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Como montar um

serviço de caligrafia

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

Roberto Simões

Diretor-Presidente

Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho

Diretor Técnico

Carlos Alberto dos Santos

Diretor de Administração e Finanças

José Claudio Silva dos Santos

Gerente da Unidade de Capacitação Empresarial

Mirela Malvestiti

Coordenação

Luciana Rodrigues Macedo

Autor

FABIO DE OLIVEIRA NOBRE FORMIGA

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.


www.staffart.com.br
Apresentação
1. Apresentação
Importante para a criação de peças personalizadas, como convites de casamento e
diplomas, além da decoração gráfica de vitrines e ambientes.

Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não
fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o
empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O
objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um
negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de
negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as
informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?

Caligrafia significa a arte da escrita bela. O termo tem origem nas palavras gregas: kali
– que significa beleza, e grafia – que significa escrita. Trata-se de um serviço artesanal
que requer paciência e atenção aos detalhes.

As tendências da caligrafia variam conforme as mudanças de comportamento da


sociedade. No passado remoto, os calígrafos dispunham de mais tempo para
realizarem formas mais rebuscadas. Na idade média, escrivães públicos, criados e
artesãos em geral dedicavam-se exclusivamente à atividade. Se alguém demonstrava
habilidade para este tipo de arte, era afastado de suas funções cotidianas e dedicava-
se exclusivamente ao ofício, tornando-se um artesão diferenciado e ascendendo
socialmente. Posteriormente, os calígrafos se aplicavam à elaboração de documentos
e textos de obras literárias sagradas, escritas sobre pele de carneiro ou papiro vegetal,
encadernadas em couro especial com inscrições em ouro.

Os textos escritos à mão possuem o estilo próprio de quem escreve, possibilitando


infinitas variações pessoais e artísticas. A beleza do trabalho é reconhecida pela
proporção adequada de traços e pelo conjunto harmonioso das letras. Os tipos de
caligrafia mais utilizados são a comercial inglesa, italiana, coulée, gótica alemã e ronde
francesa.

Apesar da utilização em larga escala de textos digitados em computadores e outros


dispositivos eletrônicos, com os mais diversos tipos de fontes, o serviço de caligrafia
ainda é muito requisitado para a confecção de peças personalizadas, como convites de
casamento, diplomas, certificados, envelopes, papéis de carta e placas
comemorativas. O serviço também é demandado para a decoração gráfica de vitrines
e ambientes. Empreendedores talentosos que possuam esta habilidade artesanal
podem se candidatar a abrir uma empresa prestadora de serviços de caligrafia. Mais
informações podem ser obtidas por meio da elaboração de um plano de negócios.
Para a construção deste plano, consulte o SEBRAE mais próximo.

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Mercado / Localização
2. Mercado
A maior demanda por serviços de caligrafia parte do mercado de eventos, que utiliza
os serviços de calígrafos para confeccionar convites, placas e diplomas. Este mercado
no Brasil encontra-se em notório crescimento. Cada vez mais as instituições públicas e
privadas reconhecem a importância da realização de eventos para divulgar uma
marca, estreitar relacionamento com clientes, valorizar funcionários e celebrar
resultados e parcerias estratégicas. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de
Eventos (Abeoc), o mercado vem apresentado taxas anuais de expansão de 10%.

Já a indústria do casamento, outra grande requisitante dos serviços de caligrafia,


movimenta a cifra astronômica de R$ 3,7 bilhões por ano, com um custo médio de R$
35 mil por cerimônia. Surpreendentemente, os meses de maior movimento são abril e
setembro. Maio, o chamado mês das noivas, já não corresponde mais à preferência
nacional. Devido às festas de fim de ano e ao carnaval, os meses de dezembro, janeiro
e fevereiro são os mais fracos. E por superstição, agosto também registra pouco
movimento, por ser tido como mês de mau agouro.

Devido ao risco intrínseco ao negócio, recomenda-se a realização de ações de


pesquisa de mercado para avaliar a demanda e a concorrência. Seguem algumas
sugestões:
• Pesquisa em fontes como prefeitura, guias, IBGE e associações de bairro para
quantificação do mercado-alvo.
• Pesquisa a guias especializados e revistas sobre o setor. Trata-se de um instrumento
fundamental para fazer uma análise da concorrência, selecionando concorrentes por
bairro, faixa de preço e especialidade.
• Visita aos concorrentes diretos, identificando os pontos fortes e fracos dos
estabelecimentos que trabalham no mesmo nicho.
• Participação em seminários especializados.

3. Localização
A localização representa uma decisão relevante para uma empresa prestadora de
serviços de caligrafia. Embora o atendimento possa ser realizado em local indicado
pelo cliente, o calígrafo deve ter um espaço para recepção de clientes, mostruário de
tipos de letras e discussão de propostas e orçamentos. Dentre todos os aspectos
importantes para a escolha do ponto, deve-se considerar prioritariamente a densidade

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Exigências Legais e Específicas
populacional, o perfil dos consumidores locais, a concorrência, os fatores de acesso e
locomoção, a visibilidade, a proximidade com fornecedores, a segurança e a limpeza
do local.

