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FUNDAMENTOS DA ARTETERAPIA

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Sumário

Introdução ........................................................................................................ 3

História da Arteterapia ..................................................................................... 4

A Arteterapia no Brasil ..................................................................................... 7

O Arteterapeuta ............................................................................................. 10

A ética em arteterapia ................................................................................ 13


A arte como fonte do conhecimento e da expressão humanos ................... 16

A arte e a realidade social ............................................................................. 20

REFERÊNCIAS ............................................................................................. 23

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FACUMINAS

A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um


grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade
oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Fundamentos da Arteterapia

Introdução

Celeste Carneiro (2014) traz o conceito de Arteterapia como sendo um recurso


terapêutico que se utiliza da arte para prevenir e tratar o sofrimento psíquico gerado
por diversos fatores. Esta tem a sua estrutura básica baseada nas teorias da
Psicologia e do conhecimento e de vivências dos processos da criatividade.

Carla Maciel (MACIEL e CARNEIRO, 2012, p. 23) ressalta que, embora


reducionista, a definição de Arteterpia de acordo com a analise da gênese das
palavras Arte e Terapia se constituem em um resgato que pode nos dar pistas
introdutórias para a construção de uma discussão fiel à riqueza dessa pratica.

Já Sara Pain traz a análise da arteterapia como disciplina, ressaltando que o


termo se ajusta a época histórica e a intenção social, mudando de acordo com as
mudanças nas áreas da arte e da psicologia. Ressalta ainda que atualmente, o mundo
artístico legitima o uso metafórico da palavra “arte” em terapia. A arteterapia é em

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consequência a instituição que faz da arte uma metáfora, um lugar social onde o
individuo age “como se” fosse artista (2009, p. 17).

Porém, independente dos princípios que geram a definição do que vem a ser
a Arteterapia, em algum momento esses conceitos se encontram, quando avaliamos
e concluímos que “a finalidade da Arteterapia consiste em possibilitar a emergência
de uma imagem criada, a partir da utilização de materiais plásticos, que cedem sua
flexibilidade e maleabilidade a quem os utiliza, para expressar seus conteúdos
íntimos” (URRUTIGARAY, 2011, p. 27).

História da Arteterapia

O uso da arte como pratica terapêutica vem sendo realizada desde meados do
século XIX, quando psicólogos e psiquiatras, cada um a seu tempo, desenvolveram
pesquisas relacionadas a analises de pinturas e outros tipos de expressões artísticas
de pacientes, classificando-as de acordo com as patologias que os pacientes
apresentavam. Sendo assim, podemos ressaltar que a história da Arteterapia está
intimamente ligada a História da Arte, da Psicanálise e da Psiquiatria.

A associação pernambucana de arteterapia traz um apanhado resumido do


histórico da arteterapia que nos situa nesses três aspectos que moldam a arteterapia
ressaltando os principais momentos no cenário artístico, os principais psicólogos e
psiquiatras que realizaram trabalhos fundamentais para consolidação do uso da arte
de forma terapêutica.

1876 - Max Simon: classificação de patologias segundo produções artísticas


de doentes mentais

1888- Lombroso: analise psicológica dos desenhos de doentes mentais

1906- Mohr: Comparou produções de doentes mentais, artistas e “pessoas


normais”.

Prinzhorn, em 1922, Publica expressões da loucura obra que valoriza


altamente as obras plásticas realizadas pelos doentes, pois demonstravam que uma

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pulsão criadora, uma necessidade de expressão instintiva, sobrevive à desintegração
da personalidade.

Além disso, a arteterapia conta ainda com pesquisas realizadas por Sigmund
Freud que considerava a arte como fruto de um processo de sublimação de desejos
sexuais, impulsos instintivos que, não poderiam ser satisfeitos na realidade, tornando
a arte, uma forma, não neurótica, de satisfação substitutiva. Segundo Otília
Rosângela silva de Souza, À luz da teoria psicanalítica nascente, no início do século
XX Freud se interessou pela arte e postulou que o inconsciente se manifesta através
de imagens, que transmitem significados mais diretamente do que as palavras.
Observou que o artista pode simbolizar concretamente o inconsciente na produção
artística, retratando conteúdos do psiquismo que, para ele, é uma forma de catarse.

