questÍio de saúde pú- neses de Xangai, onde o blica. Esurdos realizados em govemo encara a leitura vários países provÍuam que com a devida seriedade e ela é um santo remédio para a considera uma questão a cabeça: quem lê tende a econômica: sem bons lei- chegar à velhicemenos plo- tores, o creseimento não penso à doença de Alzhei- se sustenta. De fato, a lei- mer. Outras pesquisas, fei- tura é, também, urna ques- tas na Universidade Stan- tão econômica, como já ford, na Califómiq mostra- demonstraram os sul-co- ram que os neurônios en- reanos com sua histórica volvidos na leitura, quando arrancada para o desen- exercitados com obras de volvimento. Ainda não flcção, como romances e aprendemos a lição. Pior contos, mantêm a aprendi- para nós. zagem intacta ao longo da O descalabro nacional vjda. Liwo signiflca mus- não poupou Minas Ge- culação para os neurônios. rais. Grandes empresas Liwo devorado, neurônio mineiras suspenderarn sarado. Além disso, os lei- quaisquer instruEões por tores assíduos apresentam escrito a seus funcioná- maior conf,ança no relacio- rios. Motivo: eles as leem nÍrmento. O motivo é sim- e nada entendem. A lite- ples: o cérebro não distin- ratura, a principal aliada gue muito bem a literatura da boa leitura, foi banida da realidade. Assim, mistu- para uma posição secun- ra as tramas f,ctícias e os diíria nos currículos esco- eventos verdadeiros en- lares. Em nossas universi- quanto absorve a diversida- dades, aonde em tese de de personagens, enredos chegariam os mais prepa- e visões de mundo encon- rados, o semianalfabetis- tradas na literatura. Porfim, mo também se instalou. aravés do conhecimento Duvida? Pois pergunte a, adquirido, desenvolve a mente e o senso crítico. Uma curiosi qualquer professor. Raros estudantes conseguem, ao término dade: a televisão não oferece esses beneficios. Ela entra por dos cursôs, escrever algo inteligível sem cometer graves erros um olho e sai pelo outro. de pornrguês. Sem falar na baixa criatiüdade. As pequenas Os neurocientistas também consÍataram que a emoção ilhas de Singapura e Hong Kong, por exemplo, são mais ci- precede a razão. Em outras palawas, quem possui maior tadas em criatividade cientÍf,ca que o Brasil inteiro. Produzi- experiência com as emoções raciocina melhor. E o que são mos, no entanto, muito mais doutores do que elas, somadas. os romances senão pílulas concentradas de emoção? Como Num mundo cadavez mais competiúvo, quem conhece se não bastassem tantas vantagens, na Universidade Tufts, mais leva a melhor. O coúecimento passa pela leitura, pela nos Estados Unidos, uma pesquisadora conflrmou que a lei intimidade com a'literatura, com a língua, com a capacidade tura cria vias expressas no cérebro, através das quais os im- de captar as nuances de um texto, perceber ironias, concordar pulsos eletroquímicos circulam em velocidade de Fórmula ou discordar diante das ideias apresentadas. Na leirura se 1. Posto de outra forma, quem lê raciocina mais rápido. fundem a saúde, a economia, o enúetenimento, a sabedoria. Apesar de santo remédio, no Brasil a leitura anda doente, nas Bill Gates, numa famosa frase, disse que seus filhos teriam últimas. Uma avaliação daUnesco comestudantes de 66países compuúadores, mÍs antes teriam liwos. Disse mais: sem ef,- de todos os continentes colocou-nos entre os doze piores na ciente leitura, não se escreve a própria história. No caso bra- capacidade de compreensão de texto. Nós, que chegamos a ser sileiro, ouEos a escreverão por nós. O pior é que, como le- a sexta economia do mundo, lemos no nÍvel das regiões mais inos mal não desconfiaremos disso. Tfiste destino. subdesenvolvidas. Nossa nota não pÍlssou de2 em 6. Quem se