulo Freire (1962) era que antes de ensinar uma pessoa a ler as
palavras, era preciso ensiná-la a ler o mundo.
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Síntese do tema
Atividades
1. Após os estudos sobre a História da Alfabetização no contexto educacional
brasileiro, releia o texto da aula e escreva a concepção de alfabetização em
cada época:
na antigüidade
no renascimento
na revolução francesa
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na república
anos 60
anos 70
anos 80
anos 90 até a atualidade
Comentários
A trajetória da alfabetização, como vocês viram na aula, perpassa por
momentos sociais de grande relevância aos cidadãos brasileiros. Como vocês viram na
tele-aula em cada época é apresentada uma concepção de alfabetização. Essa
trajetória tem momentos nos quais a alfabetização é vista como a ascensão de um povo
oprimido pelas classes dominante. A partir dos anos 60, já se percebe a preocupação
com o indivíduo alfabetizado, que além de ler as palavras escritas deve saber interpretá-
las em qualquer contexto.
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Síntese do tema
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Atividades
1. Elencar as definições de conhecimento em cada concepção
pedagógica segundo Becker (1983), Empirista, Apriorista e
Construtivista.
Comentários
Na concepção empirista, o conhecimento tem um modo cumulativo, no
qual esse conhecimento é aprendido de maneira cumulativa e a inteligência
cumpre a função de guardar informações. Na apriorista, as formas de
conhecimento já estão pré-determinadas no sujeito, sendo, que no seu
desenvolvimento, ele poderá aperfeiçoar suas formas de conhecimento
previamente determinadas. No construtivismo, o conhecimento humano é
estabelecido nas relações do sujeito com a realidade.
Referências
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Tema 02
Objetivo
Introdução
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Lembre-se de Provocar no aluno a reflexão acerca do que possa ser uma palavra
revisar a idéia da através de nomeações das partes do corpo humano, termos de parentescos,
simbologia, que já
foi trabalhada como animais, plantas, frutas, comidas é outra estratégia para que pode contribuir
primeiro tema da
apostila do primeiro para o processo de alfabetização.
bimestre com o título Destaca-se, por fim, que a organização da escrita através da
de história da
escrita. produção de pequenos textos da cultura local, “provérbios, ditados, refrões”
(LEMLE, 1997, p. 15) também é relevante ao mencionado processo.
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O aparelho fonador
A voz, a fala e a linguagem são funções biológicas do ser humano, A fala é um fenômeno
sendo que essas são concretizadas no meio social. O aparelho fonador é o fonético e físico que
pode ser analisado pelo
órgão do ser humano utilizado na produção dos sons, sendo necessária, para ser humano,
naturalmente, ou
essa produção, uma corrente de ar na expiração, um obstáculo à corrente de ar através de aparelhos
e uma caixa de ressonância (faringe, boca, cavidade nasal), que é a cavidade das ciências físicas. Ela
é “a expressão sonora e
supralaríngea. articulada do código
lingüístico realizada por
um falante.”
Você sabe do que é composto o aparelho fonador? (Oliveira, 2005, p. 95).
Ressonadores
A linguagem é biológica
e também uma prática
social, já que é dialógica,
construída no meio social
a partir das diversas
pronúncias possíveis.
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Epiglote
Maiores informações sobre o aparelho
fonador, você encontra em
http://www.geocities.com/sandrafelix.geo/
aparelho.htm
http://criarmundos.do.sapo.pt/Linguistica/
pesquisalinguistica02.html
Falsas
http://www.uiowa.edu/%7Eacadtech/pho Cordas
netics/# (desenhos do aparelho fonador Vocais
em animação)
Cordas
Vocais
Traquéia
Vá em
http://www.corpohuma
no.hpg.ig.com.br/respir
acao/laringe/laringe.ht
ml
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Vá em
http://www.ufrrj.br/instit
utos/it/de/acidentes/vo
z.htm
Quadro 4: Figura das pregas (cordas) vocais, capturado em Quer ver as cordas
http://www.geocities.com/sandrafelix.geo/aparelho.htm vocais em
movimento?
Vá em
http://www.medicine.
uiowa.edu/otolaryngol
ogy/cases/normal/nor
mal2.htm
A segmental explica
Quadro 5: Diagrama de algumas das possibilidades de articulação das os segmentos, os
fonemas.
cordas vocais (Weiss, 1988, p. 15).
Já a supra-segmental
relaciona-se aos
Fonologia e fonética acentos, à entonação
e à sílaba.
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Fonemas consonantais
Destaca-se que os fonemas consonantais são classificados segundo:
os lugares de articulações;
os pontos de articulações;
papéis das cordas/pregas vocais (som vozeado ou desvozeado);
papéis das cavidades bucal (som oral) e nasal (som nasalizado).
