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MÓDULO 7

SIMULADOS
COMENTADOS

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MÓDULO 7 – Simulado 1 (questões 1 a 20)
1. (VUNESP - 2019 - Nível Superior)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir.
“Para o autor, ninguém mais tem a nobreza de afirmar que está predisposto _______ aprender.
No texto, ele se refere tanto ______ pessoas que se esforçam para saber cada vez mais como
_______ que não procuram reparar deficiências de formação. Segundo ele, todas as áreas do
conhecimento estão submetidas ______ prepotente teoria do achismo”.
a) à … as … às … a
b) à … às … às … à
c) à … às … as … a
d) a … as … as … à
e) a … às … às … à

2. (IDECAN - 2017 - Nível Superior)


“Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera
ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha
sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente
tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]
Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos
fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda
na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto
para o indivíduo quanto para a sociedade. No entanto, a urgência frente ao “apagão de mão de
obra” tem gerado uma pressão por investimento no ensino médio. A questão de fundo, porém,
continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites
de sua inserção social?”
De acordo com a estrutura textual apresentada, pode-se afirmar que o texto apresenta
características predominantes que o classificam como um texto
a) narrativo.
b) descritivo.
c) expositivo.
d) argumentativo.

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3. (FGV - 2019 - Nível Médio)
Assinale a frase que não inclui uma marca da linguagem coloquial.
a) Quando uma pessoa é presa da comichão de escrever, nada a pode curar, senão o coçar
de uma pena.
b) O tema de uma obra é o que sobra de uma obra ruim.
c) Nunca se deve ler um mau autor, nem para desdenhar dele. Sempre há um grão de tolice
que pega.
d) “Para que vieste na minha janela meter o nariz? / Se foi por um verso, não sou mais poeta.
/ Ando tão feliz”.
e) “O musical é chato do começo ao fim, mas está cheio de bom entretenimento.

4. (FUNRIO - 2017 - Nível Superior)


Leia o texto abaixo:
TANTO PRÓ E TANTO CONTRA
Há um intenso debate sobre se a economia brasileira já saiu da recessão ou, se não, quando
isso pode acontecer. Recessão quer dizer queda do Produto Interno Bruto (PIB), quando um
país produz em um determinado período menos do que em momentos anteriores. Isso
aconteceu em 2015, quando o PIB caiu espantosos 3,8% e em 2016, provável redução do mesmo
tamanho. Portanto, quase 9% de perda de produto em dois anos.
O desastre estará superado apenas quando a economia recuperar essa perda. Quando, por
exemplo, a taxa de desemprego voltar para a casa dos 6%. Vai levar longo tempo. Mas o
caminho começa com uma zeragem: quando o PIB parar de cair, teremos deixado a recessão
para trás e iniciado o processo de recuperação.
Isso já estaria acontecendo nesse ano de 2017? Carlos Alberto Sardenberg , O Globo, 09/02/2017
“Recessão quer dizer queda do Produto Interno Bruto (PIB), quando um país produz em um
determinado período menos do que em momentos anteriores”.
Esse segmento do primeiro parágrafo exemplifica um texto do gênero:
a) didático
b) publicitário.
c) jornalístico.
d) informativo.
e) preditivo.

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5. (FCC - 2019 - Nível Superior)
Ao ser transposto para o discurso direto, o trecho “Ele afirmou que ela não apenas paria, mas
que ainda o fazia de modo extraordinário” assume a seguinte redação:
a) Ele afirmou: − Ela não apenas pariu, mas ainda o fez de modo extraordinário.
b) Ele afirmou que ela não apenas pare, mas ainda o faz de modo extraordinário.
c) Ele afirmou: − Ela não apenas paria, mas ainda o fazia de modo extraordinário.
d) Ele afirmou que ela não apenas paria, mas ainda o faria de modo extraordinário.
e) Ele afirmou: − Ela não apenas pare, mas ainda o faz de modo extraordinário.

6. (FCC - 2020 - Nível Superior)


O século XX, Era dos Extremos
O século XX deixou um legado inegável de questões e impasses. Para o grande historiador Eric
Hobsbawm, neste livro Era dos Extremos − o breve século XX − 1914-1991, esse século foi breve
e extremado: sua história e suas possibilidades edificaram-se sobre catástrofes, incertezas e
crises, decompondo o que fora construído no longo século XIX.
Hobsbawm divide a história do século XX em três “eras”. A primeira, “da catástrofe”, é marcada
pelas duas grandes guerras, pelas ondas de revolução global em que o sistema político e
econômico da URSS surgia como alternativa histórica para o capitalismo e pela virulência da
crise econômica de 1929. Também nesse período os fascismos e o descrédito das democracias
liberais surgem como proposta mundial.
A segunda “era” são os anos dourados das décadas de 1950 e 1960 que, em sua paz congelada,
viram a viabilização e a estabilização do capitalismo, responsável pela promoção de uma
extraordinária expansão econômica e profundas transformações sociais.
Por fim, entre 1970 e 1991, dá-se o “desmoronamento” final, em que caem por terra os sistemas
institucionais que previnem e limitam o barbarismo contemporâneo, dando lugar à brutalização
da política e à irresponsabilidade teórica da ortodoxia econômica, abrindo as portas para um
futuro incerto. (Adaptado da “orelha”, sem indicação autoral, do livro de Eric Hobsbawm acima referido, editado
em São Paulo pela Companhia das Letras, em 1995)
Analise o trecho: “Entre 1970 e 1991 dá-se o desmoronamento final em que caem por terra os
sistemas institucionais que previnem e limitam o barbarismo contemporâneo.”
A frase acima permanecerá coerente, coesa e correta caso se substitua o segmento:
a) “dá-se o desmoronamento” por “propiscia-se a ruína”.
b) “em que caem por terra” por “em cujo se solapam”.
c) “desmoronamento final em que caem” por “desvirtuamento fatal aonde submergem”.
d) “os sistemas institucionais que previnem” por “as instituições estruturadas que premunem”.
e) “limitam o barbarismo contemporâneo” por “fazem fronteira com a atual barbárie”.

