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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

Supervisão de Processos Energéticos

LABORATÓRIO 2/3 - SUPERVISÃO BASEADA EM CLP E MODELAGEM


DINÂMICA – ESTUDO DE CASO: AUTOMAÇÃO DE MALHA FERROVIÁRIA E
INTRODUÇÃO AO RECONHECIMENTO DE PADRÕES

Antonio A. Altomani 11006812


Guilherme Meireles de Oliveira 11201723052
Leonardo Tancredi 21016615
Thiago Canabrava de Sousa 2107714

Prof. Dr. Jesus Franklin Andrade Romero

Santo André
05/05/2023
RESULTADOS
Conforme instrução foi realizada a implementação de quatro FB (Blocos de
Funções do Portal TIA) no intuito de simular os diferentes CLP que seriam implementados
em uma situação real.
Após a análise do material disponibilizado pelo professor, e a execução da lógica
fornecida no programa MULTIPROG, foi confeccionada a tabela de variáveis globais e
suas interações que se segue.
FB Tarefa 1 Tarefa 2 Tarefa 3 Tarefa 4
“CLP” Controle de Controle de Controle dos Supervisório
energização da energização da aparelhos de
via externa via interna mudança de via
(AMV 1 e 2)
Entradas T1go T2go Req_desvio Power_on
Req_normal go_cmd
stop_cmd
switch_cmd
tdo1
tdo2
tdi2
tdi1
tdi3
tdi4
tdo3
Saídas Run_o Run_i desvio_ok T1go
VO VI normal_ok T2go
Req_desvio
Req_normal
Bidirecional Tdesvio
(entrada/saída) Tnormal
Tabela 1 - Variáveis Globais

As demais variáveis, diagramas e todas as descrições encontram-se no anexo A ao


final de documento.

SIMULAÇÕES
Nas figuras a seguir, a posição angular dos trens obtida por simulação é indicada
pelos gráficos em função do tempo e posição angular. Estas simulações foram
disponibilizadas no material de apoio fornecido pelo professor.
Considerar que a posição do trem no trilho externo inicia-se em 0º e vai até 360º,
enquanto no interno inicia-se em 360º e termina em 720º.
A Figura 1 representa o trem que começa na posição 0º /0s, se movimenta até a
posição 82º/60s onde é detectado pelo sensor, acionando a parada dele. O trem permanece
parado até 170s quando é acionada a troca para o trilho interno chegando na posição interna
de 450º. Internamente ele continua a se mover e não para mesmo quando chega em 720º na
qual a posição gráfica retorna à 360º, pois completou uma volta completa,
aproximadamente no tempo 375s.

Figura 1 - Posição angular do trem 1 no tempo. Fonte: Experiência 3, EN3716 - Supervisão e monitoramento de
processos energéticos.

Simultaneamente, temos a movimentação do trem 2 conforme a Figura 2. O trem se


movimenta até a posição 630º quando é solicitada a parada, em seguida é acionada a troca
de trilho e o trem parte novamente trocando para o trilho externo na posição de 270º e
continuando o percurso até que se complete uma volta, no tempo 225s, e retorna a posição
0º sem parar, continuando o movimento até completar outra volta no tempo
aproximadamente 440s e repetir o percurso.

Figura 2 - Posição angular do trem 2 no tempo. Fonte: Experiência 3,EN3716 - Supervisão e monitoramento de
processos energéticos.

Através dos gráficos disponibilizados e aplicando a teoria desenvolvida em sala de


aula, também podemos observar que na simulação da Figura 3 temos o trem externo, trem
1, em uma velocidade maior (três vezes a velocidade do trem interno). Vemos que essa
variação não é um problema para o sistema sem falhas, conforme automatizado, pode-se
observar que os trens 1 e 2 param em seus respectivos sensores tdo1 e tdi3 quando
solicitada a troca de trilho. Em seguida, executam a troca de trilho e seguem se
movimentando corretamente.
Figura 3 - Condição nominal vel1 = 3*vel2. Fonte: Experiência 3, EN3716 - Supervisão e monitoramento de processos
energéticos.