/ t /, / d /, / s /, / z /, / n /, / /, / /, / / /, / l / ou / /;
Alveopalatal: parte anterior da língua encosta na região medial do palato duro,
produzindo uma interrupção parcial a passagem do ar. Articulador ativo: parte
/ t∫ /, /d /;
Palatal: parte média da língua encosta na parte final do palato duro, sendo a
obstrução a passagem do ar parcial. Articulador ativo: parte média da
língua;articulador passivo: parte final do palato duro, / / ou / ỹ / ; / / /
ou / /;
Velar: dorso da língua encosta no palato mole ou véu palatino, produzindo uma
obstrução a passagem do ar parcial. Articulador ativo: parte posterior da língua;
articulador passivo: palato mole (véu palatino), / k /, / g /, / X /, / / ;
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/ /.
Africada: há, inicialmente, uma obstrução total da passagem do ar, sendo que
na fase final dessa obstrução, essa é parcial, produzindo uma fricção. Ex: / t ∫ /,
/d /.
Nasal: O véu palatino abaixa e o ar sai pela cavidade nasal. Ex: / m /, / n /,
/ / ou / ỹ /.
Tepe: também chamada de vibrante simples, pois há uma articulação muito
rápida, ou seja, há uma obstrução rápida durante a passagem do ar. Ex:
/ /.
/
Em relação aos PAPÉIS DAS PREGAS (CORDAS) VOCAIS,
destacam-se que os sons podem ser desvozeados (surdos) e vozeados
(sonoros). Quando o ar passa pelas pregas vocais, há uma maior (som
vozeado) ou menor vibração (som desvozeado) dessas pregas vocais. O
espaço entre as cordas vocais é chamado de glote.
Os sons também podem ser classificados como ORAIS OU NASAIS. Os orais
são aqueles nos quais são produzidos quando o ar sai pela cavidade oral. Já
nos nasais, a corrente de ar passa pela cavidade nasal, no momento que a
úvula abaixa e abre passagem, espaço, para que o ar possa sair por esse trato
nasal, conforme demonstrado no quadro 3. Destaca-se, agora, que o quadro 8,
na seqüência, demonstra as características (traços distintivos)dos fonemas
consonantais.
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desvozeada vozeada
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altura da
língua
11.
Tira - / i / : vogal alta, anterior, não arredondada
O som /i/ p
pronunciad
34 / i / ou / I /
propósito d
curso, esta
usando am
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[´bol ə ]. Como o som tem dois fonemas vogais, pode-se dizer que ele tem
duas sílabas, pois tem dois núcleos silábicos. Ressalta-se, então, que a sílaba
ou segmento silábico é aquele produzido com um impulso respiratório de ar e
uma alternância de ressonância e constrição, bem como a partir da produção
das contóides e vocóides.
Agora, vamos praticar um pouco de transcrições fonéticas, observando
onde situa o acento principal, a sílaba forte da palavra fonológica, o som. Veja
quadro 13.
assa [ ´a s a ] 2 asa [ ´a z a ] 1
gato [ ´g a t u ] 2 dica [ ´d i k ə] 2
fé [´fЄ] 1 pó [ ´p ] 1
sabiá [ s a b i ´a ] 3 ipê [ i ´p e ] 2
tinta [ ´t∫ t ə] 3 festa [´fЄ stə ] 2
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]
quais [kwais] 1 pai [paJ]
Pelé [ p Є ´l Є ] 2 cuspe [´Kuspi] 2
[ ´´k u ∫ p i ]
banho [´bã u] 2 vento [ ´v tu] 2
[´ timu]
[ a ´p a s ]
[´ a ´p a s ]
Quadro 13: Transcrições fonéticas, acento principal e número de sílaba.
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Texto A:
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[´ãt o ].
Na palavra “ispim” [ i s ´p ], espinho, [ i s ´p u ], ressalta-se a
substituição do fonema / e / pelo / i /, bem como o som / / (nh) por / m /,
ambos nasais, sendo que a última vogal não foi sinalizada na escrita / u /.
Destaca-se, por fim, que o texto A sugere que parece que aquela
criança não conhece ainda muito bem como usar a pontuação e o acento.
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Dialeto é a
linguagem
produzida por
falantes de uma
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região geográfica
ou por grupos (Carta citada em “The Standard American, citada em Fromkin e
sociais diferentes Rodman, 1983, p.268)
(Fromkin e
Rodman, 1993, p.
268) As pessoas falam de maneiras diferentes nas diversas épocas e isso
não significa que um linguajar é melhor do que o outro, mas que a linguagem
vai adquirindo novos valores sociolingüísticos das sociedades das diversas
épocas. Nesse sentido, não há uma linguagem melhor ou pior, mas uma que
seja diferente daquela mais prestigiosa, ou seja, daquela mais padronizada
pela sociedade.