Outros detalhes devem ser observados na escolha do imóvel:


• O imóvel atende às necessidades operacionais referentes à localização, capacidade
de instalação do negócio, possibilidade de expansão, características da vizinhança e
disponibilidade dos serviços de água, luz, esgoto, telefone e internet;
• O ponto é de fácil acesso, possui estacionamento para veículos, local para carga e
descarga de mercadorias e conta com serviços de transporte coletivo nas redondezas;
• O local está sujeito a inundações ou próximo a zonas de risco;
• O imóvel está legalizado e regularizado junto aos órgãos públicos municipais;
• A planta do imóvel está aprovada pela Prefeitura;
• Houve alguma obra posterior, aumentando, modificando ou diminuindo a área
primitiva;
• As atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a Lei de Zoneamento ou o
Plano Diretor do Município;
• O pagamento do IPTU referente ao imóvel encontra-se em dia;
• A legislação local permite o licenciamento das placas de sinalização.

4. Exigências Legais e Específicas


Para registrar uma empresa, a primeira providência é contratar um contador -
profissional legalmente habilitado - para elaborar os atos constitutivos da empresa,
auxiliá-lo na escolha da forma jurídica mais adequada para o seu projeto e preencher
os formulários exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas jurídicas.

O contador pode se informar sobre a legislação tributária pertinente ao negócio. Mas,


no momento da escolha do prestador de serviço, deve-se dar preferência a
profissionais indicados por empresários com negócios semelhantes.

Para legalizar a empresa, é necessário procurar os órgãos responsáveis para as


devidas inscrições. As etapas do registro são:
• Registro de empresa nos seguintes órgãos:
o Junta Comercial;
o Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
o Secretaria Estadual da Fazenda;
o Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
o Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará obrigada ao
recolhimento anual da Contribuição Sindical Patronal).
o Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social –
INSS/FGTS”.
o Corpo de Bombeiros Militar.

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Estrutura
• Visita à prefeitura da cidade onde pretende montar a sua empresa (quando for o
caso) para fazer a consulta de local.
• Obtenção do alvará de licença sanitária – adequar às instalações de acordo com o
Código Sanitário (especificações legais sobre as condições físicas). Em âmbito federal
a fiscalização cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, estadual e municipal
fica a cargo das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde (quando for o caso).
• Preparar e enviar o requerimento ao Chefe do DFA/SIV do seu Estado, solicitando a
vistoria das instalações e equipamentos.

As empresas que fornecem serviços e produtos no mercado de consumo devem


observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo Código de Defesa
do Consumidor (CDC). O CDC, publicado em 11 de setembro de 1990, regula a
relação de consumo em todo o território brasileiro, na busca de equilibrar a relação
entre consumidores e fornecedores.

O CDC somente se aplica às operações comerciais em que estiver presente a relação


de consumo, isto é, nos casos em que uma pessoa (física ou jurídica) adquire produtos
ou serviços como destinatário final. Ou seja, é necessário que em uma negociação
estejam presentes o fornecedor e o consumidor, e que o produto ou serviço adquirido
satisfaça as necessidades próprias do consumidor, na condição de destinatário final.

Portanto, operações não caracterizadas como relação de consumo não está sob a
proteção do CDC, como ocorre, por exemplo, nas compras de mercadorias para serem
revendidas pela casa. Nestas operações, as mercadorias adquiridas se destinam à
revenda, e não ao consumo da empresa. Tais negociações se regulam pelo Código
Civil brasileiro e legislações comerciais específicas.

Alguns itens regulados pelo CDC são: forma adequada de oferta e exposição dos
produtos destinados à venda, fornecimento de orçamento prévio dos serviços a serem
prestados, cláusulas contratuais consideradas abusivas, responsabilidade dos defeitos
ou vícios dos produtos e serviços, os prazos mínimos de garantia, cautelas ao fazer
cobranças de dívidas.

Em relação aos principais impostos e contribuições que devem ser recolhidos pela
empresa, vale uma consulta ao contador sobre da Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa (disponível em http://www.leigeral.com.br), em vigor a partir de 01 de julho de
2007.

5. Estrutura
Para uma estrutura mínima, com um escritório para atendimento a clientes, estima-se
ser necessária uma área de 50 m², com flexibilidade para ampliação conforme o
desenvolvimento do negócio.

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Pessoal
O local de trabalho deve ser limpo e organizado. O piso, a parede e o teto devem estar
conservados e sem rachaduras, goteiras, infiltrações, mofos e descascamentos. O piso
deve ser de alta resistência e durabilidade, além de fácil manutenção. Cerâmicas e
ladrilhos coloridos proporcionam um toque especial, enquanto granito e porcelanato
oferecem luxo e sofisticação ao ambiente. Paredes pintadas com tinta acrílica facilitam
a limpeza. Texturas e tintas especiais na fachada externa personalizam e valorizam o
ponto.

Sempre que possível, deve-se aproveitar a luz natural. No final do mês, a economia da
conta de luz compensa o investimento. Quanto às artificiais, a preferência é pelas
lâmpadas fluorescentes.

Profissionais qualificados (arquitetos, engenheiros, decoradores) poderão ajudar a


definir as alterações a serem feitas no imóvel escolhido para funcionamento do
escritório, orientando em questões sobre ergometria, fluxo de operação, iluminação,
ventilação, etc.

