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MESTRES DA SEDUÇÃO

Lara Adrian/Donna Grant


Laura Wright/Alexandra Ivy

Mestres da Sedução
Lara Adrian / Donna Grant
Laura Wright / Alexandra Ivy

Traduzido e Revisado do Inglês

Envio do arquivo: Cleusa

Revisão Inicial: Niza

Revisão Final e formatação: Cleusa

Imagem: Elica

Talionis

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MESTRES DA SEDUÇÃO
Lara Adrian/Donna Grant
Laura Wright/Alexandra Ivy

No reino dos Mestres íncubos, o prazer é para morrer e o amor é o jogo mais mortal de
todos...
Impiedoso: Casa dos Gravor ~ de Lara Adrian
Buscando vingança pelo assassinato de seu irmão, o Mestre Incubus, Devlin Gravori,
exige justiça do alto tribunal do Nephilim. Mas a fúria e vingança não são páreos para o desejo
que ele sente por Nahiri, a bela guerreira Nephilim que ele reivindica como sua refém.

Desumano: Casa dos Romerac ~ por Donna Grant


O Metre Incubus, Canaã Romerac, está focado exclusivamente na vingança contra aqueles
que o traíram e o colocaram no Oubliette durante quinhentos anos. Isto é, até que ele põe os olhos
em Rayna. Pode a bela Nephilim curar alma ferida de Canaã antes que seja tarde demais?

Sem Vergonha: Casa dos Vipera ~ por Laura Wright


O sexy Mestre Incubus, Scarus Vipera cresceu fraco, e a única coisa que vai fortalecê-lo
novamente é Rosamund, a fêmea do Harém rica em energia. Mas a misteriosa Nephilim está
determinado a deixar o Harém intocada com o coração intacto.

Cruel: Casa dos Xanthe ~ de Alexandra Ivy


Jian, Mestre da Casa Xanthe, dedicou sua vida para retornar a sua família à sua antiga
importância. Quando ele ofereceu um contrato para caçar o Soberano desparecido, está ansioso
para aceitar. A última coisa que ele espera é encontrar um anjo belíssimo que mexe mais do que
com seu desejo.

Comentário Niza: Em primeiro lugar eu quero um Incubus! Pra ontem! Haha. Em segundo lugar
Pode ser o Scarus gente, é meu e ninguém tasca... E por último, quando é que tem o próximo?!
Amei o livro e as histórias, muito dinâmico o modelo do livro. Nada cansativo. Espero que também
gostem.

Comentário Cleusa: Há Niza, para uma víbora, Scarus é muito manso. Prefiro os mais agressivos,
tipo Devlin e Canaã. Concordo com você, ler quatro histórias em um único livro é interessante,
principalmente quando se trata dos demônios do sexo.

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MESTRES DA SEDUÇÃO
Lara Adrian/Donna Grant
Laura Wright/Alexandra Ivy

Impiedoso
Lara Adrian
Capítulo 1

Uma rajada de vento quente e fina, areia cor de ferrugem giravam como um redemoinho na
frente de Devlin de Gravori. O lado duro da escotilha de seu jato particular se abriu e ele se
preparava para desembarcar de um longo voo.
Quando acordou naquela manhã ele não poderia imaginar que no fim do dia, ele iria se
encontrar a várias horas de distância de sua ilha cidadela no Mar Adriático, que chegaria a este
pequeno aeroporto deserto em um canto esquecido do Oriente Médio, que em uma época – há
muito, muito tempo atrás – foi conhecido como Mesopotâmia.
Enfim, quando ele começou seu dia, Dev não tinha ideia de que seu irmão estaria morto.
O choque, a dor lancinante, se agarrou a ele, no primeiro momento em que ouviu a notícia.
O precioso, charmoso Marius... morto.
Assassinado.
Os punhos de Dev cerraram-se quando a memória do que tinha visto mais cedo naquele dia
encheu sua visão. Marius e uma mulher humana, ambos nus, deitados juntos em lençóis brancos
emaranhados que estavam encharcados de suor e sêmen, e uma terrível piscina de seus sangues
combinados.
A mulher tinha uma estaca no coração – certamente, uma morte instantânea para qualquer
mortal.
Marius deve ter sido mais difícil de matar.
Com pouco menos de quatrocentos anos de idade, ele era mais novo que Dev por alguns
séculos, mas não menos formidável. Eles eram Incubis, uma raça de demônios que se alimenta de
energia sexual e tem existido desde que o Céu e o Inferno estavam em guerra pelas almas da
humanidade.
Devlin e seus irmãos da Casa de Gravori – bem como todos os outros Incubus nas outras
nove casas de sua raça – eram algo antigo e sombrio, perto do imortal.

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Haviam poucas maneiras de assassinar alguém de sua raça, e ainda menos indivíduos que
ousariam fazer.
Quem quer que tenha cortado a garganta de Marius no meio de sua alimentação sexual na
noite passada tinha conhecimento de um dos métodos mais seguros. Se Dev tivesse que adivinhar,
diria que o homicida tinha aproveitado um momento de fraqueza de Marius, atacando-o pelas costas
enquanto o Incubus estava sob o controle de seu preenchimento carnal.
A fêmea humana havia sido morta com igual discrição e precisão, sem dúvida, enquanto
Marius estava sangrando. Seu corpo grande havia caído atravessado de sua cintura para baixo, a
mulher tinha ficado presa debaixo de seu peso morto sobre a cama. Um ferimento profundo tinha
aberto seu peito, sua pele clara pegajosa e escura com o sangue de sua vida.
Os assassinatos foram coisa de especialista, e nada a não ser perfeitos.
Exceto por uma falha reveladora.
Dev carregava as provas com ele agora, para um confronto sem aviso prévio onde sempre
tinha sido um solo sagrado, neutro.
Passando a mão sobre seu cabelo preto curto, desceu as escadas do Gulfstream G6501 em
seu terno italiano sob medida cinza carvão e reluzentes sapatos de couro. Ele não se preocupou em
trocar-se para um traje mais apropriado para esta reunião. Se as armadilhas do mundo exterior
ofenderiam, Dev não dava à mínima. Ele foi chamado diretamente de seu escritório corporativo
para a cena do crime naquela manhã, em seguida esteve em trânsito para esta faixa de terra quente e
árida, em tempo.
Era irônico que a audiência sublime que ele solicitou agora estivesse em um lugar escondido
tão infernal quanto este. Ele murmurou uma maldição. Palavras desagradáveis, faladas na língua
antiga de seus antepassados demônios.
— Não é tarde demais pra voltar atrás Dev.
A voz calma e profunda pertencia a Ramiel, o capitão dos guardiões da Casa de Gravori. O
guarda-costas de cabelo negro desembarcou juntamente com Dev, vestido com calças pretas e uma
camiseta preta que se agarrava em seu peito largo e bíceps enormes. Tatuagens elaboradas
declarando a casa, a filiação e a profissão de Ram envolviam os antebraços do guardião Incubus.
Ram compartilhava da linhagem de sangue de Dev; um primo distante, mas tão leal quanto
qualquer irmão. E o guardião era calmo e constante, pelo que o Mestre Gravori era capaz de acertar
forte e rápido no primeiro sinal de ataque.
Como o escorpião que foi o sigilo dos Gravoris por eras. A ira de Dev era rápida, cegante.

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Modelo do jatinho usado pelo personagem.

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Totalmente sem piedade.


Tinha-lhe rendido o apelido de —Diabo2— Gravori, uma reputação que o seguia tanto em
seus negócios, quanto em todas as outras áreas de sua vida.
Hoje, ele estava preparado para demonstrar toda a força desta reputação em um dos mais
sagrados tribunais do reino imortal.
— Você não tem que fazer isso, — Ram continuou. — Não gosto disso.
— O inferno que eu não faço. — Dev rosnou.
A visão do assassinato de Marius ainda estava fresca em sua mente. Cada detalhe estaria
gravado em sua memória para sempre. Luto o arrebatou, mas foi a fúria que o tinha colocado no
avião e o tinha enviado aqui com uma sede por vingança.
No bolso do peito de seu paletó, o objeto errante que Dev tinha recuperado de debaixo do
corpo de seu irmão parecia gelo descansando sobre seu coração. — Ninguém atravessa a Casa de
Gravori com impunidade. Nem sequer eles.
Olhou para frente, recusando-se a abrandar seu ritmo, e muito menos reconsiderar onde
estava indo.
Ramiel sombriamente caminhou ao lado dele, pela pista de terra cozida pelo sol, onde um
motorista local em um SUV fora da estrada esperava. O veículo tinha sido contratado para levá-los
mais profundamente no deserto, em direção a uma crista de montanhas irregulares, envoltas em
neblina, que pairavam como a espinha de um dragão na distância sufocante.
O motorista não seria capaz de levá-los por todo o caminho. O lugar em que Dev precisava
ir não poderia ser encontrado em nenhum mapa, estrada ou caminho.
Para a última etapa de sua viagem, para entrar no terreno neutro do tribunal Nephilim, Dev
dependeria de magia demoníaca para transportar-se.
E, o inferno quisesse, a mesma magia demoníaca iria tirá-lo novamente dali quando tudo
estivesse acabado.
Quando chegaram ao lento SUV, Ram parou. O rosto do guardião era grave, cheio de medo
e dúvida. — Confrontar os três simplesmente não se faz Dev. Você sabe disso. Eles são o
equilíbrio, eles têm o poder de fazer cumprir a lei Nephilim. Eles também têm o apoio do Soberano.
— O Soberano. — Dev grunhiu. — Se passaram mais de quinhentos anos desde que o
Conselho atribuiu o Trono Osidian para a Casa de Marakel. Desde então, as coisas entre o Nephilin
e as outras casas Incubis tem sido tudo menos equilibradas. Se você quer saber, todos nós

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Um trocadilho com o nome do personagem Devlin, para “Devil” que é diabo em inglês.

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estaríamos melhores se limpássemos o convés e começássemos de novo. Começando pelo Incubus


sentado no trono.
Ram exalou um juramento, e diminui sua respiração. — Porra Dev. Primeiro você voa até
aqui determinado a exigir uma audiência com o Nephilim mais poderoso do reino, e agora você está
aqui falando sobre traição.
Dev deu de ombros. — A mudança está chegando, e não rápida o suficiente para meu gosto.
Os três devem cair em um punhado de anos, e se Marakel não produzir um herdeiro Incubus em
pouco tempo, sua casa se extinguirá da mesma forma que a Akana.
Ram deu-lhe um olhar dúbio. — Sim, mas, entretanto, os três podem – e vão – fazer tudo
que lhes agrade, tudo em nome da paz. Se você não vai ouvir a voz da razão, então pelo menos me
deixe ficar com você diante deles hoje. Como capitão dos Guardiões Gravori, estou juramentado
pelo sangue e aço para garantir que seu pescoço permaneça intacto.
— Eles não ousariam, — Dev assegurou.
O olhar de resposta de Ram estava sóbrio. — Diga isso para Marius.
Dev não apreciou o lembrete, mesmo que o aviso não fosse sem mérito. Mas ele não iria
deixar ninguém ficar entre ele e o trio de Sacerdotes Nephilim cujas mãos, ele tinha certeza, de
alguma forma estavam manchadas com o sangue de seu irmão. Ram pode ter comprometido sua
vida a Devlin como o mestre da Casa de Gravori, mas a presença de Dev aqui era pessoal. E se isso
se transformasse em uma batalha, ele seria condenado antes de deixar alguém lutar por ele.
— Há coisas piores que a morte, — Ram murmurou. — Prisão e tortura no Oubliette por
exemplo.
Embora o guardião estivesse certo sobre isso, Dev descartou o pensamento da infame prisão
sobrenatural com uma maldição sussurrada.
— Eu não posso deixar a morte de Marius passar em branco Ram, — ele disse em um tom
que não permitia nenhum outro argumento. — Alguém tem de responder pelo assassinato de meu
irmão. Alguém tem de pagar, sangue por sangue. — A mão de Dev foi ao local onde a prova de sua
suspeita descansava, fria contra seu coração. — Eu não vou sair daqui sem cobrar esta dívida.

Capítulo 2

A audiência com as Três estava prestes a acabar em lágrimas e decepção. Nahiri sabia disso,
mesmo antes do queixo da mãe Nephilim começar a tremer de emoção. A mulher estava de joelhos

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em uma pose reverente, sua filha recatada ao lado dela na base da ampla escada de mármore que
levava até a plataforma elevada na cabeceira da câmara alta do templo. No topo dos oito lances de
mármore polido, sentadas atrás de uma tela bordada de sândalo com uma brilhante folha de ouro, o
trio de Sacerdotisas Nephilim presidia, invisível, sobre o templo e todos dentro dele.
Nahiri estava na parte inferior direita da escada. Como a mãe e a filha buscando conselho,
Nahiri estava vestida especialmente para esta câmara do santuário, em uma túnica e calças de linho
não tingido e sandálias de couro simples nos seus pés. Mas amarrado cruzando de seus ombros até
sua cintura em ambos os lados de seu corpo estavam às bainhas de couro, tecidos que guardavam as
armas de sua posição.
Nahiri era uma espadachim.
Mais especificamente, ela era uma Espadachim do Templo, uma das, menos de uma dúzia,
guerreiras Nephilim responsáveis por guardar a Câmara Suprema e proteger as Três.
Não que alguém já tivesse sequer sonhado em lhes fazer mal. Para Nahiri e os outros
Espadachins do Templo – para todos os Nephilim na verdade – As Três exaltadas, sendo metade
humanas e metade anjo, eram praticamente deidades por direito.
Por quase 300 anos, eles tinham ocupado esse templo como supremos e sagrados
conselheiros. Como as Três que atuaram antes delas, suas vidas foram dedicadas de forma altruísta
em aconselhar o Soberano do Trono Obsidian, e para as maiores populações de Incubus e Nephilim
que viviam em segredo ao lado da humanidade no mundo exterior.
As decisões e decretos das Três tinham o objetivo de manter a paz final, e de garantir, acima
de todas as coisas, a harmonia e o equilíbrio entre os Nephilim e os Incubus.
Infelizmente para a mãe, peticionando aos Três hoje em nome de sua filha, essas decisões
nem sempre se alinhavam com os caprichos e desejos de todos quem era concedida uma audiência
na Câmara Suprema.
Nahiri ficou imóvel no seu posto enquanto a mãe Nephilim tentava persuadir os Três para
que reconsiderassem seu pedido.
— Suas Graças, por favor, eu imploro a vocês. Cada geração de minha família foi escolhida
para enviar uma de nossas filhas para o Harém em seu vigésimo ano. Por que não desta vez? Por
que não a minha filha? É uma honra que sempre aceitamos muito humildemente...
— Como você deveria, — disse uma das Três, uma resposta comedidamente suave, por
detrás da placa obscura. — A seleção é uma honra que não pode ser solicitada ou pedida. É um
dever sagrado que deve ser preservado e protegido.
Embora ela respeitasse o modo de vida Nephilim, Nahiri estava aliviada que como
Espadachim, ela era inelegível para o Harém. A ideia de ser mandada embora para cruzar com

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Incubus que visitassem o palácio dos prazeres a fazia estremecer por dentro. Ela tinha ouvido
contos suficientes do apetite insaciável e profano dos Incubus, bem como de sua potência sexual
esmagadora.
Ela ouvia com uma fascinação chocada as histórias que outras espadachins contavam no
dormitório do templo tarde da noite – histórias que tinham ouvido de irmãs e primas Nephilim do
lado de fora – tudo sobre os rumores contínuos dentro das paredes cobertas de seda do Harém.
Coisas imorais e depravadas que faziam as bochechas de Nahiri corarem e enviavam ondas
de calor entre suas pernas, mesmo agora.
Meio sem jeito ela mudou nas solas de seus pés, tentando ignorar a agitação indesejada de
seu corpo. Quando se mexeu, sentiu sua longa trança negra balançando contra sua espinha. Sua
postura perfeita de soldado quebrou, Nahiri estremeceu e esperou que ninguém tivesse notado.
Naturalmente, alguém tinha.
A mudança de sua postura chamou a atenção da Espadachim do Templo postada do outro
lado da escadaria da Câmara Suprema. A Nephilim alta e loira levantou uma sobrancelha pálida na
direção de Nahiri, presunçosamente observando a falha. Naturalmente, Valina gostaria de ver
Nahiri se contorcer. As duas tinham estado em uma competição silenciosa uma com a outra a partir
do momento em que ambas chegaram para treinar como espadachins com dezoito anos. Dez anos
depois, elas ainda eram rivais.
A beleza estonteante de Valina arrebanhava favores de todos os que olhavam para ela, mas a
espadachim também era uma lutadora hábil. Embora ela não fosse tão hábil – nem tão disciplinada
– quanto Nahiri. Foi essa pequena diferença que deu a Nahiri o lado direito das escadas da Câmara
Suprema, como capitã das Espadachins do Templo, enquanto Valina manteve-se como sua segunda,
na esquerda.
Mesmo que o orgulho fosse desaprovado no Templo, Nahiri não podia deixar de sentir mais
do que um pouco de satisfação pela posição que tinha reivindicado através de muito trabalho e
dedicação ao seu dever.
Coluna ereta, expressão plácida, ela ficou em atenção quando a Mãe Nephilim e sua filha
foram dispensadas pelos Três e começaram a sair.
A dupla mal tinha passado pelas portas duplas em arco quando os cabelos da nuca de Nahiri
começaram a se arrepiar.
Uma agitação de energia estava reunindo-se fora da Câmara.
As altas portas se abriram, admitindo uma explosão surpreendente de calor. Isto atravessou a
sala, levando consigo um odor perfurante e metálico de ozônio que soprou nas narinas de Nahiri.

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Como a aproximação de uma tempestade violenta, o ar ficou elétrico. Em seguida, aquilo se tornou
vivo na forma de um homem.
Um homem muito grande, ameaçador.
Incubus.
Sabia, mesmo antes do demônio de cabelos negros materializar-se totalmente e levantar sua
cabeça escura. Seu olhar citrino estava estreitado, sua postura agressiva, as mãos grandes em
punhos ao lado do corpo.
Alarme correu pela sala como um incêndio. Sussurros nervosos e murmúrios ansiosos
assobiaram entre as fileiras das outras Espadachins. Uma das formandas mais recentes soltou um
grito.
Apenas os Três pareciam impassíveis à invasão.
Não que o Incubus parecesse notar.
Nem que se importasse.
Seu desprezo era bastante claro na forma como ele chegou, perturbando rudemente a
Câmara. Mas seu traje ainda acrescentava outro insulto. Em vez de se vestir adequadamente para
uma aparição em solo sagrado, ele usava roupas do lado de fora, do mundo humano. Vestuário
moderno, sofisticado, que de alguma forma o fazia parecer ainda mais estranho e selvagem neste
lugar. O terno cinza-carvão que usava delineava cada linha ampla e centímetro musculoso de seu
corpo. Na sua garganta, um pedaço de pele lisa, bronzeada, aparecia debaixo da gola desabotoada
de sua camisa branca, sugerindo que ele havia passado dias preguiçosos sob o sol.
Decadente, Nahiri pensou em desaprovação. Não demorou muito para imaginar o que ela
pensava ser um mimado e devasso estilo de vida, de preguiça e indulgência inútil. Ela não tentou
imaginar mais nada sobre o demônio que se alimentava de sexo, muito menos em como ele e sua
espécie foram dotados com o poder de seduzir até a alma mais relutante.
Ela sentiu a profundidade do poder crepitando no ar ao seu redor quando o Incubus avançou,
não esperando – e nem buscando – a permissão das Três para se aproximar.
Nahiri apertou as mãos nas armas quando ele caminhou até o corredor central, em passos
arrogantes com suas pernas longas, todo seu comportamento indicando ameaça. Apesar de toda a
sua arrogância e grosseria ele era charmoso. Ela poderia até ter sido tentada a chamá-lo de bonito,
se não fosse a carranca selvagem que marcava sua testa e torcia seus lábios carnudos em um
grunhido furioso.
Mesmo na raiva, seu rosto era arrebatador. Brutal e feroz, cheio de ângulos duros e linhas
implacáveis, era o tipo de rosto que não teria dito a ninguém olhando para ele, que ele era algo mais
do que humano.

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Algo quase imortal, obscuramente formidável.


Algo muito perigoso, mais ainda por seu apelo sedutor e robusto.
A julgar pelos muitos rostos curiosos de suas companheiras Espadachins, incluindo Valina,
Nahiri tinha que supor que este era um Incubus muito poderoso. Sussurros desviaram sua atenção
para outra Nephilim.
— Este não é o Mestre da Casa de Gravori?
— O Céu nos salve se for.
— Você sabe como eles o chamam não é?
— Diabo Gravori.
Ele estava quase à frente da Câmara agora. Como capitã, cabia a Nahiri atender a essa
ameaça que se aproximava e pará-lo. Se necessário ela chamaria a cada Espadachim na sala para
atacar. Ela entrou diretamente em seu caminho. — Não vá mais longe.
Para seu alívio, seu alerta soou firme, sem pressa. Ela sentiu o peso de mais de um par de
olhos das Espadachins sobre ela, quando caminhou sozinha para enfrentar a ameaça que tinha
tomado conta da sala.
O Incubus fez uma pausa, mas aqueles olhos dourados e sem idade estavam fixos nela,
questionadores, um aguçado desafio. Nahiri não gostou do brilho perverso que ela viu em seu olhar.
O que fez coisas estranhas a sua respiração. Seus batimentos cardíacos que já estavam acelerados
bateram em um ritmo mais forte.
Esse inquietante olhar citrino a fez sentir-se examinada de dentro para fora. Ela se sentiu
exposta, vulnerável. Como se cada um de seus medos, dúvidas e pensamentos pecaminosos
estivessem sendo preparados para sua leitura.
Pior, levou toda sua força concentrando-se para não se perder em seus olhos, e a promessa
ímpia que parecia queimar em suas profundezas.
Ela não queria imaginar o que alguém de sua espécie poderia fazer com uma mulher, mas
pareceu que assim que ela pensou nisto, as imagens já estavam se formando vividamente –
profanamente – na mente dela. Ela e esse homem, esse demônio, enroscados um no outro sob um
céu de verão. Ela praticamente podia sentir o sol aquecendo sua pele nua, bronzeada. Ela quase
podia sentir o calor erótico dele sob a ponta de seus dedos, ao seu alcance, em sua língua... contra
cada centímetro de seu corpo febril.
E então seus dedos estavam vagando sobre sua pele nua. Seus lábios degustando cada
centímetro dela. Sua boca devorando-a com uma fome carnal que ameaçava consumi-la...
Chega.
Nahiri limpou a garganta e lutou para controlar sua mente vagando.

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Ele estava fazendo isso com ela deliberadamente? Um Mestre Incubus como ele teria
mesmo que tentar?
Ele se moveu dando um passo para se desviar dela. Nahiri também se moveu. Levantado seu
queixo para encontrar seu olhar arrogante, ela fechou os dedos ao redor dos punhos de suas armas.
— Visitantes não anunciados não são permitidos no Templo.
Ela poderia ter os punhais gêmeos de dez polegadas em suas mãos e prontos para o combate
em um mero instante. Embora nunca tivesse usado as lâminas especiais para infringir dano a
ninguém, ela não hesitaria em usá-los agora.
Ela não hesitaria em matar, se isso significasse proteger os Três. Eles eram sua família, ou o
mais perto de uma família que ela conheceu, de qualquer forma.
Aqueles olhos dourados a cauterizaram. — Eu não sou um visitante, — ele rosnou, sua voz
escura, profunda e poderosa. Ela sentiu a vibração por todos os seus ossos. — E uma vez que eu já
estou de pé aqui, considero a minha presença todo o anuncio que alguém precisa.
Um suspiro subiu de várias outras espadachins.
Ninguém nunca tinha ousado mostrar tal flagrante desrespeito para com o Templo. Nem,
mais importante ainda, para com os Três.
Nahiri arrepiou-se. Ela pegou um de seus longos punhais. — Você tem que sair. Agora.
Ele olhou para o comprimento da lâmina afiada de obsidiana em sua mão. Uma sobrancelha
negra se ergueu, quase imperceptivelmente. Então seu rosto endureceu-se, e a torção perigosa de
sua boca ficou ainda mais aterrorizante.
Ele deu mais um passo, não para as escadas agora, mas em direção a ela. Em seu espaço
pessoal, até que quase não coubesse um palmo entre eles.
— Você acha que pode se enroscar comigo, pequena espadachim? Eu não vou cair tão
facilmente como meu irmão, eu prometo.
Ela não sabia do que ele estava falando.
Ela não sabia de nada naquele momento, a não ser do feitiço de seu olhar hipnotizante e
penetrante, e da onda de necessidade e excitação que correu para cima e para baixo em suas pernas,
fazendo-a sentir como se sua pele estivesse muito apertada, quente demais para suportar. Todas as
imagens carnais e sensações eróticas descontroladas que sentiu momentos atrás, se intensificaram
agora sob seu olhar.
Ela viu coisas – sentiu coisas – que sua mente virgem se esforçava para compreender,
mesmo que seu corpo inexperiente parecesse ansioso para ser educado.
Seu coração disparou. Sua respiração estava acelerada em ofegos leves e superficiais,
quando uma dor afiada começou a florescer profundamente dentro dela. Ela gemeu com a sensação,

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impotente em reprimir sua reação a esta necessidade intensa. Ela não conseguia se libertar de seu
poder sobre ela. Pior ainda, ela não poderia sequer reunir a vontade de querer se libertar.
Era insuportável, tanto o anseio de seu corpo, quanto à humilhação de quão facilmente o
Incubus seria capaz de fazê-la sua escrava se quisesse. Seus dedos começaram a afrouxar em torno
de sua lâmina, quase a ponto de deixá-la cair.
Não. Ela não iria cair tão facilmente tampouco.
Reunindo toda a força interior que pode, Nahiri empurrou mentalmente de volta para ele
com toda a sua vontade.
Não!
A dor aliviou de uma só vez. Ela ainda estava ofegante, suas terminações nervosas ainda
fumegando, mas pelo menos ela tinha algum controle sobre si novamente.
Quanto ao demônio – Diabo Gravori – ele inclinou a cabeça para ela, estudando-a com mais
interesse do que ela se importasse de reconhecer. O olhar estava lá e se foi em um instante, em
seguida, ele balançou a cabeça para longe dela e foi até os Três diretamente.
Ele andou em direção as escadas antes que Nahiri pudesse detê-lo. Ninguém o deteve.
Ninguém parecia inclinado a se mover contra ele, nem mesmo Valina. Cada rosto feminino no
quarto estava paralisado em cima dele, não em terror ou horror agora, mas em alguma medida da
mesma submissão sem vontade que ele lhe infligira. Ele havia enfeitiçado a cada Espadachim da
Câmara.
E agora sua fúria estava fixada inteiramente no trio de sacerdotisas no topo das escadas.
— Eu vim para exigir uma explicação de vocês Três, — disse ele, sua voz crescendo no
pesado silêncio da sala. — Eu vim para exigir justiça pela afronta que foi cometida contra a minha
família e a minha Casa.
O silêncio das Três era impressionante. Nahiri esperou ouvir uma delas, qualquer uma delas,
reagir a acusação de alguma forma.
E se ele houvesse encantado as poderosas Sacerdotisas Nephilim como facilmente ele
possuiu o resto da Câmara Suprema?
Finalmente, uma voz se filtrou por detrás do alto painel.
— Este é um passo grande demais, até mesmo para você Devlin Gravori.
Devlin, Nahiri silenciosamente reconheceu, não Diabo. Embora ela estivesse tendo uma boa
amostra de como ele poderia ter ganhado o apelido.
— Você tem sido Mestre de sua Casa por muitos séculos, — outra das Três disse. — Tempo
suficiente para saber que este Templo não é um lugar para violência ou acusações. Este é um lugar
para paz e misericórdia. De sabedoria e conselhos. E nós Três somos apenas o equilíbrio...

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— Fodam-se vocês três, — ele rosnou, mais selvagem do que nunca. — E foda-se seu
preciosos equilíbrio. Meu irmão foi morto ontem à noite, juntamente com sua Thrall3 humana. Eu
não vou embora até que eu tenha a resposta de por que.
Ele caminhou para a escada que levava até os Três, e começou a pular os degraus de dois em
dois. Pânico colocou Nahiri em movimento. Ela acelerou ao lado dele para lhe dirigir a palavra no
meio do caminho. Sua lâmina de obsidiana estava apanhada de leve, mas letalmente, na sua mão
direita, a segunda não estava a mais de um momento fora do alcance da outra mão.
— Pare, — ela ordenou ao poderoso Mestre Incubus. — Você não tem direito.
Seus dentes brilharam por detrás da onda furiosa de seus lábios. — Eu não tenho pequena
Espadachim?
Ele enfiou a mão do lado de dentro do paletó. Nahiri pensou que por certo ele sacaria sua
própria arma. E, de certa forma, isso foi exatamente o que ele fez.
— Eu encontrei isto sob o corpo de meu irmão hoje. — Ele estendeu a mão, um pedaço de
vidro vulcânico preto brilhante estava deitado em sua palma. Seu tom fervia de raiva mal contida.
— Quem o matou deixou para trás.
Era um pedaço de espada quebrada. Uma lâmina obsidiana.
O tipo de arma que apenas um guerreiro Nephilim como Nahiri levaria.

Capítulo 3

Dev observou a expressão da Espadachim do Templo mudar para choque quando ela olhou
para o pedaço quebrado de obsidiana em sua mão. Olhos escuros e enevoados se arregalaram em
confusão. Em descrença total. Ela estava chocada com a morte, ou com a ideia de que ele tivesse
provas disso?
Dev não podia ter certeza.
— Não, — ela murmurou. Um aceno enviou a trança negra de seu sedoso cabelo,
balançando como um pêndulo atrás de seu corpo ágil. — Não, isso é impossível. Ninguém carrega
uma arma como esta. Apenas uma...
— Apenas uma Espadachim Nephilim, — Dev concordou. — E uma Espadachim não
elevaria sua arma contra ninguém sem a aprovação desta Câmara Suprema. — Ele virou um olhar
duro na direção das Três. — Ou sem seu comando direto.

3
Escrava, serva.

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Ele ouviu sua inalação ficar aguda, sentiu a tensão apertar seu pescoço. — Você não pode
falar com elas dessa maneira. Isso não se faz. Não é correto.
— Não é correto que meu irmão esteja morto, dane-se. — Suas palavras afiadas ecoaram no
silêncio do Templo. Ele olhou para ela. — Não é justo que um covarde tenha aberto a garganta de
Marius e o deixado para sangrar enquanto sua amante era esfaqueada no coração.
A guerreira Nephilim fitou-o, em seguida, emudeceu, mal respirando sob a explosão de sua
raiva.
E, apesar da fúria fervente e tristeza que sentia pelo assassinato de seu irmão por uma de sua
espécie, ele não podia negar que esta Espadachim o intrigava.
Ela era linda. Cabelos escuros como zibelina4, olhos castanhos insondáveis que pareciam
tanto inocentes quanto jovens em seu macio e delicado rosto oval.
Mas só beleza não significava nada para Dev. Ele teve o prazer de uma vida inteira de
mulheres bonitas. Várias vidas.
Esta Nephilim aguçava seu interesse por sua coragem, ainda mais do que seu rosto celestial
e seu corpo tentador, que ele observou com demasiado interesse, que estava mal disfarçado pelas
roupas largas do templo.
Ela foi a única Espadachim no templo que fez um movimento para detê-lo. Impressionante,
embora não de todo surpreendente, dado que ela estava à direita da escada como a Guarda Superior.
Olhando em seu sóbrio e determinado rosto agora, Dev apostaria que ela teria sido a
primeira a se levantar, não importando qual a sua posição entre as outras Espadachins. Esta fêmea
era corajosa, teimosa também.
Ela também tinha força de vontade, a única guerreira Nephilim no templo que empurrou
contra o seu fascínio. Ele fez isso mais difícil para ela, e mesmo assim ela conseguiu segurar a sua
vontade.
Muito mal.
Essa teimosia fez o Incubus nele despertar com um desejo perverso. Até que ponto ele teria
que ir para seduzi-la? Quanto tempo levaria para ele fazer a bonita Espadachim sua Thrall?
Dev empurrou o pensamento de lado com um grunhido. Sua natureza profana – e as
necessidades carnais que vinham com ela – teriam que esperar outra hora.
Outra mulher.
Concentrando-se em seu propósito para estar no templo, Dev fechou os dedos em torno da
obsidiana fria na palma de sua mão. Ele tinha vindo para obter respostas. Para obter uma explicação

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Tipo de Marta de pelo castanho escuro muito usado na confecção de casacos de pele

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de porquê Marius tinha sido escolhido para tal ataque selvagem, e qual das Guerreiras Nephilim
tinha tratado disso.
Dev tinha vindo para uma admissão de culpa das Três. Para um pedido de desculpas. Por
vingança, se ele não encontra nenhuma satisfação nessa Câmara.
Ele se virou para enfrentar as Três e disse em um rosnado. — Eu exijo a verdade. Vocês
mandaram uma Espadachim para matar meu irmão?
Tranquilidade encheu a caverna abobadada da Câmara Suprema, e por um momento Dev
duvidou de que ele teria qualquer resposta. Então, por fim, um sussurro de movimento de trás da
tela, no alto da escada.
Um murmúrio de vozes a partir das Três, antes que uma falasse por todas elas. — Nenhuma
ordem foi dada. Nem nunca antes pedimos a execução de um Incubus.
Dev fez uma careta, o gosto da dúvida como bílis em sua língua. Era verdade, ele não
conseguia pensar em uma única vez em que um Incubus havia sido procurado e morto por ordem
das sacerdotisas durante seus 300 anos de mandato. Banimento ou Oubliette era mais o seu estilo. E
ainda assim ele cheirou uma mentira em sua resposta.
Ele segurou a prova da mentira na mão. O pedaço afiado de obsidiana parecia gelo em seu
aperto.
— Vocês estão me dizendo que a Espadachim que colocou esta arma no pescoço do meu
irmão fez isso por sua própria vontade? Ou, mais incrivelmente, contra as ordens desta Câmara?
Seria inédito. Nem provável, nem possível, dada a devoção dos guerreiros Nephilim as Três.
Uma expiração lenta soou das sacerdotisas se escondendo atrás de seu frágil escudo. Houve
um sinal de desaprovação no suspiro pesado. Escárnio no breve silêncio que se seguiu.
— Esta invasão é indesejável, Mestre Gravori. Apesar de não mais indesejável do que suas
acusações.
Dev grunhiu, imperturbável, como se não tivesse sofrido a ofensa. — Diga-me porque meu
irmão foi morto.
— Se você sentir que um mal foi injustamente trazido a sua Casa, sugerimos que você leve
sua queixa até o Soberano...
— O Soberano, — Dev zombou. Ira o inundou por sua tentativa de dispensá-lo. — Vocês
sabem malditamente bem que o meu pedido nunca será concedido. Quantos anos se passaram desde
que ele sequer tenha sido visto?
— Você tem a nossa resposta. — As palavras curtas e afiadas com irritação. — Nós
terminamos aqui.

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— O diabo que nós terminamos. — Dev fervilhava de indignação. Ele não conseguiu conter
o barulho que irrompeu de sua garganta. Ele puxou o braço para trás, em seguida, deixou a adaga de
obsidiana quebrada voar na tela no alto da escada. Ela quebrou contra a parede rendada e pintada
com árvores de sândalo que estava entre ele e as Três. Elas mexeram-se por trás da tela, em pânico.
Dev saboreou seu medo. Embora ele nunca houvesse posto os olhos nelas, ele imaginou três
faces estampadas com alarme, sandálias chiaram sobre o chão de mármore polido quando as
sacerdotisas saltaram para se proteger.
— Espadachins! — uma delas gritou. — Nahiri, prenda-o!
Delgadas mãos fortes se apertaram em torno do braço de Dev naquele instante. A lâmina
afiada de obsidiana fria descansou como em aviso sob seu queixo.
Ele se encontrou com os olhos escuros que brilhavam com determinação inabalável no rosto
adorável da Guarda Superior do Templo. Se ele se movesse com intenção de prejudicar as Três, esta
beleza exótica – Nahiri – certamente iria cortar sua garganta onde ele estava.
Ele não queria admirar isso nela, mas maldição, ele a achou ainda mais atraente quando seus
olhos castanhos se estreitaram, seu corpo inteiro vibrando com prontidão para lutar.
Ela foi sensata, furtiva.
Letal, Dev não tinha dúvida.
Ela não tinha com o que se preocupar. Mesmo furioso como estava, Dev não iria atacar as
Três. Uma coisa era invadir a Câmara Suprema exigindo respostas, outra bem diferente era ferir as
mais sagradas Nephilins.
Os reinos Incubis e Nephilim já haviam passado por uma guerra selvagem séculos atrás, e
não seria ele que iria iniciar um novo choque entre suas raças aqui e agora. Mas ele não sairia sem
nenhuma satisfação.
— Isso está longe de terminar, — ele os advertiu. — Eu vou descobrir quem matou o meu
irmão e por que. Não vou descansar até obter essas respostas. E eu prometo a vocês, o culpado não
será capaz de se esconder por muito tempo... não importa quem ele seja.
Dev olhou para os determinados olhos de corça de Nahiri. Ela estava lutando para manter
sua adaga nele, travando uma batalha interna desesperada contra a explosão de compulsão sexual
que ele dirigiu a ela com intenção cruel. Ele lhe deu mais do que tinha dado pela primeira vez. Seus
lábios cheios e rosados se separaram em um gemido quando ele inundou sua mente e seus sentidos
com excitação. Com uma necessidade libertina.
Ela era forte, mas ele era mais.
E não havia piedade nele.

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Só fúria. Só tristeza e a necessidade de fazer alguém pagar. Até que as Três estivessem
prontas para admitir sua parte no assassinato de Marius, Dev queria que elas também sentissem a
perda em alguma medida.
Dev envolveu sua mão ao redor do pulso de Nahiri, orientando a arma para longe de sua
garganta com um mínimo esforço. Quando ele segurou suas mãos, um pensamento escuro criou
raízes. Um pensamento perverso que espalhou fogo em seu sangue, mais rápido do que ele pudesse
controlá-lo.
— Já que este Templo valoriza tanto seu maldito equilíbrio, — ele rosnou, — me parece
justo que eu tome algo precioso de vocês.
Uma das Três cuspiu em indignação. — Você não ousaria...
Mas ele já tinha.
Com Nahiri presa em seu forte agarre e profundamente sob seu domínio, Dev
desmaterializou-se, levando a Espadachim Nephilim que as sacerdotisas mais valorizavam com ele.

Capítulo 4

Nahiri acordou no meio de uma cama grande em um quarto estranho.


Ela deu um pulo assim que voltou a consciência, as mãos indo automaticamente para suas
armas.
Elas tinham ido embora.
As bainhas de couro que cruzavam seu torso estavam vazias.
Não. Isso significava que seu pesadelo não tinha sido apenas um sonho. Era realidade.
O Incubus no Templo... Devlin Gravori.
Ele realmente a tinha levado.
As pálpebras de Nahiri se abriram em pânico. Luz do sol derramava-se de uma janela aberta
do outro lado da sala, explodindo em sua visão.
Momentaneamente cega, ela olhou através de seus cílios, lutando para fazer um balanço
rápido de seus novos arredores.
Paredes de estuque macio. Pisos de madeira escura e mobiliário com aparência masculina.
Vigas espessas de madeira no alto, acima de sua cabeça.

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E debaixo dela, uma enorme cama. O colchão era tão macio quanto uma nuvem, os lençóis
de algodão e a colcha de seda chamando para todo tipo de pecado. Tudo em volta dela tinha cheiro
de especiarias exóticas e, intrigantemente, algo ainda mais atraente.
Ele.
Ela sentiu sua presença antes mesmo que ela virasse a cabeça em sua direção, e encontrou-o
sentado numa poltrona ao lado da cama. Não, não exatamente sentado. Dominando. Da mesma
forma que ele parecia dominar todos os espaços que ocupava.
Seu corpo grande descansava com negligência onde ele estava sentado, suas poderosas
coxas abertas, um braço sobre o lado da poltrona, o outro apoiando a cabeça, com o punho enrolado
sob a linha quadrada de sua mandíbula.
Ele tirou o seu paletó, em algum momento, e agora usava apenas suas calças cinza sob
medida e uma camisa social branca. O colarinho estava um pouco mais aberto do que se lembrava,
só mais um botão solto, mas expondo o suficiente de pele bronzeada para deixá-la com água na
boca, uma vontade súbita de prová-lo.
Ela queria desfazer o impulso como se ele tivesse plantado em sua mente, mas ela podia
dizer pela maneira casual como ele olhava para ela, que qualquer curiosidade que houvesse naquele
momento era só dela.
Nahiri se mexeu para fora da cama. Ela foi para o canto mais distante da sala, olhando-o
com cautela.
— Onde estou? Para onde você me raptou?
— Você está na Casa Gravori. — Ele lançou um olhar indiferente ao redor da sala. — Mais
especificamente, você está em meu quarto.
Mesmo que ela pudesse ter imaginado isso, ainda assim seu coração subiu até sua garganta.
Desde que ela tinha ido ao templo para treinar com 18 anos de idade, não tinha deixado o solo do
Santuário nem sequer uma vez. Nunca tinha sido deixada sozinha mais do que um minuto no quarto
de um homem.
Ela podia ser virgem, mas nunca foi uma menininha fraca. Ela era uma mulher adulta. Uma
guerreira especializada. Ela se recusou a deixá-lo intimidá-la.
— Foi uma má ideia me sequestrar do templo, — informou ela. — As Três vão puni-lo por
isso Incubus, independente do que você pretenda fazer comigo. E, com ou sem minhas armas, eu
ainda sou uma guerreira. Eu vou lutar com você a cada passo do caminho.
— Assim como você fez na Câmara Suprema?

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Suas bochechas queimaram com o calor da lembrança. Com humilhação. Sua fraqueza a
tinha envergonhado na frente das outras Espadachins, na frente das Três Sacerdotisas que tinham
confiado a ela suas vidas. Com sua certeza de que ela era a melhor, a mais forte, entre seus pares.
E este demônio tinha provado o contrário de tudo isto em apenas um momento.
E ele poderia fazer de novo se quisesse. Ele poderia fazer o que quisesse com ela. Nahiri
podia vê-lo no brilho frio de seus olhos dourados.
Apesar de toda a sua habilidade, de toda a sua dedicação aos ensinamentos e treinamento no
Templo, Devlin Gravori poderia destruí-la por um capricho.
— Eu não estou interessado em brigar com você. — Ele murmurou, como se pudesse ler a
direção que tomava seus pensamentos conturbados.
Ela engoliu em seco, observando a maneira como ele olhava para ela do outro lado da sala.
Ele não se movia, e ainda assim seu corpo tremia como se suas mãos já estivessem sobre ela, tão
quentes e dominadoras quanto seu olhar. Todas as coisas lascivas e deturpadas que ela já tinha
ouvido falar sobre o apetite de Incubus derramaram-se sobre ela em uma onda de pavor e terrível
antecipação.
— No caso de você estar preocupada com isso, eu também não estou interessado em
estuprar você, — ele falou pausadamente, o canto de seus lábios enrolando em torno do grunhido
sensual de sua voz profunda e retumbante.
— Forçar uma mulher não é a maneira Incubus. Nunca foi meu estilo, de qualquer forma.
Nahiri elevou o queixo. — Não, você só vai dobrar minha vontade até que eu me submeta.
Ou me fará sua Thrall para que você possa sugar a energia de minha vida. Talvez você manipule a
minha mente até que eu lhe implore para me drenar completamente. Suponho que esse seria mais o
seu estilo.
Ele resmungou, uma diversão sombria em seu tom. — Eu tenho muitas mulheres mais do
que felizes em saciar as minhas necessidades – todas as minhas necessidades.
Quando a reafirmação acabou, isto fez pouco para aliviá-la. Ele juntou as mãos sob o
queixo, seu olhar citrino fixo nela. Nahiri mal conseguia respirar. Sua energia escura estava retida
sobre ele, pulsante e em cores vivas, mas não do jeito que ela havia sentido no templo.
Ele estava segurando seu fascínio demoníaco em cheque agora, apesar do calor que sentia
lambendo ao longo de seus membros e colocava chamas em seu sangue. Ela a intrigava tanto
quanto a inquietava.
Céus a salvassem, isso a deixava tentada.
Mesmo que ele a aterrorizasse, enfurecesse... ele despertava um desejo perigoso.
E ele sabia.

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A maneira como ele a estudou, ele sabia que ela estava lutando contra uma atração que ela
queria desesperadamente negar.
Uma sobrancelha negra como um corvo ergueu quase imperceptivelmente. — Se eu quisesse
tê-la como minha amante Nahiri, ou me alimentar de você como minha Thrall, eu não precisaria de
força ou de mágica Incubus para fazê-lo.
A combinação de seu nome em seus lábios e da terrível verdade que ele disse, fizeram seu
coração tropeçar em seu peito. Bateu superficialmente, acelerando junto com sua respiração.
E ela tentou não perceber quando seu olhar acompanhou cada centímetro de seu corpo,
parando em seus seios, que subiam e desciam com cada aperto rápido de seus pulmões.
Ele levantou-se da cadeira e ficou no local por um longo momento. Quando ele finalmente
se moveu, seus passos eram medidos, sem pressa. Tão confiante como se dúvidas fossem algo com
o que ele nunca tivesse que lidar quando tratava com mulheres.
É claro, ele tinha dito o máximo, por isso sua arrogância não a surpreendia agora.
Nahiri levantou, congelando, quando ele se aproximou, suas coxas grossas musculosas
transportando-o em um lento espreitar pelo quarto. Ele parou a distância de um braço dela.
— Porque você me trouxe aqui? — perguntou ela, agradecida de que os tremores de seu
corpo não houvessem encontrado o caminho até a sua voz. Ela não conseguia esquecer por um
instante que ela estava lidando com um demônio. — O que você quer de mim?
Sua boca sensual mexeu-se enquanto contemplava. — Eu ainda não decidi. Mas deixe-me
ser claro sobre uma coisa pequena Espadachim. Você pode estar comprometida com as Três e seu
precioso templo, mas nesta Casa, eu sou o Mestre. Enquanto você estiver sob este teto, você vai me
obedecer. A partir de agora, o seu bem-estar, a sua vida – tudo – pertencem a mim.
Ela se irritou, indignação correndo através dela como uma chama. Ela deu boas-vindas a
raiva. Isto a ajudava a eclipsar o desejo que ainda fervia dentro dela, indesejado e que nunca seria
admitido, especialmente a este homem pagão arrogante.
Devlin Gravori estava louco se esperava que ela pensasse nele como algo além de seu
captor.
Seu inimigo.
E ele poderia muito bem perceber isso agora.
Nahiri separou os lábios mostrando os dentes em um sorriso furioso. Ela se encostou contra
ele, pronta para lutar mesmo sem o benefício de suas armas. — Eu preferiria morrer antes de
entregar qualquer coisa a você. Voluntariamente ou pela força. Eu o veria morto antes desse dia.
Ele fez uma careta quando ela sussurrou as palavras em seu rosto. Quando ele levantou a
mão, ela pensou com certeza que ele bateria nela.

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Em vez disso, sua larga palma quente foi para a parte de trás de seu pescoço e segurou-a
com firmeza, ele colocou o rosto terrivelmente próximo do dela.
Quando ele falou, sua voz era crua, áspera como cascalho em sua garganta. — Seja
cuidadosa com suas ameaças Nahiri. Essas são palavras perigosas. Particularmente quando meus
parentes já estão de luto pela perda de um irmão para um de sua gente hoje.
Ela olhou-o nos olhos dourados e ferozes, paralisada pelo poder que viu ali. Pela dor e fúria
que endurecia as belas feições e reforçava a linha exuberante de sua boca.
— Do outro lado da porta deste quarto, eu tenho uma dúzia de irmãos Incubis e primos que
possam estar tentados a tomas estas suas ameaças contra mim passionalmente. Eles poderiam estar
tentados a outras coisas também. Mas não irão, desde que você esteja sob minha proteção. Ninguém
leva o que me pertence.
Enquanto ele falava, seu olhar se desviou para sua boca. Ele permaneceu lá, e de repente
Nahiri dificilmente poderia engolir pela falta de umidade em sua garganta. Seus lábios formigavam
sob seu olhar, doloridos pelo contato. Suas têmporas batiam com o seus batimentos cardíacos, um
crescente ritmo constante, que parecia ecoar no pequeno espaço entre seu corpo e ele.
Toda a feminilidade nela estava fixada neste homem – este sombrio demônio mortal – e a
necessidade profana que ele despertava nela.
— Você vai me obedecer, — ele murmurou, o comando soando como veludo sobre seus
sentidos quando deveria ralar como pedras afiadas. — A partir de agora, Nahiri a Espadachim, você
pertence a mim.

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Ele queria beijá-la
Puta merda, ele queria fazer muito mais do que isso com Nahiri, e ele não confiava em si
mesmo para estar sozinho com ela por mais de um segundo com o modo como sua necessidade se
agitava dentro dele.
Como um Incubus ele prosperava em prazer. O sexo era o cerne de quem ele era; sustentava
lhe da mesma maneira que alimentos nutriam um ser humano. Mas não era necessidade fisiológica
que sentia ao redor da linda Nephilim sob sua custódia.
Era cobiça, pura e simples.
Era desejo, que consumia tudo profunda e cruamente.
Ele podia se orgulhar de nunca ter tirado algo de uma mulher que não fosse dado livremente,
mas o seu pau tinha outras ideias quando Nahiri estava em causa.

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Ideias muito tentadoras, muito carnais.


Foi por isso que Dev se viu do outro lado da porta de seu quarto trancada, de pé no corredor
com um enorme tesão e uma atitude pouco menos que infernal.
Ramiel veio andando em direção a ele naquele momento, vindo do outro lado do corredor.
Ele parou feito um morto em seu caminho quando viu a carranca feroz de Dev.
O guarda sorriu. — Agora me diga que não foi um erro trazer a mulher aqui.
Dev rosnou uma resposta sem palavras. Ram tinha estado incrédulo quando Dev se
teletransportou para fora do templo com uma Espadachim enfeitiçada e inconsciente a tiracolo.
Ele tentou convencer Dev a repensar o impulso que o havia feito raptar Nahiri como uma
espécie de garantia para a justiça que Dev procurava pelo assassinato de Marius. Mas a cabeça de
Dev já estava feita. Ele não podia deixar as Três mentirem em sua cara sobre o assassinato em que,
ele tinha certeza, elas tinham participação.
Elas tinham que sentir alguma dor hoje também.
Elas tinham que sentir algum grau de perda.
Quanto a Nahiri... seu único crime foi ter a má sorte de estar de pé no meio do fogo cruzado
de sua ira.
Não que ele tivesse qualquer simpatia pela Espadachim.
Não, no momento, a simpatia estava malditamente muito abaixo da lista de coisas que ele
estava sentindo por ela.
Ele afastou-se da porta fechada para encontrar seu guarda-costas na outra extremidade do
corredor. Os dois Incubis desceram as escadas para o piso principal da Casa Gravori.
— Devo deixar um de meus homens para guardar sua prisioneira?
Dev deu a Ram um olhar sombrio. — Isso não será necessário. Ela não vai tentar escapar.
— Como você pode ter certeza? — Ram o olhou de soslaio, sobrancelhas levantadas em
questionamento. — O que você fez? Ameaçou balançar a sua bonita bunda Nephilim como doce na
frente de todos os Incubus da cidadela? Eu posso imaginar o frenesi alimentar que poderia causar.
O pensamento colocou uma pontada de violência no estado de espírito já perigos de Dev.
Ele olhou para o capitão de sua guarda. — Ninguém vai tocá-la, entendeu? Ninguém. Mas ela não
precisa saber disso. Tudo que ela precisa saber é que, enquanto estiver sob minha guarda, ela está
apenas a minha mercê.
Ram deu-lhe um aceno de cabeça, mas não pareceu capaz de soltar uma risada baixa. — A
mercê do Diabo Gravori. Será que ela percebe que é ainda mais perigoso do que enfrentar um bando
de Incubis famintos por sexo?

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Dev grunhiu, abrindo caminho através da sala de estar da Casa em estilo mediterrânico. A
maioria da Casa estava almoçando no pátio ensolarado do lado de fora, seus irmãos e primos
sentados sobriamente em torno de grandes mesas dispostas no pátio de azulejos, enquanto as
crianças Gravori – um punhado de Incubis meninos e um par de meninas Nephilim, descendentes
dos membros acasalados da família – brincavam em um estridente jogo de perseguição através do
labirinto nos jardins.
Dev observava um menino de cabelos claros em particular. O menino de cinco anos de idade
pulou em cima de uma grande pedra com um grito jubiloso, seu rosto se iluminou com triunfo
quando ele se declarou o vencedor. Alguns dos outros meninos pularam para desafiá-lo, brincando
de derrubá-lo, e eles partiram juntos em uma cacofonia de gritos e batalha simulada.
— Eu assumo que Kai e as outras crianças não foram informadas sobre Marius ainda. —
Ram balançou a cabeça. — Arionn achou melhor que você dissesse ao menino sobre a morte de seu
pai. Em seguida ele vai reunir as outras crianças e explicar a situação para elas todas juntas.
Dev olhou para seu irmão acasalado, a calma e estabilidade. Houve momentos em que sentiu
que Ari teria sido mais adequado como Mestre da Casa Gravori. Ele certamente tinha um melhor
temperamento, e a compaixão necessária para governar. Apesar de Ari ter tentado o lugar, foi
Devlin que havia vencido em vez disso.
Quanto ao resto de seus irmãos – Bannor, Naell e Zaban – NENHUM queria a
responsabilidade de liderar. Menos ainda Zaban.
E se havia um Incubus na vila a quem Nahiri precisava temer tanto quanto Dev, era a
libertina ovelha negra de seu clã de demônios.
— Estou surpreso em ver Zaban circulando por aqui hoje, — Dev murmurou. — Não gosto
que ele fique quando as coisas ficam muito dramáticas por aqui.
Ram deu de ombros. — Aparentemente, mesmo ele está sofrendo por Marius. Ari me disse
que Zaban vai ficar até depois dos ritos.
— Que nobre da parte dele. — Dev grunhiu, seu olhar chocando-se com o de seu irmão mais
novo, de cabelos escuros, que o saudou sombriamente por trás de um copo de vinho vermelho como
sangue. Ele olhou para longe de Zaban sem o reconhecer.
No jardim, as crianças ainda estavam brincando, rindo alegremente. Dev olhou com pesar
para o único descendente de Marius. O rosto do menino, nascido no Harém, estava iluminado com
alegria, inocentemente desconhecendo a esmagadora notícia que o aguardava. — Traga Kai a mim
depois, quando o jogo acabar. Eu estarei no meu escritório, fazendo arranjos para amanhã à noite.

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Capítulo 5

Nahiri não viu seu captor novamente pelo resto do dia ou da noite.
Ela tinha evitado o tentador conforto da cama dele e, em vez disso, passou a noite enrolada
no piso de madeira, tentando o seu melhor para não dormir, no caso de ele decidir voltar ao seu
quarto e fazer qualquer uma de suas ameaças perturbadoras.
Por mais que ela soubesse que ela devia temer todos os Incubis neste desconhecido terreno
inimigo, era Devlin Gravori que a assustava mais.
Não porque ela temesse o que ele poderia fazer com ela.
Mas porque, no fundo, para seu horror, ela temia que o que ele disse fosse verdade: se ele
quisesse fazê-la sua amante, ele não teria que recorrer à força ou a magia Incubis para convencê-
la.
As palavras a tinham assombrado a noite toda.
Elas ainda estavam pesando em sua mente na manhã seguinte, quando a porta do quarto se
abriu sem nenhuma batida de advertência, e o demônio arrogante entrou, perturbadoramente
atraente.
Se possível, sua carranca sombria parecia ainda mais perigosa agora.
Nahiri ficou de pé, jogando sua longa trança para trás enquanto o olhava com cautela. Seu
belo rosto estava mais rígido hoje, seu queixo quadrado tenso, implacável. Linhas profundas
marcavam os lados de sua boca sensual. Sombras escuras andavam sob o surpreendente matiz
dourado de seus olhos.
— Você acordou cedo. Bom, — ele murmurou, olhando-a de cima a baixo quando entrou no
quarto. Ele carregava roupas cuidadosamente dobradas sobre seu braço, algo feminino pelo olhar
dele, o tecido azul tropical adornado com um punhado de pequenas e delicadas flores. — Eu trouxe
uma coisa pra você vestir.
Nahiri alisou a calça e a túnica de linho não tingida e amarrotadas. — Eu tenho minha
própria roupa.
Ele não se preocupou em reconhecer isto, apenas caminhou mais para dentro do quarto e
empurrou o vestido de verão para ela. — Há um chuveiro e qualquer outra coisa de que você
precise no banheiro da suíte. Quando você estiver vestida me encontre lá embaixo.
Nahiri olhou para ele. Encontrá-lo lá embaixo por quê? Ele tinha decidido atirá-la a mercê
de seus irmãos Incubis e primos afinal? Será que ele estava dizendo a ela para tomar banho e se
vestir para encontrar seus algozes... ou pior?

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Ela tinha que saber. — O que está me esperando lá embaixo?


— Eu vou estar lá, — disse ele. — Quinze minutos Nahiri, não mais. Ou eu vou voltar e,
pessoalmente, garantir que você faça o que eu digo.
Ele não lhe deu nenhuma chance para argumentar, nenhuma chance para exigir novas
informações.
Girando para longe dela, ele foi embora da sala no momento seguinte, trancando-a mais uma
vez.
Nahiri olhou para o vestido, que era tão diferente de qualquer coisa que ela já tivesse
colocado nos últimos dez anos. Não era nada que ela usaria também agora, e ela queria desprezar o
vestido, tanto quanto o homem que o trouxe para ela.
Com tiras finas nos ombros e uma saia que fluía como uma cortina solta, provavelmente até
os tornozelos, era tanto sensual quanto modesto. O tecido era suave e frio ao toque, provavelmente
seda.
Nahiri ergueu-o para seu corpo, surpresa ao ver que era exatamente o tamanho certo.
Ela não queria colocá-lo.
Ela também não queria sair do quarto e enfrentar qualquer humilhação ou tortura que ele
tinha arranjado para ela no andar de baixo.
Mas recusou-se a considerar a alternativa de tê-lo de volta para se certificar de que ela
obedecesse a seus comandos.
Sua arrogância fazia seu temperamento, geralmente calmo, ferver.
Ela não era seu brinquedo. Era uma Espadachim. A guarda direita da Câmara Suprema do
templo.
Se Devlin Gravori queria levá-la para algum tipo de julgamento hoje, ou algum meio Incubis
de degradação, ela entraria em sua ira com a cabeça erguida.
Ela tomou banho e se vestiu em menos de dez minutos.
Parecia estranho deixar o quarto e fazer a caminhada pelo longo corredor sozinha. Na vila
abaixo, o cheiro de comida – carnes defumadas, pães recém-assado, o aroma citrino de laranjas, o
aroma amendoado de café sendo feito. Nahiri os respirava, mais acostumada com os aromas que
permeavam o templo de areia quente e incenso.
Em vez de acordar para a meditação silenciosa, este lugar estava ocupado com atividade.
Um grande grupo de pessoas estava reunidos em algum lugar lá embaixo. Grupos de homens e
mulheres que conversavam, pratos e talheres tinindo, pernas de cadeira raspando sobre pisos lisos.
Aqui e ali o silvo brilhante de vozes infantis.

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Nahiri avançou em seu caminho descendo pelas escadas, olhando para o coração de uma
luxuosa Mansão Mediterrâneo.
Enquanto descia, o grupo reunido no pátio ao ar livre parou de falar, todos se voltando para
olhá-la. Alguns dos grandes e imponentes homens Incubis levantaram um olhar ameaçador em sua
direção.
À mesa do café da manhã, uma bonita mulher ruiva largou os utensílios e fez sinal para dois
jovens meninos irem para o lado dela. Ela imediatamente os puxou para perto, em uma suspeita
atitude protetora.
Protegendo-os de mim, Nahiri percebeu, surpresa em considerá-lo.
Ela não sabia o que fazer.
Ela não sabia para onde olhar ou para onde ir.
Sentia-se ainda mais incerta com o vestido floral longo e com as sandálias do templo, em
vez de seus trajes de Espadachim. As tiras minúsculas segurando o corpete não pareciam melhor
que os fios mais finos quando ela se apresentou perante essas pessoas. Seus braços nus correram
com calor, em seguida, calafrios, fazendo-a se sentir exposta, autoconsciente.
Ela cruzou os braços sobre o peito, tentando não se sentir tão estranha e com medo.
Tão fora do lugar e indesejada.
— Você terminou mais cedo do que eu esperava.
Mesmo que isso soasse como uma acusação, a voz profunda de Gravori era um conforto sob
o peso de tantos olhares hostis. Ele ficou na frente dela, avaliando sem pressa sua aparência. Sua
boca se esticou um pouco, as narinas dilatadas quase que imperceptivelmente.
Quando ele encontrou os olhos dela novamente, ela viu uma satisfação sombria nele. Uma
fome inconfundível. E, quisesse ele ou não, ela podia sentir o afago de seu fascínio sobrenatural,
que se estendia para ela como um ataque físico.
Ele se aproximou, bloqueando-a da desaprovação das outras pessoas.
Sua família, todos pareciam considerá-la como uma intrusa, quando ela tinha sido levada ali
contra a sua vontade.
— Vem comigo, — disse Gravori.
Ele começou a andar. Desta vez, Nahiri estava feliz em lhe obedecer.
Ela o seguiu pelo pátio em direção a um caminho de pedra cortada, através de um jardim
exuberante. Quando eles estavam fora das vistas da aglomeração, Gravori fez uma pausa e virou-se
para ela, franzindo a testa. — Desfaça sua trança.
— Por quê? — instintivamente, ela estendeu a mão para a cauda longa que balançava atrás
dela a cada passo.

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— Porque eu pedi, — disse ele em voz baixa, sensual, que transmitia algo mais do que
simples arrogância. — E porque ela lembra a todos aqui o que você é.
— O inimigo, — ela murmurou. — Foi por isso que você me fez colocar este vestido
também?
Ele inclinou a cabeça enquanto fazia outra lenta avaliação dela da cabeça aos pés.
— Não, Eu lhe fiz colocá-lo porque eu queria te ver nele. Agora, desfaça a trança.
Talvez porque sua frequência cardíaca havia simplesmente se agitado, Nahiri se encontrou
escorregando a fina tira de couro do final de sua trança, ela espetou os dedos nos fios tecidos e os
trabalhou, soltando toda a trança até a nuca.
Quando seu longo cabelo preto girou ao redor de seus ombros e para baixo de sua coluna, o
peito de Gravori retumbou com um rosnado tranquilo. O ar engrossou-se como se uma onda de
calor tivesse rolado pelo jardim para entrelaçar em torno de ambos.
— Desse jeito, — ele rosnou, e partiu mais uma vez.
Na outra extremidade dos arbustos bem cuidados, dos canteiros de flores e do labirinto de
vegetação alta, havia um caminho pavimentado pelo gramado que levava para onde havia um
helicóptero parado em um bloco de concreto por trás da propriedade.
Estampado na porta da cabine havia o símbolo de um escorpião pintado em dourado.
O símbolo Gravori.
Cada uma das dez Casas Incubis tinha seu próprio símbolo, o seu próprio totem que
representava a família através das eras. Cada Nephilim conhecia os símbolos. Para as Nephilins
nascidas no Harém, como Nahiri, seus pais eram Incubus, de modo que os símbolos eram parte
delas também.
Nahiri olhou para Devlin Gravori, caminhando ao lado dela com um propósito sombrio.
Assim como o totem de sua Casa ele era volátil e perigoso.
Ele era feroz, implacável, e ainda assim sua mão desceu suavemente para a parte baixa de
suas costas quando eles alcançaram o helicóptero. Um piloto estava sentado aos comandos. Outro
Incubus, Nahiri adivinhou, sentindo sua pele formigar pela leve consciência do demônio.
Apesar do olhar desinteressado que ele deu a ela através da janela, foi o suficiente para
dizer-lhe que ele também era um membro da Casa Gravori.
— Meu irmão Naell, — disse Devlin enquanto abria a porta da cabine para Nahiri.
O demônio ruivo resmungou, sua expressão imóvel.
— Para onde estamos indo? — perguntou ela.
Gravori não respondeu. Ele apontou para a porta aberta e para a cabine. — Depois de você.

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Cautelosamente, ela subiu para a cabine e deslizou em um dos quatro assentos individuais,
os dois pares ficavam um em frente ao outro dentro do pequeno compartimento. Gravori entrou
atrás dela e tomou o assento ao lado dela. Depois de prendê-la no cinto e, em seguida, de apertar o
seu, ele deu um aceno para o piloto decolar.
Os motores choramingaram, a hélice começou a girar e o helicóptero levantou-se do chão.
Nahiri nunca tinha sentido nada tão extraordinário. Ela nunca tinha visto a terra de cima,
nunca tinha percebido quão inspiradoras colinas, rochas e árvores poderiam ser de tão longe do
chão. E mais a frente, o oceano brilhava impossivelmente azul, raios de sol cintilavam como
estrelas em toda a superfície ondulante.
Nahiri apertou o rosto tão perto da janela quanto pode.
— Você nunca voou antes? — a voz baixa de Gravori soou contra a sua orelha. Ela deu um
pequeno aceno de cabeça, incapaz de convocar as palavras com ele tão perto dela. Ela estava tão
absorta no cenário, que não tinha percebido quando ele soltou o cinto de segurança e se esgueirou
atrás dela.
Agora ela estava poderosamente consciente dele. Seu calor permeava a fina seda do vestido.
O calor de seu corpo se espalhou pelos seus braços nus, fazendo um novo calor líquido florescer
profundamente dentro dela.
Ela tentou ignorar a proximidade de seus assentos, e o fato de que a parte externa da coxa
dele estava pressionada contra a dela quando ele se inclinou ao lado dela. Seus longos braços
musculosos enjaulando-a por todos os lados da pequena cabine, por um lado com um braço sobre a
parte superior das costas da cadeira, e pelo outro com o braço apoiado no lado oposto da cabine.
Nahiri queria ignorar a forma como sua pulsação estava batendo em seu peito e suas
têmporas... e o jeito que estava pulsando no ápice sensível de suas coxas.
— Sabe, os Incubis sempre invejaram seus antepassados anjos por suas asas, — ele
murmurou, sua boca ao lado de sua orelha.
— Os Nephilim também, — disse Nahiri. Ela olhou com espanto quando eles subiram mais,
uma paisagem montanhosa verdejante. Linhas ordenadas de vinhas cuidadas penteavam a terra, até
onde sua vista alcançava. E abraçando a borda das rampas verdejantes e das faixas marrons de solo
fértil estava o cristal deslumbrante da água azul do oceano. — Estar presa a terra, eu nunca entendi
porque eu deveria invejar os anjos. Até agora.
Ela cometeu o erro de girar um pouco para olhar para ele.
Seu olhar penetrante parecia chegar direto em seus olhos, até a sua alma.
— Há outras maneiras de voar Nahiri. Você só tem que estar disposta a se deixar ir.