Percebe-se, ainda, que muitas vezes, a escola valoriza mais o aluno
que fala o dialeto de prestígio, sendo que o outro, aquele que fala o dialeto
Idioleto é “o
conjunto dos estigmatizado (diferente) da sociedade, é mais desvalorizado. No entanto,
enunciados
produzidos por uma
respeitar os diversos dialetos e os ideoletos dos alunos é um dos papéis
só pessoa, ... o dessa escola, sendo que o professor pode comparar as diferentes produções
conjunto dos usos
de uma língua orais e escritas dos alunos para, a partir daí, propor um estudo sobre como as
própria de um
indivíduo num
variedades da língua podem funcionar.
momento Destaca-se, então, que somos falantes de mais de um dialeto, já que
determinado.”
(Dubois et. al, 1998, falamos de acordo com as diversas situações, sendo que a sociedade atribui
p.329). São as
“características
valores diferentes às pessoas e esses, ás vezes, podem ser preconceitos
únicas do modo de lingüísticos (Cagliari, 2001). Pode-se dizer, então, que aprender português é
falar de cada
indivíduo.” (Fromkin aprender como a língua e suas variedades lingüísticas funcionam, bem como
e Roman, 1983,
p.267).
usar os diversos dialetos da comunidade e não somente o dialeto-padrão, a fim
de se comunicar nos diferentes contextos lingüísticos. Essa reflexão das
variedades lingüísticas significa compreensão das diversas culturas.
O que se sugere, portanto, é que o professor alfabetizador deve
considerar as variações lingüísticas de seus alunos, a fim de ir propiciando as
orientações necessárias, sem podá-los em relação à co-criação de seu
discurso oral e escrito, já que essa diversidade lingüística é uma realidade na
sala de aula e um fator de enriquecimento das diversas linguagens. Nesse
sentido, vale ressaltar que o aluno produz seu discurso escrito, tendo como
base as interações do mundo real e sua prática/interação lingüística deve ser
orientada pelo professor, quando for necessário, segundo as variações,
contextos e objetivos. Logo, a escrita é uma atividade de construção e
reconstrução, um processo inacabável e o discurso oral é uma co-criação, uma
prática social dialógica e ideológica. Assim, alfabetizadores devem levar em
consideração os dialetos regionais, os ideoletos das crianças, bem como as
interações e construções dos discursos no processo de alfabetização, já que
essa é a linguagem da criança e não pode ser descartada.
Destacam-se abaixo algumas variações lingüísticas, sons produzidos
pelos alunos.
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palhaçada [pa a ´s a d a] , [ p a ј a ´s a d a ]
Farda [ ´f a d a] [´f a d a] [´f a d a]
[ ´f a d a]
Rasga [ ´ X a z g a ], [ ´ X a g a ], [ ´ h a z g a ],
[ ´h a g a ], [ ´ a g a ],
gasta [ ´g a s t a ] , [ ´g a ∫ t a ]
pedau [ p e ´d a w ] , [ p Є ´d a w ]
Agora, exemplificam-se escritas de alunos que têm influências de seus
discursos orais.
“tudu” [ ´t u d u ] ao invés de “tudo” [ t u d u ];
“tristi” [ ´t r i s t i ] ao invés de “triste” [ ´t r i s t i ];
“curraiva” [ k u r a i v a ] ao invés de com raiva” [ k õ r a i v a ];
“eitau” [ e i t ã w ] ao invés de “então” [ t ã w];
“dici” [ ´d i s i ] ao invés de “disse” [ ´d i s i ];
“coelio” [ k o ´e l i o ] ao invés de “coelho” [ k o ´e o]
Síntese do tema
Nesse tema, vimos as noções básicas da fonética do português para
relacioná-las à alfabetização e às variações lingüísticas dos alunos na
alfabetização. Esse conhecimento de fonética é básico para o professor
alfabetizador se posicionar em relação à produção oral e escrita desse
aprendiz e sugerir os ajustes necessários em relação à produção do discurso
nas diversas etapas da alfabetização, bem como ter uma prática pedagógica
cada vez mais eficaz.
Pares mínimos: dois sons bem próximos que se diferem em uma característica,
como por exemplo em [ t a p a ] tapa e [ d a t a ] data.
43
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Atividades
1. Escreva os nomes dos órgãos da fala, baseado na figura do quadro 14 .
3. Discuta com seus colegas outros exemplos de pares mínimos. Você pode
também tirar esses dados de produções orais ou escritas de seus alunos, se
você for professor ou discutindo com seus colegas. Depois, faça a transcrição
fonética desses pares mínimos.
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cá Bruno
ataca casca
mar porta
mala sal
canalha típica
malha banheira
caju tutor
lar fome
chalé maça
a. [ ´ s e d i] b. [ ´ k lu] c. [ ´ s u ə] d. [ ´m ã
ỹ ã]
e. [ f i ´ t s ] f. [ ´ f o m ə ] g. [ ´ s u s t u ] h. [ ´o s u
]
i. [ ´ d e d u ] j. [ ´p Є s ə] k. [ ´ d o h ] l. [ ´ k segəs
]
m. [ ´h Є z ə] n. [ ´b l h ə] o. [ ´ k u ∫ p i ] p. [ ´ t ∫ i p u ]
45
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46
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47
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a) [ t p i], [ ´ ∫ i p u ] ;
b) [ t ə s a], [ ´t i p ];
c) [ t k a], [ ´t ∫ i p u ];
d) [ t k a], [ ´t ∫ ə p ];
e) [ t k a], [ ´t ∫ p u ].