Souza coloca também que Freud contribuiu muito para fundamentação da


Arteterapia, juntamente com Jung, o primeiro a utilizar a expressão artística em
consultório. Para Jung a criatividade é uma função psíquica, pode ser usada como
ferramenta para cura, apresentando ideia diferente de Freud que a acreditava como
reflexos dos impulsos sexuais. O Homem e seus Símbolos, um importante livro
escrito por esse teórico, demonstra como conteúdos psíquicos estão presentes nas
obras de arte realizadas pelo ser humano.

Alguns outros profissionais que se tornaram referencia no estudo em


Arteterapia, segundo a associação Pernambucana de Arteterapia são os seguintes:

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• Margaret Naumburg - 1941; Primeira a sistematizar a Arteterapia,
denomina seu trabalho de Arteterapia de Orientação Dinâmica.
• Florence Cane – Pioneira no trabalho da Arte- Educação.
• Hanna Yara Kiatkwaka – 1953; Trabalha com e famílias em Arteterapia.
• Edith Kramer – 1958; “O arteterapeuta deve possuir as atitudes
próprias do artista, do professor e do psicoterapeuta”.
• Janie Rhyne – 1973; aplica a teoria da Gestalt ao trabalho com arte.
• Natalie Rogers – 1974; Carl Rogers; Conexão Criativa.
A prática da Arteterapia, nomeada desta maneira, tem como grande precursora
em território norte-americano a psicóloga de orientação psicanalítica Margaret
Naumburg. Sua atuação foi intitulada de Artepsicoterapia e propunha a liberação de
expressão espontânea e incentivo à associação livre por parte do paciente. Sua irmã,
Florance Cane, era arte-educadora e desenvolveu uma prática no campo da
Arteterapia, denominada de Arte como terapia, que se apresentava como uma
estratégia de ensino da Arte a partir das funções movimento, pensamento e
sentimento.

No Reino Unido, um nome de importância foi do artista Adrian Hill, que


vivenciou um processo de adoecimento devido à tuberculose durante o qual percebeu
o potencial da Arte no sentido de promover saúde.

Quanto às diferentes maneiras de se organizar uma proposta arteterapêutica,


pode-se citar, então, a Artepsicoterapia, que, de acordo com Naumburg (1991) busca
a liberação do inconsciente por meio de imagens espontaneamente projetadas na
expressão plástica e gráfica. Pode ser utilizada como uma forma de psicoterapia
primária ou auxiliar” (Naumburg, 1991, p. 388). Para esta profissional, o arteterapeuta
não deve interpretar a produção e sim encorajar o paciente “a descobrir por si mesmo
o significado de suas próprias produções.” (Naumburg, 1991, p. 390).

Na Arte como terapia, a partir da visão de Florance Cane, o arteterapeuta


pauta-se na crença de que todo ser humano nasce com o poder de criar. Sua
estratégia de ensino da Arte era fundamentada nas funções: movimento, sentimento
e pensamento e a cura ocorreria por meio da catarse do processo artístico,
acompanhamento de profissional que reconhecesse os sentidos do que é expressado
e ajude a pessoa a se reconhecer (Cane, 1983).

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No Reino Unido, segundo Hogan (2001), tem-se uma diferenciação da
Arteterapia em três correntes. Na “analytic art therapy”, tem-se uma prática baseada
nas teorias psicanalíticas, com especial atenção à relação transferencial e,
consequentemente, à interpretação do encontro terapêutico. Na “art psychotherapy”,
dá-se ênfase na importância da análise verbal do material produzido nas sessões,
com situações em que a produção se torna algo adicional à psicoterapia verbal. Já na
“art therapy”, foca-se as produções sem considerar a análise verbal como algo
necessário no contexto arteterapêutico.

Arteterapia no Brasil

Em território brasileiro, Andriolo (2006) faz uma revisão sobre a articulação


entre Arte e Psiquiatria. Este pesquisador aponta profissionais que contribuíram para
o reconhecimento da potência da Arte no campo da saúde. Considera-se que o
trabalho desenvolvido por estes como precursores da Arteterapia no país.