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7. (Instituto Excelência - 2017 - Nível Superior)
Observe os trechos abaixo e indique o que apresenta uma função fática.
a) “Apesar de não ser estudada, não ter ido à escola, ou feito uma faculdade, falava que a
vovó era um poço de sabedoria. Ela tinha todas as respostas e sempre um sábio ditado debaixo
da manga.”
b) “Meus amores, a mamãe está morrendo de saudades de vocês... Eu estou bem, então não se
preocupem, logo estarei aí para aproveitarmos as férias juntos!
c) “– Consultório da Dra. Ana, boa tarde. – Boa tarde, eu gostaria de marcar uma consulta para
amanhã, é possível? – Sim, amanhã no período da tarde, às 13:00 horas. – Está ótimo, obrigado.”
d) Nenhuma das alternativas.
e) Todas as alternativas.

8. (IDIB - 2021 - Nível Médio)


“As sementes não brotarão se sobre elas houver uma pedra”.
A partícula “se” pode exercer diferentes funções nas orações, dependendo do papel que
desempenha em relação aos outros elementos sintáticos. No caso do período destacado, a
partícula “se” está exercendo função de
a) pronome reflexivo.
b) conjunção integrante.
c) conjunção condicional.
d) partícula apassivadora.

9. (VUNESP - 2019 - Nível Superior)


Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase quanto à
conjugação verbal.
Que nenhum leitor se ____________ nem _________________ se a bruxinha _________________
pedir um vestido rosa ao Papai Noel.
a) surpreenda … estranhe … quiser
b) surpreende … estranha … querer
c) surpreenda … estranha … quiser
d) surpreenda … estranhe … querer
e) surpreende … estranhe … quiser

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10. (FCC - 2019 - Nível Superior)
Leia o texto abaixo.
Os padrinhos da ciência
Estamos vivendo em uma era técnica. Muitas pessoas estão convencidas de que a ciência e a
tecnologia encerram as respostas para todas as nossas perguntas. Nós apenas deveríamos
deixar os cientistas e os técnicos prosseguirem com seu trabalho, e eles criarão o céu aqui
na terra.
Mas a ciência não é algo que acontece em algum plano moral ou espiritual superior, acima do
restante das atividades humanas. Como todas as outras partes da nossa cultura, é definida por
interesses econômicos, políticos e religiosos.
A ciência é uma atividade muito cara. Um biólogo que procura entender o sistema imunológico
humano necessita de laboratórios, substâncias químicas e microscópios eletrônicos, sem falar
de assistentes de laboratórios. Tudo isso custa dinheiro. Ao longo dos últimos 500 anos, a
ciência moderna alcançou maravilhas graças, em grande parte, à disposição de governos,
negócios, fundações e doadores privados para destinar bilhões de dólares à pesquisa científica.
(Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio.
Porto Alegre, LP&M, 2016, p. 281)

Transpondo-se para a voz ativa a frase “A ciência é definida por interesses econômicos”,
a forma verbal ficará:
a) seria definida.
b) tem sido definida.
c) define-se.
d) definem.
e) definirá.

11. (Crescer Consultorias - 2017 - Nível Superior)


Quanto à colocação de pronomes átonos, está conforme a norma da língua escrita o período:
a) Trouxe as cópias, mas não examinei-as ainda.
b) Jamais nos enfraqueçamos diante dos obstáculos.
c) Quem avisou-o do adiamento das provas finais?
d) Me disseram que as mulheres são eleitoras fidelíssimas aos seus candidatos. Será?

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12. (FUNDATEC - 2018 - Nível Superior)
Considere as seguintes ocorrências da partícula SE nos trechos abaixo:
I. “Ouve-se um rumor crescente na plateia”
II. “Pergunto se uma pessoa viverá essa experiência”
III. “Pergunto se é algo destinado aos meus netos”
IV. “Os seres humanos se acostumam muito facilmente”

Assinale a alternativa INCORRETA.


a) Em I, “se” é pronome apassivador.
b) Em II, “se” é conjunção.
c) Em III, “se” é semelhante à II.
d) Em I e IV, a partícula “se” tem a mesma função.
e) Em IV, “se” é parte componente do verbo.

13. (VUNESP - 2020 - Nível Superior)


“Relatório publicado pela empresa de pesquisas Gallup afirma que as pessoas estão mais
tristes, mais irritadas e mais preocupadas do que nunca, o que provoca graves consequências
para a saúde global. Os dados foram coletados em 2018 por meio da realização de mais de 151
mil entrevistas com adultos que vivem em mais de 140 países. O número de pessoas que
afirmou ter passado por episódios de raiva aumentou dois pontos percentuais em relação a
2017. A preocupação e a tristeza, por sua vez, aumentaram um ponto percentual, o que
estabelece novos recordes para a manifestação dessas emoções”. (Galileu, junho de 2019)
Considere as passagens:
• Relatório publicado pela empresa de pesquisas Gallup afirma que as pessoas estão mais
tristes, mais irritadas e mais preocupadas do que nunca...
• ... por meio da realização de mais de 151 mil entrevistas com adultos que vivem em mais de
140 países.
Analisando os termos destacados, é correto afirmar que eles:
a) determinam a relação entre as orações subordinadas, e os três expressam o sentido
de comparação.
b) marcam a ênfase dada a cada enunciado, sendo que o primeiro deles expressa sentido
de causa.
c) são termos de reforço e, por essa razão, figuram nos enunciados sem lhes conferir sentido.
d) hierarquizam as informações nos enunciados, e os três expressam o sentido de explicação.
e) organizam a relação entre as orações, sendo que o último deles expressa sentido restritivo.

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14. (VUNESP - 2019 - Nível Superior)
Leia o texto de Fabrício Carpinejar para responder à questão.

Onisciência burra

Ninguém mais confessa “não sei”, “não domino o assunto”, “estou aqui para aprender”. Não
abrimos passagem para sábios e doutores. Todo mundo é especialista em tudo, todo mundo
nasce enciclopédico, todo mundo quer opinar sobre o que não conhece, sobre o que não
estudou. Todo mundo saca um Google do bolso para fingir destreza. Antes as generalizações se
restringiam ao futebol e à política, hoje não há área que não esteja contaminada pelo achismo.

A onisciência é a nossa nova burrice. Falta-nos humildade para escutar especialistas.


Falta-nos silêncio. Falta-nos a solidão da dúvida.

Vivemos colando nas provas da vida, conferindo as respostas no celular e anulando as


curiosidades naturais e sufocando os lapsos espontâneos.

Quando vamos nos consultar, desprezamos a década de universidade e residência do médico,


colocamos em xeque as suas habilidades, desacreditamos a sua receita, pesquisamos na web
o que julgamos ter e nos automedicamos. Onde está o respeito com quem se preparou para
nos receber?