10. Quando o aluno, em processo de alfabetização, escreve a palavra
“armadilia” e não “armadilha”, pode-se dizer que ele usou as letras “li” no
lugar de “lh. Identifique o fonema das letras “lh”.
a) / / b) / d / c) / / d) / / e) / /
respectivamente:
a) frontal, média alta, não arredondada /// central, média alta;
b) frontal, média baixa, arredondada /// central, média baixa;
c) frontal, média baixa, não arredondada /// central, média baixa;
d) frontal, baixa, não arredondada /// central, média baixa
e) frontal, alta, não arredondada /// central, média baixa.
c) [ ´s a ] , [ ´s a t a ];
48
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS – NORMAL SUPERIOR
d) [ ´d a t a ], [ ´k a t a ];
e) [ [ a ´l o ] . [ ´ p ].
Referências
A laringe. Capturado em http://www.geocities.com/sandrafelix.geo/aparelho.htm
em 17/11/2005
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Editora
Scipione, 2001.
CÓCCO, Maria Fernandes, HAILER, Marco Antônio. Didática de alfabetização.
São Paulo: FTD, 1996.
49
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Tema 03
Objetivo
50
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Introdução
51
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1 .Pré-silábica
2. Silábica
3. Silábica-alfabética
4. Alfabética
1. Hipótese pré-silábica
A fase pré-silábica subdivide-se em:
1.1 Fase pictórica
52
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53
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ASDF2GHJK8LJK – elefante
D9XV – formiga
Tendo como base esses dados, percebe-se que Ana 5 anos e 2 meses
preocupa-se com a quantidade de letras fazendo uma relação figural.
Quadro 3: Evolução de escrita primitiva Ferreiro (1978).
EADR: MAMÃO
RADE: ABACAXI
54
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2. Hipótese silábica
André 4 anos, levantando hipóteses sobre sua escrita, usa qualquer letra para
representar sua escrita. Preste atenção que André evolui em suas hipóteses da
escrita silábica. Veja na escrita das palavras SAPO (SSO) e BONECA (OIA), que é
nesse momento que a criança começa a transição para a próxima fase, silábica-
4. Escrita alfabética
A escrita alfabética é considerada por Ferreiro (1978) como uma fase
final da evolução da escrita da criança, podendo dizer que, nesse momento, a
criança venceu as barreiras do sistema de representação da linguagem escrita.
Ela já se torna capaz de fazer uma análise sonora das letras das palavras que
escreve. Isso, no entanto, não significa que todas as dificuldades estejam
vencidas, podendo aparecer um novo problema relativo à ortografia, que pode
ser um tipo de dificuldade que não corresponde a do sistema de escrita que ela
aprendeu. É a partir desse momento, que Ferreiro (1978) considera que a
criança, na sua caminhada para aquisição da leitura e da escrita, já entendeu o
modo de construção do código da escrita, sendo esse um avanço extraordinário.
Veja um exemplo da escrita alfabética, conforme quadro 8.
Leia o livro
Alfabetizaçã
Lingüística
Luis Carlos C
Scipione (199
fazer um estu
erros ortográf
dos aprendiz
fase de
aprendizagem
escrita.
56
Laura 6 anos.
Na escrita alfabética de Laura, percebe-se que ela já começa a identificar
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS – NORMAL SUPERIOR
Retorne as
explicações do
tema 2 sobre
juntura
intervocabular para
entender a escrita
da criança do texto
do quadro 9.
Síntese do tema
Atividades
1. Leia o livro Reflexões sobre alfabetização da autora Emilia Ferreiro
(1995) e faça o resumo crítico, ou seja, resumo das principais idéias
finalizando com sua posição crítica sobre os tópicos abordados.
2. Identifique o nível de aquisição da língua escrita de cada quadro
abaixo.
Mistura desenhos e sinais gráficos na escrita.
nnn nnnnnnnnnnnnn
(GATO) (CARRO)
Em algumas sílabas, há uma letra só, escrevendo as demais alfabeticamente.
EX: BOBOLETA (BORBOLETA)
PTEHA (PETECA)
TLEVISÃO (TELEVISÃO)
58
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Comentários
A sondagem é um dos recursos que o professor dispõe para conhecer as
hipóteses que os alunos ainda não alfabetizados têm sobre a escrita
alfabética. É um momento no qual o aluno tem oportunidade de refletir
enquanto escreve, com a ajuda do adulto.
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Referências
Alfabetização e construtivismo
Objetivo
Discutir a alfabetização numa perspectiva construtivista.
