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FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO

AS FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR Fundamentos de Administração


AS FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR
Administração e suas Funções

Funções da Administração

Níveis de Administração

Habilidades de Administração

Fundamentos de Administração Prof. Adm. Marco Antonio Lima, D. Sc.


ADMINISTRAÇÃO E SUAS FUNÇÕES
Administração é o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objetivos
organizacionais. Bons administradores fazem essas coisas eficaz e eficientemente.

Ser eficaz é atingir os objetivos organizacionais.

Ser eficiente é atingir os objetivos com um mínimo de perda de recursos, isto é, fazer o melhor
uso possível do dinheiro, de tempo, materiais e de pessoas.

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FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
Planejar

Organizar

Liderar

Controlar

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FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
Planejar é especificar os objetivos a serem atingidos e definir antecipadamente as ações
apropriadas que devem ser executadas para atingir esses objetivos.

As atividades de planejamento incluem a análise da situação atual, a antecipação do futuro,


a determinação de objetivos, a decisão sobre que tipos de atividades a organização deverá
se engajar, a escolha de estratégias corporativas e de negócios, e a determinação dos
recursos necessários para se atingir as metas da organização.

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FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
Organizar é reunir e coordenar os recursos humanos, financeiros, físicos, de informação e
outros necessários ao atingimento dos objetivos.

As atividades incluem atrair pessoas para a organização, especificar responsabilidades por


tarefas, agrupar tarefas em unidades de trabalho, ordenar e alocar recursos e criar
condições tais que as pessoas e as coisas trabalhem juntas para alcançar o máximo sucesso.

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FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
Liderar é estimular pessoas a serem grandes executores. É dirigir, motivar e comunicar-se com
os funcionários, individualmente e em grupos.

Liderar envolve o contato e próximo com as pessoas, ajudando a guiá-las e inspirá-las em


direção ao atingimento dos objetivos de equipe e organizacionais. Liderar ocorre em equipes,
departamentos, divisões e no topo da totalidade das organizações.

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FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
As atividades específicas de controle são estabelecer padrões de desempenho que indiquem
o progresso rumo aos objetivos de longo prazo; monitorar o desempenho de pessoas e
unidades pela coleta de dados de desempenho; fornecer às pessoas feedback ou informação
sobre seu progresso; identificar problemas pela comparação entre dados de desempenho e
os padrões; e executar ações para corrigir problemas.

Fazer orçamento, sistemas de informações, corte de custos e ações disciplinares são apenas
algumas das ferramentas do controle.

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NÍVEIS DE ADMINISTRAÇÃO
administradores estratégicos

administradores táticos

administradores operacionais

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NÍVEIS DE ADMINISTRAÇÃO
Os administradores estratégicos são os altos executivos de uma organização, responsáveis por
sua administração geral.

As principais atividades incluem o desenvolvimento dos objetivos e planos da empresa.


Comumente, os administradores estratégicos focalizam questões de longo prazo e enfatizam
a sobrevivência, crescimento e eficácia geral da organização.

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NÍVEIS DE ADMINISTRAÇÃO
Os administradores táticos são responsáveis por traduzir os objetivos gerais e planos
desenvolvidos pelos administradores estratégicos em objetivos e atividades mais específicos.
Essas decisões, ou táticas, envolvem ambos um horizonte temporal menor e a coordenação de
recursos.

Os administradores táticos são freqüentemente chamados de gerentes de nível médio, porque


nas grandes organizações eles estão posicionados entre os administradores estratégicos e os
operacionais.

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NÍVEIS DE ADMINISTRAÇÃO
Os administradores operacionais são administradores de níveis inferiores que supervisionam
as operações da organização.

Esses administradores com freqüência possuem títulos como supervisores ou gerentes de


venda. Estão diretamente envolvidos com funcionários não administrativos, implementando os
planos específicos desenvolvidos pelos administradores táticos.