Nossa desobediência é arrogância, não é nem de perto emancipação ideológica. Simulamos


saber, não corremos atrás para reparar as falhas da formação e não deixamos quem realmente
merece falar ocupar o seu espaço.

(https://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-carpinejar/post/onisciencia-burra. html Publicado em 25.07.2018.


Adaptado)

O trecho do texto em que o autor emprega termos aparentemente contraditórios está


na alternativa:

a) Ninguém mais confessa “não sei”, “não domino o assunto”, “estou aqui para aprender”.

b) Todo mundo saca um Google do bolso para fingir destreza.

c) Antes as generalizações se restringiam ao futebol e à política...

d) A onisciência é a nossa nova burrice.

e) Vivemos colando nas provas da vida, conferindo as respostas no celular...

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15. (FCC - 2018 - Nível Superior)
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
a) A razão porque o autor considera que hoje mau se corrigem as redações é o tempo de que
os professores não mais dispõem.
b) Os alunos não costumavam reagir mal à proposição daqueles temas, talvez porque
imaginassem que a redação havia de ser um texto solene.
c) Mau se sabia, às vezes, do que se estava escrevendo numa redação, por que os temas eram
bastante desligados da realidade cotidiana.
d) Por quê será que o que era considerado mau escrito vinha assinalado em vermelho
nas correções?
e) Não é de todo mal que alguém escreva valendo-se de preciosismos, ainda que o faça sem
exatamente saber porquê.

16. (VUNESP - 2020 - Nível Superior)


O Supremo Tribunal Federal decidiu que crianças precisam ter seis anos completos até 31 de
março para ingressar no 1o ano do ensino fundamental. A decisão deve pôr fim ______
divergências, inclusive na Justiça, que permitiam matrículas de alunos mais novos nessa etapa.
Por 6 votos ______ 5, o Supremo validou normas do CNE (Conselho Nacional de Educação) que
já definiam o corte etário de março. O mesmo corte etário se aplica ______ crianças de quatro
anos para ingresso na educação infantil. (Folha de S.Paulo, 02.08.2018. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, com:
a) a ... à ... as
b) à ... a ... às
c) a ... a ... às
d) à ... à ... as
e) a ... à ... às

17. (FGV - 2019 - Nível Superior)


— Fica de boa, profe. Depois eu vejo isso aí no YouTube.
A característica que NÃO está presente nessa frase acima é:
a) emprego de gíria;
b) transcrição oral de uma abreviatura;
c) o emprego de “isso” com valor pejorativo;
d) falha na estruturação gramatical;
e) o uso de “aí” para marcar distância.

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18. (FCM - 2017 - Nível Superior)
"Um cuidado fundamentado na humanização, que envolve arte, família e gestão participativa.
Assim é o modelo de tratamento utilizado pela Rede de Atenção Psicossocial (Reaps) da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aracaju."
Esse fragmento constitui-se de uma sequência textual predominantemente
a) injuntiva.
b) narrativa.
c) descritiva.
d) argumentativa.

19. (FCM - 2017 - Nível Superior)


Sem novidades no front
Esperava que o marido voltasse da guerra. Durante os primeiros anos, quando ele certamente
não chegaria, preparou compotas. Depois, a partir do momento em que o regresso se tornava
uma possibilidade iminente, assou pães, e a cada semana uma torta de peras, enchendo a casa
com o perfume açucarado que, antes mesmo do seu sorriso, lhe daria as boas-vindas.
Um dia chegou o vizinho da frente. No outro chegou o vizinho do lado. E seu marido não chegou.
Voltaram os gêmeos morenos. Voltaram os três irmãos louros. E seu marido não voltou. Aos
poucos, todos os homens da pequena cidade estavam de volta às suas casas. Menos um.
O seu.
Paciente, ainda assim ela espanava os vidros de compotas, abria em cruz a massa levedada,
e descascava peras.
Há muito a guerra havia terminado, quando a silhueta escura parou hesitante frente ao seu
portão. Antes que sequer batesse palmas, foi ela recebê-lo, de avental limpo. E puxando-o pela
mão o trouxe para dentro, fez que lavasse o rosto na pia mesmo da cozinha, sentasse à mesa,
enfim um homem no espaço que a ele sempre fora dedicado.
Encheu-lhe o copo de vinho, serviu-lhe a fatia de torta. Profunda paz a invadia enquanto o
olhava comer esfaimado. E esforçando-se para não perceber que aquele não era o seu marido,
começou a fazer-lhe perguntas sobre o front.

A característica que determina o pertencimento desse texto ao gênero “conto” é o fato de ele:
a) possuir estrutura narrativa pouco extensa.
b) narrar histórias de personagens sem nome.
c) conter trama temporal e ambiente detalhado.
d) apresentar tramas secundárias bem elaboradas.

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20. (FCC - 2018 - Nível Médio)
Leia abaixo o Capítulo I do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder
à questão:
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um
rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé
de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os
versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que como eu estava
cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura
e metesse os versos no bolso.
– Continue, disse eu acordando.
– Já acabei, murmurou ele.
– São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado.
No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro.
Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que
afinal pegou. Nem por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por
graça, chamam-me assim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.”
– “Vou para Petrópolis, dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna
do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias comigo.” – “Meu caro dom Casmurro, não
cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote,
dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.
Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe
pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos
de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração;
se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará
sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar
que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.
(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 79-80.)

Ao se transpor o trecho “– Já acabei, murmurou ele.” (3° parágrafo) para o discurso indireto, o
verbo “acabei” assume a seguinte forma:
a) tinha acabado.
b) acabou.
c) estava acabando.
d) acabaria.
e) estaria acabando.