O primeiro foi Ulysses Pernambucano, que estabeleceu relações entre Arte e


Psiquiatria e inspirou Silvio Moura a redigir, em 1923, “Manifestações artísticas nos

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alienados”, trabalho conclusão do curso de Medicina. O segundo nome foi de Osório
Cesar, que atuou no Hospital Psiquiátrico Juqueri, com compreensão a partir da
Psicanálise e interlocução com Sigmund Freud (Andriolo, 2003). É relatada a
existência, desde 1927, de setores de bordados e outros tipos de artesanato nos
pavilhões e colônias do hospital, além de haver a possibilidade de realizar pintura com
aquarela, modelagem em barro, dentre outras que necessitavam de ambiente,
material e técnica no citado hospital. Em 1943 é iniciada oficialmente a Oficina de
Pintura, enquanto que em 1949 tem-se a fundação da Escola Livre de Artes Plásticas
(Ferraz, 1998). Por fim, tem-se o trabalho de Nise da Silveira que fundou a Seção de
Terapêutica Ocupacional, em 1946 no Centro Psiquiátrico Engenho de Dentro. Esta
psiquiatra tinha sua compreensão baseada na Psicologia Analítica, com trocar com
Carl G. Jung.

A Arteterapia teve seu início com a atuação de Margarida Carvalho, cuja


formação no campo se deu a partir de um curso de extensão em Arteterapia com
Hanna Kwiatkowska na PUC-SP, em 1964. Seguiu seus estudos de forma
independente, com atuação posterior na área. Pode-se também citar Ângela
Philippini, que recebeu influência de Nise da Silveira e participou de grupo de estudos
com arteterapeutas americanos e Selma Ciornai, com formação a partir de cursos de
extensão no país e mestrado em Arteterapia nos Estados Unidos.

Um marco para a Arteterapia foi a fundação da AATESP no ano de 2003 e, em


2006, a fundação da UBAAT, que passaram, com suas ações, primar pela formação
do arteterapeuta, estabelecendo critério mínimos para os cursos de especialização.

No Brasil, a Arteterapia começa a ser inserida em tratamentos a partir


inicialmente com os estudos realizados sobre os benefícios do uso da arte em
tratamentos psiquiátricos na década de 1920, quando psiquiatra Osório César, após
realizar trabalho com deficientes mentais, em um hospital psiquiátrico em são Paulo,
usando a arte, chega a conclusão de que o fazer artístico é por si só um instrumento
de cura (MACIEL e CARNEIRO, p. 37).

Mais tarde, na década de 1940, a Arteterapia ganhou destaque nacionalmente


com o pioneirismo de Nise da Silveira que baseada na teoria jungiana desenvolveu
um trabalho com pacientes esquizofrênicos em ateliês expressivos e que através
dessa dinâmica, Nise tinha acesso a imagens do inconsciente dos pacientes.

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Segundo Maciel e Carneiro, referente ao trabalho de Nise da Silveira, ressaltam que
grande importância era dada tanto ao processo criativo quanto ao simbolismo das
produções, mas sua atenção dirigia-se especialmente aos efeitos das obras sobre os
doentes (idem). Posteriormente, Nise escreveu um livro sobre imagens do
inconsciente e criou o Museu de Imagens do Inconsciente. Na década de 1960
começam a surgir os primeiros cursos de formação em Arteterapia.

Na década de 1990, é criada AARJ (Associação de Arteterapia do Rio de


Janeiro), a primeira associação de Arteterapeutas do país, com o objetivo de
organizar uma comunidade que pudesse congregar os mesmos tipos de praticas e
saberes. Segundo consta no site da AARJ:

Conforme o desejo dos seus membros fundadores, os objetivos da AARJ


gravitariam em torno do estudo, da pesquisa, da produção do saber e de uma ética
arteterapêutica com raízes nos Direitos Humanos.

Também seria seu objetivo a criação de uma comunidade de arteterapeutas,


com a convivência democrática dos seus associados assentada na solidariedade, na
cooperação e no respeito.

A partir daí, outras associações estaduais ou regionais foram surgindo em todo


Brasil, até que em 2006, foi criada a UBAAT (União Brasileira de Associações de
Arteterapia) que, mediante ao crescente importância que a Arteterapia vem
adquirindo nos últimos anos, traça os seguintes objetivos específicos:

• unificar e definir parâmetros curriculares mínimos e comuns para cursos


de Arteterapia no Brasil;
• estabelecer critérios para a qualificação de docentes e supervisores em
cursos de Arteterapia no Brasil;
• estabelecer critérios nacionais para o reconhecimento e
credenciamento de arteterapeutas e cursos de Arteterapia;
• lutar pelo reconhecimento legal da Arteterapia, assegurando a qualidade
e confiabilidade dos serviços prestados pelos arteterapeutas a quem a conceder
credenciamento;

