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EXCELENTISSIMA SENHORA ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA JUÍZA DE

DIREITO TITULAR DA 1ª VARA DO JUIZADOS ESPECIAL CIVEL DE ANANINDEUA


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo: 0811382-40.2021.8.14.0006

 
WANDERSON SILVA RODRIGUES, brasileiro, casado, empresário,
inscrito no CPF n° 884.555.992-00, residente e domiciliado cito à Rodovia Br 316, Km 1
S/NAtalaia, Ananindeua-Pa, CEP 67130-000 e endereço eletrônico
eng.wanderson@yahoo.com.br (anexo I), neste ato representado por sua procuradora,
conforme documento de procuração carreado aos autos (anexo II), vem mui
respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria, com fulcro nos arts. 53, $1° e 31 da Lei
9.099/95, informar e requerer o que segue.

Trata-se a presente execução de título extrajudicial, relativo ao suposto


inadimplemento de taxas condominiais, cobradas e não pagas pelo embargado,
proprietário do Apto. 1101 da Torre 1 do condomínio exequente, deixando, assim, de
cumprir com seus deveres junto ao condomínio em razão das cláusulas de comum acordo
celebradas e registradas na Convenção do Condomínio. Por esta razão, o requerente, vem
sendo cobrado esporadicamente acerca de débitos condominiais, a exemplo do cobrado
na presente ação, posto tratar-se de obrigação de natureza mensal continuada.

Ocorre que já há distribuída contra o mesmo executado, a ação de cobrança


n° 0800981-16.2020.8.14.0006, (anexo III) a qual inicialmente cobrava o valor de R$
4.228,84 (quatro mil duzentos e vinte oito reais e oitenta e quatro centavos), relativo aos
meses de setembro de 2018 a agosto de 2019, conforme demonstrativo abaixo que
compõe o anexo 10 da inicial da ação mencionada:

QuandoQ

Quando citado na ação 0800981-16.2020.8.14.0006, que, também, tramita neste mesmo juízo, o
executado de pronto procedeu ao depósito judicial dos valores cobrados, conforme comprovante
ora juntado (anexo IV), o que vem fazendo periodicamente naqueles autos, já tendo até o
presente momento, realizado 3 depósitos judiciais na conta aberta e vinculada àqueles autos,
cobrindo desta forma os meses supostamente inadimplentes, conforme notificação 2 abaixo :
Ocorre que no ínterim entre os depósitos judiciais realizados e o recebimento desta
segunda notificação, o executado de boa fé, procedeu com a notificação extrajudicial do patrono
da exequente (Anexo V), para evitar novas futuras cobranças desnecessárias, vez que já vinha
fazendo o pagamento, todavia de forma judicial, o qual juridicamente possível, quando se haja
uma dúvida acerca do pagamento, o que como se percebe pela distribuição da presente ação, fora
totalmente desconsiderado pelo exequente:

Mesmo devidamente notificada de que os valores estão todos depositados


judicialmente, a executada seguiu com as cobranças condominiais, inicialmente com a
notificação acima e posteriormente, na presente oportunidade com a distribuição da presente
ação de cobrança, a qual, tem como objeto o suposto inadimplemento condominial do período de
novembro de 2019 a julho de 2021:
Ressalte-se que os valores objeto da presente ação de cobrança, já se encontram
devidamente depositados na conta judicial vinculada a ação de cobrança 0800981-
16.2020.8.14.0006, conforme comprovante de depósito judicial (ANEXO VI).

Como se percebe, neste último depósito, não só cobriu-se o valor ora executado,
como todo o remanescente, estando até a data da propositura desta ação, quite com suas
obrigações condominiais:
Como se demonstrou cabalmente, pelos documentos copiados e ora juntados nesta
ação, não pode prosperar a presente cobrança judicial, posto que possui como objeto, valores já
acobertados pelo pagamento, realizado na forma de depósito judicial nos autos da ação 0800981-
16.2020.8.14.0006, a qual encontra-se com status de “conclusos para decisão”:

Sabe-se, contudo, que o direito de crédito refere-se ao interesse de receber


determinada soma em dinheiro. E, o direito de ação que o credor (exequente) exerce refere-se à
um bem jurídico distinto que é o julgamento de sua pretensão em obter a aludida importância em
dinheiro.

A defesa de mérito, fora realizada nos autos da primeira ação, contendo, inclusive,
pedido contraposto, posto que o ora exequente não cumpriu com suas obrigações condominiais
gerando graves prejuízos ao ora executado, conforme demonstrado naqueles autos (ANEXO
VII).
Apenas por amor ao debate, caso vossa excelência discorde dos argumentos supra,
requer-se novo prazo para apresentação da contestação, que em verdade, repetirá em absoluto os
argumentos da ação 0800981-16.2020.8.14.0006, vez que ambas, possuem o mesmo objeto.

Por esta razão, na presente oportunidade pleiteia-se:

a) Seja extinta a presente ação em decorrência da falta de interesse de agir posto que sem
qualquer utilidade, a presente demanda, que já se encontra albergada pelos depósitos realizados
na ação 0800981-16.2020.8.14.0006, nos termos do artigo 336, VI do NCPC;

b) Que seja o exequente condenado a pagar multa de 1% (um por cento) sobre o valor dado à
causa, além dos honorários devidos aos patronos do embargante e das despesas processuais, a
teor do contido no art. 81 do CPC 2015, em função da litigância de má-fé; nestes termos,
regulada pelo
art. 54, parágrafo único, da lei 9.009/95, e implica na condenação do litigante de má-fé nas
custas processuais do 1º grau e em honorários advocatícios. Os honorários são fixados de acordo
com a regra do art. 20, e seus parágrafos, do CPC;

c) Na remota hipótese de não extinção da presente ação, seja esta julgada em conjunto com a
ação n° 0800981-16.2020.8.14.0006, posto possuírem o mesmo objeto e causa de pedir remota.

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

Belém - Pará, 23 de fevereiro de 2022


 
 
 
Assinado eletronicamente
Rebeca Guimarães S. de Oliveira
OAB/SP 363.230

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