Você está na página 1de 17

ISSN: 2595-3516 143

Solo e densidade nutricional: uma reflexão


sobre a importância da relação entre nutrição
humana e agricultura

Carolina Carvalho BELTRAN1


Maria Carolina Dario VITTI2
Resumo: O avanço agrícola trouxe muitos benefícios alimentares para o país,
no entanto, foi possível observar o crescente impacto ecológico causado por esse
setor. Além do meio ambiente, estudos sugerem que os alimentos produzidos
em sistema convencional podem apresentar densidade nutricional reduzida,
constatação que poderia ser cúmplice nas deficiências alimentares encontradas
na população atual. Embasado nesses pontos iniciais, percebe-se que as formas
de manejo empregadas na produção de alimentos são importantes para a saúde
nutricional como um todo. Portanto, o objetivo desse trabalho é demonstrar o
papel do cultivo agrícola, do manejo do solo na densidade nutricional e de como
é necessário relacionar a agricultura à nutrição humana. O artigo foi elaborado
através de reflexões imparciais, baseadas em revisão de literatura que integram
os temas: nutrição, agricultura e biotecnologia. As informações compiladas
evidenciam que diferentes formas de manejo podem interferir na quantidade
e na qualidade nutricional do alimento final. Através dos estudos revisados,
pode-se perceber que a alimentação começa no solo. Dessa forma, o conteúdo
nutricional consumido pela população está intimamente relacionado com as
práticas agrícolas exercidas hoje. Com base nessa dimensão, tem-se a noção de
como agricultura e nutrição humana devem ser aproximadas quando o objetivo é
nutrir o indivíduo de forma superior e segura.

Palavras-chave: Solo. Sistema Convencional de Produção. Densidade


Nutricional. Alimentos Orgânicos.

1
Carolina Carvalho Beltran. Bacharelanda em Nutrição pelo Claretiano – Centro Universitário.
E-mail: <carolina.beltran4@gmail.com>.
2
Maria Carolina Dario Vitti. Doutora e Mestra em Fisiologia Bioquímica de Plantas pela
Universidade de São Paulo (USP). Bacharel em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). Docente do Claretiano – Centro Universitário.
E-mail: <mariavitti@claretiano.edu.br>.

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


144 ISSN: 2595-3516

Soil and nutritional density - a reflection on


the importance of the relationship between
human nutrition and agriculture

Carolina Carvalho BELTRAN


Maria Carolina Dario VITTI
Abstract: The agricultural advance brought many food benefits to the country.
However, it was possible to observe the increasing ecological impact caused by
this sector. In addition to the environment, studies suggest that foods produced in a
conventional system may have reduced nutritional density, a finding that could be
complicit in the food deficiencies found in the current population. Based on these
initial points, it is possible that the forms of management used in food production
are important for nutritional health as a whole. Therefore, the objective of this
work is to demonstrate the role of agricultural cultivation, soil management in
nutrient density and how it is necessary to relate agriculture to human nutrition.
The article was prepared by impartial reflections based on literature review that
integrate the themes: nutrition, agriculture and biotechnology. The information
compiled evidences that different ways of managing the soil can interfere in
the quantity and nutritional quality of the final food. Through the reviewed
studies, it can be noticed that the feeding begins in the soil, in this way, the
nutritional content consumed by the population is closely related to the nowadays
agricultural practices. Based on this dimension, the notion of how agriculture and
human nutrition should be close when the objective is to nurture the person in a
superior and safe way.

Keywords: Soil. Conventional System Production. Density Nutritional. Organic


Food.