A simulação em condições normais de movimentação está apresentada nas Figura 4


e Figura 5, sendo que posição em graus está com a escala vezes 10, ou seja, 1000°
representa 100°. Nessas figuras estão apresentados os diagramas de tempo correspondentes
a movimentação angular dos trens e o diagrama de sequência de estados das tarefas
utilizados para representar os 4 CLP da automação.

Figura 4- Condição nominal no simulador. Fonte: Experiência 3, EN3716 - Supervisão e monitoramento de processos
energéticos.

Percebe-se pela Figura 4 que durante a movimentação normal do sistema a tarefa 4


percorre os 6 estados internos programados, sendo seu estado de repouso o segundo. As
demais tarefas funcionam corretamente e atingem os estados planejados conforme o
esperado.
Figura 5 - Condição de falha no sensor tdo1. Fonte: Experiência 3, EN3716 - Supervisão e monitoramento de processos
energéticos.

Ocorrendo a quebra do sensor tdo1, a tarefa 4 completa os 6 estados internos,


estagnando no terceiro à espera do sinal de tdo1. Conforme observamos na Figura 5, o trem
2 permanece parado ao ser detectado pelo sensor tdi3 próximo aos 630° e o trem 1 segue
sem parar. Não se observa mudanças na tarefa 3 (AMV), devido ausência da invocação por
parte da tarefa 4 (supervisório). Uma condição ineficiente, porém, segura.

Figura 6 - Condição de falha de atuador (partida parada). Fonte: Experiência 3, EN3716 - Supervisão e monitoramento
de processos energéticos.

No caso de o atuador V0 não funcionar, a tarefa 4 sai de seu estado 1 chegando no


estado 2 dando a entender que a ordem de partida foi efetuada e o trem 2 inicia a andar,
Figura 6. Entretanto, a tarefa 4 não sai do estado 3, pois o trem 1 parado não será detectado
pelo tdo1. Notar que o trem 2 não parou quando foi detectado pelo sensor tdi3, pois como o
atuador V0 está com defeito não é possível mudar o estado lógico dos trens.
Figura 7 - Condição falha de atuador (trilha de desvio). Fonte: Experiência 3, EN3716 - Supervisão e monitoramento de
processos energéticos.

Já na Figura 7, temos que a tarefa 3, aguardando a tarefa 4 chegar em seu quarto


estado, segue em seu primeiro estado. A falha do atuador de troca de trilho impede o
sistema de entender que é para trocar de trilho, logo os trens seguem se movendo
continuamente e não param nos sensores tdo1 e tdi3.
Percebe-se pela análise acima que a tarefa 4, é a principal tarefa. Tendo o papel do
CLP de supervisão. Uma análise do estado da tarefa 4 dentro de um determinado período é
um auxílio para detectar possíveis problemas no sistema. Além disso, observação da
mudança dos bits de endereçamento de estado da tarefa 3 são indicativos eficazes do bom
funcionamento do sistema, pois apenas no caso normal eles ocorreram corretamente.
CONCLUSÕES
A utilização da lógica de transição de estados, mais uma vez se mostra interessante
quando existe uma sequência discreta e hierarquicamente ordenada de estados e condições
para suas transições. Neste experimento, acrescentou se ao anterior a possibilidade da
utilização dos bits de endereçamento dos estados como observadores para o
reconhecimento dos padrões do comportamento dinâmico do sistema.
Assim, conseguimos agora utilizar estes padrões para avaliar o desempenho,
eficiência e segurança de sistemas através da simulação ou execução controlada de seus
programas, sensores e atuadores.

Essa compartimentação do código também possui vantagens na manutenção,


atualização e reutilização deste.
É de extrema importância a correta implementação das variáveis a serem utilizadas
na IHM, sob o risco de ocorrerem problemas de difícil identificação por parte do
programador. Variáveis criadas automaticamente, para compensar um erro de boa prática
de programação, geram duplicidade de nomes e não são atualizadas automaticamente
gerando potenciais erros no momento da modificação do código
ANEXOS

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