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Gabarito Comentado
1. (VUNESP - 2019 - Nível Superior)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir.
“Para o autor, ninguém mais tem a nobreza de afirmar que está predisposto _______ aprender.
No texto, ele se refere tanto ______ pessoas que se esforçam para saber cada vez mais como
_______ que não procuram reparar deficiências de formação. Segundo ele, todas as áreas do
conhecimento estão submetidas ______ prepotente teoria do achismo”.
a) à … as … às … a
b) à … às … às … à
c) à … às … as … a
d) a … as … as … à
e) a … às … às … à

GABARITO 1 EE
Em “que está predisposto a aprender”, não ocorre crase, visto que a palavra a ser empregada
nesse contexto é apenas a preposição “a”, não ocorre a fusão de preposição + artigo (à), uma
vez que não se pode colocar artigo antes de verbo (aprender).
Em “ele se refere tanto às pessoas que se esforçam”, ocorre a fusão de preposição e artigo (a +
as = às), pois o verbo “referir-se” exige a preposição “a” e o artigo que acompanha o substantivo
“pessoas” é o artigo definido “as” (as pessoas).
Em “como às que não procuram reparar deficiências”, ocorre a fusão de preposição e artigo (a
+ as = às), pois há a presença da preposição “a” exigida pelo verbo “referir-se” e há também a
presença do artigo definido “as” que está acompanhando o substantivo “pessoas”, mesmo esse
substantivo estando elíptico (implícito). Veja: “ele se refere tanto às pessoas que se esforçam
para saber cada vez mais como às [pessoas] que não procuram reparar deficiências de
formação”. Note que se trata de uma estrutura paralela e os dois complementos (pessoas que
se esforçam e pessoas que não procuram reparar) estão relacionados ao verbo “referir-se”.
Em “estão submetidas à prepotente teoria do achismo”, ocorre a união entre a preposição “a”
e o artigo “a” (a + a = à), já que o adjetivo “submetidas” exige a preposição “a” (o que está
submetido, está submetido a algo), e o artigo que acompanha o substantivo “teoria” é o artigo
definido “a” (a teoria).

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“Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera
ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha
sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente
tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]
Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos
fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda
na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto
para o indivíduo quanto para a sociedade. No entanto, a urgência frente ao “apagão de mão de
obra” tem gerado uma pressão por investimento no ensino médio. A questão de fundo, porém,
continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites
de sua inserção social?”
De acordo com a estrutura textual apresentada, pode-se afirmar que o texto apresenta
características predominantes que o classificam como um texto
a) narrativo. b) descritivo. c) expositivo. d) argumentativo.

GABARITO 2 DE
a) INCORRETA | O texto narrativo é caracterizado por relatar acontecimentos reais ou
imaginários, que se mobilizam por personagens, em espaços definidos, em algum tempo e por
meio de um narrador. Tais elementos e estrutura não fazem parte do texto apresentado.
b) INCORRETA | O texto descritivo tem por característica uso excessivo de adjetivos, de modo
a apresentar, ao longo de sua evolução, descrições detalhadas que podem ser objetivas ou
subjetivas. Os recursos em questão não são verificados no texto analisado.
c) INCORRETA | O texto expositivo tem a finalidade de transmitir informações sobre algum
tema específico, a partir de pesquisas e dados, sem defender ideias ou posicionamentos, o que
não corresponde ao texto da questão.
d) CORRETA | Trata-se de um texto de caráter argumentativo. O autor discorre a respeito de
um determinado tema (sistema educacional), expõe sua tese (“a lacuna que o sistema
[educacional] gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida”)
e apresenta argumentos que defendem o seu ponto de vista (“Sabe-se que os investimentos,
ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto
para o indivíduo quanto para a sociedade”; “a urgência frente ao “apagão de mão de obra” tem
gerado uma pressão por investimento no ensino médio”). O autor faz, ainda, um questionamento
ao leitor como estratégia argumentativa (“por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam
condenadas aos limites de sua inserção social?”).

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Assinale a frase que não inclui uma marca da linguagem coloquial.

a) Quando uma pessoa é presa da comichão de escrever, nada a pode curar, senão o coçar
de uma pena.

b) O tema de uma obra é o que sobra de uma obra ruim.

c) Nunca se deve ler um mau autor, nem para desdenhar dele. Sempre há um grão de tolice
que pega.

d) “Para que vieste na minha janela meter o nariz? / Se foi por um verso, não sou mais poeta.
/ Ando tão feliz”.

e) “O musical é chato do começo ao fim, mas está cheio de bom entretenimento.

GABARITO 3 BE
a) INCORRETA | A expressão que determina linguagem coloquial é “presa da comichão”, que,
no contexto da sentença, apresenta sentido figurado e significa “forte tentação de escrever”.

b) CORRETA | Na frase “O tema de uma obra é o que sobra de uma obra ruim”, não há marca
alguma de linguagem coloquial.

c) INCORRETA | O termo “pega” marca a informalidade do trecho, visto que, dentro do


contexto, expressa gíria que significa “convence”.

d) INCORRETA | A marca da informalidade está na regência do verbo “vir”, que deve, de acordo
com a linguagem culta, vir acompanhado da preposição “a” (vieste a minha janela). Além disso, a
expressão “meter o nariz” é extremamente informal e significa “intromete-se”.

e) INCORRETA | A marca da informalidade está presente do uso do termo coloquial “chato”


e da expressão “está cheio”, que significa “estar repleto”.

4. (FUNRIO - 2017 - Nível Superior)


Leia o texto abaixo:

TANTO PRÓ E TANTO CONTRA

Há um intenso debate sobre se a economia brasileira já saiu da recessão ou, se não, quando
isso pode acontecer. Recessão quer dizer queda do Produto Interno Bruto (PIB), quando um
país produz em um determinado período menos do que em momentos anteriores. Isso

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aconteceu em 2015, quando o PIB caiu espantosos 3,8% e em 2016, provável redução do mesmo
tamanho. Portanto, quase 9% de perda de produto em dois anos.

O desastre estará superado apenas quando a economia recuperar essa perda. Quando, por
exemplo, a taxa de desemprego voltar para a casa dos 6%. Vai levar longo tempo. Mas o
caminho começa com uma zeragem: quando o PIB parar de cair, teremos deixado a recessão
para trás e iniciado o processo de recuperação.

Isso já estaria acontecendo nesse ano de 2017? Carlos Alberto Sardenberg , O Globo, 09/02/2017

“Recessão quer dizer queda do Produto Interno Bruto (PIB), quando um país produz em um
determinado período menos do que em momentos anteriores”.

Esse segmento do primeiro parágrafo exemplifica um texto do gênero:

a) didático

b) publicitário.

c) jornalístico.

d) informativo.

e) preditivo.