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


ISSN: 2595-3516 145

1. INTRODUÇÃO

Ao contrário do que muitos pensam, o Brasil tem sido líder


em renovações tecnológicas voltadas à agropecuária tropical. Na
década de 70, o país ainda necessitava da importação de alimentos
de caráter básico. No entanto, 40 anos depois, houve um salto gi-
gantesco de produção. Em 1960, o setor conseguiu colher cerca de
17,2 milhões de toneladas de grãos, uma produtividade em torno
de 783 quilos por hectare e, na mesma década, iniciou-se a mo-
dernização da agricultura brasileira, devido à chamada Revolução
Verde, que ampliou a exploração agrícola. Já em 2010, o índice
alcançado foi de 3.173 quilos por hectare, melhorando a disponibi-
lidade de alimentos para os cidadãos, mas aumentando os impactos
ambientais na mesma proporção, pelo desmatamento e as constan-
tes agressões ao solo, devido a sistemas de monocultura (ASSIS;
ROMEIRO, 2002; BALSAN, 2006; LOPES; CONTINI, 2012).
Nessa busca por renovação, a premissa dos agrotóxicos ini-
ciou-se com a ideia de que seria impossível aumentar a produção
de alimentos de forma economicamente viável e em proporção su-
ficiente para alimentar toda a população crescente, acarretando o
risco da fome mundial, caso tais produtos não fossem utilizados
(MOTA, 2009).
Já o desenvolvimento da agricultura química ou agricultura
convencional, principal sistema de produção de hoje, teve seu iní-
cio no século XIX, impulsionado por Justus von Liebig, que criou
a chamada “Lei do Mínimo”. O estudioso propôs que as plantas
conseguiam manter seu desenvolvimento na ausência de matéria
orgânica, desde que sua nutrição estivesse baseada na quantidade
de elementos minerais específicos, levando sua produção a ser di-
retamente proporcional ao fornecimento dessas substâncias de for-
ma calculada. Essa nova conclusão possibilitou aos agricultores a
continuidade da monocultura, sem necessidade da preocupação de
recuperar a fertilidade do solo evitando seu esgotamento, pois era
considerado apenas um substrato ou veículo para a aplicação de
outros compostos (ASSIS; ROMEIRO, 2002).

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


146 ISSN: 2595-3516

Enquanto a agricultura passava por essa reestruturação em


busca de produtividade, a manutenção de recursos naturais não foi
considerada prioridade, pois acreditava-se que as limitações ecoló-
gicas eram facilmente superáveis pelas tecnologias que se aprimo-
ravam e o risco só seria possível caso os agricultores utilizassem os
produtos acima dos limites pré-estabelecidos. Dessa forma, o de-
senvolvimento rural perdeu espaço para a modernização e o retor-
no financeiro rápido (ASSIS; ROMEIRO, 2002; BALSAN, 2006;
MOTA, 2009).
Frequentemente, observam-se estudos relacionando o cres-
cimento populacional à demanda de produção de alimentos que,
embora tenha aumentado substancialmente, não supre a necessi-
dade nutricional de grande parte da população, seja pela má distri-
buição dos produtos e desperdício, seja pela carência de nutrientes
desses produtos. A deficiência de tais produtos pode derivar-se da
crescente industrialização da agricultura, com o melhoramento ge-
nético voltado para o aumento da produtividade, deixando de lado
a manutenção da qualidade alimentar, além de trazer diversos dese-
quilíbrios nutricionais nos alimentos, provocar alterações fisiológi-
cas nos tecidos vegetais e deixá-los vulneráveis (MORAES, 2008;
CARMO et al., 2016).
No entanto, ainda é comum observar o distanciamento de
ciências voltadas à nutrição de plantas em relação a saúde humana,
por parecerem distintas ao estabelecerem como objetivo o estudo de
dois organismos diferentes. Porém, pode-se perceber a semelhança
entre esses seres vivos se levarmos em consideração que grande
parte dos nutrientes necessários ao desenvolvimento das cultiva-
res são também essenciais ao ser humano, demonstrando como os
temas estão interligados, principalmente partindo do princípio de
que a vida do homem depende intimamente do desenvolvimento
vegetal (MORAES, 2008).
Com o passar dos anos, a tendência foi de integração dos con-
ceitos de alimentação, nutrição e saúde, expondo um caminho de
prevenção ao invés da cura, de modo que há crescente preocupação
no desenvolvimento de produtos nutricionalmente ativos de forma
satisfatória, para atender às necessidades de uma população cuja

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


ISSN: 2595-3516 147

idade média só tende a aumentar (BORGUINI; TORRES, 2006;


LOPES; CONTINI, 2012).
Essas observações nos questionam sobre como ocorreu a evo-
lução da agricultura. Podemos dizer que a densidade de nutrientes
nos alimentos se mantém inquestionável, trazendo o melhor possí-
vel para a alimentação? Tantos investimentos em tecnologias e tan-
tas formas diferentes de produção melhoraram o âmbito alimentar
no quesito qualidade ou apenas quantidade?
Desse modo, este trabalho pretende auxiliar a visualização
desses tópicos, demonstrando a necessidade do cultivo agrícola, do
manejo do solo na densidade nutricional e como é importante rela-
cionar a agricultura à nutrição humana.

2. MÉTODOS

O artigo em questão foi elaborado por meio de reflexões im-


parciais, levando em consideração a revisão de literatura, elaborada
por pesquisas em sites de busca científica como Google Acadêmi-
co, SciELO, PubMed e periódicos digitais em três áreas de conhe-
cimento: nutrição humana, agricultura e biotecnologia.
Para sintetizar a procura literária, além das palavras-chave
convencional, densidade, nutricional, orgânicos e solo, foram uti-
lizados os seguintes termos de exclusão: animais, populacional e
pastagem.
Apenas estudos antes de 2000 foram aproveitados.