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Sua voz era veludo contra suas terminações nervosas, uma tentação tão grande quanto seu
imenso corpo, sufocando-a também na minúscula cabine. O olhar dele foi para sua boca e se
demorou, fazendo evaporar toda a umidade em seus lábios.
Ela engoliu em seco, querendo desesperadamente acreditar que ele estava usando seus
poderes Incubis de sedução sobre ela. Qualquer coisa para evitar admitir a si mesma o quanto ela
esperava que ele fosse beijá-la.
Este homem – este demônio Incubus – a fazia ansiar por coisas perigosas, escuras.
E ela não estava sozinha neste anseio. Ela podia lê-lo com bastante clareza no rosto
inflexível dele. Ela podia ver em sua expressão demasiado grave que a fazia se sentir tanto
descontroladamente desconfortável quanto imprudentemente conectada.
Ele levantou os olhos para ela, em seguida, seus dedos tocaram ternamente ao longo de sua
bochecha, a trazendo para sua direção.
Nahiri sabia que ela deveria se afastar de seu toque, como se fosse uma chama acesa. Em
vez disso, ela não podia sequer respirar.
Que os Céus a salvassem, mas não havia nada que ela queria mais naquele momento do que
sentir seus lábios contra os dela.
Ele se inclinou para mais perto, em seguida, ainda mais perto.
Um estrondo sombrio vibrou através dele, embora ela não pudesse saber se era uma risada
ou um grunhido. Sua mão caiu abruptamente, deixando um frio vazio em sua bochecha.
— Chegamos, — disse ele em um anúncio rouco.
Ele se sentou na cadeira, toda a ternura do momento foi embora em um instante.
Nahiri se arrastou mentalmente para fora de seu torpor olhando pela janela novamente.
Abaixo deles as vinhas verdes e o rico solo marrom iam em direção a um conjunto de edifícios de
cor creme, coberto com telhados de telha vermelha.
Não havia mais nada em volta por milhas e milhas.
Nahiri lançou um olhar conturbado para ele. —O que é isso, minha nova prisão?
Sua boca se curvou, mas seu olhar estava gravemente sério. — Este é o negócio da família
Gravori. Eu tenho questões para assistir hoje e eu não deixaria uma Espadachim em minha casa sem
que eu estivesse lá.
Ela sentou-se contra o assento almofadado, observando enquanto o helicóptero descia
suavemente até o chão fora do complexo de edifícios.
Após aterrissarem, Nahiri se moveu para soltar o cinto. Antes que ela soltasse, a mão de
Gravori desceu sobre a dela. — Os funcionários aqui são humanos. Eles não sabem o que eu sou, e
eu pretendo manter isto assim. — Ele se inclinou para ela, sem suavidade em seus olhos citrinos, ou

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na voz de veludo sombria que roçou seu ouvido. — O que quer que eu diga lá dentro, eu aconselho
que você dance conforme a música.

Capítulo 6

Cabeças se viraram quando Dev entrou no escritório corporativo da Gravori Vineyards com
Nahiri.
Não era incomum que as trabalhadoras – e também alguns dos homens – parassem o que
estivessem fazendo e olhassem para cima em uma antecipação ansiosa quando ele ou qualquer outro
Incubus entravam em uma sala.
O fascínio sensual de um demônio do sexo era uma coisa poderosa. Era uma reação que Dev
e sua espécie tinham aprendido a superar. Tanto que ele já mal notava.
Mas hoje foi diferente.
Hoje, o objeto de interesse de todos era a beleza exótica de cabelos escuros ao lado de Dev.
Ele olhou para Nahiri e viu o que os humanos viam naquele momento: uma deusa alta,
elegante, com olhos castanhos envolventes e inteligentes, uma tentadora boca sensual, situados em
um delicado rosto angelical.
Talvez ele devesse ter pensado melhor antes de fazê-la usar o vestido de alcinhas com
aquele decote. Ele tinha enviado Ram ao continente na noite passada para compra de material
diverso, e disse ao guarda-costas para pegar algumas coisas para Nahiri vestir. Do punhado de peças
de vestuário com as quais Ram voltou, o vestido azul tropical tinha imediatamente chamado a
atenção. Ele sabia que o vestido sexy delicado ficaria espetacular contra a pele lisa e as curvas
agradáveis de Nahiri, e ele estava certo.
Pela forma como a meia dúzia de homens humanos na sala ficaram boquiabertos, Dev
preferia ter Nahiri coberta da cabeça aos pés com o uniforme de linho do templo.
Uma das mulheres mais velhas contornou o balcão da recepção para cumprimentá-lo. —
Bom dia Sr. Gravori. E, ah, sua... convidada?
— Bom dia Louisa, — disse ele, dando a sua gerente geral um aceno de cabeça.
Ele enviou um olhar incisivo e um duro aceno de saudação para o resto da sala – os homens
em particular. — Esta é Nahiri.
Embora ele não houvesse dito, cada par de olhos masculino na sala piscou com a
compreensão.
Esta beleza sobrenatural era Nahiri, e ela pertencia a Dev.

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Pelo menos no que concernia a eles.


Ele olhou de volta para Louisa. — Está tudo pronto para mim?
— Sim Sr. Gravori. Por aqui, por favor.
Ele fez uma pausa para deixar Nahiri passar a frente dele, direcionando-a em um movimento
com a palma de sua mão na base de sua coluna. Ele sentiu sua repentina ingestão de respiração no
momento do contato. O choque de consciência nela, o pequeno tremor de assustado prazer vibrou
contra a palma de sua mão, uma sensação que ficou com ele mesmo depois que ele tinha tirado a
mão de suas costas.
Com prazer ele a seguiu quando Louisa os levou através do velho prédio colonial que era a
sede da empresa da família Gravori por centenas de anos. Era impossível andar atrás de Nahiri e
não imaginar como seria ter suas pernas longas e magras enroladas em sua cintura. E vendo a curva
de seu traseiro, ele ficou instantaneamente duro, faminto e com vontade de montá-la, dobrá-la sobre
a superfície mais próxima e montar sua bunda doce até que ela estivesse gritando seu nome para
que todos ouvissem.
Especialmente os homens na outra sala, que tinham olhado para ela como se estivessem
tendo pensamentos semelhantes.
Dev sentiu uma carranca vincar sua testa.
Ele não tinha o direito de sentir qualquer dessas coisas, muito menos o viés de
possessividade que o acometia enquanto ele caminhou atrás de Nahiri em direção ao seu destino.
Ela não pertencia a ele, apesar da ameaça que ele tinha feito ontem em seu quarto.
Ela pertencia ao templo, as Três.
Ela pertencia a uma raça de seres em que ele não confiava e deveria desprezar pelo que tinha
sido feito ao seu irmão e a humana que estava com Marius.
E, no entanto, Dev desejava esta Espadachim Nephilim.
Ele queria Nahiri com uma intensidade que o balançava.
Droga, ele deveria tê-la beijado no helicóptero e tirado isto de seu sistema. Agora, a questão
– a tentação – ia ficar sobre ele todo o maldito dia.
E não ia ser fácil fingir que ele tinha trazido Nahiri com ele puramente pela segurança de sua
Casa e família, quando ele estava seguindo atrás dela agora, ostentando um tesão furioso.
— Aqui estamos Sr. Gravori, — Louisa anunciou, parando diante de uma porta aberta. —
Um frasco de cada um de nossos melhores vinhos, assim como você pediu.
— Obrigado, — Dev murmurou. Fez sinal para Nahiri entrar na sala de degustação com ele.
Do outro lado do piso de madeira brilhando e do tapete persa antigo estava um sofá de couro
vermelho sangue e uma grande mesa de coquetel de mogno onde dez garrafas de vinho estavam

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abertas e esperando para serem degustadas. — Isso é tudo Louisa. Deixarei você saber quando eu
terminar aqui.
— Claro Senhor. — Ela sorriu e obedientemente desapareceu.
Nahiri olhou para todo o vinho e antes de olhar para ele questionadoramente. — Este era o
importante negócio que você tinha que assistir hoje?
— O vinho é o negócio da minha família há séculos. É a minha paixão. — Ele limpou a
garganta. — Uma das minhas paixões de qualquer forma. E, sim Nahiri, isto é importante.
Ele fechou a porta atrás deles enquanto entrava na sala.
Em vez de se sentar, Nahiri foi para a grande parede de janelas com vista para os vinhedos
banhados pelo sol. — Todas as videiras que sobrevoamos são suas?
— Cada uma delas. — Dev se juntou a ela no vidro. — Toda a ilha pertence à Casa Gravori.
A adega e a vinha remontam a época romana.
— É lindo, — ela murmurou. — E... não é o que eu esperava.
Dev olhou para ela. — Eu concordo.
Seu olhar voou para os seus, suas finas sobrancelhas levantadas. Tudo que ela possa ter
pensado ou dito foi perdido quando um movimento do lado de fora chamou sua atenção de volta
para as janelas. — Lá se vai seu irmão Naell, não é?
Dev grunhiu seguindo sua linha de visão. Naell caminhou em direção a uma das linhas de
videiras. Ele não estava sozinho. O Incubus quase nunca ficava sem uma companhia feminina, e
Dev não precisava adivinhar o que seu irmão iria fazer agora.
— Essa não é uma das mulheres que vimos quando chegamos? — perguntou Nahiri. As
palavras mal tinham deixado seus lábios quando ela desviou seu olhar abruptamente. — Ele está
tirando a roupa em plena luz do dia.
— Sim, — respondeu Dev. — Incubus não são modestos. Aparentemente nem a escolha de
hoje de Naell para Thrall.
Dev assistiu apenas o tempo suficiente para ver Naell lançar a sorridente jovem seminua
sobre seu musculoso ombro e trotar para as videiras com ela. Quando ele olhou para Nahiri, suas
bochechas estavam rosadas.
— Você usa as mulheres aqui assim também?
— Nunca, — disse ele. Mas ele teve que admitir uma pontada de inveja de seu irmão, que
tinha o seu prazer em qualquer lugar, e com qualquer pessoa que ele quisesse. Se Dev fosse mais
como Naell, ou a maioria de seus outros irmãos, as bochechas de Nahiri não seriam as únicas partes
do corpo dela que estariam coradas com o calor. — Eu prefiro manter a minha vida pessoal e meus
negócios separados, — ele disse a ela. — Menos complicações desse jeito.

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— Seu irmão não parece se importar com nada disso.


Dev deu de ombros. — Naell faz o que quer, Marius também o fazia.
— Seu irmão que morreu, — murmurou Nahiri.
— Meu irmão que foi assassinado, — ele corrigiu.
Com um gesto de seu braço, Dev indicou a Nahiri que tomasse um assento no sofá,
enquanto ele servia para ambos amostras de uma das garrafas de vinho. Ele se sentou ao lado dela e
lhe entregou um copo.
Ela tomou um gole quando ele indicou, e Dev esperou por sua reação. Embora ela não
parecesse não gostar do vinho, sua expressão pouco afetada não o deixou satisfeito. Dev ofereceu-
lhe um biscoito para preparar seu paladar para uma seleção diferente. Ela o mastigou discretamente,
em seguida, tomou o novo copo que ele lhe ofereceu.
— Marius não podia resistir a mulheres humanas, mais ainda do que Naell, — continuou
Dev. — Marius costumava dizer que ele gostava da liberdade, do fato de que ele nunca arriscaria
um vínculo de acasalamento com um ser humano.
— A contrário de com uma Nephilim, — acrescentou Nahiri.
Embora Incubis e Nephilim fossem raças opostas, eles também eram dependentes uns dos
outros para continuar suas linhagens. Em uma demonstração ímpar de equilíbrio cósmico,
descendentes nasciam apenas de um vínculo Incubus/Nephilim. Sem as Nephilim as Casas Incubis
eventualmente iriam perecer. Sem os Incubis, as Nephilim deixariam de existir.
O Harém ajudava a manter o equilíbrio e era visitado com sagrada regularidade. Também
ajudava a evitar a complicação adicional do vínculo de acasalamento, que se formava quando um
casal fazia amor juntos um total de oito vezes.
O vínculo era eterno, indestrutível. E eram poucos os Incubis dispostos a confiar o seu
sustento e toda a sua futura progênie a uma única Nephilim.
Ao longo das eras, apenas alguns Gravori tinham tomado Nephilins como suas
companheiras vinculadas. Para o resto, incluindo Dev, a fim de manter a linhagem Gravori intacta,
algumas visitas ao Harém eram indispensáveis. Tinha evitado com sucesso o —chamado do
dever— por um par de séculos.
Ele pensou em Marius e em seu filho nascido no Harém que ele deixou para trás. — Eu
continuo tentando dar sentido aos assassinatos, mas não há nenhum sentido nisso.
Nahiri fitou-o em silêncio por um longo momento. — Uma morte como essa só poderia
acontecer se uma lei fosse quebrada. Uma lei muito elevada. E uma Espadachim não iria realizá-la a
menos que fosse ordenada.

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— Marius não quebrou nenhuma lei. E quanto a mulher com quem ele estava aquela noite?
Por que matá-la junto com ele?
Nahiri franziu a testa. — As Três não aprovam as relações sexuais entre Incubus e os seres
humanos. Nos velhos tempos era proibido...
Dev zombou. — Uma lei antiga que foi extinta junto com a última Succubus muito tempo
atrás.
— Aquela prole de humanos com demônios eram uma abominação, — disse Nahiri, sem
dúvida citando um ensinamento das Três.
— Elas eram irmãs para meu povo, — disse ele. Elas eram demônios do sexo e seres muito
poderosos, algumas haviam incitado uma antiga guerra entre o reino demônio e o Nephilim. — A
natureza parece ter cuidado desse problema para todos. Não houve uma reprodução
humano/Incubus bem sucedida desde que me lembro. Quanto a Marius, ele não fez nada para
merecer esse tipo de morte. Ele era um bom homem. Um bom pai para o filho que mal teve tempo
para conhecê-lo.
— Um filho? — perguntou Nahiri, sua voz suave e compassiva. Ela tinha tomado um
segundo gole de vinho agora, lambendo os lábios enquanto engolia. Ela tomou outro gole, acenando
em aprovação.
Dev levantou uma sobrancelha satisfeito. Ele estendeu a mão para outra garrafa e lhe deu
uma taça enquanto ele provava o que Nahiri tinha gostado. Ele também gostou. E se não, gostaria
apenas pela forma como tinha agradado a ela.
E por mais que ele não quisesse admitir, ele estava achando Nahiri uma companhia fácil.
Muito confortável, considerando-se que há apenas um dia antes ela havia se levantado contra ele,
empunhando seus punhais em nome das Três.
Ele não queria pensar nela como uma mulher em primeiro lugar e uma inimiga Espadachim
em segundo, mas sentado ao seu lado no sofá de couro, partilhando vinho e conversa, Dev tinha de
reconhecer o perigo aqui.
Ele não conseguia conter sua fúria pela morte de seu irmão quando estava com Nahiri. Mas
ele não podia culpá-la por isso, apenas pela ligação que ela tinha com os que o mataram. Pior do
que isso, ele não podia negar que gostava de Nahiri, apesar de tudo o que estava entre eles.
E isso era o perigo mais preocupante.
Dev pigarreou, direcionando seus pensamentos de volta a seu irmão. — O nome do menino
é Kai. Marius o procriou no Harém há cinco anos.

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— Eu nasci no Harém também, — Nahiri murmurou, abaixando o seu copo. Ela havia
abandonado o novo pelo que ela tinha gostado mais. — Minha mãe ainda está lá. Ela é feliz vivendo
no santuário.
Dev não poderia fingir que ele não estava interessado no passado de Nahiri, as coisas que
fizeram dela quem ela é. — E o seu pai? — disse ele, servindo para ambos uma taça fresca da
segunda garrafa. — Você o conhece?
Ela balançou a cabeça. — Eu nunca o conheci. Ouvi dizer que ele morreu não muito tempo
depois que eu nasci. Ele era da Casa de Akana, um dos últimos de sua linhagem, pelo que entendi.
Dev reconheceu a agora extinta Casa com um grave aceno de cabeça. — Akana era uma
Casa forte. Eles eram conhecidos por seus guerreiros qualificados. — Ele podia ver Akana nela
agora, os olhos escuros e a beleza exótica. Para não falar da posição da posição conquistada por
Nahiri como a mais elevada Espadachim do templo.
— Akana foi uma Casa honrosa. — Ele acrescentou, no caso dela não conhecer bem o povo
de seu pai Incubus. — Foi muito ruim eles terem sido a primeira linhagem Incubus a morrer. Eu
teria visto Marakel ir dessa forma primeiro.
Nahiri se engasgou com o vinho. — Você está falando do Soberano. Você não deve dizer
tais coisas sobre aquele que está sentado no Trono Obsidian.
Dev deu de ombros. — Eu nunca quis que a Casa dele tivesse o Trono, e eu não tenho medo
de dizer isso a ninguém. Imothus Marakel não é um governante. Se tivesse concernido somente a
mim, eu teria colocado qualquer uma das outras Casas no Trono. Você é muito jovem para saber
disso, mas deveria ser a Casa Romerac em poder agora, não Marakel. Canaan Romerac teria sido,
de longe, a melhor escolha, se ele não tivesse abandonado sua Casa sem explicações séculos atrás.
Dev tomou um gole de vinho, zombando enquanto colocava o copo na mesa. — Inferno, eu
ficaria feliz em levar os espiões letais de Xanthe sobre Marakel agora. Ou até mesmo os bárbaros de
Vipera com suas paixões torcidas. Marakel é fraco, e há outros em poder a seu redor que sabem
disso. A questão é, quem tem os favores do Soberano, e quanto a sua fraqueza irá custar a todos nós
no final?
Nahiri considerava com cautela detrás de sua taça de vinho. — O Soberano tem poder, mas
não é sem limites. As Três vão garantir o equilíbrio.
— Será que elas vão?
— Elas sempre fazem, — respondeu ela, resoluta. Mas, apesar de sua devoção, Dev viu um
pequeno lampejo de incerteza em seus olhos. Ela balançou a cabeça como se para dispersar a
dúvida. — De qualquer forma eu estou feliz de ter sido removida de todas as políticas. Estou ainda
mais feliz por ter sido retirada da obrigação de ser escolhida para o Harém.

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Dev assentiu, ciente da exclusão das Espadachins de serem enviadas para se reproduzir no
Santuário. Ainda assim ele estava curioso para saber mais sobre Nahiri. — A maioria das Nephilins
considera uma grande honra servir no Palácio do Prazer.
— A maioria, — ela concordou, — mas não eu. Isto já teria me deixado louca. Deitar-me
em torno de almofadas de seda durante todo o dia sem nada para fazer, além de enfeitar e tecer
flores no meu cabelo? Piscando meus cílios a cada Incubus que entrasse, e rezando por uma chance
de que ele pudesse me corromper para que eu pudesse lhe dar uma criança que eu poderia nunca ver
de novo? Não, obrigada.
A vida no Harém não era a escritura opressiva que ela descreveu, mas Dev estava muito
intrigado para contradizê-la. Em vez disso, ele escutou com interesse, arrebatado pelo jeito em que
ela falava tão livremente com ele agora.
Sua franqueza era em parte devido ao vinho, sem dúvida. Mas ela estava relaxando,
momento a momento. A guarda dela havia baixado, e ficou claro que ela estava se sentindo mais
confortável com ele quanto ele estava com ela.
Dev olhou para ela, hipnotizado por sua boca doce, e pela forma como ela olhava para ele
com aqueles olhos castanhos insondáveis e tão cheios de alma. Ele não pode evitar a mão e
ternamente acariciar sua bochecha com as costas de seus dedos. Ela deu um profundo, mas curto
suspiro com o contato não convidado, mas ela não se afastou.
A voz de Dev saiu grossa e áspera com desejo. — Estou feliz em saber que o Harém nunca a
terá pequena Espadachim.
Uma mulher como Nahiri teria tido uma alta demanda. E o pensamento de outro Incubus a
tocando, a desejando, o irritava profundamente. Agressivamente.
Pelo amor de Deus, o que ele estava fazendo?
Sendo mais preciso, o que diabos ele estava pensando, deixando-se sentir qualquer tipo de
ciúme ou possessividade em relação a esta mulher?
Necessidade o inundou, rápida e ferozmente. Calor correu por ele, estabelecendo-se
desconfortavelmente, e muito obviamente, entre suas pernas.
Ele se mexeu no sofá, por todo bem que isso poderia fazer.
Serviu-se de mais vinho e bebeu de um só gole selvagem.
Se ele fosse inteligente, ele poria um fim nisso agora. Ainda havia uma chance de frear o
que ele estava sentindo por Nahiri. Tempo suficiente para ele controlar sua tentação e entregar sua
bonita prisioneira de volta para a vila.
Melhor ainda, de volta ao Templo, onde ela pertencia.

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Ele sentiu seu olhar sobre ele. Era tão quente e macio quanto qualquer carícia. — Eu sinto
muito Dev, — ela murmurou suavemente. — Sobre o que aconteceu com seu irmão e a mulher com
quem ele estava... Sinto muito por sua perda.
Ele lançou um olhar duro para ela, querendo recusar a simpatia com uma observação dura ou
uma acusação incisiva ao trio de sacerdotisas que ela servia.
Mas ele não poderia fazê-lo.
O som de seu nome na boca de Nahiri tinha feito algo com ele. Era o pior, depois da hora
que haviam passado juntos aqui, conhecendo um ao outro como um homem e uma mulher, em vez
do vingativo Mestre Incubus e da devotada Espadachim Nephilim.
Dev queria sentir animosidade contra ela.
Ele queria agarrar-se a raiva que o tinha enviado ao Templo em primeiro lugar. A mesma
raiva que o tinha feito buscar infligir alguma medida de sua dor e tristeza nas Três tomando algo
que pertencia a elas.
Talvez tivesse havido uma parte dele que pensou que ele iria encontrar algum sentido de
justiça em manchar a sua melhor arma. Sua espadachim mais brilhante.
Mas não agora.
Ele não tinha certeza de qualquer uma dessas intenções maliciosas quando Nahiri estava
olhando para ele de modo tão aberto.
Com tanta confiança.
Seu olhar caiu sobre seus lábios entreabertos. Seu coração pulsava mais com o desejo de
esmagar a boca dela sob a sua.
— Eu quero você Nahiri. — A admissão foi tão sombria e sem remorsos quanto ele se
sentia. — Eu quis você desde o momento em que eu te vi no templo. — Ele sussurrou uma
maldição. — Eu te quero tanto agora, que estou fazendo tudo o que posso para impedir o meu lado
demônio de sair para enfeitiçar você, se isto fizer você estar nua embaixo de mim.
Ela arregalou os olhos, mas ela não vacilou. Ela não se afastou dele ou de sua advertência
carnal. — Eu pensei que você tinha muitas outras mulheres a sua disposição, — disse ela. —
Mulheres dispostas, que você não tenha que persuadir com feitiço Incubus?
Ele sorriu, levando longe demais a satisfação pelo fato de que sua confissão atingisse um
lugar sensível nela. — O que você realmente está me perguntando Nahiri?
Ela puxou uma mecha de seu longo cabelo solto. — Você tem uma companheira Dev?
— Não.
Ela olhou para ele em questão. — Uma amante?

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— Não uma amante que signifique algo para mim, — disse ele. E nem mesmo um único
nome ou rosto vinha a sua mente quando estava olhando para Nahiri.
Ela estava embriagada do vinho. Ele podia ver isso em seus olhos escuros, e na inclinação
descontraída e curiosa, enquanto ela estudava-o de debaixo da franja grossa de seus cílios. — Em
vez disso, eu suponho que você prefira um estábulo de Thralls ansiosas para satisfazer as suas
vontades?
Ele sorriu. — Você está se voluntariando para o trabalho?
— Nunca. — Foi uma resposta rápida. Muito rápida para ser uma negação verdadeira. Ela
estava olhando para a boca dele agora, sua língua rosa se lançando para umedecer os lábios.
Era toda a confirmação que Dev necessitava.
Ele se inclinou e pegou sua nuca com a palma da mão, arrastando-a para perto. Então, ele
tomou sua boca em um beijo faminto.

Capítulo 7

Nahiri ansiava por esse beijo desde o primeiro instante em que tinha visto Devlin Gravori.
Sua ânsia inicial tinha sido obra dele – a explosão de energia sedutora que tinha invadido o
templo junto com ele, fazendo todas as Nephilim em seu caminho sentir o desejo de despir suas
roupas e implorar por ele.
Mais tarde, depois que ele a tinha levado para sua ilha fortaleza e a declarado sua refém, ela
ansiou por esse beijo por conta própria. Vergonhosamente, inegavelmente. Poderosamente.
Durante seu tempo com ele hoje, tinha começado a deseja-lo de uma forma totalmente nova.
Com uma necessidade que a abalava.
E agora, com sua boca esmagada em um beijo profundo e magistral, ela percebeu que estava
prestes a cruzar um limiar do qual nunca poderia voltar.
Ela queria mais dele do que apenas seu beijo. Ela queria tudo.
Não houve resistência à demanda quente de seus lábios. Não havia como negar a varredura
vertiginosa de sua língua quando ele testou a comissura de seus lábios e, em seguida, mergulhou
dentro. Seu beijo era abrasador, feroz, tão diabolicamente sedutor quanto o próprio homem.
Nahiri não tinha defesas agora, mas também não tinha nenhum desejo de fazer este
momento perigoso parar.
Tomada por sensações, derretendo em prazer erótico, ela enfiou os dedos no cabelo preto
sedoso de Dev, segurando-o perto, entregando sua boca – todo o seu ser – a seu comando.

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Ele apertou-a contra as almofadas de couro vermelho-sangue, em seguida, ficou em cima


dela enquanto seu beijo ficava mais profundo, mais quente. Mais faminto a cada momento.
Nahiri gemeu, sua espinha arqueando-se ao encontro de seu corpo duro. Ela não conseguia o
suficiente dele. Não era possível conseguir o suficiente da deliciosa fricção de seus quadris, onde a
ponta grossa de seu sexo roçava profanamente contra seu monte.
Algum resquício de sanidade avisou que mesmo que ela o sentisse tão bem, ele ainda era seu
captor. Ela poderia pagar caro por confiar nele.
— O que você está fazendo comigo? — ela conseguiu sussurrar. — Dev nós não devemos...
Ele levantou a cabeça, só o suficiente para encontrar seu olhar encharcado de prazer. Ele
acariciou sua bochecha, seus fortes dedos acariciando-a com uma ternura infinita. — Não, não
devemos Nahiri. Eu não deveria querer você assim... mas eu quero.
Ela fechou os olhos, suspirando ao prazer de seu toque. — É errado.
— É real. — Ele ergueu seu queixo, implorando-lhe que olhasse para ele. Ele balançou a
cabeça, exalando uma maldição. — O que está acontecendo aqui é real, nós queiramos admitir isso
ou não. E se você quer que eu pare, por tudo que é mais sagrado, é melhor você dizer isso agora.
As palavras não saiam.
Ela procurou em sua alma a vontade de rejeitar o que estava sentindo, de se convencer que
era só magia demoníaca que a tinha tão encantada com ele, mas Dev estava certo.
Isto era real.
E ela estava perdida por ele.
Ela o trouxe de volta para ela. Seu rugido em resposta vibrou contra ela, um som tão cru e
masculino que fez toda a sua feminilidade tremer em ansiosa resposta.
Dev a beijou novamente. Gemendo no fundo da garganta, ele mergulhou a língua em sua
boca e violentou seus lábios. Sua mão começou a vagar sobre seus seios. Ele deslizou os dedos por
debaixo do decote do corpete de seu vestido, acariciando seus mamilos, que ficaram mais duros e
necessitados sob seu toque.
Ele arrancou-se de sua boca com um rosnado. Movendo-se mais abaixo, a cabeça escura
mergulhando para beijar seus seios. Quando ele sugou, Nahiri ficou com que sem ossos, prazer a
inundando.
No exato momento em que ela achava que não poderia aguentar mais, Dev voltou para outro
beijo. Sua mão levantou a saia longa, a palma de sua mão quente deslizando até sua coxa nua.
Nahiri engasgou, tremendo com a sensação de seu toque deslizando em direção a seu sexo.
Ele a encontrou no momento seguinte, os dedos tateando entre suas dobras. Ele gemeu
contra sua boca, sua voz rouca.

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— Ah, porra Nahiri. Sua buceta é tão macia, úmida e quente. Toda pra mim...
Suas palavras rudes tiveram tanto efeito nela quanto seus dedos curiosos.
Sua visão começou a borrar quando ele a acariciou, sensações corriam através dela como
cargas elétricas. Cada carícia ou toque fazia seu prazer mais intenso. Seu desejo aumentava,
tencionava, à beira de uma deliciosa explosão.
Dev a beijou mais profundamente agora, seus dedos brincando com a pequena protuberância
de seu sexo, deixando-a selvagem pela necessidade de mais.
— Eu quero estar dentro de você, ele murmurou pastosamente. — Eu preciso estar.
Seu dedo escorregou através da úmida e apertada entrada de seu sexo. Ele penetrou
lentamente, mas fundo. O corpo de Nahiri derreteu. Embora ela fosse virgem, não havia nenhuma
dor para sua espécie, só prazer. E os medidos empurrões de seu dedo dentro dela só fizeram com
que ela conhecesse a plenitude de uma verdadeira união com ele.
Ela se perdeu no tempo com seus golpes, incapaz de conter seu gemido com a crescente
excitação. — Por favor, Dev...
Seu ritmo diminuiu, em seguida, ele tirou o dedo dela. Ela gritou em protesto, levantando a
cabeça para encontrá-lo trazendo os dedos a boca. Sua umidade brilhava sobre ele. Ele lambeu-o, o
olhar fixo no dela em uma promessa sensual.
— Mmm... doce como o Céu, — ele murmurou, olhando de forma sombria, demoníaca e
muito mau. Ele tirou seu vestido, expondo-a ante seus brilhantes olhos citrinos. Quando ela estava
nua, aberta diante dele, ele sorriu. — E sexy como o pecado anjinho.
Ele ainda estava vestido, a frente de suas calças pretas esticada. Nahiri não conseguia
desviar o olhar dele. Ela tremia em antecipação, querendo brindar os olhos e preencher seus
sentidos com ele também.
Dev arqueou uma sobrancelha, sorrindo como se pudesse ler a direção irresponsável de seus
pensamentos. Ele pegou seus tornozelos e girou-a no sofá. Sentando na beira do couro macio, ela
mal pode respirar quando ele se abaixou e abriu suas pernas diante dele.
— Tão doce e sexy, — ele rosnou, seu olhar quente a prendendo. — Eu quero comer você.
Ele se sentou entre suas coxas. Sua cabeça escura desceu em seu núcleo. No instante em que
sua boca a tocou, Nahiri arqueou-se em um grito irregular.
Ele pegou seus quadris, segurando-a firme embaixo dele quando sua língua lambeu sua
fenda em enlouquecedores movimentos eróticos, desde a pérola pulsante e inchada em seu cume
quanto o botão de rosa aninhado entre suas dobras.

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Prazer derramou em cada célula de seu corpo. Seus sentidos elevaram-se, levando-a mais
alto, e depois, ainda mais alto. Dev continuou sugando, e logo o prazer crescente começou a
construir-se e se concentrar.
Então ela explodiu, luz branca, brilhante.
Ela engasgou um grito agudo de êxtase enquanto a boca de Dev a fazia flutuar, sem peso,
totalmente livre.
Enquanto lentamente ela voltava para baixo em sua pele, ela o encontrou olhando para ela.
Sua boca ainda movia-se sobre seu sexo sensível, mas com ternura agora. Suavizando sua descida
de volta à Terra.
— Você estava certo, — ela murmurou, ofegante. Seu corpo ainda eletrificado,
estremecendo com tremores secundários. — O que você me disse no helicóptero antes. Há outras
maneiras de voar.
O sorriso de Dev foi diabólico, uma sobrancelha escura elevando-se sob os olhos brilhantes.
— Anjo, nós acabamos de começar.

~~~~
Seu sabor doce permaneceu em sua língua quando ele se levantou de entre suas coxas
macias. Ele não tinha paciência para suas roupas agora, despiu-as com mãos ásperas, descuidadas
enquanto Nahiri o assistia.
Ele parou diante dela nu, seu pau duro e reto, o eixo cheio de veias, a cabeça inchada e
irrigada chorando com a necessidade de se enterrar dentro dela. Ela estendeu a mão para ele e ele,
agradecido, moveu-se para frente até que seus dedos quentes envolvessem sua cintura em um
quente aperto de tentativa. Curiosidade brilhou em seus olhos escuros, espanto no suspiro suave que
escorregou de seus lábios entreabertos.
Dev preparou-se para os seus toques exploradores. Suas pernas abertas ligeiramente, as
mãos delas agarradas ao lado de seu corpo, ele que teve que se concentrar em apenas ficar lá e
respirar quando Nahiri traçou a ponta dos dedos ao longo de seu comprimento, em seguida, pela
clara gota de umidade que escorreu da ponta até embaixo de seu pênis.
Quando ela se inclinou para frente para pressionar a boca nele, seu sangue ferveu como se
ele tivesse acabado de ser atingido por um raio. O demônio nele despertou forte, faminto, pedindo-
lhe para se alimentar. Ele tinha sido cuidadoso com Nahiri até agora, não querendo assustá-la com a
energia que emergia de sua natureza Incubus.

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Mas não foi pouca coisa manter o demônio em cheque, enquanto ela o acariciava, o
beijava... fazendo-o voraz por ela, em todos os possíveis sentidos da palavra.
Em um rosnado, Dev a puxou para longe dele e deitou-a de costas no sofá. Seguiu-a
cobrindo seu corpo lindo com o dele tenso e musculoso.
— Eu não posso esperar mais, — ele murmurou, em seguida tomou sua boca em um beijo
selvagem enquanto guiava seu pênis pela fenda escorregadia de sua vagina. Seu calor tomou conta
dele, e ele deslizou para casa com um impulso forte. — Ah, porra. Bem aqui... este é o Céu.
Ela gemeu quando seus quadris encontraram o ritmo perfeito. Ele guiou suas longas pernas
em torno dele, uma instrução não dita para que ela segurasse firme enquanto ele dava a sua paixão
rédea livre. Ele bombeava para dentro dela em um frenesi, ele nunca havia conhecido uma
necessidade tão feroz com nenhuma outra mulher.
Esta mulher – esta Nephilim que ele conhecia a menos de um dia, a Espadachim que ele
deveria desprezar em nome de toda a sua gente – o tinha virado do avesso.
Menos de um dia com Nahiri e ele queria possui-la. Quanto tempo levaria até que ela o
possuísse completamente?
Dev rugiu com a realização de quão rápido ele estava se apaixonando por ela. Sua fome
aumentou. Necessidade o superando. Ele balançou contra ela, sem piedade, enquanto observava
outro orgasmo erguer-se para levá-la.
— Venha pra mim, — ele murmurou. — Faça isso agora meu anjo.
Ela gritou quando prazer o alagou. Dev embebeu-se, incapaz de se impedir de sugar sua
energia sexual enquanto seu próprio clímax rolava sobre ele como um tsunami.
O sabor doce como mel de seus sucos era como néctar no fundo de sua garganta. A força
ainda mais doce de seu orgasmo alimentou o lado demônio dele, tudo isso foi demais para suportar.
Dev mergulhou fundo, todo seu ser tomado pelo poder de sua própria libertação. Ele nunca
derramou sua semente dentro de nenhuma amante. De nenhum dos seres humanos que ele tinha
seduzido ao longo dos anos, e definitivamente nunca com uma Nephilim.
Nem uma só vez, não em séculos de vida.
E, no entanto, ele não conseguia parar o fluxo de calor que correu através dele agora uma
onda demolidora explodiu para fora dele enquanto ele se enterrou até a raiz na apertada luva de
veludo do ventre de Nahiri.
Ele jurou violentamente, gritando com a intensidade de seu orgasmo. E mesmo depois que
ele tinha terminado, Dev não poderia convocar a vontade de se retirar.
Ele não conseguia parar os quadris de bombear dentro dela, nem seu pau de despertar de
volta a vida, pronto para fazer tudo de novo.

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Ele tinha dito a Nahiri que isso não era errado?


Cristo. Que bastardo ele era. Porque real ou não, certo ou errado, ele sabia que essa coisa
entre eles não poderia continuar. Ele não poderia permitir.
Ele teria que mandá-la de volta para sua casa. De volta ao templo, onde ela pertencia. E
logo.
Antes que ele tirasse mais alguma coisa dela.

Capítulo 8

Ele parecia diferente depois de terem se refrescado na casa de banho privativa da sala de
degustação, e estavam vestidos mais uma vez.
Nahiri não podia decidir o que tinha mudado em Dev, ou precisamente quando, mas a
conversa depois que eles fizeram amor tinha tomado um rumo bem menos familiar. Lá se foram as
perguntas sobre seu passado e sua vida no templo. E suas respostas quando ela tentou envolvê-lo
foram superficiais na melhor das hipóteses.
Não havia mais a troca de olhares íntimos, ou carícias sedutoras. Dev ainda olhava para ela
com fome, mas havia uma nuance mais sutil em seu olhar agora. Havia reserva em seus olhos
dourados. Uma contemplação sombria conturbava a linha da boca sensual que lhe dera tanto prazer
há poucos momentos.
Ela lhe perguntou se tinha feito algo de errado, mas ele negou-o com uma carranca séria e
palavras cortadas, o que não tinha feito muito para tranquiliza-la.
Nos últimos minutos, ele estava falando em privado fora da sala de degustação com seu
irmão Naell. Os dois homens Gravori estavam no corredor, conversando baixo, vozes graves. De
vez em quando Dev lançava um olhar sombrio em sua direção enquanto ele e Naell falavam. Nahiri
não podia fingir que seu súbito distanciamento e seu olhar sombrio não colocavam um pedaço de
gelo em seu peito.
Ela sentiu seu abrupto distanciamento como se uma grande fenda se abrisse entre eles.
O que a confundiu. Ferindo-a mais profundamente do que ela poderia ter imaginado.
Finalmente, os irmãos Incubis terminaram de falar. Ambos entraram na sala onde ela estava
esperando, sentindo-se desajeitada e fora de lugar no sofá onde ela tinha dado a Devlin Gravori sua
virgindade.
Se ela fosse honesta consigo mesma tinha que admitir que havia dado também um pedaço de
seu coração a ele hoje.

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Ela não podia negar que se sentia um pouco usada agora, olhando para o rosto impassível de
Dev enquanto seu corpo ainda vibrava pela intensidade com que eles haviam feito amor.
— Naell irá levá-la de volta a cidadela Nahiri.
Ela olhou para o belo irmão ruivo, antes de olhar de volta para o sóbrio olhar de Dev. — E
você?
Ele deu um pequeno aceno de cabeça. — Eu tenho coisa pra resolver aqui. Pode demorar um
pouco ainda. Você vai antes de mim.
Ela inclinou a cabeça para ele e estreitou os olhos. — Você não está preocupado em deixar
uma espadachim inimiga na sua casa sem você lá para garantir a segurança de sua família?
Sua boca formou um arrependido sorriso irônico. — Você não é o inimigo Nahiri. Você
nunca foi, e nunca será.
Mas ela não era parte de sua Casa também. Não uma parte de sua família, e nunca seriam.
Um amargo pensamento, talvez injusto também. Mas ele não tinha feito nenhuma promessa
afinal. Ela tinha sido a única que tinha aberto o coração. Se ela tivesse entrado voluntariamente em
uma armadilha Incubus hoje, ingenuamente confiando que ela não era apenas mais uma das
dispostas Thralls do estábulo de Devil Gravori, então ela não poderia culpar a ninguém além de si
mesma.
Não queria acreditar no pior dele, mas também não era tola o suficiente para não perceber
que isto era uma espécie de adeus.
— Vá com Naell, — ele disse a ela. — Estarei de volta em casa em algumas horas.
Falaremos então.
A doçura em sua voz deixou tudo claro para ela.
Ele lamentava o que havia acontecido entre eles hoje. Ele disse a ela que não era errado, que
era real, e agora ele estava olhando para ela como se desejasse chamar as palavras de volta.
A mágoa de sua rejeição minou toda a humidade em sua boca. Ela não tinha voz. O que
provavelmente era a única coisa que a impedia de fazer de si mesma uma idiota ainda maior, não
apenas diante de Dev, mas também de seu irmão.
Rezando para que ele não pudesse ver a mágoa através de seus olhos, Nahiri assentiu com a
cabeça, em seguida seguiu Naell para fora da sala. Dev ficou na soleira atrás deles, vendo-a ir.
Olhou atentamente, mas não fez nenhum movimento para impedi-la de ir.
Nahiri tentou dizer a si mesma que era melhor se eles mantivessem distância um do outro.
Ela precisava lembrar que não era sua amante. Ela nem sequer era a sua hospede.
Ela era sua prisioneira.

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Na pior das hipóteses, ela era apenas um peão para ele. A peça que ele tinha movido e iria
manter com ele até julgar que não precisava mais dela.
Esses pensamentos preocupados acompanharam Nahiri durante todo o voo de volta até a
Casa Gravori.
Ela não olhou para a paisagem de tirar o fôlego neste momento, sentou-se entorpecida em
seu assento, olhando para frente e tentando descobrir como ela pode se permitir sentir algo tão forte
por Dev.
Era pior que isso na verdade.
Ela estava se apaixonando por ele.
Talvez ela já estivesse.
A realização a surpreendeu. Tinha acontecido tão rapidamente, e se enraizou tão
profundamente. Todo o seu ser tinha respondido a ele como se reconhecesse que eles se pertenciam
no momento em que ele entrou no templo. Contudo, não poderia culpar o Fascínio Incubus, mesmo
que desejasse.
Seu irmão não tinha esse efeito sobre ela. Ela sentia o poder inato que emanava do cockpit
da mesma forma como ela percebia o espessamento do ar antes de uma tempestade.
Com Dev, ele era a tempestade.
Ele a tomou, a virou do avesso. Deixou-a sem fôlego e trémula.
Mas, Céus a ajudassem, ele iria deixá-la esmagada e quebrada se descobrisse que hoje não
significava nada para ele.
E se descobrisse que ela não significava nada...?
— Chegamos, — Naell anunciou por trás dos controles do helicóptero, trazendo os
pensamentos de Nahiri de volta a este lugar. Ele desceu suavemente no pátio da vila e desligou o
motor.
— Suponho que você tenha sido ordenado a me levar de volta a minha cela agora? —
perguntou ela.
Naell balançou a cabeça. — Você não é prisioneira de Dev. Não mais. Ele disse que você
pode ficar a vontade para ir a qualquer lugar da casa que você goste. Nós vamos voltar para o
templo assim que ele retornar.
— O Templo. — Ela ficou em silêncio enquanto a notícia caia sobre ela.
Ele ia deixá-la ir.
Não, ele ia expulsá-la.
Voltar para sua antiga vida. Voltar para o lugar aonde eles nunca mais iriam se ver.
— Você não sabia, — Naell percebeu. — Filho da puta. Quer dizer que ele não lhe disse?

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Ela não podia falar. Ela se atrapalhou com o conjunto complicado de fivelas do cinto de
segurança, em seguida, explodiu pelo helicóptero, assim que se viu livre de restrições.
Ela saiu correndo pelo labirinto de jardins sebes altas.
Naell não a seguiu. Ele deveria saber que ela não iria querer companhia. Ele provavelmente
viu a miséria em seu rosto e preferiu ficar longe das lágrimas que, tinha certeza, iriam começar a
cair a qualquer segundo.
Ela não esperou para descobrir, passando por uma curva atrás da outra, logo ela encontrou-
se profundamente dentro do labirinto do jardim. Em uma pequena esquina do labirinto ela deu com
um banco de pedra e sentou-se nele, com o rosto colocado nas palmas das mãos abertas.
Que idiota ela era.
Que tola ingênua.
Seu coração doía, a garganta queimava. Sua visão nadou em lágrimas quentes.
— Você se machucou? — A voz infantil soou de apenas alguns metros de distância.
Nahiri olhou para cima e encontrou o rosto preocupado e curioso de um lindo garotinho. Um
Incubus, embora ele estivesse a um par de décadas do amadurecimento de seus poderes
demoníacos. Um tufo de cabelo loiro caía em seus olhos, e lhe emoldurava o rosto rosado em
formato de concha. Ele carregava uma grande bola vermelha em seus braços, sua respiração rápida,
como se tivesse corrido através do labirinto também.
Ela fungou e limpou a umidade debaixo dos seus olhos. — Eu me machuquei, mas eu vou
ficar bem. — Ela conseguiu dar um sorriso genuíno para ele. — Você mora aqui?
Ele assentiu, caminhando para sentar ao lado dela. Seus brilhantes olhos azuis se levantaram
para ela. — Você vive aqui agora também?
— Oh. Não, eu não moro, — disse ela. Não tinha certeza de como explicar sua presença na
casa de campo a uma criança, e de qualquer maneira, a expulsão planejada dela por Dev tornou
desnecessária a tentativa. — Eu só vou ficar por um tempo.
— Você não gosta daqui?
Ela olhou para o rostinho inocente e decidiu que não poderia mentir. — Eu acho que
provavelmente poderia gostar daqui, muito mesmo. Mas não é a minha casa. Eu não posso ficar.
— Oh, — ele disse. — Isso é muito ruim hein?
— Sim, é muito ruim
Inquieto com a energia, ele pulou de volta a seus pés, passando a bola para debaixo do outro
braço. Suas pálidas sobrancelhas unidas agora. — Qual o seu nome?
— Nahiri.
— Eu sou Kai, — disse ele. — Vamos Nahiri. Veja se você pode me pegar!

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Kai.
O filho de Marius.
Ela o observou desaparecer na vegetação, sentindo seu coração se apertar com um novo tipo
de dor. A última coisa que ela queria fazer era jogar um jogo de esconde-esconde nos jardins
enquanto seu mundo estava prestes a ruir em mais algumas horas, depois que Dev retornasse.
Mas ela não podia dizer não ao menino.
Por nenhuma outra razão além de ajudar a dar ao único filho do homem morto um motivo
para sorrir e rir por um tempo. Seus problemas ainda estariam esperando por ela depois de seu jogo
com Kai.
— Nahiri, você vem?
Sua mensagem a puxou para os seus pés. — É melhor você correr rápido, ou vou encontrar
você!
Ela correu na direção que ele fugiu, correndo para baixo de uma das passagens que cortavam
a esquerda. Ela podia ouvir seus passos batendo em algum lugar a sua direita, a poucos metros à
frente.
Sorrindo, ela fez seu caminho ao longo da outra linha do limite e correu em direção a área
em que ela o ouviu pela última vez.
Ele não estava lá.
Ela rastejou para frente para ouvir o som de movimento. Ele tinha ido tão silenciosamente.
Escondendo-se dela, mas ela sabia que ele tinha que estar perto.
Ela abaixou-se em outro canto do labirinto e fez uma pausa, procurando com os olhos e
ouvidos. — Kai?
A bola vermelha lançada a partir de uma linha que encurralava logo a frente.
O estômago de Nahiri afundou inexplicavelmente.
Embora ela não tivesse nenhum motivo para sentir o medo que se instalou em sua barriga,
ela se arrastou em direção a bola errante, se coração batendo freneticamente em seu peito.
Por favor, não deixe que ele esteja machucado.
Ela chegou ao fim da linha e se virou para ver o que esperava ali.
Duas Espadachins Nephilim.
Não do Templo, mas das fileiras que serviam as Três do lado de fora, no reino humano.
Elas vestiam preto em vez de linho não tingido. Botas destinadas a discrição em vez das
sandálias de couro simples que Nahiri usava agora.

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Uma das espadachins mantinha Kai debaixo do braço, à beira de um punhal de obsidiana
pressionado sob o queixo do menino. Olhos cinzentos desdenhosos a olharam de cima abaixo,
passando por seu vestido de verão azul e cabelo solto com um óbvio olhar de desdém.
— Fomos informadas que você havia sido sequestrada pelo demônio Mestre da Casa
Gravori, — a outra espadachim zombou.
— As Três nos deram ordens para levá-la de volta, e para não deixar ninguém ficar em
nosso caminho.
Nahiri olhou para elas consternada. — Tire essa arma dele. Ele é uma criança.
— Ele é um Incubus, — murmurou a que o segurava. — Eles são todos iguais para mim.
Nahiri procurou suas próprias armas, preparada para matar, a fim de protegê-lo. Mas suas
armas não estavam com ela.
— Solte-o, — disse ela, olhando para o rosto inocente de Kai. Ele não estava com medo. Ele
era um garoto valente. Ele teria deixado seu pai orgulhoso, Nahiri não tinha dúvidas. — Solte-o.
vocês vieram para me recolher e me levar de volta para as Três, então vamos.

~~~~
— O Pinot noir que você selecionou está sendo embalado para envio para a vila dentro de
uma hora Sr. Gravori.
Dev olhou para a papelada espalhada na frente dele em sua mesa. — Obrigado Louisa.
Ele não tinha escolhido o vinho para a celebração de vida de Marius esta noite sozinho.
Nahiri tinha escolhido.
E agora todas as vezes que bebesse este Vintage em especial, a cada minuto que passasse na
vinha de agora para sempre, ele iria pensar nela.
Caramba.
Com Louisa voltando pelo corredor, ele se levantou e caminhou até as janelas de seu
escritório, ansioso.
Frustrado. Meditativo.
Imaginando como diabos ele poderia fazer as coisas funcionarem entre ele e uma certa
Espadachim Nephilim que tinha conseguido ficar sob sua pele. Nahiri tinha feito mais do que isso,
ela encontrou um caminho para seu coração.
Não tinha passado nem dez minutos que ela havia sabia quando ele percebeu o burro que
tinha sido. Ele a tinha machucado, enviando-lhe sem ele, especialmente quando sua despedida
distante veio logo a seguir do sexo incrível que tinham compartilhado.

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Ele tinha sido um idiota em pensar que poderia tirá-la de sua vida, mesmo que ele tivesse a
certeza que a melhor coisa para Nahiri era ficar longe dele.
Agora, depois de uma hora que ela tinha saído com Naell, o mundo de Dev estava
envelhecido e vazio, menos interessante.
Sem paixão.
Apenas isso já era um grande problema para um Incubus que prosperava em paixão da
mesma forma como um humano precisava de três refeições a fim de se sustentar.
Ele não poderia enviar Nahiri de volta ao Templo. Ele sabia disso agora. Ele a queria em sua
vida, em sua Casa, em sua família.
Como sua companheira.
A realização o balançou.
Ele evitou compromisso de uma união por muitos longos séculos, mas agora, depois de um
punhado de horas, ele estava pensando em como ele poderia convencer Nahiri a ficar. A pertencer a
ele. Para sempre, se ela assim quisesse.
E ele queria que o para sempre começasse o mais cedo possível.
Ele já estava irrompendo para fora de seu escritório e para o corredor, quando seu celular
tocou. O número de Naell surgiu na tela. Dev respondeu a chamada sem uma saudação. — Estou
voltando para a vila agora. Diga a Nahiri que eu quero falar com ela assim que eu chegar...
— Dev. — A voz profunda de seu irmão era desagradável, hesitante.
— O que está errado?
— É Nahiri... ela sumiu.
O coração de Dev pulou uma batida em seu peito. — Sumiu. Você quer dizer que não pode
encontrá-la?
— Ela se foi Dev. Kai acabou de chegar dos jardins e me disse. Ele disse que dois anjos com
facas pretas a levaram de volta para o Templo.
Os pés de Dev pararam de se mover. Cada célula de seu corpo congelou, frio de pavor. —
Diga a Ram para providenciar um jato e um piloto. Diga a ele que o quero abastecido e pronto para
mim agora.
O helicóptero estaria pronto mais rápido, mas não poderia fazer o longo voo para onde Dev
precisava ir.
E, embora um Incubus pudesse se teletransportar, seria muito desgastante percorrer esta
distância e estar apto para a batalha do outro lado. E se fosse uma batalha que o aguardava com as
Três ou qualquer uma de suas Espadachins, ele iria passar até a última delas até chegar a Nahiri.

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— Você vai atrás dela, — disse Naell, nenhuma surpresa em seu tom de voz. — Você se
importa com esta Espadachim irmão?
— Sim, — disse Dev. — Eu não quero viver sem ela.
— Então eu mesmo vou levar você até lá, — disse Naell. — Ram e eu estaremos esperando
por você.
— Estou indo agora.
Dev guardou seu telefone, em seguida desapareceu em um redemoinho de magia demoníaca.

Capítulo 9

As duas Espadachins de negro trouxe Nahiri até a Câmara Suprema do Templo como se ela
fosse uma condenada a ser levada diante de seus algozes.
Enquanto Nahiri era escoltada até o corredor central do vasto salão, em direção as escadas
que conduziam a tela de madeira de sândalo e ao trio de sacerdotisas por trás dele, ela percebeu a
quão adequada à sensação era.
Os olhos que suas companheiras Espadachins do templo lançaram a seus trajes, com uma
aberta, porém silenciosa desaprovação, era estranho. Sentia-se em evidência, o brilhante e solar
vestido turquesa e seu cabelo solto, era pior do que andar nua sem a presença de suas reconfortantes
roupas de linho e bainhas de armas de couro.
A frente dela, Valina olhou para sua aproximação. A Nephilim loira estava do lado direito
das escadas da Câmara Suprema hoje. Outra Espadachim tinha sido promovida ao ex-posto de
Valina.
Um dia tinha se passado e foi suficiente para Nahiri ter sido substituída.
Esquecida, com base nos olhares de todos que olhavam para ela agora.
— Traga-a para frente, — uma das Três comandou do alto de sua posição elevada.
As duas Espadachins colocaram Nahiri em movimento, a de olhos cinzentos utilizando mais
força que o necessário. Nahiri lançou uma carranca para a espadachim, ainda fervendo pela forma
como a guerreira também havia sido dura com Kai na vila. — Você desonra sua posição, se
ameaçar crianças e adversários desarmados, lhe dando tanto prazer.
A espadachim sorriu levemente. — Não me fale em desonrar minha posição... puta. —
Nahiri assobiou com o insulto sussurrado. Furiosa, ela lutava para se soltar de seu domínio.
— Chega! — a censura falada do alto das escadas foi curta, grave.

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No silêncio que se seguiu em resposta, Nahiri olhou para as demais Espadachins do templo
em busca de sinais de apoio. Nenhum dos olhares solenes encontrara seus olhos. Era como se
soubessem tudo sobre onde ela esteve, o que tinha feito... e com quem.
Era como se todos compartilhassem a avaliação da Espadachim de olhos cinzento sobre ela.
Será que as Três também?
Ela endireitou os ombros e levantou o rosto em direção à tela obscurecida acima. — Suas
Graças, — ela disse, recusando-se a mostrar qualquer medo ou vergonha. — Qual é o sentido da
minha volta, se não para tomar o meu lugar novamente aqui no Templo? Porque me trazer de volta?
— Você é uma Espadachim Nahiri. — Simples constatação, sem nenhuma afeição ou
perdão em seu tom ou em suas palavras. — Uma pena que você tenha se esquecido deste fato tão
rapidamente sob a servidão do demônio da Casa Gravori.
— Eu não fui sua serva, — ela respondeu. — Qualquer coisa que eu tenho feito foi por
vontade própria. Eu nunca, nenhuma vez me esqueci de que sou uma Espadachim. Devlin Gravori
foi capaz de olhar além disso, eu ou alguma de vocês pode dizer o mesmo agora? Alguém aqui pode
me ver além da minha posição neste Templo, ou da vergonha que vocês pensam que eu trouxe a
ele?
— Você se provou fraca Nahiri. — Disse outra das Três. — Mas você também é jovem, e
por essa razão, nós decidimos ser indulgentes. Nós vamos colocar você no Harém...
— O que? — ela recusou a ideia, balançando a cabeça vigorosamente. A Espadachim de
olhos cinzentos apertou a mão em Nahiri, forçando seu braço em um ângulo doloroso em suas
costas. — Não. Vocês não podem fazer isso. Eu não vou.
— Você vai Nahiri. Mesmo que nós tenhamos que trancá-la a sete chaves.
Ela não podia acreditar nisso. Recusava-se a aceitar que pudesse ser enviada a um lugar para
que outro Incubis a tocasse, se deitasse com ela. Havia apenas o toque de um homem que ela queria
agora, e se ele não a queria, ela nunca poderia dar-se a qualquer outra pessoa. Pânico e indignação
infiltraram-se em suas veias. — Vocês irão me banir para o Harém simplesmente porque eu fiz
amor com Devlin Gravori?
— Não Nahiri. Porque você está carregando o seu filho.
Ao longe ela ouviu a onda de suspiros que viajou pela Câmara Suprema. Mesmo Valina
parecia atordoada com a situação.
Ninguém estava mais chocada do que Nahiri. Poderia ser verdade? A ideia a surpreendeu.
Ela sentiu uma inundação instantânea de emoção neste momento. Alegria. Maravilha. Tristeza, por
pensar que Dev não a tinha querido de verdade, que tinha a intenção ele mesmo de mandá-la de
volta para o templo.

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E ela sentiu confusão também.


— Como vocês podem saber algo assim? — perguntou as Três. — Se é verdade, isto não
pode ter acontecido a mais do que há algumas horas atrás.
Houve apenas silêncio por um tempo, então uma das sacerdotisas respondeu: — Nós sempre
sabemos o instante em que uma semente do demônio é plantada no ventre de uma mulher.
— Tudo isso faz parte do equilíbrio, — acrescentou outra.
— É nosso dever divino, — disse a terceira.
Enquanto falavam, um novo tipo de pavor começou a tomar forma dentro de Nahiri. Algo
estava muito errado sobre o que elas estavam dizendo. — O que quer dizer, é seu dever divino? O
que vocês têm feito?
— Você vai para o Harém, — disse uma delas. — Você vai ter o seu filho lá, então nós
vamos decidir o que fazer com você.
— Não — Nahiri rosnou com raiva. — Eu me recuso a aceitar isso. Vocês não podem me
forçar a ir para o harém, e eu não vou permitir que vocês tenham nada a dizer sobre o meu bebê.
— Nós podemos mandar você para o Oubliette em vez disso.
A ameaça a atingiu como um golpe físico. Sua arrogância a enojava agora. — Dev estava
certo sobre vocês. Vocês estão longe da santidade. Todo esse seu discurso sobre o equilíbrio é uma
farsa.
Atrás dela, a espadachim de olhos cinzentos puxou o braço de Nahiri quase à beira da
ruptura. Ela gritou com a dor, então ela ficou imóvel quando a borda fria de um punhal de obsidiana
veio descansar significativamente sob seu queixo. Nahiri não lutou. Apenas por seu futuro filho.
— Leve-a daqui, — uma das Três ordenou. — Tranque-a nos claustros para aguardar o
transporte para o Harém.
— Com prazer, — a Espadachim de olhos cinza sussurrou perto do ouvido de Nahiri.
— Não você Tera, — a Sacerdotisa acrescentou. — Você fica. Valina vai em seu lugar.
Nahiri observou sua antiga rival dar um passo à frente para cumprir a ordem. A loira
encontrou seu olhar apenas por um instante, viu piedade e logo depois uma expressão ilegível em
seu olhar solene.
— Por aqui, — Valina murmurou.
A outra Espadachim sombria colocou Nahiri em movimento, levando-a para fora da Câmara
Suprema sob os olhares desdenhosos de suas antigas amigas e colegas.

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As horas que levaram para sobrevoar o deserto foram pura agonia para Dev.
Louco de preocupação pela mulher que significava o mundo para ele, ele não tinha paciência
para a unidade que o levaria para o vale na montanha onde o templo estava escondido. Em vez
disso, logo que o jato privado tocou o chão, ele saltou de sua cadeira e irrompeu pela porta de saída.
Ele olhou para os Incubis que o haviam acompanhado nessa busca. — Se eu não voltar em
uma hora, vão embora.
— Com o diabo que vamos, — disse Naell.
O resto de seus irmãos – Arionn, Bannor, até Zaban – todos assentiram em acordo.
Ram deu um passo adiante com meia dúzia de guardiões atrás dele. — Se você não estiver
de volta em uma hora, nós vamos atrás de você e vamos rasgar o maldito templo abaixo.
Ele apreciou o apoio. No entanto, ele estava diante de um problema que não poderia resolver
com força bruta ou magia demoníaca, então a última coisa que queria era que seus parentes
estivessem sob fogo.
E se ele conseguisse entrar no Templo e encontrar Nahiri apenas para ela o rejeitar?
Ele não quis considerar essa possibilidade.
Porque ele não confiava em si mesmo para deixá-la ter essa escolha.
Ele a amava, e viessem o inferno ou a inundação, ele iria levá-la para sua casa.
Dev assentiu tristemente para os outros homens, e então se desmaterializou.
Momentos depois, ele estava de pé na Câmara Suprema do Templo.
O lugar estava tranquilo, vazio, a não ser pelas Espadachins na base das grandes escadas.
Nahiri não era uma delas.
A Nephilim loira que tinha estado lá no dia em que invadiu primeiro a Câmara das Três
estava. Ela aparentemente tinha sido promovida durante a ausência de Nahiri. A nova capitã da
guarda do templo ficou um pouco pálida assim que seus olhos deram com ele.
Em seguida, ela se lançou para frente em um grito de guerra brutal, puxando seus punhais de
obsidiana. Sua segunda, uma morena, seguiu logo atrás dela.
Dev atingiu as duas com seu poder.
Elas desaceleraram, suas expressões passando da fúria intermitente ao derretimento da
excitação. A guarda inferior baixou suas lâminas em um barulho e começou a acariciar os seios
pequenos sobre a túnica de linho que ela usava.
A loira estava lutando para resistir ao seu charme também, mas havia pouca luta nela
quando Dev foi para frente arrancou as facas das mãos dela. Ele prendeu sua cabeça debaixo do
braço.

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— Onde está Nahiri? — ele rosnou contra a orelha da Nephilim. — O que elas fizeram com
ela?
A espadachim estava ofegante, seu bonito rosto indulgente com desejo forçado. — Você não
a quer, você pode me ter.
— Diga-me, — ele fervia.
— O Harém, — ela murmurou.
O peito de Dev ficou de repente oco, frio de pavor. — Quando? Malditas, há quanto tempo
ela foi embora?
— Ainda não — a voz da loira estava arrastada grossa. Bêbada com a luxúria, ela estendeu a
mão para acariciar seu rosto, mas ele desviou para longe do seu toque com um rosnado. — Ela não
foi para lá ainda, mas em breve... por causa do bebê.
A Nephilim não fazia nenhum sentido agora. Seria possível que ele tivesse estragado sua
mente quando ele a enfeitiçou e a outra Espadachim do templo?
— O bebê? — perguntou ele. — Do que diabos você está falando?
A loira sorriu para ele, o tipo de sorriso que transformaria qualquer homem em massa em
suas mãos. Qualquer homem menos ele. Havia apenas uma mulher capaz de fazer isso com Dev
agora.
— Você não sabia? — ela perguntou. — As Três sabiam. Elas não estão muito satisfeitas
com Nahiri no momento.
A Nephilim olhou para ele, seu olhar estava embriagado pelo seu poder, sem foco. Ela
baixou a voz em um sussurro conspiratório, rouco. — Ela vai ter um filho do Diabo. Do Diabo
Gravori. — Dev ficou dormente.
Não poderia ser verdade... poderia?
Fizeram amor só hoje. Apenas há algumas horas atrás.
E ele estava tão fora de controle, imprudente o suficiente para derramar sua semente em
Nahiri. Havia uma parte dele que não conseguia lamentar, mesmo que ela não fosse sua. Ele não
conseguia se arrepender de qualquer parte do tempo em que estiveram juntos, exceto pelo fato de
que isso foi muito breve.
Será que ele poderia se atrever a acreditar no que esta Nephilim bêbada de luxúria estava
dizendo a ele? Poderia Nahiri realmente estar transportando seu filho depois de apenas um tempo
juntos? E, se foi como as Três já estavam cientes disso?
Ele não tinha tempo para tentar descobrir como qualquer uma dessas coisas era possível no
momento. Tudo o que importava era Nahiri. Ele não iria embora sem ela.
— Leve-me para ela. Rapidamente, — ele comandou a Espadachim loira.

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Ela levou-o para fora da parte de trás do templo, para os claustros onde aparentemente as
Espadachins viviam. Na parte de trás do longo quartel estava uma porta trancada.
Uma cela sem janelas, ele percebeu enquanto se aproximavam.
Seus sentidos se acenderam de indignação, com a certeza de que Nahiri estava presa dentro
do lugar sombrio.
— Abra-o.
A loira tirou uma chave e a torceu na fechadura de ferro pesado. Ela se abriu, e Dev fez de
tudo para não jogar a outra Nephilim de lado quando ele saltou para abrir a porta.
— Nahiri.
Ela estava sentada no chão de terra na escuridão, os braços em volta dos joelhos. Sua cabeça
tinha caído em direção a seu peito, mas a cabeça dela se levantou no instante em que ouviu a voz
dele.
Esperança surgiu em seu rosto, em seguida, sua expressão mudou para uma cautelosa
incerteza.
— Meu amor, — disse ele, duas passadas o levando até ela.
Ela chorou, um som abafado, sem palavras, de alívio quando ele a puxou para seus braços e
a abraçou.
Era tão bom tê-la em seus braços. Quente e forte e, graças a Deus, toda sua.
— Dev, — ela sussurrou contra seu peito. — Eu não achei que você viria. Naell me disse
que você iria me enviar de volta para o Templo, então eu achei que eu não importava...
Ele a silenciou com um beijo feroz e desesperado. Ele recuou, emoldurando seu rosto bonito
num toque gentil. — Você é tudo que importa. Você é tudo pra mim Nahiri.
Seu choro sufocado estava cheio de alegria e alívio. Seus olhos escuros estavam cheios de
tanta afeição – tanto amor – que ele mal podia respirar com a visão disto.
— Dev há algo que você precisa saber...
— Você me ama?
— Sim, — ela respondeu, sem nem mesmo hesitar. — Eu te amo, Devlin Gravori.
— Então, isso é tudo que eu preciso saber agora.
Ele a beijou novamente, em seguida voltou sua atenção para a Nephilim loira caída contra o
batente da porta. Seu olhar ainda estava pesado, a fêmea ainda totalmente sob seu domínio.
— Vá agora. Diga as Três que eu vim reclamar o que me deviam, — ele rosnou. — Se elas
vierem atrás desta mulher ou qualquer outra pessoa da minha família, elas vão responder perante
mim. E não haverá misericórdia para elas.

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Quando ela balançou a cabeça e girou para deixá-los, Dev envolveu Nahiri em seus braços.
Ele pressionou a boca na dela, convocando a magia demoníaca que os ia teletransportar para a
liberdade. A energia girou em torno deles. — Você está pronta para voar de novo comigo anjinho?
— Sim. — O sorriso de Nahiri o acendeu como nada mais poderia. — Tire-me daqui Dev.
Me leve para casa.

