Monitoria - Bases do

Desenvolvimento II
2º ciclo - 2 a 6 anos
Bases do Desenvolvimento
Humano II

VOZ
É o som produzido pela laringe, por meio da vibração das
pregas vocais. Sendo o resultado da combinação de fatores
biológicos, psicológicos e sociais.

Características Laringológicas:
Posição da laringe:
Um pouco mais baixa do que o ciclo anterior e mais elevada que a do adulto, mas só estará
completamente inferiorizada na adolescência;
Arcabouço laríngeo em formato de funil.

Trato vocal:
Ressonância menos rica que a do adulto, sendo prejudicada por causa do tubo curto e
estreito, pois quanto maior e mais largo o trajeto do som, maiores são as possibilidades de
ressonância e amplificação de harmônicos.
O pitch continua agudo, ainda sem distinção entre os sexos (+/- 265Hz).

Características histológicas;
O tamanho das PPVV são 50% menor que a dos adultos e suas camadas ainda estão
indiferenciadas;
O ligamento vocal. (camada intermediária e frouxa) estão juntas, continuando frouxo,
imaturo e com tecidos mais de vascularização - o que pode causar edemas;
Camadas da lâmina própria ainda indiferenciadas, o que pode limitar a produção de
harmônicos da voz. Daí o termo "voz branca", nome que caracteriza a voz na infância.

Fonotraumas: são lesões nas mucosas das PPVV, causadas por comportamento vocal abusivo ou
excessivo.

Cometem abusos vocais, as crianças que chorão e gritam muito alto e

forte; falam rápido; tossem e pigarreiam com muita frequência; realizam
competição sonora.
OBS.: Todos esse comportamento causam tensões nas PPVV.

Fatores que circundam a VOZ

Biológico:
Baixa proporção glótica (medida pela formula de PG=F/R) e em ambos os sexos o
resultado será de aproximadamente 1;
Infecções das vias aéreas superiores (alergias), ex.: hiperplasia das tonsilas palatinas
e faríngeas => Pode alterar a ressonância, fazendo com que eles respirem pela
cavidade oral.

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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VOZ
Psicológicos:
Comportamento vocal pode causar nódulos vocais, principalmente em crianças agressivas, que
sejam ansiosas, que tenham hiperatividade e sejam líderes em determinadas situações
(brincadeiras).

Socioculturais: Esses aspectos serão moldados pelos costumes que englobam o ambiente dessa
criança e, ambiente familiar e escolar, terá um papel importante nesse aspecto.

1. Familiar => A forma como a criança escuta aparelho de TV e se faz

competição sonora entre outros aparelhos, dessa forma, a criança
pode aumentar o tom para se comunicar; familiares que falam
gritando/alto passam esse costume para a criança; morar perto de
lugares barulhentos tendo que sempre falar alto; e em casos de
familiares com aparelhos auditivos, ele irá falar alto para compensar a
perda auditiva daquele familiar e, consequentemente, conseguir se
comunicar.
2. Escolar => acústica das salas e recreios em horário diferentes
(causando ruído ambiental) faz com ele esforce mais sua voz para se
comunicar; assim como no ambiente familiar, a criança tende a imitar
pessoas ao seu redor, em caso de professores que fale com voz
rouca e/ou nasalizada, ele pode imitar e ter esse forçamento; fora
esses fatores, tem-se também a exposição a ar-condicionado e a
ventiladores empoeirados.

Desse modo, compreende-se a diferença estrutural dos órgãos fonoarticulatórios das

crianças e suas limitações do ponto de vista de recursos vocais, torna-se importante a
atenção ao comportamento vocal das crianças, principalmente em determinados
contextos sociais.

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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MOTRICIDADE O segundo e o terceiro ano de vida é caracterizado

pela o uso mais elaborado da língua, a descoberta
de novos alimentos e o abandono de hábitos orais

OROFACIL deletérios, como chupeta e mamadeira.

Sistema Estomatoglossognático
Unidade anatomofuncional fisiológica, integrada e coordenada, constituída por um conjunto
de estruturas craniofaciais e cervicais, que permitem ao ser humano realizar funções
essenciais a sua sobrevivência.