3. RESULTADOS

Na revisão elaborada por Moraes (2008), é possível perceber


a importância do tipo de substrato e, consequentemente, sua nutri-
ção, para a quantificação dos nutrientes de cada alimento. O autor
esboça, entre tantos outros fatores, a carência de selênio (Se) na
população, derivada da escassez desse nutriente no solo. Ele atribui
como possibilidades para essa desnutrição principalmente a perda
da qualidade nutricional decorrente da industrialização e a presen-

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


148 ISSN: 2595-3516

ça de componentes anti-nutricionais, que deixam substâncias im-


portantes ao organismo menos biodisponíveis, como a presença de
metais pesados e fitatos.
Estabelecer os processos de assimilação de cada nutriente é
complexo, devido a sistemas específicos de absorção. No entanto,
espera-se que seu total aproveitamento derive da homeostase entre
os elementos do solo, que deve ser visto como organismo vivo, e da
planta. Dessa forma, a relação de alimentação em proporções ade-
quadas e qualidade superior faz-se necessária em ambas estruturas
orgânicas, pois possuem em igual importância, milhares de minús-
culas espécies vivas convivendo em simbiose (SOUZA, 2015).

Agricultura convencional

O principal sistema agrícola de hoje é chamado de conven-


cional. Esse método traz, além da grande utilização de fertilizan-
tes químicos minerais, agrotóxicos e transgênicos, a exploração
intensiva do solo, sem reposições adequadas de micronutrientes
essenciais para a microbiologia local. Esses fatores, acabam geran-
do muita controvérsia e especulação a respeito do valor nutricional
desses alimentos, sendo que há incerteza devido à falta de infor-
mações sobre o poder cumulativo, efeito combinado e mutabilida-
de dos adjuvantes utilizados (PENHA et al., 2007; SOUSA et al.,
2012).
Outro fato importante a ser levado em consideração é o alto
teor de nitrato encontrado em cultivares derivadas desse sistema,
devido à oferta exacerbada de adubos químicos fosfatados e nitro-
genados, utilizados para promover aumento rápido de produtivida-
de. Diversos estudos demonstram que essas substâncias, ao serem
ingeridas e levadas à corrente sanguínea, acabam reduzidas a nitri-
tos durante a passagem pelo tubo digestivo, que são potencialmente
perigosos ao organismo humano quando combinados com aminas,
formando as nitrosaminas, substâncias carcinogênicas. Combinan-
do-se com a hemoglobina, derivam a meta-hemoglobina, célula in-
capaz de transportar oxigênio, causando a meta-hemoglobinemia,

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


ISSN: 2595-3516 149

principalmente em bebês (MALAVOLTA, 2008; MORAES, 2008;


PINA, 2016).
Nessa forma de adubação, os nitratos são encontrados em
abundância, principalmente em folhosas, mesmo que utilizados
de forma moderada. Há o aumento dos teores de proteína, porém
essa substância é modificada e isso tende a reduzir a concentração
de aminoácidos essenciais, vitaminas e minerais (KOKUSZKA,
2005).

Agrotóxicos e transgênicos

Cezimbra (2004), explica que os agrotóxicos são substâncias


de natureza química com função de eliminar ou mesmo repelir or-
ganismos nocivos às plantas cultivadas. Sua utilização indiscrimi-
nada leva ao aparecimento de pragas resistentes, exigindo a criação
de produtos mais agressivos afim de manter seu controle. Nesse
contexto de produção, os inimigos naturais dos agentes invasores
também são eliminados, aumentando a dificuldade de controlá-los,
além de contaminar não apenas o solo, mas também a água, o ar e
o homem no momento da aplicação e da ingestão de alimentos que,
frequentemente, mantém quantidades de resíduos acima do aceitá-
vel.
Esses produtos, chamados de pesticidas, são frequentemente
estudados e diversos autores propõem que sua utilização pode cau-
sar imunodepressão, mal de Parkinson, depressão, além de outras
doenças neurológicas e alguns tipos de cânceres, principalmente
relacionados ao sistema hormonal (SOUSA et al., 2012).
É importante lembrar que, para iniciar-se a “segunda revo-
lução verde”, houve o avanço dos estudos referentes à criação das
plantas transgênicas que trariam benefícios como a redução de cus-
tos de produção, a facilidade de manejo e o aumento de produ-
tividade. Entretanto, essa tecnologia não considera a relação com
o meio ambiente, acarretando perdas e a manutenção da lavoura
sobre a dependência desse sistema, sem resolver propriamente os
problemas (BALSAN, 2006).

