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Curso: Direito Semestre 2023.

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Docente: Emauel oguri
Discente: Midian Almeida Pereira
Disciplina: História do Direito

O autor apresenta o direito antigo e destaca as diferenças entre a forma como


o mesmo era originalmente quando inserido dentro de sua própria realidade
social-política e a maneira que foi “reinventado” após o seu processo de
“redescoberta”, recebendo uma força normativa derivada do novo contexto
histórico a qual estava sendo aplicado, passando por um processo de alteração
de forma a se adaptar. Um exemplo da incorporação de preceitos do direito
oriental antigo é a justiça utilizada nas aldeias (caracterizada pela familiaridade
e pelo poder patriarcal), trazida pelo dispositivo bíblico dentro da
tradição judaico-cristã.
Valores cruciais referentes ao direito antigo podem ser conferidos,
especialmente na seara tributária, no que diz respeito à arrecadação.
A dinâmica desses primeiros preceitos jurídicos também versa acerca da
disputa por terras férteis, importante elemento que possibilitou que nações
como o Egito pudessem prosperar durante esse período.
Na Grécia, é possível perceber uma clara distinção entre Esparta e Atenas:
enquanto esta foi voltada majoritariamente para a erudição, aquela tinha um
cunho bélico. Atenas, em contrapartida com Esparta, deixou como legado um
vasto conjunto de valores políticos que se tornaram essenciais na tradição a
jurídica, tais como o processo de laicização do direito — a partir da superação
das narrativas míticas como forma de justificar a realidade, buscando assim o
nacionalismo.
Além disso, a herança ateniense também deixou a ideia de revogação das leis
pelos mesmos homens que a fizeram. A laicização do direito permitiu que este
último não precisasse da intervenção divina para ser revelado ou deliberado, o
processo de promulgação de revogação se tornam de
responsabilidade humana.
É possível ressaltar que, na realidade grega, não havia uma classe de juristas
propriamente dita, tampouco o preparo jurídico específico. Porém,
argumentação dialética era aprendida assim como a própria literatura jurídica
na forma poética, incorporando assim o estudo das leis na educação, de forma
que qualquer ateniense que pudesse ter acesso à educação, estaria então, se
educando de forma jurídica

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