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• estabelecer vínculos e parcerias com associações congêneres em
outros países;
• Tem também por finalidade mais ampla e geral:
• defender em âmbito nacional a identidade e interesses dos
arteterapeutas que a integram;
• propiciar o intercâmbio sobre a teoria e prática da Arteterapia entre os
diferentes estados brasileiros;
• auxiliar a organização de eventos de Arteterapia em nível regional,
nacional e internacional;
• organizar e difundir um banco de dados de publicações sobre
Arteterapia no Brasil, assim como informações sobre o campo a todos os
interessados;
• colaborar e fomentar o intercâmbio de projetos, publicações e pesquisas
com entidades congêneres representativas da Arteterapia em outros países.
Atualmente a Arteterapia no Brasil encontra-se em processo de expansão.
Segundo consta no site da UBAAT, “A Arteterapia, bem como a bibliografia específica
da área, tem crescido consideravelmente no Brasil nas últimas décadas. Já foram
realizados vários congressos nacionais que reuniram arteterapeutas de muitos
estados brasileiros, da Europa e EUA, onde é bastante difundida.”.

O Arteterapeuta

Segundo consta no site da UBAAT, “Arteterapeutas são profissionais com


treinamento tanto em arte como em terapia. Têm conhecimento sobre o potencial
curativo da arte. Utilizam a arte em tratamentos, avaliações e pesquisas, oferecendo
consultoria a profissionais de áreas afins. Arteterapeutas trabalham com pessoas de
todas as idades, indivíduos, casais famílias, grupos e comunidades. Oferecem seus
serviços individualmente e como parte de equipes profissionais, em contextos que
incluem saúde mental, reabilitação, instituições médicas, legais, centros de
recuperação, programas comunitários, escolas, instituições sociais, empresas, ateliês
e prática privada.”.

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Urrutigaray (p. 33) nos coloca que o papel do Arteterapeuta é o de estimular o
sujeito a criar ate a finalização de sua obra, observando neste percurso suas
atividades, reações e expressões orais, durante a execução do trabalho. Ou seja, o
profissional desempenha a função mediador do processo terapêutico, usando de
forma sintonizada as técnicas que serão escolhidas, o tipo material que será usado,
buscando fazer uma reflexão sobre o alcance de cada tipo de material e técnica de
acordo com os objetivos a serem atingidos.

O campo de atuação, como nos coloca Carneio (p. 41) abrange tratamentos,
avaliações, pesquisas e consultoria a profissionais de áreas afins, podendo atuar
individualmente ou em grupos nas distintas organizações das áreas de saúde,
Educação, Comunidade, empresas e em Ateliê Terapêutico particular. Tal
abrangência de atuação do Arteterapeuta exige do mesmo estudo constante de forma
a estar cada vez mais habilitado para exercer tal tarefa.

Para uma prática ser nomeada como Arteterapia, é então necessário que
esteja presente no contexto arteterapêutico o seguinte triângulo (Carvalho, 2006),
composto pelo processo expressivo ou pela produção, pelo indivíduo que participa do
processo e pelo arteterapeuta.

Quanto ao histórico da Arteterapia, pode-se dizer que a Arte é utilizada com


finalidades terapêuticas há séculos, contudo, uma estruturação do uso dos recursos
artísticos no campo das terapias ocorreu mais recentemente. Na literatura acadêmica
(Caterina, 2005), encontra-se relatos acerca do trabalho desenvolvido pelo médico
psiquiatra alemão Johann Christian Reil sobre a interlocução entre Arte e Saúde.

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Reil foi um contemporâneo de Pinel, que construiu no início do século XIX um
protocolo terapêutico almejando a cura psiquiátrica. Este era composto de três
estágios, que incluíam:

1. O envolvimento do paciente em atividades realizadas ao ar livre, de trabalho


físico;

2. Estímulos sensoriais a partir da utilização de objetos específicos para a


proposta;

3. Estímulos relacionados ao campo intelectual, por meio de desenhos,


símbolos e elementos com sentidos no campo cognitivo e no campo afetivo.

Por meio destes estágios buscava-se que o interesse do indivíduo pelo mundo
externo fosse despertado e que houvesse maior ligação entre este e meio que o
circunda. Compreendia-se que a expressão obtida nos desenhos, sons, texto,
movimentos se organizavam como uma forma de comunicação dos conteúdos
internos (Caterina, 2005).