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


150 ISSN: 2595-3516

Outra grande questão, é a utilização de marcadores de resis-


tência a antibióticos, para verificar se a alteração genética durante
a produção dos transgênicos realmente foi efetuada. Existe a possi-
bilidade de que esses genes modificados continuem expressos nos
tecidos das plantas que, ao serem ingeridos, podem continuar a se
expressarem no organismo humano, reduzindo a eficácia dos medi-
camentos no combate a doenças, inclusive sendo transferidos para
patógenos (MOTA, 2009).
Ainda assim, é notável que exista uma geração de transgêni-
cos capazes de proporcionar um aumento na qualidade nutritiva das
plantas. Estudos demonstram a identificação de genes que aumen-
tam a absorção de ferro pela soja, por exemplo, enquanto outros
melhoram a absorção nutricional do solo pelo uso de fertilizantes.
Entretanto, é questionável se essa alteração genômica não pode-
ria trazer consequências imprevistas à saúde e ao meio ambiente
(MOTA, 2009; SOUZA, 2015).

Agricultura orgânica

Após perceber as diversas agressões que realizava ao meio


ambiente, o homem começou a verificar a necessidade de iniciar
uma agricultura sustentável, que se preocupasse com questões
ambientais de forma a preservar seus recursos, conciliando com
o necessário progresso agrário. Assim, vários movimentos que
prezavam pelo equilíbrio ecológico foram criados com a intenção
de manter os recursos naturais e produzir alimentos mais saudáveis
(BORILE; CALGARO, 2016).
Podemos definir a agricultura orgânica como um sistema de
produção agrícola embasado na ideia de que a fertilidade do solo
se deriva da matéria orgânica nele contida e da ação dos micror-
ganismos presentes em compostos biodegradáveis, que podem ser
encontrados no local ou adicionados para auxiliar no processo de
absorção dos elementos químicos e minerais essenciais para o de-
senvolvimento das culturas. Porém, seu conceito é mais abrangen-
te, sendo considerado como agricultura alternativa e envolvendo
outras dinâmicas como a agricultura natural, biodinâmica, bioló-

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


ISSN: 2595-3516 151

gica, ecológica e a permacultura. A principal característica desses


sistemas é o desuso de insumos sintéticos, fertilizantes químicos,
pesticidas ou agrotóxicos, organismos geneticamente modificados,
aditivos e radiação (CAMPANHOLA; VALARINI, 2001; OR-
MOND et al., 2002; SOUSA et al., 2012).
Dessa forma, sistemas agroecológicos buscam manter o meio
o mais próximo do natural, são capazes de manter a produtividade
e a segurança dos alimentos, auxiliam a saúde, a qualidade de vida
e a conservação ambiental, sem prejudicar o avanço da agricultura
(ASSIS; ROMEIRO, 2002; BORILE; CALGARO, 2016).
No entanto, Ormond (2002) expõe que o produto orgânico
não apresenta diferenças em relação à produção em sistema con-
vencional. De forma contraditória, a preferência deriva apenas das
vantagens nutricionais e da ausência de toxidade, que por si sós já
seriam alterações significativas voltadas à importância de sua utili-
zação na nutrição humana.
Existe uma gama de autores com registro de pesquisas de-
monstrando que os alimentos produzidos em sistemas alternati-
vos são capazes de gerar alimentos mais nutritivos e saudáveis,
conforme observa-se no quadro 1.