6. Pessoal
O talento humano é fundamental para o sucesso de uma prestadora de serviços de
caligrafia. Contar com profissionais qualificados e comprometidos deve estar no topo
da lista de prioridades do empreendedor.

O número de funcionários oscila de acordo com o tamanho do empreendimento. Para


uma microempresa de caligrafia, basta o calígrafo e um assistente. Mais calígrafos
podem ser contratados conforme a demanda.

Normalmente, o escritório funciona em horário comercial das 10h (não podemos usar o
artigos com a crase, pois antereior a ele tem a preposição ‘de’. Sugestão: das 10h às
18h) às 18h. Dependendo do movimento e da época do ano, pode ser necessária a
ampliação do horário de atendimento. Esta expansão do negócio precisa ser planejada
conforme o aumento da receita.

O atendimento é um item que merece uma atenção especial do empresário, visto que,
nesse segmento de negócio, os clientes satisfeitos ajudam na divulgação da empresa
para novos clientes.

A qualificação de profissionais aumenta o comprometimento com a empresa, eleva o


nível de retenção de funcionários, melhora a performance do negócio e diminui os
custos trabalhistas com a rotatividade de pessoal. O treinamento dos colaboradores
deve desenvolver as seguintes competências:
• Capacidade de percepção para entender e atender as expectativas dos clientes;

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Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria
• Agilidade e presteza no atendimento;
• Capacidade de apresentar e vender os produtos da loja;
• Motivação para crescer juntamente com o negócio.

Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores


nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações
trabalhistas, evitando, assim, consequências desagradáveis.

O empreendedor pode participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao


seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado às tendências do setor.
O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o
perfil do pessoal e treinamentos adequados.

7. Equipamentos
Os equipamentos necessários para a montagem de uma prestadora de serviços de
caligrafia, considerando uma empresa de pequeno porte, são os seguintes:

• Mesa;
• Cadeira;
• Computador;
• Impressora;• Fax;
• Telefone;
• Mesa de luz;
• Material de trabalho: canetas, lápis, réguas, penas de caligrafia, borrachas,
vidros de nanquim, folhas de papel, envelopes, cartões de visita, tintas e pincéis.

8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,
os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o
capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido
em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em
menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice
de rotação de estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é
a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue

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Organização do Processo Produtivo / Automação
cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: o
indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega,
isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou
serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de
venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque
ou não se poder executar o serviço com prontidão.
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta
o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da
empresa.
Uma empresa de caligrafia é tipicamente uma prestadora de serviços. Portanto, como
não há venda de mercadorias, o consumo de produtos resume-se à manutenção e
limpeza do escritório. Tintas e pincéis podem ser necessários se o calígrafo oferecer o
serviço de decoração gráfica de vitrines e ambientes. Estes materiais podem ser
encontrados nas boas papelarias. Favor especificar os tipos de canetas, tintas...,
fornecedores...

9. Organização do Processo Produtivo


O processo produtivo de uma prestadora de serviços de caligrafia inclui as seguintes
etapas:
• Atendimento ao cliente, registro a encomenda, orçamento e aprovação do serviço.
• Aquisição do material para a execução do serviço e contratação de pessoal (quando
necessário).
• Confecção e execução do material.
• Aprovação final e entrega da encomenda.

As atividades do escritório também englobam os processos de administração, finanças


e gestão de recursos humanos. A gestão administrativa e financeira abrange o
faturamento, o controle de caixa, o controle de contas a receber e cobranças, a compra
de insumos, o controle de contas a pagar de fornecedores e a prestação de
informações ao escritório contábil. Já a gestão de recursos humanos compreende a
admissão, rescisão, treinamento e pagamento de funcionários.

10. Automação
Considerando que o trabalho de caligrafia é basicamente manual, o nível de
automação é pouco expressivo. No entanto, o empreendedor pode investir em
automação para dinamizar a sua linha de produção e também para o controle da área
administrativa, financeira, comercial e operacional. Atualmente, existem diversos

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Automação
sistemas informatizados (softwares) que podem auxiliar o empreendedor na gestão de
um escritório de caligrafia (vide http://www.baixaki.com.br ou
http://www.superdownloads.com.br). Seguem algumas opções:
• Atrex;
• AZ Comércio;
• BitLoja Plus;
• CallSoft Informatize Empresarial;
• Chronus Store;
• CI-Lojas;
• Clothing Organizer;
• Dataprol Sistema Comercial Integrado;
• Elbrus Light;
• Emporium Lite;
• Empresarial Master Plus;
• Integrato Lite;
• Little Shop of Treasures;
• OnBIT S2 Loja 2008;
• Posh Shop;
• REPTecno Comercial Plus;
• REPTecno Loja Plus;
• SGI-Plus Programa Automação Comercial Completo Integração com Balança;
• SisAdven;
• SisAdvenPDV;
• SisGEF – Loja Comercial;
• Sistema de Gerenciamento de Vendas;

Antes de se decidir pelo sistema a ser utilizado, o empreendedor deve avaliar o preço
cobrado, o serviço de manutenção, a conformidade em relação à legislação fiscal
municipal e estadual, a facilidade de suporte e as atualizações oferecidas pelo
fornecedor, verificando ainda se o aplicativo possui funcionalidades, tais como:
• Controle de mercadorias;
• Controle de taxa de serviço;
• Controle dos dados sobre faturamento/vendas, gestão de caixa e bancos (conta
corrente);
• Emissão de pedidos;
• Lista de espera;
• Organização de compras e contas a pagar;
• Relatórios e gráficos gerenciais para análise real do faturamento do escritório.