Capítulo
Capítulo 10

Nahiri estava nua na decadente cama de Dev, apreciando a sensação dele estendido ao lado
dela enquanto eles flutuavam de volta para Terra depois de um orgasmo que os tinha feito voar.
Eles estavam em casa há uns dois dias, tudo que havia acontecido no Templo não parecia
mais do que um sonho ruim.
Casa.
Nahiri estava lentamente se acostumando com a ideia de que este tipo de moradia, a ilha
cidadela era a sua casa. Ela era agora um membro desta Casa Incubis. Esta era agora sua grande e
barulhenta família. Sua brilhante, colorida, apaixonante e incrível vida nova.
E Dev, seu amante demônio.
Seu companheiro.
O pai do pequeno milagre crescendo dentro dela.
Ela nunca imaginou ter todas estas dádivas, muito menos Dev e o bebê que eles teriam daqui
a nove meses.
Agora ela já não podia sonhar em querer mais nada.
Iria pesar sobre ela para sempre que a sua felicidade com Dev tenha vindo por meio de uma
morte e violências tão terríveis. Nahiri tinha feito sua missão pessoal ter certeza de que o filho de
Marius nunca se sentisse sozinho. Ela e Dev não poderiam substituir o pai de Kai, mas entre os dois
e o resto do clã Gravori, o menino teria sempre o cuidado e atenção de uma família que o amava.
Assim como seu bebê.
Ela suspirou baixinho quando Dev acariciou a superfície plana de seu ventre. Ele tinha sido
de uma infinita ternura em cada momento desde que tinham retornado do templo, fazendo amor
com ela lentamente, pacientemente, como se ela pudesse quebrar.
Sinceramente, isso a estava deixando a beira da loucura.
Ela estendeu a mão e levou a sua cabeça, puxando-o para baixo em um beijo profundo e
sensual.

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Ele grunhiu de surpresa, mas não pareceu convencido a deixar que ela varresse a língua
dentro de sua boca em confusão com a dele. Ele riu enquanto ela o manobrava debaixo dela e subia
em cima dele, montando sobre sua nudez. Ele deu um gemido grosso, seu pênis empurrou contra
seu calor úmido quando ela posicionou sua fenda em seu comprimento, em seguida, deixou-se cair
até o fim.
— Ah, merda. Nahiri, não, — ele resmungou, segurando seus quadris quando ela começou
um ritmo forte e implacável.
— Devemos ser cuidadosos.
— Nós vamos ter tempo de sobra para ter cuidado. — Ela balançou contra ele, construindo
seu ritmo. — Nesse momento eu quero voar.
— Foda-se, sim, — ele murmurou, seu olhar fixo em seus olhos citrinos com pura
necessidade. Ela sentiu sua energia demoníaca a envolver enquanto ela montava mais forte, sem
piedade. Era um grande prazer ser a amante de Devlin Gravori, sabendo que era apenas a sua paixão
que sustentava este poderoso Mestre Incubus, e isso fazia seu sexo ainda mais explosivo e
consumidor.
E quando os dois finalmente chegaram ao momento, seus gritos de libertação combinados
abalaram as grossas madeiras do quarto.
Dev virou-se e a beijou sem fôlego. Seu pênis cutucou seu quadril pronto para mais uma
rodada. Ele sorriu. — Você pode se arrepender de ter me dado permissão para fazer o meu pior,
pequena Espadachim.
Ela riu, olhando-o com olhos amorosos. — Seu pior é o melhor.
Quando eles se beijaram novamente, ouviram uma batida na porta. Dev rosnou, puxando-a
para si. — Vá embora. Eu estou fazendo amor com minha companheira.
— Eu sinto muito Dev. — A voz de Arionn, com sinais de apreensão. — Há uma mulher no
andar de baixo. Uma Nephilim. Ela está pedindo para ver você e Nahiri.
Eles se movera para fora da cama, sem palavras, vestiram-se às pressas, nenhum deles se
atreveu a tentar adivinhar o que havia chegado a sua porta.
Nahiri correu pelo corredor com Dev, então congelou no topo da escada. Ela ficou surpresa
ao ver o rosto familiar tão longe da Câmara Suprema. — Valina.
— Eu não sabia mais para onde ir, — a Espadachim murmurou.
Nahiri e Dev desceram juntos as escadas para encontrá-la. — Você deixou o Templo.
Ela assentiu com a cabeça. — Eu não podia ficar. Eu não poderia mais servir as Três. Não
depois do que eu soube.

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— O que aconteceu? — a voz de Dev era controlada, mas Nahiri podia sentir o medo de seu
companheiro.
— Depois que você se foi, eu fui entregar sua mensagem para as Três. — Valina olhou de
Dev para Nahiri claramente chateada. — Elas estavam se encontrando com Terah...
— A Espadachim que veio para me levar de volta para o Templo, — explicou Nahiri a Dev.
— Aquela que ameaçou Kai com sua adaga.
Valina assentiu. — Foi Terah que matou Marius e sua amante. E as Três sabiam. Elas deram
a ordem.
A maldição que Dev deu em resposta foi violenta, letal. A de Arionn foi igualmente profana,
e a conversa que tomava lugar no vestíbulo chamou o resto dos irmãos Gravori e metade dos
guardiões também.
— Você está certa de que as Três fizeram isso? — perguntou Dev, fúria em cada palavra. —
Elas ordenaram o assassinato de meu irmão?
— Não do seu irmão, — disse Valina. — Isso foi obra de Terah. Foi seu erro. As Três a
executaram por isso.
Dev franziu a testa, mas foi outro irmão que falou agora, de cabelos escuros, Zaban. — Se
não era Marius o alvo pretendido, quem era então.
— A mulher humana? — Perguntou Dev.
Valina assentiu. — Ela estava grávida... de um bebê de Marius.
— Impossível, — Naell interrompeu. — Não houve uma gravidez humano/Incubus em
séculos.
— Porque as Três não tem permitido isso, — Nahiri murmurou. E tudo fazia sentido para
ela agora. Os assassinatos, as intenções obscuras para ela antes que a condenassem ao Harém. —
Elas sempre sabem o instante em que uma semente demoníaca é plantada no ventre de uma mulher.
Isso foi o que elas me disseram.
— E é o seu dever divino para manter o equilíbrio, — Valina acrescentou sombriamente. —
Elas as estão matando Nahiri. Elas estão se certificando de que nenhuma criança jamais nasça de
um ser humano e de um Incubus.
— Até que ponto a corrupção se infiltrou? — Arionn pensou sombriamente.
Um dos outros irmãos Gravori adivinhou: — Talvez todo o caminho até o Trono Obsidian.
Nahiri sentiu um vento frio passar sobre ela quando olhou o olhar preocupado de Valina, e
as feições sombrias e perigosas dos homens Gravori.

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Com Dev e seus parentes Incubis, ela tinha encontrado uma fatia de felicidade, um
verdadeiro de paz e de pertencimento que ela jamais havia conhecido, mas estava claro que o
conflito entre os dois mundos estava longe de terminar.
Dev a puxou para mais perto, sob o forte amparo de seu braço. — Se isto se provar verdade,
se o Soberano e aqueles em torno dele vieram a ser conspiradores e assassinos, então, deixe-os
saber – a guerra que virá a eles a partir desta Casa e das outras sete que ainda permanecem vai
abalar as portas do Céu e do Inferno.

Desalmado
Desalmado
Casa de Romerac
Donna Grant

Capítulo 1
Os gemidos e gritos dos condenados presos no Oubliette eram misturados com o riso de seus
algozes. Tudo isso era um lembrete constante de que Canaan nunca seria livre da prisão
sobrenatural para executar sua vingança sobre aqueles que o traíram.
Ele não sabia há quanto tempo ele estava no Oubliette ou exatamente porque ele tinha sido
traído por seus irmãos.
— Você está enfraquecendo Canaan. Eu posso ver isso.
Ele escondeu sua careta e deixou seu olhar deslizar das fileiras de celas e dos prisioneiros
dentro delas para a Guarda – uma fêmea tão terrivelmente feia em seu rosto bestial que poucos
podiam olhar para ela.
Canaan olhou tempo suficiente para ver suas asas de morcego de couro dobrado, sua longa
cauda rígida e suas garras penduradas em seus lados. Não era a sua pele cor de carmim que fazia as
pessoas vacilarem. Eram as cobras deslizando sobre sua pele e o cheiro de enxofre. Sem mencionar

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a luz branca e ofuscante que vinha dos olhos dela o que tornava impossível olhar diretamente para
ela.
Muriel estava certa. Ele estava se enfraquecendo, mas, qualquer Incubus estaria quando
abrisse mão do prazer sexual. Não que Muriel não tivesse mulheres bonitas para ele escolher. Havia
outra coisa o impedindo de se alimentar.
— Eu estou bem, — afirmou com voz firme.
A risada de Muriel foi profunda e quase sedutora, se não fosse a língua bifurcada que
lambeu os lábios. — Você não pode me enganar Incubus. Quantas vezes eu já lhe levei a beira da
morte só para trazê-lo de volta com uma pequena medida de sexo com as escravas humanas dentro
dos meus muros? Demais para contar. E você sabe disso.
Canaan a enfrentou, obrigando-se a olhar para sua cara grotesca, mas não para os olhos. —
Você acha que eu não me lembro da tortura?
— Eu acho que você ainda está à procura de uma saída. Não existe uma.
Ele não entendia como Muriel sempre parecia saber os pensamentos daqueles que estavam
no Oubliette, mas ela não tinha errado nem uma vez. Era um fato que ele procurava uma saída. Seu
primeiro passo foi abrir mão de sua alma para ela. Tinha sido surpreendentemente indolor. Ou
talvez ele tivesse sofrido por tanto tempo que ele não mais a reconhecia.
Ao dar livremente sua alma, ele deixou de ser torturado, até distribuiu tortura para os outros.
Como demônio sexual, seu objetivo era prazer não dor. Estranhamente, ele não pensou duas vezes
sobre isto.
— Você nunca vai deixar este lugar, — disse Muriel novamente.
Canaan olhou Por cima do ombro para a parede forrada com prateleiras. Após estas
prateleiras estavam os frascos claros que guardavam as almas que ela havia recolhido. Cada alma
era de uma cor diferente, dependendo da criatura ou do demônio.
Ele sabia exatamente qual era a cor de sua alma, era vermelha. Havia mais de uma dúzia de
frascos vermelhos em cima das prateleiras. Se ele soubesse qual era a dele...
— Eu sei, — disse ele. — Eu estou aqui para sempre.
Ela mancou em torno de seu quarto, as garras de seus pés soando alto sobre as pedras. —
Você foi o Mestre de sua Casa. Os Romerac são uma poderosa família Incubus. Você deve ficar
feliz em saber que eles permanecem assim com Teman no comando.
Canaan interiormente fervia, com o cuidado de impedir qualquer emoção de transparecer.
Ele ainda não podia acreditar que Teman e Levi se voltaram contra ele. Após a morte de seu pai
eram apenas os três. Eles eram fortes juntos. O que lhes tinha separado?

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— É bom saber disso. — Canaan passou por Muriel e olhou para a mesa de instrumentos de
tortura que havia para que ele escolhesse um. Ele tinha sido escolhido para punir um demônio Alp
que dava pesadelos aos seres humanos.
— Quanto mais cedo você deixar a sua antiga vida ir, mais cedo você fará daqui a sua casa,
disse Muriel bem atrás dele.
Ela se movia lentamente, ruidosamente. E ainda assim ela conseguiu deslocar-se logo atrás
dele sem que Canaan percebesse. Havia obviamente mais em Muriel do que ele imaginava.
Ele virou a cabeça para que pudesse vê-la com o canto do olho. — Eu não teria lhe dado
minha alma se eu não estivesse preparado para fazer desta a minha casa.
— Era só isso que eu queria ouvir. — Ela começou a se afastar, mas antes fez uma pausa e
disse: — Oh, e não se esqueça de visitar os seres humanos.
— Eu não gostaria de ter sexo com a mesma mulher mais de uma vez.
— É claro, — Muriel murmurou. — Eu esqueci. Mas pensei que vocês Incubis só eram
impedidos de fazer sexo com a mesma fêmea quando ela pertencia aos Nephilins.
Canaan escolheu uma lâmina longa e curva, e braçadeiras com formato de torno como suas
armas antes de se virar para Muriel.
— Incubus não tem relações sexuais com a mesma mulher – seja humana ou Nephilim –
mais de uma vez por precaução. Se uma Nephilim pode se tornar imortal após o acasalamento
repetido com um Incubus, como podemos dizer que um ser humano também não possa?
— O sangue anjo corre pelas veias Nephilim, — Muriel afirmou categoricamente. Desde o
primeiro momento que ele tinha sido lançado no Oubliette, Muriel o tinha perseguido por
informações sobre os Incubis. Ele havia se recusado a princípio, mas não levou muito tempo para
perceber que Muriel sabia mais do que deixava transparecer.
— Porque você está tão interessada nos Incubis?
Ela acenou com a mão cheia de garras. — Sou curiosa sobre todas as criaturas que eu
supervisiono.
Canaan não era um tolo. Ela estava mais do que simplesmente curiosa sobre sua raça, os
Nephilins e os seres humanos. O porquê disso ele ainda tinha que descobrir. Mas ele o faria.
Ele tinha uma eternidade que se estendia a sua frente.
Com suas ferramentas na mão, ele saiu do quarto para baixo do infinitamente longo corredor
onde seu alvo aguardava. Dentro havia um demônio que ostentava chifres grossos que saiam do
lado do seu crânio, cabelos louros e pele cinza escuro. Assim que Canaan se aproximou da cela, as
barras de ferro tornaram-se transparentes, permitindo que ele entrasse.
— Está na hora, — disse ele ao demônio Alp.

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O macho puxou as correntes travadas em torno de seu pulso e que o prendiam de pé com os
braços estendidos contra a parede de pedra. — Eu sei quem você é.
Canaan parou. Esta era uma tática diferente. Normalmente sua presa implorava, chorando e
pedindo para que ele adiasse ou fizesse mais leve.
Esta era sua primeira vez torturando um demônio Alp, que eram conhecidos por suas
mentira e duplicidade. E ainda assim havia algo nos olhos do demônio que o fizeram parar.
— Quem sou eu? — perguntou Canaan.
— Canaan Romerac, Mestre da Casa Romerac, um Incubus com incrível força e a
capacidade de sacudir o mundo.
Ele só podia olhar para o demônio, sem saber se era um truque ou não. — Eu nunca conheci
você, e os demônios Alp não tem uma conexão com os Incubis. Como é que você me conhece?
— Eu vou explicar tudo depois que escapar.
Canaan deveria ter adivinhado. — Não há fuga do Oubliette. Toda criatura sabe disso.
— Mas existe, — o demônio insistiu em tom suave. Ele empurrou nas correntes novamente
e apertou os lábios juntos. — Olha a prisão se move constantemente certo?
— Certo, — Canaan concordou em tom aborrecido.
— Mas há apenas poucos que sabem quando as paredes entre a prisão e o mundo exterior
são tão finas que você pode passar por elas. Deste modo, escapar.
Era bom demais para ser verdade. De todos os contos que se tinha ouvido falar da infame
prisão sobrenatural, nem um prisioneiro haviam escapado. Nunca.
— Você está mentindo.
O demônio balançou a cabeça violentamente para trás e para frente. — Eu não estou. Você
precisa acreditar em mim porque isso não vai durar muito, apenas alguns minutos.
— Porque eu deveria acreditar em você?
— Porque eu sei quem te traiu.
Canaan se inclinou, um ombro contra a parede ao lado dele, e estreitou seu olhar sobre o
demônio diante dele. — Eu também.
— Você só sabe uma parte do que aconteceu. Eu sei de tudo Canaan.
Ele se endireitou lentamente, apertando os instrumentos que ele estava pronto para usar
torturando o demônio. — Diga-me.
— Depois de escapar.
Canaan deu um passo para o demônio e levantou a lâmina. — Você vai me dizer agora.
— Se eu te disser agora você não vai me levar com você.

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— Se você não me disser, — ele disse, e diminuiu a distância entre eles, — Você vai sentir
o quão persuasivo eu posso ser.
O demônio engoliu em seco visivelmente, seu olhar sob a arma. — A ideia de te jogar aqui
dentro não veio de seus irmãos. Ela veio de mais acima.
— O Conselho? — ele perguntou confuso. — Porque as outras Casas Incubis me querem
fora do quadro? A casa de Romerac ainda é forte.
O demônio estava balançando a cabeça bem no meio das palavras de Canaan. — Mais
elevado Canaan.
A única coisa mais elevada era o Trono Obsidian. Ter o trono era ter o maior poder na Terra.
O Soberano controlava os portões para o Céu e para o Inferno.
— Sim, — o demônio disse. — Agora você entende.
Canaan podia entender quem o havia traído, mas ele não conseguia entender o porquê. —
Como você sabe tudo isso?
— Eu era parte disso, — o demônio admitiu depois de uma breve hesitação.
Fúria escura e grossa levantou-se dentro de Canaan. O cabo da adaga quebrou em sua mão e
o chão tremeu.
— Se você me matar agora, você nunca vai saber o resto, — o demônio apressadamente
acrescentou. Demorou a Canaan ter um controle considerável para deixar para trás sua raiva.
Quando ele fez, o tremor nas paredes se interrompeu.
O demônio deixou escapar um longo suspiro. — Eu fui colocado aqui porque eu sei demais.
Ninguém sabe que você não está mais sendo torturado e agora esta torturando. O Soberano nunca
teria me enviado aqui se ele achasse que poderíamos conversar.
— Porque ele fez de mim um alvo?
— Eu te disse, você é forte Canaan. Com apenas um pensamento você pode começar um
terremoto ou a erupção de um vulcão em algum lugar do mundo. O tempo do Soberano está
chegando ao fim, e seu nome estava no topo da lista para ocupar seu lugar.
Canaan estava tão surpreso quanto quando foi arrastado de sua cama no meio da noite e
jogado no Oubliette. Todos os Mestres de Casa Incubis do mundo eram poderosos. E todas as Casas
queriam o Trono.
— Meus irmãos são tão fortes quanto eu, — disse o demônio. — O Soberano não ganhou
nada em me colocar aqui.
O demônio não teve coragem de encontrar seu olhar. Houve um momento de silêncio, antes
que ele deixasse escapar um longo suspiro e dissesse: — Teman concordou em alterar seu nome de
Casa de Romerac para Marakel.

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Canaan sentiu como se tivesse sido apunhalado como um otário. Era pior do que a traição a
ele. Esta era uma traição a toda a Casa Romerac. — O Soberano não tem família, não há herdeiros.
Sua Casa vai morrer com ele, mas com o acordo de Teman, é a minha Casa que vai morrer e a Casa
dos Marakel que vai viver.
— Agora você está percebendo toda a imagem.
— Há muito mais.
O demônio sorriu maliciosamente. — Não há sempre?
— Diga-me.
— Uma vez que você nos tirar daqui.
Canaan caminhou lentamente pela cela, enquanto secretamente olhava ao redor. Do outro
lado Canaan observou uma criatura de pele branca sentada amontoada em um canto de costas para
eles falando para si próprio. Em ambos os lados dele estavam demônios acorrentados e perdidos em
suas próprias mentes.
Se ninguém ouviu nada, Canaan não podia ter certeza. O lado de pedra e as paredes traseiras
deram aos prisioneiros alguma privacidade, mas o som ecoava bem no cárcere.
Canaan desejava que o demônio tivesse sido colocado nas masmorras mais baixas, onde ele
tinha estado. Lá, um grupo seleto era mantido isolado de todos, exceto de seus torturadores.
— Canaan? — o demônio perguntou em um sussurro. — O que você diz? Devemos sair e
nos vingar?
Ele balançou a cabeça para o demônio. — Você era parte do plano que me colocou aqui.
Que vingança você tem?
— Eu posso ajudá-lo a chegar perto do Soberano.
Canaan se recusou a colocar todas as suas esperanças em um demônio que ajudou a traí-lo.
Ele faria isso por conta própria, bem como tomar seu lugar de direito como Mestre da Casa
Romerac.
— Onde a parede está mais fina?
— Eu posso te mostrar, — disse o demônio.
Canaan não perdeu mais um minuto. Ele caminhou para o demônio e agarrou as correntes.
Assim como a entrada das celas, as algemas o reconheceram como um torturador e soltaram o
demônio. Quando os braços do demônio caíram, Canaan agarrou-o pela parte de trás do pescoço e
chutou atrás dos joelhos, colocando o demônio de quatro em um instante, Canaan tinha os braços do
demônio atrás das costas e acorrentados.
— Então você me trai agora?
Canaan empurrou-o de pé e o levou para fora da cela. — Eu não lhe prometi nada.

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— Já se passaram quase 500 anos desde que você foi despejado no Oubliette. Muitas coisas
mudaram no mundo.
Canaan sinceramente esperava que sim, porque ele planejava usar tudo e todos como
vantagem em sua jornada.
— Onde está a parede mais fina? — perguntou uma segunda vez.
— Na parte superior do lado esquerdo.
Era no escritório de Muriel, mas mesmo isso não impediu Canaan. Ele havia encontrado
uma saída. E ele iria sair de um jeito ou de outro.
No momento em que chegaram ao topo da prisão, Canaan desejava ter tomado um momento
para se alimentar de um humano. Ele estava se enfraquecendo, e ele precisava de sua força. Uma
vez que ele estivesse de volta à Terra, ele poderia ter sua escolha de mulheres.
O demônio Alp não tinha calado a boca nem sequer uma vez desde que tinham deixado a
cela. Canaan desejou ter algo para enfiar em sua boca. Ele estava cansado de ouvir sobre todas as
maneiras como o demônio poderia ser útil.
No entanto, nesta curta caminhada, Canaan aprendeu mais sobre os telefones celulares,
carros, aviões e trens. Ele não ia a pé para o mundo, completamente ignorante de suas mudanças.
— Canaan, — disse Muriel, quando ele entrou em seu escritório. Ela se levantou
desajeitadamente de sua cadeira e olhou dele para o demônio que ele carregava a frente dele. — O
que está acontecendo?
— Ali, — disse o demônio e apontou para a parede à esquerda de Canaan. Quanto mais
Canaan olhava pra ela, mais parecia que algo estava errado com as pedras, como se alguém tivesse
pintado por cima delas com uma cor que não combinava muito bem com sua escuridão.
— O que significa isso Canaan? — Muriel exigiu.
Canaan girou o olhar para ela. — Estou indo embora.
— Indo embora? — Mesmo com suas feições grotescas ele poderia dizer que ela franziu a
testa, sua confusão evidente. Ela bateu a cauda para baixo. — Como é que você se propõe a fazer
isso?
— Eu vou atravessar essas paredes.
Ele tinha dado três passos, o demônio puxando-o para a parede. Canaan não podia acreditar
que estava prestes a estar livre. De repente, o demônio Alp soltou um grito assustado e caiu a frente
com um grande punhal cravado em suas costas.
Canaan se virou para encarar um dos guardas, um goblin, com um punhal na mão. Canaan
dobrou-se para agarrar a adaga do demônio no mesmo instante em que bateu com o punho no chão.

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As paredes começaram a tremer, fazendo com que o Goblin perdesse o equilíbrio. Assim
que Canaan estava prestes a fazer sua corrida até a parede, ele foi derrubado por algo batendo duro
do seu lado. Ele rolou agilmente e bateu no chão novamente. Grandes pedras começaram a cair do
teto. Uma caiu entre ele e Muriel quando ela estava prestes a atacar novamente.
— Você é mais burro do que eu pensei se você acha que pode escapar deste lugar, — disse
Muriel sobre o ruído do Oubliette. — Você vai voltar.
Canaan sabia que provavelmente ele deveria matá-la, mas ele não queria desperdiçar tempo
e arriscar não conseguir sair. Em vez disse ele correu para a parede e atravessou.

Capítulo 2

O silêncio que assaltou Canaan era ensurdecedor. Foram-se os gritos e os gemidos aos quais
ele estava acostumado no Oubliette.
Ele caiu nas pontas dos pés, com as pernas dobradas, os dedos no chão, com a cabeça
abaixada. Escuridão o cercava, mas não era opressiva ou esmagadora. Esta escuridão era...
calmante.
Pacificadora.
Reconfortante.
Canaan moveu a mão e sentiu a grama sob os dedos, o que lhe informou sobre sua atual
posição. Grama. Ele não conseguia se lembrar da última vez que ele havia tocado ou sentido grama.
Ou cheirado. Ele inspirou profundamente, inalando o ar rico, úmido. Havia uma sugestão de frieza
no ar, um sinal de que o outono chegaria em breve.
Canaan lentamente se endireitou e levantou a cabeça para olhar ao redor. Ele estava
profundamente no meio da floresta, as árvores permaneciam como sentinelas silenciosas. Incapaz
de se conter ele olhou para trás e viu o ar tremular entre duas árvores. Dentro do tremeluzir ele teve
um vislumbre de Muriel em pé em seu escritório, seu olhar irritado se estreitou.
Ele estava mais do que surpreso de ela não ter vindo atrás dele e nem enviado seu exército
imediatamente. Não havia dúvida de que ele seria caçado em breve.
Não que isso importasse. Ele tinha sua própria caçada a fazer.
Canaan cheirou o ar e sentiu o cheiro inconfundível de fêmeas. Seu corpo instantaneamente
tornou-se vivo, desejo o atingindo em cheio. Ele precisava se alimentar, sentir prazer para
reconstituir suas forças antes que ele pudesse começar a sua retaliação.

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Não demorou muito para que ele pisasse fora da floresta e encontra-se uma estrada, mas era
diferente de qualquer estrada que ele já tinha visto. Era dura e escura com linhas amarelas brilhantes
pintadas nela.
Assim que ele estava prestes a dar o seu primeiro passo no caminho estranho, algo rugiu por
ele tão rapidamente que o enviou tropeçando para trás. Seu olhar seguiu o objeto vermelho
brilhante.
Foi quando Canaan viu as luzes descendo a colina. Uma cidade de algum tipo. E o lugar
perfeito... para se ré energizar.

~~~~
Rayna Averell estava pegando uma garrafa de vodka, quando ela sentiu o calor deslizar
sobre ela. Era sensual, erótico. Como pequenas descarga elétricas caminhando sobre ela, fazendo
sua carne emergir em espasmos... de antecipação.
Ela não precisava olhar no longo espelho para saber que um Incubus tinha acabado de entrar
no bar. Não havia engano sobre a estimulação do seu corpo que um demônio do sexo poderia
evocar.
Rayna engoliu, sabendo que todas as mulheres do bar estavam sentindo isso também. A
diferença era que Rayna sabia exatamente o que estava causando isso. Ela também sabia que a
última coisa que ela queria era ficar perto de uma dessas criaturas.
Sua mão tremia quando ela colocou os dedos em torno do gargalo da garrafa de vodka. Em
sua mente brilhou uma imagem de si mesma, nua gritando de prazer, sem fôlego enquanto seu
corpo era levado por um arremedo febril.
Ela quase deixou cair à garrafa quando as cargas elétricas aumentaram e seu sexo pulsou.
Rayna virou a vodka de cabeça para baixo para encher três copos de doses enquanto tentava ignorar
o suor que agora cobria seu corpo.
— Rayna está tudo bem? — perguntou Leo.
Ela forçou um sorriso e olhou nos olhos castanhos do colega bonitão que era proprietário do
bar, Leo Anderson. — Eu só preciso de um pouco de ar.
Seus olhos tinham muita preocupação quando olharam para ela. Mais do que uma vez ele
tinha deixado claro que queria ser algo mais do que amigo, mas Rayna não queria dar o próximo
passo. Especialmente porque ela acabaria tendo que explicar exatamente o que ela era. Não havia
palavras fáceis para dizer a alguém que ela era uma Nephilim – metade anjo, metade humana.
— É claro, — disse Leo, — leve o tempo que você precisar.

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Ela teve que colocar as mãos no bar em frente a ela para manter o equilíbrio quando seus
joelhos ficaram fracos pela onda de desejo que a engoliu. O Incubus a tinha notado. Seu olhar parou
nela, como se a desafiando a encará-lo. O que ela não faria.
— Obrigada, — ela murmurou e passou por Leo.
Ela rapidamente saiu do bar pela porta da despensa. Mesmo quando a porta se fechou atrás
dela, ela ainda podia sentir o calor do olhar do Incubus, a promessa de prazer que ela só poderia
sonhar.
Com sua respiração vindo em grandes suspiros ela empurrou através da pilha de caixas do
depósito e abriu a porta que dava para o beco do lado de fora.
Assim que o ar da noite bateu nela, ela tropeçou para o lado contra a parede externa. Ela se
inclinou, com as mãos sobre as pernas, e puxava grandes bocados de ar. Ela estremeceu quando a
porta se fechou.
Quanto tempo o Incubus ficaria no bar até encontrar uma mulher humana e partir? Quanto
tempo ela teria que permanecer no beco se escondendo dele?
Um arrepio correu por seus braços nus. Ela esfregou as mãos sobre seus braços enquanto
ficava de pé. Rayna concentrou-se em trazer a respiração para seu corpo e, lentamente expirar. Em
algum momento, ela pode sentir a calma a preencher mais uma vez.
Ela deu um aceno de cabeça, sem acreditar muito na chance de um Incubus aparecer no
pequeno bar a horas de distância da cidade de Nova York e de sua poderosa família Nephilim.
Desde seu nascimento, ela havia sido criada para acreditar que estar com um Incubus não era
apenas seu direito de primogenitura, mas o seu destino. Tinha sido uma constante lição que ela e
sua irmã gema Anya, tinham ouvido diariamente.
Só que Anya tinha sido escolhida pelas Três.
Escolhida. Ela não tinha certeza de como as Três Sacerdotisas Nephilim vinham com os
nomes das mulheres escolhidas para o Harém, para ter pelo menos um filho com um Incubus.
Depois de assistir Anya partir, ela jurou então que nunca teria relações sexuais com um
Incubus.
Mudou-se para longe da cidade e de sua família a tinha ajudado. Havia poucos Incubis nos
subúrbios. Eles tendiam a se reunir nas cidades, especialmente quando uma das poderosas Casas
Incubis governava.
O que era o caso da cidade de Nova Iorque. A antiga e poderosa Casa Romerac não governa
apenas Nova Iorque, mas todo os Estados Unidos com punho de ferro. Ou, pelo menos, eles
costumavam, com base no que ela tinha aprendido enquanto crescia.

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Rayna fechou os olhos e recostou a cabeça contra a parede. Fazia oito anos que ela não via
um Incubus. E francamente ela queria ter passado o resto da vida sem ver outro.
Houve calor sensual, um prenúncio incompreensível, o mundo alterado sexualmente, um
segundo antes da voz capaz de parar um coração a alcançar, o que enviou um alerta mental.
— Você tem medo de mim Nephilim?
Não olhe, não olhe, não olhe.
Mas oh, é que ela queria ver o Incubus. Ele era loiro de olhos azuis? Ou ele era tão escuro
como sua voz sedutora? Seu corpo tremia. Não porque ela soubesse como era ter relações sexuais
com um Incubus, mas porque naquele momento, ela estava pronta a se colocar de joelhos e implorar
a ele que chegasse a ela.
Anya.
Rayna precisou lembrar que sua irmã tinha sido retirada de sua família. Ela estava no
Harém, um palácio no Marrocos que era considerado campo neutro. Quantas crianças tinham
nascido das quais sua irmã tinha sido forçada a desistir?
E pensar que houve um tempo em que ela queria ser aquela a se deitar com um Incubus. Isso
foi até ela aprender o que significava ser escolhida e levada para longe de sua família.
— Você está doente?
Rayna reprimiu um suspiro. Ele estava em pé na frente dela, provavelmente perto o
suficiente para que ela o tocasse. Moveu-se sem fazer um som. E quanto mais se aproximava, mais
seu corpo tremia pelo seu toque.
Não era justo que um Incubus pudesse afetá-la daquela maneira. Se ele podia fazer isso
apenas com sua proximidade e sua voz sexy, o que ele iria fazer com ela quando ela finalmente
olhasse para ele?
Rayna não queria descobrir.
— Sim, — disse ela, ainda recusando-se a abrir os olhos. — Estou doente. Você deveria sair
antes que eu vomite em você.
Houve uma pausa. — Sua pele esta ruborizada, mas não é por uma doença.
Maldito pretencioso. É claro que um demônio do sexo saberia quando ela estava excitada.
— Eu sei que você não vai me forçar, e eu não estou interessada. Então vá embora.
Ela esperou por sua resposta, esperou ouvir o charme e sedução que ela sabia que ia
acontecer. Porém não houve nada. Rayna contou até cinquenta antes de abrir os olhos.
E prontamente engasgou quando se encontrou olhando nos olhos azul-verde tão insondáveis
quanto o mar. Rayna tentou desviar o olhar, mas só conseguiu mover os olhos para o queixo

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cinzelado e mandíbula que ostentava uma sombra de uma barba, tornando-o ainda mais sexy. Se
isto fosse possível.
Ela teve um vislumbre do cabelo preto carvão no ombro dele, e viu que pendia solto, as
ondas implorando para que ela deslizasse os dedos na espessura. Uma mecha do cabelo caía sobre a
testa larga até o canto do olho.
Mais uma vez ela estava presa em seu olhar. Uma mulher poderia se afogar em tanto brilho.
Com o brilho dos seus olhos, os longos cílios pretos, o cabelo escuro e sua pele cor de oliva, ele não
era apenas bonito. Ele era impressionante, de tirar o fôlego.
Magnífico.
— Não está interessada? — disse ele, a sugestão de um sorriso nos lábios carnudos. Lábios
que sem dúvida beijavam tão celestialmente quanto pareciam.
Rayna teve que tentar duas vezes antes de obter umidade suficiente em sua boca para
engolir. Mesmo assim sua voz não funcionou, então ela balançou a cabeça.
Ele se inclinou para frente e correu o dedo indicador suavemente pela lateral de seu rosto
antes de empurrar seu cabelo sobre seu ombro. — Diga isso de novo.
Ele era louco? Ele não percebia que ela estava mal se contendo? Ou talvez, este fosse o
ponto. Ele sabia exatamente a situação precária em que estava.
Não é que ela não tivesse conhecido o prazer. Ela teve sua cota de amantes, mas nenhum
deles tinha aquecido seu sangue como o Incubus diante dela. E ele ainda nem a tinha beijado.
Vitória brilhou nos belos olhos do Incubus, e a raiva resultante nela foi o suficiente para que ela
lembrasse porque ela não o queria. Ela recusava-se a ser um peão no jogo disputado entre Nephilins
e Incubis.
— Eu não quero você, — disse. Podia ser um sussurro rouco, mas as palavras tinham vindo.
Para se fazer mais clara, ela passou empurrando-o. Foi um erro, assim que sua mão pousou
em seu peito. O calor resultante, a necessidade primitiva que zumbia através de suas veias a deteve.
Ele moveu-se atrás dela, seu hálito quente soprando seu pescoço. Incapaz de se conter, ela
baixou a cabeça para o lado com os olhos fechados. Lábios macios tocaram o lugar onde seu
pescoço encontrava seus ombros. Ela mal tinha registrado isso antes de sua língua quente e molhada
brincar sobre sua pele.
— Você está correta Nephilim. Eu não vou forçá-la, — ele sussurrou em seu ouvido. — Sua
espécie normalmente está tão disposta a copular com minha gente. O que te faz tão diferente?
Rayna se virou para ele, se perguntando se era masoquista. Porque outro motivo ela
voluntariamente enfrentaria alguém tão malditamente bonito novamente? — Eu me afastei desse
mundo. Eu não quero ter nada a ver com ele.

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Antes que ela pudesse começar outra palavra, seus lábios estavam no dela. Não havia nada
suave ou romântico no beijo. Era todo calor e desejo, necessidade e paixão.
Luxúria e anseio.
Ele colocou o seu mundo girando. Seu corpo queimava pela intensidade do beijo. Tão
repentinamente quanto começou, o beijo terminou. Rayna piscou para ele, sem saber por que ele
parou. Ela lambeu os lábios, gostando do sabor dele até demais.
— Adeus, — disse ele e desapareceu na noite antes que ela pudesse dizer uma única sílaba
em resposta.

Capítulo 3

Levou menos de um dia para Canaan perceber que ele tinha muito mais com o que se
acostumar neste mundo do que havia compreendido. Custou muito para ele se afastar da bela
Rayna, mas ele tinha que ir.
Ele podia ser um demônio do sexo, mas não era não. Na próxima quadra ele encontrou a
mulher que necessitava para se alimentar e restaurar um pouco de sua força. Como de costume, as
pessoas estavam ansiosas para compartilhar informação inútil, mas ele conseguiu recolher os fatos
de que precisava. Como o nome da cidade – Traders Hollow – e que Nova Iorque estava a cinco
horas de distância de carro.
Canaan esperava que a raça humana tivesse feito avanços, mas ele não esperava saltos tão
ousados como o computador, celulares e armas. Mas enfim, os humanos sempre foram bastante
talentosos em matar a si mesmos.
Quando o dia desapareceu e a noite caiu, Canaan sabia que não podia deixar Traders Hollow
ainda, mesmo que ele se sentisse mais do que pronto para começar a sua vingança.
Se o mundo humano tinha mudado tanto, o que dizer dos Incubis e Nephilins? Ele precisava
saber de cada detalhe antes de deixar a cidade. Não poderia haver falhas, nem descuidos. Não
haveria erros.
Poucos poderiam vê-lo chegando.
Menos ainda poderiam saber o que encerrou suas vidas.
Mas no fim, ele iria corrigir o mal que lhe tinham feito.

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Canaan olhou para as botas pretas que usava. Ele tinha se sentido bem ao tomar banho e
trocar de roupa. Sentiu-se mais ele mesmo, mas não havia como negar que sua alma já não estava
com ele.
O Soberano o temia o suficiente para jogá-lo no Oubliette. Canaan ia dar ao bastardo algo
para temer. Logo antes de ele arrancar a cabeça do Soberano de seu corpo.
Canaan sentia sua raiva crescer, e ele rapidamente a empurrou para baixo quando alcançou a
porta para o White Sail Bar. Felizmente, como a cidade era pequena, ele tinha aprendido um pouco
sobre Rayna.
Ele abriu a porta e entrou. Seus olhos encontraram-na imediatamente. Mais uma vez ela
estava atrás do bar, só que desta vez ela não estava de costas para ele. Estava conversando com um
cliente, mas Canaan a viu estremecer, um movimento pouco sutil de seu corpo.
Suas escuras mechas castanhas estavam puxadas para cima, mostrando seu pescoço longo e
fino. Ele deixou seu olhar se preencher com a visão dela. Em todos os seus séculos como Incubus,
ele não podia se lembrar de uma mulher – humana ou Nephilim – que houvesse permanecido em
sua mente depois de conhecê-las.
Seu rosto oval era impecável, sua pele lisa como creme. Ela tinha maças do rosto salientes,
um queixo teimoso e lábios que poderiam colocar um Incubus de joelhos.
Ele havia saboreado aqueles lábios deliciosos, apenas teve uma amostra do gosto dela, e só
podia desejar mais.
Canaan flexionou suas mãos quando lembrou como era ter seu corpo ágil contra o dele,
quando tinha espalmado suas mãos sobre o peito antes de seus braços se enredarem ao redor de seu
pescoço. Ela alegou que não o queria, mas o seu beijo tinha provado o contrário.
Era muito ruim que a sua missão no bar aquela noite fosse para informação e não para
cortejar a bela Rayna.
Quando seus olhos cor de noz finalmente se levantaram para ele, Canaan caminhou até uma
mesa e sentou. Ela não tentou esconder o suspiro quando deu a volta no bar e veio em direção a ele.
— Eu pensei que você tinha ido embora. — Disse ela bruscamente.
Canaan apenas sorriu. Ela estava irritada, mas era pelo fato de ele ainda estar por perto, ou
porque ela o queria? Se ao menos ele tivesse tempo para descobrir. — Eu estava esperando que
você pudesse compartilhar algumas informações.
— Sobre o quê?
Ele levantou uma sobrancelha esperando que ela entendesse o que ele estava pedindo.
— Ah, — disse ela com um aceno de compreensão. — Eu pensei que o seu tipo soubesse de
tudo o que havia para saber sobre o meu tipo.

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— Eu tenho estado... fora... por algum tempo. Eu gostaria de me orientar antes de sair.
Canaan esperava que sua explicação fosse suficiente. Quanto menos pessoas soubessem quem ele
era melhor.
Rayna lambeu os lábios. — O que você vai querer beber?
— Qualquer coisa, — disse ele, desinteressado de tudo, a não ser da mulher de frente a ele.
— Que tal você me dizer seu nome então?
— Canaan.
Eles olharam nos olhos um do outro, o calor entre eles crescendo, expandindo-se, até que era
uma corrente de necessidade e anseio. Desejo lambeu a sua pele, incitando-o a puxá-la contra si
para outro beijo.
Ele saberia que bastaria um pequeno estímulo para enviá-la além do seu limite e aceitá-lo.
No entanto Canaan se recusava a fazer isso, não importava o quanto ele desejava deslizar para
dentro de seu corpo, ela não o queria, e havia outras fêmeas dispostas.
Ainda assim... como ele desejava tê-la pele com pele contra ele, para ouvir seus suspiros,
para vê-la alcançar o clímax em seus braços.
— Eu vou trazer sua bebida. Meu intervalo é em vinte minutos. Você vai ter que esperar até
lá. — Disse Rayna apressadamente antes de se virar e, praticamente correr até o bar.
Canaan recostou-se na cadeira e olhou em volta. Havia uma multidão de seres humanos mais
jovens espalhados em grupos pelas mesas de bilhar e dardos. Alguns estavam sentados em mesas,
sorridentes e despreocupados como se eles não tivessem nada com que se importar no mundo.
Ele tinha sido assim por um tempo. Tinha sido um curto período de tempo, mas enquanto
durou tinha sido o mais perto do paraíso que ele conheceu.
Em seguida seu pai morreu e ele se tornou o Mestre da Casa Romerac séculos antes do que
esperava. Ele não apenas assumiu o papel de Mestre da sua Casa, mas como mais de pai do que
irmão para os seus dois irmãos mais novos.
Não tinha sido fácil com Teman, já que eles tinham apenas dias de diferença de idade, mas
Levi era um século mais jovem. Canaan tinha desempenhado o papel de pai de Levi da melhor
maneira possível. Os dias de diversão e jogos tinham passado em uma fração de segundo. Canaan
poderia ter se irritado com a responsabilidade colocada sobre ele na época, mas era seu por direito
de nascimento.
E isto seria devolvido.
Rayna colocou uma caneca de líquido âmbar na frente dele e saiu correndo antes que ele
pudesse responder. Canaan bebeu um gole e percebeu que era cerveja. Enquanto bebia a cerveja, ele
encontrou sua mente à deriva, de volta à noite em que ele tinha sido arrancado da cama de algum

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ser humano que tinha encontrado. Canaan tinha lutado com eles, mas ele não tinha sido capaz de
impedi-los de matar a mulher. Ele tinha sido alvejado várias vezes com balas de prata,
enfraquecendo-o o suficiente para que o grupo deles o subjugasse. Em seguida, quando acordou, ele
estava no Oubliette.
E foi ali que o verdadeiro pesadelo tinha começado.
Ele estava pondo sua caneca para baixo quando Canaan ouviu a porta do bar aberto. Um
olhar para a entrada mostrou três homens, todos vestindo jaquetas de couro pretas. E todos Incubis.
Canaan entrou em alerta instantâneo. Ele não ficou surpreso quando seus olhares se
voltaram para ele. Em vez de aproximar-se dele, o grupo sentou-se no bar.
Rayna, por sua vez, manteve-se longe deles, deixando o outro garçom, um macho, anotar os
pedidos. A onda de inquietação percorreu o bar quando os outros tomaram conhecimento dos três
Incubis. Conversas abaixaram, risadas cessaram até nada, mas o som da música encheu a sala.
Canaan não pensou que fosse uma coincidência que os Incubis apareceram para passear exatamente
no bar em que estava.
Rayna tinha dito a alguém sobre ele? Essa era a única explicação. Até onde ele tinha
entendido eram poucos os Incubis na área e nenhum vivendo na cidade.
Se eles queriam uma luta, ele ficaria feliz em dar a eles. Canaan levantou, o som de sua
cadeira se arrastando contra o chão soou tão alto que chamou a atenção de todos.
Bom. Ele queria que os homens o vissem sair para que ele não tivesse que esperar por eles.
Assim que Canaan foi para a porta seu olhar deslizou sobre Rayna na caixa registradora. As rugas
em sua testa eram porque ela se sentiu mal porque tinha falado sobre ele com os outros? Ou era
preocupação de que os seres humanos podiam ser feridos?
Cannan supunha que era o último. Ele não se importava muito com quem se machucasse,
mas era melhor para ele se poucos testemunhassem o que ele estava prestes a fazer. Ele tinha a
vantagem. A vingança o conduzindo sempre fazia isso. Além disso, Canaan não tinha mais nada a
perder.
Encostou-se no exterior do bar no beco com uma perna dobrada, o pé encostado nos tijolos.
Como ele previu os três não demoraram a segui-lo.
— Eu suponho que vocês estejam aqui por mim, — disse Canaan. — Eu vou lhes dar uma
chance de ir. Vivos. Esqueçam até que vieram aqui.
Um dos Incubis na parte de trás, com cabelos loiros descoloridos, riu. — Você sabe quem
somos?

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O fato era que ele não sabia, mas podia adivinhar. Houvera rumores antes que ele fosse
traído, sobre um grupo de Incubis parecido com a máfia. Canaan tinha aprendido em primeira mão
o quão verdadeiros eram esses rumores.
— Porque vocês estão aqui? — perguntou.
O líder rolou um palito na boca. — Houve relatos de um Incubus em Traders Hollow. Nós
viemos para te tirar daqui.
Interessante. Porque os Incubis iriam querer outro Incubus fora da cidade? A resposta veio
para Canaan como um golpe – Rayna. — Eu vou sair em breve.
— Você vai sair agora, — disse o líder.
Canaan sorriu friamente enquanto se desencostava da parede. — Eu tomo minhas próprias
decisões.
— Quem é você? — perguntou o terceiro do grupo que estava olhando para ele como se o
reconhecesse. — Merda. Você é Canaan Romerac.
Canaan não esperou pela reação dos outros. Ele atacou, batendo seu ombro no intestino do
líder, tirando de seus pés, antes que agarrasse a cabeça do loiro e quebrasse seu pescoço. Ele largou
o corpo e virou quando uma bala bateu em seu peito, a prata se espalhando como rastilho de
pólvora. Canaan soltou um rugido e correu para o líder que conseguiu disparar dois tiros de sua
arma antes que Canaan o alcançasse.
Com cada bala, a raiva de Canaan cresceu. Estava concentrado em matar os dois Incubis,
tornando mais fácil afastar a dor da prata.

~~~~
Rayna saiu correndo para o beco, mesmo que ela sabia o perigo que a aguardava. Assim que
os três Incubis entraram no bar ela percebeu que eles tinham vindo para Canaan.
Ela olhou para o céu, para as estrondosas nuvens que pareciam se formar direto sobre ela,
como se alguém tivesse invocado. O trovão soou um instante depois do relâmpago dividir o céu. Ela
tropeçou subitamente parando, ela estava de boca aberta enquanto assistia com indefesa admiração
como Canaan deixava uma carnificina como rastro.
Sua força era incrível, sua velocidade inconcebível, mas era a sua fúria cega que a mantinha
imóvel. Sangue cobria o chão e as paredes dos edifícios, dois corpos sem vida jaziam quase
dilacerados, a selvageria fazendo seu estômago revirar.
A imagem de uma arma a fez saltar e olhar para Canaan. Ele ficou de pé diante do último
Incubus que acabara de disparar a pistola. Canaan golpeou a arma da mão enfraquecida do Incubus

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quando outro raio desceu o atingindo como um parafuso. Canaan recuou e mandou um soco
assassino em sua mandíbula. Uma e outra vez Canaan atingiu homem morto. Com cada soco os
relâmpagos se tornavam mais extremos, os trovões ensurdecedores.
Rayna debatia-se sobre o que fazer. Ela tinha visto homens se perdendo em raiva antes, mas
o que testemunhava com Canaan era diferente. Ele era selvagem, primitivo e feroz em seu ataque.
Ela deu um passo contornando um dos corpos mortos e foi em direção a Canaan e viu a
frente de sua camiseta branca coberta de sangue e... aquilo era prata?
Ele estava ajoelhado no Incubus morto agora, seus golpes deixando o rosto irreconhecível.
Alguém teria que intervir, e como ela era a única pessoa lá fora, competia a ela. Rayna chamou seu
nome, mas a voz dela foi dispersa pelo vento crescente. Ela se aproximou.
— Canaan? Acabou. Eles estão mortos. Você pode me ouvir Canaan?
Quando ela chegou a ele, tocou timidamente seu ombro, pronta para que ele virasse e
batesse nela. Em vez disso, a mão que estava levantada e pronta para acertar novamente caiu para o
lado dele.
Ele virou a cabeça para ela e ela viu a raiva começar a desaparecer de seus olhos azul-
esverdeados. Sangue estava sobre todo ele, e suas mãos pareciam ter atingido tijolos ao invés de
carne.
O vento começou a amainar. Ela olhou para o céu para ver que as nuvens começavam a
dispersar-se. Já não havia trovões ou relâmpagos.
— Acabou Canaan, — ela repetiu.
Ele balançou a cabeça e ficou de pé. — Isto está apenas começando.
— Calma, — Rayna disse quando ele cambaleou, e ela deslizou ao seu lado para aliviar um
pouco de seu peso. — Você está ferido.
— Só preciso... descansar, — disse ele suas palavras enrolando.
Ela olhou para os três homens mortos e continuou levando Canaan para seu carro. Uma vez
que ele estava lá dentro, ela foi para trás do volante e ligou o carro. Nem sequer passou por sua
mente deixar Cannan lá.
Quando ela pegou a estrada, ela ligou para Leo e disse que estava a caminho de casa porque
estava doente. Não era uma mentira totalmente. Ela só podia ter perdido o juízo. Que outra
explicação haveria para ela estar ajudando um Incubus?

Capítulo 4

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Canaan estava sendo torturado novamente. Havia uma mulher bonita, sua voz sensual o
agitando, ela o tentava enquanto limpava com um frio pano úmido seu rosto e seu peito.
Sua força estava completamente drenada. Se algum Incubus o encontra-se agora ele não
seria nada mais do que uma criança. Se eles o pegassem eles iriam matá-lo sem rodeios, ou jogá-lo
de volta no Oubliette.
Ele estava em chamas, seu corpo se curvando com a fúria e tão frio que ele pensou que
poderia quebrar em um milhão de pedaços. Canaan não tinha ideia de quanto tempo sofreu antes
que o abençoado sono finalmente o reclamasse. Tentou alcançar a sedutora ao lado dele.
— Calma, — a mulher sussurrou. — Você precisa descansar Canaan.
Foi o ouvir o seu nome que o fez reconhecer Rayna. Por que ela o estava ajudando?
Essa era a mesma pergunta que estava com ele quando ele acordou. Ele ficou imóvel,
escutando... nada. Quando apenas houve silêncio, ele tentou mexer a cabeça e olhar ao redor da
sala. Ele estava em algum tipo de andar superior, com base no telhado inclinado.
Persianas estavam fechadas sobre as janelas, mas a luz ainda filtrava-se através delas, lhe
permitindo ver à poeira rodopiando no sol. A casa era antiga, mas em bom estado. Era mais do que
ele poderia dizer de si mesmo.
Canaan cerrou os dentes enquanto se sentava e balançou as pernas para o lado da cama. Ele
levantou uma sobrancelha quando viu que havia sido despojado de suas vestes. Tinha sido a
adorável Rayna que o havia despido?
Seu corpo agitou-se só de pensar nisso. Era uma pena que ele não estivesse consciente. Ele
teria gostado de ver seu rosto enquanto ela o desnudava.
— Você não deveria estar sentado. — Disse Rayna, enquanto caminhava por uma porta,
uma bandeja nas mãos. Ela parecia cansada, exausta.
Uma parte dele queria confortá-la, pois sabia que tinha sido Rayna que havia permanecido
com ele uma boa parte da noite. Teria ela se sentado ao lado da cama enquanto ele dormia?
Canaan olhou para o peito para ver se suas feridas tinham parado de sangrar, mas até que ele
se alimentasse, a prata permaneceria dentro dele, o enfraquecendo. — Eu estou melhor.
— Melhor talvez, mas certamente ainda não está bem. — Ela colocou a bandeja e moveu o
cabelo do rosto colocando-o atrás da orelha.
Ele gostava quando ela usava o cabelo solto. Era o máximo que se lembrava. Mas enfim,
não tinha sido seu cabelo que estava em foco quando eles tinham se beijado.
— Você está me encarando.
E ele não tinha a intenção de parar. — Você avisou alguém de que eu estava aqui?

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Seus lábios se separaram, um olhar ofendido endureceu seu rosto. — Não. E antes que você
pergunte de novo, deixe-me ser bem clara. Eu me afastei deste mundo oito anos atrás. Eu não tive
contato com a minha família ou com qualquer Nephilim ou Incubus.
— Isto não é inteiramente verdade agora não é? Você teve contato comigo.
Ela cruzou os braços sobre o peito e olhou para ele com um olhar frio. — Eu não disse a
ninguém que você era Incubus. Eu não tenho ninguém a quem dizer.
Canaan não acreditava exatamente nela, mas no momento, suas escolhas eram limitadas. Ele
iria manter os olhos nela. Ele tinha aprendido da maneira mais difícil que nunca poderia confiar em
alguém.
— Por que você me ajudou?
Seu olhar se afastou quando ela deu de ombros. — Eu venho me perguntando a mesma coisa
desde que te coloquei no meu carro.
— Eu te agradeço por isso.
— Então, — disse ela depois de um momento de silêncio. — Prata hein?
Ele franziu a testa. Era um segredo mantido pelos Incubis dos Nephilim especificamente
para que eles nunca pudessem usar isso contra eles.
Rayna ergueu as mãos, os olhos arregalados. — Hei. Você não me ouviu um segundo atrás?
Eu não tenho mais contato com esse mundo.
— Alguém sabia que eu estava na cidade. — Ele fez uma pausa enquanto pensava sobre sua
conversa com os Incubis que o atacaram. — Na verdade eles não sabiam quem eu era no início.
Eles pensaram que era apenas um Incubus inferior.
— E você não é?
Droga, ele realmente ia ter que se lembrar de manter a boca fechada perto dela. Canaan
correu a mão pelo rosto, antes de juntar ambas em cada lado do corpo. — É melhor que você não
saiba quem eu sou. Eu vou embora logo de qualquer maneira.
— Eu imaginei isso. Ontem à noite você queria conversar. Eu não tenho certeza se posso lhe
dizer muito além do que você já sabe.
Canaan resmungou. — Ah, mas eu tenho certeza que você pode.
— Há quanto tempo você partiu? — seu olhar estava focado, como se medindo sua resposta.
Quanto ele ia dizer a ela? Ele precisava de informações, informações que ela tinha. A fim de
obtê-las, ele poderia ter que dizer um pouco mais sobre si mesmo. Não havia nada de errado com
isso. Ela nunca saberia exatamente quem ele era.
— Cinco séculos.

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Ela piscou e deu um passo atrás. — Você esteve fora por 500 anos? — O olhar dela se
afastou enquanto esfregava o queixo. Um momento depois, ela o encarou novamente. — Onde você
estava?
— Mantido contra a minha vontade.
— Isso é tudo que você vai me dizer? — ela revirou os olhos e deixou as mãos baterem nas
coxas. — Eu deveria saber.
— É tudo que você precisa saber. No fim, isto pode muito bem salvar a sua vida. — Canaan
apontou para uma cadeira. — Sente-se Rayna, e coma alguns dos alimentos que você trouxe para
mim.
— Eu trouxe isso para você, — ela murmurou, mas puxou a cadeira e sentou. — O que você
quer saber?
— Tudo. Quem está no poder no mundo Nephilim?
— As famílias poderosas ainda são, bem, poderosas. Nephilins ainda são escolhidas pelas
Três para serem levadas para o Harém.
Ela vibrou com bastante raiva, quando disse a última parte. Canaan manteve o lençol que
cobria a sua nudez quando se encostou a cabeceira de ferro. — Eu presumo que isso significa que
você conhece alguém escolhida? É uma grande honra Rayna. Elas são imortais enquanto estiverem
naquele solo sagrado.
— Com nenhuma escolha sobre se querem ir, — argumentou. — E sim, eu conheço alguém.
Minha gêmea foi tomada.
Ah. Fazia todo sentido agora. Ele também não precisava mais perguntar por que ela tinha
deixado seu mundo para trás. — Eu posso assumir que ela não queria ir?
— Não. Anya queria ir. Ela estava tão feliz.
— Então você deveria estar feliz por ela.
— Feliz por ela estar lá só Deus sabe por quanto tempo, produzindo bebês para qualquer
Incubus que entre e a escolha? Feliz porque ela vai dar seus filhos para o bem do nosso povo e do
seu? — ela balançou a cabeça. — Eu não posso.
— Ela só é obrigada a dar um filho. Depois disso, ela pode sair. Cabe a elas decidirem se
querem permanecer e produzir mais crianças para nós.
Por longos momentos Rayna olhou para o chão em silêncio. — Este não foi o primeiro lugar
que eu vim quando deixei a minha família. Por dois anos eu estive em Long Island. Tola eu pensei
que eu poderia permanecer perto, mas distante deles. Eles me encontraram. Minha mãe me enviou
uma carta, exaltada por anunciar que Anya tinha dado à luz a uma menina que seria dada a nós em

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algumas semanas. Minha mãe queria levar minha sobrinha a mim para que eu a criasse como se
fosse minha.
— Tem sido sempre assim Rayna. A prole feminina de uma Nephilim com um Incubus vai
para as Nephilins, enquanto a prole masculina vai para os Incubis. Esse arranjo foi criado há muito
tempo para ajudar ambas as nossas espécies a sobreviver.
— As Três deveriam demitir-se nos próximos cinco anos, quando seu tempo de trezentos
anos como sacerdotisas chega ao fim. Todo o mundo Nephilim está um frenesi porque as Três ainda
não escolheram suas substitutas.
Canaan deixou a mudança abrupta no tópico passar ao perceber as implicações do que estava
dizendo. — As próximas Sacerdotisas já deveriam ter sido escolhidas para começar a sua formação.
— Eu sei. Este é o começo, pelo que eu entendi. Ninguém sabe o que vai acontecer se as
Três não encontrarem mais sacerdotisas.
— Há um templo aonde as Nephilins iam para serem treinadas e consideradas como
Sacerdotisas, — Canaan disse com um início de preocupação.
Rayna encontrou seu olhar e balançou a cabeça. — Isso realmente existe? Eu pensei que era
outra coisa que se fazia.
Canaan estava começando a compreender que os acontecimentos no mundo Incubus e
Nephilim eram muito pior do que ele pensava. — E sobre os Incubis? O que você sabe de nós?
— Eu sei que o Soberano sentado no Trono Obsidian ainda é da Casa Marakel. Eu também
sei que ele não tem herdeiros a se considerar quando chegar o tempo dele se afastar.
— E as outras nove casas?
— A Casa Akana não existe mais. Algo sobre ser incapaz de gerar um filho.
Isso era impossível. Os Incubis nunca tinham tido problemas para ter filhos. — E as outras
Casas?
— Tudo vai bem até a última vez que eu ouvi.
— E sobre o Soberano? Você disse que a sua Casa não tem herdeiros a serem considerados
na linha de sucessão.
Rayna deu de ombros e se levantou para lhe entregar uma caneca de café. — Ele não fez
nada. Antes de me afastar da minha família, eu lembro que toda a gente esperava que ele visitasse o
Harém, mas ele não quis.
— As mulheres eram levadas a ele?
— Talvez. — Disse ela com um encolher de ombros.

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A caneca que ele estava segurando rachou quando ele a apertou com raiva. Se ele estivesse
em sua plena força ela teria se despedaçado. Foi apenas um lembrete de que ele não estava em
condições de avançar com seus planos.
Canaan colocou a caneca sobre a mesa ao lado da cama e pôs os pés no chão. Então ele se
levantou, deixando o lençol cair. — Onde estão as minhas roupas?
— Impossíveis de vestir. Encontrei outras para você, — disse Rayna, olhando para qualquer
lugar que não fosse para ele. — O que você acha que está fazendo?
— Eu preciso recuperar as minhas forças. A única maneira de fazer isso é através de
relações sexuais. Você está se oferecendo?
Houve um momento de silêncio, e para seu deleite, Rayna olhou para ele duas vezes antes
de fechar os olhos.
— Não.
Como ele pensava. — Uma pena. Eu gostei do seu gosto.
Rayna engoliu em seco e se levantou rapidamente para que pudesse olhara para a porta.
Toda a noite e a maior parte do dia em que ela esteve perto dele, ela esteve admirando seu corpo.
Ele estava impecavelmente construído, seus músculos sólidos e sua pele morna. — Eu vou pegar
suas roupas então.
Ela não tinha certeza se ele estava apto para sair. Ele se moveu bem o suficiente, mas a força
que ela tinha testemunhado na noite anterior tinha ido embora. O fogo dentro dele, porém,
queimava mais brilhante do que nunca. Ele parecia estar começando algo.
— Ou terminando, — disse ela para si mesma enquanto descia as escadas correndo e pegava
a pilha de roupas por baixo antes de voltar a subir.
Quando ela passou pela porta ela o viu com as mãos apoiadas no parapeito da janela com o
queixo em seu peito. Ele parecia tão solitário, e ela podia se conectar com isso.
Se ela não soubesse como seu beijo podia transformá-la de dentro para fora, ou quão rígido
seu corpo era, ela poderia ter sido capaz de desviar o olhar, de ignorar a esplêndida, gloriosa, vista a
sua frente.
Canaan era perfeitamente formado, em todos os sentidos. De seus ombros largos até seu
torso esguio, até a sua cintura reta e os quadris estreitos. Havia fortes tendões por cada parte do
corpo dele, do pescoço ao tornozelo.
Ele se mexeu, levando seu olhar para sua bunda. Ela não tinha ideia que uma bunda pudesse
ser tão bonita e com músculos tão rígidos. Sua boa aparência sombria combinava com sua pele
morena e o corpo esguio saído de seus sonhos mais selvagens era uma combinação inebriante.

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Se ao menos ela tivesse a coragem de se entregar. Pelo resto de seus dias, seus lábios nunca
iriam esquecer a sensação do seu beijo, como ele habilmente a levou, dando um vislumbre da
felicidade que só poderia ser encontrada em seus braços.
— Você dá a uma mulher apenas prazer? — ela não tinha certeza de onde as palavras
vieram, ou porque ela continuava querendo ajudá-lo.
Sua cabeça virou-se para ela quando seus olhos azuis esverdeados pareciam penetrar sua
alma. — Só prazer. Você não sabe? Como uma Nephilim você deve ter estado com um Incubus
pelo menos uma vez.
— Eu recusei todos os Incubus que tentaram. Não que tem havido muitos. Apenas um
punhado ao longo dos anos. No começo eu me poupava para ser considerada para o Harém, porque
era o que nos tinha sido ensinado. Depois, foi porque eu não queria fazer parte desse mundo.
— Há apenas prazer Rayna. Nós nos alimentamos da energia criada pelo sexo. Se não nos
alimentamos enfraquecemos. Se continuarmos sem sexo, nós morremos.
Ela estendeu as roupas para ele, incapaz de tê-lo andando nu por mais tempo sem tocá-lo.
— Então eu vou trazer uma mulher para você.

Capítulo 5

Canaan olhou para ela com uma surpresa que não tentou esconder. O que havia em Rayna
que lhe despertava tanto interesse, e o mantinha? Ela o havia tocado quando ele estava no auge da
fúria, lutando contra seus agressores. Com apenas uma mão em seu ombro, sua fúria tinha
diminuído.
Ninguém nunca tinha sido capaz de fazer isto por ele. Embora, para ser justo, poucos se
aproximavam dele quando ele estava em tal estado. Ainda assim, Rayna não só se atreveu a fazê-lo
como se manteve com ele.
Ele odiava a fraqueza do seu corpo. Se ele estivesse com toda a sua força, ela não teria tido
que vigiar ele toda a noite. Tinha sido seu orgulho que o tinha trazido a este estado. Ele não tinha se
alimentado das humanas no Oubliette porque ele já tinha dormido com cada uma delas uma vez.
Essa escolha o deixou debilitado. Era prata, no entanto, que estava drenando o que restava
de suas forças.
Ele estava fazendo o possível para se manter de pé. No entanto, ele se recusava a deixar que
Rayna soubesse o quão vulnerável ele estava.

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— Você está sangrando de novo. — Disse Rayna enquanto deixava as roupas de lado e ia
até ele.
Canaan reprimiu um silvo ao sentir as mãos no peito. Estar assim tão perto dela era demais.
Ele almejou o prazer que sabia que poderia haver entre eles, desejava ouvi-la gritando em alívio e
ver seu corpo lavado de satisfação.
Ele olhou para suas mãos e a viu tentando em vão parar o filete de sangue. Ela não tinha
ideia de como seu toque colocava seu sangue em chamas.
Como tê-la tão perto o fez desejar puxá-la em seus braços.
Como ele ansiava empurrá-la contra a parede e devastar sua boca até que ela se agarrasse a
ele.
Não foi nenhuma surpresa que seu pênis respondesse endurecendo, esticando entre eles.
Rayna, por sua vez, tentou ignorar sua excitação. Foi o tremor de suas mãos e a rápida pulsação em
sua garganta que a fez se distanciar.
— Você perdeu muito sangue, — disse ela em um fôlego, um sussurro rouco.
Canaan não conseguiu conter seu gemido. Sua voz enviou seu corpo à exaustão, seu sangue,
antes aquecido, começou a ferver em necessidade. Ele era um demônio do sexo, e ainda assim era
uma Nephilim que o estimulou além do que ele poderia imaginar.
O tempo parou quando ela levantou o olhar marrom para ele. Seus grandes olhos estavam
arregalados e dilatados, os lábios se separaram, a sua respiração áspera. Ela não tinha ideia de seu
apelo ou de como ela poderia tê-lo de joelhos, implorando pelo sabor dela novamente.
Isso era uma coisa boa também. Um Incubus que perdia o controle com uma mulher? Isso
não era um bom sinal.
Ela o havia recusado, e mesmo assim ele tinha provado o fogo de seu beijo. Se ele a
pressionasse, ela cederia.
Mas esse não era seu caminho. Rayna teria de vir para ele.
E justamente quando ele pensou que ela iria embora, ela levantou-se na ponta dos pés e
beijou-o. Canaan passou os braços em volta dela e virou a fim de que ela ficasse pressionada contra
a parede.
Ele não podia chegar perto o suficiente, não podia beijá-la com a profundidade suficiente.
Ela era um bálsamo para sua vida despedaçada, uma calmaria na turbulência em que se encontrava.
E ela disparava seu sangue como nenhuma outra.
Suas mãos acariciaram de seus ombros a suas costas, a carícia lenta em desacordo com seu
frenético beijo ardente. Canaan fechou suas mãos nos fios grossos de seus cabelos escuros, amando
a textura macia.

