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SUMÁRIO
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APRESENTAÇÃO
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Trecho do poema “Exaltação de Aninha (O Professor)” do livro Vintém de cobre: meias confissões de Aninha,
de Cora Coralina.
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afro sob uma perspectiva positiva da identidade africana na prática pedagógica. Nesta
unidade serão apresentados também os níveis de desenvolvimento da escrita até a
criança descobrir o sistema de escrita alfabética na concepção de Ferreiro e Teberosky,
com a teoria da “psicogênse da língua escrita”. Ainda está presente na unidade a
abordagem histórico-cultural, segundo Vygotsky, em que a criança antes de entender o
sentido da escrita inicia sua escrita pelo desenho.
A quarta unidade contempla “o processo de aquisição da leitura e escrita pela
criança” em que vamos conhecer, estudar e compreender a relação entre diversas teorias,
métodos e metodologias de leitura e escrita e a ação do professor em sala de aula. Assim,
queremos propiciar condições para aqueles que atuam e que vão atuar no exercício da
docência nas classes de alfabetização ou ensino fundamental.
Por fim, na última unidade vamos abordar “novas perspectivas para os processos
de alfabetização e letramento e suas contribuições para prática pedagógica” com
exemplos de práticas bem-sucedidas. Com foco também no diagnóstico na alfabetização
inicial para conhecer com qual experiência de vida o aluno chega à escola e assim ter
condições para elaborar o planejamento das atividades. E ainda será contemplada a
discussão acerca da avaliação no processo de ensino-aprendizagem.
Esperamos a partir das unidades que compõem esse caderno que vocês
encontrem um sentido para estudar Fundamentos da Alfabetização e Letramento, um
sentido que vá muito além do estabelecido, de apenas cumprir mais uma disciplina do
curso de graduação. O que apresento como motivação é que os conteúdos, em especial,
as atividades propostas, as recomendações sugeridas e os estudos complementares
apresentados poderão contribuir também para a autorreflexão crítica, para pensar a sua
própria formação. Autorrefletir a própria formação é sim ter a percepção do que somos ou
do que a educação nos tornou; é refletir sobre os princípios éticos e políticos que trazemos
para as nossas relações de estudo, de trabalho e sociais.
E para que com seriedade vocês cuidem do próprio processo formativo, finalizo
com um trecho de Theodor Adorno extraído de Mínima Moralia: “a delicadeza entre
pessoas nada mais é do que a consciência da possibilidade de relações desprovidas de
fins”.
Bons estudos!
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UNIDADE V – NOVAS PERSPECTIVAS PARA OS PROCESSOS DE
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A
PRÁTICA PEDAGÓGICA
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Nesse sentido quando o professor lê para os seus alunos, destacando as ilustrações
e o texto escrito, cumpre o papel de aproximá-los da prática de leitura e de escrita.
Conforme pesquisas de Ferreiro e Teberosky (2008), antes de entrar na
escola, a criança já produziu muitos conhecimentos e hipóteses sobre leitura e
escrita, o que nos faz entender que mesmo antes de serem alfabetizadas, nessas
situações em que a leitura é compartilhada, elas têm condições de adquirirem
entendimento acerca da linguagem, dos gêneros textuais e seus usos na sociedade.
Magda Soares defende a leitura frequente como atividade central do
letramento na educação infantil para a plena inserção no mundo da escrita. E que
essa atividade leva a criança a familiarizar-se com a materialidade do texto escrito: a
criança vai fazendo descobertas importantes como a sequência de letras esconde
significados; os textos são pra ler, não ilustrações; as páginas são para a direita e de
cima para baixo; o livro tem autor, ilustrador, editor, tem capa, tem lombada.