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HABILIDADES DE ADMINISTRAÇÃO
Habilidades Técnicas

Habilidades Interpessoais e de Comunicação

Habilidades Conceituais e de Decisão

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HABILIDADES DE ADMINISTRAÇÃO
Uma habilidade técnica é poder desempenhar uma tarefa especializada que envolve certo
método ou processo.

A maioria das pessoas desenvolve um conjunto de habilidades técnicas para completar as


atividades que fazem parte de suas vidas de trabalho diárias. Quando se conclui um curso,
tem-se um conjunto de habilidades técnicas que fornecem a oportunidade de atingir uma
posição em nível de entrada.

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HABILIDADES DE ADMINISTRAÇÃO
As habilidades interpessoais e de comunicação influenciam o modo como o administrador
trabalha com as pessoas. Essas habilidades são freqüentemente chamadas de habilidades
humanas ou interpessoais.

Executivos seniores utilizam mais da metade de seu tempo interagindo com outras pessoas.
Pelo fato de os administradores terem de lidar com outras pessoas, devem desenvolver as
habilidades de conduzir, motivar e comunicar-se eficazmente com aqueles que o circundam.

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HABILIDADES DE ADMINISTRAÇÃO
As habilidades conceituais e de decisão envolvem o reconhecimento de questões complexas e
dinâmicas, o exame de fatores numerosos e conflitantes que influenciam essas questões e
problemas, e a resolução de problemas para o beneficio da organização e de todos os
envolvidos.

À medida que se adquirem maiores responsabilidades, devem–se exercitar as habilidades


conceituais e de decisão com freqüência crescente.

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A EVOLUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES E Fundamentos de Administração
DA ADMINISTRAÇÃO
A EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO

A Administração na Antiguidade
Arsenal de Veneza (Século XV)
Organizações Religiosas
Organizações Militares
Pioneiros dos Estudos da Administração
Revolução Industrial

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A ADMINISTRAÇÃO NA ANTIGUIDADE

Egito

Construção das Pirâmides.

Conhecimento de práticas e princípios da administração.

Conselheiros (assessoria), da autoridade e responsabilidade, detalhamento das descrições de


serviços ou tarefa.

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A ADMINISTRAÇÃO NA ANTIGUIDADE

Babilônia

O Código de Hamurábi
 Salário
 Controle
 Responsabilidade

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A ADMINISTRAÇÃO NA ANTIGUIDADE

China

Técnica de aconselhamento (assessoria) e delegação de autoridade.

Constituição de Chow (1.100 a.C.) – manual que deveria ser utilizado por todos os servidores civis do
imperador

Sun-Tzu – A Arte da Guerra (500 a.C) – manual para os chefes militares contendo princípios
fundamentais permanentes, sobre planejamento, comando e doutrina entre outros assuntos

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A ADMINISTRAÇÃO NA ANTIGUIDADE

Grécia

O método científico

Especialização e divisão do trabalho, estratégia, planejamento urbano, universalidade da


Administração, raciocínio metódico

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A ADMINISTRAÇÃO NA ANTIGUIDADE

Roma

Delegação da autoridade.

A seleção do trabalhador, o planejamento e o controle.

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A ADMINISTRAÇÃO NA ANTIGUIDADE

Hebreus

Habilidades e práticas administrativas – os conselhos de Jetro.

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ARSENAL DE VENEZA (SÉCULO XV)

Treinamento de pessoal e sistemas de recompensa.

Linha de montagem.

Padronização.

Controle contábil, de estoques, de custos e de armazéns.

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ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

Estrutura organizacional: estrutura simples e eficiente, baseada na hierarquia de autoridade, disciplina,


estado-maior (assessoria), descentralização de atividades e centralização de autoridade (comando) no
Papa.

A organização religiosa serviu de modelo para muitas organizações por falta de um modelo ou
experiências bem-sucedidas.