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


152 ISSN: 2595-3516

Quadro 1. Estudos comparativos: Sistema alternativo x conven-


cional.
AUTOR/ANO OBJETIVO RESULTADOS PRINCIPAIS
Notou-se diferença de resultados entre as
cultivares avaliadas. O tomate Carmem
orgânico apresentou maior teor de
vitamina C quando comparado à produção
convencional. No entanto, a cultivar
Avaliar o conteúdo Débora obteve quantidade aumentada
nutricional do tomate desse nutriente no sistema convencional.
Borguini (2002) orgânico comparado Os teores de licopeno seguiram o mesmo
ao convencional. padrão, sendo que o tipo Carmem obteve
quantidade superior no sistema orgânico
e a cultivar Débora, no convencional.
O enxofre foi superior em ambas as
cultivares no sistema orgânico e o cobre
teve conteúdo muito elevado na produção
convencional.
Avaliar os sistemas
convencional e
agroecológico para
O feijão agroecológico foi mais rico em
verificar qual possui
proteínas, cinzas, nitrogênio e potássio,
melhor composição
enquanto o milho agroecológico foi
nutricional,
superior em proteínas, cinzas, lipídeos,
relacionando os
fibras, fósforo, potássio e magnésio.
Kokuszka (2005) teores de proteínas,
Os demais itens avaliados foram
lipídeos, fibras,
semelhantes nos dois sistemas. O autor
cinzas, carboidratos
chega à conclusão de que as produções
e nutrientes minerais
agroecológicas produzem alimentos de
(nitrogênio, fósforo,
melhor qualidade nutricional.
potássio, cálcio e
magnésio) do feijão e
do milho.
Avaliar a atividade
antioxidante, Houve diferença significativa entre os
compostos fenólicos sistemas de cultivo quanto às quantidades
e minerais das de compostos fenólicos, atividade
Copetti (2010)
cultivares de morango antioxidante total e minerais.
produzidos em
sistema convencional
e orgânico.

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


ISSN: 2595-3516 153

Avaliar a qualidade
As cultivares em sistema orgânico
de cultivares de
apresentaram maior teor de ácido
Silva et al. alface em sistemas
ascórbico e redução de 41,3% dos
(2011) de cultivo orgânico,
teores de nitrato comparados ao sistema
convencional e
convencional.
hidropônico.
Avaliar os teores de
carotenóides, ácido
O autor conclui que o sistema
ascórbico, proteínas,
convencional comprometeu o potencial
nitrato, cinzas, fibras
nutricional das cultivares de alface quando
Souza (2012) e sólidos solúveis
comparado ao orgânico, principalmente
totais em sistema de
em relação a vitaminas, compostos
produção orgânico
antioxidantes e bioativos.
e convencional em
cultivares de alface.
Avaliar e comparar
a capacidade
antioxidante de
As amostras derivadas do cultivo orgânico
extratos etanólicos
apresentaram conteúdo significativamente
Carmo et al. da polpa de romã
maior dos compostos fenólicos e capacidade
(2016) (variedade Smith)
antioxidante quando comparado ao cultivo
liofilizada, cultivada
convencional.
pelos sistemas
convencional e
orgânico.
Avaliar os teores
Houve maiores quantidades de vitamina
de ácido ascórbico
Carvalho et al. C em tomates orgânicos, além de serem
em tomates no
(2017) considerados menos ácidos que os
cultivo orgânico e
convencionais.
convencional.
Fonte: elaborado pelas autoras.

Como podemos verificar, as pesquisas avaliadas reafirmam


os resultados obtidos por Pina (2016), de modo que os alimentos
orgânicos apresentaram menores teores de nitrato e maiores quan-
tidades de vitamina C.
A revisão elaborada por Berri e Pelisser (2016) avaliou que
60% dos estudos apontavam o sistema orgânico como promotor de
maiores quantidades de cálcio nas cultivares. 80% apresentaram
nível aumentado de magnésio no sistema convencional e o nível de
potássio não apresentou diferenciação. Os autores concluem que
57% dos artigos demonstraram superioridade nutricional no siste-

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


154 ISSN: 2595-3516

ma orgânico de produção contra 43% do convencional, além de


indicar a necessidade de mais pesquisas nesse setor.
É importante salientar que há uma ampla gama de fatores de
influência nos resultados desse gênero de pesquisa. A localização
da propriedade, o cultivo e a maturação na colheita podem alte-
rar a composição e o valor nutricional de cada alimento, fazendo
com que essas análises comparativas sejam de difícil conclusão, e
eis aí a importância de desenvolver estudos de forma controlada e
pontual. Ainda assim, notam-se vantagens significativas do sistema
orgânico, demonstrando maior conteúdo de nutrientes no produto
final, além do menor impacto ambiental e maior atividade micro-
biológica (BORGUINI; TORRES, 2006; PENHA et al., 2007; CO-
PETTI, 2010).