GABARITO 4 AE
a) CORRETA | No trecho “Recessão quer dizer queda do Produto Interno Bruto (PIB), quando
um país produz em um determinado período menos do que em momentos interiores”, o autor
explica, de forma didática ao seu leitor, o que é recessão. Nota-se a intenção clara do autor em
trabalhar conceitos para que o leitor compreenda o conteúdo exposto. O texto didático torna
acessível a informação para todos os leitores, a fim de uma compreensão objetiva e impessoal.
b) INCORRETA | O texto de gênero publicitário tem o objetivo de convencer, persuadir o leitor,
utilizando verbos no imperativo e vocativos de modo criativo e fazendo uso de linguagem
figurada, o que não corresponde ao trecho analisado.
c) INCORRETA | O texto jornalístico tem como intuito a divulgação da informação por meio
dos veículos de comunicação como jornal, rádio, TV, revistas, o que não está de acordo com
o trecho.
d) INCORRETA | O texto de gênero informativo faz parte dos textos jornalísticos e tem como
objetivo principal a informação, objetiva e clara, não tendo relação com o trecho apresentado.
e) INCORRETA | Textos preditivos são aqueles que buscam antecipar ou prever fatos a serem
comprovados posteriormente, o que não cabe ao trecho demonstrado.

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5. (FCC - 2019 - Nível Superior)
Ao ser transposto para o discurso direto, o trecho “Ele afirmou que ela não apenas paria, mas
que ainda o fazia de modo extraordinário” assume a seguinte redação:
a) Ele afirmou: − Ela não apenas pariu, mas ainda o fez de modo extraordinário.
b) Ele afirmou que ela não apenas pare, mas ainda o faz de modo extraordinário.
c) Ele afirmou: − Ela não apenas paria, mas ainda o fazia de modo extraordinário.
d) Ele afirmou que ela não apenas paria, mas ainda o faria de modo extraordinário.
e) Ele afirmou: − Ela não apenas pare, mas ainda o faz de modo extraordinário.

GABARITO 5 EE
a) INCORRETA | Estando o discurso indireto no tempo verbal pretérito imperfeito do
indicativo, o discurso direto não pode estar no pretérito perfeito do indicativo, mas no presente.
b) INCORRETA | A sentença permanece no discurso indireto.
c) INCORRETA | Estando o discurso indireto no tempo verbal pretérito imperfeito do
indicativo, o discurso direto não pode estar no mesmo tempo verbal.
d) INCORRETA | A sentença permanece com o discurso indireto.
e) CORRETA | Transpor uma frase para o discurso direto é sair da fala do narrador, em 3ª
pessoa, e transportá-la para a fala direta do personagem ou emissor. Se, no discurso indireto, o
verbo estiver no pretérito imperfeito do indicativo (como “paria” e “fazia”), no discurso direto,
ficará no presente do indicativo (“pare” e “faz”).

6. (FCC - 2020 - Nível Superior)


O século XX, Era dos Extremos
O século XX deixou um legado inegável de questões e impasses. Para o grande historiador Eric
Hobsbawm, neste livro Era dos Extremos − o breve século XX − 1914-1991, esse século foi breve
e extremado: sua história e suas possibilidades edificaram-se sobre catástrofes, incertezas e
crises, decompondo o que fora construído no longo século XIX.
Hobsbawm divide a história do século XX em três “eras”. A primeira, “da catástrofe”, é marcada
pelas duas grandes guerras, pelas ondas de revolução global em que o sistema político e
econômico da URSS surgia como alternativa histórica para o capitalismo e pela virulência da
crise econômica de 1929. Também nesse período os fascismos e o descrédito das democracias
liberais surgem como proposta mundial.

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A segunda “era” são os anos dourados das décadas de 1950 e 1960 que, em sua paz congelada,
viram a viabilização e a estabilização do capitalismo, responsável pela promoção de uma
extraordinária expansão econômica e profundas transformações sociais.

Por fim, entre 1970 e 1991, dá-se o “desmoronamento” final, em que caem por terra os sistemas
institucionais que previnem e limitam o barbarismo contemporâneo, dando lugar à brutalização
da política e à irresponsabilidade teórica da ortodoxia econômica, abrindo as portas para um
futuro incerto. (Adaptado da “orelha”, sem indicação autoral, do livro de Eric Hobsbawm acima referido, editado
em São Paulo pela Companhia das Letras, em 1995)

Analise o trecho: “Entre 1970 e 1991 dá-se o desmoronamento final em que caem por terra os
sistemas institucionais que previnem e limitam o barbarismo contemporâneo.”

A frase acima permanecerá coerente, coesa e correta caso se substitua o segmento:

a) “dá-se o desmoronamento” por “propiscia-se a ruína”.

b) “em que caem por terra” por “em cujo se solapam”.

c) “desmoronamento final em que caem” por “desvirtuamento fatal aonde submergem”.

d) “os sistemas institucionais que previnem” por “as instituições estruturadas que premunem”.

e) “limitam o barbarismo contemporâneo” por “fazem fronteira com a atual barbárie”.

GABARITO 6 DE
a) INCORRETA | Em "propiscia-se” há erro de grafia. O correto é “propicia-se”.

b) INCORRETA | “Em cujo” está incorreto nessa frase, já que “solapam” é verbo transitivo
direto e não exige preposição.

c) INCORRETA | “Aonde” está incorreto, visto que o verbo “submergem” não admite
a preposição “a”.

d) CORRETA | O trecho “os sistemas institucionais que previnem” pode ser substituído por “as
instituições estruturadas que premunem” porque “premunem” (flexão do verbo “premunir”) tem
o mesmo significado que “previnem” (flexão do verbo “prevenir”): desenvolvem medidas de
cautela com o intuito de se prepararem para eventuais problemas, dificuldades que possam vir
à tona.

e) INCORRETA | “Limitam o barbarismo” é diferente de “fazem fronteira com a atual barbárie”,


pois a primeira representa restrição e a última mostra proximidade. Sendo assim, altera-se o
significado da frase.

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7. (Instituto Excelência - 2017 - Nível Superior)
Observe os trechos abaixo e indique o que apresenta uma função fática.
a) “Apesar de não ser estudada, não ter ido à escola, ou feito uma faculdade, falava que a
vovó era um poço de sabedoria. Ela tinha todas as respostas e sempre um sábio ditado debaixo
da manga.”
b) “Meus amores, a mamãe está morrendo de saudades de vocês... Eu estou bem, então não se
preocupem, logo estarei aí para aproveitarmos as férias juntos!
c) “– Consultório da Dra. Ana, boa tarde. – Boa tarde, eu gostaria de marcar uma consulta para
amanhã, é possível? – Sim, amanhã no período da tarde, às 13:00 horas. – Está ótimo, obrigado.”
d) Nenhuma das alternativas.
e) Todas as alternativas.