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ORGANIZAÇÕES MILITARES

Escala hierárquica – nível de comando de acordo com o grau de autoridade e responsabilidade


Unidade de ordem – um lugar para cada coisa, todas as coisas em seus lugares
Princípio da unidade de comando – cada subordinado só poderá ter um supervisor,
Princípios de organização, planejamento, estratégia e controle
Centralização do comando e descentralização das operações,
Princípio de direção,
Criação de um estado-maior (staff) para assessorar o comando (linha)

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PIONEIROS DOS ESTUDOS DA ADMINISTRAÇÃO

Adam Smith: fundador da economia clássica proporcionou o suporte para o aparecimento


dos princípios administrativos quando defendeu o princípio da especialização do operário, a
racionalização da produção, princípio da divisão do trabalho, recomendou o estudo dos
Tempos e Movimentos que mais tarde foi desenvolvido por Taylor e Gilbreth como base
fundamental da Administração Científica.

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PIONEIROS DOS ESTUDOS DA ADMINISTRAÇÃO

Robert Owen: chamou a atenção para os problemas humanos da industrialização. No seu


moinho, na Escócia, fazia uso da persuasão oral ao invés da punição corporal.

Charles Babbage: propôs participação nos lucros como parte dos salários e bônus por
sugestões sobre melhoria nas fábricas.

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PIONEIROS DOS ESTUDOS DA ADMINISTRAÇÃO

Henry Poor: defensor da comunicação na organização como forma de manter a alta direção
bem informada.

Empreendedores: na década de 1880, grandes empresas como a General Eletric,


Westinghouse começaram a dominar o mercado, produzindo bens duráveis e tecnicamente
complexos. Essas empresas desenvolveram modelos próprios de organização de vendas e
investiram em treinamento dos seus vendedores. Ambas assumiram o modelo de organização
do tipo funcional (departamentalização).

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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Institucionalização fabril.
Desenvolvimento da maquinaria automática.
Crescimento das organizações em tamanho e complexidade.
Busca da eficiência.
Separação entre a propriedade e a direção das empresas.
Necessidade de administração profissional.
Contexto social, industrial, tecnológico, político e econômico para o surgimento das Teorias
Administrativas.

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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO Fundamentos de Administração
CIENTÍFICA
A OBRA DE TAYLOR
Primeiro Período de Taylor

O primeiro período de Taylor corresponde à publicação de seu livro Shop Management


(Administração de Oficinas) (1903) onde se preocupa exclusivamente com as técnicas de
racionalização do trabalho do operário, através do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-
time study).

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A OBRA DE TAYLOR
Segundo Período de Taylor

Corresponde à época de publicação do seu livro Princípios de Administração Científica


(1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente
acompanhada de uma reestruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação
dos seus princípios.

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ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA
estudo de tempo e padrões de fichas de instruções de serviço;
produção;
a idéia de tarefa, associada a
supervisão funcional; prêmios de produção pela sua
execução eficiente;
padronização de ferramentas e
instrumentos; sistemas de classificação dos produtos
e do material utilizado na
planejamento de tarefas e cargos; manufatura;
o princípio da exceção; sistema de delineamento da rotina de
a utilização da régua de cálculo e trabalho.
instrumentos para ganhar tempo;

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ORGANIZAÇÃO RACIONAL
DO TRABALHO
Análise do Trabalho e Estudo dos Tempos e Movimentos

Observando metódica e pacientemente a execução de cada operação a cargo dos operários,


Taylor viu a possibilidade de decompor cada tarefa e cada operação da tarefa em uma série
ordenada de movimentos simples. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os
movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou fundidos com outros movimentos, para
proporcionar economia de tempo e de esforço ao operário.

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ORGANIZAÇÃO RACIONAL
DO TRABALHO
Estudo da Fadiga Humana

O estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e fisiologia humanas. Neste sentido, Gilbreth
efetuou estudos sobre os efeitos da fadiga na produtividade do operário. Para reduzir a
fadiga, Gilbreth propôs alguns princípios de economia de movimentos, os quais podem ser
classificados em três grupos, a saber: (a) relativos ao uso do corpo humano; (b) relativos ao
arranjo material do local de trabalho; (c) relativos ao desempenho das ferramentas e
equipamentos.