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A ética em arteterapia

Sendo a arteterapia uma área de estudos ainda muito nova, novos também
são os questionamentos que se originam como fundantes de um compromisso com
uma ética profissional que assegure a qualidade dos serviços prestados.

Na medida em que um grupo de profissionais se organiza, faz-se necessário


refletir e estabelecer critérios válidos para o reconhecimento de uma identidade
profissional aceita e respeitada pela sociedade. Nesse sentido, o tema da ética
apresenta-se com um dos mais relevantes.

Nos fóruns organizados pela AATESP, o primeiro em dezembro de 2007 e os


dois seguintes realizados no primeiro e segundo semestres de 2009, embora
seguindo um rigor na seleção de profissionais e respectivos temas, faltou estabelecer
normas para que os trabalhos ali apresentados cumprissem alguns requisitos básicos,
como o asseguramento de que todas as imagens veiculadas seja de trabalhos
produzidos no contexto arteterapêutico, seja da exposição dos próprios sujeitos
submetidos ao processo, estivessem devidamente autorizadas pelos próprios sujeitos
e/ou instituições onde foram realizados os trabalhos.

Essa preocupação alerta para a preservação da privacidade daquele que


procura por ajuda e, por isso, precisa ser respeitado em seus direitos. Em muitos
casos aceita autorizar o profissional arteterapeuta para que o material coletado
durante o processo (pinturas, desenhos, esculturas, entre outros), seja utilizado como
recurso para a produção de material de pesquisa e divulgação em meios acadêmicos,
seja em apresentações formais ou publicações especializadas.

No ano de 2006, com a fundação da UBAAT (União Brasileira das Associações


de Arteterapia), deu-se um passo importante para a consolidação de diretrizes que
foram amplamente discutidas em nível nacional pelas várias associações que a
constitui, com o intuito de orientar e zelar pelos fazeres dos profissionais
arteterapeutas. O código de ética do arteterapeuta, aprovado em 21 de abril de 2008,
foi um desses marcos, de onde se extrai o trecho abaixo:

CAPÍTULO II RESPONSABILIDADES

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SESSÃO I - PARA COM O CLIENTE:

A saúde e o bem estar do cliente são os principais


objetivos do arteterapeuta. No atendimento a seus clientes, o
arteterapeuta deve:

Art. 6 - Respeitar seus direitos e sua dignidade e, em


todas as circunstâncias, atuar em seu benefício;

[...]

Art. 13 - Proteger o caráter confidencial das informações


a respeito do cliente, registradas ou produzidas por diversos
meios (áudio, vídeo, textos, imagens plásticas, etc.). A
divulgação com fins científicos será condicionada à autorização
prévia do cliente ou seu responsável, sempre que identifique o
cliente.

Esse compromisso com o caráter confidencial das informações deve pautar as


ações de todas as terapias. No entanto, em especial na arteterapia, grande parte do
material produzido se traduz em imagens, o que determina que o cuidado deve ser
ainda maior, pois segundo um dizer popular: uma imagem vale por mil palavras.

Judith Rubin (1984), uma importante arteterapeuta americana, elenca três itens
fundamentais a se pensar, que são: o que o arteterapeuta precisa saber em que
precisa acreditar e quem precisa ser. Sobre o primeiro item, discorre sobre a
arteterapia como disciplina híbrida e, por isso, complexa, o que se aproxima
sobremaneira do paradigma atual, voltado à complexidade. Elenca similaridades
superficiais como a recreação e terapia ocupacional, e similaridades profundas como
a arte e terapias criativas (música, movimento, dança, poesia, fototerapia). Entende
que o diferencial da arteterapia está na criação, enquanto outros profissionais utilizam
a arte somente como ferramenta adjunta.

No item em que discorre sobre o que o arteterapeuta deve acreditar, estão:


acreditar na arteterapia e em sua efetividade, acreditar que o ser humano necessita,
tem o direito e habilidade para se expressar criativamente e, finalmente, acreditar que
a arte pode ajudar no desenvolvimento humano.

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Já no que se refere ao quem o arteterapeuta precisa ser, discorre sobre a
qualidade de um pensamento criativo que abarca as seguintes características:
fluência, flexibilidade, originalidade, habilidade para lidar com riscos e tolerar
ambiguidade. Também declara que é de fundamental importância que tenha
exercitado o processo criativo antes de o fazer com o outro, pois agindo assim terá
se conhecido melhor e estará apto a perceber as limitações do processo criativo
daqueles com quem vier a trabalhar.