[...] não basta que a história seja lida, é necessário que o objeto
portador da história seja analisado com as crianças e sejam
desenvolvidas estratégias de leitura como: a leitura seja precedida de
perguntas de previsão, a partir do título, das ilustrações, que seja
propositadamente interrompida, em pontos pré-escolhidos, por
perguntas de compreensão, de inferência, que seja acompanhada ao
término, por confronto com as previsões inicialmente feitas, por
avaliação de fatos, personagens, seus comportamentos e suas
atitudes (SOARES, 2017, p.143).
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que cada turma escreveria um livro para ser doado à biblioteca, para que outras crianças
pudessem conhecer um pouco mais sobre o autor e ler os textos produzidos por eles
próprios.
Udenilza conta que sua turma escolheu as obras de Ziraldo. Para a realização de tal
atividade, foram pegos alguns livros desse autor. Uma grande dificuldade existente para a
realização do trabalho foi a não existência, na escola, de livros de Ziraldo. Por isso, foram
pegos livros emprestados de outras escolas (duas escolas). Após essa fase, li cada livro
conseguido, selecionando cinco deles para serem trabalhados com a turma, que foram:
Pelegrino e Petrônio, Os dez amigos, O Menino Maluquinho, O bebê em forma de gente e
Dodó. A professora contou que, a cada dia, ela lia uma obra para a turma, que se deleitava
com as histórias de Ziraldo, e depois as crianças inventavam histórias baseadas no conto
lido, aproveitando os personagens, ou construindo versões diferentes da contada pelo autor.
A empolgação era grande, tanto dos estudantes quanto da professora. Eu não conhecia a
história do Menino Maluquinho, uma das mais conhecidas obras de Ziraldo, por isso,
confesso que me “apaixonei” pelas aventuras do personagem, sendo elas, literalmente,
malucas. Além de eu ter gostado bastante da história, consegui perceber que os alunos se
sentiram também envolvidos pela trajetória do personagem mais famoso do autor.
O livro produzido pelos estudantes foi organizado em três partes. Na primeira, eles
escreveram a biografia de Ziraldo; na segunda, produziram resenhas de três livros lidos,
com o objetivo de que outras crianças quisessem lê-los também; e, na terceira parte, foram
colocados os textos dos estudantes (um texto de cada um, escolhido por eles entre os que
foram elaborados no decorrer do projeto). Para a produção da biografia, Udenilza conta que,
antes de passar para a escrita do texto, “os alunos tiveram acesso a um livro em que havia a
biografia de Cecília Meireles e, em seguida, cada aluno fez sua autobiografia oralmente,
resgatando, assim, seus conhecimentos prévios”. As informações sobre a vida do autor
foram pesquisadas na Internet pela educadora de apoio (coordenadora pedagógica da
escola) e levadas para a sala pela professora.
Verificamos que, nessa etapa do projeto, os meninos e as meninas leram textos com
diferentes finalidades: divertir-se e apreciar as obras do autor por meio da leitura dos contos;
selecionar informações para escrever a biografia mediante a leitura dos textos da Internet;
aprender como se organizam as biografias por meio da leitura da biografia de outra autora,
Cecília Meireles. A produção oral das autobiografias, por sua vez, foi uma atividade
importante para desenvolver capacidades de organização do texto oral e ativar nos
estudantes os saberes de outros gêneros já conhecidos por eles (relato pessoal), os quais
podiam ser usados nessa nova tarefa. Levar os estudantes a perceber que as capacidades
e os conhecimentos dos quais eles dispõem, relativos aos textos orais, podem ser
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transferidos para a produção de textos escritos é outro objetivo especialmente importante
nos anos/séries iniciais do ensino fundamental. Por fim, ao escreverem a biograf ia, os
estudantes estavam desenvolvendo diferentes capacidades textuais, referentes à
organização das informações no papel e às características da escrita, diferenciando-as do
momento em que produziram oralmente suas autobiografias.