Empirismo:
concepção
teórica que
defende que o Discussão
desenvolvimento
da inteligência é Tem-se, de uma maneira geral, três linhas de pensamentos que tentam
determinado
pelo meio explicar como a inteligência humana se desenvolve, empirismo, racionalismo
ambiente, de (tema 1) e construtivismo. O propósito dessa parte é discutir alfabetização
fora para dentro.
numa perspectiva construtivista.
O construtivismo é uma abordagem que argumenta que o Racion
desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações entre o indivíduo e concep
teórica
o meio, respondendo aos estímulos externos para organizar seu conhecimento. defend
desenv
Outra argumentação relevante é a de que construtivismo não é um é deter
método, não é uma técnica de ensino, não é uma forma de aprendizagem e pelo ind
não pe
nem um projeto escolar. Ele é visto como uma “teoria que permite visão
interna
(re)interpretar todas essas coisas, jogando-nos para dentro do movimento da inteligê
História – da Humanidade e do Universo” (BECKER, 2005, p. 89). Ressalta-se, homem
ele já n
então, que essa ca
biológic
construtivismo significa isto: a idéia de que nada, a rigor,
está pronto, acabado, e de que, especificamente, o
conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo
terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o
meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo
das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e
não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou
no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da
ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos
pensamento. (Becker, 2005, p. 1)
60
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS – NORMAL SUPERIOR
61
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Síntese do tema
Atividades
1. Marque a alternativa adequada, segundo o tema alfabetização e
construtivismo. Aqui, você deve reler o texto para responder a pergunta.
a) As idéias de Piaget, Emília Ferreiro e Vygotsky são bastante
divergentes.
b) Para os Vygotskianos, a alfabetização passa pelas hipóteses pré-
silábica, silábica, silábica-alfabética e alfabética.
c) Piaget defendeu a idéia da mediação.
d) Piaget defende dois tipos de conhecimento cognitivo: físico e lógico-
matemático.
e) Piaget e Vygotsky são vistos como construtivistas, sendo que o primeiro
cognitivista e o segundo interacionista.
Referências
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Tema 04
Objetivo
65
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Introdução
Métodos e Alfabetização
Para os que se propõem alfabetizar, é imprescindível ter conhecimento
básicos a propósito dos princípios teóricos-metodológicos da alfabetização
como acabamos de estudar. Os alfabetizadores e alfabetizadoras devem ter
consciência que não existe um método que faz milagres e seja eficaz para
todos os alfabetizandos. Além disso, muitos profissionais das classes de
alfabetização criam seus próprios caminhos para alfabetizar seus alunos.
A preocupação com os métodos de alfabetização no Brasil inicia-se a
partir do final do século XIX, pois estar alfabetizado neste período simboliza o
resultado de uma necessidade das pessoas para esclarecimento das coisas e,
conseqüentemente, aquisição do saber.
Começa-se, então, uma grande discussão a respeito dos métodos de
alfabetização numa tentativa de inovar as vivências tradicionais em sala de
aula. Um dos pontos de discussão era a defesa, por alguns, do método
analítico ou global, e de outros do método sintético, com ênfase no método
misto.
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LETRA OU SÍLABA - M MA
PALAVRA - MAMÃO
alfabético
fonético ou fônico
silábico
Alfabético A B C D E F
Parte da identificação das letras BA BE BI BO BU
pelos seus nomes, soletração
BALA BOCA BICO
de sílabas, palavras, frases
curtas e, histórias. BOCADO
A BALA CAIU NO CHÃO.
Fonético ou fônico
Parte da identificação das letras,
soletração de sílabas, palavras,
frases curtas, e histórias. Junção
do som da consoante com o som
da vogal.
Silábico BA BE BI BO BU
BA DE BALA
Parte das sílabas para formar
BOCA BICO BOCADO
palavras e frases.
O B DE BALA SERVE PARA
ESCREVER A PALAVRA BOI.
67
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS - NORMAL SUPERIOR
L
Ilustração do Método Casinha Feliz capturada do site:
www.pagebuilder.com.br/casinhafeliz/index.htm em 20/11/2005
Escola
surge e
FRASE – O MENINO COME MAMÂO. dos mé
analític
68 globais
alfabet
fundam
teórica
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PALAVRA - MAMÃO
SÍLABA OU LETRA - MA M
QUADRO 2. Método analítico, parte da unidade maior, para as
partes menores.
palavração
conto
sentenciação
Veja as definições:
Palavração Conto
Parte da aprendizagem das Parte de uma historia em que a
palavras como um todo criança irá memorizando as
antes de separar seus sentenças depois as palavras,
elementos. sílabas e letras.
Ex: A história dos três porquinhos
69
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS - NORMAL SUPERIOR
70
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS – NORMAL SUPERIOR
Atividades
1. Método analítico
A Alfabetização numa perspectiva analítica parte do todo para as partes, ou
seja, das unidades significativas para análise e recomposição das palavras e
formação de novas palavras. A leitura deixa de ser fragmentada e sem sentido.