Rubin entende “que um arteterapeuta efetivo é uma pessoa que aceita o


desafio de utilizar seu pensamento criativo em prol da atividade terapêutica”, além de
qualificar-se como profissional capaz de lidar com resistências e estados inibitórios,
ser genuíno e comportar-se como um ser humano real, bem como estar em processo
de terapia.

O conjunto dessas qualidades ajuda a delimitar a identidade profissional do


arteterapeuta, levando-se em consideração, em primeira instância, um ser e fazer
éticos. É por isso que essa breve explanação tem por objetivo alertar para o cuidado
que se deve ter com todo tipo de material coletado e a ser veiculado publicamente.
Principalmente porque também faz parte do código de ética duas sessões que
discorrem sobre as punições ao não cumprimento deste:

CAPÍTULO IV CUMPRIMENTO DO CÓDIGO

Art. 35 - É dever de todo arteterapeuta conhecer, cumprir


e fazer cumprir o presente código;

Art. 36 - Compete à Comissão de Ética formada por


arteterapeutas idôneos analisar denúncias apresentadas por
arteterapeutas, clientes, instituições e outros profissionais,
relativas ou não ao cumprimento do presente código;

Art. 37 - A Comissão de Ética, após ouvir as partes


envolvidas, avaliará se houve infração do código.

[...]

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CAPÍTULO V

MEDIDAS DISCIPLINARES

Art. 38 - Serão aplicadas pelo Conselho Diretor da


Associação Estadual de Arteterapia por recomendação da
Comissão de Ética as seguintes medidas:

1 - advertência sigilosa; 2 - advertência pública;

3 - suspensão dos direitos de associado;

4 - desligamento da associação Estadual de


Arteterapia.

A arte como fonte do conhecimento e


da expressão humanos

Nosso mundo é essencialmente visual, estamos cercados por imagens. Viver


nos espaços urbanos é deparar-se com múltiplos estímulos visuais. No entanto, os
apelos visuais não se limitam a espaços geográficos. Meios de comunicação como a
televisão e a internet fazem circular imagens em tempo real por qualquer lugar do
mundo. Isso faz com que um episódio do Japão possa ser visto no Brasil
paralelamente ao fato. Por isso, mesmo em uma pequena cidade pode-se ter acesso
ao mundo todo.

Os diversos apelos visuais interferem na compreensão que se tem sobre o dia


a dia, a vida, o trabalho, a política, os valores morais e contribuem para formular ideias
sobre lugares, culturas, fatos.

Nosso cotidiano está povoado de imagens da mídia, propagandas, folhetos,


fotos, imagens, reportagens, enfim, há muitas formas visuais. Todas essas formas
correspondem a maneiras de interpretar o mundo. São maneiras de se integrar ao
tempo e ao espaço.

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As imagens postas em jogo no cotidiano instauram a necessidade de
interpretação, isso porque são formas criadas a partir de certa cultura, dentro de uma
ideologia, ou seja, não são neutras.

Ao criar uma determinada obra, o artista se vale da matéria construída


socialmente. Como parte da cultura, a arte é a maneira de indicar os caminhos
poéticos trilhados por aquele grupo. Criar uma obra de arte vai além da utilização da
linguagem (desenho, pintura, escultura), vai além do domínio técnico, porque criar
uma forma demanda reflexão, conhecimento sobre o objeto. Além disso, a obra de
arte comunica ideias (PEREIRA, 2007).

A arte de rua, um muro grafitado, uma parede desenhada, são transmissões


de ideias, concepções de mundo, formas de pensar.

Os elementos de visualidade apresentam-se sempre articulados


expressivamente e em situações compositivas indicadas por: movimentos (reais ou
aparentes), direções, ritmos, simetrias/assimetrias, contrastes, tensões, proporção,
etc. E são percebidas por nós nessa totalidade, embora seja possível discriminá-la
quando aprendemos a fazer exercícios e análises visuais. (SANTOS, 2007).

