Francisco Ribeiro de Morais e Lourdes Alves de Morais processam a ré por vender seus quatro terrenos por preço muito abaixo do valor de mercado sem seu consentimento. Requerem que a ré pague a diferença entre o preço de venda e o valor justo dos terrenos à época, acrescido de juros e correção monetária, totalizando R$289.978,66. A ré alega ter pago IPTUs em atraso, mas documentos mostram débitos em aberto. Pedem aprovação das contas
Francisco Ribeiro de Morais e Lourdes Alves de Morais processam a ré por vender seus quatro terrenos por preço muito abaixo do valor de mercado sem seu consentimento. Requerem que a ré pague a diferença entre o preço de venda e o valor justo dos terrenos à época, acrescido de juros e correção monetária, totalizando R$289.978,66. A ré alega ter pago IPTUs em atraso, mas documentos mostram débitos em aberto. Pedem aprovação das contas
Francisco Ribeiro de Morais e Lourdes Alves de Morais processam a ré por vender seus quatro terrenos por preço muito abaixo do valor de mercado sem seu consentimento. Requerem que a ré pague a diferença entre o preço de venda e o valor justo dos terrenos à época, acrescido de juros e correção monetária, totalizando R$289.978,66. A ré alega ter pago IPTUs em atraso, mas documentos mostram débitos em aberto. Pedem aprovação das contas
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA CÍVEL DA
COMARCA DE IVAIPORÃ/PARANÁ
Processo nº 0004260-41.2019.8.16.0097
FRANCISCO RIBEIRO DE MORAIS e LOURDES ALVES
DE MORAIS, já devidamente qualificados, nos autos da AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS vem respeitosamente perante V. Exa., por sua advogada in fine assinado, nos termos do art. 550, § 6º do CPC, devido a inércia do réu, APRESENTAR CONTAS
como lhe faculta a lei, consubstanciado nos documentos em anexo,
com os respectivos comprovantes, requerendo, que V Exa. as aprove, julgando-se o saldo apurado em favor dos requerentes para que se possa requerer a devida execução, sendo o caso. Cumpre ressaltar que conforme os documentos em anexo comprovam a reclamada “vendeu” os quatro terrenos de propriedade dos autores (lotes nº 16, 17, 18 e 07 da quadra nº 12, sito na Vila Nova Porã, matricula 5.314/1) para sua filha e genro por meio de escritura pública datada de 02/06/2003. Em que pese a ré tenha “vendido” cada um dos terrenos pelo valor de R$2.000,00 (dois mil reais), de acordo com avaliação feita na época (mov. 1.15) cada terreno valia em média R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais), valor este que deve ser considerado para cálculo dos valores devidos pela ré aos autores. Veja-se que na procuração outorgada pelos autores a ré (mov. 1.10 e 130.2), constou expressamente que esta poderia negociar os imóveis em questão, no entanto, por preço e condições que seriam ajustados futuramente. Ocorre que os autores NUNCA anuíram com a venda dos terrenos pelo preço vil de R$2.000,00 (dois mil reais). Assim, o valor a ser considerado como devido pela reclamada em razão da “venda” dos terrenos para sua filha e genro é de R$100.000,00 (cem mil reais). Tais valores deverão ser atualizados monetariamente desde 22/03/2012 (data em que o laudo foi elaborado) até a presente data, pela média INPC/IDPG-DI. Conforme cálculo em anexo, o valor atualizado de cada terreno é de R$53.304,90 (cinquenta e três mil trezentos e quatro reais e noventa centavos). Assim, a ré deve aos autores o valor de R$213.219,60 (duzentos e treze mil duzentos e dezenove reais e sessenta centavos). Ainda, o importe deve ser acrescido de juros de mora de 1% a contar da citação (mov. 28 – 25/06/2020), totalizando R$289.978,66 (duzentos e oitenta e nove mil novecentos e setenta e oito reais e sessenta e seis centavos). Ademais, tendo sido ajustado que a ré realizaria a venda dos terrenos, quitaria os IPTU em aberto e repassaria os valores para os autores, e datando a escritura pública de 2003, somente os valores de IPTU efetivamente pagos pela ré até tal data é que devem ser abatidos do importe devido aos autores. Ocorre que os documentos apresentados no mov. 130.3 não podem ser considerados, vez que apresentados fora do prazo concedido à reclamada, bem como não condizem com a realidade, não sendo aptos a comprovar o pagamento dos IPTUS que estavam aberto até junho/2003 (data da venda dos terrenos). Em diligência realizada junto à Prefeitura de Ivaiporã verificou-se que os IPTUS dos imóveis em questão não estão regularmente quitados. Documentos em anexo. Ainda, aponta-se que dos extratos apresentados pela ré constam valores de IPTU referentes à períodos em que os imóveis não mais pertenciam aos autores. Portanto, o pagamento de tais impostos não mais era de responsabilidade dos autores. Assim, não há que ser abatido qualquer importe a título de pagamento de IPTU pela ré. No entanto, não sendo este o entendimento, pugna-se para que seja abatido do valor devido aos autores importe equivalente aos atualmente em aberto, R$1.129,00 (conforme os documentos em anexo) por ano, limitado aos 5 anos anteriores à venda dos imóveis (metade de 2003 e 2002 a 1999), vez que este é o prazo prescricional para débitos de IPTU. Ainda, destaca-se que a patrona dos autores tentou diversos contatos com a Prefeitura de Ivaiporã, a fim de realizar o levantamento dos valores de IPTU pagos em relação aos terrenos em questão até o ano de 2003, mas, no entanto, não obteve sucesso, vez que lhe foi dito que tão somente a proprietária atual dos imóveis (filha e genro da ré) é que pode obter tais informações. Nesse viés, caso seja preciso a apuração dos valores pagos a título de IPTU, pugna-se pela expedição de ofício à Prefeitura de Ivaiporã para que indique os importes pagos. Assim, requer-se que V Exa. Aprove as contas apresentadas, julgando-se o saldo apurado em favor dos requerentes no importe de R$289.978,66 (duzentos e oitenta e nove mil novecentos e setenta e oito reais e sessenta e seis centavos), para que se possa requerer a devida execução, sendo o caso. Nestes Termos, Pede Deferimento.
Petição Inicial - TJSP - Ação de Rescisão de Contrato de Compra e Venda de Madeira Cumulada Com Pedido de Restituição de Valor - Procedimento Comum Cível