Você está na página 1de 8

1

CURSO DE PSICOLOGIA

Franco Pessini
Milton F S Quinteiro
Wanderson Freitas Batista

RELATORIO TESTE DE STROOP

Vila Velha
2018
2

Franco Pessini
Milton F S Quinteiro
Wanderson Freitas Batista

RELATORIO TESTE DE STROOP

Relatório do teste de Stroop, apresentado á


disciplina de Processos Psicológicos Básicos do
Curso de Psicologia da Universidade Brasileira
UVV - Universidade Vila Velha, como requisito
para obtenção de nota.

Orientador: Prof. Rodrigo Cruvinel Salgado

Vila Velha
2018
3

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4

MÉTODO..................................................................................................................................5

Participantes.......................................................................................................................5

Ambiente e instrumentos....................................................................................................5

Procedimentos ...................................................................................................................5

RESULTADOS..........................................................................................................................6

DISCUSSÃO.............................................................................................................................6

REFERÊNCIAS.........................................................................................................................8
4

RELATORIO TESTE DE STROOP

O teste Stroop foi originalmente desenvolvido por John Ridley Stroop (1935) e
tem sido amplamente utilizado como teste neuropsicológico para avaliar atenção
seletiva e aspectos de funções executivas, como flexibilidade cognitiva e
suscetibilidade a interferência, relacionadas às disfunções do lobo frontal (Doyle,
Biederman, Seidman, Weber, & Faraone, 2000). O mecanismo psicológico
subjacente à tarefa inclui memória de trabalho, velocidade de processamento de
informação, ativação semântica e habilidade para resistir a uma resposta
característica (Strauss, Sherman, & Spreen, 2006).
As provas de Stroop são usadas no domínio experimental e clínico para
avaliação da atenção concentrada. O objetivo é a concentração num estímulo ou
numa dimensão de um estímulo, tentando abstrair-se do restante. A avaliação de
processos atencionais é um elemento importante na avaliação de pacientes com
lesões cerebrais ou com déficits cognitivos. Os testes Stroop ilustram também a
natureza do processamento automático, isto é, mesmo quando tentamos ignorar o
significado de cada estímulo, o cérebro registra automaticamente os seus
significados.

Objetivos

O objetivo desse teste é avaliar a atenção seletiva, a capacidade de manter a


meta em uma atividade e inibir a tendência de fornecer respostas impulsivas, além da
velocidade no processamento de informações.
5

Método

Participantes

Estudante do terceiro período do curso de psicologia.

Ambiente e Instrumentos

Para execução das sessões foi utilizado um arquivo em PowerPoint. Slides


contendo 7 blocos de 24 palavras coloridas com fundo colorido.
Folha de registro.
O ambiente utilizado para a realização do teste fora a sala de número 05 do
laboratório de informática.

Procedimentos

Ao todo, esta versão modificada do teste de Stroop era composto por sete
blocos com 24 tentativas cada, com transição automática entre slides de 1 segundo.
Em cada slide aparecia uma palavra escrita referente ao nome de uma cor, cujas
letras eram preenchidas em cor incongruente. O participante deveria dizer em voz
alta a cor das palavras e não ler o nome das cores. Por exemplo, quando aparecia a
palavra “amarelo” colorida em azul, foi considerada resposta correta dizer “azul” e
não ler “amarelo.
6

Resultados

Figura 1. Erros por Cor e Bloco

Discussão

Ao fazer o teste de Stroop, uma pessoa precisa olhar para uma série de
palavras e dizer as cores com que cada palavra foi escrita, no momento em que
olha para cada uma delas. Essa tarefa seria simples para qualquer pessoa
alfabetizada, a não ser pelo simples fato, de que, as palavras escritas são nomes de
cores diferentes das cores da própria palavra. Essa pequena diferença é capaz de
confundir os participantes, podendo fazer com que leiam a cor escrita ao invés da
cor da palavra.
Em algumas explicações mais internalistas e neurofisiológicas sobre o teste de
Stroop (e Cognição, 30/11/2005), é dito que, ao realizar o teste, ativamos áreas
como o giro cingulado anterior e regiões do lobo frontal e pré-frontal. No momento
em que ativamos essas áreas o controle executivo da atenção é responsável por
detectar os estímulos relevantes (as cores das palavras) e pela inibição de
interferências de outros estímulos concorrentes (os nomes das cores), exigindo um
esforço do processamento atencional ao se deparar e lidar com tal tipo de
interferência.
Ao olhar sob uma perspectiva externalista e histórica, como o Behaviorismo
Radical, notamos que os problemas durante o teste de Stroop não precisam ser
explicados como “conflitos perceptivos” onde faculdades mentais são responsáveis
por resolvê-las. Os “erros” cometidos no teste são explicados pela dificuldade
causada pelos dois estímulos que foram apresentados simultaneamente (cor;
palavra) e que geram respostas incompatíveis (dizer a palavra; falar a cor). Um
exemplo parecido seria quando, ao dirigir por uma estrada, nos deparar com um
semáforo que apresente tanto a luz verde quanto a luz vermelha acesa e ter que
decidir entre prosseguir ou pisar no freio. No caso do teste de Stroop, também só
podemos responder de uma
7

forma, e mesmo querendo dizer a cor da palavra, às vezes, devido nossa história de
vida, onde normalmente somos mais reforçados em contingências que temos que
ler a palavra ao invés da cor, podemos ficar sob controle da palavra escrita.
Na explicação internalista e neurofisiológica, notamos que é dada certa
autonomia ao cérebro, onde, o sistema executivo da atenção, “escolhe” quais
estímulos são relevantes ou irrelevantes, sem que no meio desse processo seja
dada qualquer relevância para a história de vida da pessoa. Enquanto, em uma
visão externalista e histórica, tais processos não são os causadores do
comportamento, mas são partes daquilo que precisa ser explicado.
8

Referências

Doyle, A. E., Biederman, J., Seidman, L. J., Weber, W., & Faraone, S. (2000).
Diagnostic efficiency of neuropsychologicaltest scores for discriminating boys
with and without attention deficit-hyperactivity disorder.
e Cognição, C. (30/11/2005, Novembro). Compreendendo os mecanismos
atencionais.
, 06.
Strauss, E., Sherman, E. M. S., & Spreen, O. (2006). A Compendium of
Neuropsychological Tests: Administration, Norms, and Commentary. , 3ed
.

Você também pode gostar