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro
11. Canais de Distribuição
O principal canal de distribuição é a própria oficina, onde o trabalho é executado. O
empreendedor pode ampliar os canais de distribuição por meio de representantes
comerciais, venda pela internet ou por telefone.

12. Investimento
O investimento varia muito de acordo com o porte do empreendimento. Um escritório
de caligrafia, estabelecido em uma área de 50 m², exige um investimento inicial
estimado em R$ 20 mil, a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens:
• Reforma do local: R$ 7.000;
• Mesa de luz: R$ 150;
• Telefone, aparelho de fax, microcomputador e impressora: R$ 4.000;
• Mesa e cadeira: R$ 800;
• Material de trabalho: canetas, lápis, réguas, penas de caligrafia, borrachas, vidros de
nanquim, folhas de papel, envelopes, cartões de visita, tintas e pincéis: R$ 6.700.
• Capital de giro: R$ 1.500.

Para uma informação mais apurada sobre o investimento inicial, sugere-se que o
empreendedor utilize o modelo de plano de negócio disponível no SEBRAE.

13. Capital de Giro


Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos
médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e
prazos médios concedidos a clientes (PMCC).
Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,
maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos
regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a
necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.
Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra, aluguel,
impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao

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Custos
prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de
capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível
para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica
também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da
empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta
necessidade do caixa.
Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores
que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para
pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar
para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos
de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações
excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus
pagamentos futuros.
Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com
precisão.
Para uma prestadora de serviços de caligrafia, a necessidade de capital de giro é
baixa, correspondendo a 10% do investimento inicial. Isso porque os desembolsos
para fornecedores podem ser parcelados e programados conforme a previsão de
receita.

14. Custos
Custos são todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão
incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como:
aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, matéria-
prima e insumos consumidos no processo de produção.

O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra,


produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o
empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como
ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o
controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de
ganhar no resultado final do negócio.

Os custos mensais de um escritório de caligrafia, com faturamento médio de R$


7.000,00, devem ser estimados considerando os itens abaixo:
• Salários, comissões e encargos: R$ 2.000,00;
• Tributos, impostos, contribuições e taxas: R$ 1.000,00;
• Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$ 700,00;
• Água, luz, telefone e acesso a internet: R$ 200,00;

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Diversificação/Agregação de Valor / Divulgação
• Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários: R$ 100,00;
• Assessoria contábil: R$ 400,00;
• Propaganda e publicidade da empresa: R$ 100,00;
• Aquisição de matéria-prima e insumos: R$ 500,00;
• Despesas com vendas: R$ 200,00;
• Despesas com armazenamento e transporte: R$ 100,00.

Seguem algumas dicas para manter os custos controlados:


• Comprar pelo menor preço;
• Negociar prazos mais extensos para pagamento de fornecedores;
• Evitar gastos e despesas desnecessárias;
• Manter equipe de pessoal enxuta;
• Reduzir a inadimplência, através da utilização de cartões de crédito e débito.

15. Diversificação/Agregação de Valor


Agregar valor significa oferecer produtos e serviços complementares ao produto
principal, diferenciando-se da concorrência e atraindo o público-alvo. Não basta
possuir algo que os produtos concorrentes não oferecem. É necessário que esse algo
mais seja reconhecido pelo cliente como uma vantagem competitiva e aumente o seu
nível de satisfação com o produto ou serviço prestado.

As pesquisas quantitativas e qualitativas podem ajudar na identificação de benefícios


de valor agregado. No caso de um escritório de caligrafia, existem algumas
oportunidades de diferenciação, tais como:
• Ampliação da oferta de serviços, para a decoração de ambientes e vitrines;
• Utilização de diversas letras de caligrafia: comercial inglesa, italiana, coulée, gótica
alemã e ronde francesa;
• Parceria com gráficas, cerimoniais de casamentos e fabricantes de placas
comemorativas;
• Oferta de serviços de coleta e entrega de produtos em domicílio.

16. Divulgação
A divulgação é um componente fundamental para o sucesso de um escritório de
caligrafia. As campanhas publicitárias devem ser adequadas ao orçamento da
empresa, à sua região de abrangência e às peculiaridades do local. Abaixo, sugerem-
se algumas ações mercadológicas acessíveis e eficientes:
• Participação em feiras e eventos de casamentos;

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Informações Fiscais e Tributárias
• Anunciar em jornais de bairro e revistas locais;
• Divulgar a empresa em gráficas e cerimoniais;
• Montar um website com o portifólio de serviços e caligrafias disponíveis.