Para a produção das resenhas, também foi realizado um trabalho prévio, como conta a
professora: “para a produção de resenhas, foram citadas como exemplos a resenha
esportiva e a resenha de novela, para que os alunos tivessem uma noção maior sobre o
gênero. Após isso, eles produziram resenhas coletivas, com a minha ajuda”. No caso das
resenhas que as crianças estavam produzindo, havia diferenças marcantes em relação às
apresentadas. No entanto, elas estavam aprendendo que poderiam transpor conhecimentos
de alguns gêneros escritos para outros. Por um lado, o fato de a professora ter produzido as
resenhas coletivamente foi uma boa alternativa, pois, nesse tipo de situação, podemos fazer
os estudantes perceberem as estratégias usadas para escrever o texto, relendo partes dele
para dar continuidade, pensando sobre as palavras que devem ser usadas, decidindo sobre
a organização das sentenças, enfim, sobre como expressar por escrito o que queremos
dizer. Por outro lado, como eles estavam escrevendo uma resenha crítica com fins de
persuadir, precisavam pensar em como estruturar o texto de modo que esse evidenciasse a
qualidade dos contos lidos e como valeria a pena lê-los. Assim, a professora tinha condições
de enfocar a dimensão argumentativa da situação.
Para finalizar o trabalho, a professora organizou com eles os textos. Elaboraram a capa,
fizeram ilustrações e ensaiaram uma dramatização do Menino Maluquinho a ser
apresentada na feira literária. Assim, eles se envolveram nas atividades de forma intensa e
aprenderam muito sobre o autor, sobre as obras e desenvolveram capacidades relativas à
produção e à compreensão de textos. A leitura dos diversos livros e a produção certamente
aumentaram o repertório de conhecimentos dos meninos e meninas sobre textos literários e
contribuíram para que eles se engajassem em práticas de uso da linguagem com interesse
e prazer. A participação dessas crianças na feira literária, ouvindo o que os outros colegas
tinham para mostrar sobre outros autores e outras obras, também foi um momento
riquíssimo para lidar com esses textos e com a cultura literária. Para concluir, a professora
diz que: “o trabalho realizado foi de extrema importância para mim, pois consegui provocar
nos estudantes um grande interesse pela leitura e produção de diferentes gêneros textuais,
apesar de muitas dificuldades de se trabalhar com uma turma com 38 crianças de diferentes
níveis. Outro ponto satisfatório foi a participação das crianças que ainda não dominam a
leitura fluentemente, pois, por meio das imagens, elas sentiram prazer de ler e compreender
para, com isso, passar o que trabalharam para o público visitante da feira literária”. Como
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disse a professora, um dado importante dessa experiência foi a sua realização com meninos
e meninas de diferentes idades da mesma escola. Na educação infantil, por exemplo, os
estudantes também estavam lendo e elaborando os mesmos gêneros textuais produzidos
pelos estudantes de Udenilza. Obviamente, aquelas crianças estavam desenvolvendo
outras capacidades e se apropriando de outros conhecimentos. Ou estavam se apropriando
de alguns conhecimentos e desenvolvendo capacidades similares aos dos estudantes de
Udenilza, mas com um nível de apropriação diferente.
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Um exemplo de atividade de avaliação diagnóstica pode ser o trabalho de reconstituição de
como os alunos observam e analisam os escritos presentes em sua vida cotidiana. Uma
atividade interessante que pode ser realizada com esse objetivo é a exploração, pelo
professor, de como os alunos reconhecem as mensagens escritas nos lugares mais comuns
no seu bairro: os cartazes, as placas, os letreiros, as embalagens presentes em casa. Esses
textos podem ser identificados facilmente em um passeio com a classe pela cidade ou pelo
bairro ou através da solicitação de que os alunos tragam os escritos presentes em sua casa.
O interesse da exploração desses textos é que, além de serem mais presentes na vida
cotidiana, são curtos e têm funções fáceis de explicitar, tais como as de designação (nos
rótulos, que dão nome aos produtos comerciais; nas placas e letreiros que dão nome a ruas
e estabelecimentos), injunção (nas instruções que vêm nas embalagens, ensinando como
usar o produto) e informação (nas placas, por exemplo, informações sobre localização e a
numeração das casas e estabelecimento etc.).