4. DISCUSSÃO

Pela observação de estudos, é possível perceber a relação


próxima entre o estado do solo e a densidade nutricional do fruto
derivado dele. Estudos com abacaxizeiros, por exemplo, apontaram
que deficiências de nutrientes durante o manejo da cultura alteram
os teores de vitamina C e minerais das partes comestíveis. Isso
mostra a necessidade de pensarmos nas formas de cultivo como um
processo, principalmente se levarmos em consideração as deficiên-
cias nutricionais que ainda se apresentam na população (BOARET-
TO; NATALE, 2016).
É fato que analisar a contaminação de produtos alimentícios
ou mesmo diferenças de variáveis como valor nutricional entre
orgânicos e convencionais é complexo e ainda traz diversas
dificuldades ao meio científico. Por isso, a legislação dos alimen-
tos orgânicos considera evitar qualquer possível agravante à saúde,
indicando à população se precaver de possíveis riscos (BORGUI-
NI; TORRES, 2006; SOUSA et al., 2012).
Outra relação importante com o manejo do solo é a técnica
da monocultura, que é ainda muito utilizada. Estudos demostra-
ram que o consórcio de culturas não concorrentes beneficia tanto
o teor de vitamina C quanto de betacaroteno, como avaliado por

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


ISSN: 2595-3516 155

Neto et al. (2006). Os autores discorrem como a quantidade desses


nutrientes é reduzida quando a população exclusiva das cultivares
de cenoura, no caso, é aumentada e como isso pode ser melhora-
do com o consórcio de alface. O grande percalço do cultivo único
deriva-se da competição por nutrientes da mesma cultivar, além da
maior possibilidade de sombreamento, reduzindo a concentração
de diversos compostos benéficos. Apesar de nem sempre intera-
girem uma com as outras, reduz-se a competição intraespecífica,
possibilitando maior qualidade nutricional.
Existem também outras intervenções agrícolas favoráveis,
com a possibilidade de aumentar o teor de minerais e vitaminas,
como a biofortificação, técnica que propõe estratégias para melho-
rar o condicionamento nutricional dos alimentos, mantendo seus
custos acessíveis para a população em geral. O ideal é utilizar o
conjunto dessas formas de manejo, com a seleção de variedades de
cultivares que naturalmente apresentem maior conteúdo nutritivo,
além do estímulo a práticas de adubação e à controversa manipula-
ção genética (MORAES, 2008).
Essas estratégias são importantes, principalmente em cultu-
ras de largo consumo, como milho, trigo e arroz. Dessa forma, é
possível reduzir as deficiências nutricionais de ferro e zinco, por
exemplo, de grande parte da população, além de aumentar a própria
produtividade das culturas (RIOS et al., 2009).
Alimentos que proporcionem maiores teores de nutrientes,
principalmente os mais populares, conseguem atingir grande parte
da população, ajudando nas intervenções nutricionais. Através dos
grãos, é possível observar manejos para a redução de compostos
que baixem a biodisponibilidade de micronutrientes e mesmo de
fatores antinutricionais como o fitato, que prejudica a absorção de
ferro e zinco no intestino (RIOS et al., 2009).
Moraes (2008) traduz em seu artigo a necessidade do trata-
mento de forma abrangente do tema:
A produção de alimentos em quantidade e qualidade só
será possível em um sistema de produção agrícola integra-
do, no qual o manejo da fertilidade do solo, a adubação e
o melhoramento de plantas estejam baseados não somente

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


156 ISSN: 2595-3516

nas exigências das culturas ou no aumento de produtivida-


de, mas também no fornecimento adequado de nutrientes
aos animais e ao homem. Para isso, é necessário o trabalho
conjunto de profissionais de diversas áreas, principalmen-
te agronomia, genética, biologia molecular, veterinária,
nutrição e medicina (MORAES, 2008, p. 23).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora muito ainda se tem discutido sobre a diferença de


composição nutricional entre alimentos produzidos em sistema or-
gânico e convencional, é notável que exista grande variação em
relação às capacidades antioxidantes. É possível que essa diferen-
ciação derive da maior dificuldade de se defender de condições ad-
versas que os orgânicos enfrentam, o que estimula seus sistemas a
se manterem mais resistentes.
Estabelecer de forma quantificável esses parâmetros é um
processo complexo. Por isso, torna-se necessária a continuidade
de estudos na área, além de repetições com locais de produção e
culturas diferentes para confirmação de resultados onde não houve
controle adequado.
Apesar de controverso, o tema densidade nutricional abre di-
versos leques para novos estudos e aprofundamentos. É importan-
te que qualquer sistema agrícola inicie sua produção embasado no
fato de que o alimento começa no solo, pois, se ele for bem equi-
librado nutricionalmente, resultará produtos de melhor qualidade e
que nutrirão de forma adequada, com o máximo aproveitamento do
que se possa colher dessa fonte.
Com todos esses parâmetros, nota-se claramente a proximi-
dade que a agricultura tem com a nutrição humana e como ambas
devem ser trabalhadas em conjunto e de forma multifuncional, com
o objetivo não apenas de alimentar, mas também de nutrir adequa-
damente a população.