O empreendedor deve sempre entregar o que foi prometido e, quando puder, superar
as expectativas do cliente. Ao final, a melhor propaganda será feita pelos clientes
satisfeitos e bem atendidos.

17. Informações Fiscais e Tributárias


O segmento de PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CALIGRAFIA, assim entendido pela
CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 8299-7/99, como
SERVIÇOS DE CALIGRAFIA c atividade de de serviços de caligrafia para convites de
casamento, diplomas, certificados, envelopes, papéis de carta e placas
comemorativas, ou serviços de decoração gráfica de vitrines e ambientes, como outras
atividades de apoio às empresas, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME
(Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei
Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade não
ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa, R$
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e
respeitando os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,


por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do
Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (<a
href="http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/"
type="Reference">http://www8.receita.f azenda.gov.br/SimplesNacional/</a>):

• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);


• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
• ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza);
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para


esse ramo de atividade, variam de 6% a 17,42%, dependendo da receita bruta auferida
pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo
SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de
atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número
de meses de atividade no período.

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Eventos
Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder
benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o


empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se
enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a
tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII (<a
href="http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.h<br
/>tm"
type="Reference">http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/
Resol94.htm </a>). Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão
efetuados em valores fixos mensais conforme abaixo:

I) Sem empregado
• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do
empreendedor;
• R$ 5,00 a título de ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza.

II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de
um salário mínimo ou piso da categoria)

O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes


percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.

Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu
empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.

Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre
será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.

Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis


Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê
Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

18. Eventos
A seguir, são indicados os principais eventos sobre o segmento:

Brazil Promotion

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Entidades em Geral
Rua Dr. Clovis de Oliveira, 574
CEP: 056316-072
São Paulo – SP
Fone: (11) 3723-5200
Fax: (11) 3723-5257
Website: http://www.brazilpromotion.com.br P>
Expo Casar
São Paulo – SP
Fone: (11) 3852-0323
Website: http://www.expocasar.com.br
E-mail: eventos@expocasar.com.br

Feira de Noivas
Avenida Iguatemi, 777, Vila Brandina
Campinas – SP
Website: http://www.festasenoivas.com.br
P>

19. Entidades em Geral


A seguir, são indicadas as principais entidades de auxílio ao empreendedor:

Abeoc
Associação Brasileira de Empresas de Eventos
Rua Teixeira da Silva, 660, 10º andar, cj. 101, Paraíso
CEP: 04002-033
Fone: (11) 3887-3743
Fax: (11) 3884-4894
Website: http://www.abeoc.org.br
E-mail: abeoc@abeoc.org.br

Abigraf
Associação Brasileira da Indústria Gráfica Nacional
Rua do Paraíso, 529
CEP: 04103-000
Fone: (11) 3232-4500
Fax: (11) 3232-4550
Website: http://www.abigraf.org.br
E-mail: abigraf@abigraf.org.br

Receita Federal
Brasília - DF
Website: http://www.receita.fazenda.gov.br P>
Sindieventos

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Normas Técnicas
Sindicato interestadual dos trabalhadores, empregados, autônomos, avulsos e
temporários em feiras, congressos e eventos em geral e em atividades afins de
organização, montagem e promoção nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro
Av. Nove de Julho 40, 12º andar, cj. 12E
CEP: 01312-000
Fone: (11) 3259-8693
Fax: (11) 3258-4384
Website: http://www.sindieventos.org.br

Sindiprom
Sindicato de empresas de promoção organização e montagem de feiras, congressos e
eventos
Rua Frei Caneca, 91, 11º andar, Cerqueira Cesar
CEP: 01307-001
Fone: (11) 3120-7099
Website: http://www.sindiprom.org.br

SNDC
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
Website: http://www.mj.gov.br/dpdc/sndc.htm

Ubrafe
União Brasileira dos Promotores de Feiras
Rua Bela Cintra, 746, cj. 42, Consolação
Fone: (11) 3120-7099
Website: http://www.ubrafe.com.br
E-mail: ubrafe@ubrafe.com.br

20. Normas Técnicas


As normas técnicas são documentos de uso voluntário, sendo importantes referências
para o mercado. As normas técnicas podem estabelecer quesitos de qualidade,
desempenho, de segurança. Não obstante, pode estabelecer procedimentos,
padronizar formas, dimensões, tipos, usos, fixar, classificações ou terminologias e
glossários. Definir a maneira de medir ou determinar as características, como métodos
de ensaio. As Normas técnicas são publicadas pela ABNT (Associação Brasileira de
Normas técnicas).Não existem normas técnicas aplicáveis ao negócio.

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Glossário
21. Glossário
Seguem alguns termos técnicos extraídos do glossário disponível em
http://issuu.com/abrun a/docs/glossario_tipografico.

ABERTURA: corresponde a aberturas de letras como C, c, S, s, a, e. Podem ser


grandes como nas humanistas, ou pequenas, como em românticas e realistas.

ALTURA DE VERSAL: distância entre a linha de base e a linha de versal de um


alfabeto, que é a altura aproximada das letras maiúsculas. Ela é frequentemente
menos, mas às vezes maior, do que a altura das letras minúsculas com ascendentes.