Os textos de tipo injuntivo ou prescritivo são aqueles que fornecem instruções para que o
leitor faça alguma coisa. Por exemplo: as receitas culinárias, as regras de um jogo, as
orientações para o uso de algum aparelho eletrodoméstico.
Quanto aos materiais escritos escolhidos para análise, também é interessante que o
professor procure agrupá-los distintamente quando for analisá-los em sala de aula: materiais
apenas simbólicos (em placas, por exemplo); materiais que misturam símbolo e escrita
(placa de velocidade); e materiais que utilizam exclusivamente a escrita. Essa forma de
categorização possibilita que os alunos comparem diferentes sistemas de significação e
procurem diferenciá-los.
Num primeiro momento, tomando os textos como referência, o professor deve solicitar que
os alunos copiem em uma folha de papel tudo que acham que é um escrito. As palavras
copiadas com mais frequência devem ser analisadas posteriormente, considerando os
seguintes aspectos:
- observações dos alunos sobre a forma: se a palavra é grande ou pequena (quantas
letras possui); variedade de letras; se mistura letras, números, etc.;
- observações quanto ao significado: o que os escritos querem dizer;
- observações quanto ao uso: onde o escrito é encontrado; para que serve, etc.;
- observações quanto ao valor sonoro da palavra e sua representação escrita: se o
aluno realiza decomposição silábica, procurando decodificar alguma letra, sílaba ou
palavra; quais letras e fonemas reconhece; se utiliza somente as letras do seu nome,
etc.
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De uma maneira geral, as atividades de avaliação das aprendizagens, processadas no
período em que se inicia um trabalho de alfabetização, devem ser problematizadas a partir
de algumas questões:
- até que ponto as experiências extraescolares dos alunos com a escrita podem servir
de apoio para o trabalho a ser desenvolvido em sala de aula?
- até que ponto os alunos já desenvolveram ou consolidaram determinadas
capacidades relativas ao uso da escrita?
- até que ponto as capacidades desenvolvidas ou aprendidas permitirão aos alunos
acompanhar, com proveito, o nível ou patamar seguinte?
Respondendo a essas questões, os professores e especialistas da escola reunirão
subsídios importantes para a elaboração do planejamento dos processos de ensino para
classes de alfabetização, estabelecendo os objetivos a serem alcançados, bem como os
principais meios para alcançar esses objetivos. Finalmente, sugerimos que a escola e os
professores planejem suas atividades tendo em vista a natureza de cada uma: se trata de
uma atividade de introdução de conteúdos ou capacidades, de trabalho sistemático com
esses conteúdos e habilidades, ou de garantia ou sedimentação do aprendizado.
De forma evidente, posta pelo exemplo, perceber o aluno que chega à escola
para “continuar” o processo de apropriação da leitura e da escrita é essencial para o
bom planejamento da prática diária em sala de aula e pelo diagnóstico o professor e
a escola terão condições de fazer as escolhas de métodos, de recurso didático, de
planejar novas avaliações e, sobretudo, assessorar o aluno que requer mais
atenção.
15
PARAÍSO citados por LEAL, ALBUQUERQUE & MORAIS, 2007, p.
99).
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Os autores destacam ainda que não apenas o estudante é avaliado, mas o
trabalho do professor e da escola e para isso é necessário avaliar:
- se ele(a) mantém boa relação ou não com os meninos e meninas e os motivos para
a manutenção dessas relações de aprendizagem;
“Posto isso, os autores entendem que o baixo rendimento do aluno deve ser
visto de forma coletiva, juntamente com a direção da escola, a coordenação
pedagógica e a família. E assim poder mudar as estratégias didáticas, possibilitar o
atendimento individualizado, garantir a presença do estudante em sala de aula, no
caso dos faltosos, ou ainda propor maior tempo para que a aprendizagem ocorra”
(LEAL, ALBUQUERQUE & MORAIS, 2007, p. 101).