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


ISSN: 2595-3516 157

REFERÊNCIAS

ASSIS, R. L.; ROMEIRO, A. R. Agroecologia e Agricultura Orgânica:


controvérsias e tendências. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, v. 6,
n. 6, p. 67-80, 2002. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/made/article/
view/22129>. Acesso em: 30 set. 2018.
BALSAN, R. Impactos decorrentes da modernização da agricultura brasileira.
Campo Território: Revista de Geografia Agrária, Gramado, v. 1, n. 2, p. 123-
151, 2006. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/
article/view/11787>. Acesso em: 13 out. 2018.
BERRI, A. S.; PELISSER, M. R. Diferenças bromatológicas nos sistemas de
produção de alimentos orgânicos e convencionais: uma revisão sistemática. Revista
Maiêutica, Indaial, v. 4, n. 1, p. 89-114, 2016. Disponível em: <https://publicacao.
uniasselvi.com.br/index.php/BID_EaD/article/view/1560/696>. Acesso em: 13
out. 2018.
BOARETTO, A. E.; NATALE, W. Importância da nutrição adequada para a
produtividade e qualidade dos alimentos. Nutrição e adubação de hortaliças. In:
PRADO, R. M.; CECÍLIO FILHO, A. B. Nutrição e adubação de hortaliças. 1.
ed. Jaboticabal: FCAV/CAPES, 2016. p. 45-74.
BORGUINI, R. G.; TORRES, E. Ap. F. da Silva. Alimentos orgânicos: qualidade
nutritiva e segurança do alimento. Segurança alimentar e Nutricional, Campinas,
v. 13, n. 2, p. 64-75, 2006. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/
ojs/index.php/san/article/view/1833>. Acesso em: 13 out. 2018.
BORGUINI, R. G. Tomate (Lycopersicum Esculentum Mill) orgânico: o
conteúdo nutricional e a opinião do consumidor. 2002. 127f. Dissertação
(Mestrado em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura. Universidade de
São Paulo, Piracicaba, 2002. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/
disponiveis/11/11141/tde-12022003-165547/pt-br.php>. Acesso em: 23 out.
2018.
BORILE, G. O.; CALGARO, C. O desenvolvimento agrário e a questão
ambiental: a sustentabilidade como proposta de proteção aos recursos naturais
em face do progresso e evolução da agricultura. Revista Contribuciones a las
Ciencias Sociales, Caxias do Sul, [s. v.], [s. n.], [s. p.], nov. 2016. Disponível
em: <http://www.eumed.net/rev/cccss/2016/04/agricultura.html>. Acesso em:
13 out. 2018.
CAMPANHOLA, C.; VALARINI, P. J. A agricultura orgânica e seu potencial
para o pequeno agricultor. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 18, n.
3, p. 69-101, 2001. Disponível em: <https://seer.sct.embrapa.br/index.php/cct/
article/view/8851>. Acesso em: 13 out. 2018.

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


158 ISSN: 2595-3516

CARMO, M. C. L. et al. Influência das técnicas de cultivo na atividade


antioxidante de romã. Multi-Science Journal, v. 1, n. 4, p. 3-6, 2016. Disponível
em: <https://www.ifgoiano.edu.br/periodicos/index.php/multiscience/article/
view/77/96>. Acesso em: 13 out. 2018.
CARVALHO, L. A. F. et al. Análise comparativa de ácido ascórbico e
microbiológica em tomate (Lycopersicum esculentum Mill) orgânico e
convencional. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, Ponta Grossa,
v. 11, n. 2, p. 2484-2501, 2017. Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/
rbta/article/view/5204>. Acesso em: 3 out. 2018.
CEZIMBRA, C. M. Uso de agrotóxicos ou produtos fitossanitários.
Petrolina: Embrapa, 2004. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-
de-publicacoes/-/publicacao/154736/uso-de-agrotoxicos-ou-produtos-
fitossanitarios>. Acesso em: 13 out. 2018.
COPETTI, C. et al. Atividade antioxidante in vitro e compostos fenólicos em
morangos (Fragaria X ananassa Duch): influência da cultivar, sistema de
cultivo e período de colheita. 2010. 89f. Dissertação (Mestrado em Ciência
dos Alimentos) – Universidade Federal de Santa Catarina, Petrolina, 2012.
Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/93724>. Acesso
em: 23 out. 2018.
KOKUSZKA, R. Avaliação do teor nutricional de feijão e milho cultivados
em sistemas de produção convencional e agroecológico na região Centro-Sul
do Paraná. 2005. 113f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, 2005. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/
handle/1884/3434>. Acesso em: 23 out. 2018.
LOPES, M. A.; CONTINI, E. Agricultura, sustentabilidade e
tecnologia. Agroanalysis, v. 32, n. 02, p. 27-34, 2012. Disponível em: <http://
bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/agroanalysis/article/view/24791>. Acesso
em: 30 set. 2018.
MALAVOLTA, E. O futuro da nutrição de plantas tendo em vista aspectos
agronômicos, econômicos e ambientais. Informações Agronômicas, Piracicaba,
n. 121, p. 1-10, mar. 2008. Disponível em: <http://www.ipni.net/PUBLICATION/
IA-BRASIL.NSF/issue/IA-BRASIL-2008-121>. Acesso em: 25 out. 2018.
MORAES, M. F. Relação entre nutrição de plantas, qualidade de produtos
agrícolas e saúde humana. Informações Agronômicas, Piracicaba, n. 123, p.
21-23, set. 2008. Disponível em: <http://www.ipni.net/PUBLICATION/IA-
BRASIL.NSF/issue/IA-BRASIL-2008-123>. Acesso em: 30 set. 2018.
MOTA, L. M. Agrotóxicos e transgênicos: solução ou problema à saúde humana
e ambiental. Saúde & Amb. Rev., Curitiba, v. 4, n. 1, p. 36-46, 2009. Disponível
em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mydownloads_01/
singlefile.php?cid=34&lid=4991>. Acesso em: 30 set. 2018.