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Ele apertou seu pênis dolorido contra ela e sentiu satisfação enchê-lo com seu gemido em
resposta. Cada fibra de seu ser o pedia para continuar, para liberar o prazer que restauraria suas
forças, mas ele não podia. Não até que Rayna lhe dissesse que o queria.
Canaan terminou o beijo e olhou para os lábios inchados e os olhos vidrados. Ela se agarrou
a ele, seu rosto parecendo confuso.
— O quê? — perguntou ela.
— Eu não vou forçá-la.
Ela balançou a cabeça e tentou beijá-lo novamente. — Você não está forçando.
— Eu preciso ouvir você dizer isso, — disse Canaan enquanto empurrava a cabeça para trás.
— Eu preciso saber que você quer isso.
Rayna olhou para ele por alguns segundos antes que ela lhe desse um empurrão suave e o
levou um par de passos para trás. Então ela se virou para ele, com a cabeça inclinada para o lado.
— Você quer realmente que eu diga que me joguei em cima de você?
Ele podia ser um Incubus, mas ele tinha normas. — Eu quero.
Se Canaan pensou que seu corpo estava em chamas, ele não sabia de nada até que ela
lentamente começou sedutoramente a desabotoar sua camisa.
Toda a umidade deixou sua boca, enquanto observava os seios adoráveis expostos pouco a
pouco. Quando a camisa caiu no chão e ela ficou de sutiã bege claro, um lado da boca levantada.
— Atrevida. — Ela sabia exatamente o que a vista dos globos de seus seios e seu abdômen
tonificado faziam com ele.
Ela não retrucou enquanto desabotoava a calça jeans e empurrava para baixo de seus quadris
e pernas. Com o jeans despido, ela ficou de sutiã e uma calcinha verde neon com —Sexy— escrito
na frente. Canaan deu um longo olhar para ela, pernas magras longas e quadris levemente
arredondados. Apesar de se despir, havia uma ponta de incerteza em seu olhar.
Ela temia estar com um Incubus, de se entregar ao que lhe tinha sido dito que era seu
destino. Canaan não podia encontrar forças em si mesmo para afastar-se dela.
— Eu quero você, — ela sussurrou enquanto estava diante dele, esperando. Ele deu um
passo para ela. — Canaan.
Seus lábios se suavizaram em um sorriso e ela desabotoou o sutiã para deixar de seus
ombros para o chão.
— Eu quero você Canaan.
Isso era tudo que ele precisava ouvir. Canaan esqueceu suas feridas, esqueceu seu corpo
machucado. Tudo que importava era ter Rayna em seus braços, ouvindo seus suspiros e gritos de

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prazer. Ele a tinha na cama, com o corpo em cima dela, em uma fração de segundo. Não havia
receio em nenhum deles. Seus beijos provocaram uma tempestade de paixão.
Sua mão se moveu entre eles e foi até seus seios e acariciou com o polegar seu mamilo. Ela
gemeu, seus quadris empurraram contra ele.
Canaan terminou o beijo para colocar o mamilo excitado na boca, enquanto sua mão
deslizava abaixo de seu estômago para a união de suas pernas.
Com um puxão ele empurrou a calcinha, a expondo. Ele levantou a cabeça para olhar para a
mancha de cabelo castanho bem aparado em torno de seu sexo.
Ele não conseguia se lembrar de já haver precisado de sexo tão desesperadamente, mas se
ele ia ter seu tempo com Rayna, ele queria levá-la lentamente, saboreando-a.
— Por favor, — ela implorou, com a mão em seu pulso.
Canaan deslizou os dedos em seus cachos e sentiu sua umidade. Ela gemeu, fechando os
olhos enquanto as pernas se separaram. Ele afundou os dedos dentro dela e mais uma vez passou os
lábios em torno de seu mamilo.
Ele moveu os dedos lentamente para dentro e para fora dela no começo, e gradualmente
acelerou o ritmo. Quando as unhas dela se enterraram em seus braços, ele girou o polegar ao redor
de seus clitóris.
Um grito irrompeu de seus lábios enquanto as costas arqueavam. Ela era uma visão, uma
mulher sedutora que os estava desfazendo de dentro para fora. Seu corpo tremia com a necessidade
de preenchê-la, levá-la.
Reclamá-la.
— Canaan, — ela sussurrou.
Ele levantou a cabeça e viu a enorme necessidade em seu olhar. Ela estava no limite, o
desejo governando-a assim como fazia com ele. Canaan tirou a mão de seu sexo e colocou debaixo
de um de seus joelhos, enquanto se posicionava.
Olhando nos olhos um do outro, ele empurrou para dentro. O prazer era absoluto, puro. Era
fogo e energia, um inferno de fome e necessidade. E ia além de qualquer coisa que já tivesse
experimentado, deixando-o desorientado. Ele afastou isso de lado e começou a se mover dentro do
corpo de Rayna.
Suas paredes eram apertadas e escorregadias. Ela colocou a perna em volta de sua cintura,
fazendo-o afundar ainda mais dentro dela. Logo, eles estavam trancados em uma dança tão antiga
quanto o tempo, carnal e física.

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Canaan empurrou mais profundo, mais forte quando o prazer os atingiu. A cada momento
ele podia sentir a si mesmo mais forte e as feridas curando-se. Mas nada disso importava diante da
beleza em seus braços.
Seus gemidos tornaram-se gritos suaves quando ela foi em direção ao seu clímax. Uma
camada de suor brilhava sobre eles, permitindo que seus corpos deslizassem um contra o outro.
Canaan mergulhou dentro dela, levando-os cada vez mais alto. Prazer estava lá esperando,
mas ele se recusava a alcançá-lo ainda. Não até que Rayna se desfizesse em seus braços, seu grito
ecoando pelo quarto, ai então ele se entregaria.
O orgasmo se apoderou dele, e a euforia era ofuscante, o arrebatamento deslumbrante.
Ele abriu os olhos e encontrou Rayna o observando. Esta era normalmente quando ele se
desculpava e iria embora, e ainda assim um contentamento o preencheu. Foi tão forte que ele não
estava pronto para deixá-la.
Desde o primeiro momento em que a viu, ele sabia que Rayna era especial. Ele só não tinha
antecipado quanto.
Ela levantou a mão ao seu peito onde os ferimentos tinham estado. — As feridas já quase
foram embora completamente.
— Você fez isso, — ele disse e se inclinou para beijá-la. Para sua surpresa o beijo foi suave,
sensual, demasiadamente sexy. E ainda assim ele não podia se obrigar a terminar como deveria.
Rayna alisou as mãos sobre a pele quente e os músculos rijos do corpo incrível de Canaan.
Sua cabeça ainda estava girando pelo clímax que tinha balançado seu mundo – literalmente.
Agora, depois de ter um orgasmo tão forte, ela queria mais dele. Ele ainda estava duro
dentro dela. Incapaz de parar a si mesma ela levantou os quadris.
O silvo de Canaan trouxe um sorriso aos seus lábios. Ela tinha feito isso com ele, ela o
trouxe prazer. E esta satisfação era inebriante.
Ela empurrou contra seu ombro e rolou-o de costas até que ela o montou. Rayna se sentou e
girou seus quadris uma vez, duas vezes.
— Você está brincando com fogo, atrevida, — Canaan disse em uma voz firme, com as
mãos em seus quadris orientando-a.
— Leve-me só mais uma vez. — Ela estava preparada para implorar se fosse necessário.
Com as mãos apoiadas no peito, ela começou a balançar seus quadris mais e mais rápido. Os olhos
azuis-esverdeados de Canaan estavam fixos nela, cheios de desejo.
Esse olhar a fez estremecer. Ela sabia que se entregar a ele alteraria seu mundo. Ela só não
tinha esperado se lançar aos seus pés no processo.

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Sua pele formigava, seu sangue pulsava – tudo por Canaan. Ele deu vida a sua existência
cinza, e ela temia que nunca mais iria olhar para o mundo do mesmo jeito.
Ele a trouxe facilmente para o limite, mas desta vez ele prolongou a tortura, mantendo-a no
precipício do prazer e levando-a mais e mais alto.
O mundo desapareceu, deixando apenas os dois e a paixão que não podiam negar. Rayna
nunca tinha estado tão sem reservas ou sem limitações. Canaan despertou isso nela, criando uma
devassa que não poderia obter o suficiente dele.
— Agora Rayna, — ele insistiu.
O clímax foi avassalador e fez tremer até sua alma. Ele a deixou atordoada e a procura de
algo para agarrar. Ela agarrou a Canaan quando ele se juntou a ela em seu orgasmo.
Ela gritou o nome dele com os seus dedos cavado em seus quadris, mas ela não se
importava. Estava nos braços de um Incubus, um homem que a tinha levado aos portões do paraíso.
Com seu corpo saciado, o sono começou a puxá-la. Para sua surpresa, Canaan virou para o
lado e enrolou seu corpo atrás dela.
Havia tanta coisa que queria dizer a ele, mas o sono pesava sobre ela. Ela se aconchegou
quando ele passou o seu braço sobre ela, como quem iria ficar.
Ela acordou instantaneamente quando ele acariciou a parte inferior de seu seio. Não
importava que ela havia cochilado por um curto período de tempo. Ela se virou para ele, abrindo
seu corpo quando ele mais uma vez deslizou dentro dela. Uma e outra vez eles se encontraram. As
vezes ela se estendia até ele, as vezes era ele que vinha até ela.
O prazer os deixava centrados, encasulados em uma bolha que o mundo exterior não podia
penetrar.

Capítulo 6

Canaan acordou com um sorriso. Há muito tempo que não se sentia tão forte e revigorado.
Seu sorriso cresceu quando ele pensou em Rayna. Ele não estava preparado para o quão bom era tê-
la em seus braços.
Ele se sentou e lançou as pernas para o lado da cama. A luz do sol filtrava-se através das
ripas da persiana. Ele havia perdido mais de um dia e uma noite inteira, mas tinha valido a pena.
Abaixo ele podia ouvir o som de água corrente. Curioso, ele se levantou e caminhou até a porta e
em seguida, desceu as escadas estreitas até encontrar a origem do som.

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Canaan se inclinou com um ombro sobre o batente da porta e olhou para a visão da silhueta
de Rayna através da porta de vidro enquanto ela tomava banho.
O chuveiro – assim como todo banheiro em si – foi uma das invenções que estava satisfeito
em encontrar.
Tudo isso foi esquecido quando seu corpo respondeu a visão de Rayna. Ela disparava seu
sangue como nenhuma outra. Canaan saiu da porta e entrou no banheiro. Ele abriu a porta de vidro
assim que ela desligou a água.
— Canaan, — disse ela com os olhos arregalados, a surpresa a deixando aparvalhada.
— Ligue a água novamente. Eu quero me juntar a você.
Em vez de fazer o que ele pediu, ela colocou a mão em seu peito para impedi-lo de entrar no
chuveiro. — Eu não acho uma boa ideia.
Ele olhou para as gotas de água que cobriam sua pele, mas era a gota de água pendurada na
ponta de um mamilo que o fez querer lambê-la toda.
— Eu sei como fazer você gritar de prazer, — ele sussurrou e puxou-a contra seu corpo nu.
Seus olhos escureceram. — Eu sei. Essa é a razão pela qual eu não acho que seja uma boa
ideia.
Canaan lembrou-se da noite anterior. — Nós só fizemos sexo seis vezes.
— Sete, — ela o corrigiu. — Você está esquecendo a cadeira.
Ele sorriu lentamente. — Ah. A cadeira. Como eu poderia esquecer isso?
— Você acha divertido o fato de que já fizemos sexo sete vezes? — ela perguntou,
incrédula.
Todos os Incubis tomavam precauções para nunca ter relações sexuais com a mesma mulher
mais de uma vez, especialmente quando essa mulher era uma Nephilim. As mulheres tornavam-se
viciadas no Incubus, mas se um Incubus e uma Nephilim tivessem relações sexuais oito vezes, em
seguida, a Nephilim tornava-se imortal e eles estariam unidos. Mas isto ligava tanto o Incubus e a
Nephilim em um relacionamento onde o Incubus precisaria dela, e somente dela para sua
sobrevivência.
Algumas Nephilins conseguiam ganhar a imortalidade antes que um Incubus descobrisse o
que eles estavam fazendo. Em seguida, tornava-se imperativo manter a ligação de uma só vez.
Até o momento Canaan havia tido sexo com Rayna sete vezes. E queria mais. Ele sabia que
deveria ir embora, mas não podia. Ele ansiava por ela como ansiava por vingança.
— Por que me lembrar? — ele perguntou a Rayna. — Todas as Nephilins não almejam a
imortalidade?

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Ela tirou uma toalha da prateleira e a segurou na frente dela, enquanto seu olhar se desviava
para longe. — Não pareceu certo não lhe dizer.
— Então você quer ser imortal. — Ele deveria ter sabido. Embora Canaan tivesse que
admitir, ele estava um pouco decepcionado com ela.
— Se eu tenho medo de morrer? Sim. — Ela terminou em um sussurro. Ela fez uma pausa
para lamber os lábios e apressadamente se secou. — Porém eu não sou o tipo que tira proveito de
alguém assim.
Canaan recuou para permitir que ela saísse do chuveiro. Rayna nunca era o que ele esperava.
Ela o surpreendia a cada momento, mantendo-o desorientado.
— Eu não trabalho hoje. Eu posso te dar uma carona onde quer que você precise ir.
Ele franziu a testa. Como ele pode ter se esquecido tão facilmente do que ele perseguia?
Além do que, alguém tinha alertado os outros Incubis que ele estava na cidade. Mais viriam
procurá-lo. Era hora de sair.
Isso também significava deixar Rayna para trás. Ele não gostava da ideia, mas a única outra
opção era mantê-la perto, o que significava manter a tentação ao alcance do braço.
Não era um movimento sábio quando ele estava indo para guerra e precisava de sua mente
focada em descobrir a verdade.
— Cidade de Nova Iorque, — ele disse e virou para se vestir.

~~~~
Uma hora depois, eles estavam no Camaro de Rayna, deixando a pitoresca cidade de Traders
Hollow para trás. Ela não tinha contado a Canaan que preferia mastigar fora sua própria mão a
chegar a algum lugar perto de Nova Iorque, porém, ela disse que iria levá-lo onde quer que ele
precisasse ir.
A fácil troca de palavras tinha parado subitamente, depois que ela o lembrou quão perto do
temido número oito eles tinham estado. Oito.
O número em si significava muito pouco. A não ser pela sua ligação com a imortalidade.
Rayna quase podia ouvir a voz estridente de sua mãe gritando sobre como ela tinha deixado
uma grande oportunidade escapar de seus dedos.
Tinha esperado que Canaan também estivesse controlando quantas vezes eles tinham estado
juntos. Isto não tinha sido fácil, e ela tinha contado ao longo da noite cinco vezes só para ter certeza.
A imortalidade realmente não a apetecia, talvez porque fosse algo que sua mãe desejava
mais do que qualquer outra coisa. Essa era a verdadeira razão pela qual ela tinha dito a Canaan. Ela

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não tinha sido capaz de escolher sua família, ou como aqueles laços de sangue a afetavam, mas ela
podia escolher como agia e as escolhas que fazia.
Não importa como, ela não se tornaria sua mãe.
As horas e quilômetros constantemente passavam, quebrando-se apenas pelo som da música
que saia através dos autofalantes enquanto Canaan olhava pelos seus CD’s e até mesmo seus
arquivos MP3.
Seu olhar estava constantemente buscando, procurando incessantemente. Ele absorvia tudo
como uma esponja, desde a música, os cartazes pelos quais eles passaram, até os comerciais do
rádio. Era como se ele não pudesse aprender o suficiente.
Assim como ela não podia obter o suficiente dele. Odiava-se por tê-lo afastado naquela
manhã, quando tudo que ela queria fazer era puxá-lo para o chuveiro e ter todo o caminho com ele
novamente. Mas ele pensaria que ela o havia enganado pela ligação.
Era verdade os rumores que ela costumava ouvir? Que, quanto mais uma Nephilim tinha
relações sexuais com um Incubus, mais a Nephilim precisava desse Incubus?
Era isso o que havia de errado com ela? Estaria o seu desejo se transformando em...
necessidade? Oh Deus, ela esperava que não. Porque se sim ela estaria verdadeiramente em apuros.
Não só Canaan nunca mais faria amor com ela, mas estar próxima a ele era uma tortura que
ela não sabia que poderia existir até agora.
Como se ela já não estivesse o suficientemente tensa, o horizonte se encheu com os arranha-
céus de Nova Iorque – a casa de onde ela tinha fugido.
— Você não tem que me levar até a cidade, — disse Canaan depois de desligar a música.
— Eu te trouxe até tão longe. O que pode haver em mais alguns quilômetros? — ela disse
com uma indiferença que não sentia.
— Sua família, por exemplo.
— Eles nunca vão saber que eu estive aqui.
Canaan se endireitou em seu lugar, uma mão em cada perna, enquanto olhava com os olhos
apertados a cidade. — Estão ficando cada vez maiores.
— Nova Iorque é o centro de... bem, quase tudo. Eu imagino que tenha mudado um pouco
em quinhentos anos.
— Mais do que você possa imaginar, — disse ele com os lábios apertados.
Rayna estremeceu. Quem quer que tenha despertado a ira de Canaan estava prestes a sentir
as consequências. Ela deveria sentir muito por eles, mas pelo tempo que ela tinha passado com
Canaan ela sabia que ele era um homem justo.
Quem quer que seja a quem ele estava indo atrás, tinha que receber.

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— Para onde vou? — ela perguntou.


— Romerac Consolidações.
Ela virou a cabeça para ele. — Você está louco? Você não pode ir lá.
— Eu posso. — Sua cabeça lentamente se virou para ela. — Especialmente porque é meu.
Rayna puxou o carro para fora da estrada e o estacionou antes de colocar a cabeça no
volante. — Querido Deus. Você é Canaan Romerac.
— Ao seu serviço.
Ela tinha estado na cama com o Mestre de uma das mais poderosas famílias Incubis que já
existiram. E pior, todos pensavam que ele estava morto. Ele estava muito não morto.
Ela devia saber.
Rayna se endireitou e mais uma vez olhou para ele. Seus olhos azul-esverdeados olharam
pra ela sem nenhuma emoção, como se ele estivesse se distanciando dela.
— Tudo o que você fez faz sentido agora. Sua família não sabe que você está vindo não é?
— Não. — A palavra era tão fria quanto sua voz.
— Eles te traíram.
Ele deu um único aceno de cabeça.
— Eu conheço uma traição. — Ela olhou para a cidade, imaginando se algum dia seria
corajosa o suficiente para enfrentar sua família do jeito que ela era. — Onde eu devo deixá-lo?
— Há uma entrada secreta que só meus irmãos e eu conhecemos.
Rayna colocou o carro em marcha e voltou para a estrada que a levaria de volta para
Manhattan. Ela estava voltando para casa só para ajudar alguém a se vingar. Pena que ela não
poderia fazer o mesmo. Mas enfim, era melhor esquecer sua família do que ser arrastada de volta
para aquela teia.
— O que você vai fazer quando for? — Canaan perguntou quando eles pararam em um
semáforo, cercados por arranha-céus, táxis amarelos e pelo barulho ensurdecedor.
— Voltar pata Traders Hollow. É a minha casa agora.
— Tenha cuidado Rayna. Eu duvido que sua família tenha lhe permitido sair tão facilmente
quanto você pensa.
Ela franziu a testa ao ouvir suas palavras. — O que quer dizer? Que eles vão tentar me trazer
de volta para casa?
— O mais provável é que eles estejam observando e saibam tudo o que você faz.
— Isso soa como minha mãe, — disse ela com os dentes cerrados. — Ela disse que nunca
me deixaria ir.

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O que significava que eles sabiam que ela estava em Nova Iorque. Seu estômago se revolveu
com o pensamento.
A mão de Canaan, de repente, cobriu a dela no volante. — Eu sei. Isso significa que eles me
viram com você. Mais importante, eles sabem que você está de volta à cidade.
— Eu não posso, — disse ela enquanto tentava manter a respiração sob controle. — Eu não
posso voltar para lá. Agora que ela sabe que eu estou conectada a família Romerac, ela vai fazer de
tudo para afundar as garras em você.
A sobrancelha de Canaan levantou. — Ela pode tentar. Eu ofereceria para que você viesse
comigo, mas é o último lugar onde você vai querer estar Rayna. É uma guerra da qual você deveria
manter distância, especialmente porque não sei quais serão as consequências nem quão longo será o
seu alcance.
— Eu sei. — Ainda assim, ela estava desapontada. Se havia uma pessoa que poderia manter
sua mãe longe era Canaan. Com ele Rayna se sentia segura, protegida.
Canaan tirou a mão, mas não havia um sorriso em seus lábios. — Se eu bem conheço o meu
irmão Teman, ele vai ter lotes de carros. E eu sei onde ele iria guardá-los. Você pode deixar seu
Camaro e escolher algum dos dele. Isto vai tirar a sua família do seu rastro para que você possa
fazer a sua fuga.
— Para que eles possam me encontrar de novo em Traders Hollow?
— Para que você possa ir a qualquer lugar que você quiser.
Ela olhou em seus olhos antes que um carro atrás dela buzinasse. Rayna limpou a garganta e
dirigiu pelo cruzamento, com o sinal verde agora. Canaan lhe tinha dado algo para se pensar.
Todos esses anos, ela tinha pensado que estava livre de sua família. Tinha sido uma falsa
sensação de segurança. Canaan, no entanto, estava lhe oferecendo a coisa real.
Não havia nenhuma maneira de que ela pudesse ignorar isso, não importava o quanto ela
gostava de Traders Hollow.
Ela iria conseguir encontrar uma nova casa, um novo emprego.
Uma nova vida.
Ela podia deixar toda a sua vida para trás. Bem, tudo menos as memórias de Canaan. Estas
ela iria carregar para sempre.
— Vire a esquerda bem aqui, — ele disse a ela.
Rayna franziu a testa, mas fez o que ele mandou. — Você tem certeza? Já se passaram
muitos anos desde que você esteve aqui pela última vez, as coisas mudaram.
— Não tanto quanto você imagina. Pegue a terceira à direita. Depois disso, haverá um beco
entre os edifícios.

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Rayna seguiu suas instruções até que viu o beco. — O carro nunca vai caber. Nada pode
passar através disso.
A resposta de Canaan foi um sorriso quando ele disse: — Confie em mim.
Rayna deu de ombros e virou para o beco, à espera de ouvir barulho de metal. No instante
seguinte ela se encontrou dirigindo através de um túnel iluminado.
Sua vida tranquila tinha sido virada de cabeça para baixo, mas ela não podia esperar para ver
o que estava ao virar a próxima esquina. Especialmente com Canaan ao seu lado

Capítulo 7

Canaan deveria estar animado em voltar para casa. Em vez disso, tudo que ele sentia era
uma frieza que se infiltrou em seus ossos. Ele havia sido traído pelas pessoas que deveriam estar
vigiando as suas costas, sua família.
— Você não tem que fazer isso. Você pode apenas seguir em frente e viver a sua vida como
você quiser.
A voz de Rayna rompeu sua névoa crescente de raiva, assim como o toque dela o tinha
acalmado durante sua luta com os outros Incubis.
O Oubliette o havia mudado tanto assim? Ou era Rayna que conseguia alcança-lo como
nenhuma outra já foi capaz?
Ele manteve seu olhar em frente enquanto ela dirigia lentamente através do túnel sinuoso. —
Eu tenho que fazer isso. É meu dever como mais velho liderar a minha família. Mais do que isso a
vingança é minha.
Canaan sabia o quão sem coração eram as suas palavras, mas ele não se importava. Depois
de tudo que ele havia passado através destes cinco séculos, inclusive abrir mão de sua alma, exigir a
vingança de seus irmãos era a única coisa que o mantinha.
O suspiro suave de Rayna quando o túnel se abriu em uma garagem cheia de carros,
utilitários esportivos, caminhões e motocicletas, quase o fez sorrir.
— Escolha tudo o que você quiser, — Canaan disse quando ela estacionou seu Camaro
branco ao lado de um Porsche vermelho. — As chaves vão estar no interior. Ninguém vai impedi-
la.
Ele abriu a porta e saiu do carro, sua mente já focada em um plano de ataque.
— Boa sorte Canaan Romerac.

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Ele se virou e olhou para Rayna enquanto ela estava entre o carro e a porta aberta, com o
cabelo castanho escuro caindo sobre seus ombros e seus olhos cor de noz fixos sobre ele. No
mesmo instante, seu corpo aqueceu-se com o desejo que queimava por ele.
Por um instante, ele esteve tentado a esquecer sua vingança e tomá-la em seus braços
novamente. Ele sabia que eles nunca poderiam ter um futuro juntos, porque não era isso que um
Incubus fazia.
Mas ele estava pensando nisso.
Muito.
Sete vezes. Levaria apenas mais uma vez, e ele estaria ligado a ela, e ela a ele. A ideia era
tão atraente que ele estava prestes a ir com ela, mas ele foi capaz de se puxar de volta ao controle
antes que ele pudesse cometer esse erro.
Ele começou a contar quantas vezes ele tinha estado com ela na noite anterior.
— Se você precisar de alguma coisa me avise, — disse Canaan.
Ela deu um meio sorriso. — Você está tão certo de que vai vencer.
— Eu estou. Eu tenho que vencer. Minha única escolha é ser devolvido ao Oubliette. Eu
prefiro morrer.
— Seus irmãos só poderiam lhe dar essa opção.
Ele balançou a cabeça. — Eles teriam feito isso da primeira vez se tivessem sido capazes.
— Você faz parecer como se você fosse invencível, — ela zombou.
Canaan passou a mão pelo rosto. — Não sou invencível, apenas mais esperto do que meus
irmãos. Cuide-se. — Ele disse e se virou.
Cada passo longe dela era como se alguém tivesse apertando seu coração. A qualquer
momento ele poderia quebrar-se. Ele não podia pensar que a estava deixando ir, não quando cada
fibra do seu ser gritava para que ele a mantivesse ao seu lado.
Canaan focou na dor de seu coração e deixou a raiva começar. Ele não daria qualquer
chance, não mostraria misericórdia para com aqueles que o traíram.

~~~~
Rayna olhou Canaan subir cinco degraus e abrir uma porta de aço, onde o símbolo da Casa
Romerac – um touro – estava gravado na porta. Ela não podia acreditar que ele realmente não
estava mais lá. Parecia que ele tinha estado sempre em sua vida, e não apenas por alguns dias.
Como alguém poderia deixar essa marca sobre ela em tão pouco tempo? Não parecia justo.
Mas enfim, esta era a sua vida. Não havia nenhuma maneira dela ser capaz de estar com um ser

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humano novamente, não depois de uma noite nos braços de Canaan. Nem ela iria com outro
Incubus.
— Ótimo. O resto da minha vida será celibatária. Não soa divertido? — ela perguntou a si
mesma com um rolar dos olhos.
Rayna fechou a porta de seu Camaro e deu um tapinha no capô. — É hora de nos
separarmos Mabel. Tenho que arranjar um novo carro, mas eu acho que você vai ver que Canaan
vai cuidar bem de você.
Ela virou-se e observou a grande quantidade de veículos para escolher. Rayna andava para
cima e para baixo pelos corredores. Ela contornou os super carros e motocicletas até que chegou a
um cupê Mercedes E350 preto.
Um olhar para dentro depois de abrir a porta mostrou as chaves jogadas no porta-copos,
assim como Canaan havia lhe dito. Ela podia não ter nenhuma roupa ou dinheiro, mas ela tinha um
veículo que sua família não seria capaz de rastrear.
Um barulho assustou Rayna e ela se abaixou ao lado do carro. Ela olhou por cima do capô e
viu duas mulheres que caminhavam para a porta que Canaan tinha atravessado.
— Merda, — Rayna murmurou quando ela as reconheceu. Elas eram primas distantes,
tentando se fazerem dignas para o Harém.
E levar para casa evidências de Rayna com um Romerac seria apenas a coisa. Seria bem
mais fácil se afastar e deixar Canaan e os Romerac lidarem com as consequências, mas este não era
seu estilo.
Rayna esperou até que as duas mulheres tinham entrado pela porta antes de tirar suas botas e
correr atrás delas. Seu coração estava acelerado quando ela agarrou a maçaneta da porta e
lentamente abriu.
Quando nada a atacou, ela rapidamente deslizou para dentro e piscou na escuridão. Depois
das luzes brilhantes da garagem, ela estava cega. Com nada mais a fazer, ela manteve-se contra a
parede e torceu para seus olhos se adaptarem rapidamente.
Foi o som de passos se afastando rapidamente dela que a colocou em ação. De forma alguma
sua família iria colocar a ela ou a Canaan no meio de alguma coisa só para que sua mãe pudesse
promover o nome da família.
Rayna correu silenciosa como um fantasma ao longo do corredor em direção à luz de uma
lanterna. Quando ela chegou as suas primas, ela chutou a parte de trás do joelho, fazendo-a cair no
chão quando a lanterna ricocheteou no chão e rolou para longe.

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Quando a segunda virou, Rayna a socou no peito antes de chutá-la no rosto. A segunda caiu
enquanto a primeira saltava para ficar de pé. Com apenas brilho da pequena lanterna, Rayna se
enfrentava com suas adversárias.
— Eu sabia, — Sally regozijou-se. — Você sempre se achou acima de nós. Mas não desta
vez Rayna.
Ela não se deu ao trabalho de responder. Em vez disso, Rayna abaixou em uma esquiva em
sua mandíbula, só para perder o golpe que quase a derrubou sem sentidos quando a acertou no
queixo.
Raya tropeçou para trás para a parede que ajudou a segurá-la. Ela bloqueou outro soco e
afastou-se quando Sally tentou uma joelhada no estômago.
Com uma perna enganchada em torno de Sally, Rayna girou até que Sally pensasse que
tinha a vantagem antes que ela desse uma rasteira nela.
Rayna estremeceu ao som da cabeça de Sally batendo no chão, mas pelo menos, Sally não se
mexeu novamente. A dor explodiu em seu lado quando ela foi atingida por Judith. Rayna tentou se
virar, mas Judith a empurrou de cara na parede com o antebraço na base do pescoço de Rayna.
— É hora de você ir pra casa Rayna.
— Vai se ferrar Judith.
Sua prima riu e inclinou-se para que ela pudesse sussurrar, — Sempre a sabichona.
Rayna bateu com o cotovelo de volta para Judith. Assim que sua prima a soltou, Rayna
girou e deu um soco no rosto uma vez, duas vezes. A terceira vez a nocauteou.
— Bem, eu não esperava ver isso.
Rayna percorreu com o olhar até encontrar Canaan de pé a menos de cinco metros dela.
— O que você está fazendo aqui?
— Eu poderia perguntar o mesmo para você, — disse ele.
— Nenhum de vocês se mova, — veio uma voz masculina atrás de Canaan.
O corredor estava de repente incendiado pela luz. Rayna piscou quando olhou para Canaan.
Seu rosto estava marcado em linhas duras, como se estivesse se preparando para a guerra.
A parte triste foi que era exatamente isso que ele estava fazendo. Foi exatamente o que ela
estava fazendo minutos atrás.
O grande homem atrás de Canaan moveu-se para o lado para que ele pudesse ver Rayna. Ele
estava em um terno preto, mas não havia gravata na camisa branca aberta no pescoço. Seu cabelo
loiro escuro estava dividido, mas não conseguia conter as ondas. Seus olhos azuis eram brilhantes
que continham a promessa de dor. — Como é que vocês dois entraram aqui?
— Porque foi ideia minha construir a maldita coisa, — Canaan retorquiu.

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Rayna assistiu a testa do Incubus vincar-se produzindo uma carranca. — Isso não é possível.
— É, Asher.
— Canaan?
Canaan deslocou-se para poder enfrentar Asher. — Sou eu.
— Eu vou ser condenado, — disse Asher, um sorriso no rosto. — Onde você esteve? Teman
nos disse que você morreu. Se eu soubesse que você ainda estava lá fora, eu teria te procurado.
O coração de Rayna quebrou com a dúvida que ela viu nos olhos azuis-esverdeados de
Canaan. Ele não sabia em quem confiar, e ela não o culpava. Uma vez que parte de sua família o
traia era fácil pensar que os outros o fariam também.
Quando Canaan não respondeu, Asher olhou para ela, seu sorriso morrendo. — Canaan? O
que foi?
— Diga a ele, — Rayna exortou Canaan. — Eu não acho que ele faz parte disso.
Canaan não fez mais do que olhar para ela. — Você pode estar enganada.
— Talvez eu esteja. Se for assim, ele já sabe onde você esteve, então porque não dizer a ele
simplesmente? — perguntou ela.
O rosto de Asher caiu em linhas sombrias. — Eu sou o Capitão da Guarda da Casa Romerac.
Você desapareceu sob minha vigilância Canaan. Diga-me o que aconteceu.
— Teman e Levi, juntos com o Soberano me traíram. Eu estive no Oubliette por cinco
séculos.
O ar carregou-se de fúria quando os dois homens se entreolharam. Um músculo palpitou na
mandíbula de Canaan quando os olhos azuis de Asher se tornaram frios como o gelo.
— Você acha que eu era parte disso. — Disse Asher.
Canaan simplesmente levantou uma sobrancelha. — Como você disse você é o guardião da
Casa Romerac. Você e seus homens eram a segurança, a minha segurança. De que outra forma os
meus irmãos chegaram até mim?
— Teman me enviou para buscar uma garrafa de vinho especial que você gostava para
quando você voltasse para casa. Ele me disse que era um presente para você, então eu não hesitei.
Quando voltei a Casa estava em alvoroço porque ninguém podia encontrá-lo. — Asher fechou suas
mãos em seus lados. — Eu queria ir à sua procura, mas Teman não permitiu. Ele disse que
precisava ser protegido, desde que era o Mestre da Casa em exercício enquanto você estivesse
desaparecido.
Antes que Canaan pudesse responder, Rayna pisou sobre suas primas. — Temos problemas
maiores agora. Minha família me seguiu Canaan. Aquelas duas são primas distantes, e elas vieram
ser testemunhas de que eu estava aqui.

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— Deste modo podem forçar-nos juntos, — disse ele com um sorriso de escárnio. — Eu não
achei que elas ousariam seguir-nos até aqui.
Asher soltou um suspiro. — Muitas coisas mudaram desde que você se foi. Teman deixou a
segurança tornar-se relaxada e já não se importa com quem entra e quem sai. Com o tempo do
Soberano no Trono Obsidian terminando é quando a Casa Romerac deveria estar mais forte, e não
mais fraca.
— Há uma razão para os meus irmãos terem alinhado com o Soberano, — Canaan disse
enquanto estendia a mão para Rayna.
Ela ansiosamente a tomou. — Você não vai me mandar embora?
— Você atacou duas de sua família para me proteger.
— Para nos proteger, — ela corrigiu.
Ele deu de ombros. — De qualquer forma você vai estar mais segura comigo.
Asher discou alguns números em seu telefone celular. — Vou tirar as Nephilins daqui e
garantir a área.
Rayna tinha dado apenas alguns passos quando se encontrou contra a parede e o corpo duro
de Canaan. Ela olhou em seus olhos, mas antes que ela pudesse perguntar o que ele estava
pensando, ele a estava beijando.
Ela derreteu contra ele, seu corpo ganhou vida como só ele poderia comandá-la. Suas mãos
foram para a borda de sua camisa enquanto ela pensava em rasgar ela fora. Um gemido baixo
retumbou em seu peito quando ela tocou a pele nua de seu estômago.
Canaan terminou o beijo e pressionou sua testa contra a dela. Nenhuma palavra foi
necessária. Ambos sabiam o que estava por vir, e ambos estavam preparados para enfrentá-lo.
Depois de um momento, Canaan endireitou-se, mas não soltou a mão de Rayna. Ela não
podia conter seu prazer naquele ato simples.
— Asher, — Canaan chamou enquanto passava a mão pelos cabelos pretos. — Deixe seus
homens fazerem isso. Você vai precisar vir com a gente.
Para a batalha, Rayna pensou.
Para corrigir um erro terrível.

Capítulo 8
Canaan queria acreditar que Asher não tinha sido parte da traição. Se ele não fosse parte,
então ele iria manter Rayna segura e guardas suas costas.

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Se ele fosse parte... então Canaan queria todos os seus inimigos no mesmo recinto.
Ele escondeu sua surpresa pelo prédio opulento de sua família, usava para os negócios. Os
brilhantes pisos cinza escuro, as paredes em um tom mais claro de cinza, e pinturas e obras de arte
em toda parte. Sempre tinha sido seu sonho ter algo grande e impressionante ligado ao nome da
família. No entanto, ele não tinha chegado a construí-lo. Seus irmãos sim.
Pelo menos a família não tinha sido erradicada ou estava se acabando.
— Isto não é visto pelo público não é? — Rayna perguntou enquanto seguia Asher.
Asher olhou por cima do ombro para eles. — Não, isto é apenas para a família Romerac e
hóspedes.
Canaan parou ao lado de uma parede onde portas se abriram. Asher entrou e Rayna
rapidamente o seguiu, mas ele hesitou.
— É um elevador, — explicou Rayna. — Ele vai nos levar para os andares superiores. É
melhor do que subir escadas.
Havia muito que Canaan ainda precisava aprender sobre este mundo moderno. Um elevador
que os levaria para cima. O que mais ele encontraria? Ele pensou que os computadores e a internet
seriam o melhor. Como ele estava enganado.
Ele entrou no elevador ao lado de Rayna e viu quando Asher apertou um botão com 55 nele.
Houve um pequeno choque e, em seguida, o elevador começou a se mover.
— Eu não acho que Levi fez parte da traição a você, — disse Asher em meio ao silêncio.
— O que faz você pensar isso?
— Teman. Ao longo dos últimos séculos ele tem afastado cada vez mais Levi.
Canaan encostou um ombro contra a parede. — Possivelmente. Ou pode ser que Teman
tenha gostado de estar no comando e agora já não queira compartilhar.
— Então, — Asher continuou como se Canaan não tivesse falado, — há o fato de que Levi
tentou encontrá-lo. Ele próprio saiu a sua procura. Porque ele faria isso se ele fosse parte?
— Uma pergunta muito boa, — disse Rayna e olhou para ele.
Canaan não conseguia olhar para ela. Se ele o fizesse corria o risco de tomá-la ali mesmo no
elevador com Asher olhando. Tinha sido um erro beijá-la, e um erro ainda maior parar.
Suas mãos coçaram para tocá-la, senti-la contra ele. Para deslizarem ao pela suavidade
sedosa de sua pele nua. Especialmente desde que ele tinha contado exatamente quantas vezes eles
tinham feito amor na noite passada.
E não foram sete.
— Canaan, — Asher chamou.

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Ele piscou e focou-se no piso de ardósia sob seus pés. — Você pode ter um ponto Asher. Eu
não teria imaginado um dos meus irmãos me traindo.
— O Soberano é parte disso, — disse Rayna. — Muito tem acontecido ultimamente com as
Três incapazes de encontrar novas sacerdotisas, e agora o Soberano.
Asher deu um aceno de concordância. — Em vez de se preparar para deixar o Trono, ele
vem adiando a reunião do concelho que vai decidir qual a família que vai tomar seu lugar.
— E não será mais um Marakel. Sua linhagem vai morrer com ele, não importa o que ele
tenha convencido Teman a fazer, — acrescentou Canaan. Asher pigarreou, trazendo o olhar de
Canaan para ele. — O que foi?
— Você esteve realmente no Oubliette?
— Sim.
Para surpresa de Canaan a mão de Rayna tocou em seu braço. — Você nunca me disse como
escapou.
— Eu dei a minha alma para a Carcereira, para que ela parasse de me torturar. Um
prisioneiro disse-me que o Soberano o colocou lá para ajudar a esconder o plano para me trair. Ele
me contou como o Oubliette se move constantemente, mas de vez em quando se alinha com esse
mundo e as paredes tornam-se finas. Ele morreu antes de poder escapar comigo.
— Sua alma? — Rayna repetiu. — Você desistiu de sua alma?
— Em vez de ser torturado, eu passei a ser aquele que torturava. Tente passar 500 anos
sendo torturado e me diga se você não iria desistir de sua alma.
Um ding suave soou pouco antes das portas do elevador se abrir. Asher se colocou entre elas
para mantê-las abertas. — Eu parei alguns andares abaixo. Teman raramente sai do seu quarto
ultimamente. Ele contratou homens extras para guardá-lo.
— Extras? — Canaan repetiu. — Você quer dizer que ele não está usando seus homens? Os
homens que guardaram nossa família por gerações?
Asher deu de ombros. — O que eu deveria fazer? Desistir? Ele é o Mestre da Casa Romerac.
Ele é quem decide.
— Não por muito tempo, — Canaan sussurrou e saiu do elevador em um quarto mal
iluminado.
Rayna se juntou a ele enquanto olhava em volta. — Que lugar é esse?
— É cinco andares abaixo dele. Este era o lugar onde a família se reunia para reuniões e
ocasiões especiais, mas Teman parou de fazer isso cerca de cem anos atrás.
— Há muita coisa que ele não tem feito ao que parece, — disse Rayna.
Era hora de Canaan enfrentar seus irmãos. — Onde estão as escadas?

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As palavras mal saíram de sua boca quando uma porta no lado oposto do quarto se abriu e
Levi apareceu. Canaan foi atingido pela forma como seu irmão mais jovem parecia abatido.
Seu cabelo preto estava cortado curto, e estava preso em ângulos estranhos por toda a parte,
como se ele tivesse passado seus dedos através dele. A camisa de xadrez vermelho de Levi estava
abotoada, mas apenas metade dentro das calças, e seus jeans claros tinham uma enorme mancha na
perna esquerda.
Levi de repente parou e olhou para cima, como se só agora percebesse que ele não estava
sozinho. Seu olhar se moveu sobre cada um deles antes de voltar para Canaan. — É você mesmo?
Você finalmente voltou para casa irmão?
Canaan não teve chance de responder, pois Levi foi em direção a ele, seus olhos claros de
repente se iluminaram e um grande sorriso surgiu em seu rosto.
— Você sempre foi um grande aventureiro, mas eu procurei por você. Várias vezes. Eu
mantive isso em segredo de Teman, porque ele é feliz sendo o Mestre da Casa. Mas é seu por
direito Canaan. — Ele fez uma pausa quando chegou a Canaan, o sorriso derretendo e uma carranca
surgindo. — Porque você partiu? Você não deixaria de lado seus deveres, certamente não por tanto
tempo.
Asher cruzou os braços sobre o peito e disse: — Eu disse que Levi não era parte disso.
— Parte do quê? — Levi perguntou enquanto olhava de um homem para outro.
Canaan não queria falar. Ele queria confrontar Teman e usar os punhos para transmitir toda a
agonia e miséria que ele tinha sofrido durante quinhentos anos.
A fúria deve ter se mostrado em seu olhar, porque Levi deu um passo para trás. De repente,
Rayna estava ao lado dele novamente, com a mão em seu braço. Tal como antes a raiva se dissipou,
permitindo-lhe pensar com clareza novamente.
— Ele estava no Oubliette, — explicou Rayna. — Ele só escapou recentemente.
— E voltou aqui para se vingar, — disse Levi. Ele encontrou o olhar de Canaan. — Você
pode não acreditar, mas não tive parte na sua prisão. Vou fazer o que for preciso para provar isso...
Como o mais jovem, Levi tinha sido o espírito livre deles, aquele que sempre fazia seu dever
apenas para voltar a seus prazeres. Ele era honesto a um erro, e assim como quando eram crianças,
Canaan sempre podia dizer quando Levi estava mentindo. A verdade brilhava em seus olhos agora.
— Você já provou isso, — disse Canaan e abraçou seu irmão.
Levi deu um tapa nas costas dele, o sorriso voltou quando se separaram. — É tão bom ter
você de volta Canaan.
— O que vem a seguir? — perguntou Rayna. — Nós enfrentamos Teman?

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Canaan a agarrou pelos braços e a encarou. — Você não vai fazer nada além de ficar aqui,
fora de perigo.
— Há mais uma coisa que você precisa saber, — disse Levi quando os lábios de Rayna se
separaram para falar.
Canaan ficou grato por não ter uma discussão com Rayna. — O que é? — ele perguntou a
Levi.
— Teman está abandonando o nome Romerac.
Canaan soltou um suspiro profundo. — Eu sei. Fui informado disso no Oubliette. Eu vou
garantir que Teman falhe nesse esforço.
— Querido Deus, — Rayna sussurrou enquanto cobria a boca com a mão.
Canaan ouviu Asher soltar uma série de palavrões. Tudo estava começando a fazer sentido
agora. Teman o tinha traído porque o Soberano tinha conseguido convencê-lo a acreditar que seria o
próximo a sentar no Trono Obsidian.
— Parte do acordo deve ter sido que ele mudasse o nome da família, — disse Levi.
— Então a linhagem do Soberano não morreria, — concluiu Rayna.
Asher tirou o paletó e arregaçou as mangas de sua camisa para revelar tatuagens intrincadas.
— Eu não vou deixar isso acontecer.
Canaan olhou para as três pessoas que o rodeavam. Ele voltou para o mundo pensando que
não poderia confiar em ninguém, e ainda assim ele tinha descoberto três que estavam ao lado dele
no meio da guerra que estava por vir.
— Oh, não. Você não, — disse Rayna quando ela o pegou olhando para ela. — Você acha
que vai sair e me deixar para trás? Preciso lembrá-lo que posso cuidar de mim?
Canaan sabia disso muito bem. — Você ainda tem a chance de viver a vida que você sempre
quis, longe de sua família. Vá Rayna, e não olhe para trás. Porque se você ficar, eu não posso
prometer que você vai permanecer ilesa.
— Eu não vou embora, — disse ela, levantando-se na ponta dos pés para lhe dar um beijo
rápido, duro. — Eu sei como é ser traída. Eu quero ajudar.
Asher resmungou. — Em uma sala cheia de Incubis? Eu não acho que é sábio.
— Eu não acho que isso vai ser um problema, — disse Levi.
Canaan estreitou seu olhar para seu irmão mais jovem. — O que você quer dizer?
— Ela estava ao meu lado e de Asher todo este tempo, e ainda assim ela não consegue parar
de olhar para você. Diga-me quantas vezes vocês foram para cama juntos? — perguntou Levi.
Asher começou a rir quando nem Canaan nem Rayna responderam. Foi Asher que disse: —
Isso poderia ser uma vantagem. Eu acho que tenho o plano perfeito.

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— É melhor que isso não inclua colocar Rayna em perigo. — Afirmou Canaan.
Rayna revirou os olhos. — Se ele vai colocar Canaan de volta no poder, então eu vou fazer o
que for necessário.
— Não seja tão rápida em dizer isso Nephilim. — Levi disse enigmaticamente.
Canaan fechou os olhos. Rayna deveria estar muito longe dali e longe de todo perigo. Ela
deveria viver sua vida livre dos deveres que sua família lhe impunha, e livres da vida de uma
Nephilim vinculada a um Incubus.
— Espere, — disse Rayna. — Canaan voltou. Ele não poderia simplesmente retomar seu
lugar de poder? Ninguém pode negar que é ele.
Canaan abriu os olhos e colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, só agora
percebendo que ela estava sem sapatos. — Isso poderia funcionar, mas que pode garantir que
Teman e o Soberano não iriam tentar de novo?
— Ele está certo, — disse Levi. — Canaan deve tomar seu lugar a força.
Asher esfregou as mãos. — Meus homens são leais à família, e a você, tanto quanto são a
mim. Nenhum deles ficou muito entusiasmado com Teman contratando seguranças estranhos. Eles
vão fazer o que eu pedir.
Canaan respirou fundo. Ele estava prestes a envolver seu irmão em uma batalha que poderia
acabar com um deles morto. Seu pai ficaria horrorizado, mas no fim, era para proteger a família.
Se Teman não tivesse feito isso. Ele havia procurado seu próprio destino, sua ganância pelo
poder anulando os ensinamentos de seu pai. Canaan realmente não tinha outra opção. Ele derrubaria
Teman, e então ele iria atrás do Soberano.
Já era hora do bastardo deixar o Trono Obsidian, de uma vez por todas.

Capítulo 9

E todas as suas fantasias, Rayna nunca pensou que estaria ajudando um Incubus ou
conspirando para derrubar o Soberano. No entanto, aqui estava ela com apenas uma camisa que a
fazia se sentir... nua.
Ela rezou para que o plano funcionasse. Ele tinha que funcionar.
Ele iria funcionar.
— Você não tem que fazer isso, — disse Asher enquanto o elevador subia até o sexagésimo
andar.

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Ela olhou para o guardião bonitão e sorriu. — Eu tenho.


— Você está se colocando em perigo por um Incubus que você nunca verá de novo.
Rayna engoliu um nó na garganta. Ela não queria pensar no futuro, especialmente quando
ela sabia que este não iria incluir Canaan. — Passei anos fugindo da minha família. Canaan tem me
mostrado que há outras opções lá fora, se eu estiver disposta a buscá-las.
— Quantas vezes vocês realmente dormiram juntos?
Seus olhos eram muito astutos, esperto demais para seu próprio bem. As portas apitaram
antes de abrir lentamente.
— Como você sabe?
— A forma como Canaan olha para você. A maneira como você olha para ele, — ele
sussurrou quando a pegou pelo braço e levou-a para fora do elevador. Ele acenou para os dois
guardas de Teman, enquanto caminhavam para a esquerda. — Eu sei que você se importa com ele
ou você não estaria aqui. Porque não levá-lo para cama às vezes necessárias para se tornar imortal e
conectá-los um ao outro?
Rayna puxou a bainha da camisa social de Asher que mal chegava a suas coxas, no
momento em que os dois guardas olhavam-na com olhos de luxúria. — Eu me importo com
Canaan. Muito. Ele já foi traído o suficiente.
Asher permaneceu em silêncio enquanto caminhavam por um longo corredor forrado com
uma passadeira oriental espessa, que parecia se estender por quilômetros diante deles. Quando
chegaram a um conjunto de altas portas duplas de madeira, ele parou e olhou para ela. — Se eu
encontrar alguém como você, eu irei facilmente reconsiderar a regra. Você seria boa para Canaan.
Foi o melhor elogio que ela já havia recebido. — Mantenha-o seguro durante tudo isso, mas
especialmente depois. Ele vai ter problemas para confiar de novo.
— Você tem a minha palavra. Você está pronta?
Não. Ela queria correr para o outro lado e nunca parar, mas ela tinha a oportunidade de
corrigir um erro.
Sem falar que se o Soberano não desistisse do Trono para o próximo Incubus como deveria,
não havia como prever como as decisões do Soberano iriam afetar as Nephilins. Ela poderia ajudar
a parar tudo antes de começar.
Sua garganta apertou e ansiedade a percorreu. Assentiu com a cabeça, e foi recompensada
com um sorriso malandro de Asher, que ela tinha certeza que colocava a maioria das mulheres se
jogando em cima dele.
— Lembre-se de bajulá-lo, — disse Asher sob sua respiração quando ele abriu as portas.

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O olhar de Rayna foi imediatamente atraído para as janelas do chão ao teto que davam para
Manhattan, as luzes dos outros arranha-céus iluminavam a noite.
— Eu encontrei algo para você Teman, — disse Asher.
Rayna apressadamente olhou em volta enquanto tropeçava em seus pés quando Asher a
arrastou para a direita. O quarto estava escassamente decorado com mobiliário moderno branco
contrastando com o piso de ardósia escura. O que fazia o quarto parecer frio e sem emoção.
Os dedos de Asher apertaram o braço dela. Rayna puxou seu olhar longe do quarto e
encontrou Teman em um aparador onde ele estava servindo um copo de vinho.
Teman não lhes deu nenhuma atenção quando rodou o liquido vermelho em seu copo antes
de trazê-lo para o nariz assim ele poderia inspirar profundamente. Só então ele tomou um gole.
— O que uma Nephilim está fazendo na Romerac Consolidações? — ele perguntou a Asher.
— Parece que um dos meus homens pensou que seria um belo presente para você.
— Para mim? — disse Teman encarando-os.
Rayna foi pega de surpresa com o quanto ele parecia com Canaan. As mesmas feições
escuras, os mesmo lábios carnudos, o mesmo queixo quadrado. Mas havia diferenças também. O
cabelo de Temam podia ser da mesma cor, mas era mantido mais curto. Seus olhos podiam ser o
mesmo azul-esverdeado, mas não tinha nenhum calor, não tinha... vida.
Não tinha paixão.
— Ela nunca esteve com um Incubus, — explicou Asher.
Teman riu e foi até eles. Seus sapatos caros não faziam nenhum som no sólido tapete branco
em que ele ficou. Seu traje era muito parecido com o de Asher, exceto que o terno era cinza e sua
camisa Borgonha.
— Uma Nephilim que nunca esteve com um Incubus, — Teman disse olhando-a de cima a
baixo. — Por que isso?
Asher rudemente a arrastou para mais perto de Teman. — Ela é da família Averell.
Os olhos de Teman escureceram-se de desejo. — É mesmo? Interessante. Ela poderia muito
bem carregar meu primeiro filho.
Rayna queria dar um soco nele. Em vez disso, ela suavizou os olhos e sorriu. Em seguida,
ela passou as mãos sobre seus seios, fazendo com que sua camisa se levantasse.
— Você pode sair Asher, — disse Teman. — E garanta que nós não sejamos perturbados.
Houve um a pequena pausa antes de Asher dar um aceno de cabeça e se virar para ir embora.
Deixando Rayna sozinha com um homem que ela deveria querer.
— As Averells são particularmente férteis, — disse Teman enquanto caminhava em volta
dela, deixando o rastro de seu dedo sobre seus quadris e seu bumbum, em seguida para o outro

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quadril, até que ele ficou na frente dela novamente. — Entre você e minha próxima visita ao Harém
na próxima semana eu poderia ter dois filhos em questão de meses.
Ela colocou as mãos sobre os seios. — Sim. Qualquer coisa. Só, por favor, me tome. Eu não
tinha ideia de que estar perto de vocês Incubis causaria tal... necessidade... dentro de mim. Você
pode resolver isso?
— Eu não sou um demônio do sexo por nada querida. — Ele deixou de lado sua taça de
vinho e a puxou contra ele. — Eu vou ter você gritando de prazer em poucos momentos.

~~~~
— Calma, — Levi disse.
Canaan não gostava de ver ninguém com as mãos em Rayna, sobretudo não Teman. — Foi
uma péssima ideia.
— É uma boa ideia. Teman nunca vai vê-lo chegando.
Canaan queria estourar de seu esconderijo atrás de um enorme vaso de plantas e combater
Teman quando ele começou a desabotoar a camisa de Rayna.
— Asher está aqui também, lembre-se, — disse Levi. — Rayna vai ficar bem.
Era melhor que ela ficasse. Canaan nunca se perdoaria se alguma coisa acontecesse com ela.
Eles deveriam esperar até que Teman estivesse completamente ocupado, mas Canaan não suportava
vê-lo tacando Rayna mais um minuto.
Sem dizer uma palavra para Levi, Canaan se levantou e caminhou contornando a planta.
Rayna o viu primeiro, seus olhos se abrindo e indo direto para ele. O pequeno sorriso que se
deslocou até o canto dos lábios foi tudo o que o segurou para não rasgar Teman longe dela.
— O que há de errado com você? — perguntou Teman quando Rayna baixou as mãos. Ela
desvencilhou-se e caminhou até ficar ao lado de Canaan.
A gratificação que Canaan sentiu quando os olhos de Teman cresceram quando ele o viu foi
o primeiro passo em sua vingança.
— Ca... Canaan, — Teman gaguejou. — Onde você esteve? Nós procuramos em todos os
lugares por você.
Canaan olhou de relance para Rayna. — Nem todos os lugares. Você não olhou no único
lugar para o qual você me enviou – o Oubliette.
— Eu não sei do que você está falando, — Teman tentou se encobrir.
— Eu sei de seu negócio com o Soberano. Sei como você conspirou com ele para me trair.
Sei que ele planeja permanecer no Trono Obsidian e nomear você como herdeiro, desde que você
desista do nome Romerac.

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Teman deixou sua falsa fachada cair quando respirou fundo e aplaudiu. — Bravo. Eu nunca
esperava ver você novamente. Diga-me irmão como você escapou de sua prisão?
— Com dificuldade. Vai ser muito mais fácil enviar você para lá.
Teman riu, o som ecoando nas paredes. — Isso nunca vai acontecer. Eu tenho amigos
poderosos que vão garantir que eu nunca seja tocado.
— Se eles são tão poderosos, porque eles não estão aqui agora? Por que não estão salvando
você? — Canaan perguntou enquanto se aproximava de seu irmão.
— Eu posso me salvar.
Canaan sorriu quando viu a fúria nos olhos de Teman. Assim como quando eram crianças,
Teman nunca conseguia controlar sua raiva. Lançou-se em Canaan com um rosnado baixo. Canaan
passou os braços ao redor dele e resmungou quando o ombro de Teman bateu nele.
Teman deu dois bons golpes nos rins de Canaan antes que Canaan lhe desse uma joelhada
no rosto. Teman cambaleou para trás e puxou o paletó. Botões saíram voando quando ele agarrou
sua camisa pelo colarinho e arrancou.
Canaan sabia pelas suas lutas na infância como era fácil colocar Teman em um acesso de
raiva tão grande que ele perdesse todo senso comum, esquecendo-se das regras básicas de combate.
Parecia que nada havia mudado. Canaan estendeu os braços, esperando que Teman fizesse
seu movimento. Essa simples ação fez Teman berrar em fúria quando ele correu para Canaan.
Canaan facilmente afastou-se do ataque de Teman, mas ao mesmo tempo estendeu o pé para
que Teman tropeçasse. Ele caiu esparramado pelo chão. Seu rugido foi o único som que ele fez
quando ficou de pé e agarrou a cadeira mais próxima dele e a atirou pela janela.
O vidro quebrou quando a cadeira saiu voando pela noite adentro. O vento uivava e o
barulho da cidade encheu o espaço. Então Teman começou a rir.
— Você nunca vai ser o Mestre da Casa de novo! — Teman gritou sobre o barulho.
Canaan não teve a chance de responder quando Teman atacou novamente, desta vez, ele
desferiu um soco na cabeça de Canaan, e quando Canaan tentou desviá-lo, ele lhe deu uma
cotovelada na mandíbula.
O assalto não parou por aí. Teman desferiu um soco atrás do outro. Sangue derramando pelo
olho esquerdo de Canaan e seu lábio estava golpeado. Ele deixou Teman ter sua diversão até que
julgou o suficiente.
Canaan levantou os braços para parar o próximo ataque.
— Basta! — Canaan olhou para seu irmão mais novo e o empurrou. — Você me traiu, ao
nosso pai e a família. Tenho a honra de bani-lo de nossa Casa. Você já não pode usar o nome
Romerac. Vá encontrar seu Soberano e tome o seu nome como pretendia.

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As portas se abriram quando a segurança privada de Teman entrou. Um segundo depois eles
foram cercados por Asher e seus homens que estavam apenas esperando esta ação.
Canaan nunca tirou os olhos de seu irmão. — O que eu fiz para que você quisesse me trair?
— Você nasceu primeiro por dois malditos dias, — disse Teman com um sorriso de
escárnio. — Isso tudo deveria ter sido meu.
— Mas não é.
Teman jogou a cabeça para trás e riu. — Ah, em breve você vai entender que há mais coisas
vindo irmão.
Canaan conseguiu conter seu temperamento durante toda a luta. Era o que sempre lhe dava
vantagem nas lutas contra Teman, fosse essas com punhos ou palavras.
— Leve-o ao Oubliette, — disse Canaan e caminhou para Rayna. Ele precisava segurá-la,
para saber que tudo ia ficar bem.
Levi era todo sorriso enquanto caminhava para Canaan. — Eu sabia que o plano iria
funcionar.
Asher e um de seus homens agarraram cada um, um dos braços de Teman. Com o canto do
olho Canaan viu Teman se contorcer longe e virar enquanto levantava o braço, uma pistola na mão,
mirando Levi.
— Não! — gritou Canaan, ao mesmo tempo em que Teman disparava a arma.
Canaan assistiu impotente, como a bala de prata bateu no peito de Levi. Levi olhou para
baixo antes de olhar de volta para Canaan, confusão em seu rosto.
A raiva que Canaan tinha mantido a distância explodiu. Ele empurrou Rayna longe dele e
alcançou Teman. Ele colidiu com seu irmão, enviando ambos ao chão.
Canaan começou a dar socos imediatamente. Uma coisa era Teman traí-lo. Mas Levi era o
melhor deles, aquele que seria feliz e experimentaria tudo.
Não importava o quanto Teman tentava revidar. Canaan estava além do ponto de qualquer
controle. Ele queria que a dor parasse, precisava que o buraco dentro dele fosse preenchido com
algo bom e decente, em vez de traição, ganância e oposição.
Vagamente, ouviu alguém gritar seu nome, mas ele não podia parar. Ele tinha que proteger
sua família, tinha que proteger Rayna. E isso significava que Teman tinha que ser eliminado.
— Canaan.
Ele parou, seu punho no meio do movimento, quando ouviu a voz de Rayna.
Então, ela o tocou. Ele fechou os olhos apertados e caiu para o lado, com as mãos sobre os
olhos. Para sua surpresa, Rayna colocou os braços ao redor dele por trás e encostou a cabeça em seu
ombro. — Agora acabou.

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Foi quando Canaan percebeu que o prédio estava balançando. Quando sua raiva levava a
melhor sobre ele, ele nunca sabia como iria afetar o mundo ao seu redor. Houve momentos em que
ele causou terremotos de propósito, mas quando ele estava muito fora de controle para saber o que
estava fazendo, o pior poderia acontecer.
Felizmente, Rayna o havia parado.
— Levi está sendo atendido. Asher acha que ele vai conseguir, — disse ela, enquanto
continuava a correr as mãos sobre ele.
Canaan não conseguia olhar para Teman. Ele sabia o que sua raiva era capaz de fazer. Ele
não precisava vê-lo novamente. — Eu matei meu irmão.
— Você não tinha escolha, — ela sussurrou e deu um beijo em seu pescoço. — Teman não
lhe deu nenhuma escolha. Você é mais uma vez o Mestre da Casa Romerac, Canaan. Exatamente
onde você deveria estar.
Era isso? Ele não tinha mais tanta certeza. Tudo que podia pensar era no sótão empoeirado e
na noite requintada de amor que ele temia que nunca iria sentir novamente.

Capítulo 10
10

Canaan olhou para a terra que havia sido de sua família para governar por milhares de anos.
Os dias das Succubi tinham acabado, embora ninguém soubesse o que fez com que todas as fêmeas
dos demônios do sexo morressem.
Os Incubis não tinham morrido, no entanto. Eles se uniram as Nephilins, o que permitiu aos
Incubis que continuassem a procriar. Houvera tanta agitação quando a última Succubus morreu, que
tinha tomado centenas de anos para que os Incubis resolvessem as coisas. No entanto, eles tinham
resolvido.
Agora outra reviravolta estava à espreita. Canaan sabia que o Soberano não iria parar agora
que Teman estava morto. O Soberano não queria desistir de seu Trono, e ele faria o que fosse
necessário para mantê-lo.
A verdadeira batalha ainda não tinha começado. Canaan poderia ter retomado o controle de
sua família, mas foi uma pequena batalha se comparada com a guerra que viria.
O silêncio foi quebrado pelo som dos passos de Asher se aproximando. Canaan virou da
parede de janelas para a sala agora vazia. Todas as evidências de Teman tinham sido apagadas.
Desde o mobiliário até o sangue.

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— Rayna está se preparando para sair, — disse Asher.


Canaan respirou fundo. — Eu estou louco com ela.
— Você já fez sexo com ela sete vezes. Isto estava prestes a acontecer.
— Nove.
Asher piscou, seu corpo ficando completamente parado. — Nove?
— Nove, — Canaan repetiu. — Eu poderia ter parado em sete. Eu deveria ter parado em
sete, mas a necessidade de torná-la minha era muito forte.
— Você fez isso sem falar com ela? E como com o inferno ela não sabe?
Canaan encolheu os ombros, incapaz de definir suas emoções nessa altura, na noite cheia de
êxtase. — Eu tenho que convencê-la a ficar.
— Depois que você disse a ela várias vezes para ir? Estar no Oubliette deve ter feito você
perder sua mente, tanto quanto a sua alma.
Sua alma. Ele tinha esquecido tudo sobre isso. Era um pequeno preço a pagar para voltar
para casa e encontrar alguém como Rayna. — Onde está Rayna agora?
— No andar de baixo.
Tantas coisas estavam correndo pela mente de Canaan sobre como ele iria dizer a Rayna que
ele precisava dela, que ele... importava-se. Ele não queria pensar sobre quão profundos os
sentimentos dele se tornaram, agora não. Não quando ela poderia estar caminhando para longe de
sua vida para sempre.
Canaan sabia que se ele a deixasse ir embora, isso significaria que ele morreria de fome
porque agora eles estavam vinculados.
Ainda assim ele não iria forçá-la a ficar.
Nem ele iria desistir dela.

~~~~
Rayna dobrou a camisa de Asher e colocou-a sobre a mesa. Ela estava de volta em suas
próprias roupas, mas ela já não se sentia ela mesma. Não havia nenhuma razão para permanecer na
Romerac Consolidações, não importava o quanto ela queria que houvesse.
Sua mãe iria adorar o fato de que Rayna tinha passado tantos anos fugindo da conexão com
os Incubis, apenas para se apaixonar – muito – por um.
Ela se virou e ficou cara a cara com Canaan. Como é que um homem ficava mais bonito a
cada vez que o via? Era o caso de Canaan.