São etapas do método analítico:
Metodologias de alfabetização
71
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS - NORMAL SUPERIOR
Objetivo
Compreender a diferença e a aplicabilidade das formas de alfabetizar e refletir
criticamente a respeito da utilização de tais metodologias.
Introdução
Metodologia:
72
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que tenha percebido que eles e elas se interessam, não devendo o texto ser
longo.
73
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS - NORMAL SUPERIOR
f) Montagem de palavras.
g) Montagem de dicionário: palavras iniciadas com a letra da palavra
escolhida.
h) Criação de novas histórias.
Importante
74
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS – NORMAL SUPERIOR
75
Alfabetização a partir da palavra contextualizada
Centro de interesse:
Centro de Interesse ou “Cantinhos”
Ovide Decroly criador
do centro de A leitura inicial pode ser através de listas de alimentos ou mercadorias
interesse, conhecido
também como
anexadas na sala de aula no Centro de Interesse ou Cantinhos.
“cantinhos” de Supermercado
atividades na sala de
aula tem objetivo de Cardápio da merenda
globalizar o ensino.
Esses centros de
Lista de presença no mural da sala
interesse oferecem Material escolar
oportunidades para o
alfabetizando Caixas de seleção de textos produzidos pelos alunos
atividades
diversificadas.
Desenhos, recortes de figuras...
(Fazenda, 1980 p.63) As atividades relacionadas acima podem ficar expostas nos centros de
interesses por tempo indeterminado, enquanto o aluno estiver provocando
curiosidades, novas questões de estudos.
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS – NORMAL SUPERIOR
e) Caça palavras.
f) Bingo.
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EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS - NORMAL SUPERIOR
Se ligue:
78
1. Associação palavra X objeto (imagem). Quer conhece o
2. Memorização global de palavras significativas. GEEMPA?
Palavras Então visite o
3. Análise da constituição das palavras quanto à sua letra inicial, sua site:
letra final, número de letras, ordem das letras e natureza das letras. http://www.geem
pa.org.br/
Atividades
1. Pare aqui a leitura do texto e escreva, com suas palavras, uma síntese do
que estudou na aula.
Comentários
Questão 2.
a) Correta: porque o uso de metodologias diversificadas com os alunos no
processo de aquisição de leitura e escrita o aluno terá oportunidade de ter
uma aprendizagem significada.
b) Incorreta: as metodologias propiciam uma interação com o outro colega e
com certeza isso não é uma relação egocêntrica.
c) Incorreta: uso de metodologias diversificadas jamais restringem somente a
uma aprendizagem, sempre engloba a afetiva, cognitiva e social.
d) Incorreta: pois as metodologias não têm o objetivo de minimizar uma
formação pequena, fechada e ampla.
Questão 3.
A alternativa correta é a letra a, pois a alfabetização a partir da frese segue os
seguintes passos: análise da frase e das palavras-chave, formação de novas
palavras e frases, criação coletiva de novos textos.
81
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
Textos leitura.
Pesquisa de qualquer palavra no texto, incluindo verbos, artigos,
preposições, etc.
Atividades
82
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
Ex.
B L
Atividades
1. Após a aula, elabore algumas atividades que podem ser utilizadas com as
crianças que estão no processo do nível silábico-alfabético. Se for possível, peça
aos professores de classe de alfabetização para aplicar e analisar os resultados
obtidos com as atividades.
2. Produza um texto reflexivo sobre as práticas de cópias de textos nas séries
iniciais.
3. Organize um grupo com três colegas, leia o texto da aula e discutam o
seguinte: se realmente acontecer uma prática diferenciada para cada nível,
poderá acabar o analfabetismo no Brasil? Anote as conclusões do grupo.
Objetivos
Compreender a importância das materiais didáticos no processo ensino-
aprendizagem.
Introdução
83
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
84
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
sugerem ideologias e cabe ao professor fazer uma análise crítica com seus
alunos.
Materiais para alfabetizar
Por muitos anos, a cartilha foi seguida à risca por professores e
professoras em sala de aula. Com o passar do tempo e, principalmente com o
advento do construtivismo, seu uso foi sendo questionado e sua eficácia foi
colocada em questionamento pelo fato de se tratar de um material composto
por textos e atividades descontextualizadas da realidade dos educandos, bem
como sugerindo a ideologia da classe dominante, privilegiando a “decoreba”,
entre outros aspectos.
Para Ferreiro (2001), a desmistificação da cartilha como único material
necessário para a alfabetização precisa ser repensada pelos educadores. Para
essa autora, a alfabetização se faz através do acesso a língua escrita e, para Quer saber mais
sobre a história das
ela, às vezes, as cartilhas ou os manuais “para aprender a ler” não estão cartilhas?
adequados aos alunos. As cartilhas durante muito tempo foram os livros Leia o capítulo 5 do
livro: Alfabetização e
didáticos que tinham primado o ensino da leitura. Depois, devido a escrita ser leitura de José
Juvêncio, Editora
uma necessidade de comunicação do homem, a cartilha passou a ter como Cortez, 1994.
princípio o ensino e a aprendizagem da escrita. Só com o grande número de
analfabetos das classes populares nos anos 50 é que surgiu a necessidade de
se mudar a estrutura desse recurso pedagógico, a cartilha.