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019


ISSN: 2595-3516 159

NETO F. B et al. Qualidade nutricional de cenoura e alface cultivadas em


Mossoró-RN em função da densidade populacional. Horticultura Brasileira,
v. 24, n. 4, p. 476-480, out./dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362006000400016&lng=pt&tlng=
pt>. Acesso em: 2 out. 2018.
ORMOND, J. G. P. et al. Agricultura orgânica: quando o passado é futuro. BNDES
Setorial, Rio de Janeiro, n. 15, p. 3-34, mar. 2002. Disponível em: <https://web.
bndes.gov.br/bib/jspui/handle/1408/2479>. Acesso em: 13 ago. 2018.
PENHA, L. A. O. et al. A soja como alimento: valor nutricional, benefícios para
a saúde e cultivo orgânico. B. CEPPA, v. 25, n. 1, p. 91-102, jan./jun. 2007.
Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/alimentos/article/view/8397/5846>.
Acesso em: 10 ago. 2018.
PINA, M. A. R. Comparação entre alimentos orgânicos e convencionais:
segurança alimentar, valores nutricionais, benefícios e malefícios. 2016. 9f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Universidade
Católica de Brasília, Brasília, 2016. Disponível em: <https://repositorio.ucb.br/
jspui/handle/123456789/9675>. Acesso em: 21 ago. 2018.
RIOS, S. A. et al. Biofortificação: culturas enriquecidas com micronutrientes pelo
melhoramento genético. Ceres, v. 56, n. 6, p. 713-718, nov./dez. 2009. Disponível
em: <http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/3489>. Acesso
em: 23 out. 2018.
SILVA, E. M. N. C. P. et al. Qualidade de alface crespa cultivada em sistema
orgânico, convencional e hidropônico. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 29, n.
2, p. 242-245, abr./jun. 2011. Disponível em: <http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.
php/ceres/article/view/3489>. Acesso em: 20 out. 2018.
SOUSA, A. A. et al. Alimentos orgânicos e saúde humana: estudo sobre as
controvérsias. Revista Panamericana de Salud Publica, v. 31, n. 6, p. 513-517,
2012. Disponível em: <https://www.scielosp.org/article/rpsp/2012.v31n6/513-
517/>. Acesso em: 30 ago. 2018.
SOUZA, A. L. G. et al. Efeito dos sistemas de produção orgânico e convencional
na qualidade nutricional de alface dos grupos lisa, crespa e americana. 2012. 86f.
Dissertação (Mestrado em Agrossistemas) – Universidade Federal de Sergipe,
São Cristóvão, 2012. Disponível em: <https://ri.ufs.br/handle/riufs/6633>.
Acesso em: 23 out. 2018.
SOUZA, D. M. A. Responsabilidade ambiental na produção agrícola: Técnicas
de adubação com menos impacto no solo. 2015. 47f. Monografia (Graduação
em Engenharia Agronômica) – Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2015.
Disponível em: <https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/3887>.
Acesso em: 30 ago. 2018.

Revista Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 2, n. 3, p. 143-159, jan./jun. 2019

Você também pode gostar