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Ela não conseguia o suficiente dele. Seus lábios se arrepiavam só de pensar em seus beijos.
Seu corpo aquecia-se apenas imaginando suas mãos correndo sobre ela. Sua alma agitou-se apenas
por sonhar com um futuro juntos.
Rayna engoliu em seco e tentou desviar o olhar de seus olhos azul-esverdeados, mas ela não
podia. Estava presa, enredada. — Diga alguma coisa, — ela implorou.
— Não vá.
Ela não poderia estar mais surpresa se ele dissesse que queria voltar ao Oubliette. — O...o
quê?
Ele deu um passo em direção a ela, em seguida parou. — Olha eu sei que você quer estar
longe de sua família. Eu posso lhe oferecer proteção aqui.
— Proteção? — Uau. Ela nunca ficava decepcionada. Por um momento ela pensou que ele
estava pedindo a ela para que ficasse porque ele a queria.
Rayna apertou os dentes e seu coração começou a quebrar. Ela deveria ter pensado melhor
antes de se apaixonar por um Incubus. Eles não ficavam por perto mais de uma noite. E eles
raramente se amarravam a uma mulher.
Como ela tinha sido tola por acreditar que significasse alguma coisa para ele.
— Sim, proteção, — disse Canaan. — Sua família não vai ser capaz de tocá-la aqui. Você
vai poder fazer o que você quiser.
Enquanto o via todos os dias? Sem poder tocá-lo, o tempo todo se lembrando da bela noite
que tinham tido. Seria um tipo especial de tortura que infligiria a si mesma. Não, obrigada, as
memórias já seriam suficientes.
— Obrigada pela oferta, — disse ela e engoliu de volta seu coração partido. — Mas eu acho
que é hora de eu partir.
Ela começou a sair quando ele entrou na frente dela. Rayna apertou os olhos fechados por
um segundo antes de erguer o olhar para ele. Rugas marcavam sua testa, enquanto seu olhar parecia
procurar no dela alguma coisa.
— Eu não achei que seria capaz de confiar em alguém novamente. — Canaan passou a mão
pelo cabelo. — Você me mostrou que eu podia.
Se ela o havia tocado mais profundamente, ela não se arrependia de seu tempo com Canaan.
Ela só queria ter blindado melhor seu coração. Não teria sido fácil com alguém como ele, mas
mesmo assim ela deveria ter tentado.
Ela forçou um sorriso que não sentia. — Eu fico feliz. Boa sorte com tudo.
Rayna mais uma vez começou a dar a volta e dessa vez ele não a impediu. Lágrimas se
reuniram em seus olhos, lágrimas que ela odiava e se recusou a deixarem sair até que ela estivesse a

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quilômetros de distância de Canaan. Ela não queria que ele soubesse o quão profundamente ela
sentia por ele.
— Eu menti para você, — disse ele, enquanto ela estendia a mão para a maçaneta da porta.
A admissão a congelou no lugar. Ela soltou a mão e se virou para ele. — Mentiu para mim
sobre o quê?
— Nós não fizemos sexo sete vezes.
O coração de Rayna começou a bater com emoção e nervosismo. — Quantas vezes então?
Pensei que tinha contado todas elas.
— Foi uma noite longa e cheia de paixão.
— Foi. — Também foi a melhor noite de sua vida. Ela não podia acreditar que estava em
silêncio esperando que tivessem sido oito. Isso significaria que estavam irrevogavelmente
vinculados juntos por toda a eternidade. Ela mal o conhecia, mas seu corpo e seu coração o faziam.
— Quantas Canaan?
— E se eu lhe dissesse que levaria apenas mais uma vez para que possamos estar
vinculados?
Foi esperança que viu brilhar em seus olhos? — Você está me dizendo que você... quer estar
vinculado a mim? Isso significaria que você só poderia fazer sexo comigo. Isso significaria que eu
seria a única que poderia mantê-lo vivo.
— Você não está me dizendo nada que eu já não saiba, — disse ele em voz baixa. — Eu
estou perguntando se você concordaria em dormir comigo novamente. Isso significaria que você
poderia ser imortal.
— Eu não ligo pra imortalidade, — disse ela com um aceno de cabeça. — As consequências
são de grande alcance. Você não pode me dizer que você quer ser vinculado a mim. Você é um
Incubus.
— Eu sei exatamente o que sou.
Rayna passou a mão em sua testa como se confusão atrapalhasse seu cérebro. — Você tem
relações sexuais com diferentes mulheres quase todas as noites apenas para permanecer vivo. Por
que você iria querer se vincular a apenas uma mulher?
— Porque eu me importo com você.
Levou um momento para ela perceber que ele realmente falou as palavras e não era apenas
um desejo silencioso dela. — Pare, — disse ela e se afastou. — É simplesmente cruel dizer algo
assim quando não se quer dizer isso.
— Como você sabe que eu não quis dizer isso? — Canaan perguntou enquanto a seguia.
Foi-se a ambivalência que ele tinha exibido antes. Havia um toque de raiva em seu rosto agora. —

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Por que você acha que eu mentiria? Porque eu sou um Incubus e nós não podemos possivelmente
dizer a verdade?
— Não, claro que não. — Ela o tinha ferido. Não tinha sido sua intenção, mas ela tinha que
se proteger.
— Eu sou tão ruim assim? É por causa do que você me viu fazer esta noite?
— Não, não, — ela disse mais alto para enfatizar o quanto ele estava errado. — Você tentou
deixar o seu irmão vivo. Teman fez suas próprias escolhas. Você agiu em defesa de sua família.
Rayna se encostou à porta e suspirou quando eles olharam um para o outro. Ela não podia se
imaginar voltando para casa depois de ter sido torturada durante cinco séculos. Canaan era um líder
nato, um homem que continuamente colocaria os outros a frente de si mesmo.
Ela sempre havia se esquivado de Incubus, mas não porque ela não gostasse de sexo. Ela
estava começando a pensar que foi porque ela estava esperando que Canaan a encontrasse.
Durante muitos anos ela havia fugido de sua família, dela mesma, e de seus verdadeiros
sentimentos. Era hora de parar de fugir e encarar tudo de frente, independente do resultado.
Era hora de colocar tudo sobre a mesa.
— Sim, — disse ela em meio ao silêncio.
Ele franziu o cenho profundamente. — Sim o quê?
— Sim, eu ficaria com você novamente. Fosse à oitava ou a oito centésima vez. Eu sempre
vou para seus braços. Eu fui a primeira noite por causa da maneira que você me fez sentir. Eu
continuei a voltar para você aquela noite porque eu não podia negar-lhe. Eu não me importo com a
imortalidade. Tudo que me importa... — ela fez uma pausa para lamber os lábios e reunir coragem.
— É você. Eu sei que é tolice me apaixonar por um Incubus, mas não se pode parar o coração.
No segundo seguinte Canaan estava diante dela, seu corpo pressionando o dela contra a
porta. — Você acabou de dizer que me ama?
— Sim, — ela admitiu, impressionada com a liberdade que sentiu depois de lhe dizer. Não
importava o que aconteceria em seguida, ela falara a verdade.
— Diga isso de novo.
Rayna sorriu e estendeu a mão para o rosto dele. — Eu te amo Canaan Romerac.
O sorriso em seu rosto era bonito de se ver. — Eu te amo Rayna Averell. Eu não me importo
que eu seja um Incubus e você uma Nephilim. Tudo que importa é o nosso amor. Fique. Por mim.
Por nós.
— Com prazer, — disse ela e jogou os braços ao redor dele.
Cada janela no piso se quebrou, seguido imediatamente pelas lâmpadas. Um estranho brilho
de repente encheu a sala. Rayna só podia ver que isso se aproximava mais e mais perto deles.

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Canaan a empurrou atrás dele e o encarou. O brilho ampliou-se diretamente em Canaan


antes que passasse no meio dele. Rayna gritou quando Canaan se encurvou, seus braços abertos
com o brilho o consumindo.
Tão rápido quanto veio aquilo desapareceu. Canaan caiu em suas mãos e joelhos, com a
cabeça inclinada. Rayna se ajoelhou ao lado dele e passou as mãos sobre ele procurando por lesões.
— Canaan? Canaan você está bem? — ela perguntou, preocupada.
Ele levantou a cabeça para ela e sorriu. — Parece que minha alma está de volta.
— O quê? — As coisas estranhas desse dia nunca iriam acabar? — Eu não entendi.
— Nem eu, mas não estou questionando isso. — Ele a puxou contra ele e segurou-a
firmemente.
Rayna devolveu o abraço. Quem poderia adivinhar que um Incubus lindo de morrer mudaria
sua vida?
— Você vai ter que substituir mais janelas.
— Eu vou substituir cada maldita janela, se isso significar que eu te tenho, — ele disse
enquanto se afastava para olhar para ela.
— Você tem a mim durante o tempo que você quiser.
— Então isso é para a eternidade.
— Não até que você faça amor comigo mais uma vez. — Canaan desviou o olhar, causando
em Rayna uma carranca. — O que você está escondendo de mim?
Ele tirou o cabelo de seu rosto. — Doce Rayna, nós estamos vinculados desde a nossa
primeira noite juntos.
Ela começou a rir porque não estava surpresa. Não era de admirar que ela tivesse se
apaixonado por ele tão rapidamente. E também foi por isso que ela continuava encontrando razões
para ficar.
Ela ainda estava rindo quando Asher veio correndo para o quarto. Ele deslizou até parar
quando os viu.
— Eu ainda quero saber o que aconteceu? — perguntou-lhes.
Canaan se levantou e estendeu uma mão para ela. — Rayna vai ficar. Ela me ama, — disse
ele com um sorriso largo.
— E Canaan tem sua alma de volta, — disse Rayna quando Canaan a puxou para cima. —
Isso foi o que quebrou as janelas.
Asher riu e chutou o vidro quebrado que cobria o chão. — Estou feliz por vocês dois.
— Quero comemorar o meu retorno e Rayna.
Rayna entrelaçou os dedos com os de Canaan. — Antes ou depois de enfrentar o Soberano?

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— Antes, — disse Canaan.


Asher segurou a porta aberta para os dois. — Eu vou preparar o começo das festividades.
Que tal amanhã à noite?
— Maravilhoso, — Rayna e Canaan disseram em uníssono.
Asher fechou a porta atrás de si e seguiu enquanto dizia. Há alguém com quem eu acho que
você deveria considerar juntar as forças Canaan. Vocês dois poderiam fazer uma bela frente contra
o Soberano.
— Quem? — perguntou Canaan.
— Diabo Gravori. Ele ainda é o Mestre da Casa Gravori, e pode ser um bom aliado.
Rayna assistiu quando Canaan assentiu. Havia muito planejamento a fazer, e ela queria ser
parte disso. Não havia possibilidade de ela perder Canaan logo após tê-lo encontrado. Mesmo que
ela tivesse que matar o Soberano ela mesma.
Asher, a guerra vindoura e o mundo foram esquecidos quando Canaan a puxou para um
quarto e fechou a porta, então começou a beijá-la.

Safado
Casa de Vipera
Laura Wright

Capítulo 1
Fogo lambeu os tornozelos de Rosamund. Úmido, áspero, o fogo que se movia lentamente
da panturrilha até os seus joelhos, depois abrandou, uma vez que se estabeleceu entre as suas coxas.
Um gemido de desejo escapou de sua garganta. Mas ela não fez nada para tentar sufocá-lo.
Ela precisava disso.

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Dele.
Como alguém precisava de ar e água.
— Rosamund, acorde...
As palavras eram um sussurro distante. Indesejável. Irritante. Ela empurrou-os para longe e
se focou no homem a sua frente. Ele estava sobre seu sexo agora, espalhando suas coxas largas com
seus dedos longos e grossos, as almas das mãos insistentes. Embora seus olhos estivessem fechados,
ela podia vê-lo.
Feroz, faminto, seu sorriso perverso convidativo.
— Ela está doente? — era uma outra voz agora, mais uma vez do sexo feminino e
preocupada.
— Não, não, — era a primeira voz, seu tom denotando falsa preocupação. — Ela ainda está
dormindo. Pobre e doce Rosamund. Talvez ela esteja sonhando com o que nunca pode ter.
O sorriso do homem se transformou em algo sexualmente sinistro, e o interior de Rosamund
ficou instantaneamente líquido.
— Não seja cruel Eva, — disse a segunda mulher.
— Não é cruel falar a verdade, — a primeira mulher respondeu, com a voz um pouco
abafada.
— Se ela ao menos nos permitisse ajudá-la. Banhá-la. Esfregar sua pele com sais e óleos.
Fizesse seu cabelo. Vestisse-a. Talvez os homens pudessem notá-la.
O coração de Rosamund bateu furiosamente contra as costelas. Foi-se o olhar do homem.
Oh sim! Sua cabeça estava entre suas coxas trêmulas agora. Ela levantou os quadris em
antecipação.
— Você diz isso como se fosse a tarefa mais fácil do mundo, — respondeu Eva. — Não se
pode transformar um tufo de esparto em um floral de Bach, não importa o quanto se esforce.
— Ela é alta e magra, e tem olhos bonitos.
— De fato, — Eva admitiu. — Assim como as areias do deserto de ouro. Mas seu rosto, e os
dentes, cabelo, postura...
Rosamund engasgou quando o homem correu o nariz ao longo da junção de seu sexo. Por
que não poderiam ir embora? Estas estúpidas Nephilins idiotas? Suas opiniões não significavam
nada para ela. Tudo que ela queria era este macho. Sua boca nela. Sua língua dentro dela.
— Rosamund, você tem que acordar! — Chamou a segunda do sexo feminino, com mais
urgência dessa vez. — Constance está a caminho. Há de haver um anúncio.

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Rosamund levou os dedos no cabelo grosso e macio em resposta. Sim! Sim! Bem aí homem,
ela insistiu, apertando seu couro cabeludo. Ele gemeu, o som vibrando contra seu calor quando ele
esfregou o caminho para seu inchado clitóris.
O som do movimento da maçaneta entrou em sua consciência, mas o empurrou para longe.
Foi o clique de um cadeado a ser aberto que realmente a puxou do prazer crescente, o corte em seu
sonho como uma guilhotina no pescoço. Ela acordou com um sobressalto, os olhos abertos, o corpo
saltando para cama, para uma posição sentada. Com a respiração pesada, ela olhou ao redor, piscou.
Estava escuro em sua pequena antecâmara – o espaço que ela reclamou quando chegou no harém
quase um ano atrás. O espaço que era todo dela.
Todas as outras Nephilins na residência moravam em acomodações partilhadas por muitas
alegremente.
Mas Rosamund queria ficar sozinha. Não. Ela precisava ficar sozinha.
— Rosamund, Constance lhe dará uma semana na cozinha se você não estiver no
atendimento, — Eva persistiu, avançando para abrir a porta.
Pânico apreendeu Rosamund. Ela não podia deixá-las vê-la. Não assim. — Estou de pé, —
ela gritou, lutando para sair de seu pallet e correndo para a porta. Ela se apertou contra ela,
bloqueando sua entrada.
— Estou de pé. Vou sair em poucos minutos.
Houve uma pausa momentânea, então um suspiro. — Tudo bem, — disse Eva. — Vemos
você no pátio. E Rosamund?
— Sim? — Ela disse com um toque de irritação que ela não estava bem desperta o suficiente
para esconder. O sono ainda se agarrava a sua mente. Calor úmido ainda reivindicava tudo ao sul de
seu umbigo.
— Bom dia para você, — a fêmea gritou.
Oh grande Deusa, ia ser agora, Rosamund pensou com um gemido quando ela ouviu as
fêmeas recuarem passo a passo. Ou poderia ter sido. Ela deu um suspiro e deixou a cabeça cair para
trás contra a madeira. Ela realmente estava morrendo de vontade de saber como seu sonho
terminava. Ela tinha tido o mesmo sonho quase todas as suas trezentas e sessenta e uma noites no
Harém. E a cada vez, a intensidade crescia, a necessidade se intensificava. Garantidamente, ela
nunca conseguia ver o rosto do homem claramente, mas ela sabia que era Roger. O homem humano
que ela tinha conhecido e se apaixonado três meses antes de ter sido chamada para o Harém. O
homem humano que acreditava que ela estava ausente em uma viagem de pesquisa animal de um
ano na selva australiana.

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O homem humano que segurou em seus braços a noite antes de ela saiu e jurou que a
esperaria para sempre. Mas Rosamund sabia que sempre era um termo muito relativo e que a espera
não era fácil para ninguém. Normalmente uma carta dele vinha uma vez por semana, enviada de
uma caixa postal em Sidney. Mas nos últimos dois meses, ela não recebeu nada.
Seu coração se apertou quando ela se afastou da porta. Apenas mais quatro dias, lembrou a
si mesma. Ajustando a iluminação das três lâmpadas que ladeavam sua pequena estante de livros e
rack de roupas. Mais quatro dias até que ela estivesse de volta em São Francisco, de volta para
Roger. De volta para viver a vida, a casa, a família que ela sempre sonhou em ter.
Com rápidas mãos experientes, ela realizou sua rotina diária. Amarrar os seios e os dividiu.
Aplicar pó no rosto para parecer pálida e cansada, e óleos em seu longo e pálido cabelo loiro para
fazê-lo parecer sujo. E o último acessório que garantia o seu sucesso contínuo, e que ela tinha feito
antes de sair de San Francisco há quase um ano, a prótese dentária que fazia com que seus dentes
parecessem quase podres.
Depois de escorregar na grande túnica cor de abóbora diária, ela fez um inventário rápido de
sua aparência na metade do espelho rachado. Ela se parecia como em todos os dias. A versão mais
jovem da bruxa que tinha vendido à maçã envenenada para a Branca de Neve. Ela soltou um suspiro
de alívio. Perfeito. Nenhum homem na Terra iria escolhê-la entre as deslumbrantes fêmeas
Nephilins do Harém.
Depois de desligar as luzes, Rosamund saiu de seu armário convertido em quarto e desceu o
corredor em direção ao pátio. A brisa fria e salgada do mar que ficava a cerca de cinco quilômetros
ao sul rodou sobre sua pele aquecida. Ela gemeu com a sensação. Será que Roger viria vê-la de
novo hoje à noite? Ele finalmente a levaria até o fim? Ou ele iria atormentá-la para sempre até que
ela voltasse para ele?
Areia cercava o suntuoso palácio marroquino que era o Harém das Nephilins, e terreno
neutro tanto para Nephilins quanto para Incubus, por séculos. Mas por dentro eram exuberantes
paredes de arenito, jardins perfumados e piscinas esculpidas em rocha freática. Quando Rosamund
entrou no pátio, a brilhante luz solar agrediu sua visão, ela viu que uma dessas piscinas estava
ocupada. Mais ou menos dez Nephilins estavam nadando e chapinhando, nuas e bronzeadas, rindo
alegremente. Rosamund sentiu uma pontada de inveja, de solidão em seu coração. Era a mesma
coisa todos os dias. Relaxar sob o sol ou as piscinas, jantar todos os tipos de adoráveis preparações
enquanto os eunucos ventilavam sua pele aquecida. Amizades eram criadas a partir de lazer, prazer
e de um entendimento comum de que ter sido chamada ao Harém pelas Três havia sido uma grande
honra. Quase todas as mulheres esperavam acabar com um útero cheio e um bebê saudável.

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Rosamund ouviu seu nome ser chamado e se virou para ver Eva acenando para ela. A jovem
e linda ruiva estava com um grupo de três Nephilins que estavam olhando para uma estátua de
mármore de Demeter, deusa da fertilidade. A estátua estava posicionada sobre um pequeno estrado
elevado a direita da piscina de pedra. Rosamund encolheu os ombros e começou a avançar de forma
lenta e inábil, condizente com alguém com uma constante dor nas costas. Como de costume,
algumas fêmeas olharam em sua direção e lhe ofereceram um sorriso desinteressado. Embora elas
nunca fossem admitir isso, elas não gostavam de tê-la ao redor. Não só porque ela não se encaixava
com elas socialmente, mas porque tudo no harém era bonito, sedutor e imortal. E ela lembrava-lhes
que fora destas paredes a feiura, dor e mortalidade existiam.
— Eu gosto dessa cor em você Rosamund, — disse Eva, inconscientemente passando a mão
em sobre a saia de seda de seu adorável takchita5 azul.
Rosamund sorriu. — Obrigada.
Enfrentando os dentes podres de perto, a bela Nephilim empalideceu e virou-se a tempo de
ver uma atraente mulher mais velha com cabelo grosso escuro amarrado no topo da cabeça, entrar
no pátio e se dirigir ao estrado. Ela estava ladeada por dois eunucos, que tinham expressões sérias e
pouco amáveis. Ela subiu os quatro degraus e ficou no centro do tablado, disse para o grupo de
aproximadamente trinta. — Bom dia Nephilins.
As risadas foram morrendo e a maioria das conversas cessou quando cada mulher virou-se
para dar sua atenção à mulher.
— Nas próximas duas noites, congratulamo-nos com um convidado muito honrado. — Seus
olhos negros brilhavam com excitação e um largo sorriso estava em seus lábios cheios. — O
Incubus de quem falo não esteve em nosso Harém por quase cinco anos.
Alguns suspiros assustados encheram o ar do deserto. Era inédito para um Incubus ficar
mais do que alguns meses sem visitar o Harém. A menos que eles estivessem ligados a uma fêmea é
claro. Embora eles pudessem praticar sexo em outro lugar, sugar seu poder em outros lugares, o
Harém pretendia dar aos Incubis o melhor de sua energia.
— Ele é de sangue muito antigo, — continuou Constance. — É de uma personalidade forte,
decidida. — Seus olhos pretos se moviam sobre a multidão. — Foi me dito que ao contrário da
maioria de seus irmãos Incubus, haverá pouco preâmbulo. Nenhuma apresentação. Nem
manifestação de interesse. Ele vai simplesmente olhar para cada uma de vocês e fazer sua escolha.

5
É uma espécie de Quimono Marroquino, feito com tecidos muito similares aos Saris indianos.

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Que estranho, Rosamund ponderou. Não que houvesse uma grande quantidade de bate papo
entre um Incubus e uma Nephilim, eles as desejavam para cama. Mas um toque de mãos, algumas
palavras faladas e um contato de olhares sempre eram utilizados. Exceto quando eles vinham para
ela é claro. Os Incubis nem sequer a notavam, muito menos tentavam tocá-la.
— Quem é Constance? — Uma Nephilim chamada Anya perguntou para fora da borda da
piscina de pedra. — Não nos mantenha em suspense.
O queixo da mulher levantou uma fração, e Rosamund percebeu que suas mãos tremiam
ligeiramente em seus lados. — Scarus Vipera.
Uma onda de sussurros excitados mudou o ar no meio da multidão. Rosamund olhou de
fêmea para fêmea. Elas estavam sorrindo, os olhos arregalados e ansiosos.
— O Mestre da Casa Vipera em pessoa, — Constance continuou, sua voz assumindo uma
tonalidade rouca. — Seria uma grande honra carregar sua semente. — Seus olhos mais uma vez
passaram pela multidão. — Eu sugiro que vocês se preparem, ele estará aqui ao pôr do sol.
Rosamund observava enquanto a mulher e os dois eunucos desciam os degraus do estrado e
saíram da mesma maneira em que tinham chegado. Ah sim ela iria preparar-se. Com o maior
cuidado.
— Eu só quero saber quem ele vai escolher para sua primeira noite, — falou uma pequena
Nephilim de olhos pálidos que estava saindo da piscina.
— Espero que seja eu, — respondeu sua amiga, que ainda estava na água, seus grandes seios
saltando sobre a superfície.
A pequena mulher passou uma toalha pela sua pele molhada e nua. — Eu ouvi dizer que ele
é o mais bonito de todos os Incubis.
— Ouvi dizer que ele é o mais perigoso, — falou Eva, que ainda estava de pé ao lado de
Rosamund.
— Bárbaro foi o que me disseram, — respondeu a mulher na piscina. — E estoico.
Uma alta e impressionante Nephilim que estava reclinada em uma das espreguiçadeiras
exteriores riu. — E eu ouvi dizer que ele é o mais sem vergonha.
— O que você quer dizer com isso Cleo? — perguntou a pequena mulher, envolvendo a
toalha em torno de si.
Os brilhantes olhos azuis da mulher, habilmente pintados com delineador, brilharam
calorosamente. — Só que ele pouco se importa com a modéstia em sua cama.
Risos femininos e trinados de antecipação irromperam das mulheres. Elas mal podiam
esperar para conhecer este homem, para deitar-se debaixo dele. Rosamund não as culpava. Houve
um tempo em que ela também havia estado animada para vir ao Harém e ser tomada por um dos

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bonitos e viris Incubis das nove Casas. Mas isso foi antes dela conhecer Roger. Antes que ela
percebesse que queria dar a si mesma, seu ventre e seu coração para um único homem.
Deixando a alegria e os planos para vestidos, cabelo e perfume para trás, Rosamund saiu do
pátio e voltou para seu quarto. Ela não conhecia o Mestre Scarus Vipera, nunca o tinha visto, e não
esperava que ele lançasse sequer um olhar em seu caminho quando ele caminhasse pela fila de
Nephilins primorosamente pintadas e perfumadas esta noite. Mas ela não iria se arriscar. Ela iria
preparar-se, como Constance tinha sugerido. Fazer-se ainda mais medonha do que o habitual.
Quatro dias.
Isso era tudo o que restava até que ela estivesse de volta aos braços capazes e confortantes
de Roger.
Devido a uma antiga clausula, uma que ela tinha encontrado depois de receber a sua ligação
das Três, uma que as Nephilins nunca tinham falado. Sim, uma Nephilim permaneceria no Harém
até que desse à luz a um filho. Em troca a ela era concedida a imortalidade até esta época. Mas se
ela não fosse escolhida por um Incubus no espaço de um ano, ela teria que sair. Rosamund
perguntou-se se as Três acreditavam que um Incubus poderia dizer que uma fêmea não era uma boa
provedora, não poderia produzir um bebê saudável.
Seja qual fosse o motivo da clausula, ela estava grata. Em apenas quatro dias ela estaria a
caminho de casa. Para a América. Para seu pequeno apartamento em cima da clínica veterinária.
Para Roger. Para uma chance de vida real, um futuro e a família que ela sempre quis.

Capítulo 2

Scarus Vipera, Mestre da Casa Vipera, estava ficando mais fraco a cada dia.
Ele precisava de sexo.
Rico e poderoso sexo.
Mas uma mulher qualquer não seria capaz de fazê-lo. Se ele iria recuperar a sua força, ele
precisaria de uma das Nephilins imortais do Harém.
Ele saiu de seu avião particular e andou os passos em direção à limusine que aguardava. O
clima quente do deserto invadiu seu terno personalizado e atacou sua pele, músculos e ossos por
baixo. Ele desprezava essa fraqueza que se espalhava sutilmente dentro dele. Desprezava o fato de

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que isto o obrigava a rever que tinha, há apenas cinco anos, causando-lhe tanto prazer deslumbrante
e a dor mais profunda que já sentira.
Caminhando para fora daquelas portas antigas emolduradas em ouro puro, ele jurou nunca
mais voltar. Que ele encontraria seu poder, seu prazer, seu alimento, em outros lugares. Que ele iria
esquecer tudo sobre a Nephilim que tinha dado a luz ao seu filho – seu único filho – e em seguida,
fugido. Que ele iria esquecer-se de como tinha se ligado ao menino. Assistido como sua mãe tinha
cuidado dele. Oh, e tinha sido um forte homenzinho. Scarus deveria ter percebido como a Nephilim
estava loucamente apaixonada por ele, como ela o segurou por toda a noite e como ela estava
odiando ser separada dele. Não era algo que ele já tivesse visto antes. Normalmente, se a criança era
do sexo masculino, a Nephilim ficaria muito feliz de se livrar dele. Mas não Daya. Ela tomou o
menino e fugiu, ambos encontrados em um acidente apenas dois dias mais tarde.
A dor que tinha cercado Scarus como mil vespas furiosas foi surpreendente e debilitante.
Ele não tinha sido capaz de esquecer, e tinha perdido qualquer boa natureza com que tivesse
sido abençoado. Latindo ordens aos seus servos, não frequentando todas as celebrações ou férias
com sua família, recusando-se a reunir com os Mestres das outras Casas. Ele não conseguia se
importar com que estava acontecendo fora do seu palácio em Ravello.
Seja em como o Soberano estava chegando ao fim de seu reinado e já não era visto há muito
tempo, ou em como o Diabo Gravori acreditava que as Três estavam destruindo todas as gestações
humano/Incubus para assegurar que as Succubi permanecessem extintas. Ele só se preocupava em
manter-se vivo e forte para sua Casa, e para todos aqueles dentro dela que confiavam nele.
Quando ele se aproximou do carro preto brilhante, cujas portas carregavam o símbolo da
Casa Vipera, uma serpente enrolada, o vento do deserto chicoteou em torno dele. Para recuperar sua
força ele precisava do poder do Harém.
Com um aceno de cabeça para o motorista que segurava a porta entreaberta, Scarus
escorregou para dentro da limusine. Já sentado e se servindo no bar estava seu guardião, Fausto. O
macho era um primo distante, o que era evidente em suas feições escuras. A maior parte dos
homens da linhagem Vipera eram loiros, de olhos claros e construídos como Vikings, tudo graças a
esses cavaleiros normandos que foram para a Itália e se estabeleceram como mercenários.
— Uma bebida Mestre Vipera? — Ele perguntou com os olhos negros brilhando com
humor.
Scarus sentou-se no banco de trás e tirou seu Blackberry. — Não. Grazie.
— Eles têm um Brunello muito bom.
— Aproveite. — Ele franziu a testa ao ler um texto de seu assessor de arte. Eles haviam
perdido um van Dongen. Ele respondeu o texto com um lance de cinco milhões de dólares. Ele não

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iria perder um Rockwell também. Ele gostava de como essas representações humorísticas da vida
americana cotidiana debochavam dele nas paredes de sua casa.
— Eu acho que você deveria tomar uma bebida senhor.
Scarus olhou para cima de seu telefone e soltou com os dentes cerrados, — Tem um
problema Fausto?
O homem deu um gole enquanto corriam em direção ao pôr do sol vindouro. — Sem
problemas. Eu só sei que não vai ser fácil para você.
A lasca que residia no coração de Scarus pelos últimos cinco anos deu uma torcida. — Você
não sabe nada.
— Bene, bene. — O homem deu de ombros. — Mas eu poderia carregar o fardo para você.
Pelo menos em uma das noites.
— Que generoso, — Scarus respondeu secamente. — Mas você não esteve no Harém
apenas algumas semanas atrás?
— Si, — Fausto disse com um sorriso malicioso e uma inclinação de cabeça. — Mas eu
ficaria feliz em empunhar minha espada por você senhor.
Uma contração de diversão curvou os lábios de Scarus. — Eu aprecio o sacrifício Fausto.
Mas devo me alimentar. Você e sua espada excessivamente utilizada vão ficar na cidade.
O homem riu. — Molto buono, Mestre Vipera. Você sabe que eu estou ao seu serviço.
O zumbido de seu Blackberry mudou o olhar de Scarus. Um lento sorriso satisfeito moveu-
se sobre suas feições quando ele leu. O Rockwell era dele.
— Chegamos Scarus. — Fausto anunciou quando o carro passou pelos portões abertos e
desceu uma estrada de pedra. — Você deseja que eu cuide de suas coisas?
— Não. Os eunucos vão cuidar disso.
O sol era uma gigantesca bola de fogo laranja no céu quando Scarus saiu da parte de trás do
carro resplandecente. Mais uma vez o calor subiu nele. Mas não era pelos ventos do deserto ou pela
antecipação de enfiar-se entre um par de coxas dispostas e molhadas. Era o tipo que remetia à
tortura, sofrimento e dor no fundo da alma. Levantou a cabeça e tirou os óculos de sol de seus
olhos. Acres da mais impressionante arquitetura árabe olharam para ele, acenando. Entre, você sabe
que deseja tomar o que damos de bom grado. Mas cuidado, nós também tomamos.
Scarus virou-se e acenou para o motorista, que estava abrindo o porta-malas para um dos
eunucos do Harém.
— Quando você terminar aqui, leve meu servo de volta para a cidade. Vou ligar quando
precisar de você de novo.
O homem assentiu. — Sim senhor.

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A gravata no pescoço de Scarus pressionava com força contra seu pomo de Adão, mas
ignorou. Assim como ele ignorou a fraqueza se espalhando como fogo pelo seu sangue. Ele subiu os
degraus assim que as portas se abriram, e uma mulher com cabelos escuros e um sorriso nervoso
surgiu. Ela estava vestida com um Takchita roxo escuro, o vestido típico do Harém. O vestido
modesto do Harém, quer dizer. Já que algumas Nephilins preferiam ficar nuas todo o tempo.
— Benvenuto, Mestre Vipera, — disse ela usando sua língua nativa. — Meu nome é
Constance. É um grande prazer tê-lo aqui.
— Onde está Anacia? — ele perguntou.
— Anacia deixou o Harém há três anos. Eu sou a mulher no comando agora.
Ele deu à mulher um aceno de cabeça. Ele não desejava mais informações sobre a mulher
que tinha estado aqui quando Daya tinha dado à luz a seu filho. Na verdade, ele não queria ligação
pessoal alguma. Nada que pudesse tentar seu coração a sair da jaula onde estava.
— Por favor, siga-me, — disse ela graciosamente. — Eu espero que sua viagem tenha sido
agradável.
— Foi aceitável. — Enquanto andava pelo prédio ao lado dela, ele perguntou: — Eu sou o
único convidado?
— Claro, conforme solicitado Mestre.
Como sempre, o Harém era de uma beleza surpreendente, com suas paredes cobertas de
azulejos coloridos, fontes, jardins exuberantes e teto de cedro polido. Cada uma das portas de
madeira entalhada que atravessava trazia outro tesouro visual, e o ar... estava fortemente perfumado
com especiarias, areia aquecida e pele perfumada com óleo. Scarus sentiu o músculo entre as pernas
pulsando com desejo e fome. Ele precisava se alimentar. E sabia que uma vez que estivesse a
poucos metros da Nephilim ele não iria pensar claramente. Não mais estaria super alerta ao seu voto
de não gerar outra vida. Sua Casa, toda a linhagem Vipera, tinha o dom de saber quando uma fêmea
Nephilim ou humana estava fértil, ele iria usar este dom hoje à noite para escolher sua primeira
refeição.
A chefa das mulheres, Constance, levou-o para uma sala que ele nunca tinha visto antes.
Embora pontilhada com dezenas de plantas tropicais, era muito formal, com móveis antigos, janelas
do chão ao teto, uma lareira e entalhes nas paredes.
— Nós temos trinta Nephilins não reclamadas — ela anunciou. — Todas estão muito
animadas para conhecê-lo Mestre Vipera.
Scarus sabia que havia mais Nephilins nas residências do Harém. A propriedade de doze
hectares ostentava mais de cem quartos e dez suítes. Como era costume, as Nephilins ficavam como
Daya tinha ficado, durante a sua gestação e depois. Garantidamente, a uma Nephilim só era exigido

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por lei produzir um filho, mas alguns preferiam permanecer. Para ter mais crianças e para
permanecerem imortais.
O peito de Scarus se apertou, mas ele afastou o sentimento com uma maldição. Ele não
estava aqui para pensar no passado. Ele estava aqui para se alimentar e ficar forte novamente.
—Onde elas estão? — Ele disse com um tom frio e feroz. — Estas trinta Nephilins? Eu não
gosto de esperar.
A mulher empalideceu e apertou os lábios.
— Talvez elas não tenham sido avisadas da minha chegada? — Continuou ele, sabendo que
estava bancando o bruto, o bárbaro.
O Incubus.
Ainda assim, ele olhou imperiosamente para ela.
— Eu... É claro... — ela gaguejou.
As portas à sua direita abriram abruptamente e dois eunucos entraram.
Um suspiro de alívio audível escapou da mulher diante de Scarus e ela se virou. Ela
exclamou fracamente. — Veja. — Ela apontou para a onda de mulheres que entrava. — Elas vem
Mestre Vipera.

Capítulo 3

Atrasada. Atrasada. Atrasada


Mulher estúpida.
Esquecendo o seu usual andar debilitado, Rosamund correu pelo Harém. Constance não a
faria trabalhar na cozinha, como era o castigo de costume, mas na lavagem dos banheiros, bem
como o cabelo e a pele das Nephilins. De volta ao seu quarto, ela tinha a intenção de fechar os olhos
por apenas um momento, mas tinha usado umas boas três horas. Ela tinha tido muito pouco tempo
para se certificar que sua aparência era grosseira o suficiente. E para piorar a situação, seu homem
dos sonhos – Roger, é claro – ainda não tinha aparecido.
Avistando os dois eunucos que estavam de sentinela do lado de fora da Sala Jardim,
Rosamund desacelerou e curvou-se.
Quatro dias para sair. Ela não iria estragar tudo com algo tão tolo quanto uma mudança de
postura. Olhos para baixo, ela entrou rapidamente e caminhou para a fila. Duas Nephilins que ela

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não conhecia muito bem deram espaço para ela com um olhar irritado. Não se preocupem senhoras.
Eu só vou servir para fazê-las parecer melhor para o Mestre Vipera.
Enquanto uma energia nervosa e animada pingava pelas paredes, Rosamund perguntou
quem o Mestre Incubus safado iria escolher para sua primeira noite no Harém. Suas apostas
estavam em Beatrice ou Cleo. Elas eram definitivamente as mais bonitas, e se tivessem sido
escolhidas antes, ainda tinham que produzir uma criança.
O cabelo caindo no seu rosto era uma massa gordurosa, ela arriscou olhar para cima. Foi um
erro. Tudo o que viu antes que o terremoto a atingisse foi seu cabelo grosso loiro, ombros enormes
envoltos em um terno cinza de caimento impecável e dedos grossos flexionando e abrindo-se de
uma mão fechada em punho.
Onda após onda do desejo mais intenso que já tivesse experimentado a atingiu. Parecia que
ela estava se afogando. Foi glorioso. Seus quadris começaram a balançar e ela gemeu. Deuses, ela
queria tirar a roupa, queria mãos em seu corpo, dentro de seu corpo, e ela não se importava que
mãos fossem. Seus olhos se levantaram novamente, e desta vez conectaram-se com orbitas
douradas. Tão feroz, tão sexualmente potente, ela sentiu uma onda de umidade deixar seu sexo e
escorrer sedutoramente para baixo de sua perna.
A mim. Você quer a mim.
Suas narinas se dilataram e ele respirou. Suor caia pela testa, pescoço e da parte de trás dos
joelhos de Rosamund, e ela percebeu que estava ofegante. Em sua visão periférica ela viu que as
fêmeas de cada lado dela estavam caídas de joelhos. Elas estavam esfregando seus seios e gemendo.
Uma delas estava tentando tirar seu vestido. Será que esta serei eu em breve? A mente de
Rosamund questionou baixo, fracamente. Estar diante do Incubus de olhos dourados nua e
brilhando de suor e excitação?
A pergunta fez alguma coisa por ela. Esbofeteou-o no rosto e a trouxe de volta apenas
alguns centímetros do terremoto sexual que estava continuamente em erupção dentro dela. Nua.
Não. Não. Eu... não posso ficar nua. Aqueles olhos dourados se estreitaram. Não, Incubus. Eu
pertenço a... quem? A quem é que eu pertenço?
Alguém estava falando. Com ela?
— Rosamund!
Era uma das Nephilins. Não... Não... era Constance.
Rosamund não tirava os olhos do Incubus. Ela teve que lutar. Não era incomum para estes
machos utilizar sua magia, seu poder de escravizar, durante a seleção. Mas não desse jeito. Nunca
desse jeito.
Bárbaro fodido.

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Sua expressão mudou naquele momento para uma determinação cruel, e Rosamund
percebeu através de sua névoa sexual que ela tinha dito em voz alta.
E de repente ela era um nervo, uma corda de violino. E esse Mestre estava brincando com
seu corpo como se ela pertencesse a ele, como se ele a conhecesse intimamente. Como se ele a visse
todos os dias e todas as noites. Como ela se movia, como respirava, como ela se tocava. Um suspiro
escapou de sua garganta. Deusa, o que estava acontecendo com ela? Foi demais... Foi muito
delicioso...
Era o sonho.
Ela gritou quando seu corpo inundou-se com calor úmido e cedeu ao clímax que tão
desesperadamente ansiava.
E então tudo estava acabado.
Sugado de sua medula.
Embora ela ainda respirasse fundo e rápido, e embora seu coração ainda batesse como asas
de um beija-flor, e embora sua calcinha estivesse encharcada, a intensidade, o comando, tinham ido
embora.
Ela olhou em volta. O Incubus não estava mais lá, mas vinte e nove pares de olhos estavam
grudados nela. E cada um estava cheio com uma emoção diferente: choque, irritação, inveja,
interesse e raiva.
Ela se virou para Constance. — O que aconteceu? — Ela ofegava.
A mulher olhou perplexa. — Ele escolheu você.
— O quê? — Ela não entendeu. Não poderia ser. Claramente seu cérebro ainda estava em
um nevoeiro.
— Ele escolheu você Rosamund, — ela repetiu. — Eu também acho impossível acreditar.
Rosamund virou-se para as Nephilins, os olhos percorrendo a linha de fêmeas suadas e
chateadas. Talvez ela tenha olhado para elas em busca de clareza. Ou talvez esperando que elas
começassem a rir do que Constance tinha dito. Mas tudo que ela recebeu foi um aceno de cabeça de
uma Cleo com os olhos estreitados.
— Não. — Sua cabeça virou de volta para a mulher, e ela proferiu outro — Não... — em um
suspiro de pânico.
Mas Constance estava olhando para outro lugar, com o braço estendido. Ela estava
chamando os eunucos da porta. — Ele espera por ela na suíte do Deserto.
Medo e raiva percorreram Rosamund quando ela sentiu os dedos colocados em seus braços.
Ela encarou Constance. Esperando por algo. Qualquer coisa. Isso não podia ser real. Ela estava a
quatro dias da liberdade...

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Mas a mulher só soltou um severo, — Leve-a para ele. — antes que os eunucos a puxassem
para trás e a levassem do quarto.

Capítulo 4

Ele poderia ter fodido ela ali mesmo. Na frente dos outros. Não importava. Ele precisava se
alimentar, e ela tinha grandes poderes. Mas o Harém das Nephilins tinha regras.
Enquanto o vento da noite do deserto soprava fresco e seco através das finas cortinas
brancas perto de sua cadeira, Scarus examinou a luxuosa suíte que seria seu local de alimentação
para as próximas duas noites. Era um pequeno apartamento privado afastado da composição
principal, e ostentava uma sala enorme e uma banheira de mármore igualmente grande. Tudo no
lugar, desde os tapetes persas até as paredes em mosaico, o luar brilhando pelas janelas com vitrais
em torno da cúpula central do teto, e a cama de dossel rodeada por brilhantes cortinas rochas, tudo
era sedução para os olhos.
Não que ele precisasse. Talvez a Nephilim que ele tinha escolhido precisasse. Scarus mal se
lembrava dela. Ela acabou por ser a primeira na linha que não tinha o cheiro da fertilidade. Mas a
única coisa de que ele se lembrava eram seus olhos cor de areia cintilante com cílios longos cor de
âmbar. E o poder dentro de seu sangue. Muito poder.
Saliva reuniu-se em sua boca e seus dedos, que pairavam sobre os braços da cadeira, se
contraíram por reflexo. Ele esperava que ela viesse a ele sem roupa e pronta para ser levada a
receber o prazer de sua boca, sua língua e seu pênis. Como aquelas que tinham estado com ele no
passado. Isso faria a transação fácil.
Uma batida na porta do outro lado da sala, o fez levantar a cabeça. — Entre, — ele chamou,
seu tom de voz grosso pela fome contida. Os dois eunucos do salão jardim entraram, puxando
alguma coisa atrás deles. A fêmea? Seus olhos se estreitaram. Porque eles estavam segurando ela
como se ela fosse uma prisioneira? Quando ela entrou no quarto, Scarus foi finalmente capaz de
perceber sua aparência. Ela parecia suja, despenteada e, embora fosse alta, ele mal conseguia
perceber suas formas através da grossa e desbotada veste laranja que usava. Mas esses olhos... ele
lembrava daqueles olhos. Eles continuavam o cativando, inflamando sua fome já palpável. Eles
brilhavam com a cor da areia do deserto na madrugada, uma marrom dourado pálido e muito

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erótico. Eles eram deslumbrantes, temíveis, olhos com uma alma que não combinava com o resto
dela, mas falavam de seu poder sensual.
— Você vai dizer alguma coisa Incubus? — ela perguntou com voz forte e clara, que foi
direto para sua virilha. — Ou você só vai ficar me olhando de cima abaixo como uma porco no
mercado?
Scarus olhou para ela surpreso. Sua aparência poderia ser desleixada, mas a língua era afiada
feito uma lâmina.
— Você poderia perguntar meu nome, — ela sugeriu. — Ou as boas maneiras na Casa
Vipera são tão inexistentes quanto dizem?
Ele se endireitou na cadeira. Nunca haviam falado de tal forma com ele, nem mesmo seus
conselheiros, e a vontade de trazê-la pra ele, tê-la de joelhos diante dele e encontrar um melhor uso
para sua boca pulsava em seu sangue.
— Sem palavras, sem apresentações? — ela continuou tentando afastar-se dos eunucos que
a seguravam. — Talvez você apenas queira que os homens aqui que me virem e levantem a minha
saia.
A sugestão entrou em seu interior e deslizou mais abaixo. Essa é uma ideia. Embora ele
sinceramente duvidava que ela tenha querido dizer isso. E virou-se para encarar os homens ao lado
dela. Ele não gostava que tivessem as mãos em sua refeição.
— Soltem-na.
O eunuco à esquerda apenas a agarrou com mais força. — Mestre Vipera, não é sensato. Ela
é violenta...
— Soltem-na, — Scarus respondeu com uma voz fria e mortal. — Eu não vou falar de novo
homens. A menos que vocês queiram que eu corte suas línguas.
Ambos os eunucos empalideceram e não só libertaram a mulher, mas recuaram até que
chegaram as sombras perto da porta. Scarus desviou o olhar para a mulher mais uma vez. Ela estava
no centro da sala, seus adoráveis olhos castanhos pálidos perscrutavam cada centímetro da suíte.
Quando capturaram e permaneceram na cama enorme com suas ondas de cortina roxa, suas narinas
e seus lábios se apertaram. Curioso, ele pensou. E sem precedentes. A língua afiada desta Nephilim
decorria de nervos ou de um desejo de estar em qualquer lugar menos ali.
— Come ti chiami? — ele perguntou.
Sua cabeça se virou para encará-lo. — Ele fala. E é em italiano.
Sua voz tinha um poder próprio, totalmente incomum no sexo feminino. Scarus não podia
evitar pensar em como isto o supriria enquanto ele se alimentava dela, trouxesse-a ao orgasmo com
sua boca e sua língua.

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— Qual o seu nome? — disse.


— Rosamund.
Uma sobrancelha levantou-se em seu olho direito. Um nome condizente com uma rainha. —
E você está com raiva Rosamund? — ele perguntou.
— Sim, — ela respondeu claramente.
— E por que?
Ela ergueu o queixo apenas uma fração, mas nunca baixou o olhar do dele. — O que você
fez comigo lá fora... com todas nós.
Confusão passou por ele. — Lá fora?
— No salão jardim, — ela explicou.
Scarus se inclinou para frente, um cotovelo na coxa, a mão apoiando o queixo. — Por favor,
não me diga que foi a primeira vez que um Incubus lançou seu poder, sua magia, em uma Nephilim
do Harém?
— Você não apenas o liberou senhor, — ela disparou de volta. — Você inundou a sala
inteira com ele!
— Então, você não sentiu o Thrall antes?
Ela suspirou com irritação. — É claro que todas nós já sentimos o grande e maravilhoso
poder dos Incubis. Mas ele sempre foi contido, respeitoso. — Ela apontou atrás dela para a porta. —
O que você fez lá atrás foi degradante.
A curiosidade superou a sua falta de interesse por este assunto. — Como assim?
— Você fez as mulheres caírem de joelhos, — disse ela como se ele devesse ver que era
óbvio.
— Não, — ele apontou. Quando ela não disse nada de imediato ele continuou: — Na
verdade você foi a única que permaneceu de pé. — Ele inclinou a cabeça para o lado. — Por que
isso aconteceu? Ou como isso aconteceu?
— Você está perguntando como eu pude resistir a você?
Seus lábios tremeram. — Si signorina.
— Por que na sua experiência nunca ninguém o fez? — ela continuou com o seu próprio
sorriso sarcástico. Quando ele concordou que sua avaliação era de fato verdade, seu sorriso
rapidamente desapareceu. — Escute, eu posso não ter caído de joelhos, mas eu estava humilhada do
mesmo jeito. Você me fez... — Suas bochechas coraram. Era uma vista bonita, considerando sua
palidez cinzenta estranha.
— Gozar? — ele completou facilmente.
Ela virou a cabeça e gemeu. — Oh doce Deusa.

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— Eu não vejo o problema Rosamund. Você é uma Nephilim e eu sou um Incubus. Eu tomo
poder e dou prazer. Você dá poder e recebe prazer.
Para demonstrar isso ele lançou seu encanto. Não com pleno vigor, mas o suficiente para
fazer os seus olhos se fecharem, suas bochechas corarem e seus lábios se separarem com um
gemido faminto. Adorável. Ela era exatamente o que ele desejava. Pelo que suas entranhas estavam
gritando. Aquela que o faria mais forte.
— Pare. Com isso. — Ela grunhiu, seus olhos se abrindo.
Scarus a sentiu — empurrar — de volta, e aliviar seu domínio sobre ela. Confusão nadou em
seu sangue. — Eu não entendo Nephilim. Você me resisti?
— Sim seu babaca, — disse ela com os dentes cerrados. — Eu resisto a você. Deixe-me ir e
encontre outra. Tem vinte e nove outras mulheres por aí que querem você. Que querem isto.
Ambos os eunucos irromperam das sombras e se dirigiram para a mulher.
— Espere, — Scarus ordenou. Ele nunca tinha experimentado nada parecido com isso, nada
como ela. Ele não a tomaria contra a vontade. Mas ele não iria desistir dela também. Tão bom como
ela não estar em seu período fértil, era que ela continha um grande poder. Ele tinha visto isso na
fila, e agora quando ela tinha empurrado seu poder de volta para ele. Ele lambeu os lábios. Ele iria
provar esta poderosa força magnética em sua língua.
— Por gentileza, levem-na para sua senhora, — Scarus instruiu os homens.
Os olhos de Rosamund se ampliaram com esperança. — Você está me deixando ir?
Tirou o Blackberry e começou a escrever. — Eu acredito que você foi maltratada aqui.
Talvez seja por causa da sua força, da sua língua afiada. Acabo de mandar uma mensagem para a
Chefa das mulheres, Constance. Você vai ser mimada, tratada como a joia que você é, e então voltar
para mim. — Ele se levantou e colocou o telefone de volta no bolso do terno.
— Eu não quero isso, — Rosamund gritou com ele. — Eu não quero ser mimada. Olhe para
mim sua víbora.
Scarus olhou.
— Como é que você pode querer isso? Eu não sou nada comparada com as outras Nephilins.
Você não consegue ver isso?
Seus olhos nunca deixaram os dela. — Você se dá muito pouco crédito Rosamund. No salão
jardim eu não vi ninguém além de você. De pé alta e orgulhosa, desafiadora quando recebeu o que
eu dei. — Ele virou-se para os eunucos. — Ela deve ser tratada como uma rainha. Qualquer coisa
menos e eu vou saber.

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Capítulo 5
— Você disse a ele que nós a maltratamos? — Constance exigiu enquanto passava pelas
telhas de terracota antes da grande piscina de banhos.
— Não. Deus, não, — Rosamund insistiu, sentindo-se como se seu mundo – seu mundo tão
cuidadosamente construído – estivesse desmoronando ao seu redor. — Foi ele quem distribuiu
todos os maus-tratos.
A mulher parou e olhou para Rosamund. — O que você quer dizer? O que você disse a ele?
— Que ele era um bárbaro que veio com suas armas sexuais em chamas e forçou todas as
Nephilins a ficarem de joelhos.
— Oh querida Deusa, — Constance gemeu, olhando ao redor da principal câmara de banhos
das Nephilins, que estava brilhando com a luz das duplas lareiras no lado oposto da piscina de
azulejos zelij.
— O que você não consegue entender – claramente o que você nunca entendeu – é que as
fêmeas no Harém querem se deitar com um Incubus. Querem ter seus úteros preenchidos. Elas
querem o prazer de seu Thrall.
Bem. Rosamund tinha que concordar com ela. Ela tinha que concordar com tudo.
Francamente, se ela não estivesse prometida para Roger ela também iria achar Scarus Vipera... o
quê? Atraente? Não, essa era uma palavra muito chata. Irresistível? Absolutamente não. Tentador
talvez? Sedutor, definitivamente... mas ela tinha que acreditar que era só porque seu corpo ainda
vibrava do clímax que ele lhe dera no salão jardim, e aquele que ele quase deu a ela em sua suíte
mais cedo.
— Eu só o castiguei por ele liberar seu poder tão plenamente, — disse ela finalmente. —
Causando aquela reação em todas as fêmeas. Ele é um bruto.
— Você é impossível. Você deveria estar se sentindo grata. Honrada. — Seus olhos
percorreram o corpo de Rosamund. — Esse homem escolheu você e só a Deusa sabe o motivo, você
continuamente se parece com alguma coisa que tem estado vagando no deserto por muito tempo.
— Exatamente. Então, por favor, vá e o convença de como eu sou imprópria. Leve Zoe e
Eva com você. Elas estão sempre andando nuas. Ele não será capaz de resistir a elas e vai esquecer
tudo sobre mim.
Ela suspirou. — Como eu queria que fosse verdade.
— Pode ser.
— Ele quer você, garota estúpida.

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— Bem, eu não o quero. — Rosamund respondeu quase petulante.


Contance estava chegando a ela, e ficou diante dela com as narinas dilatadas com irritação
feroz. — Ouça-me, quer você queira saber ou não, o mundo fora destas paredes está em crise. O
Soberano está longe de ser encontrado, as Três revelaram que destroem qualquer mulher humana
que fique grávida de um Incubus, e por causa disso, recentemente um Incubus foi morto por uma
Espadachim do Templo.
— O quê? — exclamou Rosamund em um suspiro suave. Ela sabia sobre o mistério em
torno do Soberano, mas... — Elas matam os serem humanos que ficam grávidas de Incubus? Por
que fariam isso?
— Eu não tenho as respostas. O equilíbrio que as Três eram tão capazes de manter está
começando a desmoronar. — Seus olhos pareciam cansados e com medo. — Nós mesmo
precisamos ajudar a garantir que o nosso mundo permaneça em equilíbrio mantendo de pé os velhos
costumes. Eu sei que você não deseja ser o catalisador de uma guerra entre Incubis e Nephilim,
rejeitando um dos Mestres.
— Claro que não, — disse ela com toda a seriedade.
— Então temos de sustentar este delicado equilíbrio entre Incubis e Nephilins. As tradições
do Harém serão mantidas. Eu fui clara?
O coração de Rosamund batia tão forte no peito que ela pensou que ele poderia explodir. Ela
queria pertencer a Roger. Ele era leve e fácil, simples e gentil. Assim como ela, ele desejava uma
família, um lar e normalidade. Ela nunca tinha conhecido seu pai e sua mãe morreu quando ela
tinha apenas dois anos. Roger era tudo pelo que ela orou enquanto crescia sozinha no mundo
Nephilim.
Ela tinha que descobrir uma maneira de fazer Scarus Vipera retirar sua escolha. Só então ela
estaria livre. Ela poderia argumentar com ele? Dizer-lhe a verdade? Pedir-lhe para escolher outra?
Ela poderia fazer isso sem perturbar o delicado equilíbrio do qual Constance tinha falado?
Duas Nephilins que ela não conhecia entraram na sala. Ambas vestiam toalhas de banho
finas e brancas que brilhavam a luz dos fogos. Uma estava grávida, embora sua barriga não
estivesse muito maior do que quatro ou cinco meses. A outra era um pouco mais velha que
Constance e carregava uma cesta de sabonetes, óleos, pincéis e objetos para barbear. Sem dizer uma
palavra desceram os degraus para a piscina.
— Tire a roupa Rosamund. — Constance ordenou.
Pânico revolveu seu estômago. Ela pensou que seria capaz de tomar banho sozinha.
— Ele acredita que sou a culpada por sua aparência, — Constance continuou com uma
risada sem graça. — Que sabe? Talvez ele mude ideia, depois que você seja levada a ele. Depois

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que sua personalidade e sua imagem tenham sido reveladas a ele. Afinal, quanto uma limpeza de
cabelo e uma depilação adequada podem mudar a realidade?
A respiração de Rosamund ficou presa em seus pulmões. Era isso. Ela não poderia se
esconder por mais tempo.
Uma sobrancelha escura se levantou sobre o olho esquerdo de Constance. — Quer que eu
chame os eunucos para ajudá-la?
Sem dizer uma palavra, Rosamund ergueu as vestes cor de abóbora sobre a cabeça e deixou-
a cair no piso de terracota. Então ela calmamente e rapidamente desamarrou o preenchimento da
barriga lisa e desenrolou a faixa que escondia seus seios fartos. Quando ela estava completamente
nua, ela ergueu o olhar para a mulher mais velha. Choque e ira brilhavam nas profundezas dos olhos
de Constance. Ela balançou a cabeça. — O que foi que você fez?
— Eu quero uma vida que eu possa escolher.
— Você é uma Nephilim, — ela respondeu secamente como se isso fosse uma resposta
suficiente. E talvez fosse. — Você esconde mais alguma coisa Rosamund?
Seus ombros caíram. Era uma tolice tentar manter todo o engano agora. A mulher lhe daria
uma revista completa se ela sentisse que Rosamund estivesse escondendo mais alguma coisa.
Abrindo sua boca ela cuspiu os dentes podres e os entregou. Então, sem mais uma palavra para a
furiosa e boquiaberta matrona diante dela, caminhou para a beira da piscina e desceu os degraus.

Capítulo 6

Scarus estava no terraço privado entre duas colunas de pedra com buganvílias vermelhas e
examinou a piscina de azulejos azuis cercada por oliveiras, arbustos de hibiscus e brilhantes tochas
acesas. Fome o assolava. Não pela refeição que estava servida na mesa a sua direita, mas pela
Nephilim de língua afiada que ele não conseguia tirar da mente.
Nas duas últimas horas ele tentou trabalhar. A linhagem Vipera tinha tratado com arte,
moedas antigas e manuscritos por séculos, e tinha cumulado uma grande fortuna, mas Scarus foi o
primeiro a trazer suas obras a público, tanto em galerias quanto em museus. Esta noite ele estava
tentando discutir detalhes sobre a abertura da Galeria Vipera em sua cidade natal Ravello, que
estava a alguns dias de distância. Mas sua concentração e criatividade tinham diminuído desde o
princípio.

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A fêmea invadiu seus pensamentos. Rosamund. Havia simplesmente algo a mais nela. Com
certeza ela não era uma beleza, mas isso não importava para ele. Ela carregava profundo poder, e do
jeito que ela havia falado com ele, com tanta determinação, tanto fogo, tinha feito suas entranhas
ganharem vida novamente.
Ele andou até a borda da piscina e estendeu o olhar. Além da suíte, a areia enluarada se
estendia por quilômetros. Fazia muitos anos que ele não sentia uma agitação assim. Cinco anos para
ser exato. E ele não sabia se deveria ficar intrigado ou preocupado. Se ele deveria aceitar ou ir
embora.
Seu nariz captou o cheiro dela na brisa do deserto e ele respirou fundo.
— Eu não sabia que Incubis consumiam outra coisa além de energia sexual.
Sua voz serpenteou por ele e o fez virar a cabeça. — Nós não precisamos. Nós somos... —
As palavras morreram em sua língua. Ou talvez elas tivessem morrido em sua cabeça. Fosse o que
fosse ele estava rendido a mudez quando olhou para a mulher que ocupava o mesmo lugar onde ele
tinha estado a alguns momentos atrás.
Emoldurada pelas colunas com selvagens buganvílias vermelhas, ela era uma estranha para
ele, essa alta e magra deusa de branco. E, no entanto, ela tinha o mesmo queixo elevado e
desafiador, os mesmos olhos brilhantes de arenito que se conectavam aos seus sem medo. E o
mesmo poder vibrante que quebrava sua impressionante gaiola e viajava os sete pés até a beira da
água e se envolvia em torno dele, não uma, mas várias vezes, até que ele se sentiu apertado.
— Você estava dizendo? — perguntou ela, levantando uma sobrancelha perfeitamente feita.
— Que Incubis não necessitam de comida para sobreviver. — Ele forçou de sua garganta,
tomando nota da rispidez em seu tom. — Nós somos sustentados pelo clímax de uma mulher.
Ela arregalou os olhos para isso, suas faces coradas de rosa. Scarus percebeu que não era
apenas seu rosto que tinha este brilho saudável agora. Foi-se o traje alaranjado feio, e em seu lugar
estava um Cafan branco que mostrava seus seios cheios e apertava sua pequena cintura com cordões
dourados e pedraria. O tecido branco austero fazia seu cabelo loiro brilhar como ouro, e exibia sua
pele lisa, rosa que parecia ter sofrido uma forte lavagem. Isso o irritou um pouco. A quem tinha sido
concedida a honra de realizar esta tarefa? Cujas mãos tinham esfregado óleos em seus ombros e
suas costas? Quem a tinha ajudado com o vestido?
Seus olhos cortaram para o eunuco pairando perto das portas francesas atrás dela, e seu lábio
contorceu-se. — Vá.
O homem ficou pálido e gaguejou, — Lady Constance pediu que eu... que eu permaneça
senhor. — Ele pigarreou. — Para ter certeza de que a Nephilim lhe agrada.
— Ela mais do que me agrada.

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— Minha senhora quis dizer para garantir que ela faça seu dever Mestre Vipera...
— Você deseja que este eunuco fique Rosamund? — Scarus cortou o homem friamente,
seus olhos mudando para a Nephilim. — Você o quer aqui? Você o quer observando cada
movimento seu? — Sua testa ergueu-se. — Cada movimento meu?
Ela não respondeu de imediato, mas podia ver o pulso batendo na base do seu longo pescoço
macio. Suas mãos tremeram quando ele se imaginou correndo os dedos sobre a tatuagem furiosa.
— Eu não o quero. — disse ela finalmente.
As palavras, independente do que significavam, inflamaram o sangue de Scarus. Ele se
dirigiu ao homem. — Você a ouviu.
Os olhos do eunuco se arregalaram com inquietação e ele começou a recuar. — Mas
senhor...
Scarus continuou se aproximando, seus passos calculados e predadores. — Diga a
Constance que nós não precisamos de acompanhante, nem testemunhas, nem interferências ou
assistência.
O macho assentiu, tropeçando na saída para a suíte. — Sim senhor.
— Vá então. — Scarus parou nas portas francesas. — E a Deusa o ajude se houverem mais
interrupções esta noite.
Sem esperar resposta, ele fechou as portas com um pouco de força demais, em seguida
virou-se para olhar Rosamund. — Sente-se, — ele rosnou, apontando para a mesa com alimentos.
Pelo olhar em seu rosto ele soube que soava um pouco bastardo, bárbaro, e rapidamente alterou de
forma brusca. — Por favor. — Ele inclusive se aproximou e puxou a cadeira para ela.
Seus olhos foram para a cadeira em seguida para ele. — Se o eunuco se foi, quem é que vai
servir o jantar Mestre Vipera?
Scarus sabia o que ela estava perguntando, e o que ela estava pensando. Sua expressão se
acalmou e ele disse, mais uma vez, em um tom muito mais suave. — Por favor.
Desta vez ela caminhou em direção a ele, seus quadris balançando atrativamente dentro da
seda branca, quando ela se sentou, ele derramou vinho no copo dela e depois no seu.
— Tem certeza que você deveria estar fazendo isso? — perguntou ela.
— O quê? Cuidando das suas necessidades?
O cabelo claro na parte de trás de seu pescoço levantou-se com suas palavras, e Scarus
sentiu a reação no fundo de suas entranhas.
— Esperando por mim, — ela esclareceu. — Mestres deveriam ser tratados como a realeza.
Ou pelo menos foi isso que ouvi.

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— É verdade, — disse ele, deixando-se cair no assento em frente a ela, que mal continha seu
grande corpo. — Mas isso não significa que eu não possa oferecer o mesmo tratamento para a linda
Nephilim diante de mim.
Seu olhar escorregou e ela estendeu a mão para seu vinho.
—O que me leva a perguntar, — continuou ele, entrelaçando os dedos e apoiando o queixo
nas mãos. — Por que você escondia tal beleza?
Ela tomou um gole de vinho, em seguida colocou-o de volta na mesa. Ela parecia
desconfortável, mas Scarus não iria recuar. Ela estava escondendo alguma coisa, e ele queria saber
o que era. Ele queria conhecê-la.
— Rosamund? — ele pressionou.
Ela soltou um suspiro pesado. — Eu não quero estar aqui. No Harém.
— Por que não? Não é uma honra ser escolhida?
— Sim. — Ela pegou uma fatia de pão integral.
— Uma honra se deitar com um Incubus, — ele acrescentou. — A benção de levar sua
prole?
— Tenho certeza de que para algumas é, — disse ela com cautela. — Mas para outras, não é
a escolha que teriam feito, se tivessem escolha.
Scarus olhou para ela pasmo. Em todos os seus anos na Terra, todos os seus dias e noites no
Harém, ele nunca tinha ouvido uma Nephilim falar assim. Nunca tinha sequer lhe ocorrido que
alguém poderia não aceitar a honra de ser amante... Sua mente desacelerou, e de repente e voltou no
tempo. Poderia ter sido esta a razão para a fuga de Daya? Talvez ela não quisesse se deitar com ele?
Tido seu filho? Ela o tinha castigado tomando seu filho?
Não. Ele se recusou a aceitar tal ideia. Recusou-se a acreditar. Incubis e Nephilins haviam se
envolvido neste intercâmbio de poder e paz desde sempre. Talvez a mulher a sua frente estivesse
apenas dando desculpas para encobrir sentimentos por outro macho.
Os olhos de Scarus estreitaram sobre ela. Apenas a ideia fazia suas entranhas pulsarem em
um fervor primitivo. Viu quando ela deu uma mordida no cordeiro suculento em molho de ameixa.
— Posso te perguntar uma coisa Rosamund?
Ela olhou para cima e seus olhos tinham um toque de humor. — Você realmente precisa da
minha permissão Mestre Vipera?
Um tremor se moveu através dele. Seu nome em sua língua... Sua úmida língua rosada... —
Você se deu para algum deles? Os outros Incubus que vieram aqui?
O humor morreu. — Não. — Ela nem sequer hesitou. — Nenhum outro Incubus me
escolheu.