Atividades
85
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
d) aspecto lúdico
Comentários:
A alternativa correta é a letra d porque os materiais didáticos são recursos
que possibilitam vivências enriquecedoras para o aprendiz onde a
construção do conhecimento acontece de forma agradável e espontânea
devido ao seu aspecto lúdico.
BALA
BOCA
B O L A
BOLA
ESCOVA
ESMALTE
S C O V A
E
ESCADA
86
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
Cada criança deverá formar uma palavra com suas cartas. No jogo, ela
deverá selecionar as figuras iguais quantas precisar para formar as palavras.
CAVALO
c CA
LARANJA
L LA
GATO
G GA
BOLA
B BO
Regras
Figura palavra
Formar grupos de três crianças. Cada grupo deverá receber cartelas com
figuras e respectivos nomes embaralhados. Fazer relação figura e nome e
registrar no caderno.
Figura palavra ou sílaba inicial
Utilizar as mesmas regras do jogo figura palavra.
Procurando o nome da figura
Este jogo pode ser usado com crianças no nível silábico.
LPS L ÀPIS
LÁPIS
AIA P S
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L ARANJA LARNJA
ES AVIAU AVIÃO
Escrever no verso da cartela o nome da figura.
Regras
Este jogo consiste na descoberta do nome da figura, podendo,
convencionalmente, ser realizado de maneira individual ou em duplas de
crianças.
Entregar para as crianças uma figura e as hipóteses da escrita das palavras e
pedir que elas encontrem o nome. No final, discutir com as crianças as
hipóteses apresentadas nas fichas.
Bingo de palavras
O registro das palavras dos jogos deve ser sempre anotado no caderno
pelo aluno para que ele possa ter a oportunidade de sistematizar sua
aprendizagem.
88
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
Síntese do tema
Trabalhar com jogos pressupõe um ensino-aprendizagem pautado em
provocar o interesse do aluno e, sendo assim, é um gerador de situações
estimuladoras e eficazes. É diante dessa realidade que o jogo ganha espaço
como instrumento ideal que provoca o ensino-aprendizagem, na perspectiva
que esse pode ter o importante papel de estimular o interesse do aluno, bem
como trabalhar em sala de aula as relações interpessoais.
Atividades
Comentários
É importante
Espera-se que você seja capaz de expor o seu ponto de vista a que o
respeito da importância do uso de material concreto. Elaborar uma proposta professor
prepare com
coerente de ensino-aprendizagem utilizando jogos e montar uma oficina antecedência
a história a
deixando fluir sua criatividade tendo em vista o uso de materiais alternativos e ser
pautados em objetivos educacionais. apresentada.
89
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é o ato de contar estórias, já que essa é uma atividade que a criança vivencia
em casa, ouvindo familiares, contando histórias inventadas, contos de fada,
lendo trechos da bíblia, poemas, etc. É importante que o professor prepare com
antecedência a história a ser apresentada.
Outra maneira interessante de possibilitar que a criança adentre o
mundo da leitura e da escrita é a construção da leitura, olhando histórias sem
texto escrito. Deve-se fazer bom uso também de textos literários que tenham
como premissa o humor, idéias engraçadas que possibilitam atividades
prazerosas no contexto escolar.
A poesia também pode ser bastante explorada e não deve ser
considerada como algo que a criança não se interessa. Temos como exemplo
poesias que expressam as aspirações e os sentimentos das crianças, ou seja,
falam com ela. Ressalta-se, ainda, que poesias que sejam contextualizadas
entre outros aspectos podem mexer com os diferentes tipos de emoções, seja
o prazer quando é divertida, seja o sofrer conforme a intenção do autor.
O uso dos contos de fadas na sala proporciona chegar a mundos sem
fronteiras, onde só a imaginação nos possibilita ir. Dessa maneira, a criança
pode vir a se tornar mais criativa, visualizar possibilidades, encontrando
maneiras diferentes de solucionar problemas. Esses contos com bruxas e
fadas podem discernir valores como o bem e o mal e uma série de outras
questões, dependendo do conto que tem em mãos, bem como dos objetivos
que se pretende alcançar.
Com materiais tão ricos em mãos, cabe ao professor lançar idéias e
formas diferentes e interessantes de utilizá-las na alfabetização, tendo em vista
trabalhos interdisciplinares.
Diante de tanta oferta de obras infantis no mercado, o ato de escolha
do livro paradidático que se vai utilizar para desenvolver atividades com os
alunos é uma tarefa de certa forma complexa. Assim, é muito comum nos
confundirmos na hora da escolha dos livros que iremos utilizar. Alguns critérios
para a escolha dos livros paradidáticos são:
• Os objetivos devem estar claros.