GABARITO 7 CE
a) INCORRETA | Detecta-se a função conativa da linguagem, pois a mensagem está na 3ª
pessoa e há presença de sentidos conotativos em seu conteúdo.
b) INCORRETA | Nota-se função emotiva da linguagem, pois transmite emoções e sentimentos
do emissor da mensagem. O discurso é em 1ª pessoa e a subjetividade prevalece.
c) CORRETA | Apenas a alternativa C explora a função fática da linguagem. A função fática
estabelece a comunicação entre emissor e receptor da mensagem, responsável por manter o
canal de comunicação ativo. No exemplo, do início ao fim da ligação, a ênfase foi no contato.
d) INCORRETA | A alternativa C é a correta.
e) INCORRETA | Somente a alternativa C apresenta a função fática da linguagem.

8. (IDIB - 2021 - Nível Médio)


“As sementes não brotarão se sobre elas houver uma pedra”.
A partícula “se” pode exercer diferentes funções nas orações, dependendo do papel que
desempenha em relação aos outros elementos sintáticos. No caso do período destacado, a
partícula “se” está exercendo função de
a) pronome reflexivo.
b) conjunção integrante.
c) conjunção condicional.
d) partícula apassivadora.

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GABARITO 8 CE
a) INCORRETA | O pronome reflexivo possui sentido de “a si mesmo”, não é o caso da palavra
“se” no contexto apresentado.
b) INCORRETA | A conjunção integrante inicia uma oração subordinada substantiva, a oração
subordinada em questão é adverbial.
c) CORRETA | Em “As sementes não brotarão se sobre elas houver uma pedra”, a palavra “se”
inicia uma oração subordinada adverbial condicional, pois expressa a condição para que algo
se realize (a condição para que a sementes brotem é que não haja uma pedra sobre elas). Sendo
assim, a partícula “se” exerce, nesse contexto, função de conjunção condicional e tem o mesmo
valor semântico de “caso”, “desde que” (as sementes não brotarão caso sobre elas haja uma
pedra; as sementes brotarão desde que sobre elas não haja uma pedra).
d) INCORRETA | A partícula apassivadora aparece em contextos em que o verbo está na voz
passiva, não é o caso do trecho em questão.

9. (VUNESP - 2019 - Nível Superior)


Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase quanto à
conjugação verbal.
Que nenhum leitor se ____________ nem _________________ se a bruxinha _________________
pedir um vestido rosa ao Papai Noel.
a) surpreenda … estranhe … quiser
b) surpreende … estranha … querer
c) surpreenda … estranha … quiser
d) surpreenda … estranhe … querer
e) surpreende … estranhe … quiser

GABARITO 9 AE
O modo subjuntivo pode expressar dúvida, possibilidade ou desejo. No contexto apresentado,
os verbos devem ser conjugados no subjuntivo, pois não se trata de um fato concreto, mas de
uma hipótese: a hipótese de “que nenhum leitor se surpreenda” (verbo “surpreender” na 3ª
pessoa do singular do presente do subjuntivo) “nem estranhe” (verbo “estranhar” na 3ª pessoa
do singular do presente do subjuntivo) “se a bruxinha quiser pedir um vestido” (verbo “querer”
na 3ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo).
As formas "surpreende" e “estranha” estão no presente do indicativo; “querer” está na forma
nominal infinitivo.

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10. (FCC - 2019 - Nível Superior)
Leia o texto abaixo.
Os padrinhos da ciência
Estamos vivendo em uma era técnica. Muitas pessoas estão convencidas de que a ciência e a
tecnologia encerram as respostas para todas as nossas perguntas. Nós apenas deveríamos
deixar os cientistas e os técnicos prosseguirem com seu trabalho, e eles criarão o céu aqui
na terra.
Mas a ciência não é algo que acontece em algum plano moral ou espiritual superior, acima do
restante das atividades humanas. Como todas as outras partes da nossa cultura, é definida por
interesses econômicos, políticos e religiosos.
A ciência é uma atividade muito cara. Um biólogo que procura entender o sistema imunológico
humano necessita de laboratórios, substâncias químicas e microscópios eletrônicos, sem falar
de assistentes de laboratórios. Tudo isso custa dinheiro. Ao longo dos últimos 500 anos, a
ciência moderna alcançou maravilhas graças, em grande parte, à disposição de governos,
negócios, fundações e doadores privados para destinar bilhões de dólares à pesquisa científica.
(Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio.
Porto Alegre, LP&M, 2016, p. 281)

Transpondo-se para a voz ativa a frase “A ciência é definida por interesses econômicos”,
a forma verbal ficará:
a) seria definida.
b) tem sido definida.
c) define-se.
d) definem.
e) definirá.

GABARITO 10 DE
A oração “A ciência é definida por interesses econômicos” está na voz passiva analítica. Para
coloca-la na voz ativa, é necessário identificar o agente da passiva (“interesses econômicos”) e
colocá-lo na posição de sujeito, identificar o verbo principal da locução verbal e colocá-lo no
mesmo tempo de modo do verbo auxiliar (a locução verbal é “é definida”, formada pelo verbo
auxiliar “é” + verbo principal “definida”) e, por fim, identificar o sujeito paciente e colocá-lo na
posição de objeto. Assim, temos: Interesses econômicos definem a ciência.

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11. (Crescer Consultorias - 2017 - Nível Superior)
Quanto à colocação de pronomes átonos, está conforme a norma da língua escrita o período:
a) Trouxe as cópias, mas não examinei-as ainda.
b) Jamais nos enfraqueçamos diante dos obstáculos.
c) Quem avisou-o do adiamento das provas finais?
d) Me disseram que as mulheres são eleitoras fidelíssimas aos seus candidatos. Será?