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Alívio passou por ele. — Estou contente com isso. E estou feliz que você tenha usado aquele
disfarce. — Seus olhos viajaram sobre seu rosto. — Embora eles tenham sido tolos se não puderam
ver a joia debaixo dele.
Seus olhos se suavizaram com suas palavras. — Eu aprecio o que você diz. Eu aprecio sua
posição aqui e a conexão que nossos dois mundos forjaram em nome da paz e da resistência. Mas
eu não posso dormir com você.
Scarus olhou para a mulher uma vez mais espantado. — Você me acha insatisfatório?
— Não. — Ela disse.
— A ideia de estar em minha cama a repulsa.
— Claro que não. — Suas bochechas coraram de vergonha. — Não é por isso que eu não
posso estar com você. Eu tenho um homem esperando por mim. Fora destas paredes, foi por isso
que eu vesti o disfarce.
A mandíbula de Scarus trincou com a tensão? Um macho? Então, ele estava certo. Ele a
olhou atentamente. — Você está vinculada a outro e ainda assim as Três te chamaram para cá. Eu
nunca ouvi falar de tal coisa. O que está acontecendo em nosso mundo? Talvez os sussurros sejam
verdadeiros. As Três não estão governando corretamente.
— Não, — ela disse com paixão em seu tom. — Não é nada disso...
— Eu estive fazendo vista grossa a agitação, — continuou ele. — Para o abandono do
Soberano ao Trono Obsidian. Eu não quis reconhecer que esse equilíbrio que nós compartilhamos
pode estar em apuros. Mas, claramente, não está acontecendo apenas do lado Incubis. — Ele enfiou
a mão no casaco e pegou seu Blackberry. O Mestre da Casa Xanthe era distante, mas de confiança,
e tinha conhecimentos. Ele também era um dos melhores espiões que já nasceu. Scarus solicitaria os
serviços de Jian. Descobrir o que realmente estava acontecendo com o Soberano, em seguida levaria
a discussão com os outros Mestres.
— Por favor, isso não tem nada a ver com as Três, — Rosamund insistiu, seu tom pesava de
pânico. — É tudo sobre mim. O que eu quero. O que eu nunca tive e sempre desejei.
Scarus olhou para cima, tirando os olhos do texto que tinha acabado de enviar. O adorável
rosto de Rosamund estava grave. — O que você quer dizer?
Ela olhou como se se explicar fosse a última coisa que ela quisesse fazer. — Eu cresci com
nada e nem ninguém, — disse ela a contragosto. — Nenhuma família. Minha mãe me abandonou
alguns meses depois que eu havia nascido. E como uma Nephilim, me disseram que o meu pai
vinha da Casa Romerac e que ele morreu quando eu tinha três anos. Eu nunca sequer tive um
sobrenome, porque eu realmente não sabia a onde eu pertencia. Eu fiquei perambulando pela

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Câmara Suprema, mas assim que eu pude me aguentar – assim que fiquei velha o suficiente – eu fui
embora e comecei uma vida própria.
— Onde? — perguntou Scarus, a surpresa pela sua história era evidente. Perambulando?
Não era assim que as coisas eram feitas nas famílias Incubis.
— São Francisco. — Ela colocou o garfo no prato com cuidado. — Eu conheci esse homem
quando me candidatei a um emprego em sua clínica veterinária. Dr. Roger Young. — Ela sorriu
suavemente, tristemente. — Ele é tão calmo e gentil, e estável. Após o nosso terceiro encontro ele
me disse que queria sossegar, ter uma família grande. Ele falou ao meu coração porque essa era a
única coisa que eu queria. Eu não estava à procura de romance ou...
Fúria rugiu através de Scarus e ele interrompeu com uma explosão de palavras. — Você
pertence a um humano?
Ela recuou um centímetro ou dois. — Sim. Bem, não, — ela gaguejou. — Eu não pertenço a
ele exatamente. Nós não estamos noivos ou algo assim. Mas ele disse que se preocupa comigo. E
quando eu fui embora ele prometeu que iria esperar por mim.
O desejo de caçar o macho humano e rasgar os membros de seu corpo era forte em Scarus.
Ele recostou-se na cadeira, cruzou os braços sobre o peito e tentou manter a calma. — Eu não estou
entendendo nada.
— Eu sei que é incomum.
— Muito. Que qualquer homem fosse esperar por sua mulher que iria carregar a prole de
outro me choca. Seu Roger soa como um imbecil.
Cada pingo de cor desapareceu de seu rosto. — Ele não é um imbecil. Ele não sabe. Ele acha
que eu estou trabalhando na Austrália... e ele não teria que esperar por muito tempo. Há uma
clausula nas regras do Harém. Se uma Nephilim não for escolhida por um Incubus dentro de uma
ano, ela deve sair.
— Eu nunca ouvi falar dessa regra, — ele grunhiu.
— A maioria não ouviu. Como você disse, as Nephilins consideram uma honra estar aqui.
— Seus olhos se tornaram suplicantes então, a refeição diante dele quase esquecida. — Você pode
escolher qualquer uma delas Mestre Vipera. Agora. Agora mesmo. Eu poderia buscá-la para você.
Cléo ou Eva, ambas são deslumbrantes e tem uma personalidade muito mais adequada.
— Eu escolhi você Rosamund, — disse ele calmamente.
Ela mordeu o lábio. — Eu sei disso. Mas o que isso importa para você Scarus?
Mais uma vez o arrepio o percorreu quando ela disse seu nome, e ele respirou fundo.
— Você veio aqui para uma noite de sexo e para espalhar sua semente. Será que realmente
importa quem está debaixo de você?

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Não deveria, ele pensou sombriamente. Contanto que a fêmea não estivesse em seu período
fértil. E ele estava certo de que havia outras nephilins no Harém que se encaixavam nesse critério.
Mas ele estava intransigente. Ele olhou para a mulher em frente a ele com uma ameaça predadora e
possessiva. — Eu escolhi você.
Seus olhos se estreitaram e suas narinas abriram ligeiramente. Aquele olhar indignado ficava
muito bem nela.
— Com tudo o que eu acabei de lhe dizer você vai me manter aqui?
— Você não está prometida para este homem, — ele respondeu como se fosse a coisa mais
simples do mundo. — Portanto você pertence a mim.
— Eu não pertenço a você, — ela respondeu com veemência.
— Enquanto nos estivermos no Harém... — ele começou.
Ela cortou. — É uma noite.
— Vamos ver.
Ela ficou pálida. — O que isso significa?
Ele se inclinou para frente, com os olhos fixos onde ela estava sentada. — Talvez eu abra
mão da seleção e a mantenha. Esta seria considerada uma grande honra Rosamund.
— Para quem? — ela despejou.
Ele respirou fundo. Calor e energia estavam irradiando de seu corpo e ele queria colocá-lo
na língua. — Vamos dizer que para nós dois.
— Você é um bárbaro, — ela acusou, empurrando a cadeira para trás e ficando de pé.
— Eu sou, — ele concordou.
— E um nada razoável, indiferente, me-dê-o-que-eu-quero-não-importa-o-quê idiota!
— Eu acredito que esta é a própria definição de um Incubus.
Ela jogou o guardanapo em seu prato e passou por ele. Scarus permaneceu sentado,
respirando seu perfume. Ela estava certa em todas as coisas. Ele era um terrível bárbaro, lascivo,
com a bússola moral de uma tarântula. Ele nunca se esforçou para ser outra coisa. Era sua natureza.
Seu direito de primogenitura. Mas agora...
Ele se levantou da mesa. Ela já havia passado a piscina iluminada por tochas e estava
pisando fora da borda do terraço de areia. Agora ele a queria. Esta mulher que parecia ter esquecido
as antigas maneiras. Um fato que tanto o surpreendeu quanto o atraiu. Fazia muitos séculos desde
que sua linhagem tivesse que perseguir suas presas do sexo feminino.
Ele a seguiu, mas quando ela começou a correr para o deserto enluarado, a seda e cabelos
loiros ondulando atrás dela, ele amaldiçoou e decolou depois dela. Cerca de seis metros para fora
ele a alcançou, pegou pelos ombros e a virou para ele.

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— Deixe-me ir, — disse ela, esforçando-se para sair de seus braços.


A escuridão se espalhava ao redor deles. As únicas fontes de iluminação vinham da lua
acima e das tochas ao redor da piscina e a luz silenciosa que se derramava das janelas da suíte.
— Por que você está agindo assim? — perguntou ele a mantendo imóvel. — Você é uma
Nephilim.
— E daí? — ela rebateu.
— Fomos feitos para acasalar, para procriar Rosamund. É assim que as coisas são. Como
elas sempre foram.
— Como você disse Vipera, as coisas estão mudando. — Sua respiração estava pesada, os
olhos estavam ferozes e brilhantes soba luz da lua. — Eu estou destinada para quem gostaria de
estar destinada.
— Isso é o conto de fadas de uma criança.
— Não isso é a escolha de uma mulher.
— Você não é uma mulher, — ele rosnou, puxando-a para mais perto. — Você não é
humana. E não deve se acasalar ou criar um lar com um.
Seu rosto estava a centímetros do dele. — Ele é bom e gentil e se preocupa comigo. Ele quer
me fazer feliz.
— Bom e gentil, — Scarus proferiu sombriamente enquanto o vento do deserto girava em
torno deles. — O que você faria com um macho assim? Compartilharia os acontecimentos de seu
dia enquanto trançavam os cabelos um do outro?
Parecia que ela queria bater nele. — Você não pode compreender porque você não tem um
osso gentil ou generoso em seu corpo bárbaro!
Neste momento os ossos do corpo de Scarus estavam cantarolando contra os músculos
tensos, prontos. — Me diga uma coisa Rosamund. Este homem acende uma chama dentro de você?
Ela ficou em silêncio exceto pela respiração entrecortada. Seus olhos focaram em sua boca.
— Quando ele toca em você, você se derrete? — Continuou Scarus.
Ela balançou a cabeça. — Pare com isso.
— Quando ele te beija, faz o seu sexo implorar?
— Não é assim, — disse ela em um gemido.
— Cazzo Rosamund! — Scarus amaldiçoou. Ele se inclinou e roçou os lábios nos dela. —
Deve ser assim, — ele sussurrou. — Você não entende? Quando um macho abraça você, beija você,
te toca, cada centímetro do seu corpo deve entrar em erupção. Como um vulcão. Como isto. — Ele
capturou sua boca em um rosnado. Ele a beijou tão intensamente, tão plenamente, sua língua

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deslizou entre seus lábios brincando, de tal forma que, quando ele se afastou um centímetro, ela foi
com ele.
— Si, bella Rosa, — ele pronunciou com voz rouca, tomando seu rosto entre as mãos.
Desta vez quando ele capturou seus lábios novamente, ela gemeu e sugou sua língua para a
boca dela. Merda! Ela tinha gosto de mel com especiarias. Tão doce, tão faminta. Ela o
acompanhava em sua necessidade. Pressionando-se contra ele, gemendo quando ele mudou o
ângulo do seu beijo para ir mais fundo. Calor o preencheu e queria transbordar. A magia demoníaca
cantarolava logo abaixo da superfície de sua pele, implorando para ser liberada. Ele tinha querido
isso desde o momento em que Rosamund tinha chegado a sua suíte, em suas vestes laranjas com
preenchimentos, seu cabelo gorduroso e aqueles belos olhos espantosos que nenhuma quantidade de
maquiagem pálida poderia esconder.
Quando ela passou as mãos para cima entre seus corpos e agarrou as lapelas de seu terno,
trazendo-o mais perto, o corpo de Scarus pulsava com a necessidade de fazê-la se contorcer e gritar
e explodir com prazer. Não porque sua natureza o comandava, mas porque ele queria que ela
sentisse o fogo, a fome que estava também dentro dela, em sua natureza. Ele não era doce, gentil
nem um humano compassivo. Mas ele sabia o que Rosamund desejava e poderia dar a ela, durante o
tempo que ela quisesse, quantas vezes ela quisesse.
E isto nenhum homem humano jamais poderia dar a ela.
Segurando seu rosto, seus polegares acariciando o lado de sua mandíbula, ele se
banqueteava em sua boca. Cada gemido, cada suspiro que ela lançava pertenciam a ele e ele rolava-
os na língua, em seguida empurrou-se de volta em sua boca. Ele estava duro em todos os lugares,
seu pau pressionado entre eles. E ela era suave, úmida e perfumada. Suas narinas preencheram-se
com o cheiro dela e ele apertou os quadris contra ela.
Em um gemido de raiva e frustração sexual ela o empurrou. A mudança repentina de
sentimentos puxou Scarus de sua devoção sexual e ele a soltou imediatamente.
Ela permaneceu onde estava olhando para ele. Sua respiração estava irregular, seus olhos
com pálpebras pesadas, e sua pele brilhava com saúde e calor sob o luar. Scarus nunca tinha visto
nada tão bonito ou tão tentador em sua vida, e ele queria consumir cada centímetro dela.
— Por favor, — ela sussurrou, os lábios trêmulos. — Desligue-o Vipera.
— O quê? — ele disse, confuso. Seus olhos estavam presos a sua boca. Ele queria aqueles
lábios novamente. E abaixo do umbigo. Ele respirou fundo, tentando manter seu perfume dentro
dele.
— O poder, — disse ela. — O Thrall. Pare com isso agora.

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Seus olhos subiram para encontrar os dela. O que ela estava dizendo? Que o seu beijo era...
ele olhou para ela, as narinas queimando, pele esticada apertando em volta da carne dura feito
pedra. — Eu não estou fazendo nada Rosamund. Eu lhe garanto. — Uma sobrancelha se ergueu
ironicamente. — Tudo que você está sentindo, não está vindo de mim. Não da maneira que você
pensa.
Ela balançou a cabeça, os braços envolvendo seu corpo. — Não faça isso comigo de novo
— ela implorou. — Não me faça gozar.
— Eu não estou fazendo.
— Mentiroso, — ela disse com os dentes cerrados.
— Você não acredita em mim?
— Não. Você vai fazer qualquer coisa para criar esse frenesi dentro de mim.
Seu queixo se abaixou e a víbora dentro dele reagiu. — O frenesi, mia bella, é o seu corpo
querendo o meu.
— Não. — Ela balançou a cabeça. — Não.
— Você quer sentir o verdadeiro Thrall mais uma vez? Só assim você vai saber a diferença,
é claro. — Ira, fome sexual e algo que ele não podia nomear – algo estranho que ele nunca tinha
sentido antes – ondulou através dele, e ele apertou o botão.
Rosamund já estava a meio caminho do clímax com o seu beijo. Com a magia demônio em
cima dela ela levou apenas segundos para convulsionar com um prazer chocante. O poder surgiu em
Scarus quando ela gritou, orgasmos ondulando através dela. Mas ele não ficou com nenhuma
satisfação nisso. Apenas decepção.
— Você vê a diferença agora Rosamund? — ele perguntou com amargura.
Ela olhou para ele. — Você é um safado, — ela soltou com os dentes cerrados.
Sim. — Eu sou Incubis.
E com isso, ele usou o poder que ela tinha acabado de lhe dar para teletransportar de volta
para a suíte.

Capítulo 7
Rosamund estava destruída.
Emocionalmente, fisicamente, mentalmente destruída.
E ainda assim ela queria mais.

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Dele. Do que ele a fez sentir quando seus lábios tinham tomado os dela. Não era sua magia
que tinha feito isso. Ela sabia, e se odiava por isso. Se tivesse sido o seu poder demoníaco, ela
poderia colocar toda a culpa do erro devasso sobre ele. Em sua natureza bárbara. Mas quando a
boca dela foi capturada, quando sua mãos tinham agarrado seu rosto, ela tinha derretido. Não. Ela
entrou em erupção.
Nunca em sua vida havia sentido tal desejo. Não era o falso desejo da magia de um Incubus,
mas um fome real, uma necessidade descontrolada.
Ela deu um passo para cima das pedras do terraço. Ela tinha estado fora por mais de uma
hora. Sentada na areia, olhando para a lua, desejando que pudesse voltar no tempo. Desejando que
tivesse caminhado até o fim da fila de Nephilins no salão jardim. Desejando não ter se inclinado
para Scarus Vipera depois que ele a beijou pela primeira vez.
Desejando que ele não tivesse parado quando ela o empurrou.
Suas mãos tremiam ao lado de seu corpo enquanto ela passava a beira da piscina e se dirigia
para as portas francesas. Ela era uma tola, uma hedonista. Uma quebradora de promessas. Quando
ela voltasse para Roger ela iria dizer tudo a ele e esperar que ele a perdoasse.
Se, de fato, ela conseguisse voltar.
Mas primeiro ela tinha que passar a noite com o Mestre Vipera. Só a Deusa sabia o que
estava esperando por ela dentro da suíte. Mais magia demoníaca? Mais olhares tentadores? Mais
argumentos? Mais reivindicações de posse? Mas o que ela encontrou quando ela entrou na sala
enorme e lindamente projetada foi um muito casual e nada ameaçador Scarus Vipera na cama. Nada
como a perigosa e erótica víbora que ela sabia que ele era. Ele estava apoiado em vários travesseiros
grossos, lendo um livro. Seu grande corpo vestido apenas em um par de calças de cordão preto.
Como a tola que era, lenta, mas certamente se deixando ver, seu olhar se moveu sobre ele.
Ele estava muito largo, muito bronzeado, ombros e braços muito mais musculosos do que ela se
lembrava de sentir quando desesperadamente correu as mãos por ele quando ele a estava beijando
mais cedo. Seu peito era uma parede solida de músculos, exceto pelos dois mamilos escuros e as
ondas abdominais. Mas foi a forma como as calças pretas pendiam em seus quadris estreitos,
dando-lhe uma visão clara do seu umbigo e da trilha de pelos que desapareciam no cós, que fez sua
boca salivar.
Fez todo o seu ser resplandecer com calor e tensão não resolvidos.
Ela engoliu em seco e forçou-se a levantar o olhar. Foi nesse momento que ele olhou por
cima de seu livro e encontrou-a ali, perto da beirada da cama.
Os olhos dourados a alfinetaram. — Você quer alguma coisa Rosamund?

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Suas calças. Fora. — Seu consentimento para minha libertação seria bom, — disse ela com
os dentes cerrados.
Sua boca se curvou em um sorriso. — Eu quis dizer vinho, frutas... — Seus olhos brilharam
com calor. — Sobremesa talvez.
— Eu não preciso que tomem conta de mim Mestre Vipera. — Eu só preciso sair daqui
antes que cometa um erro maior. Um do qual eu não posso voltar atrás. Um que não será perdoado.
Um que eu quero tanto e sofro com isso.
— Isso não foi o que você disse mais cedo, — disse ele colocando o livro sobre a mesa de
cabeceira. — Quando você falou o que você queria, o que não teve enquanto crescia.
— Eu estava falando sobre Roger.
Ele não disse nada por um momento. Ele parecia estar ponderando algo em sua mente. Em
seguida ele perguntou: — Você acha que o Dr. Young vai cuidar de você?
O nome de Roger nos lábios deste homem faziam suas entranhas doerem. — É o tipo de
homem que ele é, — ela respondeu. — Você não entenderia.
— Por quê? Porque eu sou um bárbaro que só quer foder você. — Ele disse as palavras sem
malícia.
— Me foder, foder qualquer mulher, — respondeu ela. — Você não sabe nada sobre
sacrifício, bondade, cuidado ou civilidade.
— Isso é um grande julgamento.
— Como você disse, você é um Incubus. Eu não posso culpá-lo por isso. Como você foi
criado. O que você, em essência, foi treinado para ser. Eu estou disposta a apostar que você nunca
amou uma única coisa em sua vida.
Seus olhos de repente brilharam com calor e ferocidade. — Não me fale de amor Rosamund.
Esta emoção colore nossa visão, nos faz ver coisas e acreditar em coisas que não são verdadeiras.
Nos torna vulneráveis a uma dor debilitante.
— Isso não é o amor que eu conheço Scarus.
— Ah é?
— Não. O amor é gentileza e bondade. O amor é esperança e vai além do físico.
— E o Roger é todas essas coisas não é?
— É claro.
— O veterinário está casado há seis semanas Rosamund, — ele disse calmamente, sem
simpatia. Sem qualquer tipo de emoção.
Rosamund congelou. Ela o olhou fixamente sem piscar. — O que você acabou de dizer?

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Suas sobrancelhas loiras escuras se arquearam severamente. — Só levou cinco minutos para
meu Guardião encontrá-lo, e outros cinco minutos para encontrar o anúncio feliz.
Sua respiração estava presa em seus pulmões. Ela balançou a cabeça. — Eu não acredito em
você. — Roger não teria feito isso. Talvez eles não estivessem prometidos um ao outro ou trocado
anéis, mas tinham sido trocadas palavras.
Scarus pegou seu Blackberry, que também estava na mesa ao lado, e estendeu-o para ela.
Rosamund praticamente mergulhou para ele como um falcão de rapina faminto. Ela tinha que ver.
A víbora tinha que estar mentindo. Ele queria machucá-la porque ela o rejeitou, porque ela o
empurrou para longe...
Lágrimas apertaram sua garganta. Lá estava ele, doce e sensível Roger, na tela. Ela não
reconheceu a mulher que ele segurava em seus braços, mas ela era bonita e sorridente. Ela mordeu
os lábios, ambos estavam sorrindo.
Dr. E Sra. Roger Young.
Foi tudo que ela escolheu ler antes de jogá-lo de volta a cama. Sem outra palavra, ela pegou
uma manta do final do dossel e saiu para o tapete no chão. Em seu belo e branco vestido, ela se
deitou e se cobriu. Lágrimas escorreram de seus olhos. Não porque ela tinha amado Roger. Ela
tinha se importado com ele. Ele era um bom homem. Mas porque ele tinha representado a vida que
ela tanto queria.
A família que nunca teve. Provavelmente nunca teria agora.
Ela fechou os olhos e rezou pelo sono. Mas, assim que ela estava prestes a adormecer, ela
sentiu suas mãos por baixo dela, erguendo-a.
— Espera... — ela gritou. — Por favor, não.
— Você não vai dormir no chão como um cão Rosamund. — Scarus a levou para a cama e
colocou-a em cima da colcha. — Eu não vou tocar em você novamente. Nem vou fazer você chorar
ou gritar.
Ela não olhou para ele quando ele a cobriu com o cobertor. Mas ela ouviu quando ele deu a
volta para seu lado da cama e deitou-se. O clique da lâmpada os deixou na escuridão, exceto pela
lua. E Rosamund esperou para ouvir sua respiração ficar mais lenta e mais forte, antes dela se
permitir dormir.

Capítulo 8

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Scarus acordou com a luz sem brilho, cinza da madrugada, e os gemidos ansiosos de uma
mulher sonhando. Levou apenas alguns segundos para lembrar onde estava e quem dormia ao lado
dele. Ele nunca tinha compartilhado a cama com uma mulher para qualquer coisa além de sexo,
porque ele acreditava ser um ato tão íntimo que era reservado para casais acasalados.
Algo do qual estava completamente desinteressado. Ou tinha estado, antes de ontem à noite.
Outro gemido aflito cortou o silêncio. Rosamund devia estar tendo um pesadelo, pensou
com uma pontada do que ele acreditava que poderia ser culpa. Ele não estava familiarizado com a
emoção. Mas depois de seu tratamento cruel na última noite, ele não ficaria surpreso se fosse a
causa de seu mau humor.
Em uma tentativa de confortá-la ele se virou para o lado. Mas o que o saudou quando ele fez
isto era qualquer coisa menos um pesadelo. Os gemidos de Rosamund não resultavam de dor, medo
ou ansiedade. Ela estava sonhando com prazer. O sangue se acumulou em baixo de sua barriga
enquanto se perguntava o que sua mente estava conjurando enquanto ela tocava a si mesma. Seu
olhar passou sobre ela avidamente. O corpete de seu vestido estava puxado para baixo, expondo um
seio pálido. O seio que ela estava massageando, apertando, puxando até o mamilo excitado estar
totalmente esticado. Sua saia estava levantada em torno de sua cintura e ela não usava calcinha por
baixo. Suas pernas longas e lisas estavam apertadas fortemente juntas, coxa beijando coxa, e seus
pés estavam cruzados nos tornozelos.
Enquanto ela puxava e beliscava o mamilo, sua outra mão estava ocupada dentro de seu
sexo depilado, dois dedos trabalhando seu clitóris enquanto ela bombeava seus quadris
furiosamente.
Scarus sentiu seu pênis se encher de sangue e subir para seu umbigo. Ele deveria ter deixado
a cama, antes que o demônio dele também despertasse. Antes que isto o empurrasse a tomar o que
ele sentia que merecia.
O cheiro doce de sua buceta aumentou até alcançar suas narinas e ele respirou fundo. Ele
queria. Sua Sticchio6. Dentro de sua língua, degustando-a, despertando-o, deixando-a mais úmida.
Sem pensar ele se inclinou e beijou seu peito, aquele ainda coberto. Rosamund respondeu
instantaneamente, ela arqueou para trás, os lábios separados em outro gemido sensual.
— Sim, — ela balbuciou. — Me beije.
Com a mandíbula apertada, Scarus fechou os olhos e lutou por controle. O demônio dentro
dele estava ansioso para sair. Ele precisava se alimentar, e o sexo quente, úmido e apertado de
Rosamund era exatamente onde ele queria estar.

6
Órgão genital feminino em Siciliano.

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A apenas alguns centímetros de distância de sua pele, ele sussurrou, — Rosamund você tem
que acordar.
Sua mão abandonou seu peito e, em seguida, estendeu a mão para ele. — Me lamba, — ela
gemeu com um tom quase desesperado com os dedos em volta de seu pescoço. — Eu tenho que
saber. Eu tenho que saber.
Merda. Ela não estava acordada. Era verdade, ele era um bárbaro, mas ele não tomava sem
consentimento.
— Por favor, ela insistiu, orientando seu rosto contra o peito. — Me sugue. Forte. Eu tenho
que saber como é com você.
O perfeito globo pálido com seu broto rosa intumescido estava a uma polegada de distância.
E gritava por ele. Porra. Ele abaixou a cabeça e lambeu-o. Instantaneamente Rosamund gemeu e
arqueou as costas ainda mais. Scarus lambeu-o novamente, em seguida correu o nariz sobre ele,
sacudindo-o para frente e para trás suavemente. Então, quando ele já não podia suportar, ele tomou
um monte cheio nas mãos, apertou-o e o massageou. Então, um prazer quase chocante percorreu o
seu corpo enquanto ele sugava profundamente em sua boca.
— Oh Deusa, sim! — Ela gritou, seus dedos cavando na pele de seu pescoço. Alimentando
sua fome e sua necessidade, ele alternava entre sugar, sacudir e morder. Era morder que ela parecia
gostar mais. Isso a fazia se contorcer, fez o cheiro de sua excitação se intensificar.
A fez quase gozar.
Um rosnado vibrou através de Scarus. Não importava o quão desesperadamente seu
demônio desejasse o poder de seu clímax, Scarus não ia permitir isso. Ainda não. Não até que ele a
provasse com a língua. Não até que ele soubesse seu gosto.
Com um último raspar de seus dentes em seu mamilo, ele se dirigiu para a parte de baixo de
seu corpo, sem parar até chegar a pele de sua barriga exposta. Lentamente, languidamente, beijou-a,
lambendo seu umbigo. Seus quadris estavam levantando e abaixando, pedindo e implorando, e ele
queria agradá-la. Dar a ela o que ela estava dolorida para receber. Mas havia algo dentro dele que
temia. Não aceitando seu poder. Não. Não era isso. Confusão nadava em seu sangue super
aquecido, enquanto olhava para seu sexo raspado brilhando com a umidade de sua excitação. Ele
baixou a cabeça e passou a língua sobre a parte superior de seu sexo. Ele gemeu no doce sabor
viciante.
— Por favor, — ela implorou novamente. — Olhe para mim.
Scarus olhou para cima, suas entranhas apertadas, seu pau se esforçava para ser libertado.
Ondas de cabelo loiro emolduravam o bonito rosto sonolento, com lábios rosados separados e olhos

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bem abertos e conscientes. Ele esperou, as narinas dilatadas, enquanto ele respirava o perfume que
desejava.
— Abra para mim Rosamund, — ele proferiu ferozmente.
Sem um momento de hesitação, ela dobrou os joelhos para cima, em seguida, deixou-os cair
para o lado. Era todo o consentimento que Scarus precisava. Seu olhar caiu e ele teve a vista mais
fascinante do mundo.
Rosamund completamente nua para ele.
— Belíssima, — ele murmurou. — Tão rosada. Tão molhada.
Ele se sentou entre suas pernas, as mãos alisando suas coxas, seus polegares abrindo-a até
que ele pode ver seu clitóris inchado.
— Ah sim. Ele pulsa por mim Rosamund. — Disse ele, mergulhando a cabeça e sacudindo o
botão levemente com a língua. — Ele chama por mim. Ele quer ser lambido.
Seus quadris se inclinaram. — Sim!
— Ele quer ser sugado enquanto eu te fodo com os dedos, — acrescentou, baixando a mão.
— Sim, por favor, Scarus.
Seu nome nos lábios dela o quebrou completamente. Loucura o invadiu. Ou talvez fosse o
demônio. Mas todos, ou ambos, queriam o prazer dela, seu clímax, seu calor úmido. Ele colocou um
dedo em seu sexo apertado, Scarus cobriu seu clitóris com a boca.
Ela gritou, suas mãos encontrando seu couro cabeludo. Ela agarrou seus cabelos e esfregou-
se contra ele. Scarus colocou outro dedo dentro dela e empurrou profundamente. Nunca em toda a
sua longa existência ele tinha querido algo, ou alguém, tão furiosamente. Ele chupou seu clitóris
suavemente enquanto a bombeava, gemendo cada vez que seus dedos ficavam banhados de
excitação. Ela era sua. Agora. Neste momento. Ela pertencia a ele.
E então começou. A troca de poder. Calor e loucura, glória e prazer. Mas não foi o mesmo
que tinha sido antes. Mesmo com o clímax que ele tinha dado a ela sob a lua do deserto na noite
passada, este era como as ondas de um tsunami. Grande, incrível, assustador. E tudo que ele queria
fazer era ficar de baixo e ser tomado por isso, destruído se este fosse seu desejo.
Os choques de calor líquido convulsionavam a redor de seus dedos e do broto inchado em
sua boca.
— Scarus! — Ela gritou, seu corpo fora de controle, tendo espasmos, cheio de tensão e
eletricidade quando ela gozou.
E então ele foi se afastando de seu clitóris e colando-se a seu sexo. Creme doce e super
quente descia em cascata sobre sua língua e serpenteava sobre sua garganta. Ele não tinha ideia de
quão profunda era sua fome até agora.

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Até ela.
Merda...
Ainda que ele brilhasse com o poder de centenas de estrelas, não havia nada que quisesse
mais neste momento do que enterrar-se dentro dela e reivindicar o corpo dela como seu. Mas ele
não ousaria. Sexo era apenas para poder. Tudo o que ele estava sentindo neste momento não tinha
nada a ver com uma troca Nephilim/Incubus.
Com a respiração pesada, seu pênis apertado contra suas calças, ele recuou e cobriu seu sexo
brilhante com o vestido dela. Então ele se levantou e tentou ganhar alguma aparência de controle
sobre si mesmo.
— Peço desculpas Rosamund, — disse ele com os dentes cerrados.
Ela estava olhando para ele confusa e corada. Insuportavelmente sexy. — Por que Eu pedi
que você me tocasse...
— Eu me refiro à ontem à noite. Não foi minha intenção te ferir. — As palavras pareciam
estranhas em sua língua. Aquela língua que tinha a apenas alguns momentos provado o céu. — Ou
talvez fosse. — Ele olhou para longe, amaldiçoando brutalmente. — Eu não tenho mais certeza de
mim ou das minhas intenções. Desde que você entrou por esta suíte ontem eu me senti
estranhamente possessivo, fraco, inseguro... — Ele rosnou para a palavra, odiando ter admitido isso.
— Sinto-me obrigado a dizer-lhe uma coisa Rosamund, quer você acredite ou não. Eu já conheci o
amor. Eu perdi um amor. — Seus olhos se levantaram para encontrar os dela. Ela parecia extasiada,
vulnerável. — Uma criança.
Ela suspirou e sentou-se. — Oh Scarus...
Ele a cortou com um movimento de sua mão. Ele não estava acostumado com gestos ou
conversas como esta. Ele tinha dito o que sentia que precisava ser dito, o que ele devia a ela, mas
não poderia haver mais nada para ele preservar sua dignidade. — Vou dizer a Constance que não
aconteceu nada entre nós. Vou dizer a ela que você não é minha escolha. — Ele exalou
pesadamente, tentando fazer seu tom parecer o mais consolador possível. — Eu sei que você não
pode ter o seu homem humano. Mas, francamente, ele não é digno de sua dor. Qualquer homem que
se recusa a esperar por uma mulher feito você não merece o seu amor.
A boca de Rosamund caiu aberta, e seus olhos se arregalaram.
— Eu estou indo para um mergulho agora, — ele anunciou. Formalidade pesava em sua voz,
apesar de seu pênis permanecer rígido e faminto contra a sua calça. — Isto vai te dar tempo para
tomar banho e se vestir. Então eu vou falar com Constance. Foi um prazer Rosamund.
Sem permitir que ela respondesse, ele inclinou a cabeça rapidamente e deixou a suíte.

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Capítulo 9

Ela estava livre.


E ainda assim ela nunca tinha se sentido mais reivindicada em sua vida.
Ela escorregou para fora da cama e foi ao banheiro. Suas pernas pareciam borracha. Sua pele
estava tão sensível que ela quase temia pisar sob a ducha do banheiro. Scarus Vipera a tinha
possuído esta manhã. Ele tinha esmagado o sonho que tinha quase todas as noites desde que tinha
chegado ao Harém e mostrou o verdadeiro desejo, a verdadeira fome.
Ela escorregou para fora do vestido, ligou a água, e inclinou-se contra a porta de vidro.
Ele disse que iria até Constance, dizer que nada havia acontecido entre eles, que Rosamund
não era sua escolha.
Era exatamente o que ela queria. Em quatro dias ela voltaria para São Francisco e... E o quê?
Pensou, olhando para as gotas de água que serpenteavam para baixo do vidro a sua frente.
Roger estava casado. Ele era seu chefe na clínica e seria extremamente desconfortável se ela
escolhesse ficar. Ela podia sair, ela supunha. Conseguir um emprego diferente e começar sua nova
vida em outro lugar.
Um flash de cabelo loiro escuro, olhos dourados, língua quente e hábil, explodiu em seu
cérebro. Absolutamente não, ela se repreendeu. Só porque um Incubus sexualmente dotado fez você
se sentir completa e magnificamente satisfeita pela primeira vez em sua vida, não significa que
você deva abandonar o sonho de sua vida.
Ondas de vapor começaram a escapar dos limites da pedra e vidro do chuveiro.
Recomponha-se Rosamund. Lave-se. Lave a memória das mãos dele em você, de seus lábios, de sua
língua, lave sua mente, e retorne a vida que você conhece e compreende.
Ele era um Incubus. Um demônio do sexo. Eles não queriam normalidade. Eles não queriam
uma família e filhos.
Eu conheci o amor Rosamund. Eu o perdi. Uma criança.
Suas palavras caíram sobre ela. Ele falou com tanta sinceridade e vulnerabilidade.
Naturalmente, Incubus tinham prole. As fêmeas iam para as Nephilim. Os machos para os Incubus
imediatamente. Tinha Scarus Viper, bárbaro e deus do sexo, na verdade, querido manter sua criança
do sexo feminino? E se assim fosse, ele tinha realmente sentido amor e a perda por ela?
Com um gemido pesado, Rosamund estendeu a mão para a torneira e desligou o chuveiro.
Ela pegou uma das vestes brancas penduradas lá e saiu. Sentia-se tão confusa. Suas emoções

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estavam divididas. Ela queria uma família. Queria sua liberdade. Mas também queria mais do que
havia sentido naquela cama, e uma oportunidade de conhecer o coração do Incubus Scarus Vipera.
Caminhando para as portas francesas, abriu-as totalmente e saiu para o ar fresco da manhã
do deserto. Scarus estava nadando voltas em movimentos rápidos e precisos que acentuavam os
músculos das suas costas e nádegas. Um pequeno tremor emergiu dentro dela. Bárbaro ou não, este
homem era incrível, e de dobrar os joelhos, lindo.
Depois de quase cinco minutos de natação na piscina como um tubarão em busca de sangue,
ele finalmente veio tomar ar perto dos degraus. Ele olhou apenas uma vez, sua mandíbula apertando
quando viu o que ela estava usando.
Ele suspirou e descansou os enormes braços na borda da piscina. — Você não tomou banho.
Gotas de água se agarravam a sua pele bronzeada. A língua de Rosamund vibrou com a
necessidade de capturar uma. — Como você sabe disso?
— Eu sinto seu cheiro. — Disse ele num rosnado. — Eu sinto o cheiro do creme que ainda
se agarra ao seu sexo e parte interna das coxas.
As pernas de Rosamund ameaçaram desabar debaixo dela. Suas palavras. A voz dele. A
forma como seus olhos não deixavam os dela enquanto falava.
Ele arqueou uma sobrancelha molhada. — Vir até mim com isso não vai me ajudar a abrir
mão de você Rosamund.
— Então não abra, — disse ela de forma imprudente, as palavras derramando-se de seus
lábios.
Um flash de calor cruzou seu rosto. — O quê?
— Não diga a Constance que você não me quer.
— Você mudou de ideia?
— Sim. — Disse ela, apaixonadamente. Ela não poderia conter isso. Estava dentro dela. Esta
necessidade, esta necessidade dele.
— Perche Bella? — Ele perguntou, em seguida, repetiu a pergunta em inglês. — Por quê?
Nervos correram através dela. Ela desceu para o primeiro degrau da piscina. Água fresca
correu aos seus pés e tornozelos. Ela e Scarus estavam em uma situação tão estranha e tão tênue.
Ontem, ela lutava contra ele, e ele lutava para mantê-la. Hoje ele iria deixá-la ir, e... bem, ela não
queria que ele deixasse.
— Eu era sua escolha, — disse ela com voz trêmula. — Certo?
Ele balançou a cabeça, os olhos com pálpebras pesadas, sua mandíbula tensa.
— Bem... — Ela tirou o roupão e o jogou de lado. — Eu estou escolhendo você também.

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Um som baixo de rosnado ecoou através da água, mas os olhos de Scarus permaneceram
presos aos dela. — Rosamund, você deve pensar. Seus planos, seu futuro. O que você quer...
— O que eu quero está nessa piscina, — disse ela com o coração batendo contra suas
costelas. — Apoiando-se contra as pedras, olhando nos meus olhos, em vez de para o meu corpo nu.
— Eu estou tentando me controlar. Tentando controlar meu demônio. — Ele amaldiçoou e
se afastou das pedras. — A coisa quer devorá-la.
Ela deu mais um passo para baixo. — Então o deixe.
Olhos da cor de ouro líquido deixaram seu olhar e, lentamente, viajaram para baixo de seu
corpo. — Assim parada aí Rosamund, você rouba a beleza de tudo ao seu redor, sabia disso? O céu,
a areia, as flores. Eles são insignificantes em comparação.
Suas palavras fizeram seu coração bater corretamente e verdadeiro. Possivelmente pela
primeira vez em sua vida. Mas antes que pudesse dizer uma palavra em resposta, ele tinha
desaparecido do centro da piscina. Segundos depois ele se rematerializou diretamente em frente a
ela. Ela engasgou quando suas mãos enlaçaram sua cintura, e com um grunhido primitivo ele a
arrastou para a água com ele.
Rosamund envolveu imediatamente os braços em volta de seu pescoço e as pernas ao redor
de sua cintura. Sua pele era firme, dura e quente, e ela derreteu-se com um suspiro.
Scarus gemeu com apreço e passou as mãos por suas costas e em seu cabelo. — Isso é
loucura, — ele disse.
— Eu sei, — ela respondeu, sentindo seu pau duro perto da entrada de seu sexo. — Mas eu
quero você tão desesperadamente que eu sofro por isso.
— E eu quero você Bella. — Seus olhos procuraram os dela. — Eu nunca me senti assim.
Ela sorriu de repente. — Isso é bom.
Ele sorriu de volta.
— Não vamos pensar ok? — Ela disse impulsivamente. — Sobre qualquer coisa fora dessa
piscina, da suíte?
— Sim, — disse, seus dedos se enfiando no cabelo dela — Somente aqui e agora. Você e eu.
Ela se inclinou e beijou-o. Um beijo suave e gentil que o fez gemer e devolver o beijo com a
língua.
— Eu quero sentir você dentro de mim Scarus, — ela sussurrou contra sua boca. — Tão
profundo que eu não consiga respirar.
— Oh, mia bela, — expressou, em seguida, beijou-a com força e com fome até que ela
gemeu e seus seios formigavam. Em seguida, ele deixou cair às mãos para sua bunda e, em um
movimento suave, levantou-a e colocou-a sobre seu eixo.

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Rosamund gritou, e por um momento apenas permaneceu imóvel. Sentia-se tão completa,
tão deliciosamente empalada.
Scarus estava olhando para ela, aqueles olhos dourados e em chamas olhando os dela,
observando cada respiração irregular, cada tremor de seus lábios. E então ele começou a se mover.
Não ele, mas ela, guiando seus quadris para longe, em seguida, puxando-o de volta. Lenta e
languidamente, estirando-a, indo tão profundo. Rosamund tinha estado apenas com um homem em
sua vida. E apenas um punhado de vezes. Tinha sido doce suave e rápido, assim como o homem era.
Mas isso... Deus, esta conexão, esta invasão, esta aquisição absoluta de seus membros e respiração,
entranhas e cérebro... que a aterrorizava e maravilhava.
Nada mais seria o mesmo depois disso.
Ninguém jamais chegou perto de fazê-la sentir-se tão...
Ela engasgou quando ele tirou, empurrou nela e mexeu os quadris. Água se agitando e
espirrando ao longo da borda da piscina.
— Rosamund, — disse ele em um tremor de necessidade. — O que?
Ela balançou a cabeça, sua respiração superficial. —Eu não sei. Eu não sei.
— Você tomou o controle de mim, deste demônio dentro de mim. Vou fazer o que você
disser. Qualquer coisa que você disser.
Seus olhos sondaram os dela. — Diga-me o que é que você quer.
— Só você. Fundo. Tão profundo quanto você possa ir.
Seus dedos se agarraram em seu traseiro e ele a apertou firmemente contra ele. Então com
um emaranhado de posse, e empurrou-se dentro dela, forte e chocantemente fundo.
Rosamund gritou o nome dele para o deserto.
Mas ele não parou ou diminui o ritmo, nem esperou ela recuperar o fôlego ou voltar à Terra.
Foi para cima, uma e outra vez, o ritmo perfeito, e tão profundo que ela perdeu-se completamente.
Ela se agarrou a ele, tentando se segurar quando suas pernas tremeram e seus dedos agarraram seus
cabelos. Seus olhos brilhavam enquanto ele golpeava seu ventre. Ele era como um homem possuído
por um demônio, e ela adorou. Ela foi feita para isso. Para ele.
Sua boca capturou a dela novamente, e ele a beijou com fome e com força, roubando seus
pensamento e só permitindo que ela sentisse. E ela sentiu. Tudo. O calor e a fome irracional, dor e
prazer, desejo e esperança.
Mas era tudo muito intenso para conter. O interior de seu corpo era demasiado pequeno para
conter tanto prazer por muito tempo. Ela precisava de liberação, mas ela não queria que acabasse.
Não só porque o sentimento era tão incrível, mas porque ela sabia que a cada clímax que Scarus

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tomava dela, usando para sustentar sua magia demoníaca, um vínculo estava crescendo. E ela não
podia permitir isso. Não com um Incubus.
— Oh Rosamund, — ele rosnou golpeando nela. — Eu sinto você em todo lado ao meu
redor. Tão quente e apertada, suas paredes me agarrando.
Suas palavras... sua voz, a levaram ao limite. Ela não conseguiu segurar.
— Tudo bem bella. Goze, — ordenou, suas estocadas ganhando velocidade. — Goze para
mim. Quero sentir seu corpo chorar, o creme doce que provei a noite passada banhando o meu pau.
Ondas de prazer elétrico caíram sobre ela e ela engasgou, sua vagina apertando em torno
dele. Os olhos dela se encheram de lágrimas – lindas, maravilhosas e dolorosas lágrimas – e ela
gemeu e gritou seu nome, gozando tão forte que esqueceu tudo, exceto o prazer do momento.
E ele...
Ele.
— Si, minha linda rosa, — Scarus rugiu. — Bem assim. Isso que eu queria, o que eu tinha
que ter. Porra!
Seu gemido foi bruto enquanto entrava mais e mais, uma e outra vez, até que seu sexo estava
banhado pelas torrentes quentes de sua poderosa semente Incubus.
Eles permaneceram assim por longos segundos, agarrados um ao outro, Scarus contraindo
com o poder que ele tinha acabado de receber, mexendo os quadris para fazê-la tremer e suspirar.
Então ele começou a beijar a acariciar seu pescoço.
O sentimento era tão divino, Rosamund quase ronronou.
— Oh Rosa, — ele proferiu entre beijos, passando por seu pescoço até a sua orelha. — Ho
bisogno di te.
Ela suspirou com felicidade. — O que isso significa?
Ele recuou até que eles ficassem frente a frente, seus corpos ainda ligados. — Eu preciso de
você.
Um lento sorriso satisfeito cruzou sua feição. — Isso é bom.
Seus olhos dourados a fitaram fixamente. — Não Rosamund. Eu preciso de você.
— Mas você acabou de me ter.
— Eu sei. — Apesar de sua expressão sombria, seu abraço foi apertado. — Dea, eu sei.

Capítulo 10

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Scarus estava diante da mesa do escritório da Chefa das mulheres.


— Mestre Vipera, eu não tenho certeza se entendi, — disse Constance, os olhos nervosos
quando ela olhou para ele. — Rosamund ficou em sua companhia durante toda a noite.
— E nada ocorreu, — disse ele friamente.
O rosto feminino ficou pálido. — Ela o rejeitou?
Scarus respirou fundo com irritação. — Ela não teve a chance.
— Oh. — A mulher se sentou e pareceu pensativa. — Isso é decepcionante.
— Eu tomei a decisão errada ontem signora, — ele explicou enquanto a luz solar brilhava
no meio da grande janela a sua esquerda. — Uma decisão precipitada. Mantive a Nephilim durante
a noite esperando que meus desejos mudassem. — Ele ergueu o queixo imperiosamente. — Não
mudaram.
Constance engoliu em seco. — Onde está Rosamund agora?
— Dormindo. — Apenas a palavra, não a imagem mental, enviara uma onda de desejo
correndo por ele. Rosamund estava dormindo. Sem dúvida ainda envolta no lençol de seda que ele
deitou sobre ela antes de sair do quarto. Depois do tempo que passaram juntos na piscina, ele levou-
a para dentro, para sua cama. Fizeram amor com ela novamente. Mas desta vez muito lentamente.
Explorando, degustando... sua pele apertada ao redor de seus músculos, ele lembrou de seus gritos
de liberação. Isso era o que ele desejava agora.
Não o seu poder.
Desejava seu prazer.
— Eu vou mandar alguém buscá-la imediatamente senhor, — disse Constance, tirando-o de
seus pensamentos e indo para o telefone.
— Não, — Scarus disse, seu tom tão afiado que a mulher se encolheu. — Eu gostaria de
falar com ela primeiro. Não quero envergonhá-la.
— Você não precisa se preocupar com seus sentimentos, — declarou Constance
regularmente. — Uma Nephilim entende sua posição aqui. Se ela não se adéqua a um Mestre, ela
vai certamente atender outro. Ela vai ficar bem, confie em mim.
As mãos de Scarus de viraram em punhos do lado de seu corpo. Outro Incubus? Tocando-a?
Beijando-a? Fazendo-a gemer? Sentindo o início de uma ligação formando enquanto empurra
dentro dela? Fúria correu por ele. Ele não permitiria isso.
Nem com ele, E nem com ninguém.
— Agora, — Constance começou suavemente, com deferência. — Você gostaria que as
Nephilins restantes sejam trazidas mais uma vez? Ou prefere que eu escolha a fêmea para você?
Cleo, Margaret e Absinthe são todas criaturas impressionantes. E com personalidades mais leves.

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O lábio de Scarus retesou. Mesmo a ideia de outra fêmea o repelia. Era estranho este
sentimento. Ele não queria nenhuma outra. Não ansiava por nenhuma outra. Apenas Rosamund.
Mas em vez de reclamá-la, de possuí-la como seu corpo desejava, ele iria mandá-la embora.
Não. Não, isso não estava certo. Ele ia presentear-lhe com a vida que ela queria. Que ela
desejava desde que era uma criança.
Ele se importava muito com ela.
— Eu vou pensar sobre isso e lhe dar minha decisão esta noite, — ele disse Constance.
— Agora, sobre Rosamund.
— Como eu disse, ela será devolvida ao Harém.
— Não.
As sobrancelhas dela se juntaram em uma expressão confusa. — Senhor?
— Quero que ela seja libertada. Como diz a clausula do Harém. Ela não foi escolhida por
um Incubus no período de um ano.
Uma expressão preocupada lentamente percorreu o rosto da mulher. — Como você sabe
sobre isso?
— Não importa.
— Ela disse isso a você não foi? — Constance perguntou levantando-se da cadeira. —
Como ela poderia saber de tal... — De repente, ela foi tomada por compreensão, e os olhos da
mulher estreitaram-se. — Era por isso que ela usava o disfarce. Oh... ela nos envergonha. Essa
garota perversa.
Um rosnado rompeu da garganta de Scarus. — Nunca fale nela dessa maneira, você me
entendeu?
Contance engasgou e caiu de volta em sua cadeira.
— Agora, — ele se inclinou, colocou uma mão em cada lado da mesa. — Se você quer que
a vida no harém continue como está, — disse ele friamente. — Se você quer que os Mestres
continuem a vir aqui, você vai liberar Rosamund dentro de dois dias. — Ele se inclinou. — Estou
sendo claro?
Quando ela olhou para ele, cada centímetro de seu corpo tremia de medo ou raiva. Scarus
não se importava de qual dos dois fosse. Tudo que ele queria era sua aquiescência.
— Si signora? — Ele pressionou sombriamente.
Ela assentiu com a cabeça, seu olhar sombrio. — É claro Mestre Vipera.

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Capítulo 11

Rosamund mexeu-se sobre os travesseiros mais uma vez. Ela estava casualmente sexy. Seu
cabelo estava despenteado da cama e das mãos maravilhosamente gananciosas de Scarus e seus
lábios, bochechas e pele estavam rosados por causa de uma manhã de sexo enérgico. Nunca em sua
vida tinha se sentido tão feliz, tão contente e tão alegremente confusa. Este Incubus com sua
natureza bárbara e coração enjaulado, havia entrado em sua vida, havia sacudido as suas fundações
tão habilmente e ardilmente construídas, e a tinha feito esquecer o passado e o futuro e viver apenas
o agora.
Ela sorriu e levantou o lençol para o queixo. Talvez este agora pudesse ser esticado em dias
ou semanas. Ela sabia que ele tinha negócios para ver, sem dúvida era o que ele estava fazendo
agora, mas tinha que haver mais tempo para eles.
— Dormiu bem bella?
A voz rouca sensual se envolveu em torno dela e a abraçou. Seus olhos se levantaram e
foram para o belíssimo Incubus vestido em um terno preto impecável, camisa branca e gravata de
ouro velho. Negócio, de fato. Ela quase gemeu olhando para ele.
— Muito bem, — ela respondeu calorosamente. — Mas eu estou morrendo de fome.
Ele se moveu para a beirada da cama com os olhos em chamas. — Como eu gostaria de
poder alimentar você.
Calor subiu nas bochechas de Rosamund, e em outros lugares mais íntimos também. Ela
lambeu os lábios. — Você pode Mestre Vipera. Na verdade, eu estava morrendo para saber que
gosto você tem.
Suas narinas e suas mandíbulas se apertaram com a tensão. — Eu fui ver Constance.
Era como se todo o calor, toda a intimidade, tudo que tinham criado ao longo do último dia
tivesse se evaporado instantaneamente. Água gelada percorreu suas veias e ela olhou para ele,
gaguejando. — O quê? Por quê?
—Eu quero que você tenha sua chance Rosamund, — disse ele com paixão, paixão que se
rivalizava com seu toque, seu beijo.
Oh Deusa, não... piscou para ele, sentindo-se tonta. — Eu não entendo. Nós concordamos.
Seus olhos se moveram sobre ela, lentamente, desesperadamente, como se ele estivesse
tentando memoriza-la. — Em dois dias você será livre.
— Mas isso não é possível. Eu fui escolhida por você. Tomada por você.

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— Ninguém vai saber disso.


Não, não, não. O que ele fez? Ela colocou o lençol de lado, não se importando com modéstia
ou tolos pensamentos de sedução, e apressadamente saiu da cama. — Eu rejeitei essa escolha
Scarus. Eu tomei minha decisão.
Um gemido escapou de sua garganta quando ele a tomou em seus braços nua. — Eu quero
que você tenha o que você quer Rosamund. A vida em que você se vê, da maneira que você deseja.
Não sentada em um Harém esperando para ser engravidada. — Ele recuou rosnando com a ideia.
Rosamund não se cobriu. Ela não ia fazer isso fácil para ele. — Eu poderia estar carregando
sua criança.
Seus olhos se arregalaram e seu coração começou a bater furiosamente dentro de seu peito.
— Como você pode saber disso?
— A linhagem Vipera pode pressentir a fertilidade Rosamund.
Seu tom de voz era mau e frio, mas soou forçado. Ele estava tentando machucá-la. Tentando
fazê-la odiá-lo. Mas ele só conseguiu destruir a vulnerável e doce intimidade que tinham construído
juntos.
Com as mãos trêmulas, Rosamund pegou o lençol e se cobriu. Scarus assistiu com os olhos
fechados. Mas, por trás deles, ela podia ver sua dor.
— Você sabia disso quando me escolheu? — perguntou ela.
— Sabia. — Respondeu ele.
Lágrimas picaram em seus olhos. — Foi por isso que você me escolheu?
— Sim.
Sem nenhuma outra palavra, Rosamund se afastou da cama. Ela precisava de roupas,
precisava se sentir vestida. Ela afastou uma lágrima que rolava pelo seu rosto assim que chegou ao
armário. Ela abriu as portas e pegou um takchita azul pálido.
Quando ela se enfiou nele, Scarus estava atrás dela e tentou conversar. — Eu não queria um
filho Rosamund, — explicou ele, com a voz cheia de raiva e dor, frustração e desejo. — Eu não
poderia passar por essa dor novamente. Estava ficando fraco. Precisava do poder do Harém.
Isto não importava, nem suas razões para desejá-la. Nada disso importava. — Eu entendo —
disse ela. A única coisa que importava era que ele estava se afastando dela.
— Eu sei o que você quer Rosamund, — continuou ele. — A vida que você quer. Casa e
família. É uma coisa bonita, mas quase impossível para um Incubus.
E ele não queria segui-la. Ela balançou a cabeça. — Você não precisa dizer mais nada, eu
entendo.
— Rosamund...

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Ela olhou para cima, em seguida, sabendo que seus olhos estavam em chamas com um amor
que ela tinha apenas começado a sentir, um amor que estava sendo destruído ali mesmo. — Eu não
vou estar aqui quando Eva ou quem quer que você tenha escolhido apareça para a segunda rodada.
Ele se encolheu. — Merda Rosa. É isso que você pensa de mim? Que eu daria as boas-
vindas à outra fêmea em minha cama esta noite?
Ela não sabia, não se importava. Mas naquele momento, tudo que queria fazer era machucá-
lo tanto quando ele tinha acabado de machucá-la. — Você é um bárbaro Scarus Vipera. Um
Incubus. Como você disse, é exatamente quem você é.
Deixou-o em seguida, passou por ele e saiu pela porta, seu coração recentemente livre em
pedaços.

Capítulo 12

O minúsculo apartamento em São Francisco parecia incrivelmente grande em comparação


com a antessala em que ela viveu no ano passado no Harém. Mas pelo menos, dentro e fora dele, ela
podia ser ela mesma.
O que quer que isso fosse, pensou com um suspiro enquanto corria uma linha de fita do
outro lado da caixa que continha seus pratos.
Rosamund estava de volta em casa há apenas alguns dias, mas nesse tempo tinha conseguido
falar com a esposa de Roger, que era adorável e perfeita para ele, deixou o emprego e decidiu que
um novo apartamento e uma nova cidade era o próximo passo a dar. Estaria descendo ao longo da
costa, talvez fosse para Pescadero ou Santa Bárbara. Nada a segurava mais ali. Nada a segurava
mais em qualquer lugar para ser franca.
Ninguém nem sequer tinha tentado contato com ela nos últimos dois dias.
Ela chutou a caixa de pratos, então amaldiçoou quando ouviu alguma coisa quebrar. Supere
isso Rosamund. As coisas que aconteceram no harém não eram reais. Ele não era real.
Armada com seu rolo de fita adesiva, ela se moveu para outra caixa. Este era seu mantra de
incentivo agora. Fingir que seu tempo com Scarus tinha sido uma fantasia que tinha criado em sua
cabeça. Afinal de contas, isso poderia acontecer. A ilusão provocada por esses sonhos sexuais todas
as noites. Inclinando-se, ela colocou a fita de um lado da caixa, e estava prestes a puxá-lo para o
outro lado quando viu algo branco pelo canto do olho. Seu coração se afundou. O takchita. O que

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ela estava vestindo quando foi a ele como seu verdadeiro eu. Com o qual ela o tinha beijado, lutado
com ele, dormido e acordado.
Acordado com ele entre suas pernas, fazendo coisas que ela só tinha sonhado.
Sua garganta se apertou, ela estendeu a mão e tocou o tecido diáfano. Tão macio. Sem o
conhecimento de Constance, ela o embalou junto com seus pertences antes de sair do Harém. Ela só
queria alguma coisa...
Lágrimas picaram em seus olhos e ela os fechou. Oh não, isso não foi bom. Flashes dele
causavam estragos em sua mente, no interior de suas pálpebras. Alto, largo, perigoso, com alma,
sem vergonha...
Então, foi real. Ele. Eles. Então... o quê? Corações eram quebrados todos os dias. Sejam eles
humanos, Nephilins ou... Oh, aquele bárbaro bastardo.
Ela colocou o vestido de volta na caixa e estava prestes a fechar quando ouviu uma batida na
porta. Ela limpou os olhos. Os carregadores estavam aqui. Eles não precisavam ver outra cena pós-
termino, com certeza eles já viam bastante em seus empregos.
— Eu já vou, — ela gritou.
Ela terminou de escrever na caixa, em seguida correu para a porta. — Eu ainda tenho um
monte de caixas para fechar, — ela disse abrindo a porta. — Mas você pode pegar a geladeira
primeiro.
— Buongiorno Rosa.
Aquela voz. Partiu-a ao meio. Deixou-a fraca e... molhada. Mas este rosto e aqueles olhos
que poderiam olhar diretamente para ela, simplesmente não era justo. Durante dois dias ela tentou
se convencer de que ele não era real.
Ou pelo menos que ele era um idiota que tinha assassinado seu coração e precisava ser
esquecido imediatamente. Mas ali estava ele. Enchendo a sua porta. Parecendo com o demônio do
sexo que afinal ele era, em um terno cinza escuro perfeitamente cortado, gravata preta e expressão
diabólica.
Seus olhos se voltaram para as caixas atrás dela. — Você está se mudando?
— Estou, — disse ela, finalmente encontrando a sua voz.
Quando ele se virou para encará-la, seus olhos eram como duas piscinas em ebulição de
ouro líquido. — Para onde você está indo Rosamund?
— Para longe, — ela disse indiferente, embora seu coração batesse tão rápido e
dolorosamente dentro de seu peito que ela tinha medo de ter um Acidente Vascular Cerebral.
— Isso não é uma resposta. Vou saber para onde você está indo. — Sua sobrancelha
arqueou severamente. — E com quem.

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Com quem? Ele estava falando sério? De repente, indignada, ela esqueceu que estava
nervosa ou chocada ao vê-lo. — Eu não sou nenhum Incubus, Scarus. Eu não deixo a cama de um
homem só para saltar para a de outro.
— Espero que não. — Sua boca se contorceu com um toque de diversão, em seguida, ele
olhou para ela. — Posso entrar?
Sua pele se arrepiou. Maldito. Malditos aqueles olhos e aquela voz. Ela afastou-se da porta.
— Bem.
Em seguida observou-o enquanto ele entrava, cada passo uma lição de graça predatória.
Deusa, não havia ninguém que poderia encher um terno como ele. — Por que você está aqui
Scarus?
Uma vez que ele já tinha verificado seu pequeno apartamento, ele virou-se para encará-la. —
Eu vim te convidar para um encontro.
Nada. Ela apenas olhou para ele. Não havia absolutamente nada que a tinha preparado para o
que ele ia dizer. — Um encontro?
— Sei que isso é sem precedentes para um da minha raça, — reconheceu pensativo.
— Sim.
Ele exalou pesadamente, e lhe deu um pequeno encolher de ombros. — Mas isso foi o que
aconteceu no harém Rosamund.
Seu coração deu um pequeno chute. Ela tentou compreende-lo. Ele estava falando sobre ela?
Sobre eles? Ou o que tinha acontecido mais tarde, depois que ela saiu da suíte. — Sim, como foi o
Harém? — Ela perguntou com cautela. — Depois que sai é claro. Você conseguiu a sua energia
Nephilim?
Ele olhou para ela por um momento, os olhos moles. Em seguida, ele se aproximou e
colocou a mão em volta da sua cintura.
— Não houve nenhuma outra Nephilim bella. Nunca vai ter. Você se recusou a ouvir-me
sobre isso. — Ele estendeu a mão e tocou-lhe o rosto, passou o polegar pelo lábio inferior. — Eu
não quis nenhuma outra antes, assim como não quero nenhuma outra agora.
Sua garganta ficou apertada novamente. Suas palavras... Oh, como ela queria que elas
fossem reais. — Então por que você foi até Constance? — perguntou ela. — Por que você disse a
ela que eu não era sua escolha? Nós poderíamos ter estado juntos.
— Sim, — ele disse apertando a mandíbula. — E então você teria que permanecer no
Harém. Eu não poderia permitir que outro macho a tocasse. — Ele se inclinou e beijou o lábio
inferior que ele tinha acabado de acariciar. — Só eu Rosa.
Derretendo. Deusa, ela estava derretendo. — Mas você queria que eu fosse livre também?

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— Sim, — ele olhou profundamente em seus olhos. — A liberdade de me escolher, como eu


te escolhi.
— Você é um Incubus Scarus. — Seus olhos se agarraram aos dele. — Você disse que você
não poderia me dar...
Rapidamente ele cobriu sua boca com um beijo faminto, lambendo sua língua, em seguida,
puxando para trás e mordiscando o lábio. — Eu disse a você que lar e família raramente
aconteciam, — ele proferiu ferozmente. — Eu disse a você que perder o meu filho quase me
destruiu.
— Um filho? — Rosamund disse em um suspiro.
Luto brilhou em seus olhos. — Nico.
— Oh Scarus.
— Mas eu quero isso bella. Eu quero isso com você.
Era como se seu coração se abrisse com suas palavras, e uma centena de borboletas
emergisse. Suas pequenas e suaves asas curando cada centímetro de seu coração. Sentia-se luz. Ela
sentiu-se vista, conhecida, compreendida.
Scarus a aconchegou em seus braços. — Então mia bella, o que você diz sobre nosso
encontro hoje à noite? O primeiro de muitos eu espero.
Enquanto enxugava as lágrimas, ela sorriu. — Eu digo sim.
Ele devolveu o sorriso amplo, encantado. — Então venha comigo agora. Temos de nos
apressar.
— São nove horas da manhã Scarus — disse ela com uma risada.
— Nós temos um caminho a percorrer. O meu avião está esperando por nós no aeroporto.
Um turbilhão de emoções estava passando por ela. Quinze minutos atrás ela estava
encaixotando sua vida, e agora... ela estava correndo para... — Onde será esse encontro? E, por
favor, não me diga que será no Marrocos, — acrescentou com uma risada.
Ele ficou sério, sua voz ficou até um pouco áspera. — Você e eu nunca vamos para lá
novamente. Não. Estamos a caminho de casa.
Seu coração gaguejou. — Casa?
— Ravello.
— A Itália?
Ele assentiu com a cabeça. — A abertura da Galeria Vipera é hoje à noite. Eu desejo que
você me acompanhe Rosa. Veja de onde eu vim. Veja minhas paixões, a minha terra. Veja que eu
não apenas posso lhe dar o meu coração, mas fornecer a você e a nossos filhos um lar seguro e

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confortável. — Seus olhos se suavizaram. — Você me disse que nunca tinha reivindicado um
sobrenome. Eu estou oferecendo-lhe o meu.
Lágrimas corriam livremente pelo seu rosto agora. Ela não podia acreditar no que estava
ouvindo. Mas este não era um sonho ou uma lembrança falsa para proteger seu coração. Ele não
precisava de proteção mais. — Oh Scarus...
— Eu sou um bárbaro, é verdade, — disse ele abraçando-a, uma mão acariciando suas
costas. — Mas eu gostaria de ser seu bárbaro se você quiser.
Durante anos ela tinha vivido uma meia vida. Ansiando por algo real, algo duradouro, algo
fora de seu mundo. Ali estava ele. O bárbaro, o bastardo, o mestre da sedução. E o dono de seu
coração.
— Sim Scarus! — Ela gritou com paixão, com amor e sinceridade, aconchegando-se mais
em seu peito formidável.
— Eu vou ter você. O seu nome, seus filhos e seu coração.
— Então vamos para casa bella.
Casa.
Lar.
Não era mais um sonho.

Sem Compaixão
Compaixão
Casa de Xanthe
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Capítulo 1
Jian, o Mestre da Casa Xanthe, estava na beira de uma estéril e desabitada ilha no meio do
Oceano Ártico. Ele fez uma careta enquanto estudava a montanha irregular de gelo azul que subia
para o céu.