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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MOTRICIDADE Até os seis anos de idade a criança apresenta

cavidade oral ainda pequena em relação a língua, o
que pode favorecer a protusão da língua em

OROFACIL fonemas sibilantes, como se fora um ceceio.

Três anos:
Língua maior que a cavidade intraoral. Contudo, já apresenta movimentos mais
precisos que o ciclo anterior. Ademais, a alimentação já apresenta uma maturidade
significativa em relação aos períodos anteriores pela diversidade de experiências
sensório-motoras.

Lábios mais precisos, mantendo o copo entre eles enquanto traga líquido, e já não se
observa escape de alimentos durante a alimentação ou quando o copo é retirado de
seus lábios.

Quatro anos:

Erupção de todos os dentes decíduos => dentes esses que permanecerá até os seis
anos.

As experiências sensório-motoras nessa idade proporcionarão um crescimento

adequado à realização harmônica das funções. O aumento da dimensão vertical
orofacial permitirá adaptações das estruturas ativas, oferecendo condições mais
maduras.

Até os seis anos:

Início da dentição mista, com a erupção do primeiro molar.

Início da hiperplasia do anel de Waldeyer => esse marco pode interferir no modo
respiratório nasal, favorecendo ou não uma desarmonia do crescimento crânio-
orofacial e um desequilíbrio das funções orais.
A hiperplasia é o aumento das tonsilas platinas (amigdalas) e faríngea (adenoide).
A palatina impede a passagem de ar na cavidade nasal e a faríngea na cavidade
oral.

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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MOTRICIDADE
OROFACIL

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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MOTRICIDADE
OROFACIL

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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linguagem
Os primeiros 6 anos é de extrema importância para o desenvolvimento geral da
criança;
A interação da criança com o ambiente social, familiar e escolar é essencial para o
desenvolvimento das habilidades comunicativas.
As brincadeiras e jogos também possuem um papel fundamental para a aquisição
destas habilidades.

Plasticidade cerebral: É a capacidade que o cérebro tem de se adaptar rapidamente a novas

demandas, fazendo com que o indivíduo seja capaz de responder aos
estímulos do ambiente de uma maneira cada vez mais precisa e refinada.

A plasticidade cerebral atinge o auge nos primeiros anos de vida, com isso, ele
também acaba sendo vulnerável a privações sofridas nesse período do que
em qualquer outro.
É extremamente
Quanto mais cedo as crianças tiverem suas habilidades comunicativas bem importante que
desenvolvidas, maiores vão ser os níveis de oportunidade de proveito do a criança seja
desenvolvimento e da aprendizagem. bastante
estimulada na
primeira
Explosão da linguagem oral - 2 a 6 anos: infância

Aos 6 anos a criança ja deve ser capaz de produzir todos os fonema da língua.

O desenvolvimento da linguagem oral vai permitir que a criança comece a

descobrir e explorar o mundo, os objetos e as pessoas que a cercam

Esse momento coincide com o período de permanência na educação infantil (momento decisivo para a
aprendizagem inicial da leitura e da escrita).

As dificuldades nas habilidades comunicativas Para atingir a escrita alfabética, as crianças

orais vão resultar em problemas na passagem devem ser capazes de pensar sobre as relações
da oralidade para a escrita. entre os sons e as letras (CONSCIÊNCIA
FONOLÓGICA)

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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linguagem
A estimulação precoce em consciência fonológica resulta em transformações na
linguagem e
arquitetura cerebral, caracterizando o funcionamento do cérebro do indivíduo aprendizagem
como "letrado" (alfabetizado), podendo prevenir a ocorrência de alguns estão
transtornos de aprendizagem (como a dislexia) intrinsecamente
relacionadas

Cognição: diversidade de processos mentais (atenção, memória, percepção, raciocínio lógico e

resolução de problemas)

É a capacidade que o cérebro tem de se adaptar rapidamente a novas

demandas, fazendo com que o indivíduo seja capaz de responder aos
estímulos do ambiente de uma maneira cada vez mais precisa e refinada.

Esquemas motores - Estratégia que a criança assimila alguma experiência e que se acomoda à nova
experiência.