A avaliação na perspectiva formativa reguladora, conforme os autores, deve-
se pautar no reconhecimento das diferentes trajetórias de vida dos estudantes,
trazendo flexibilidade para os objetivos, os conteúdos e as formas de ensinar e
avaliar, ou seja, contextualizar e recriar o currículo. Assim as autoras delimitam um
ponto inicial:
[...] a seleção consciente do que devemos ensinar é o primeiro passo
a ser dado para a construção de uma aprendizagem significativa na
escola. Em decorrência dessa tomada de posição em relação ao que
é realmente importante, é que podemos organizar nosso tempo na
sala de aula e definir o que iremos avaliar e as formas que
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adotaremos para avaliar (LEAL, ALBUQUERQUE & MORAIS, 2007,
p. 101).
Os autores enfatizam, por fim, que a partir da análise desse material se efetua
o registro de acompanhamento, partindo, por exemplo, se cada estudante
compreende textos lidos pela professora a partir dos questionamentos principais
(quem, o quê, quando, onde, por que, etc.); se compreendem textos mais longos
lidos pela professora fazendo inferências e entendendo o sentido global do texto; se
demonstram interesse em ler, em ir à biblioteca; se escrevem textos curtos com
autonomia, dentre outros.
Provinha Brasil
A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica instituída pelo Ministério da
Educação, que visa investigar as habilidades desenvolvidas pelas crianças
matriculadas no 2º ano do ensino fundamental das escolas públicas brasileiras.
Composta pelos testes de Língua Portuguesa e de Matemática, a Provinha Brasil
permite aos professores e gestores obter mais informações que auxiliem o
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monitoramento e a avaliação dos processos de desenvolvimento da alfabetização e
do letramento inicial e das habilidades iniciais em Matemática, oferecidos nas
escolas públicas brasileiras, mais especificamente, a aquisição de habilidades de
Leitura e de Matemática. Aplicada duas vezes ao ano, a avaliação é dirigida aos
alunos que passaram por, pelo menos, um ano escolar dedicado ao processo de
alfabetização. Todos os anos os alunos da rede pública de ensino, matriculados no
2º ano do ensino fundamental, têm oportunidade de participar do ciclo de avaliação
da Provinha Brasil. A adesão a essa avaliação é opcional e a aplicação fica a critério
de cada secretaria de educação das unidades federadas. A Provinha Brasil é um
instrumento pedagógico, sem finalidades classificatórias, que fornece informações
sobre o processo de alfabetização e de Matemática aos professores e gestores das
redes de ensino.
Fonte: http://provinhabrasil.inep.gov.br
Dica:
SAEB: Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico – portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb
5.4. Revisão
Trabalhar a leitura e a produção de textos na alfabetização requer
trazer a criança para uma aproximação com o mundo da leitura e da
escrita através do contato com os mais variados gêneros textuais.
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Como o exemplo apresentado do relato da experiência sobre a “feira
literária”, que teve como objetivo despertar nos alunos o gosto pela
leitura e o prazer da escrita;
Exemplificamos uma avaliação diagnóstica na alfabetização inicial em
que fica evidente a importância de conhecer o aluno que chega à sala
de aula. Considerando que o aluno vem de uma sociedade letrada e
traz consigo uma experiência de vida que deve ser respeitada. Assim,
ao elaborar o planejamento das atividades da prática pedagógica,
devemos partir do princípio que a criança vai dar continuidade ao
processo de leitura e da escrita;
A avaliação é um instrumento relevante no processo de ensino-
aprendizagem e uma das suas principais características é propiciar
condições ao professor de acompanhar o desenvolvimento de seu
aluno, para assim redimensionar a sua prática e elaborar o
planejamento a partir de situações que sejam capazes de gerar novos
avanços de aprendizagem.
Vídeos:
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5.6. Atividades
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5.7. Referências
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