ALTURA-X: distância entre a linha de base e a linha mediana de um alfabeto, que


normalmente corresponde à altura aproximada das letras minúsculas sem extensores
e do torso das letras b, d, h, k, p, q, y. A relação da altura-x com a altura de versal é
uma característica importante de toda fonte latina bicameral, enquanto a relação da
altura-x com o comprimento do extensor é uma propriedade crucial de qualquer caixa
baixa latina ou grega.

ÁPICE: ponto formado no topo de um grifo como o "A" formado pela conversão da
stroke direita e esquerda. Podem ser oblíquos, retos ou redondos.

ARCO: curva nos glifos como f e a que nasce na haste vertical principal sem chegar à
linha de base.

ARCO DUPLO: traço curvo principal do caractere S de caixa alta e baixa. Também
conhecido como Espinha.

ARREMATE: tipo de acabamento em terminações de arcos presente algumas letras


itálicas e caudais. É herança da caligrafia.

BANDEIRA: terminal que remata a haste vertical do 5.

BARRIGA: traço que fecha totalmente um espaço vazio no corpo da letra partindo e
terminando na haste principal.

BARRA: traço horizontal presente em alguns glifos como L, H, F, E, e t, f dentre outros.

BICAMERAL: alfabetos que possuem uma caixa-alta e uma baixa, unidas e ao mesmo
tempo fáceis de distinguir.

BOJO: formas redondas ou elípticas que definem o formato básico de letras como C,
G, O na caixa-alta e b, c, e, o, p e d na caixa-baixa. É comumente chamado de olho ou
barriga.

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Glossário
BRAÇO: traço horizontal ou oblíquo ligado apenas por uma das extremidades à haste
vertical principal de uma letra maiúscula ou minúscula. Aos dois braços do T também
se chama travessão.

CAPITULAR: grande maiúscula inicial, elevada ou baixada. Também chamada de


letrina e de versal, em inglês. Elevada - é composta sobre a mesma linha de base da
primeira linha do texto Baixada - é encaixada no bloco de texto.

CAUDA: apêndice do corpo de algumas letras (g, j, J, K, Q, R) que fica abaixo da linha
de base. Nas letras K e R também pode ser chamado perna.

CONTRASTE: grau de diferença entre os traços grossos e finos de determinadas


letras. Em fontes românticas o contraste é alto. Já em fontes não moduladas ele é
baixo ou inexistente.

COR: grau de escuridão da área tipográfica, que não deve ser confundido com o peso
da própria fonte. O espacejamento das palavras e das letras, a entrelinha e a
incidência de versais, para não mencionar a tinta e o papel usados na impressão,
afetam a cor tipográfica.

CORPO: bloco de metal tipográfico a partir do qual se projeta o espelho da imagem


esculpida da letra. Ou ainda, a face retangular do bloco de metal onde a letra seria
montada se fosse um relevo metálico tridimensional em vez de uma imagem ou um
bitmap bidimensional. Nesse caso, o corpo restou como uma ficção útil para
dimensionar e espacejar os tipos.

COUNTER: também conhecido como Olho, os counters são os espaços vazios


internos dos glifos, determinados pelo stroke (contorno). Podem ser abertos ou
fechados.

CRENA: ver kern.

CROTCH: ponto onde a perna e o braço do "k" se encontram.

DINGBAT: alguns são pictogramas, tais como as minúsculas representações de


igrejas, aviões, telefones e tantas outras utilizadas pela indústria do turismo. Outros
são símbolos mais abstratos - marcas de preenchimento, cruzes, naipes de cartas, etc.

EIXO: refere-se ao eixo do traço, que por sua vez revela o eixo da perna ou de outro
instrumento utilizado pra desenhar a letra. Se uma letra tem traços grossos e finos,
basta encontrar os traços grossos e estendê-los em linhas. Essas linhas revelam o
eixo da letra. Humanista - possui traçado oblíquo, que reflete a inclinação natural da
escrita manual. Racionalista - Eixo vertical, típico das formas tipográficas neoclássicas
e românticas

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Glossário
EME: distância igual ao tamanho do tipo. Ou também, o quadrado que define o
tamanho do tipo. Também chamado de quadratim, em português, e de mutton, em
inglês.

ENTRELINHA: distância entre a linha de base de uma linha e a da linha seguinte. É


considerada negativa quando é menos que o corpo do tipo utilizado.

ENTRELINHA DE CORPO: texto composto sem entrelinha adicional, ou seja, com


espaço de linha equivalente ao tamanho do tipo.

ENTREPALAVRAS: espaço entre palavras.

EXTENSORES: ascendentes e descendentes, isto é, as partes da letra que se


estendem abaixo da linha de base, ou acima da linha mediana.

ESPINHA: curva e contra curva principal presente no s.

ESPORA: pequena projeção na haste de algumas letras. Não chega a configurar-se


enquanto serifa.

FILETE: haste horizontal ou oblíqua interrompida nas suas duas extremidades, por
duas hastes verticais (H), oblíquas (A) ou por uma linha curva (e).

GARGANTA: ângulo que antecede a stoke vertical do glifo G.

GLIFO: corporificação de um caractere.

HASTE: traço principal mais ou menos retilíneo, que não faz parte do bojo. A letra o
não tem haste; a letra l consiste apenas em haste e serifas. Inclinação Ângulo de
inclinação da haste e dos extensores das letras. A maioria dos itálicos inclina-se para a
direita entre 2o e 20o.