Esquemas isolados visíveis no corpo: A representação implica um duplo jogo entre

bater palmas, dar tchau, apontar...
Esquemas isolados não visíveis no
corpo: mandar beijo, vibrar lábios...
Esquemas funções do objeto: levar
telefone na orelha, empurrar carrinho..
assimilação (“Incorporar” as experiências ou
objetos às estratégias ou conceitos já existentes)
e a acomodação (Modificação e ajustamento
das estratégias ou conceitos em função de
novas experiências ou informações)

A função simbólica possibilita a formação de símbolos mentais que representam objetos, pessoas ou
acontecimentos ausentes.

As habilidades
cognitivas se referem
Atenção, memória, resolução
a capacidades que
de problemas, orientação Habilidades cognitivas
permite ao
espacial e orientação temporal
sujeito interagir com
o meio, envolvendo
processos mentais

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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linguagem
BRINCADEIRA SIMBÓLICA

É na brincadeira que a criança vive a realidade, constrói os significados e os ressignifica momentos

depois. Com isso, ela aprende, cria e se desenvolve em todos os aspectos de uma maneira lúdica. A
brincadeira promove a aquisição de aprendizados e maturação infantil, é através dela que a criança
alcança níveis de aprendizagem que acabam impactando ao seu desenvolvimento.

A partir do momento que a criança é estimulada através da

brincadeira, acaba resultando em uma maior possibilidade para
aquisição de linguagem oral e expansão do vocabulário.

A brincadeira é
carregada de uma série
de estímulos que
propiciam o A brincadeira de faz de conta é essencial para
desenvolvimento o desenvolvimento da criança, com ela há uma
sensório-motor,
maior interação entre as crianças, fazendo com
cognitivo, da
criatividade, da que haja um grande uso da linguagem.
imaginação
e da autoestima da
criança.

CONDUTAS PRÉ-SIMBÓLICAS: CONDUTAS SIMBÓLICAS:

Uso convencional dos objetos, Sistematização da aplicação nos
esquemas simbólicos, aplicação outros, sequencializações das
de ações rotineiras ações simbólicas, uso de símbolos

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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ÁUDIO Ocorre o processo de maturação do sistema

auditivo
Ocorre o desenvolvimento anatomofisiológico da
TUBA AUDITIVA (liga a orelha meda à
nasofaringe)
tem como função equalizar a pressão do ar (ventilar a orelha média e
drenar os fluidos naturais da região)

Na primeira infância, a tuba auditiva é mais curta e horizontalizada, com isso, não desempenha sua
função adequadamente, favorecendo o fluxo de bactérias da nasofaringe à orelha média e fazendo
com que as crianças fiquem mais suscetíveis a desenvolver quadros de otite média (mais
frequente em criasças de 4 meses a 6 anos)

Quando ocorre muita otite de repetição a criança pode acabar desenvolvendo

alguma perda, podendo resultar em problemas no processamento auditivo e
em trocas fonológicas, trazendo consequências ao linguístico e ao educacional.

Quanto mais cedo as crianças tiverem suas habilidades comunicativas bem

desenvolvidas, maiores vão ser os níveis de oportunidade de proveito do
desenvolvimento e da aprendizagem.

Funções auditivas que amadurecem na infância:

Sensibilidade auditiva;
Discriminação de frequências;
Questões temporais e de intensidade.

A dificuldade auditiva pode ocasionar uma dificuldade na linguagem oral, resultando em uma
dificuldade na escrita.