GABARITO 11 BE
a) INCORRETA | Utilizou-se a ênclise enquanto deveria ter sido utilizada próclise, já que o
advérbio de negação “não” é fator de próclise. O correto é: “Trouxe as cópias, mas não as
examinei ainda.”
b) CORRETA | Apenas a alternativa B está correta. De acordo com as regras de colocação
pronominal, o advérbio de negação “jamais” é palavra atrativa e, por isso, ocorre próclise
(pronome oblíquo antes do verbo).
c) INCORRETA | O pronome interrogativo “quem” é fator de próclise. O correto é: “Quem o
avisou do adiamento das provas finais?”.
d) INCORRETA | A ênclise é obrigatória quando o verbo inicia a frase, visto que não se pode
começar uma oração com pronome oblíquo. O correto é: “Disseram-me que as mulheres são
eleitoras fidelíssimas aos seus candidatos.

12. (FUNDATEC - 2018 - Nível Superior)


Considere as seguintes ocorrências da partícula SE nos trechos abaixo:
I. “Ouve-se um rumor crescente na plateia”
II. “Pergunto se uma pessoa viverá essa experiência”
III. “Pergunto se é algo destinado aos meus netos”
IV. “Os seres humanos se acostumam muito facilmente”

Assinale a alternativa INCORRETA.


a) Em I, “se” é pronome apassivador.
b) Em II, “se” é conjunção.
c) Em III, “se” é semelhante à II.
d) Em I e IV, a partícula “se” tem a mesma função.
e) Em IV, “se” é parte componente do verbo.

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GABARITO 12 DE
a) CORRETA | Em I, a palavra “se” é pronome apassivador, já que a frase está em voz passiva
sintética (ou voz passiva pronominal).
b) CORRETA | Em II, a apalavra “se” é uma conjunção integrante, pois introduz uma oração
subordinada substantiva.
c) CORRETA | Em III, a palavra “se” é uma conjunção integrante, pois introduz uma oração
subordinada substantiva.
d) INCORRETA | Apenas a alternativa D está incorreta. Em I, a partícula “se” é pronome
apassivador, já que a oração está na voz passiva sintética (note que é possível passar para a voz
passiva analítica: “Um rumor é ouvido”). Em IV, a partícula “se” é parte integrante do verbo (ou
parte componente do verbo), uma vez que o verbo “acostumar-se” é pronominal. Sendo assim,
em I e em IV, a partícula “se” exerce funções diferentes.
e) CORRETA | Em IV, a palavra “se” faz parte do verbo, pois o verbo “acostumar-se” é
pronominal, está sempre acompanhado de pronome oblíquo.

13. (VUNESP - 2020 - Nível Superior)


“Relatório publicado pela empresa de pesquisas Gallup afirma que as pessoas estão mais
tristes, mais irritadas e mais preocupadas do que nunca, o que provoca graves consequências
para a saúde global. Os dados foram coletados em 2018 por meio da realização de mais de 151
mil entrevistas com adultos que vivem em mais de 140 países. O número de pessoas que
afirmou ter passado por episódios de raiva aumentou dois pontos percentuais em relação a
2017. A preocupação e a tristeza, por sua vez, aumentaram um ponto percentual, o que
estabelece novos recordes para a manifestação dessas emoções”. (Galileu, junho de 2019)
Considere as passagens:
• Relatório publicado pela empresa de pesquisas Gallup afirma que as pessoas estão mais
tristes, mais irritadas e mais preocupadas do que nunca...
• ... por meio da realização de mais de 151 mil entrevistas com adultos que vivem em mais de
140 países.
Analisando os termos destacados, é correto afirmar que eles:
a) determinam a relação entre as orações subordinadas, e os três expressam o sentido
de comparação.
b) marcam a ênfase dada a cada enunciado, sendo que o primeiro deles expressa sentido
de causa.
c) são termos de reforço e, por essa razão, figuram nos enunciados sem lhes conferir sentido.
d) hierarquizam as informações nos enunciados, e os três expressam o sentido de explicação.
e) organizam a relação entre as orações, sendo que o último deles expressa sentido restritivo.

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GABARITO 13 EE
a) INCORRETA | Apenas a segunda ocorrência expressa comparação.
b) INCORRETA | Em nenhuma das ocorrências a palavra “que” marca ênfase dos enunciados
ou expressa causa.
c) INCORRETA | As ocorrências da palavra “que” não são apenas de reforço, conferem sentido
aos enunciados.
d) INCORRETA | Em nenhuma das três ocorrências a palavra “que” expressa explicação.
e) CORRETA | A alternativa correta é a letra E, pois a palavra “que” estabelece relação entre as
orações subordinadas nas três ocorrências: na primeira, trata-se de conjunção integrante que
introduz uma oração subordinada substantiva; na segunda, conjunção subordinativa comparativa
e, na terceira, pronome relativo, introduzindo uma oração subordinada adjetiva restritiva.

14. (VUNESP - 2019 - Nível Superior)


Leia o texto de Fabrício Carpinejar para responder à questão.

Onisciência burra

Ninguém mais confessa “não sei”, “não domino o assunto”, “estou aqui para aprender”. Não
abrimos passagem para sábios e doutores. Todo mundo é especialista em tudo, todo mundo
nasce enciclopédico, todo mundo quer opinar sobre o que não conhece, sobre o que não
estudou. Todo mundo saca um Google do bolso para fingir destreza. Antes as generalizações se
restringiam ao futebol e à política, hoje não há área que não esteja contaminada pelo achismo.

A onisciência é a nossa nova burrice. Falta-nos humildade para escutar especialistas.


Falta-nos silêncio. Falta-nos a solidão da dúvida.

Vivemos colando nas provas da vida, conferindo as respostas no celular e anulando as


curiosidades naturais e sufocando os lapsos espontâneos.

Quando vamos nos consultar, desprezamos a década de universidade e residência do médico,


colocamos em xeque as suas habilidades, desacreditamos a sua receita, pesquisamos na web
o que julgamos ter e nos automedicamos. Onde está o respeito com quem se preparou para
nos receber?

Nossa desobediência é arrogância, não é nem de perto emancipação ideológica. Simulamos


saber, não corremos atrás para reparar as falhas da formação e não deixamos quem realmente
merece falar ocupar o seu espaço.

(https://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-carpinejar/post/onisciencia-burra. html Publicado em 25.07.2018.


Adaptado)

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O trecho do texto em que o autor emprega termos aparentemente contraditórios está
na alternativa:
a) Ninguém mais confessa “não sei”, “não domino o assunto”, “estou aqui para aprender”.
b) Todo mundo saca um Google do bolso para fingir destreza.
c) Antes as generalizações se restringiam ao futebol e à política...
d) A onisciência é a nossa nova burrice.
e) Vivemos colando nas provas da vida, conferindo as respostas no celular...