90
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
Atividades
Atividades
1- Elaborar um projeto pedagógico para salas de alfabetização de acordo
com as orientações a seguir:
a) a atividade será realizada em grupo de 04 (quatro) pessoas
b) planejar o projeto seguindo as explicações que foram dadas
nas aulas de Pesquisa a Prática Pedagógica dos semestres
anteriores
c) registrar o que ficou decidido em planejamento
d) apresentar o projeto para a turma. Para a apresentação do
projeto, deverá ser utilizado todo o material que for necessário
para desenvolvimento das atividades e metodologia de
aplicação do projeto.
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EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
Comentário
Na resolução das atividades, espera-se que você seja capaz de refletir
a respeito da necessidade de fazer uso de projetos pedagógicos na
alfabetização devido a seu aspecto globalizado, bem como repensar os passos
que compõem sua elaboração e colocá-los em prática no processo de
aquisição dos conhecimentos adquiridos.
Referências
92
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
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EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
Tema 05
Objetivos
Introdução
Olá, tudo bem? Bem, como vocês já perceberam, neste tema iremos
estudar uma idéia enfatizada no campo da Educação, das Ciências Sociais, da
História das Ciências Lingüísticas, que é o de letramento, bem como a
formação de professores alfabetizadores. Apresentaremos conceitos de
letramento e faremos um paralelo entre esse tópico e alfabetização.
Evidenciaremos a importância da formação do professor estar diretamente
ligada à sua vivência em sala de aula e aos estudos teóricos para refletir sobre
as diversas práticas do processo de ensino-pesquisa-aprendizagem.
Abordaremos, também, a necessidade da formação permanente do professor
investigador.
Alfabetização e letramento
O termo letramento não é um mero código para comunicação. Ela é um processo cognitivo, uma
foi usado pela prática social e ideológica, que é estruturada de forma dinâmica e coletiva e,
primeira vez numa
perspectiva deste modo, a escrita também deve ser pensada assim.
psicolingüística por
Kato (1986) como Em relação à alfabetização, destaca-se que essa é apenas um meio
processo ou efeito para o letramento (uso social da leitura e da escrita). Para constituir cidadãos
da aprendizagem da
leitura e da escrita. participativos, é necessário levar em conta a noção de letramento e não
somente de alfabetização. Letrar significa inserir o aprendiz no mundo letrado,
realizando atividades com diferentes usos de escrita na sociedade. Essa
inclusão começa antes da alfabetização escolar, ou seja, inicia quando o
aprendiz começa a se relacionar socialmente com as práticas de letramento no
seu mundo social: os pais lêem para ele, quando vê alguém fazendo anotações
94
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
E o que é letramento?
95
EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
IDEOLÓGICO
Visão reveladora das legítimas possibilidades das práticas e eventos de
letramento, pois dá a entender o reconhecimento de fatores que acontecem por
estarem estritamente unidos às composições culturais e dominantes do meio
onde ocorre. Depende, também, do jogo de forças nas relações sociais e
considera os contextos de uso de um determinado grupo. Uma exemplificação
disso pode ser as pessoas de classes sociais diferentes que tenderão,
também, a ter uma relação com a escrita de maneira diferenciada,
considerando que essa relação é sempre dependente do contexto em que
estas pessoas estão inseridas. Isso quer dizer que quem vive num universo
cheio de escrita poderá ter melhor desempenho nas habilidades de leitura e de
escrita.
AUTÔNOMO
Representado nas escolas de concepção tradicional, enxerga a oralidade e a
escrita como práticas diferentes, considerando somente uma forma de
letramento a ser desenvolvida, estando essa forma atrelada ao progresso, à
civilização e à mobilidade social (Kleiman, 1995). No modelo autônomo, a
escrita é vista habitualmente como um bem em si mesma, já que ela é o fator
principal do desenvolvimento cognitivo do sujeito.
Síntese do tema
Atividades
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EAD UNITINS / EDUCON – ALFABETIZAÇÃO: FUNDAMENTOS, PROCESSOS E MÉTODOS. NORMAL SUPERIOR
Objetivos
Analisar a formação do educador, enquanto alfabetizador, e sugerir temas
para estudos, investigações na área de alfabetização.
Discussão
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Síntese do Tema
Atividades
1. Leia os enunciados abaixo, tendo como base o que foi discutido nesse
tema.
I. O estudo de caso é uma investigação difícil de ser realizada.
II. Na etnografia, há a implementação de uma intervenção.
III. Na pesquisa-ação, estuda-se o ser no seu ambiente natural, sem interferir
no contexto.
Agora, marque a alternativa correta. Para responder essa questão, faça uma releitura do
tópico “formação do profissional alfabetizador”.
a) I e II estão corretas;
b) I e III estão corretas;
c) II e III estão corretas;
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Referências
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