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ORGANIZAÇÃO RACIONAL
DO TRABALHO
Divisão do Trabalho e Especialização do Operário

Uma das decorrências do estudo de tempos e movimentos foi a divisão do trabalho e a


especialização do operário a fim de elevar sua produtividade. Ao verificar que o trabalho
pode ser melhor executado e de maneira mais econômica através da subdivisão das tarefas,
chegou-se à conclusão de que o trabalho deveria, tanto quanto possível, se limitar à execução
de uma única e simples tarefa predominante.

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ORGANIZAÇÃO RACIONAL
DO TRABALHO
Desenho de Cargos e Tarefas

Tarefa é toda e qualquer atividade executada por alguém no seu trabalho dentro da
organização. A tarefa constitui a menor unidade possível dentro da divisão do trabalho em
uma organização. Cargo é o conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou repetitiva.
Cada cargo tem um ou mais ocupantes que executam determinadas tarefas específicas.
Desenhar um cargo é especificar seu conteúdo (tarefas), os métodos de executar as tarefas e
as relações com os demais cargos existentes.

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ORGANIZAÇÃO RACIONAL
DO TRABALHO
Incentivos Salariais e Prêmios de Produção

Uma vez analisado o trabalho, racionalizadas as tarefas e padronizado o tempo para sua
execução, uma vez selecionado cientificamente o operário e treinado de acordo com o método
pré-estabelecido, restava fazer com que o operário colaborasse com a empresa e trabalhasse
dentro dos padrões previstos. Para alcançar essa colaboração do operário, Taylor e seus
seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e de prêmios de produção.

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ORGANIZAÇÃO RACIONAL
DO TRABALHO
Conceito de “Homo economicus”

Com a Administração Científica implantou-se o conceito do homo economicus, isto é, do homem


econômico. Segundo esse conceito, toda pessoa é concebida como profundamente influenciada
por recompensas salariais, econômicas e materiais. Em outros termos, o homem procura o
trabalho não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida através do salário que
o trabalho proporciona.

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ORGANIZAÇÃO RACIONAL
DO TRABALHO
Condições de Trabalho

Com a Administração Científica, as condições de trabalho passam a ser consideradas como


importantes elementos no aumento da eficiência. O conforto do operário e a melhoria do
ambiente físico passaram a ser muito valorizados, não porque as pessoas o merecessem, mas
porque eram essenciais para a obtenção da eficiência do trabalhador.

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ORGANIZAÇÃO RACIONAL
DO TRABALHO
Padronização

Taylor foi mais além e passou a se preocupar não somente com a padronização dos métodos e
processos, mas também com a padronização das máquinas e equipamentos, ferramentas e
instrumentos de trabalho, matérias-primas e componentes, no sentido de reduzir a
variabilidade e a diversidade no processo produtivo, e, conseqüentemente, eliminar o
desperdício e aumentar a eficiência.

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ORGANIZAÇÃO RACIONAL
DO TRABALHO
Supervisão Funcional

Taylor propunha a chamada supervisão funcional, que nada mais é do que a existência de
diversos supervisores, cada qual especializado em determinada área, e que tem autoridade
funcional (relativa somente à sua especialidade) sobre os mesmos subordinados. Essa
autoridade funcional é relativa e parcial. Para Taylor, o tipo de organização por excelência é
a organização funcional.

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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
CIENTÍFICA DE TAYLOR
Princípio de Planejamento

Princípio de Preparo

Princípio do Controle

Princípio da Execução

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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
CIENTÍFICA DE TAYLOR
Princípio de Planejamento: substituir no trabalho o critério individual do operário, a
improvisação e a atuação empírico-prática, pelos métodos baseados em procedimentos
científicos.

Princípio de Preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas


aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método
planejado.

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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
CIENTÍFICA DE TAYLOR
Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo
executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto.

Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para


que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

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PRINCÍPIOS DE EFICIÊNCIA
DE EMERSON
Traçar um plano objetivo e bem definido, de Fixar remuneração proporcional ao trabalho.
acordo com os ideais.
Fixar normas padronizadas para as condições
Estabelecer o predomínio do bom senso. do trabalho.
Manter orientação e supervisão competentes. Fixar normas padronizadas para o trabalho.
Manter disciplina. Fixar normas padronizadas para as operações.
Manter honestidade nos acordos, ou seja, Estabelecer instruções precisas.
justiça social no trabalho.
Fixar incentivos eficientes ao maior rendimento
Manter registros precisos, imediatos e e à eficiência.
adequados.

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FORD
Princípio de Intensificação: consiste em diminuir o tempo de produção com o emprego
imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.

Princípio de economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-


prima em transformação.

Princípio de produtividade: consiste em aumentar a capacidade de produção do homem no


mesmo período (produtividade) através da especialização e da linha de montagem.

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PRINCÍPIO DA EXCEÇÃO
Taylor adotou um sistema de controle operacional bastante simples e que se baseava não no
desempenho médio, mas apenas na verificação das exceções ou desvios dos padrões normais.
Em outros termos, tudo o que ocorre dentro dos padrões normais não deve ocupar demasiado
a atenção do administrador. Este deveria prioritariamente verificar as ocorrências que
afastassem dos padrões, ou seja, as exceções, para corrigi-las adequadamente.

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APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA DA
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Mecanicismo da Administração Científica
Superespecialização do Operário
Visão Microscópica do Homem
Ausência de Comprovação Cientifica
Abordagem Incompleta da Organização
Limitação do Campo de Aplicação
Abordagem Prescritiva e Normativa
Abordagem de Sistema Fechado

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TEORIA CLÁSSICA DA Fundamentos de Administração
ADMINISTRAÇÃO
A OBRA DE FAYOL
Fayol expôs sua Teoria da Administração em seu famoso Administration Industrielle et
Généralle, publicado em Paris em 1916, traduzido em 1926 para os idiomas inglês e alemão
por iniciativa do “International Management Institute” de Genebra; e para o português em
1950, pela Editora Atlas de São Paulo.

Os trabalhos de Fayol, antes de sua tradução para o inglês, foram bastante divulgados por
Urwick e Gulick.

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AS SEIS FUNÇÕES BÁSICAS
DA EMPRESA
Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa.
Funções comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação.
Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.
Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
Funções contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.

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CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO
As funções administrativas englobam os elementos da Administração, isto é, as funções do
administrador.

Para Fayol, a Administração não é senão uma das seis funções, cujo ritmo é assegurado pela
direção.

Mas ocupa tamanho lugar nas funções dos altos chefes que, às vezes, pode parecer que as
funções administrativas estejam concentradas exclusivamente no topo da organização, o que
não é verdade.

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FUNÇÕES UNIVERSAIS DA
ADMINISTRAÇÃO
Previsão
Organização
Comando
Coordenação
Controle

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FUNÇÕES UNIVERSAIS
DA ADMINISTRAÇÃO
Previsão: envolve a avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele. Unidade,
continuidade, flexibilidade e precisão são os aspectos principais de um bom plano de ação.

Organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa e pode ser


dividida em organização material e organização social.

Comando: leva a organização a funcionar: seu objetivo é alcançar o máximo retorno de todos
os empregados no interesse dos aspectos globais.

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FUNÇÕES UNIVERSAIS
DA ADMINISTRAÇÃO
Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando o seu trabalho e seu
sucesso. Ela sincroniza as coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos
fins.

Controle: consiste na verificação para certificar se todas as coisas ocorrem em conformidade


com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é
localizar as fraquezas e erros no sentido de retificá-los e prevenir a recorrência.

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PROPORCIONALIDADE DAS
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
Para Fayol existe uma proporcionalidade da função administrativa, isto é, ela se reparte por
todos os níveis da hierarquia da empresa e não é privativa da alta cúpula.