ITÁLICO: classe de letras mais cursivas que o romano, mas menos cursivas que as
manuscritas.

KERN: parte de uma letra que invade o espaço de outra. O verbo inglês kern significa
alterar o espacejamento de certas combinações de letras para que o membro de uma
letra seja projetado sobre ou sob o corpo ou membro de outra.

LIGATURA: duas ou mais letras costuradas em um único caractere. A sequencia ffi,


por exemplo, forma uma ligatura na maioria das fontes de texto latinas.

LINHA DE BASE: linha sobre a qual todas as letras repousam.

LINHA DE FUNDO: linha alcançada pelas descendentes de letras como p e q.

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Glossário
LINHA DE VERSAL: marca o topo de letras maiúsculas tais como H, não coincide
necessariamente com a linha de topo da caixa-baixa.

LINHA DE TOPO: aquela que é alcançada pelas ascendentes de letras como b, d, h, k,


l.

LINHA MEDIANA: marca o topo de letras como a, c, e, m, x e o topo do torso de letras


como d, b, h.

LINK: traço que liga as partes do glifo

LOOP: traço que fecha total ou parcialmente um espaço vazio no corpo da letra,
partindo de uma haste principal. Um "Lóbulo" ao contrário de um "loop" é sempre
fechado, envolvendo, portanto o olho.

MIOLO: espaço em branco envolvido por uma letra, seja totalmente, como nas letras d
e o, seja parcialmente, como nas letras c e m.

OLHO: sinônimo de bojo na caixa-baixa. Um olho grande significa uma grande altura-x.
Um olho aberto significa uma grande abertura.

OMBRO: curvatura das hastes que culminam em arcos ou em outras hastes como nos
glifos a, n respectivamente.

ORELHA: apêndice das letras "g", "r" e "f", que assume as mesmas formas do terminal:
em gota, botão, bandeira ou gancho.

OVERSHOOT: pequenas projeções que ultrapassam os limites demarcados pelas


linhas das ascendentes, descendentes, média ou de base, para fins de equilíbrio
óptico.

PESO: grau de escuridão (ou pretume) de um tipo, independentemente de seu


tamanho.

QUEIXO: terminal angular, muitas vezes sob a forma de uma serifa presente por no
"G".

SERIFA: traço adicionado ao início ou fim de uma letra. As serifas normalmente são
traços de acabamento reflexivo, que formam paradas uni ou bilaterais.
• Abrupta - tangencia a haste bruscamente, em ângulo.
• Adnata - fluem suavemente a partir da haste ou ao seu encontro. O termo "adnato"
vem do latim "nascer junto".
• Agudas - possuem as extremidades em forma de vértice.
• Bilaterais ou unilaterais - diz respeito às serifas que apontam ambos os lados ou
apenas um, respectivamente.
• Côncavas - serifas de bases côncavas apresentam reentrâncias notáveis que

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Glossário
funcionam como efeito óptico ou ornamental.
• Curvas - serifas que se fundem às hastes por meio de apoios (brackets) com suaves
transições curvas.
• Egípcia - ver serifa retangular.
• Hairline - também conhecida como filete, são identificadas pela estrutura visivelmente
menos espessa que os contornos do tipo.
• Oblíquo - diz a respeito do acabamento da serifa quando as extremidades laterais
encerram-se em cortes obtusos em relação à linha de base.
• Planas - diz-se serifas de bases planas quando estas se apóiam plenas e paralelas à
linha de base.
• Reflexiva - possui o traçado da pena retrocedendo sobre si mesma. São típicas das
fontes romanas. Elas sempre implicam uma pequena parada abrupta e uma reversão
da direção da pena. São mais frequentemente bilaterais.
• Regulares - caracterizam-se por estabelecerem contrastes moderados em relação às
estruturas a que se unem.
• Retangular - serifa abrupta ou adnata com a mesma espessura do traço principal. As
serifas retangulares são uma marca registrada dos chamados tipos egípcios ou
claredon - dois grupos de fontes realistas produzidos em grande quantidade desde o
início do século XIX.
• Retas - serifas que se fundem às hastes por meio de apoios (brackets) com ângulos
retos.
• Slab - caracterizam-se pela ausência de contraste em relação às hastes como pelo
notado aumento em relação a estas.
• Transitiva - tipo de serifa que flui diretamente em direção ao traço principal ou a partir
dele sem parar para revertes sua direção, recorrente em muitos itálicos. As serifas
transitivas costumam ser unilaterais.
• Triangulares - serifas que se fundem às hastes por meio de apoios (brackets) com
diagonais.

STRESS: direção a que o traço muda de espessura.

TAMANHO DE CORPO: altura da face do tipo, e em termos de prensa tipográfica é a


profundidade do corpo do tipo. Na tipografia digital corresponde a altura de seu
equivalente imaginário e não a dimensão da própria letra.