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Apesar do sol fraco, a brisa estava afiada com um frio letal e sob seus pés a terra tremia
quando o gelo se abriu abruptamente. Foi o seu salto para o lado que o impediu de cair na fissura
profunda que se formou.
Não era o primeiro lugar que alguém escolheria para passar a noite. Nem mesmo um
demônio.
Felizmente, Jian não era qualquer demônio. Como um poderoso Incubus, ele não apenas
poderia controlar outros com a força do seu poder sexual, mas era fisicamente imune ao elementos
brutais. Ele também possuía a habilidade única de ver através de ilusões mágicas.
Era por isso que ele era o atual Mestre da Casa Xanthe.
Ao contrário de outras Casas Incubis, Xanthe não acumulou riquezas através de vinhedos,
ou alastrando cadeias de hotéis, ou clubes de sexo.
Não, o seu rentável comércio de especiarias foi destruído, e pior, suas terras arrancadas,
depois que o avô de Jian tinha ficado contra a Casa Marakel e tinha sido rotulado como traidor pelo
Conselho. Agora Xanthe dependia de suas próprias habilidades para reconstruir seu império.
Dois dos irmãos mais novos de Jian eram assassinos por encomenda que ofereciam a morte
por um preço obsceno. E vários primos se vendiam como mercenários para outros Incubis.
Mas foi a capacidade de Jian para reunir e coletar informações que foi devolvendo
lentamente à Casa Xanthe uma posição entre as Casas mais respeitadas.
Não havia nada neste mundo, nem em outro, que pagasse tão bem quanto segredos.
Um sorriso irônico torceu seus lábios quando ele recordou a extremamente grande fortuna
que tinha acabado de ser transferida para sua conta por um político humano que preferiu manter seu
hábito de desviar fundos de seus doadores antigos longe das primeiras páginas.
— Esta é uma ideia ruim, — Taka rosnou.
Jian virou a cabeça para estudar o grande Incubus de pé ao lado dele.
O capitão dos Guardiões de Xanthe, Taka, parecia exatamente o que ele era: um assassino
cruel. Vestido em calças de couro e um camiseta, apesar do ar gelado, ele era tão grande como um
boi, com características rudemente esculpidas e uma cabeça bem raspada. Sua pele estava
bronzeada com a cor de rico mogno, e seus braços, inchados de músculos, eram tatuados com o
emblema da Casa Xanthe para guerreiros.
Jian, por outro lado, era construído de linhas mais magras, com os músculos elegantes de um
espadachim treinado. Sua pele era mel suave e seu cabelo preto azulado estava cortado em linhas
retas nas laterais, com a parte superior grande o suficiente para cair sobre a sua testa larga. Ele tinha
um nariz afilado, e maças do rosto pronunciadas que sussurravam sobre sua herança do extremo

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Oriente. Seu rosto era magro, com olhos que eram fracamente inclinados e brilhavam como ouro
derretido na luz solar.
No momento ele estava vestido com o manto branco tradicional que se esperava de um
peticionário ao Trono Obsidian. Não que ele pretendesse ser visto, mas era sempre melhor prevenir
do que remediar.
— Você já disse, — ele implicou. Taka tinha estado reclamando sobre sua jornada desde
que entrou em seu jato particular que estava esperando por Jian em Hong Kong. — Com tediosa
regularidade.
— Eu só quero que fique registrado, — insistiu Taka, um dos poucos que se atreviam a falar
com Jian com tanta familiaridade. — Esta é uma ideia muito ruim.
— Devidamente anotado, — Jian murmurou, seu olhar de volta para o topo da montanha,
onde uma estrutura de pedra maciça estava escondida atrás de grossas camadas de magia
demoníaca. A fortaleza proibida tinha sido construída especificamente para proteger o Trono
Obsidian, o símbolo irrevogável de poder no mundo demônio. Assim como o Soberano, líder dos
Incubus, que estava sentado no Trono.
Pelo menos... a Casa Marakel era a atual líder dos Incubis.
Jian apertou as mãos do lado do corpo, uma explosão de fúria que queimava e mantinha
afastado o frio congelante.
Tinha levado séculos, mas finalmente o resto do mundo estava começando a suspeitar o que
o avô de Jian sempre soube. O Mestre Marakel não era confiável.
— Então vamos para casa. — Taka interrompeu seus pensamentos escuros, olhando para os
arredores sombrios, apesar do fato de que ele era tão imune ao frio quanto Jian.
— Fui contratado para realizar um trabalho Taka, — Jian lembrou ao seu guarda, sua voz
suave, mas cheia de um escuro poder que poderia fazer uma mulher cair de joelhos em êxtase ou
um homem tremer de medo. — Ir embora comprometeria a minha reputação e colocaria o futuro da
nossa Casa em risco.
— Você teria a sua vida.
— Minha honra tem mais valor, — ele lembrou Taka. A Casa Xanthe tinha sido forçada a
pagar um preço alto pela recusa de seu avô em se ajoelhar diante do Trono. Ele não ia jogar tudo
fora por que seu caminho tornou-se inesperadamente perigoso. — Para todos nós.
Taka deu um aceno relutante. — Bem. Então, pelo menos, permitir-me para ir à frente.
Jian arqueou uma sobrancelha. — Você é um guerreiro formidável, Taka, mas você não tem
talento em ver através de ilusões. Você iria detonar qualquer alarme que estivesse escondido.
A expressão de Taka endureceu, sua frustração vibrando através do ar.

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— Por que diabos você me tem como um Guardião se você não vai me deixar protegê-lo?
— Sua personalidade encantadora.
— Foda-se.
Jian deu uma risada curta, antes de voltar sua atenção para a fortaleza cinza com suas
paredes grossas e pesadas torres.
— Você sente alguma coisa? — perguntou ele.
Taka inclinou a cabeça para trás, permitindo que seus sentidos aguçados perscrutassem os
arredores.
— Não. Ela se parece... — Ele fez uma pausa, como se perplexo com o vazio desolado que
os rodeava.
— Abandonada.
Jian assentiu. Ele estava igualmente cauteloso com a ostensiva falta de atividade.
Certamente deveria haver dezenas, se não centenas, de funcionários e convidados enchendo
a fortaleza?
— Espere aqui, — ele murmurou, levantando seus braços enquanto se preparava para usar
seu poder de viajar através das camadas de ilusão, mas foi interrompida quando Taka colocou a
mão em seu ombro.
— Mestre, espere.
Jian reprimiu uma maldição, apreciando a preocupação de seu Guardião, mesmo que
quisesse estar já terminando esse trabalho.
— Temos de descobrir a verdade, Taka, — disse ele. — Não só porque fui contratado pela
Vipera para rastrear o Soberano, mas porque temos de saber se as Nephilins estão verdadeiramente
destruindo as Succubi. Para não falar onde os mais novos membros do Conselho foram escondidos.
— Sua mandíbula apertou-se com uma explosão de raiva renovada. — E o mais importante, se a
autoridade do Trono Obsidian está sendo usada como uma arma contra os Incubis.
Taka fez uma careta. — Marakel pode ser um bastardo sedento de poder, mas você
realmente acredita que ele iria destruir seu próprio povo?
Jian não hesitou. — Depois de 500 anos no trono eu acho que ele iria sacrificar o mundo
para manter sua posição como o Soberano.
Taka relutantemente afrouxou o aperto, com o corpo rígido, pois ele lutava contra o seu
instinto de evitar que Jian andasse em perigo.
— Você tem 20 minutos, — ele ofereceu a contragosto. — Um segundo a mais e eu vou
atrás de você.

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Os lábios de Jian se contorceram com as palavras ásperas. — Lembre-me mais uma vez
quem é o Mestre.
Os olhos escuros se estreitaram. — Vinte minutos.
Jian reconheceu a derrota. Por que empurrar o problema? Em 20 minutos ou ele teria
encontrado a informação que precisava ou estaria morto.
E só no caso de que fosse o último...
— Se eu não voltar, você vai precisar avisar os meus irmãos, — alertou ao companheiro. —
O Soberano certamente vai retaliar contra a nossa casa, se eu for descoberto.
Taka balançou a cabeça lentamente. — Cuidado.
Sem oferecer ao Guardião outra oportunidade para pará-lo, Jian deu um aceno com sua
esbelta mão, desaparecendo em um redemoinho de magia demônio.
Houve a sensação de estar através das dimensões antes de rematerializar-se em uma
antecâmara logo antes da recepção, que ele tinha escolhido deliberadamente antes de sair de sua
casa. Os planos que ele tinha descoberto, revelando a construção original da fortaleza podiam ser
velhos, mas ele duvidava que algumas coisas houvessem mudado nos últimos milênios.
Rapidamente se fundiu com as sombras do quarto vazio, pressionando contra a parede de
pedra quando ele se moveu para espiar a porta aberta.
Fazendo uma pausa, ele absorveu os detalhes de seu entorno.
O sublime eco da Sala do Trono nas proximidades. O úmido, perfumado calor dos banhos
públicos. O sussurro de seda do harém particular.
E... vazio.
Ele franziu a testa. Ele podia sentir menos de uma dúzia de funcionários espalhados por toda
a maciça fortaleza. E nenhum deles tinha a assinatura de energia que poderia indicar o Soberano.
Então, onde diabos estava Marakel?
Jian saiu da antecâmara e moveu-se através da galeria subterrânea de corredores que ligava
as salas públicas com os alojamentos privados.
Ele não estava certo do que ele esperava encontrar. Em sua pesquisa tinha aparecido muito
pouca informação sobre o Soberano nas últimas décadas. Havia rumores de que ele estava
desesperadamente tentando produzir uma criança, e que ele tinha subornado um irmão mais novo de
Canaã, para alterar o nome da Casa de Romerac em troca de colocar Canaan no Oubliette, o
equivalente a um purgatório demoníaco.
Mas ele não descobriu qualquer registro de face a face com o Soberano nos últimos vinte
anos.
Então estava o bastardo na clandestinidade?

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E mesmo se ele estivesse, o que ele tinha feito com a grande equipe de Incubus que eram
especificamente escolhidos vindos de várias Casas para servir o Soberano e proteger a fortaleza?
Ele fez uma careta para o silêncio espesso que pairava como uma mortalha no ar sufocante.
É evidente que ele não iria descobrir qualquer coisa se escondendo nas sombras. Era hora de
uma abordagem mais direta.
Seguindo o cheiro do demônio mais próximo, Jian entrou em um grande quarto decorado
com mosaicos de vidro e azulejos em tons brilhantes de vermelho, preto e dourado. No centro da
sala havia uma pilha de almofadas de cetim e na outra extremidade havia uma tela de seda que
separava uma piscina rasa da sala.
Do outro lado da sala, bem em frente de onde Jian estava, havia uma porta em arco que
levava a uma varanda que era enquadrado por pilares pesados.
A não ser que...
Jian estreitou seu olhar, sua respiração sibilou entre os dentes.
Uma ilusão.
Falando uma palavra de poder, Jian quebrou a magia, revelando que a porta não conduziu a
uma varanda aberta, mas em vez disso, a uma escuridão que enviava um arrepio de repulsa por ele.
Ele não podia ver o que estava além da entrada, mas ele sabia que era outra dimensão.
Jian franziu a testa. O Trono Obsidian tinha sido criado para bloquear a porta entre o Céu e o
Inferno. Era esta a porta que estava protegida?
E se fosse... por que estava aberta?
Temor torceu suas entranhas quando ele se adiantou, sua concentração focada na porta,
mesmo quando ele sentiu o movimento de uma Espadachim de uma alcova superior ficando
diretamente em seu caminho.
— Incubus, — a Espadachim cuspiu, a mão dela desembainhando uma longa adaga
obsidiana.
Esperando um dos guardas de honra tradicionais, Jian estreitou seu olhar quando ele estudou
a Nephilim vestida com uma túnica de linho preta e calças soltas com botas flexíveis.
Seu rosto estava muito magro e rodeado por um halo de cachos dourados pálidos, mas Jian
não perdeu a facilidade praticada de seus movimentos, ou a violência mal disfarçada que ardia em
seus olhos.
Esta era uma guerreira bem treinada, que estava ansiosa para uma luta.
— Espadachim, — disse ele com um mergulho zombador de sua cabeça. — Você está
perdida?
A fêmea lançou um olhar de desprezo sobre Jian, claramente inconsciente de seu status.

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— Eu estava prestes a fazer-lhe a mesma pergunta, — ela falou pausadamente.


Jian cruzou os braços sobre o peito. A adaga de obsidiana poderia matá-lo, mas ele não era o
Mestre de sua Casa simplesmente por sua capacidade de ver através de ilusões.
Havia menos de uma dúzia de demônios forte o suficiente para superar ele em uma batalha.
E esta Espadachim não era um deles.
— Por que você está aqui? — perguntou ele, com a voz baixa carregada de sedução, o que
trouxe uma onda de raiva ao rosto da mulher.
Havia poucas coisas que poderiam irritar uma Espadachim mais do que forçá-la a sentir a
excitação diante de seu inimigo.
— Eu sou uma guarda do Soberano, — a Espadachim falou.
As sobrancelhas de Jian se juntaram. — Impossível. Apenas Guardiões servem como
protetores para o Trono.
A fêmea tentou zombar, mas Jian sentiu que ela estava começando a suspeitar que Jian não
era apenas mais um Incubus.
— Obviamente, o Soberano já não confia nos Incubis para mantê-lo a salvo.
— Cuidado, Blade. — Sua voz baixou, misturando dor com o prazer. — Você não gostaria
de insinuar que há traidores entre o meu povo.
A fêmea fez um som estrangulado, segurando o cabo da arma como se pudesse protegê-la
das sensações que estavam fazendo seu corpo tremer.
— Por que mais eles enviariam um assassino?
Um sorriso frio curvou os lábios de Jian. Não era incomum que as pessoas assumem que
qualquer homem da Casa Xanthe era um assassino pago.
E ele tinha lidado com a sua quota de morte.
— Não se engane, se eu estivesse aqui para te matar, você já estaria morta.
A Espadachim deu um passo para trás instintivamente, enquanto ela erguia o punhal em um
gesto de bravata.
— Não me ameace demônio.
Jian balançou a cabeça.
Tão jovem.
E estúpida.
— Não é uma ameaça... é uma promessa. — O sorriso de Jian desapareceu abruptamente, o
ar escaldante com a força de sua impaciência. Ele tinha menos de dez minutos antes de Taka invadir
a fortaleza, roubando qualquer esperança de discrição. — Leve-me até o Soberano.
— Ele não está aqui.

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Jian apertou as mãos, mas ele não discutiu. Ele já tinha suspeitado que Marakel estava
ausente da fortaleza.
— Então, onde está ele?
— Esta não é uma prisão. — A Espadachim deu de ombros. — O Soberano está autorizado
a entrar e sair quando lhe agradar.
— Sem a sua suposta guarda-costas? — Jian provocou.
— Eu sou apenas uma das...
As palavras foram interrompidas quando houve um movimento brusco na porta.
Puta merda.
Alguém, ou algo assim, estava prestes a entrar no quarto quando ele aparentemente sentiu
que não estava vazio e recuou para a escuridão.
Sem hesitar Jian estava se movendo para frente. Ele não sabia o que diabos estava
acontecendo, mas ele estava cansado de procurar por aí.
Ele queria respostas. E ele queria agora.
Começando com o misterioso portal.
— Pare. — A Espadachim apressadamente moveu-se para bloquear a abertura. — O que
você está fazendo?
— Afaste-se ou morra.
— Não tenho medo de você.
— Idiota.
Com um movimento indiferente, Jian bateu o punhal da mão da mulher mais jovem. Em
seguida, colocou os dedos ao redor da garganta da Espadachim, ele levantou-a do chão e bateu a
parte de trás de sua cabeça contra a coluna.
Houve um grunhido baixo antes que a lâmina caísse no chão em um amontoado
inconsciente. Ela estava ferida, mas ela iria se recuperar.
Passando por cima da guerreira Nephilim, Jian se inclinou para agarrar a adaga obsidiana.
Ele fez uma pausa longa o suficiente para retirar o manto e revelar os jeans preto e a
camiseta por baixo antes de enviar um breve texto para Taka, ordenando-lhe a voltar para sua terra
natal.
Então, com uma firme determinação, moveu-se para frente, permitindo que a escuridão o
consumisse, quando ele passou pela porta.

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Capítulo 2
Muriel estava cansada.
Não apenas fisicamente, embora os últimos dias de suportar o abismo tinha cobrado seu
preço em seu corpo. Apesar de tudo, até mesmo os anjos sentiam dores quando eles estavam caindo
em um poço de chamas que queimava a carne de seus ossos.
Mas ela também estava mentalmente e espiritualmente exausta.
Por 530 anos ela tem sido a Senhora do Oubliette, um trabalho forçado a ela pelo Conclave
de Anjos depois que ela rechaçou o companheiro que tinha sido escolhido por sua família.
Foi um castigo que ela preferiu em vez de ser obrigado a estar com um homem que a
considerava nada mais do que uma reprodutora adequada.
Claro que, quando ela aceitou o castigo, ela acreditava na promessa de que ela seria purgada
de sua vergonha e retornaria para sua família no final de dois séculos.
Agora, como os anos continuavam a passar e o Conclave se recusava a responder a seus
apelos para ser libertada, ela estava começando a aceitar que ela tinha sido verdadeiramente
enganada.
Claramente seu show no Oubliette estava destinado a ser um tipo de negócio 24 horas... pelo
menos até que algum outro anjo fosse estúpido o suficiente para irritar o Conclave.
E para piorar, uma semana atrás, ela tinha permitido que um Incubus escapasse, o que
desencadeou sua viagem dolorosa ao abismo.
Chegando a uma pequena caverna, ela deu uma parada abrupta, um pequeno calafrio
arrepiou sua pele.
Merda.
Um demônio tinha chegado ao Oubliette através da entrada secreta.
Incubus.
Mas não era o que ela tinha sido ordenada a permitir o acesso livre para as masmorras
inferiores.
Com uma maldição baixa, ela invocou sua ilusão de proteção. De repente, ela já não era um
anjo, mas uma criatura com a pele vermelha e asas de couro de morcego que se espalhavam por trás
dela. Ela tinha uma longa e escorregadia cauda e olhos que poderiam cegar quando ela soltasse seus
poderes. Se isso já não fosse suficientemente horrorosa, acrescentou o aparecimento de cobras
retorcendo em torno de seu corpo e o fedor ofensivo de enxofre.

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Expelindo rapidamente sua língua bifurcada, ela testou o ar, suas garras raspando na pedra
enquanto ela estava no centro da câmara.
O Incubus estava próximo, mas de alguma forma ele era capaz de esconder-se de sua visão.
Muriel estremeceu, com a boca seca. Droga. Ela ainda estava enfraquecida pelos seus dias
de tortura.
A última coisa que ela precisava era de mais um Incubus causando-lhe problemas.
— Eu posso sentir a sua presença intruso. Revele-se.
Uma onda de prazer agudo deslizou sobre sua pele, seu corpo de repente preenchido com um
calor que a derretia.
— Não até que você responder às minhas perguntas. — A voz escura, perversamente bonita
encheu a caverna.
A respiração de Muriel parou em sua garganta. Ela era um anjo. Ela deveria ser imune à
sensualidade crua que era uma força tangível no ar. Então, por que seu coração estava acelerado e
sua mente cheia de imagens de lençóis de cetim preto e um corpo quente e duro pressionado contra
o dela?
— Esta é a minha casa, — disse ela entre os dentes cerrados. — Você não dá as ordens aqui.
— Então, quem dá?
Ela deu um aceno com sua cauda imaginária. — Eu.
— Uma mentira, — ele sussurrou das sombras.
Muriel se esticou, seu olhar correndo ao redor da câmara em uma tentativa desesperada de
avistar o demônio. Ela tinha acabado de escapar do abismo. Ela estaria ferrada se outro Incubus
conseguiu mandá-la de volta para as chamas agonizantes.
— Quem é você?
— Isso depende, — a voz pecaminosa falou lentamente. — Dê-me o que eu quero e eu
prometo ser a sua mais profunda fantasia. Desafie-me e vou fazer você implorar por misericórdia.
O sussurro de felicidade acariciando sua pele. O pecaminoso calor escuro fluindo através de
seu sangue. A vibração de excitação que a fez apertar a vagina em antecipação...
Muriel lutou para disfarçar um estremecimento de prazer, mesmo quando ela aceitou que
esse demônio era mais do que um dor na bunda. Ele era capaz de despertar as paixões que ela tinha
enterrado há séculos atrás.
Isso fazia dele um perigo que ela não podia tolerar.
Respirando fundo, ela ignorou o cheiro quente, masculino, de canela e melado quando ela
lentamente começou a dar a volta para a abertura no lado mais distante da caverna.

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Esperançosamente ele iria presumir que ela estava secretamente tentado se afastar do poder
ofuscante de sua sedução.
— Eu vou te dar todo o crédito por sua arrogância, — ela zombou, espalhando suas asas
enquanto a miragem de cobras continuava a rastejar sobre seu corpo. Ela precisava mantê-lo
distraído até que ele desse um passo em sua armadilha.
— Sua inteligência, no entanto, é obviamente deficiente.
Sua risada baixa girando em volta dela como uma carícia de seda, fazendo seus mamilos
endurecerem com um necessidade esquecida.
Droga. Fazia tanto tempo desde que ela tinha sido tocada por algo além da raiva.
Muito tempo.
— Confie em mim, eu não tenho nada deficiente.
Muriel sentiu o golpe suave dos dedos na curva de seu ombro. Magia Incubis, é claro. Tinha
de ser. Ela saberia se o demônio estivesse perto dela. Ainda assim, isso não interrompeu a chama
escaldante de antecipação que se espalhou por seu corpo.
— Então por que você está escondendo de mim? — ela respondeu asperamente.
— Eu já lhe disse, — o macho agravante murmurou. — Eu quero respostas.
— Respostas para o quê?
— Por que você criou uma porta de entrada para a fortaleza?
Sua boca ficou seca quando ela continuou a volta em direção à parede distante.
Essa era uma pergunta que ela não tinha intenção de responder.
Em vez disso, ela fingiu confusão. — Que fortaleza?
Sem aviso, um pulso de calor chiou através do ar quando o Incubus abruptamente saiu das
sombras. — Você quer jogar, querida?
Muriel assobiou, cambaleando sob o impacto de sua beleza.
Ele era simplesmente... Magnífico.
Não era a beleza etérea de anjos do sexo masculino. Ou os traços grosseiros de seres
humanos.
Ele era pura tentação do sexo masculino. Ao andar, falar convidava ao sexo.
Contra sua vontade, Muriel encontrou seu olhar persistente na escuridão brilhante do seu
cabelo e das magras características finamente esculpidas, antes de baixar para o esbelto e musculoso
corpo, o que fez seus dedos se contorcerem com a vontade de explorar cada centímetro duro.
Seu coração disparou quando seu olhar voltou para o seu rosto, instantaneamente enlaçados
por seus olhos dourados.
Oh céus, aqueles olhos...

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Eles brilhavam com a promessa de prazer além de seus sonhos. Ela inconscientemente
interrompido seu recuo, sombriamente focada no esforço para não derreter a seus pés em uma poça
de necessidade dolorida.
— Eu não sou querida de ninguém, — ela se forçou a murmurar. Um lembrete para si
mesma do perigo dos Incubis.
As fêmeas muitas vezes tornavam-se viciadas em demônios.
E por mais que ele agradasse a ela, era cada vez mais óbvio que ela não era imune a este
macho em particular.
— Ainda não, — ele murmurou, um sorriso brincando em seus lábios como se ele estivesse
ciente de sua impotência diante da sua beleza sensual. — Conte-me sobre a porta de entrada.
Ela deu uma respiração profunda, centrando-se. — Eu não a criei.
— Então quem foi?
— O Soberano, — ela admitiu. Por que mentir? Não era como se o Incubus fosse sair para
sempre dessa prisão.
Ele franziu a testa, como se pego de surpresa pela sua revelação. — Por que ele queria
acesso ao Oubliette?
Ela arqueou uma sobrancelha. — Ele é o rei. Por que você não pergunta a ele?
Os olhos dourados queimaram com o calor. Como se ele não tivesse tido prazer em ser
lembrado que devia sua lealdade ao Soberano.
Hmmm...
Havia discordância entre os Incubis?
— Porque ele parece ter desaparecido.
Ela encolheu os ombros. — Não é problema meu.
— O que ele faz quando está aqui?
— Eu não sei.
Ele avançou com uma graça fluida, sua expressão tensa de frustração.
— Este é o seu território. Como você pode não saber?
— Foi-me dito que era para ser dado acesso às masmorras inferiores, mas ficou claro que eu
não deveria interferir em seu negócio.
Seus olhos se estreitaram. — Dito por quem?
A questão conseguiu sacudir Muriel fora de sua estranha sensação de encantamento. Porra, o
que tinha de errado com ela? Sua pele estava ainda crua e seus músculos doloridos de seus dias no
abismo. Ela realmente quer arriscar mais uma rodada de tortura?

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— Você tem vontade de morrer? — ela perguntou, retomando sua lenta viagem para trás
através da caverna.
Enquanto ela esperava, ele seguiu seu recuo, fazendo uma careta quando ele sentiu que ela
não tinha a intenção de revelar quem deu as ordens.
As dimensões entre os mundos deveriam ser neutras. Os demônios não teriam prazer de
descobrir que os anjos tinham recuperado influência suficiente sobre o Trono Obsidian para
reivindicar essas terras como suas.
— Você não seria a primeira pessoa a me fazer essa pergunta, — admitiu em tons secos. —
O que está nas masmorras inferiores?
— Fogo. Enxofre. — Outro passo para trás. E outro. — O usual.
— Algo mais?
— Celas.
— Alguma delas está ocupada?
Sentindo suas asas tocarem a pedra gelada da parede atrás dela, Muriel virou-se para o lado
para que ela pudesse angular a si mesma através da abertura estreita.
— Eu não posso manter o controle de todos os prisioneiros.
Obrigou-se a sustentar o seu olhar hipnótico cor de mel enquanto ela silenciosamente
desejava que ele se juntasse a ela na pequena caverna.
Houve uma longa pausa, como se o Incubus estivesse bem consciente de que ele estava
sendo levado para uma armadilha. Em seguida, com uma velocidade que a fez ofegar, ele estava
através da porta e estava tão perto que podia sentir o calor de seu corpo queimar através de sua
roupa de linho fino.
— Mentira, — ele sussurrou, seus dedos envolvendo em torno de sua garganta, uma intensa
concentração gravada em seu rosto bonito.
Queridos céus. Ele podia ver através de suas camadas de ilusão?
Não. É claro que ele não podia.
Era impossível.
Ela lambeu os lábios secos. — Não há presos que foram entregues aos meus gentis cuidados.
Seu polegar roçou a parte inferior de sua mandíbula, demorando-se na batida frenética de
seu pulso. — O Soberano está aqui agora?
Ela estremeceu ao seu toque suave. Se ele tivesse tentado machucá-la, ela poderia ter lutado
com ele. Mas ela não tinha defesa contra a ternura.
— Tem a intenção de matá-lo? — ela perguntou.
— Pelo contrário. Quero assegurar-me que ele está vivo e bem.

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— Mentira, — ela retrucou, jogando a palavra de volta em seu rosto.


Seja qual fosse o seu interesse no Soberano, este não tinha nada a ver com a preocupação
com o seu bem-estar.
Os olhos de mel se escureceram pela provocação, o ar picava com uma fome perigosa.
Ele estava pensando em sexo ou comida?
Não que houvesse qualquer diferença entre os dois para um Incubus.
— Eu tenho dúvidas que só ele pode responder, — ele desafiou, seus dedos descendo para
tocar o sensível local, onde sua asa encontrava seu ombro. — E eu tenho esperado muito tempo
pelas respostas.
O prazer queimava por ela com uma força chocante, arrancando um suspiro de sua garganta.
— Pare com isso, — ela sussurrava.
Aparentemente impermeável à miragem de cobras que estavam escorregando de seu corpo
para o flexível couro de sua jaqueta, o Incubus traçou a inclinação graciosa de sua asa.
— Há alguma coisa acontecendo. — O cheiro quente de canela encheu o ar. — Certamente,
você pode sentir isso.
Incapaz de travar suas labaredas de pânico, Muriel bateu de lado sua mão.
— Eu não sinto nada, — ela sussurrou, envolvendo os braços em volta da cintura.
Os olhos dourados se estreitaram. — Há um vácuo.
— Que tipo de vácuo? — ela retrucou.
— De poder.
Um estranho arrepio de premonição perfurou o coração de Muriel.
Ela iria cortar a língua antes de admitir que ele estava certo, mas no fundo ela tinha
suspeitado de que havia uma turbulência. O equilíbrio precário entre demônios e anjos tinham
começado a enfraquecer. A menos que um líder emergisse e que pudesse impor a paz, a guerra seria
inevitável.
O simples pensamento fez seu estômago torcer de pavor.
— Eu suponho que você pretende ser o único a terminar no topo? — ela provocou.
Um sorriso perigoso curvou os lábios do Incubus quando ele permitiu que sua energia sexual
pulsasse contra ela, deliciosas sensações quase a fazendo ter um orgasmo ali mesmo.
— Com você, minha senhora, eu fico no topo ou por baixo. O que quer que te faça feliz.
Ela sentiu-se encharcada no calor e cheiro dele.
Ela sussurrou em frustração, tentando negar a necessidade de perfurante que a atravessou.
Droga. Ela tinha estado sozinha por tanto tempo.
Muito, muito tempo.

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Mas ela não era idiota.


Não havia nenhuma maneira dela colocar-se em risco para satisfazer sua paixão com um
homem que usava o sexo como uma arma.
— Há apenas uma maneira de você poder me fazer feliz, Incubus.
Os olhos dourados ardiam com convite. — Me diz.
Ela lançou o poder que tinha vindo com seu cargo de Chefe de cárcere, estremecendo em
repulsa enquanto ela era transportada de volta para a caverna exterior. Sem dar ao intruso a
oportunidade de reagir ao seu abrupto ato de desaparecimento, Muriel fechou a grossa porta de
ferro, prendendo-o no espaço apertado.
— Vê-lo trancado em uma cela, — ela sussurrou.
O Incubus virou lentamente, seu sorriso nunca desvanecendo enquanto a observava pela
janela estreita na porta. — Bravo. — Ele cruzou os braços sobre o peito, sua expressão divertida. —
Mas você realmente acha que pode me manter seu prisioneiro, doce anjo?

Capítulo 3

Jian caminhou para frente para que ele pudesse olhar pela janela cortada na porta.
Em qualquer outra ocasião ele teria se sentido aborrecido por ser atraído para dentro da cela.
Não que ele não pudesse sair. Ele podia sentir um número de funcionários caminhando através dos
túneis inferiores. Com uma explosão de seu poder ele poderia atrair qualquer um ou todos eles para
esta caverna para desbloquear a porta. Ainda assim, seria um desperdício de tempo e energia.
Mas Jian não estava irritado.
Ao contrário, ele estava fascinado.
Fazia séculos desde que os anjos caminhavam livremente no mundo, mas não havia dúvida
de que debaixo da hedionda ilusão do Oubliette, aquela mulher de uma beleza etérea não poderia
ser outra coisa senão um ser celestial.
Ela era gloriosa.
Seu cabelo era um emaranhado de cachos com a cor precisa de prata esterlina. Seu pequeno
rosto era em forma de coração, com características delicadamente esculpidas que eram dominados
por um par de profundos olhos índigo. O corpo dela era uma obra-prima delgada, mal escondida sob

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um vestido de linho claro sem costas, para dar espaço para as asas requintados que eram puras,
brancas como a neve.
E o cheiro dela...
Jian tomou uma respiração profunda, saboreando.
Ela cheirava a marfim, ouro e orquídeas que floresciam em seus jardins privados.
Rara, exótica... delicadamente impecável.
Ela seduziu-o como uma abelha ao mel.
Ele queria saboreá-la a partir do topo de seu cabelo prateado com as pontas de seus dedos
róseos que foram deixadas nuas, apesar das pedras irregulares em toda a prisão. Ele queria espalha-
la através de sua cama e ver a sua pele marfim enrubescida com o calor da paixão.
Uma reação perigosa. Ele era um Incubus. Ele fazia sexo por comida, por prazer, e muitas
vezes como uma arma. O que significava que ele compreendia plenamente o poder do desejo.
Esta fêmea foi a primeira criatura capaz de nublar sua mente com a necessidade.
Era de admirar que ele estivesse tão cativado?
Um sorriso irônico curvou seus lábios quando ela olhou pela abertura, com uma expressão
desafiadora, apesar da cautela ele podia sentir zumbido através dela.
— Como você sabe que eu sou um anjo?
— Um dos meus muitos talentos é ver através de ilusões. — Ele soltou um pequeno fio de
poder, enrolando uma onda de calor sexual ao seu redor. — Liberte-me e eu vou compartilhar meus
outros talentos.
Ela exalou em uma respiração afiada, estremecendo reativamente antes que ela estreitasse
seu olhar e revidasse com sua própria magia.
— Eu também tenho alguns talentos, — ela assegurou, sua expressão dura quando ele a
sensação de um mil facas mergulharam em seu corpo.
Jian vaiou, mas ele conseguiu ficar de pé, então ele enviou outra explosão de energia.
— Eu prefiro prazer a dor, querida.
Ela andou para trás, os olhos dilatando com uma excitação que não podia controlar.
O sorriso de Jian se ampliou. Ela era um anjo puro sangue, não uma Nephilim. O que
significava que ela deveria ter uma pequena quantidade de resistência à sua sedução. Sua reação não
era toda pela magia. Pelo menos uma parte dela era crua, primitiva e completamente natural.
Assim como o dele.
— Pare, — ela respirava.
— Me obrigue.

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Ela deu uma forte sacudida em sua cabeça, envolvendo os braços ao redor da cintura,
enquanto ela permitia que seu poder desaparecesse.
— Diga-me por que você está aqui.
Ele fez uma careta. Não apenas de alívio quando a dor desapareceu, mas, ao relembrar por
que ele estava lá. Tanto quanto ele queria perder-se em sua reação escaldante para este anjo, ele
tinha que descobrir se o seu povo estava em perigo.
— Eu disse a você. — Suas mãos se apertaram contra a porta de ferro. — Eu estou
procurando o Soberano.
— Tenho certeza de que há um grande número de peticionários que querem vê-lo, —
ressaltou. — A maioria teria esperado que ele voltasse para a fortaleza, não seguido pelos portões
do Oubliette.
— Eu acho que ele traiu os Incubus.
Ela se acalmou, sua expressão ilegível. — Por quê?
— Leve-me para as masmorras inferiores e vamos descobrir o que ele está escondendo.
Houve uma longa pausa. Então, com um esforço óbvio, ela enviou uma onda de desprezo
com sua mão.
— Não tenho nenhum interesse em seu mundo.
— Outra mentira, — ele respondeu suavemente. Ele não tinha perdido sua facilidade com as
palavras. — Você, obviamente, estudou a nossa cultura.
Seus lábios se apertaram em aborrecimento pela sua perspicácia. — E daí? A televisão
humana ajuda há passar o tempo.
Ele riu. — Deixe-me adivinhar. Hmm. The Real Housewives? Star Wars? Não, espere... O
Canal da Playboy?
Um rubor revelador tocou seu rosto. — Não é da sua conta, — ela retrucou.
— Ah, meu anjo safado, você é pura tentação. Depois que eu terminar o meu trabalho atual,
pretendo dedicar-me a cumprir cada uma de suas fantasias.
— Não há fantasias Incubus. E seu trabalho chegou ao fim. — Ela enfrentou seu olhar. —
Eu não tenho interesse em quem se assenta no trono Obsidian.
Verdade. Ainda assim, ele sentiu que ela estava mais interessada no Soberano do que no que
ele estava fazendo em suas masmorras do que ela queria admitir.
— Mas eles se intrometendo em seu reino. Você tem certeza de que isso não afeta você? —
Ela mordeu o lábio inferior, esquecendo-se claramente que ele podia ver através de sua
ilusão para testemunhar seu gesto revelador de inquietação.

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— Por que eu deveria confiar em você? — ela perguntou abruptamente. — Pelo que eu sei
você pode ter sido enviado para me levar a uma armadilha.
Era uma pergunta legítima. Infelizmente, ele não tinha tempo para convencê-la de que ele
poderia ser confiável. Em vez disso, ele atacou abruptamente com o seu poder, enchendo o ar com
sua magia. Pulsos minúsculos de compulsão sexual rodaram através da caverna e se espalhou
através dos túneis, impulsionando os cativos a escapar das celas e correr para seu lado.
— Eu poderia forçar todos nesta prisão em uma revolta, mas eu prefiro não, — disse ele em
voz baixa.
— Não, — ela murmurou, uma camada de suor umedecendo seu rosto enquanto ela lutou
para controlar o influxo desesperado dos prisioneiros que estavam lutando para sair de suas celas.
Ao mesmo tempo ela bateu-lhe com a sensação de chamas queimando a carne de seus ossos.
Todo o seu corpo se apertou com agonia, ele pressionou as mãos contra a porta, quando seus
joelhos ameaçaram colapsar.
Merda. Ela parecia tão condenadamente frágil que era fácil esquecer que ela era um anjo
com um imenso poder.
— Trégua, — ele grunhiu, mal suprimindo seu gemido de alívio quando as ondas de dor
começaram a recuar.
— Eu... — Tudo o que ela estava prestes a dizer foi abruptamente interrompido quando ela
olhou por cima do ombro.
— Alguém está vindo.
Jian murmurou uma maldição baixa quando ele sentiu o cheiro familiar de uma Nephilim.
— Espadachim, — ele rosnou.
Ela enviou-lhe um olhar estreito de olhos. — Sua parceira?
— Ela estava guardando a entrada. Eu a nocauteei para entrar aqui. — Jian balançou a
cabeça em desgosto. — Eu devia ter matado a cadela.
— Uma história conveniente.
Ele ficou rígido quando um inesperado aumento de medo passou por ele. Esta fêmea podia
ser um anjo, mas ela estava claramente vinculada ao seu papel como carcereira.
E se a Espadachim tivesse uma arma capaz de machucá-la?
Ou pior...
— Eu posso lhe dar uma prova, — ele ofereceu, sua voz cheia de compulsão.
Ela estremeceu, mas sua expressão permaneceu cautelosa. — Como assim?
— Liberte-me e...
— Não.

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— Droga. — Ele severamente controlou sua estranha inquietação. A fêmea se ressentia


claramente de qualquer tentativa de tentar dizer a ela o que fazer. Um verdadeiro pé no saco,
considerando que Jian não tinha experiência em ter que usar um argumento lógico quando se tratava
de uma mulher. Ele era um Incubus, pelo amor de Deus. — Você pode me encobrir?
Mais cautela. — Por quê?
Ele prendeu a respiração lentamente.
Paciência, Jian. Paciência.
— Se você não vai permitir-me questionar a Nephilim, então você vai ter que fazer isso.
Seus lábios torceram. — Ou eu poderia matá-lo também.
— E se privar do prazer de me torturar?
Ela fez uma pausa antes de dar um aceno de mão, sem dúvida escondendo a porta atrás com
uma camada de ilusão.
— Então é isso, — ela murmurou. — Mantenha sua boca fechada.
— Seu desejo é uma ordem, anjo bonito, — ele sussurrou baixinho.

~~~~
Muriel enquadrou os ombros quando se virou para se mover em direção ao centro da
caverna.
O Incubus a inquietava. Não apenas porque ele poderia instigar sensações que eram
melhores se deixadas sem agitação. Apesar de que já era ruim o suficiente.
Mas ele a fazia enfrentar as questões que tinham sido escondidas na parte de trás de sua
mente. Por que o Conclave concordou em permitir que o Soberano entrasse no Oubliette sem sua
permissão como Diretora? Por que a falta de indignação por haver uma porta aberta para o mundo
dos mortais e demônios? Por que a recusa de ouvir a sua petição para voltar para sua família?
Havia algo acontecendo...
E depois de anos tentando fingir que ela não estava apanhada no meio disto, este Incubus a
estava forçando a aceitar que ela estava sendo deliberadamente cega.
Ela não podia ignorar a verdade por mais tempo.
Endireitando os ombros, ela conjurou um longo chicote que ela segurava em uma das mãos.
Não era mais real que sua fachada de um monstro de pele vermelha, mas ela poderia fazer a vítima
se sentir como se o couro estivesse fatiando através de sua carne.
Isso era tudo o que importava.

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Houve apenas um som quando a Nephilim entrou na câmara, o corpo magro vestido de linho
preto com um halo de cachos ao redor de sua cara demasiadamente bonita.
O olhar da mulher se arregalou quando ela avistou a ilusão horrível de Muriel, uma pitada de
medo piscou através de seus olhos quando ela deu uma parada abrupta. Então, claramente irritada
por que ela revelou seu desconforto, ela fez uma tentativa visível de recuperar o comando da sua
compostura.
— Onde está o Incubus? — ela perguntou, colando um sorriso de escárnio arrogante em seu
rosto.
Muriel deu um estalo de seu chicote, sorrindo quando a intrusa se encolheu.
— Como você se atreve a entrar nesse reino sem ser convidada?
A jovem fêmea segurou o punhal na mão, como se pensasse que Muriel seria intimidada
pela lâmina de obsidiana. É claro que o demônio não podia saber que ela era um anjo. O Carcereiro
deveria ser escolhido aleatoriamente.
— Estou aqui para recuperar um intruso.
— Eu lido com os invasores no Oubliette. — Suas garras rasparam no chão de pedra
enquanto ela entrava a frente. — Eu não preciso de sua ajuda.
A Nephilim forçou-se a manter-se firme. — Isso não tem nada a ver com você, fêmea, — ela
rosnou. — Saia da frente.
Muriel espalhou a sua ilusão de asas de couro. — Você é realmente tão estúpida? Ninguém
me diz o que fazer neste lugar. — Ela lançou um olhar de desprezo para a Espadachim. —
Especialmente não uma mera serva.
A intrusa endureceu em indignação. — Eu não sou uma serva. Eu sou uma Espadachim e
protetora do Soberano.
Ela deu uma risada aguda. — Devo ficar impressionada?
— Eu tenho passagem segura.
Muriel mostrou os dentes pontiagudos, não teve que fingir estar chateada com a sua
pretensão. — Recebi ordens para permitir o acesso do Soberano às câmaras inferiores, — ela
rosnou. — Não conceder acesso a todas as Nephilins que decidam passear pelo meu território.
— Pergunte ao Soberano. — A expressão beligerante foi apagada quando Muriel deu um
toque de seu chicote, cortando uma ferida profunda na frente do tronco da espadachim. A fêmea
tropeçou para trás de dor.
— Arrgg.
— Eu não penso assim, — Muriel informou. — Eu perdi recentemente um dos meus
prisioneiros. Você vai servir muito bem como uma substituição.

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A fêmea apertou a mão ao peito sangrento. — O Soberano...


Ela deu outro movimento do chicote, encaixando-o a um mero fôlego da ponta do nariz. —
Não tem autoridade aqui.
A Espadachim deu mais um passo tropeçando para trás. — Mas ele tem conexões com as
pessoas que tem.
— Quais conexões?
Ela lambeu os lábios. — Eles são poderosos.
— E você acha que eles vão protegê-la?
— Claro. — Lambeu, lambeu, lambeu.
— Não, você não acha. — Muriel estudou o suor começando a fluir da testa da fêmea. —
Você pode ser uma tola arrogante, mas você não pode ser completamente estúpida. Você sabe que
uma vez que eles descobrirem que você foi capturada eles vão te deixar aqui para apodrecer.
O rosto da Espadachim empalideceu para um tom pastel de cor crua. Não é uma sombra
atraente restou.
— Não, — ela respirou, sua breve tentativa de coragem quebrando diante da dura lembrança
de Muriel de que ela não era mais do que peça dispensável. — Por Favor.
— Por favor, o quê? — Muriel firmou sua vantagem.
A Espadachim estava pressionada contra a parede, o sangue ainda escorrendo de sua ferida.
— Deixe-me ir.
Muriel deliberadamente se aproximou o suficiente para tocar seu chicote contra a garganta
da mulher. — Não é tão brava agora que você percebeu que você pode realmente morrer por sua
causa?
A Nephilim deu um grito de terror. Nada como uma ameaça de morte para ganhar a atenção
inabalável. — O que você quer de mim?
Muriel fingiu dar a pergunta uma reflexão séria. — Sangue. Dor. Eventual morte, — ela
finalmente respondeu.
— Minha família tem dinheiro.
Ela podia ouvir o som do coração da Nephilim batendo.
— E o que eu faria com dinheiro?
— Deve haver algo que eu possa oferecer.
Ela sorriu. Agora elas estavam chegando a algum lugar.
— E há. — Ela assegurou a Espadachim. — A verdade.
— A verdade sobre o quê?

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Muriel resistiu ao impulso de olhar por cima do ombro. Ela não teve que olhar para a porta
que ela tinha escondido com ilusões para sentir o quente olhar perturbador de seu prisioneiro.
A consciência do homem era um pulso agudo, incansável bem em seu interior. Um
conhecimento que a enervava em um nível primitivo. Com um esforço desagradável, ela se forçou a
concentrar-se na mulher diante dela com um olhar desconfiado.
— Conte-me sobre o Incubus você está perseguindo, — ela ordenou.
A raiva apertou o rosto magro da Espadachim. — Ele me atacou e entrou no portal. Ele é um
traidor ao Soberano.
— Um traidor?
— Sim. — A fêmea fechou os punhos apertados. — Permita-me devolvê-lo ao nosso mundo
e eu posso garantir que ele vai ser punido.
Hmm. Parecia que o Incubus tinha dito a verdade sobre seu relacionamento com a
Espadachim. Não que ela estivesse pronta para confiar nele. Neste momento, ela seria uma idiota se
confiasse em alguém.
— E o Soberano?
O demônio fez uma careta. — Eu não entendi.
— Por que ele veio ao Oubliette?
A Nephilim respirou com a pergunta inesperada, sua expressão semelhante a de um rato
encurralado.
— Eu ... eu não sei.
O chicote foi um borrão de movimento, quando cortou a bochecha da cadela.
— Resposta errada, — ela advertiu, sua voz suave.
— Espere. — A fêmea levantou a mão para tentar conter o novo fluxo de sangue. Foi um
corte raso, mas a Nephilim não conseguia disfarçar seu terror. Não ia precisar de qualquer talento
para convencê-la a falar. Era quase uma vergonha. Muriel era muito boa no seu trabalho. — Ele tem
prisioneiros que ele não pode permitir serem descobertos.
Muriel fez uma careta. Prisioneiros? Era, é claro, a explicação óbvia, mas de alguma forma
isto ainda conseguiu pegá-la desprevenida.
— Por que ele precisa esconder prisioneiros? — ela perguntou. — Ele não é o líder dos
Incubis? Ele certamente tem suas próprias masmorras para conter seus inimigos?
— Porque eles...
As palavras chegaram a um fim abrupto chocantemente ao som explosivo de um tiro
ecoando pela caverna.

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Muriel se encolheu, e, em seguida, amaldiçoado, quando uma bala de prata atingiu


diretamente sobre o arco de sua asa e bateu na testa da Nephilim, matando-a no meio da frase.
Fazendo caretas enquanto a Espadachim morta escorregava para o chão com um baque
nauseante, ela virou-se lentamente para enfrentar a forma sombria que encheu a entrada da caverna.
Um frio avançou por sua espinha enquanto estudava a figura fortemente envolta em vestes grossas
de lã, seu rosto escondido na escuridão do seu capuz.
— Perdoe-me, — uma voz masculina zombando falou lentamente. — Mas temo que minha
serva estava prestes a ser indiscreta.
Ela abriu as asas, forçando os lábios imaginários em um sorriso que mostrava os dentes
pontudos. — O Soberano, eu presumo?
A arma na mão girou para apontar diretamente para o seu coração. — Você foi avisada para
ficar fora do meu negócio.
— Não me ameace, — Muriel rebateu, mesmo quando ela torceu o nariz para o odor
peculiar que contaminou o ar. Não era o rico aroma viciante associado com a maioria dos Incubis.
Este era azedo... como uma fruta apodrecendo.
O Soberano estava doente? Ou talvez fosse o mau cheiro da loucura.
— Você acha que eu temo você? — ele falou devagar.
Ela deu um toque de seu chicote, mais uma provocação do que uma ameaça. O Incubus
poderia ter a liberdade para entrar no Oubliette, mas ela continuava a ser a Carcereira. Prejudicá-la
seria uma violação direta da frágil paz entre Incubus e Anjos.
— Todo mundo tem medo de mim.
A arma permaneceu voltada diretamente para o seu coração. — Onde está o Incubus que
minha Espadachim estava seguindo?
Ela encolheu os ombros, ignorando a crescente frustração que ela podia sentir a partir do
Incubus preso. Pelo contrário, ela adicionou outra camada de ilusão para silenciar sua demanda
acentuada para ser liberado de sua cela. O idiota ia se matar.
— O Oubliette é vasto, — ela murmurou. — Ele pode estar em qualquer lugar.
Houve uma explosão ecoando e, em seguida, a sensação angustiante de uma bala rasgando a
parte superior de seu peito. Dor combinada com choque enviou-a caindo para trás, a bala de prata
que já estava incrustada em sua omoplata bombeando sua toxina através de seu sangue.
Oh droga. Seus lábios ficaram dormentes quando seus joelhos cederam e ela caiu no chão
duro.
— Eu temo que eu não tenha tempo para jogos, — disse o homem em um tom frio,
movendo-se para a frente para estar sobre ela. — Onde está o Incubus?

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Ela piscou, seu olhar confuso. — Você vai morrer por isso, — ela respondeu asperamente.
— Eu acho que não, — disse ele, uma verdadeira falta de preocupação em sua voz tão plana
como ele, mais uma vez puxou o gatilho. A segunda dor viciosa rasgou por ela quando a bala
atravessou seu corpo para se alojar no chão debaixo dela. — Os meus novos parceiros deixaram
claro que você era dispensável se tentasse meter muito o focinho no meu negócio.
A dor excruciante foi esquecida quando Muriel respirou fundo.
— É mentira, — ela resmungou, até mesmo quando a dúvida infiltrou-se através dela, tão
venenosa e angustiante como a prata que continuou a envenená-la. Ela já tinha suspeitado que o
Conclave estivesse deliberadamente ignorando sua petição para ser devolvida a sua família. E que
eles estavam usando o Soberano para seu próprio propósito nefasto.
Mas será que eles realmente permitiriam que um anjo fosse assassinado por um demônio?
Sua mente rejeitou o simples pensamento, mas seu coração sussurrou que ela tinha sido traída.
— Dá-me o Incubus — o Soberano exigiu, com o rosto ainda escondido na sombra de seu
capuz.
— Eu... — ela perdeu o controle de suas palavras quando uma voz urgente gritou em sua
mente, usando suficiente compulsão para forçá-la a ouvir.
— Anjo, liberte-me.
Seu prisioneiro.
Seu Incubus.
Sim... dela.
Com o que restava de sua força, Muriel derrubou a ilusão e liberou o bloqueio que mantinha
o Incubus preso em sua cela.
Em seguida, ela esperou a morte.

Capítulo 4

Jian estava batendo seu corpo contra a porta da cela quando elas abruptamente se abriram.
Maldição.
Ele nunca tinha sentido um desespero tão indefeso como quando ele assistiu seu belo anjo se
deformar para o chão, uma mancha vermelha se espalhando por todo o peito e pingando no branco
puro de suas asas. O simples pensamento de que ele seria forçado a vê-la morrer o havia

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horrorizado em um lugar profundo, desconhecido. Como se ele soubesse que iria sofrer danos
irreparáveis se perdesse esta fêmea.
Agora, quando a porta se abriu, ele tropeçou para recuperar o equilíbrio e caminhou em
direção a figura pesadamente vestida de pé sobre o anjo desmoronado. Ele não precisava ver o rosto
do homem de saber quem ele era.
O Soberano.
O Mestre, em breve morto, da Casa Marakel.
Sem hesitar, Jian estava correndo através da caverna, cortando com uma adaga de obsidiana,
através das costas do macho.
Não dava a mínima que o Incubus era seu líder. Ou que ele estava escolhendo um anjo ao
invés de um companheiro demônio. Ele ficaria feliz em destruir alguém ou alguma coisa que
ameaçasse sua fêmea.
O Soberano grunhiu de dor, instintivamente correndo para o lado para evitar outro ataque.
Ao mesmo tempo ele torceu e disparou a arma por cima do ombro. Jian foi forçado a desviar da
bala que passou zunindo em seu rosto, dando ao bastardo uma abertura para correr em direção à
entrada.
Jian amaldiçoou, dizendo a si mesmo para seguir o macho recuando.
A lâmina de obsidiana tinha ferido o homem, mas não tinha sido um golpe mortal. Se ele
não parasse o Soberano agora ele iria voltar para a fortaleza e cercar-se de seus guardas.
Jian poderia nunca mais ter outra oportunidade para forçá-lo a falar.
Mas, mesmo que a lógica estivesse instando-o a agir, ele caiu de joelhos, diante do anjo
delicado, seu coração torcendo com medo.
Oh inferno. Ele gentilmente escovou os cachos dourados emaranhados em seu rosto
enquanto ele estudava o sangue que continuou a jorrar de suas feridas. Pelo menos uma bala ainda
tinha que estar dentro dela, bloqueando sua capacidade de curar o dano.
— Fique comigo, meu anjo, — ele murmurou baixinho, colocando o rosto na palma da mão
como ela lançou um trêmulo suspiro.
— Ele atirou em mim.
Ele deliberadamente manteve sua expressão ilegível, disfarçando a fúria que trovejou através
dele. Eventualmente, o Soberano iria pagar por seus pecados. Por enquanto, tudo o que importava
era assegurar que esse anjo não ficasse permanentemente prejudicada.
— Eu vou cuidar de você, — ele assegurou.
Seu corpo sofreu um espasmo, seu belo rosto apertou-se com dor.
— Prata...

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— Eu sei.
Com requintado cautela, ele mexeu os braços sob sua forma esbelta, embalando-a contra seu
peito enquanto ele ficava de pé.
Ela estava quente e frágil contra ele, as asas macias caídas tão baixas que ele tinha que tomar
cuidado para não pisar em cima delas. Ele considerou brevemente voltar ao seu mundo para que ele
pudesse levar a ambos para a proteção de sua casa. Ninguém se atreveria a tentar prejudicá-la lá.
Mas o conhecimento de que ele não poderia ter certeza de que o Soberano não estaria esperando por
ele na entrada o fez voltar-se para o extremo lado da caverna.
Ele não podia correr o risco de ser atacado quando seu anjo estava tão fraco.
Além disso, ele não tinha a menor ideia de que se a forçasse a deixar o Oubliette iria feri-la.
Ela era a Senhora atual, o que poderia significar que ela estava destinada a este inferno.
Saindo da caverna, ele levou a mulher quase inconsciente por um túnel, usando seus talentos
para ver através das ilusões elaboradas. Ainda assim, levou um quarto tenso de uma hora
atravessando de caverna em caverna, se esforçando para evitar os servos, assim como os
prisioneiros que gritavam em agonia constante, para finalmente encontrar as escadas estreitas
esculpidas em pedra.
Com lentos movimentos cuidadosamente medidos, ele subiu ao topo, descobrindo uma
caverna escondida que foi acesa à luz de tochas.
Isso tinha que pertencer a seu belo anjo.
Não só estava disfarçado atrás de espessas camadas de ilusão, como tinha sido produzido em
um esforço para aliviar a desolação gritante. Um tapete feito à mão estava espalhado sobre o chão
de pedra, com uma cama enorme, situada no centro. As paredes estavam cobertas por tapetes
coloridos. E, em um canto havia uma pequena cômoda com um banquinho dispostos de frente do
espelho oval.
Seus lábios tremeram.
Assim, seu anjo tinha um traço de vaidade debaixo de sua ilusão de um monstro horrível. O
conhecimento era estranhamente encantador.
— Você pode nos trancar aqui dentro? — ele perguntou, chutando a porta com o pé.
Ela deu um aceno lento. — Sim. — Houve o som fraco de um clique quando ela abriu
mentalmente o bloqueio, seu olhar aflito nunca saindo de seu rosto. — Como você encontrou meus
aposentos? Eu os escondi.
— A prisão foi construída em ilusões, — lembro-a, movendo-se diretamente para a cama. —
Eu podia sentir os túneis que você tentou disfarçar.

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— Oh. Esqueci-me. — A respiração instável assobiou entre os lábios. — Não foi o meu
melhor dia.
Inclinando-se para frente, ele a colocou no centro do colchão, com o peito tão apertado que
mal conseguia respirar enquanto alisava suas asas e tirava o cabelo de seu rosto pálido. Deitada
contra o cobertor azul brilhante, ela parecia uma boneca quebrada, sua beleza marfim e prata
estragada pelo sangue vermelho berrante que havia se espalhado em toda a parte superior do seu
corpo.
Com a promessa silenciosa de fazer o Soberano sofrer por cada segundo que esta fêmea
estava sofrendo com dor, ele se abaixou para agarrar o decote da camisa de linho. Então, com um
puxão cuidadoso, ele teve que a dividir pela metade.
Calor chiou no ar quando ele tirou a roupa em ruínas. Sua única preocupação era a cura do
anjo o mais rapidamente possível, mas ele era um Incubus, não um santo. A visão de seu corpo nu
foi o suficiente para fazer a sua boca salivar e seu corpo endurecer com instantânea excitação.
Além disso, sua capacidade de curá-la vinha da fonte direta de sua magia.
Pele com pele.
Prazer por prazer.
Com uma eficiência rápida, Jian tirou a roupa e cautelosamente estendeu-se ao lado dela, seu
coração perdeu o ritmo quando sentiu a suavidade aveludada de penas pressionadas contra sua pele
nua. Quem poderia saber que as asas seriam tão deliciosamente eróticas?
— Eu lhe asseguro que está prestes a ficar muito melhor, — ele sussurrou, rolando para o
lado para olhá-la cautelosamente. — Diga-me o seu nome.
Ela lambeu os lábios secos, o cheiro de orquídeas espessou o ar.
— Por quê?
Seus dedos roçaram sua bochecha, sua preocupação com o crescente esfriamento de sua
pele. Ele tinha que tirar a bala. — Isso aprofunda nossa conexão, para que eu possa curá-la, — disse
Houve um segundo de hesitação antes de o nome dela flutuar de seus lábios, tão suave como
uma promessa. — Muriel.
Era perfeito.
— Linda, Muriel, — ele sussurrou, seus dedos traçando a curva exuberante de sua boca. —
Meu nome é Jian, Mestre da Casa Xanthe.
— Mestre... — Um leve sorriso curvou seus lábios sob os seus dedos. — É claro que seria.
Você é muito arrogante para ser qualquer coisa menos.

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A linha de reconhecimento que cantarolava entre eles tornou-se uma ligação tangível. Não
pela mera partilha de seu nome, mas pela consciência sexual escaldante e provocações íntimas que
o fazia sentir como se eles fossem amantes de longo prazo, não estranhos virtuais.
Talvez eles tivessem sido companheiros de uma vida anterior, ele pensou, surpreso pela
forma como... bem... era bom tê-la deitada próxima a ele.
Seus dedos deliberadamente acariciaram sua garganta, sua pele quente, enquanto se
preparava para liberar seus poderes. Muriel tremeu sob seu toque, em seguida, fez uma careta
quando mais sangue escorria de suas feridas abertas.
Sua dor estava, obviamente, se intensificando.
— Olhe para mim, Muriel, — ele ordenou em voz baixa, mas firme, esperando por ela olhar
profundamente em seus olhos. — Eu sou um Incubus.
Suas sobrancelhas se uniram em confusão. — Sim, eu percebi isso.
— Então você entende como os meus poderes funcionam.
— Ah, — ela suspirou. — Sexo.
— Sim. — Ele não sabia por que, mas ele tinha que deixar bem claro. Ele geralmente usava
seus poderes sem hesitação. Para seduzir, para se alimentar, para manipular. Mas não com Muriel.
Nunca com ela. — Eu não vou forçá-la a aceitar a minha cura. Você deve concordar.
Os olhos índigo escuro com uma emoção que era muito mais complexa do que o mero
desejo. Dor, cautela, e uma saudade vulnerabilidade para a afeição que ele sentia que ela não tinha a
intenção de compartilhar. Para ele, o vislumbre de seu coração era como um presente inesperado.
Que ele tinha a intenção de tratar como um tesouro raro.
— Eu aceito, — ela finalmente murmurou.
— Boa menina, — ele sussurrou, sua mão à deriva em sua garganta até que pairava sobre a
ferida de bala mais alta. Liberando seus poderes, ele procurou a carne rasgada. Nenhuma bala. Ele
moveu a mão para passar sobre a segunda ferida, estremecendo quando ele encontrou o projétil de
prata que havia se alojado em seu ombro.
Merda. Ela devia estar em agonia.
Não que ela estivesse reclamando. Não, ela permaneceu em silêncio enquanto o olhava com
olhos atordoados de dor, e estoica. Imóvel. A visão da delicadeza, a tentação do sexo feminino.
Medo o rasgou, torcendo suas entranhas quando ele gentilmente levantou a mão para tirar
uma onda de seda de seu rosto muito pálido, seu olhar permanecendo focados nos buracos
irregulares que marcavam a parte superior do seu tórax. A visão ameaçou destruir a barragem fina
que detinha a sua fúria.

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Com um esforço feroz forçou-se a concentrar-se na centelha de fome que ardia


profundamente dentro dela, liberando seus poderes a fluir através dela.
— Oh, — ela sussurrou.
— Você está bem?
— Não pare, — ela murmurou, seus gloriosos olhos arregalados quando a onda de prazer
ameaçou dominá-la.
— Shh... está tudo bem, — garantiu-o. — Eu tenho você.
— É uma sensação maravilhosa, — ela respirou, seus músculos começaram a afrouxar
enquanto ele concentrava sua energia em entorpecer a dor brutal. — Como se a luz do sol
derramasse através do meu sangue.
Quando ele tinha feito tudo o que podia para amortecer os nervos, ele retornou a mão para
cobrir levemente a sua mais dolorosa ferida.
— Muriel.
— Mmm? — ela murmurou, claramente lutando para se concentrar.
Um efeito colateral de seu tratamento não era só muito sexual, mas tendia a fazer o seu
parceiro se sentir intoxicado.
— Olhe-me nos olhos. — Ele passou a sua voz uma compulsão suficiente para forçá-la a
encontrar sua constante olhar.
Ela obedientemente olhou profundamente em seus olhos, os lábios abriram-se quando sua
magia demônio rodou entre eles.
— Tão bonito, — disse ela em um tom rouco.
— Eu acho que deve ser o meu estilo, — ele respondeu, tentando mantê-la distraída quando
ele soltou uma forte explosão de energia.
Ela engasgou enquanto ele concentrava seu poder sobre a bala de prata, envolvendo a sua
magia em torno de modo que ele poderia tirá-la de sua carne.
— Jian. — Seu corpo curvado para fora do colchão em agonia chocante, a névoa dourada
que tinha usado para sedá-la estilhaçando-se ao vê-lo esmagar a bala em sua mão antes que ele a
atirasse do outro lado da caverna com desgosto.
— Perdoe-me, — ele disse, pressionando os lábios em sua têmpora enquanto ele acariciava
sua mão sobre o peito. — Não havia nenhuma maneira fácil de tirá-la.
Seus poderes diminuíram para um pulso suave que ofereceu um calor reconfortante.
Ela soltou um suspiro trêmulo, seu corpo derretendo de volta para a maciez da cama quando
seus próprios poderes começaram a retornar.
— Queridos ... céus — ela respondeu asperamente.

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— Está melhor?
— Sim. — Ela deu um aceno lento, o olhar dela ainda estava focado em seu rosto. — Eu
posso me curar agora que a prata foi removida, — disse ela com uma voz rouca.
Como que para provar seu ponto, sua carne devastada começou a costurar-se, as feridas
rapidamente desaparecendo e virando suaves cicatrizes cor-de-rosa, que desapareceriam em poucas
horas. Ao mesmo tempo, o sangue começou a secar, revelando a perfeição marfim de seus seios que
eram adornados com mamilos rosados.
Incapaz de resistir, Jian baixou a mão em taça para um monte exuberante, seu polegar
provocando o mamilo em um pico duro.
— Você quer que eu pare? — perguntou ele.
— Eu... — Ela estremeceu, mas não de dor. Em vez disso, o perfume das orquídeas
aquecidas de repente encheu o ar. — Não.
Um sorriso malicioso curvou seus lábios. — Isso, doce anjo, é a resposta certa.
— Tão arrogante, — ela murmurou, mas não conseguia esconder o rubor de excitação que
retornou a cor de suas bochechas pálidas. Seus dedos levemente puxaram a ponta do mamilo
quando ele inclinou a cabeça para colocar um terno beijo em seus lábios.
Ela deu um pequeno gemido. Um som em algum lugar entre o prazer intenso, e um anseio
desesperado. Lentamente, ele roçou os lábios de um lado para o outro, provocando uma resposta em
vez de exigir.
Não foi fácil, considerando que ele estava dolorosamente ereto.
Oh... inferno.
Pela primeira vez em sua longa existência a estrondosa magia através dele não era por
manipulação, ou cura, ou punição.
Era uma necessidade masculina que doía pela mulher que ele tocou em um nível primitivo.
Ela mudou com uma necessidade inquieta, seu corpo arqueando em um apelo silencioso,
mesmo quando ela tentou disfarçar sua reação intensa.
— Isso não significa que eu pretendo libertá-lo — alertou.
— Você acha que eu sou seu prisioneiro? — ele mordiscou o lábio inferior cheio, seus dedos
continuavam a provocar seus seios.
Seu pênis se contorceu, suas bolas apertaram. Sua pele era tão macia, e as penas abaixo
dele... Elas pressionavam contra ele como a mais fina seda.
— Você é.
Ele riu. — Antes que esta noite acabe, doce Muriel, você vai ser a única escravizada.

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Capítulo 5

Muriel mal conseguia pensar.


Seus lábios estavam escaldante, pois ele os atormentava com leves beijos muito fugazes,
enquanto seus dedos estavam criando choques de emoção quando brincava com seus seios.
— Eu não posso estar encantada, — ela murmurou, querendo julgar o delicioso, viciante
formigamento de prazer que passava por ela como nada mais do que o resultado dos poderes de
Jian. Ela estava na cama com um Incubus. Como ela poderia estar se afogando no desejo?
O macho lindo mordeu o lábio inferior, a pequena dor criando um surto surpreendente de
prazer que a fez tremer em resposta.
— Não por magia, — disse ele, em tom presunçoso. — Mas eu tenho outros métodos de
enfeitiçar uma fêmea.
Ele tinha.
Suas mãos levantadas, massageando ao longo dos cumes duros de seus seios, testando a seda
suave de sua pele, antes que ela cravasse suas unhas em sua carne. Ela sorriu para o seu gemido
áspero de prazer. Erguendo a cabeça, ela permitiu que seus lábios traçassem as pequenas feridas que
ela tinha feito.
Ele tinha gosto de sândalo e sombrio poder masculino.
Ele era exótico. Misterioso. Um guerreiro astuto que destruiu as ilusões envolvidas em torno
dela e a deixou exposta.
Mas ela não foi a única a se sentir vulnerável, ela percebeu abruptamente. Jian estava tão
perplexo com o desejo que chiava entre eles quanto ela. Podia senti-lo no movimento compulsivo
de sua mão e nos beijos ásperos que ele espalhou sobre sua bochecha antes que estivesse enterrando
seu rosto na curva de seu pescoço com um grunhido áspero.
Seria possível? Um Incubus que era incapaz de controlar sua fome sexual?
O pensamento era estranhamente inebriante. Jian era, obviamente, um demônio que estava
acostumado a ser o mestre da sedução. Ele iria exigir obediência completa de sua amante. Mas,
neste momento ele estava claramente à mercê de suas emoções.
Enquanto ela...
Céu a ajudassem, mas ela sofria por ele. Com uma necessidade furiosa que foi rapidamente
construindo uma tormenta. Por muito tempo ela tinha sido uma portadora de dor. De punição. Uma
sombra de tormento que vivia nos abismos do inferno.

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Hoje à noite ela queria ser uma mulher.


A fêmea suave, que traria apenas prazer. Por que não? Era óbvio que ela tinha sido traída
pelo Conclave. Certamente ela merecia um pouco de felicidade antes que ela fosse forçada a
confrontar aqueles que estavam dispostos a sacrificá-la por seus próprios objetivos nefastos?
Almejando o seu toque, ela virou de lado e se arqueou contra seu magro e glorioso corpo.
Ela foi feita para combates. Ela queria entrar na excitação selvagem que corria por ela.
Depois de anos de vazio que ela queria ser saturada com sensações. Queria se afogar
debaixo de uma torrente de calor, e emoção e doce excitação.
Jian sussurrou o nome dela, a cabeça lentamente baixando. Seus lábios capturaram os dela,
separando-os com uma fome feroz. Muriel gemeu, sentindo uma fratura perigosa no gelo espesso
que cercava seu coração.
Não. Não o seu coração.
Isso era sobre a luxúria, ela sombriamente se assegurou. Uma troca de prazer com um
demônio do sexo que poderia cumprir suas fantasias mais profundas. Algo para ser apreciado e
esquecido. Nada mais.
Seu coração era um deserto estéril. Tinha de ser. Ela era, afinal, a Senhora do Oubliette.
Felizmente desconhecendo seus pensamentos escuros, Jian levantou a cabeça para olhar para baixo
em seu rosto pálido. Em seguida, com uma expressão feroz ele enfiou os dedos em seu cabelo e
inclinou sua cabeça para trás.
Seus dentes rasparam sua pele quando ele acariciou um caminho para baixo da linha de sua
clavícula, o calor escaldante de seus lábios fazendo-a estremecer com a necessidade. Seus dedos
agarraram seus ombros, a respiração arrancada de seus pulmões enquanto ele continuava a
pressionar minúsculos beijos na curva de seu peito até que ele finalmente capturado a ponta de seu
mamilo entre os dentes.
Ah sim.
Sim. Sim. Sim.
Seus olhos bem fechados em êxtase, as mãos deslizando pelas costas dele quando ela se
arqueou para frente para sentir o volume de sua grossa ereção contra seu estômago.
Ele plantou uma linha de beijos entre os seios. —Posso tocar? — perguntou em um tom
abafado.
Ela sentiu uma confusão momentânea. Ele já não estava tocando?
— O que você quer dizer?

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— Suas asas, — esclareceu ele, esperando que ela abrir à força os olhos e encontrar o seu
olhar que ardia com um fogo dourado. Ela hesitou um segundo antes de responder. Não havia nada
mais íntima para um anjo do que permitir que alguém acariciasse suas asas.
— Sim, — ela sussurrou, preparando-se quando ele passou a mão hesitante sobre suas
penas. Uma explosão de sensações surgiu no meio dela, arrancando um gemido baixo de seus lábios
enquanto ela cavou suas unhas nos músculos rígidos de sua bunda.
Ele acompanhou de perto o calor em suas bochechas coradas, seus dedos movendo-se para
traçar o local onde suas asas encontravam as omoplatas.
— São sensíveis?
— Muito, — ela engasgou.
Seu pecaminosamente lindo sorriso se alargou. — Que Bom.
— Você é um homem mau, muito mau, — ela suavemente brincou, sua boceta molhada e
dolorida para ser preenchida.
— Segure-se, anjo, — alertou, abruptamente rolando ela deitada de costas enquanto ele
subia em cima dela. — Eu pretendo provar o quão mau eu posso ser.
— É Mesmo? Eu...
Ela esqueceu como falar quando ele abaixou a cabeça e traçou um caminho de beijos
queimando sobre suas feridas recentemente curadas. Oh, isso era tão...
Indescritível.
Ela tremia, mal respirando quando aqueles lábios destrutivos continuaram baixando
brevemente para provocá-la. Seus mamilos endureceram quando ele deslizou sobre a superfície
plana de seu estômago.
Ela olhou para baixo para ver os olhos dourados brilhando com prazer perverso enquanto
lambia num processo lento, um minucioso caminho até sua vagina dolorida. Um grito estrangulado
ficou preso em sua garganta com os picos agudos de prazer que arremessaram através dela, suas
costas arqueando e suas asas tremendo contra a cama.
— Mmm... tão doce, — disse ele em um tom, sua língua mergulhando em seu canal
molhado. — Eu poderia passar a noite degustando sua ambrosia doce.
Ele deu outro puxão nas suas pernas, abrindo-as ainda mais enquanto mordiscava e
atormentava com a habilidade que faria qualquer demônio do sexo orgulhoso.
Prazer bateu através dela, desde os dedos, descendo para deslizar através das cadeias curtas
de seu cabelo de cetim.
Depois de tanto tempo sendo negado até mesmo o toque mais casual, ela estava carente de
senti-lo. — Espere, Jian. — Ela mordeu o lábio inferior, a deliciosa sensação de sua língua

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acariciando seu sensível clitóris iria mandá-la para um clímax rápido. — Eu quero sentir você
dentro de mim.
Ela assobiou de prazer quando ela sentiu a ponta do seu pênis em sua entrada, o olhar
dourado segurando o seu quando ele lentamente pressionou em seu calor escorregadio.
Eles gemeram em uníssono. Ela nunca tinha estado tão pronta, mas ainda assim ele a encheu
e estendeu-a até seu limite.
Foi perfeito.
Ela cobriu o rosto dele com as mãos, quando ele abaixou a cabeça para reivindicar seus
lábios em um beijo ardente, um escuro, desejo inebriante fluiu através dela. Lentamente, de forma
constante, ele começou a acariciar dentro e fora dela, sua ereção puxando para a ponta antes de
enterrar profundamente dentro dela, uma e outra vez.
Ao mesmo tempo, ele permitiu que sua mágica dourada girasse em torno dela,
intensificando cada sensação até que a excitação sexual ameaçava queimá-la viva. Seus dedos
deslizaram em seu cabelo, seus quadris subindo para satisfazer seus impulsos.
Ela nunca se sentiu assim antes. Não esta necessidade pura, implacável. Era mais do que
apenas a luxúria. Mais do que desejo físico comum. Foi comunicação em seu nível mais básico.
— Você está completamente curada? — ele murmurou contra seus lábios, seus dedos
arrastando para baixo em sua garganta. Muriel estendeu a língua para traçar as linhas esculpidas de
sua boca, se recusando a se debruçar sobre seus ferimentos.
Mais tarde, ela iria lidar com o Soberano e sua insinuação de que ela se tornou dispensável
para o Conclave. Esta noite era sobre o prazer.
— Sim.
— Graças a Deus.
Suas estocadas ficaram mais rápidas, suas mãos deslizando em seus ombros antes de
procurar o arco sensível suas asas. Ele capturou seu gemido de prazer com um beijo que foi afiado
com uma necessidade selvagem.
Por ela.
Apenas ela.
Pressionada no colchão, Muriel agarrou seus ombros enquanto ele empurrou nela com uma
intensidade crescente, a cabeça mergulhando para capturar a ponta de seu mamilo entre os lábios.
Ao mesmo tempo, sua energia vibrou sobre sua pele. Seus dentes roçaram os seios macios, as mãos
abaixando para agarrar seus quadris, colocando-lhe em um ângulo menor para que ele pudesse
mergulhar ainda mais fundo em seu corpo acolhedor.

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Muriel gritou, o prazer ameaçando esmagá-la enquanto ela pairava sobre a borda de um
orgasmo cataclísmico. Ela estava perto. Quase. E ainda a felicidade estava um pouco fora de
alcance.
Como se sentisse seu desespero, Jian baixou a mão entre eles, usando a ponta do seu dedo
para esfregar contra seu clitóris. — Eu tenho você, meu anjo, — ele assegurou-lhe em voz baixa.
— Sim, — ela gemeu, espirais de prazer branco-quente passaram por ela quando ele
movimentava-se dentro e fora dela em um ritmo implacável.
A pequena caverna que ela tinha reivindicado para si, tinha sido um lugar frio, estéril, que
sempre tinha sido mais uma cela do que uma casa. Mas hoje à noite ela estava cheia de gemidos
sem fôlego e o rico, exótico aroma de canela.
Silenciosamente memorizando cada sensação, Muriel meteu-os no fundo de sua mente.
Logo Jian teria ido, e ela estaria mais uma vez sozinha. Tinha que ter algo para aliviar as horas
sombrias.
Beijar um caminho de volta para o seu pescoço, Jian cavou seus dedos em seus quadris
enquanto seus corpos se moviam juntos com perfeita harmonia. Ele deu um gemido estrangulado,
seu pênis grosso batendo profundamente dentro dela enquanto seu dedo pressionava contra seu
clitóris. Seu corpo se apertou com uma tensão insuportável, em seguida, por um segundo de tirar o
fôlego, ela pairou na borda antes do êxtase quebrar através dela com força suficiente para fazer todo
o seu corpo tremer.
Ao mesmo tempo, a magia de Jian explodiu ao redor deles em uma exibição deslumbrante
de luz dourada e selvagem prazer sensual.
Atônita, ela reconheceu, com um suspiro profundo quando Jian pressionou um beijo
carinhoso em seus lábios.
Não era de se admirar que fêmeas se tornassem viciadas em demônios do sexo...

Capítulo 6

Jian saiu relutantemente do corpo quente de Muriel e rolou para esticar-se ao lado dela.
Santo inferno. Depois de séculos de ceder a seus desejos com as mais belas, talentosas e
experientes mulheres do mundo, ele teria jurado que nada poderia surpreendê-lo. Mas ele tinha
estado completamente despreparado para a sua reação a esse anjo delicado.

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Com certeza, ele não iria reclamar do prazer deslumbrante que continuava a tremer por meio
dele. Ou o fascínio irresistível que lhe garantiu isso foi muito mais do que apenas mais uma noite de
sexo. Mas ela destruiu completamente sua disciplina rígida, nublando sua mente para que ele tivesse
esquecido que ela tinha tão recentemente, estado ferida.
Ele fez uma careta, seus dedos levemente empurrando seus cachos de seda de sua testa
úmida. Ele era um Incubus, pelo amor de Deus.
O fato de que ele tinha estado tão completamente à mercê de sua necessidade sexual provou
quão profundamente enredados ele ficou em sua tentação feminina.
— Você está bem? — ele foi forçado a perguntar pela primeira vez em sua longa existência.
Ela sorriu, embora ele não perdesse a cautela que escureceu a beleza de seus olhos índigo.
— Buscando elogios, Incubus?
— Não. — Seus dedos acariciaram seu rosto, demorando-se no pulso que martelava logo
abaixo da linha teimosa de sua mandíbula. — Posso dizer quando uma mulher foi completamente
satisfeita, — garantiu-o, sua presunçosa satisfação em suas bochechas coradas e coração acelerado e
vacilante, enquanto seu olhar avistou o desvanecimento das feridas que ainda marcavam a pele de
marfim. — Estou, no entanto, preocupado de que eu tenha sido muito rude.
Seu rubor se aprofundou. Constrangimento ou antecipação? Talvez uma combinação dos
dois.
— Eu disse que eu estava curada, — ela sussurrou.
Ele traçou as cicatrizes levemente decrescentes, suas entranhas contorceram-se com a
lembrança vívida de observá-la colapsar sobre a pedra dura, o sangue escorrendo para as suas asas
brancas. Ele tinha a sensação de que essa imagem iria assombrá-lo por várias décadas que virão.
— Eu sei, mas você me assustou de verdade, — ele admitiu em tons ásperos. — Eu pensei
que você ia morrer.
Uma emoção indescritível apertou suas feições frágeis. — Você ficou para me salvar.
Ele franziu a testa. Por que ela parecia surpresa?
— Você esperava que eu te abandonasse quando você estava ferida?
— Você estava aqui para encontrar o Soberano, — ressaltou. — Agora ele se foi.
— Eu vou encontrá-lo, — Jian murmurou, seu tom distraído enquanto sua mão continuou
descendo, para o suave montículo de seu seio. — Mas nada era mais importante ter você curada.
Seu mamilo rosado endureceu quando um arrepio de prazer percorreu seu corpo. Mas ele
sentiu que o choque em seu rosto não tinha nada a ver com sua excitação instantânea.
— Jian.

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— Assombroso não é? — ele questionou em tom irônico. Uma parte dele achava altamente
irônico que um demônio tão perverso iria sucumbir ao destino nos braços de um anjo. — Como
você tão facilmente enfeitiçou-me?
Ela piscou. Então piscou novamente. — Eu não tenho nenhuma mágica.
— Mentirosa. — Ele abaixou a cabeça para escovar suavemente sua boca sobre a dela,
saboreando a tentação suave de seus lábios. — Estou completamente enfeitiçado.
Ela se mexeu inquieta embaixo dele, mas não fez nenhum esforço para afastá-lo. —
Provavelmente você está enfeitiçado por uma mulher a cada noite, — ela murmurou.
— Nunca. — Ele levantou a cabeça para olhá-la com uma expressão sombria. Ele não queria
qualquer confusão. Isto era muito importante. — Só com você.
Sua língua saiu para umedecer os lábios secos. — Você não pode ter certeza.
— Estou certo o suficiente que deveria estar... Ele parou de falar com uma risada aguda.
— O quê? — ela perguntou.
— Bravo. Aterrorizado, — respondeu com honestidade sem rodeios. — Fingindo horror.
Num piscar de olhos ela passou de encantadoramente cautelosa para visivelmente irritada
com a sua resposta.
— Legal.
Ele acariciou a ponta de seu mamilo com o polegar. E não foi inteiramente para provocá-la.
Como qualquer Incubus, ele secretamente se perguntou como que seria estar acasalado.
Como seria encontrar a outra metade sua alma que iria cumprir todas as suas necessidades. E, ao
mesmo tempo, ele estava horrorizado com o simples pensamento de estar preso a uma mulher para
o resto da eternidade.
Certamente ele iria se sentir como se estivesse sendo sufocado?
Em vez disso ele se sentia... eufórico.
Quase bêbado nas sensações que borbulhavam pelo seu sangue como o melhor néctar. E o
fato de que ela era um anjo só intensificou seu prazer presunçoso. Quem sabia que o destino poderia
ser tão generoso para dar-lhe uma companheira que era tão gloriosamente perfeita?
— Agora, tudo o que posso pensar é a rapidez com que eu possa levá-la a minha casa, —
admitiu em uma voz áspera.
O doce aroma de orquídeas saturara o ar, assegurando-lhe que ela não se opôs à ideia de ser
levada para sua fortaleza privada.
É claro que ela não ia admitir o seu desejo. Ele já tinha descoberto que este anjo tinha pavor
de revelar qualquer indício de vulnerabilidade.
— Isso é impossível, — ela respirou, levantando as mãos para pressionar contra seu peito.

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Ele estudou o rosto pálido que ficaria para sempre gravado em seu coração.
— Por quê?
Ela franziu a testa, como se perplexa com a sua pergunta. — Você quer uma lista?
Sua mão se moveu da tentação macio para as penas que brilhavam com um luminescente
brilho branco à luz das tochas.
— Dê-me os três primeiros, — ele insistiu, seus lábios se contorcendo quando ela
violentamente estremeceu quando ele descobriu um ponto sensível no topo de suas asas.
— Eu sou um anjo, — ela conseguiu exalar, uma cor deliciosa manchando o marfim perfeito
de seu rosto.
— Você é uma esnobe? — ele traçou a curva graciosa da asa. Quem sabia que a sensação de
penas sob os dedos poderia fazer um Incubus quase entrar em auto combustão? — Você acha que
os anjos são muito bons para estar com um mero demônio?
Ela inspirou em uma respiração instável, os lábios entreabertos de tesão. Um chato, dolorido
pulsar permanecia na base de seu pênis totalmente ereto em reação a sua fome por esta fêmea, uma
necessidade aparentemente sem fim.
— Obviamente não.
— Ah. — Ele apertou sua coxa entre as pernas, com espasmos de excitação ao sentir sua
buceta quente crescentemente molhada com a necessidade. — Então é apenas um acasalamento
Incubus que a incomoda?
Ela fez um som estrangulado. — Acasalamento?
Ele esfregou a coxa contra seu clitóris inchado, seu olhar se fixou em seu rosto corado.
Deus, ela era linda. — Diga-me o número dois, — ele insistiu.
Suas unhas cravaram em seu peito enquanto ela lutava para falar. — Eu sou a Senhora do
Oubliette.
Jian fez uma careta. — Sim, um obstáculo muito perigoso, — ele admitiu a contragosto. —
Você está vinculado a este local?
— Não fisicamente, — disse ela, seus cílios baixando para esconder seus olhos. — Mas é
meu dever.
Ele fez um som de desgosto. Ele ouviu a declaração do Soberano de que os responsáveis por
este buraco no inferno tinham lhe dado permissão para destruir esta fêmea requintada. Assim que
ele descobrisse quem eram e como ele poderia colocar as mãos sobre eles, tinha a intenção de rasgá-
los em pequenos pedaços. Assim como ele iria destruir seu líder traiçoeiro.
— Um dever dado a você por pessoas que de bom grado sacrificariam você, — ele rosnou.

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Ela se encolheu, como se ele conseguisse dar um golpe. — Nós não sabemos com certeza.
Você já admitiu que não confia em seu Soberano, — ressaltou. — Ele poderia estar mentindo.
Jian fez uma careta, sentindo que a traição potencial iria feri-la mais profundamente do que
as balas que tinham atravessado seu peito.
Por quê? Pelo que ele sabia que o Carcereiro era escolhido por meio de sorteio aleatório, e
mudava de demônio para anjo a cada século para assegurar que nenhuma das espécies conseguisse
ganhar muito controle sobre este poderoso purgatório.
Então, por que ele sentia tão profunda tristeza pelos laços delicados que já estavam
começando ligá-los?
Estudando a expressão em seus traços frágeis, Jian aceitou relutantemente que este não era o
tempo para pressionar por uma resposta. Em vez disso, ele voltou sua atenção para as suas supostas
razões para se recusar a viajar para a sua casa.
— Diga-me o número três, — perguntou ele.
Seus olhos se estreitaram de forma abrupta, um olhar devastador de perda felizmente sendo
seguido por um surto de ciúme inconfundível.
— Eu não vou me tornar uma parte do harém de nenhum homem.
Jian lentamente sorriu, deliciando-se com a onda de aborrecimento que encheu o ar com o
cheiro de orquídeas queimadas. Este era o seu anjo lindo. Orgulhosa. Forte. Capaz de enfrentar até
mesmo o Incubus mais arrogante.
Seus dedos alisaram as penas cor de neve, com a perna pressionando firmemente contra seu
clitóris cada vez mais fortemente. — Nem mesmo um harém de uma?
— Uma? — ela deu uma sacudida hesitante de sua cabeça. — Eu pensei que os Incubis
nunca tinham relações sexuais com a mesma mulher.
— Eles fazem depois de terem acasalado.
— Eu não posso acreditar que você está falando sério.
— Eu nunca falei tão sério. — Ele não quis se adiantar sobre algo tão importante, mesmo
que ele apreciasse o flash de ciúme nos olhos índigo quando ela falou de seu harém. — Nunca.
— Isso é loucura, — ela murmurou.
— Sim. — Ele abaixou a cabeça, esfregando um caminho de beijos em seu rosto para o
canto de sua boca. — Mas é tarde demais para esperar sanidade.
— Jian...
Suas palavras ficaram perdidas em um suspiro ofegante quando Jian rolou em cima dela,
aprofundando o beijo enquanto ela instintivamente abriu as pernas.

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— Meu doce anjo, — ele murmurou, usando a ponta da língua para descrever a curva
exuberante de seus lábios.
Ele gemeu.
Ela tinha gosto de sol e orquídeas quentes. A potente combinação inebriante que fez seu
pênis endurecer a ponto de dor.
Segurando seu rosto entre as mãos, beijou-a com uma necessidade urgente que trovejou
através dele. Não importava que ele tinha acabado de ter um dos melhores orgasmos da sua vida.
Ou que ela seria a primeira mulher com quem ele já tinha feito sexo mais de uma vez. Nem sequer
importa que estava cada vez mais certo de que ela era sua companheira.
Era tudo sobre o calor, a necessidade, e corpos suados entrelaçados no prazer cru.
Tomando sua boca com uma demanda selvagem, ele pressionou a ponta do seu pênis até a
entrada de seu corpo, em seguida, com um impulso de seus quadris estava guardado profundamente
dentro dela, o poder escaldante de sua magia Incubus envolvendo-se em torno deles em um
redemoinho dourado de bem-aventurança.