Em outros termos, a função administrativa não se concentra exclusivamente no topo da


empresa, nem é privilégio dos diretores, mas é distribuída proporcionalmente entre todos os
níveis hierárquicos.

À medida que se desce na escala hierárquica, mais aumenta a proporção das outras funções
da empresa e, à medida que sobe na escala hierárquica, mais aumenta a extensão e o
volume das funções administrativas.
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DIFERENÇA ENTRE ADMINISTRAÇÃO
E ORGANIZAÇÃO
Para Fayol, Administração é um todo do qual a organização é uma das partes.

O seu conceito amplo e compreensivo de Administração, como um conjunto de processos


entrosados e unificados, abrange aspectos que a organização por si só não envolveria, tais
como os da previsão, comando e controle.

A organização abrange somente o estabelecimento da estrutura e da forma, sendo, portanto,


estática e limitada.

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PRINCÍPIOS GERAIS DE
ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL
Divisão do Trabalho Remuneração do Pessoal
Autoridade e Responsabilidade Centralização
Disciplina Cadeia Escalar
Unidade de Comando Ordem
Unidade de Direção Equidade
Subordinação dos Interesses Individuais aos Estabilidade e duração do pessoal
Interesses Gerais
Iniciativa
Espírito de Equipe

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ADMINISTRAÇÃO COMO
UMA CIÊNCIA
Fayol já afirmara a possibilidade e mesmo a necessidade de um ensino organizado e
metódico da Administração, de caráter geral para formar melhores administradores, a partir
de suas aptidões e qualidades pessoais.

Na sua época, essa idéia era uma novidade. Sua posição era a de que, sendo a
Administração uma ciência como as demais, o seu ensino nas escolas e unversidades era
plenamente possível e necessário.

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TEORIA DA ORGANIZAÇÃO
A Teoria Clássica concebe a organização como se fora uma estrutura. E a maneira de
conceber a estrutura organizacional é bastante influenciada pelas concepções antigas de
organização tradicionais, rígidas e hierarquizadas.

Neste aspecto, a Teoria Clássica não se desligou totalmente do passado. Embora tenha
contribuído enormemente para tirar a organização industrial do caos primitivo que
enfrentava desde o início do século, em decorrência da Revolução Industrial, a Teoria Clássica
pouco avançou em termos de teoria da organização.

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DIVISÃO DO TRABALHO E ESPECIALIZAÇÃO

Para a teoria Clássica, a divisão do trabalho pode dar-se em duas direções, a saber:

Verticalmente, segundo os níveis de autoridade e responsabilidade, definindo os diferentes


escalões da organização que detêm diferentes níveis de autoridade. Esta aumenta à medida
que se sobe na hierarquia da organização.

Horizontalmente, segundo os diferentes tipos de atividades desenvolvidas na organização.


Num mesmo nível hierárquico, cada departamento ou seção passa a ser responsável por uma
atividade específica e própria.

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COORDENAÇÃO
Fayol incluíra a coordenação como um dos elementos da Administração, enquanto outros
autores clássicos a incluíram dentre os princípios de Administração.

Para Fayol, a coordenação é a reunião, a unificação e a harmonização de toda a atividade


e esforço, enquanto para Gullick, se a subdivisão do trabalho é indispensável, a coordenação
é obrigatória.

Para Mooney, a “coordenação é a distribuição ordenada do esforço do grupo, a fim de obter


unidade de ação na consecução de um fim comum”.

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CONCEITO DE LINHA E DE STAFF

Na organização linear, os órgãos de linha, ou seja, os órgãos que compõem a organização,


seguem rigidamente o principio escalar.

Porém, para que os órgãos de linha possam se dedicar exclusivamente às suas atividades
especializadas, tornam-se necessários outros órgãos prestadores de serviços especializados
estranhos às atividades dos órgãos de linha.