TERMINAL: acabamentos encontrados em extremidades dos arcos de glifos como a,


c, f, j, r, y:
• Circular - forma circular ao final do braço, perna ou bojo de letras como a, c, f, j, r, y.
Encontrada em muitas romanas e itálicas do período romântico, em algumas realistas
e em muitas fontes recentes com ascendência romântica.
• Em Gota - protuberância similar a uma gota que aparece na ponta do braço de letras
como a, c, f, g, j, r e y. Essa é uma característica típica de fontes da Alta Renascença e
dos períodos barroco e neoclássico, e permanece presente em muitas fontes recentes
construídas em linhas barrocas ou neoclássicas.
• Pontiagudo - uma espora afiada encontrada particularmente no f, e também nas
letras a, c, r, j, y, em muitas romanas do século XX e, em menor grau, nas itálicas.

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Dicas de Negócio / Características
TRICAMERAL: alfabeto que possui três caixas - uma fonte normal de tipos romanos
será tricameral se tiver caixa-alta, caixa-baixa e versaletes.

UNICAMERAL: alfabeto que possui apenas uma caixa.

VAZADA: letras cujas partes internas de seus traços principais foram escavadas e
retiradas, deixando os contornos mais ou menos intactos.

VÉRTICE: ângulo ou remate no topo ou base de um caractere como o "A" ou o "V"


formado pela convergência das duas hastes exteriores sejam elas oblíquas, ou vertical
com uma oblíqua. Pode ser pontiagudo, oblíquo, plano ou redondo

22. Dicas de Negócio


Um importante fator de sucesso de um escritório de caligrafia é o atendimento. Os
funcionários precisam prestar um serviço de qualidade para agradar um público-alvo
composto por pessoas exigentes.

O ambiente da oficina deve ser limpo e confortável. De preferência, o ponto comercial


deve estar localizado em uma região segura e próxima de centros comerciais e de
gráficas.

23. Características
Neste segmento, o empreendedor precisa, fundamentalmente, ter talento em caligrafia.
Também precisa estar atento às tendências do setor e hábitos dos clientes. Deve
identificar os movimentos deste mercado e adaptá-los à sua oferta, reconhecendo as
preferências dos clientes e renovando continuamente a oferta de produtos.

Um bom calígrafo é capaz de aplicar mais de um estilo de letra com resultado


uniforme, centralizando o texto no espaço adequado.

Outras características importantes, relacionadas ao risco do negócio, podem ajudar no


sucesso do empreendimento:
• Busca constante de informações e oportunidades;
• Iniciativa e persistência;
• Comprometimento;
• Qualidade e eficiência;

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Bibliografia / URL
• Capacidade de estabelecer metas e assumir riscos;
• Planejamento e monitoramento sistemáticos;
• Independência e autoconfiança;
• Senso de oportunidade;
• Conhecimento do ramo;
• Liderança.

24. Bibliografia
COBRA, Marcos. Administração de vendas: casos, exercícios e estratégias. São
Paulo: Atlas, 1981. 398 p.

FIGUEIRA, Eduardo. Quer vender mais? Campinas: Papirus, 2006. 112 p.

GIL, Edson. Competitividade em vendas. Rio de Janeiro: Alta Books, 2003. 92 p.

HEITLINGER, Paulo. Alfabetos: Caligrafia e Tipografia. São Paulo: Dinalivro, 2010. 703
p.

LUPPA, Luis Paulo. O vendedor pit bull. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007.
128 p.

MCCORMACK, Mark H. A arte de vender. [S. l.]: Best Seller, 2007. 192 p.

SEGAL, Mendel. Administração de vendas. São Paulo: Atlas, 1976. 253 p.

STANTON, William J. Administração de vendas. Rio de Janeiro: Guanabara Dois,


1984. 512 p.

TOMANINI, Cláudio et al. Gestão de vendas. São Paulo: Ed. FGV, 2004. 148 p.
(Marketing das publicações FGV management).

25. URL
http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/que-negocio-abrir/ideias-
1/ideias-de-negocios/ideias-de-negocio/visualizar-
ideias/documento/AF72746658EE7D28832579A6006516B0/campo/impNeg

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Bibliografia / URL
Sumário

1. Apresentação ......................................................................................... 1
2. Mercado ................................................................................................. 2
3. Localização ............................................................................................ 2
4. Exigências Legais e Específicas ............................................................ 3
5. Estrutura ................................................................................................ 4
6. Pessoal .................................................................................................. 5
7. Equipamentos ........................................................................................ 6
8. Matéria Prima/Mercadoria ...................................................................... 6
9. Organização do Processo Produtivo ..................................................... 7
10. Automação ........................................................................................... 7
11. Canais de Distribuição ......................................................................... 9
12. Investimento ......................................................................................... 9
13. Capital de Giro ..................................................................................... 9
14. Custos .................................................................................................. 10
15. Diversificação/Agregação de Valor ...................................................... 11
16. Divulgação ........................................................................................... 11
17. Informações Fiscais e Tributárias ........................................................ 12
18. Eventos ................................................................................................ 13
19. Entidades em Geral ............................................................................. 14
20. Normas Técnicas ................................................................................. 15
21. Glossário .............................................................................................. 16
22. Dicas de Negócio ................................................................................. 21
23. Características ..................................................................................... 21
24. Bibliografia ........................................................................................... 22
25. URL ...................................................................................................... 22

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