Para fins didáticos, o processo de leitura de imagens pode ser baseado na


estrutura abaixo:

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• Elementos da visualidade: ponto, linha, forma, espaço, volume, textura,
cor observando a relação entre eles e dando uma especial atenção à composição,
ritmo, variação, contrastes, harmonia, tensão.
• Estilo: figurativo, não figurativo, abstrato, naturalista.
• Técnica: desenho, pintura, escultura, gravura, grafite, instalação,
fotografia.
• Artista: informações sobre suas principais obras, traços de
personalidade, curiosidades.
• Período: pré-histórico, antigo, medieval, moderno ou contemporâneo.
A arte é uma ponte que nos leva a conhecer e expressar os sentimentos, e a
forma de nossa consciência apreendê-los é por meio da experiência estética. Na arte,
busca-se concretizar os sentimentos numa forma, que a consciência capta de
maneira mais global e abrangente do que no pensamento rotineiro (DUARTE JR,
2000).

Concebe-se sentimento enquanto apreensão da situação em que nos


encontramos, que precede qualquer significação que os símbolos expressam. O
sentir é anterior ao pensar, e compreende aspectos perceptivos e aspectos
emocionais (LANGER, 1980).

É preciso que se verifique como a arte se constitui num elemento terapêutico;


como ela provê elementos para que o homem desenvolva sua atividade significadora,
ampliando seu conhecimento a regiões que a percepção e o simbolismo conceitual
não alcançam.

Destaca-se a necessidade de traçar uma distinção entre os conceitos de


comunicação e expressão, para melhor compreender a abrangência destes nas
atividades artísticas. Quando se faz referência à comunicação, comumente o termo
traz à mente a ideia de transmissão de significados explícitos, por meio da linguagem.
Por outro lado, a expressão tem uma conotação de indicação, desvendamento de
sentimentos.

A imaginação é o que diferencia o homem de qualquer outro ser vivo, por meio
dela é possível transcender ao imediatismo das coisas e projetar o que ainda não
existe. Certamente somos movidos pela possibilidade do “vir a ser”, é a dimensão da

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utopia, a capacidade de projetar algo novo sobre as antigas estruturas tanto internas
como externas.

Nesse sentido, a atividade artística resulta de uma organização de


experiências individuais, pois o desenho, a pintura ou a escultura, a música, a dança
ou o teatro trazem importantes aspectos de um conjunto de experiências pessoais
(do autor), organizadas em um todo significativo.

A arte é muito mais que um simples passatempo, busca-se por meio das
diferentes expressões artísticas desenvolver uma consciência estética, ou seja, uma
atitude harmoniosa e equilibrada perante o mundo, em que os sentimentos, a razão
e a imaginação se integram.

A consciência estética é a busca de uma visão global do sentido da existência;


um sentido pessoal, criado a partir dos sentimentos e da compreensão da realidade
circundante. É a capacidade de decisão e escolha, o que exige atitudes de análise e
crítica para que o homem não se submeta à imposição de valores e sentidos, mas
que possa selecioná-los e recriá-los segundo sua própria realidade existencial.

A arte é para o homem a possibilidade de manifestação de seus sentimentos


mais complexos, projetando por meio de formas, linhas, cores, sons, gestos e ritmos
uma nova realidade, um novo mundo.

Um mundo onde a harmonia se estabelece a partir da utilização de materiais


cuja natureza se opõem como, por exemplo: água e fogo, tinta e terra, estabelecendo
dessa forma uma relação de dependência e continuidade entre as formas projetadas.

As relações que se estabelecem entre os diferentes materiais, anunciam a


possibilidade do “vir a ser”, algo novo surge de estruturas antigas, é o resultado do
olhar criativo, que apesar de contextos existenciais diversos consegue sonhar.

Assim, todo fazer nasce de um sonho. O primeiro movimento do sonhar é a


idealização, ou seja, a possibilidade de imaginar, visualizar o novo, denunciar uma
realidade, tendo em vista a realidade vivenciada e a realidade sonhada.

Nesse sentido, a ação do arteterapeuta é de grande responsabilidade, pois


trata de conteúdos subjetivos e carregados emocionalmente. A função desses
profissionais parece ser duplamente desafiadora, já que também precisam ser
consideradas, durante o processo, pois “complexas questões da subjetividade de

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cada homem e mulher, coparticipantes na árdua tarefa de reconstruir os caminhos da
própria sensibilidade, emoção e intuição” (SANTOS, 2006).

A arte e a realidade social

Diferentemente de outros meios de comunicação e expressão, a arte torna a


vida e o cotidiano rico em significados, mesmo quando não há uma consciência clara
disso.

Sujeito e objeto se fundem em uma única composição, afirmando para o


mundo, que há beleza nas diferenças, que a beleza emerge de diferentes formas e
necessita do diferente para estabelecer uma nova forma.