Esses órgãos prestadores de serviços – denominados órgãos de staff ou de assessoria –


fornecem aos órgãos de linha serviços, conselhos, recomendações, assessoria e consultoria,
que estes órgãos não têm condições de prover por si próprios.
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MODELO BUROCRÁTICO DE Fundamentos de Administração
ORGANIZAÇÃO
ORIGENS DA TEORIA DA BUROCRACIA

A fragilidade e parcialidade da Teoria das Relações Humanas;

A necessidade de um modelo de organização racional;

O crescente tamanho e complexidade das empresas;

O surgimento da Sociologia da Burocracia.

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TIPOS DE SOCIEDADE
Sociedade tradicional: onde predominam características patriarcais e patrimonialistas,como a
família, o clã, a sociedade medieval etc.

Sociedade carismática: onde predominam características místicas,arbitrárias e personalísticas,


como nos grupos revolucionários, nos partidos políticos, nas nações em revolução etc.

Sociedade legal, racional ou burocrática: onde predominam normas impessoais e racionalidade


na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes empresas, nos estados modernos, nos
exércitos etc.

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TIPOS DE AUTORIDADE
Autoridade Tradicional
 Forma Patrimonial
 Forma Feudal

Autoridade Carismática

Autoridade Legal, Racional ou Burocrática

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AUTORIDADE TRADICIONAL
Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque essa
sempre foi a maneira pela qual as coisas foram feitas. O poder tradicional não é racional,
pode ser transmitido por herança e é extremamente conservador. Toda mudança social
implica rompimento mais ou menos violento das tradições.

 Forma Patrimonial, na qual os funcionários que preservam a dominação tradicional são os servidores
pessoais do senhor e são geralmente dependentes economicamente dele.

 Forma Feudal, apresentando maior grau de autonomia em relação ao senhor. Os funcionários são
aliados do senhor e lhes prestam um juramento de fidelidade exercendo uma jurisdição independente.

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AUTORIDADE CARISMÁTICA
Os subordinados aceitam as ordens do superior como justificadas, por causa da influência da
personalidade e da liderança do superior com o qual se identificam. Carisma é um termo
usado anteriormente como sentido religioso,significando o dom gratuito de Deus, estado de
graça etc.

Weber e outros usaram o termo com o sentido de uma qualidade extraordinária e indefinível
de uma pessoa. As legitimações da autoridade carismática provêm das características
pessoais carismáticas do líder.

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AUTORIDADE LEGAL, RACIONAL OU
BUROCRÁTICA
Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque
concordam com um conjunto de preceitos ou normas que consideram legítimos e dos quais
deriva o comando. É o tipo de autoridade técnica, meritocrática e administrada. Baseia-se na
promulgação.

A idéia básica fundamenta-se no fato de que as leis podem ser promulgadas e


regulamentadas livremente por procedimentos formais e corretos. A legitimação do poder
racional legal se baseia em normas legais racionalmente definidas.

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CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA
SEGUNDO WEBER
1. Caráter Legal das Normas e Regulamentos 6. Rotinas e Procedimentos Padronizados
2. Caráter Formal da Comunicações 7. Competência Técnica e Meritocracia
3. Caráter Racional e Divisão de Trabalho 8. Especialização da Administração
4. Impessoalidade nas Relações 9. Profissionalização dos Participantes
5. Hierarquia da Autoridade 10. Completa Previsibilidade do
Funcionamento

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VANTAGENS DA BUROCRACIA
Racionalidade em relação aos objetivos da Continuidade da organização.
organização
Redução do atrito entre as pessoas.
Precisão na definição do cargo e na
operação. Constância.

Rapidez nas decisões. Confiabilidade.

Univocidade de interpretação. Benefícios para as pessoas na organização.

Uniformidade de rotinas e procedimentos.

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DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA
Maior internalização das regras e exagerado apego aos regulamentos
Excesso de formalismo e de papelório
Resistência a mudanças
Despersonalização do relacionamento
Categorização como base do processo decisorial
Superconformidade às rotinas e procedimentos
Exibição de sinais de autoridade
Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público

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