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Nomes: Anna Victoria Simões da Silva /201951140532

Anny Beatriz Ferreira da Silva /201751082083

Letícia Paiva de Carvalho Santos /201951604075

TOXICOCINÉTICA DA SUBSTÂNCIA ÊXTASE

ABSORÇÃO:

O "êxtase" é consumido por via oral em comprimidos redondos, de várias cores e tamanhos, e
em cápsulas gelatinosas, contendo 50-150 mg de substância ativa ou em pó, misturado a suco de
frutas. Alguns indivíduos já utilizaram a MDMA em pó por via intra-nasal. A MDMA é
rapidamente absorvida pelo trato intestinal e o seu máximo de concentrações plasmáticas é
atingido cerca de 90 minutos a 2 horas, após a administração oral, embora os primeiros efeitos
possam ser detectáveis a partir dos 20 minutos, após a ingestão da MDMA. Dados de um estudo
realizado em humanos mostram que doses de MDMA de 50 mg, 75 mg e 125 mg produzem
níveis plasmáticos de 106 ng/mL, 131 ng/mL e 236 ng/mL, respectivamente. Os seus efeitos
prolongam-se pelo período de 3 a 6 horas, em média, apresentando um tempo de semi-vida
plasmática de aproximadamente 8 horas.

DISTRIBUIÇÃO:

Atravessa facilmente as membranas biológicas e a barreira hematoencefálica. O tempo de meia-


vida plasmática do MDMA é de 7,6 horas e, em casos de intoxicação, são necessárias 6 a 8
meias-vidas para a completa eliminação da droga. O nível plasmático do MDMA, em torno de 8
mg/L, é considerado nível de intoxicação grave, sendo necessárias 24 horas para a diminuição
dos níveis plasmáticos (1 mg/L) que produziria menos efeitos tóxicos.

METABOLISMO:

Uma particularidade do MDMA reside no facto de os seus produtos da metabolização hepática


serem mais tóxicos do que a própria molécula. A sua metabolização envolve um primeiro passo
de N-demetilação, originando a 3,4 – Metilenodioxianfetamina (MDA). A MDMA e este
produto, por sua vez sofrem O-demetilação, formando-se respetivamente N-Metil-α-
Metildopamina (N-Me-α-MeDA) e α-Metildopamina (α-MeDA). Estes dois produtos podem
sofrer reação de oxidação, formando-se quinonas, que na presença de glutationa (GSH) dão
origem a conjugados glutationil o 5-(GSH)-N-Me-α-MeDA e 5-(GSH)-α-MeDA, que já
demonstraram toxicidade superior ao próprio MDMA.

EXCREÇÃO:

A eliminação da MDMA é relativamente lenta, com meia-vida plasmática da ordem de 8 horas.


De acordo com o postulado de que o tempo médio para eliminação de 95% de um fármaco do
organismo é da ordem de 5 meia-vidas (aproximadamente 40 horas para a MDMA), pode-se
justificar por sua cinética de eliminação alguns dos efeitos adversos que podem ocorrer até dois
dias após o uso. Alguns produtos de biotransformação da MDMA possuem atividade
farmacológica, em especial a MDA, razão pela qual alguns efeitos do Ecstasy podem durar mais
do que o tempo de permanência da MDMA no organismo ,verificando a eliminação da MDMA
e seus principais produtos de biotransformação (MDA, HMMA, HMA), observaram que
aproximadamente 50% da MDMA é recuperada nas primeiras 24 horas, independente da dose
administrada. Enquanto a recuperação urinária da HMMA é praticamente constante para todas
as doses estudadas, a recuperação da MDMA aumenta de maneira não-proporcional a dose
administrada, outro indicativo da não-linearidade da farmacocinética desta substância. Como
para todas as aminas, o pH urinário influi decisivamente para a excreção urinária, sendo que a
acidificação da urina aumenta sua eliminação.

REFERÊNCIAS:

https://www.scielo.br/j/rpc/a/nH5gDrCTgCb3qkhW5Xcd89k/?lang=pt

https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-
BR&as_sdt=0%2C5&q=Ecstasy+efeito+&btnG=#d=gs_qabs&u=%23p%3DpMyw3fOiKrUJ

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