~~~~
Foi várias horas mais tarde, que Jian relutantemente forçou-se a pressionar um demorado
beijo final nos lábios inchados de Muriel. Não que temesse os efeitos de fazer amor com ela mais
uma vez.
Com certeza, ele perdeu o controle do número de vezes que ele tinha reivindicado seu doce
corpo disposto. Mas não importava se ele tinha chegado ao mágico número oito vezes que iria uni-
los por toda a eternidade. Ele já tinha aceitado que este anjo requintado nasceu para ser sua
companheira.
— Por mais que eu gostasse de passar o resto da eternidade com você envolta em meus
braços, eu não posso esquecer o que me trouxe aqui, — ele disse, a contragosto rolando para fora da
cama e puxando suas roupas.
A expressão sonolenta e saciada de Muriel foi imediatamente substituída por um mal-estar
desconfiado quando ela deslizou para fora da cama e dirigiu-se para uma pequena caixa de madeira
em um canto distante. Jian teve um breve vislumbre de uma bunda feminina delgada atrás de suas
asas que estavam juntas para ocultar a magnífica vista. Em seguida, cobrindo o peito ela tirou um
vestido de linho simples que ela deixou cair sobre a cabeça para cobrir suas curvas esbeltas,
organizando-o para amarrar pelas costas, sem interferir com suas asas.

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Jian inspirou em uma respiração afiada. Desde quando uma mulher se vestir era tão
malditamente sexy?
Normalmente, o seu único interesse era tê-las despidas.
Mudando enquanto seu pênis estava novamente duro e dolorido, ele assistiu a sua vez de
estudá-lo com um olhar vigiado olhar.
— Você pretende rastrear o Soberano?
— Eventualmente. — Ele passou os dedos entre os fios curtos de seu cabelo, já sentindo que
ela não iria ficar feliz com o que ele tinha a dizer. — Primeiro precisamos descobrir o que está
escondido nas masmorras inferiores.
Ele estava certo.
Instantaneamente suas feições apertaram-se com uma emoção que ele encontrou impossível
de ler. — O que você está esperando encontrar?
Bem, essa era a pergunta, não era? Quando Vipera o contratara, tinha sido com o comando
de descobrir onde o Soberano estava se escondendo.
Seu próprio objetivo era muito mais pessoal. Especialmente agora. O bastardo ia pagar por
atirar no seu anjo.
— Algo que vai provar que o Soberano é um traidor de seu povo, — ele finalmente disse.
Suas sobrancelhas se uniram, formando um profundo olhar severo sobre a beleza índigo de
seus olhos. — Você quer o trono?
— Não para mim, — ele respondeu sem hesitar. Seu dever era restaurar a Casa de Xanthe à
sua antiga glória. Ele deixaria o papel de líder a alguém mais adequado para a tarefa. — Mas eu
estou determinado a ver um Incubus de honra como nosso Soberano.
— Então por que você não exige que o atual líder demita-se? — ela perguntou.
— Porque não tenho a prova de que preciso. — Ele estendeu a mão para agarrar a adaga de
obsidiana que tinha caído para o chão. — Ainda não.
Ela levantou a mão para tocar as marcas prateadas que ainda marcavam sua pele dos
ferimentos de bala.
— E é imperioso que haja uma prova?
— Se esperamos evitar a guerra, — ele admitiu. Ele aprendeu com o avô que não era uma
simples matéria remover Casa Marakel do Trono. Seu desejo ardente de descobrir uma evidência,
no entanto, não o cegava para o medo de que ele podia sentir tremendo através de sua frágil
companheira.
— Por que você está tentando me impedir de ir às masmorras?
Ela mordeu o lábio inferior. — Eu estou proibida de entrar nas masmorras inferiores.

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Moveu-se para ficar diretamente na frente dela, colocando gentilmente uma mecha atrás da
orelha. — Você não está no comando aqui?
Ela deu um aceno hesitante. — Sim, mas isso não significa que não tenho a quem obedecer
— Obedecer a quem? — ele perguntou quando as suas palavras foram cortadas
abruptamente.
— Aqueles que me enviaram.
Aqueles que me enviaram?
Por que diabos ela estava sendo tão cautelosa? Havia algo acontecendo com o Oubliette?
— Muriel.
Com um movimento espasmódico ela se afastou dele, suas asas se espalhando para mantê-lo
à distância.
— Eu vou ser punida.
Calmamente, Jian caminhou ao redor da barreira de penas para que ele pudesse mais uma
vez ficar na frente dela. Seu anjo lindo ia ter de aprender que ele não seria mantido fora. Não
quando ela tão claramente precisava dele.
— O que você quer dizer?
Ela manteve os cílios para baixo, um tremor fino balançando seu corpo.
— Quando Canaã escapou eu fui jogada no abismo.
Ele fez uma careta. Ele tinha ficado muito feliz quando ouviu que seu companheiro Incubus
tinha conseguido escapar do Oubliette e recuperado o comando da sua Casa. Agora, ele lamentou
profundamente a agonia que Muriel havia resistido.
— Sinto muito.
Ela levantou a cabeça, com uma expressão sombria. — Eu acabei de sair. Não vou voltar.

Capítulo 7
Muriel estremeceu quando Jian correu as mãos suaves sobre os ombros e para baixo de seus
braços, como se seu toque pudesse aliviar a memória das chamas que lhe queimavam a carne dos
ossos.
E ele não estava errado.
A sensação de sua leve carícia ajudou a substituir a sensação horrível de dor ardente com um
brilho dourado de prazer. Não magia. Apenas uma fêmea respondendo ao terno cuidado de seu
macho...

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— Eu não posso suportar a ideia de você se machucar, — ele rosnou, sua voz áspera com
raiva.
Ela encolheu os ombros. — Eu falhei em meu dever.
Ele imediatamente se lançou sobre suas palavras, seus olhos se estreitando. — Dever para
com quem?
— Eu disse a você, — ela murmurou. — Aqueles que me enviaram aqui.
— Você realmente tem sido bastante cuidadosa para não citar quem tem a sua lealdade, —
ressaltou.
Ela balançou a cabeça, o medo atravessando sua espinha.
Este Incubus era tão nobre.
Terrivelmente nobre.
Não só tinha estado disposto a enfrentar as celas do purgatório para ajudar o seu povo, mas
ele tinha ficado para salvá-la quando teria sido muito mais fácil deixá-la para trás. Mas ele apenas
não entendia o que ele ia ter que enfrentar se ele continuasse sua busca pela verdade.
— Não faça isso Jian.
Seus dedos fizeram a volta até seus braços e sobre seus ombros antes de traçar a curva
superior de suas asas em um gesto estranhamente familiar.
— Por quê?
— É perigoso.
Seu calor Incubis envolvido em torno dela. Não para seduzir, mas para conforto.
— Quem te mandou aqui?
Ela deu um suspiro profundo. Tolo teimoso.
Ele ia se matar.
— O Conclave, — ela relutantemente revelou.
Seus olhos se arregalaram em choque. — Os anjos estão no controle do Oubliette?
— Sim.
— Desde quando?
— Eu não tenho certeza. — Ela lambeu os lábios secos, incapaz de suportar a ideia do que
aconteceria se eles conseguissem capturar Jian. — Pelo menos nos últimos cinco séculos.
Magia Demônio explodiu no ar, o calor sexual quase colocou Muriel de joelhos.
Céus. Ela nunca iria se acostumar com isso.
— O Soberano deve ter sabido, — Jian rosnou, aparentemente sem saber que Muriel estava
se afogando no poder sensual. — Mas por que ele iria permitir que eles obtivessem tanto poder?

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Ela respirou fundo, acorrentando seu desejo feroz de arrancar suas roupas e lambê-lo da
cabeça aos dedos do pé. Como ela poderia se concentrar quando ele estava despertando-a ao ponto
da insanidade?
— Eu realmente não sei, — ela engasgou.
Afastando-se, Jian andou em direção ao meio de sua caverna privada, sua graça fluída
lembrando-lhe que enquanto ele tinha a proeza sexual de um Incubus, ele também era um guerreiro
letal.
— Eles devem ter lhe prometido alguma coisa, — ele murmurou, felizmente controlando
sua magia. — Poder, armas... algum meio para manter o seu trono.
Muriel levou uma mão ao seu coração acelerado, tentando limpar a névoa de sexo de sua
mente.
— Eles, sem dúvida, prometeram-lhe uma série de coisas, — ela concordou, seus lábios se
contorcendo em sorriso sem humor. — Mas ele seria um tolo por acreditar neles.
Jian virou-se para encontrar o seu olhar irônico. — Você acha que eles estão usando-o?
— Claro. — Ela fez uma careta. Quando ela tinha sido chamada diante dos líderes supremos
dos anjos. Ela foi intimidada. Agora ela percebeu que só se permitiu ser cega. Não só pelo seu
inconfundível poder, mas por sua beleza temível. — O Conclave se tornou obcecado com o desejo
de recuperar o controle de seu mundo. O primeiro passo é ganhar o comando do Trono Obsidian.
— O idiota, — ele cuspiu, os olhos dourados brilhando com uma fúria interior. — Ele se
tornou o fantoche deles e ele nem sequer percebeu isso.
Ela fez uma careta. — Ele não é o único.
Fazendo um esforço visível para controlar sua frustração, ele voltou suas mãos para o rosto
dela. — Por que eles enviaram você aqui?
Raiva antiga correu através dela. — Foi-me dito que era porque eu tinha recusado o
companheiro escolhido pela minha família.
Sua mão apertou em seu rosto, o ar formigando com um perigo repentino.
— Companheiro? — ele respondeu asperamente. — Algum outro homem tentou reclamar
você como companheira?
Se qualquer outro homem tivesse dito alguma coisa sobre reclamá-la, ele teria a certeza de
que entendesse com dolorosa clareza que ela não era um objeto para ser propriedade. Não de mais
ninguém. Com Jian, no entanto, parecia... perfeito.
— Obviamente, ele não teve êxito. — ela acalmou suas emoções transbordantes. — Eu
preferi ser enviada para o inferno em vez de ser forçado a passar uma eternidade com um anjo que
me via como nada mais do que um meio para procriar.

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Seus dedos percorreram a linha de sua mandíbula, seu polegar distraidamente acariciou o
lábio inferior.
— Então você está pagando a pena por não ser uma filha obediente?
Ela instintivamente deu um passo mais perto de seu calor reconfortante, estranhamente
aliviada pelas memórias nada bem vindas de ser condenada à masmorra.
— Isso foi o que eu pensei.
— E agora?
Ela estremeceu. Por muitos anos ela tinha simplesmente cumprido seu tempo como a
Carcereira, dizendo a si mesma que acabaria por ser devolvida à sua família e isso tudo se tornaria
um pesadelo distante. Só agora ela se permitia considerar verdadeiramente por que o Conclave tinha
sido tão insistente que ela fosse disciplinada por sua recusa a aceitar seu acasalamento arranjado.
— Minha família não é particularmente poderosa, mas eles se manifestaram contra o
Conclave no seu desejo de expandir a sua base de poder, — disse ela lentamente. — Estou
começando a suspeitar que eu seja uma lição para as outras famílias que estão contra eles. Ninguém
quer seus filhos tirados do meio deles.
Sem aviso, ele se inclinou para tomar seus lábios em um beijo que queimava através dela
com chocante calor.
Ela piscou, agarrando seus braços para manter o equilíbrio. Então, isso é o que se sentia ao
ser atingida por um raio, ela fatalmente reconheceu.
— Você não vai ser seu peão por mais tempo, — ele prometeu, levantando a cabeça para
estudá-la com uma olhar carinhoso. Seus dedos cavados em seus braços enquanto ela foi esmagada
pela necessidade de tentar colocar algum senso na cabeça do macho teimoso.
— Você não pode alterar a política dos anjos.
— Não, mas eu posso te levar pra longe deles.
Muriel hesitou. Uma coisa era fantasiar sobre um futuro com este lindo, e insanamente sexy
Incubus. Inferno, que mulher não sonharia em ter Jian como seu companheiro? Mas outra bem
diferente era realmente ir para longe de qualquer possibilidade de voltar para a casa.
— Minha família...
— Permitiu-lhe ser o cordeiro sacrificial, — Jian interrompeu, sua voz cheia de nojo. —
Eles não te merecem.
Ela não podia argumentar. Podia não saber exatamente como o Conclave havia ameaçado os
pais dela, mas o que quer que fosse tinha obviamente valido a pena perder sua única filha.
— E você? — ela tentou provocá-lo, não querendo se debruçar sobre o pensamento de sua
família voltando as costa a ela.

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— Provavelmente não. — Ele deu um beijo suave, demorando-se em seus lábios. Uma
promessa silenciosa de devoção. — Mas eu pretendo dedicar cada dia para ganhar o direito de
chamá-la de minha companheira.
Ela tremeu, sentindo-se como se fosse à pessoa mais importante no mundo, quando ela
olhou para os seus olhos.
— Você é muito bom nisso, — ela sussurrou.
Outro longo e persistente beijo. — Seja minha.
Como ela poderia resistir? Mesmo que não tivesse sido abandonada pelos anjos e deixada
para apodrecer neste lugar medonho, ela teria seguido Jian até os confins da Terra.
Ele era seu companheiro.
Não importava que ele fosse um Incubus. Ou que sua família nunca, nunca iria aceitar sua
união. Este era o homem que seu coração estava procurando desde o início dos tempos.
— Minha mãe me avisou que viriam demônios me levar, se eu não me comportasse, — ela
murmurou, suas mãos acariciando os músculos duros de seu peito.
— Verdade. — Ele mordeu o lábio inferior. — Mas não é muito mais divertido ser a menina
má?
Não era só divertido, era viciante, ela admitiu enquanto seus dedos acariciavam suas asas
sensíveis. Ainda assim, ela não era tola o suficiente para pensar que poderiam valsar para fora do
Oubliette. Especialmente não se Jian estava determinado a procurar as masmorras.
Ela torceu o nariz. — Isso depende de se nós sairmos daqui vivos.
Sua expressão endureceu com uma firme determinação. — Não vou deixar nada acontecer
com você querida. — Com um último beijo ele deu um passo atrás. — Você está pronta?
Será que ela estava? Com um esforço, ela ergueu o queixo e se moveu em direção à porta.
Ela permitiu que sua vida ficasse à deriva dia após dia, porque não teve a coragem de enfrentar
aqueles que a colocaram nesta prisão. Não ia desperdiçar mais um segundo.
— Por aqui, — ela murmurou, levando Jian para baixo por uma escada estreita para o túnel
que levava através do Oubliette para as câmaras inferiores. Andaram em silêncio, ambos focados
em seus arredores. O ar espesso contaminado com enxofre. Os gritos dos prisioneiros. O pesado
sentimento de desgraça.
Todos familiares à Muriel, embora houvesse uma vibração estranha que estava fazendo suas
asas se contorcerem. Continuando passada as linhas de celas, ela sentiu um arrepio afiado.
Não era simpatia pelos prisioneiros. Eles foram alguns dos mais hediondos no Oubliette.
Assassinos. Violadores. Traidores.
Mas em vez disso, era um frio de premonição.

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—Eu me sinto... — as palavras dela sumiram enquanto seus poderes focavam-se na fonte de
seu desconforto. Jian estava instantaneamente ao seu lado, com a mão agarrando a dela em um
gesto de conforto.
— O que há de errado?
— Alguém entrou no Oubliette, — disse ela, o medo se espalhando através dela como um
vírus.
Jian acalmou-a, sua mão baixando para agarrar a adaga de obsidiana que ele tinha escondido
no cós da calça jeans.
— O Soberano? — perguntou.
— Não. — Sua boca estava seca, o coração batia forte. — O Conclave.
Jian fez uma careta. — Merda.
— Sim. — Ela apertou sua mão. — Merda.

Capítulo 8

Jian incitou sua companheira para continuar sua caminhada pelo túnel, suavizando sua
expressão quando ele sentiu seu terror.
Muriel estava à beira do pânico.
Nenhuma surpresa, considerando-se o que ela tinha sofrido ao longo das últimas horas. Ele
tinha que mantê-la focada se fossem descobrir o que estava escondido nas masmorras e, em
seguida, escapar da Oubliette.
— Eles podem te localizar? — ele perguntou, aliviado quando ela conseguiu puxar uma
respiração profunda e mais uma vez assumindo a liderança enquanto se apressavam em um túnel
adjacente.
Seu corajoso e lindo anjo.
— Não, a magia do Oubliette vai me proteger, por agora, — ela disse, sua voz aguda
portanto não iria ecoar pela rede de passagens. — Mas eles vão, eventualmente, acompanhar-nos
para baixo.
— Nós vamos estar muito longe antes disso, — ele assegurou, enviando uma oração
silenciosa para que ele pudesse manter sua promessa.
— Espero que sim, — ela murmurou, pressionando suas asas para trás quando ela passava
espremida por uma abertura estreita que levava para um vão íngreme de degraus de pedra. — Eu
realmente não quero voltar para o abismo.

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— Nunca mais, — ele jurou, estremecendo enquanto os gritos dos prisioneiros ecoaram pelo
túnel. — Eles sempre gritam tão alto?
— Ao contrário de você, eles não podem ver através das minhas ilusões, — ela murmurou.
— Cada um deles acredita que a sua cela está cheia com o que eles mais temem.
Ele deu um aceno de cabeça. — Você é uma mulher perigosa, doce anjo.
Ela lhe enviou um olhar por cima do ombro, baixando uma asa para se certificar de que ele
não perdesse sua advertência. — Nunca se esqueça.
Ele riu. Não havia nada mais sexy do que uma mulher forte que não tinha medo de falar o
que pensa.
— Acredite em mim, eu não vou, — ele rosnou em apreciação, antes de sua breve distração
ter um fim abrupto quando eles entraram numa caverna que estava nublada em completa escuridão.
Por um segundo perturbador ele estava completamente cego, então Muriel sussurrou uma palavra
suave e ela estava brilhando com uma luz prateada.
Em qualquer outro momento ele teria ficado em reverência com a visão de sua beleza
marfim iluminada em suave esplendor. Foi por isso que os anjos tinham sido adorados ao longo dos
séculos. Infelizmente, ele não podia dar ao luxo de aproveitar sua beleza. Agora não.
Em vez disso, ele estudou a caverna enorme que parecia não ter fim.
— Você já esteve aqui? — ele perguntou, seu rasante olhar sobre as estalagmites e
irregulares estalactites que impossibilitavam ver mais do que alguns metros em qualquer direção.
Ela estremeceu. — Não.
— Portanto, não há ilusões? — ele pressionou.
— Não que eu tenha criado.
— Maldição. — Ele cautelosamente avançou, espiando por trás das formações rochosas. —
Eu sinto...
Ela se moveu para ficar ao seu lado. —O quê?
Jian deu uma sacudida frustrada de sua cabeça. — Nada, — ele murmurou. — Eu não sinto
nada.
Ela torceu o nariz, permitindo que seu brilho prateado se espalhasse ainda mais através da
caverna.
— Então, qual é o esconderijo do Soberano?
Isso era exatamente o que Jian queria descobrir.
Ignorando a sensação de vazio que enchia o ar, ele continuou a procurar por trás das
estalagmites. Droga. Tinha que haver alguma coisa aqui. Demorou quase um quarto de hora antes
que ele finalmente tropeçasse em trincheiras rasas que haviam sido escavadas no chão de pedra.

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— Muriel, — ele chamou suavemente.


O anjo apressou-se a seu lado, sua luz revelando o que ele já havia suspeitado. Havia três
formas de corpo fortemente envolvidas em mortalhas brancas.
— Oh. — Ela enviou-lhe um olhar preocupado. — Eles se parecem com múmias.
Agachando-se, ele puxou de lado o material grosso para revelar o homem escondido
embaixo.
— Não múmias, — ele murmurou, continuando a retirar o sudário.
Muriel fez um som de surpresa. — Um Incubus. — Ela se inclinou para frente, as
sobrancelhas juntando-se pela visão do rosto pálido do homem que estava cercado por cabelo tão
vermelho escuro que pareceu carmesim em sua luz prateada. — Ele está morto?
Ela apontou para os outros corpos que estavam dispostos lado a lado. — E os outros dois?
Ele correu para as covas rasas, rapidamente retirando os Incubis das mortalhas com uma
crescente raiva.
— Guardiões, — ele grunhiu, seus dedos se contorcendo com a feroz necessidade de
envolvê-los em torno da garganta do Soberano e apertar...
Algum dia ele ia fazer o bastardo pagar. Um dia, muito em breve.
— Você os reconhece? — Muriel exigiu.
Seu olhar foram para as tatuagens distintivas que circulavam os braços superiores dos
Guardiões. — Não pessoalmente, mas eu suspeito que eu sei exatamente quem eles são.
— Quem?
— O Mestre da Casa Akana e suas escoltas, — disse ele, incapaz de acreditar que estava
dizendo essas palavras. Durante séculos eles tinham sido informados de que a Casa tinha morrido. E
ninguém nunca tinha questionado o Soberano quando ele anunciou que o último Mestre havia sido
destruído.
Agora, ele lutava para aceitar que o pobre coitado tinha sido mantido nesta caverna como
uma espécie de... o quê?
Refém?
Sacrifício?
Não fazia sentido.
— Um Mestre? — Muriel deu um passo instintivo para trás. — Por que eles estariam
escondidos nestas masmorras?
— Tenho a intenção de descobrir, — ele rosnou, puxando o seu telefone em uma tentativa
de tirar fotos dos Incubis inconscientes. — Mas não aqui.
Muriel franziu a testa em confusão. — Está fazendo o que?

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— Enviando provas da traição do soberano, — ele murmurou, com a esperança de fazer


upload das fotos para Taka. Seu guarda-costas saberia levar as provas para as Casas governantes.
— Eu não acho que... — Muriel acenou com a mão em direção ao seu telefone. — A
tecnologia vai funcionar aqui.
Jian murmurou uma maldição. Ela estava certa. A tela permaneceu em branco.
— Vou ter que tentar carregá-los fora daqui, — ele finalmente admitiu, lentamente
entrecerrando os olhos e voltando-se para a fêmea que estava ao seu lado. — Mas não até que eu
esteja certo que você está segura. Precisamos voltar para o portal.
Ela mordeu o lábio inferior, com o rosto pálido quando estudou o Incubis inconsciente.
— Eu posso tentar escondê-los com uma ilusão até que você possa voltar para eles.
— Vai escondê-los dos anjos?
Ela deu um aceno lento. — Meus poderes de ilusão são o meu dom natural, — disse ela. —
Eu deveria ser capaz de criar uma ilusão pela qual só eu possa ver através dela. — Ela enviou-lhe
um olhar irônico. — E você.
Ela hesitou, como se ela fosse tentar tolamente e negar sua preocupação. Em seguida, com
uma careta ela virou a cabeça para olhar em direção à abertura da caverna. — Quando eu tecer o
feitiço vai atrair a atenção do Conclave. Nós temos que ser rápidos.
Não mais ansioso do que Muriel para dar de presente a sua localização para os anjos que se
aproximam, Jian se inclinou e deslizou seus braços por baixo do corpo mole do Incubus mais
próximo, embalando-o contra seu peito enquanto ele o endireitava. Então, com o máximo de
cuidado possível, ele o levou através da caverna para dobrar ele atrás de uma grande estalagmite.
Rapidamente ele teve o segundo Guardião e o Mestre colocados ao lado dele no chão.
— Pronto, — ele murmurou.

Capítulo 9
Muriel limpou as mãos úmidas em sua camisa de linho, lutando para ignorar os espinhos de
mágica dançando sobre sua pele. Os anjos estavam se aproximando, seu poder uma força tangível
no ar, mas com um severo esforço se concentrou nos três Incubis inconscientes que Jian tinha
empilhado ao lado da estalagmite.
Quanto mais cedo ela pudesse terminar sua tarefa, o mais cedo eles poderiam sair. Ou, pelo
menos, ela esperava que eles pudessem sair.
Se o Conclave conseguisse pegá-los, eles...

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Não. Ela estendeu as mãos e lançou sua mágica. Ela nem mesmo poderia de considerar as
variadas e horríveis formas em que eles podem ter sido torturados. Não quando ela precisava se
concentrar.
Com rajadas controladas de poder, ela disfarçou os machos em camadas de ilusão até que ela
estava certa de que nenhum deles seria capaz de ver mais do que uma grande rocha que combinava
com as outras pedras em toda a caverna.
— Isso deve mantê-los escondidos, — ela murmurou.
Jian balançou a cabeça, esfregando os músculos tensos de sua nuca, como se ele pudesse
sentir o perigo que se aproximava.
— Eu não acho que você tem uma maneira secreta para sair deste lugar? — perguntou.
Ela balançou a cabeça, pela primeira vez em sua vida desejando não ser tão eficiente.
— Não, depois da fuga de seu amigo me certifiquei de que não houvesse mais oportunidades
para entradas aleatórias.
— Droga.
— Há uma abertura para a fortaleza do Soberano, bem como um para minha terra natal, —
disse ela. — É isto.
Estendendo a mão, ele agarrou a mão dela em um aperto firme. — Então vamos para a
fortaleza.
Outra onda de energia arrepiou sobre sua pele. — Temos que nos apressar, — ela respirava.
Facilmente sentindo seu medo, Jian apertou seus braços em sua mão e correu em direção à
abertura da caverna.
Juntos, eles subiram o seu caminho para fora das câmaras inferiores, Muriel apontando o
caminho quando eles chegaram a uma encruzilhada. Ao redor deles os prisioneiros gritavam por
misericórdia, e os servos que tinha ganhado sua confiança correram para completar suas tarefas,
mas eles conseguiram evitar os anjos enquanto ela levava-os através do coração do Oubliette.
Muriel estava entrando na caverna que estava logo abaixo da porta de entrada quando ela
sentiu como se alguém tivesse entrado dentro dela e arrancou um órgão vital.
Travando em estado de choque, ela esperou para ver se ela tinha sido atingida com um golpe
fatal de magia.
Não se sentia como se estivesse morrendo.
Em vez disso, ela se sentia... vazia.
Oh.
— Espere, — ela respirou, tentando manter o equilíbrio enquanto seu corpo reajustava para
a mudança repentina.

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Girando em torno dela, Jian a estudou com preocupação acentuada. — O que é? Você foi
ferida?
Ela lambeu os lábios secos. — Eles levaram meus poderes, — disse ela.
Ele franziu a testa. — Você não é mais a Senhora do Oubliette?
Queridos céus.
Fazia tanto tempo desde que tinha sido um simples anjo, sem uma maldição para transportar
que ela tinha esquecido o quão pesado o fardo da sua posição como Carcereira verdadeiramente
tinha sido.
Agora, ela se sentiu livre. Leve como o ar. Claro, ela também não tinha meios para controlar
esta dimensão particular, o que tinha sido, sem dúvida, a razão pela qual o Conclave tinha arrancado
seus poderes.
—Não.
Ele passou uma mão reconfortante sobre a curva superior da asa dela. — Você está com
dor?
— Na verdade... — Ela deu uma risada trêmula. — É maravilhoso.
Ele deu um beijo rápido em sua testa. — Quanto mais para a porta de entrada?
Ela apontou para a escada. — Está logo acima de nós, mas o Conclave está próximo.
Ele segurou o punhal na mão, suas feições apertadas com firme determinação.
— O quão perto?
Ela tremeu, não mais capaz de sentir as forças de vida espalhadas por todo o prisão.
— Eu não tenho certeza.
— Isso não importa. — Ele colocou outro beijo em sua testa antes de puxa-la em direção as
escadas.
— Vamos dar o fora daqui, — ele murmurou, dando dois passos de cada vez.
Muriel manteve-se próximo ao seu lado, com o coração acelerado, enquanto entravam na
grande caverna acima.
— Aí está, — disse ela, apontando para a abertura cintilante apenas a alguns metros de
distância.
Jian assentiu, segurando firme em seus dedos quando ele correu através da caverna larga. A
poucos metros da abertura, no entanto, houve um som por trás deles, e com uma baixa maldição
Muriel foi derrubada no chão.
A apenas alguns centímetros da sua cabeça um espiral de mágica branca, quente passou
chiando, batendo na parede com poder suficiente para fazer toda caverna vibrar.

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— Droga, — Jian murmurou, apressadamente seguindo Muriel quando ela disparou em


direção a uma rocha nas proximidades. — O que foi isso?
— Fogo de Anjo, — disse ela, espiando por cima da rocha em direção às sombras no
extremo da sala.
Ela havia cortado sua iluminação, o que tornava impossível vê-la através da escuridão
tenebrosa, onde o Conclave estava escondido. Porcaria.
— Ouvi sobre isso, mas eu nunca vi em ação, — Jian murmurou, sua voz grossa com
descrença. — Você pode fazer isso?
— Meu poder não é tão grande quanto o do Conclave, — ela disse, mordendo o lábio
inferior enquanto tentava julgar a distância entre eles e o portal. Eles poderiam fazê-lo sem ser
atingidos pelos poderes do Conclave? — Mas eu também tenho um pouco de fogo.
— Você realmente é uma mulher perigosa, — ele murmurou.
— Cuidado, — ela gritou quando houve outro zumbido alto.
Ambos se esconderam atrás da rocha, em seguida, sem pensar, Muriel levantou a mão e
mandou um raio de sua própria magia. Ela não tinha mentido quando disse que não tinha a mesma
potência que o Conclave, mas ela tinha um conhecimento íntimo dessas cavernas, e com uma
precisão infalível atingiu a linha de falha na extremidade do teto.
Houve um silêncio momentâneo antes de um estalo ecoar pelo Oubliette, e com força
surpreendente as pedras pesadas começaram a rolar para enterrar a extremidade oposta da caverna
em uma pilha de escombros.
Houve gritos de dor e fúria dos anjos que foram enterrados sob a avalanche de pedra. Não
que o desmoronamento fosse realmente matá-los, mas demoraria um tempo até para um poderoso
anjo remover várias toneladas de rocha.
Choque sacudido por ela. O que ela fez?
Uma coisa era escapar com Jian. Outra bem diferente era realmente atacar o Conclave. É
claro que eles estavam tentando matá-la, ela reconheceu, um desejo histérico de rir borbulhando
através dela. Certamente ela estava autorizada a se proteger?
— Você está bem?
Muriel deu um aceno de cabeça, tossindo pela espessa nuvem de poeira que encheu o ar.
— Eu não fui atingida, — ela assegurou a seu companheiro.
Sem aviso, Jian agarrou seus ombros para que ele pudesse virar a ela suavemente para
encontrar seu olhar.
— Não foi isso que eu quis dizer, — ele murmurou baixinho, rodeando-a no calor
reconfortante de sua mágica. — É difícil combater seu próprio povo.

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Uma parte da sua angústia se aliviou. Foi difícil, mas ela não tinha escolha. Não se quisesse
sobreviver.
— Eu estou bem, — disse ela. E ela estava. O horror de atacar seus líderes já estava
desaparecendo enquanto ela saboreava o toque suave de Jian. Este macho tinha estado por ela e a
curou, enquanto seu próprio povo tinha a despachado como dano colateral. Eles já não mereciam
sua lealdade. Na verdade, ela faria tudo em seu poder para proteger Jian contra eles. — Além disso,
eu realmente não prejudicá-los. É apenas os retardei.
— É tudo o que precisamos. — Levantando-se, Jian olhou ao redor da parte da caverna que
permanecia intacta, garantindo que não houvesse outros anjos escondidos entre as sombras. Então,
pisando em torno da rocha ele ligeiramente se dirigiu para a porta de entrada. — Eu vou primeiro.
Muriel correu para segurar em seu ombro largo, facilmente sentindo sua tensão.
— O que você está esperando? — ela perguntou, tardiamente percebendo que escapar do
Oubliette pode ter sido o início do perigo.
— Os anjos não são os únicos que estarão nos esperando usar este portal, — ele murmurou,
seus passos nunca abrandaram.
— Jian. — Ela agarrou seu braço, deixando-o num impasse.
Seu corpo magro cantarolava com impaciência óbvia, mas ele prontamente se virou para
tocar a mão em seu rosto. — Confie em mim, Muriel, — ele murmurou, seu polegar acariciando seu
lábio inferior. — Eu juro que vou te proteger.
Como se ela tivesse alguma vez duvidado de seu instinto feroz para mantê-la segura.
Ela balançou a cabeça, o medo torcendo suas entranhas. Não por si mesma. Mas por este
homem que sacrificaria tudo por ela.
— Eu sei disso. É... —As palavras sumiram quando suas emoções ameaçaram superá-la.
Ele franziu a testa em preocupação. — Muriel?
Ela olhou para o seu magro e dolorosamente belo rosto antes de ficar na ponta dos pés para
beijá-lo com uma pitada de desespero. Ela tinha acabado de encontrar este sexy, lindo, maravilhoso
macho. Ela não podia suportar a perdê-lo.
— Só não se mate, — ela ordenou com voz rouca.
Os olhos dourados queimaram com uma devoção que a fez derreter.
— Eu não tenho nenhuma intenção de morrer, — ele prometeu. — Não quando eu tenho
muito pelo que viver meu doce anjo.
Ele passou as pontas dos dedos sobre seu rosto, como se memorizando cada detalhe. Em
seguida, lentamente recuou e endireitou os ombros. — Pronta?
Ela tomou uma respiração profunda.

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— Pronta.

~~~~
Jian se forçou a dar um passo à frente, consciente da mulher que o acompanhava com
completa confiança.
Deuses. A última coisa que ele queria era levar seu lindo anjo para um lugar ainda mais
perigo, mas ele não tinha escolha.
Não podiam ficar no Oubliette. Não com o Conclave claramente determinado a matá-los.
Infelizmente, ele não duvidou por um segundo que eles estavam pulando diretamente da
frigideira para o fogo.
Entrando no portal, ele sentiu uma pontada de magia sobre sua pele, em seguida, ele
atravessou e estava de pé no ornamentado dormitório. Por um segundo, ele se sentiu estranhamente
desorientado enquanto se ajustava ao seu mundo.
A sala estava envolta em sombras, mas ele sentiu que era de manhã cedo. Assim como ele
sentiu que mais do que um dia tinha passado desde que ele tinha estado neste local.
Foi uma semana ou um mês, era impossível para ele determinar.
Droga.
Retirando seu telefone, ele ficou aliviado ao descobrir que ele tinha serviço suficiente para
enviar um texto rápido para Taka. Seus irmãos, não tinha dúvida, estavam se preparando para que a
Casa de Xanthe fosse para a guerra. Agora, ele pediu a seu guarda-costas para avisar sua família
para esperar por quaisquer parcelas de vingança pelo seu desaparecimento.
Deslizando o telefone de volta no bolso de sua calça jeans, ele agarrou seu punhal em uma
das mãos, enquanto puxava Muriel em direção à tela de seda que dividia o quarto.
— Fique aqui, — ele murmurou baixinho, com o olhar fixo na porta que dava para o
corredor externo. — Esta é a fortaleza? — Muriel sussurrou, os olhos arregalados quando ela viu as
tapeçarias pesadas e o pavimento em mosaico.
— Sim, e nós não estamos sozinhos, — alertou.
— Outra Espadachim? — Muriel exigiu.
— Agora não. Guardião, — disse ele no exato momento que dois grandes guarda-costas
entraram na sala. Movendo-se para o centro da sala para que ele tivesse mais espaço para lutar, ele
secretamente se escondeu, sua mão segurando a adaga de obsidiana atrás das costas.

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Ambos os guerreiros eram bem mais de três metros, com músculos proeminentes e cabeças
raspadas. Eles estavam fortemente armados com armas de fogo, bem como punhais que estavam
embainhadas através de seus grandes peitorais.
O mais alto dos dois deu um passo adiante, as feições esculpidas sem rodeios, impassível.
— Xanthe.
Jian assumiu um ar de comando. Ele era um lutador melhor do que a maioria, mas não
gostava das probabilidades. Ele preferia de longe a intimidação a batalha real.
— Onde está o seu Mestre?
Os olhos escuros do Guardião se estreitaram. — Ele tem coisas melhores para fazer do que
lidar com intrusos.
Intrusos. Não invasor. Merda. O macho tinha, obviamente, sentido Muriel apesar do fato de
que ela estava escondida atrás da tela.
A necessidade de evitar uma briga tornou-se ainda mais imperativa. Ele não podia correr o
risco de ser ferido e deixar seu anjo vulnerável.
— Coisas melhores, — ele zombou. — Como trair os Incubis?
Como esperado, ambos Incubis endureceram. Havia poucas coisas mais importantes para
demônios do que a sua honra.
— Nós não somos aqueles que tentaram trair o nosso rei.
Jian fez um som de desgosto. — Marakel não é um verdadeiro rei. Ele é um pequeno tirano
que tem se permitido tornar-se um peão para os anjos.
O guarda deu um olhar traidor em direção a porta de entrada aberta, revelando que ele não
estava totalmente confortável com as explicações que o Soberano tinha dado para suas viagens para
o Oubliette.
Ainda assim, ele sombriamente manteve sua lealdade. — Ele nunca iria lidar com os anjos.
— Não? — Jian se adiantou. — Eu tenho a prova.
Sem aviso, uma porta secreta se abriu, revelando o alto, magro Incubus com a cabeça
raspada e olhos escuros. Com uma inclinação arrogante de seu queixo quando ele entrou na sala.
Vestido em calças soltas e uma túnica branca que estava bordada com fios de ouro e um
grande rubi, ele analisou Jian com aversão indisfarçável.
— Mate-o, — ele rosnou, apontando um dedo longo e fino na direção de Jian.
— O que há de errado Marakel? — Jian escarneceu, ódio torcendo suas entranhas. Este
macho tinha negociado com os anjos, sequestrado e mantido Incubis como cativos, e quase matou a
bela companheira de Jian. Era a hora de fazê-lo pagar por seus crimes. — Não quer que seus servos
saibam que você abusou da sua lealdade para manter-se no poder?

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Não havia sequer um lampejo de culpa no rosto magro. Na verdade, não havia nada, além do
fanático brilho nos olhos escuros que revelava a corrupção vil que tinha destruído sua alma.
— Eles entendem que eu sou o melhor líder para o nosso povo, — ele retrucou.
— Você certamente tem a maior arrogância, — Jian provocou.
O Mestre da Casa Marakel virou a cabeça para olhar para seus Guardiões.
— O que vocês estão esperando? — Retrucou.
— Talvez eles queiram saber por que você permitiu que os anjos assumissem o comando do
Oubliette, — Jian disse, não perdendo o empurrão de surpresa dos Guardiões pela sua revelação.
Qualquer demônio com um pouco de inteligência iria entender que, se o Oubliette era um terreno
que já não era neutro, em seguida, uma invasão pelos anjos não poderia estar muito longe. — É para
esconder o fato de que você está segurando o último Mestre da Casa Akana como seu prisioneiro?
— Cale a boca, — o Soberano assobiou.
— Akana, — o mais próximo Guardião rosnou. — Eles morreram.
Jian balançou a cabeça, em silêncio, notando que os guerreiros claramente não sabiam da
traição de seu Mestre.
— Eu o vi com meus próprios olhos.
— Não dê ouvidos a ele. — Marakel lançou uma explosão de seu poder, em uma tentativa
de obrigar os seus servos a obedecer. O Soberano possuía um talento para coagir os outros a sua
vontade. Uma das razões pela qual ele conseguiu se manter no controle do Trono por tanto tempo.
— Ele está tentando destruir a sua lealdade.
Jian olhou para o homem que tinha de bom grado traído o seu próprio povo.
— Diga-me porquê Marakel.
O Soberano acenou com a mão em direção aos dois Guardiões. — O que vocês estão
esperando?
O primeiro dos guarda-costas lentamente pegou sua arma, claramente dividido entre o dever
e uma crescente suspeita de que seu Mestre poderia não ser digno de sua lealdade.
Antes que ele pudesse realmente puxar a arma, no entanto, houve uma espiral de energia que
atingiu a uma polegada das botas pesadas do guerreiro.
— Não se mova, — alertou Muriel, saindo de trás da tela e espalhando suas asas que
brilhavam com uma luz prateada.
Os dois Guardiões recuaram com um terror atordoado, seus rostos cheios com admiração
quando eles estudaram a requintada companheira de Jian.
— Anjo, — respiraram em uníssono.

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Resistindo ao impulso de olhar para o seu magnífico anjo, Jian lançou-se para frente, usando
a distração para agarrar o Soberano pelo pescoço e jogá-lo contra a parede.
— Diga-me porque, — ele rosnou, erguendo o punhal para pressionar a ponta da lâmina de
obsidiana sob o queixo. O homem mais velho arregalou os olhos, sua arrogância quebrando quando
ele percebeu que ele estava verdadeiramente encurralado.
— Porque o seu poder é sentir o nascimento de uma Succubus, — ele murmurou.
Jian franziu a testa em confusão com a menção dos demônios do sexo feminino que se
tornaram extintas há anos.
— Não houve qualquer Succubi por... — Suas palavras se interrompeu quando ele lembrou
que todos tinham pensado que a Casa Akana tinha morrido. — Puta merda. Você fez alguma coisa
para destruir as Succubi?
Marakel hesitou, quase como se ele estivesse tentando chegar a uma mentira convincente.
Jian curvou os lábios em um sorriso sem graça, permitindo que a ponta afiada de sua lâmina
perfurasse a carne do bastardo.
— Não eu, — o Soberano guinchou, seu olhar frenético correndo em direção aos Guardiões
que ainda estavam hipnotizados pela visão de um anjo real em pé a poucos metros deles.
— Então quem?
— As sacerdotisas Nephilim, — ele finalmente rosnou, aceitando que seus guardas não
estavam dispostos a correr para o seu salvamento.
Jian franziu a testa. Nephilim? Fazia sentido, a inclusão das sacerdotisas no plano nefasto do
Soberano explicaria a presença da Espadachim que estava montando guarda na porta de entrada.
Mas que interesse elas poderiam ter nos demônios femininos?
— Por quê? — ele grunhiu. — Por que elas iriam destruir as Succubi?
— Porque nós não teríamos a necessidade das Nephilins se as Succubi fossem autorizadas a
voltar, — Marakel disse asperamente. — Seu poder vem de nossa necessidade de suas procriadoras.
— Droga.
Jian deu um pequeno aceno de cabeça. Ele nunca tinha considerado que as Nephilins tinham
ganhado quando a última das Succubi tinha desaparecido.
Poder. Prestigio. E para algumas... imortalidade.
Inferno, não era de admirar que iriam sacrificar qualquer coisa para destruir os demônios
femininos. Esforçando-se para organizar seus pensamentos caóticos, Jian quase perdeu o som
repentino de passos correndo logo do lado de fora da porta do quarto.
Jian respirou fundo, pegando o cheiro familiar.
Nephilim. Pelo menos uma dúzia.

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Merda.
Ele não precisava ver o alívio no rosto magro de Marakel para avisá-lo que estas guerreiras
estavam bem conscientes de sua traição. E que elas estariam prontas e dispostas a matar qualquer
um que ameaçasse o Soberano.
Por um momento louco ele oscilava à beira do assassinato. Furando a lâmina afiada
profundamente no coração de Marakel poria fim ao seu reinado atual no Trono Obsidian.
Infelizmente, ele não podia ignorar a voz de advertência que lhe lembrava de que desgraçado tinha
informações das quais ele poderia precisar. Não só para resgatar o Mestre Akana, mas para derrotar
as Sacerdotisas Nephilim e salvar as Succubis.
Seu desejo de vingança ia ter que esperar até mais tarde.
Além disso, agora tudo o que importava era levar Muriel para segurança.
Com um movimento rápido, Jian bateu a lâmina através do ombro do Soberano, prendendo-
o na parede. Ele não mataria o filho da puta, mas era tudo o que precisava de distração.
Assim que Marakel gritou de dor, Jian pulou para trás, agarrando a mão de Muriel e
liberando uma explosão de magia demônio.
O ar girava em torno deles como um minitornado, o mundo desaparecendo. Jian puxou seu
anjo perto, sentindo-a tremer quando eles moviam através da escuridão.
— Segura firme, — ele sussurrou em seu ouvido, respirando profundamente seu exótico
perfume de orquídeas.
Um segundo depois seus pés tocavam o chão gelado e Muriel estava puxando suas asas
apertadas quando eles foram soprados por uma brisa gelada.
— É esta a sua casa? — ela perguntou, tremendo quando ela olhou ao redor da linha de
costa banhada em uma estéril e fraca luz da manhã.
Jian fez uma careta, capaz de entender angústia mal escondido de sua companheira. — Não
— ele garantiu a ela, olhando por cima do ombro para a montanha íngreme que levava à fortaleza.
— Eu posso apenas nos levar a uma curta distância de cada vez. Nós vamos ter que nos esconder
até que eu possa descansar.
Não havia medo, ou censura, em sua confissão, eles estavam presos na ilha frígida onde
poderiam ser capturados a qualquer minuto.
Em vez disso, seu belo anjo deu um aceno de cabeça simples, sua expressão calma enquanto
ela considerava os arredores desoladores.
— Eu posso nos embrulhar em ilusão, — ela assegurou com uma coragem que fez seu
coração inchar de orgulho. — Eles não vão nos encontrar.

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MESTRES DA SEDUÇÃO
Lara Adrian/Donna Grant
Laura Wright/Alexandra Ivy

Jian segurou suavemente sua bochecha gelada na mão, mas antes que ele pudesse falar, ele
estava endurecendo quando percebeu que eles não estavam sozinhos. Girando ele se preparou para a
batalha, apenas para respirar um profundo suspiro de alívio quando ele avistou um barco raso sendo
remado em direção à costa.
— Ou o meu Guardião pode nos levar para casa, — disse ele ironicamente, parado na borda
da água com as mãos nos quadris. — Eu pensei que tinha lhe dito para voltar pros meus irmãos, —
ele rosnou.
O guarda-costas ainda estava vestido com calça de couro e uma camiseta, suas feições duras
estoicas, como se ele não tivesse passado os últimos dias esperando em temperaturas abaixo de zero
o seu Mestre voltar.
— Eu os mantive atualizados, mas eu sabia que você iria precisar de mim, — disse Taka.
Com um aceno de cabeça, Jian agarrou a mão de Muriel e a ajudou a subir no bote.
— Você realmente é o guarda-costas mais mal treinado, — disse ele, suas palavras
provocantes dizendo mais para o macho que era seu companheiro mais próximo do que qualquer
quantidade de lisonja.
Mal esperando Jian saltar para o barco, Taka estava os levando para longe da costa e
desfraldou a pequena vela para enviá-los para longe sobre a água rasa.
— Sorte sua — o Guardião murmurou.
— Sorte nossa, — Jian concordou, movendo-se para puxar a silenciosa fêmea para seu lado.
— Taka, esta é a minha companheira, Muriel.
Um leve sorriso surgiu nos lábios do grande macho enquanto este lançava um olhar
apreciativo sobre a companheira de Jian.
— Um anjo?
Jian apertou os lábios nas têmporas de Muriel, com o coração cheio de amor quando ela
colocou os braços ao redor de sua cintura.
Ele tinha ido para o Oubliette para alterar o futuro dos Incubis, e no final, mudou seu próprio
destino. De alguma forma parecia adequado.
— Eu sempre exigi o melhor, — disse ele em voz baixa.
— Verdade, — Taka prontamente concordou, guiando o barco para o navio maior que
estava escondido atrás de um enorme iceberg. — Estamos indo para casa?
— Não — Jian puxou o celular do bolso. Por mais que ele desejasse retornar a sua graciosa
mansão e passar o próximo século paparicando sua companheira requintada, ele entendeu que até
que eles tivessem neutralizado a ameaça de Marakel e as sacerdotisas Nephilim não poderia haver
paz. — Preciso convocar uma reunião dos Mestres, — ele rosnou. — Em algum lugar neutro.

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MESTRES DA SEDUÇÃO
Lara Adrian/Donna Grant
Laura Wright/Alexandra Ivy

Taka o olhou com uma expressão sombria. — Você tem a prova que você precisa?
Jian virou a cabeça para olhar de novo para a fortaleza que agora estava perdida em uma
névoa de magia demônio. — Depois que eu compartilhar o que eu descobri, o Soberano vai rogar
para que o Trono Obsidian seja a única coisa que ele vai perder.

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