Perda auditiva ou alteração no processamento

Aos 6 anos a criança adquire a maturidade nos aspectos de detecção, discriminação, localização
da fonte sonora, reconhecimento e memória auditiva

não apresentam seletividade de sons

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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ÁUDIO
2 - 3 anos:
A criança atende e realiza ordens simples quando solicitada e responde corretamente às
perguntas feitas pelo interlocutor;
Consegue sentar e escutar histórias e músicas simples (tempo de atenção curto)
Já é possível realizar condicionamento lúdico de estímulo/resposta para audiometria

Tronco encefálico em desenvolvimento até 3 anos de idade

Obedece a ordens como "coloque a bola no chão";
Começa a entender o significado de algumas palavras como "Vem/vai", "Entra/Sai";
Forma frases curtas;
Pede objetos chamando pelo nome
Se relaciona com outras crianças
Dança no ritmo

3 - 4 anos: (aspectos biológicos)

Responder a perguntas com “quem”, “onde” e “o que”.
Ter noção de “frente” e “trás”.
Conhecer as cores (vermelho, azul, amarelo, verde) e formas geométricas (círculo, quadrado,
triângulo).
Obedecer a ordens seguidas. Ex: “vai ao quarto e pega o sapato e dá para a vovó”.
Gostar de cantar e brincar com palavras e sons.
Brincar com outras crianças e saber esperar a sua vez no jogo.
Perguntar muito
Relata seu dia, como as atividades que desenvolveu na escola
Rimas

Ex. bolo/ mala/ rolo

Fé/ nó/ pó Para que a criança
Rua/ pau/
desenvolva essa
consciência ela
precisa ter a
habilidade de
discriminação auditiva

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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ÁUDIO
3 - 4 anos: (aspectos psicossociais)
AMBIENTE FAMILIAR:
Já é possível realizar condicionamento lúdico de estímulo/resposta para audiometria Birras e
chiliques - frustrações
Pais começam a impor limites
Choro passa a ser substituído por expressões verbais
Voz se associa a significados linguísticos expresso por meio da fala
Sons nasais= aconchego- pedidos da criança, súplicas, carinho, sedução do ouvinte afim de
satisfazer seu desejo
Aumento na intensidade e frequência da voz= incomodo no ouvinte- redenção aos desejos
expressos verbalmente pela criança
Os hábitos familiares tanto podem ajudar como prejudicar o
desenvolvimento da comunicação humana (famílias com elevado/baixo poder econômico)

AMBIENTE ESCOLAR:
Intensificação da comunicação, por meio da socialização e compreensão dos valores culturais
expressos pela sociedade
Menos egocentrismo
Desempenho comunicativo mais aprimorado para se fazer entender
Novas palavras
Aprende a seguir regra

4 - 5 anos:
Escuta e entende a maior parte do que se é falado;
Comunica-se com facilidade com adultos e outras crianças;
Utiliza o mesmo vocabulário que o resto da família;
Faz perguntas simples referente as historinhas que ouve
Processa as informações recebidas auditivamente
Mantém uma conversa.
Consegue lembrar situações passadas e contar histórias simples, por exemplo, o que fez na escola, o
que comeu, quem encontrou na rua, etc.
Gosta de brincar em grupo, de imitar personagens e brincar de faz-de-conta.
É curioso e ansioso para mostrar o que aprendeu e o que sabe fazer.

João Victor Alves; Luana Nogueira.

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ÁUDIO
5 - 6 anos
Tem noção temporal. Ex: amanhã, ontem, hoje, antes, depois, dias da semana, manhã, tarde,
noite, primeiro, segundo, terceiro…
Conhecer os números.
Mantém uma conversa.
Fala as palavras corretamente.
Gostar dos amigos e de brincar de faz de conta. Ex: super-herói.
Interessar-se pela leitura e escrita.
Contar histórias com mais detalhe

Desenvolvimento das habilidades auditivas

Habilidades que se
Detecção - Habilidade de perceber a presença ou desenvolvem intensamente
ausência de som; durante a infância - é
Localização do som em ambiente ruidoso - necessário que tenha
estímulos
Habilidade de identificar de onde vem a fonte sonora;
Discriminação - Habilidade para discriminar se dois
estímulos são iguais ou diferentes {Intensidade,
entonação, duração, etc}
Reconhecimento - Habilidade em associar os sons
a alguma situação, fonte sonora, significado, etc;
Memória auditiva - Capacidade de reter,
armazenar e evocar informações recebidas;
Seleção Auditiva/ Atenção - Habilidade para
persistir em escutar por um período de tempo;
Ignorar alguns sons e dar atenção a outros de maior
significância
Integração das experiências auditivas.

João Victor Alves; Luana Nogueira.