O que se busca nas atividades artísticas é promover ao homem maior liberdade


para a autoexpressão, libertando-se de amarras que o impedem de ser completo e
viver plenamente sua condição humana.

Mesmo que aparentemente existam animais mais livres da dependência dos


instintos ou reflexos automáticos, podemos dizer que existe um grande abismo entre
o comportamento dos animais e o dos seres humanos. Para dar um só exemplo,
mesmo o chipanzé mais evoluído possui apenas rudimentos do que permitiria
desenvolver a linguagem simbólica e tudo o que dela resulta: aprender, reelaborar o
conteúdo aprendido e promover o novo (invenção).

Isso quer dizer que a vida animal é, em grande medida, uma repetição do
padrão básico vivido por sua espécie. Já o ser humano tem, individualmente e como
espécie, a capacidade de romper com boa parte do seu passado, questionar o
presente e criar a novidade futura. E a arte é prova disso, ou melhor, a arte pode
servir como instrumento de interpretação deste universo cultural humano que o
distingue dos outros seres vivos na face da terra.

Há estudiosos que veem na obra de arte uma manifestação pura e simples da


sensibilidade do artista. Outros a encaram como uma atividade plenamente lúdica,
gratuita, livre de quaisquer preocupações utilitárias ou condicionamentos exteriores a
sua produção artística.

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Não é preciso negar totalmente a validade de cada uma dessas concepções
para reconhecer na atividade artística outra característica importante: o fato de que a
arte é um fenômeno social. Isso significa que é praticamente impossível situar uma
obra de arte sem estabelecer um vínculo entre ela e determinada sociedade
(MAGALHÃES, 2008).

A arte é um fenômeno social, pois o artista é um ser social. Como ser social, o
artista reflete na obra de arte sua maneira própria de sentir o mundo em que vive, as
alegrias e as angústias, os problemas e as esperanças de seu momento histórico.
Tais mudanças na arte refletem as transformações que se processam na realidade
social. A arte evidencia sempre o momento histórico do homem, cada época, com
suas características, contando o seu momento de vida faz um percurso próprio na
representação, como questão de sobrevivência (SANTOS, 2006).

O pensador húngaro Georg Luckács (1885-1971), afirma o seguinte conceito:


“Os artistas vivem em sociedade e – queira ou não – existe uma influência recíproca
entre ele e a sociedade. O artista – queira ou não – se apoia numa determinada
concepção do mundo, que ele exprime igualmente em seu estilo”.

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A obra de arte é percebida socialmente pelo público – por mais íntima e
subjetiva que seja a experiência do artista deixada em sua obra, esta será sempre
percebida de alguma maneira pelas pessoas. A obra de arte será, então, um elemento
social de comunicação da mensagem de seu criador. No que diz respeito ao artista,
as relações de sua arte com a sociedade podem ser de paz e harmonia, de fuga e
ilusão, de protestos e revolta. Quanto à sociedade – considerando principalmente os
órgãos do Estado, seu relacionamento com determinada arte pode ser de ajuda e
incentivo ou de censura e limitação à atividade criadora (MAGALHÃES, 2008).

“Como fenômeno social, a arte possui, portanto, relações com a sociedade.


Essas relações não são estáticas e imutáveis, mas, ao contrário, são dinâmicas,
modificando-se conforme o contexto histórico” (MAGALHÃES, 2008.). E envolvem
três elementos fundamentais: a obra de arte, o seu autor e o público. Foram-se em
torno desses três elementos os vínculos entre arte e sociedade num vasto sistema
solidário de influências recíprocas.

Entende-se que a arte é capaz de fazer flexibilizar pensamentos e relações,


em que o criador é sempre capaz de conectar e mudar as interações produzidas no
mundo da imagem pré-concebida. Percebe as transformações e se percebe
transformador.

De certa forma, a estética migra para a vida do sujeito preparando-o para o


entendimento e para a resolução, tornando-o cidadão, consciente de si e espelho
para o outro, utilizando-se de sua iniciativa e poder de decisão.

O indivíduo criativo supera a capacidade de imitar, produzir fatos, conectar a


outras relações. As relações criadas estarão sempre se conectando e formando
novas tensões que o suprem para outras formações estéticas e/ou vivenciais.

Verifica-se um cruzamento entre estética e ética e/ou caráter, quando se


descobre que o belo pode despertar as virtudes positivas no indivíduo e, por isso,
deve fazer parte de sua educação.

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