GABARITO 14 DE
A palavra “onisciência” representa o saber absoluto, conhecimento sobre todas as coisas,
significado este que se opõe ao termo “burrice”, o que configura contradição entre as ideias
apresentadas. Nas demais alternativas, não há ideias contraditórias.

15. (FCC - 2018 - Nível Superior)


Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
a) A razão porque o autor considera que hoje mau se corrigem as redações é o tempo de que
os professores não mais dispõem.
b) Os alunos não costumavam reagir mal à proposição daqueles temas, talvez porque
imaginassem que a redação havia de ser um texto solene.
c) Mau se sabia, às vezes, do que se estava escrevendo numa redação, por que os temas eram
bastante desligados da realidade cotidiana.
d) Por quê será que o que era considerado mau escrito vinha assinalado em vermelho
nas correções?
e) Não é de todo mal que alguém escreva valendo-se de preciosismos, ainda que o faça sem
exatamente saber porquê.

GABARITO 15 BE
a) INCORRETA | A razão por que (preposição “por” + pronome relativo “que” – note que “por
que” pode ser substituído por “pela qual”) o autor considera que hoje mal (o advérbio
“mal” deve ser escrito com “l”) se corrigem as redações é o tempo de que os professores não
mais dispõem.
b) CORRETA | Em “Os alunos não costumavam reagir mal à proposição daqueles temas,
talvez porque imaginassem que a redação havia de ser um texto solene”, a palavra “mal” foi
corretamente empregada, já que é o advérbio (contrário de “bem”) e deve ser escrita com
a letra “l”; a palavra “porque” está escrita corretamente, trata-se de uma conjunção causal.

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c) INCORRETA | Mal (o advérbio “mal” deve ser escrito com “l”) se sabia, às vezes, do que se
estava escrevendo numa redação, porque (a conjunção causal, com sentido de “pois”, é uma
única palavra) os temas eram bastante desligados da realidade cotidiana.
d) INCORRETA | Por que (a locução adverbial interrogativa de causa, que integra uma frase
interrogativa e tem sentido de “por qual motivo” não tem acento) será que o que era considerado
mal (o advérbio “mal” deve ser escrito com “l”) escrito vinha assinalado em vermelho
nas correções?
e) INCORRETA | Não é de todo mau (o adjetivo “mau”, contrário de “bom”, deve ser escrito com
“u”: não é bom que alguém escreva...) que alguém escreva valendo-se de preciosismos, ainda que
o faça sem exatamente saber por quê (a locução adverbial interrogativa de causa, com sentido
de “por qual razão”, no final da frase, tem acento).

16. (VUNESP - 2020 - Nível Superior)


O Supremo Tribunal Federal decidiu que crianças precisam ter seis anos completos até 31 de
março para ingressar no 1o ano do ensino fundamental. A decisão deve pôr fim ______
divergências, inclusive na Justiça, que permitiam matrículas de alunos mais novos nessa etapa.
Por 6 votos ______ 5, o Supremo validou normas do CNE (Conselho Nacional de Educação) que
já definiam o corte etário de março. O mesmo corte etário se aplica ______ crianças de quatro
anos para ingresso na educação infantil. (Folha de S.Paulo, 02.08.2018. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, com:
a) a ... à ... as
b) à ... a ... às
c) a ... a ... às
d) à ... à ... as
e) a ... à ... às

GABARITO 16 CE
A primeira lacuna deve ser preenchida pela preposição “a”, que acompanha a expressão “pôr
fim a”, não ocorre crase nesse contexto por ser “a” seguido de plural (se fosse preposição +
artigo, seria a + as = às).
A segunda lacuna deve ser preenchida pela preposição “a”. Não ocorre crase porque os
numerais não vêm precedidos por artigos.
A terceira lacuna deve ser preenchida por “às”, uma vez que há a preposição “a” exigida pelo
verbo “aplicar” + o artigo definido “as” que acompanha o substantivo “crianças” (preposição
“a” + artigo “as” = às).

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17. (FGV - 2019 - Nível Superior)
— Fica de boa, profe. Depois eu vejo isso aí no YouTube.
A característica que NÃO está presente nessa frase acima é:
a) emprego de gíria;
b) transcrição oral de uma abreviatura;
c) o emprego de “isso” com valor pejorativo;
d) falha na estruturação gramatical;
e) o uso de “aí” para marcar distância.

GABARITO 17 DE
a) INCORRETA | “Fica de boa” comprova o emprego de gíria na frase.
b) INCORRETA | “Profe” reflete a transcrição oral da abreviatura “prof.”.
c) INCORRETA | “Isso” tem valor pejorativo, visto que diminui evidentemente o trabalho e
a aula do professor.
d) CORRETA | Apesar de toda característica informal e coloquial da frase, não se evidenciam
erros que configuram falha na estrutura gramatical.
e) INCORRETA | “Aí” é um adjunto adverbial de lugar, portanto, marca distância e, no contexto,
evidencia uma distância entre aluno e conteúdo.

18. (FCM - 2017 - Nível Superior)


"Um cuidado fundamentado na humanização, que envolve arte, família e gestão participativa.
Assim é o modelo de tratamento utilizado pela Rede de Atenção Psicossocial (Reaps) da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aracaju."
Esse fragmento constitui-se de uma sequência textual predominantemente
a) injuntiva.
b) narrativa.
c) descritiva.
d) argumentativa.

GABARITO 18 CE
a) INCORRETA | O texto injuntivo tem como objetivo a instrução ao leitor e ainda pode
informar, aconselhar, orientar, recomendar ou propor mudanças de comportamento, reflexões,
incentivar a comercialização, o que não se observa no texto analisado.

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b) INCORRETA | O texto narrativo é caracterizado por relatar acontecimentos reais ou
imaginários, que se mobilizam por personagens, em espaços definidos, em algum tempo
e por meio de um narrador. Tais elementos e estrutura não fazem parte do texto apresentado.
c) CORRETA | O fragmento constitui-se de uma sequência textual predominantemente
descritiva, pois detalha, descreve o tratamento utilizado pela Rede de Atenção Psicossocial
da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju.
d) INCORRETA | O texto argumentativo tem como característica o questionamento e
convencimento do leitor a partir de uma tese em relação ao tema apresentado. Em seu
desenvolvimento, utiliza-se de operadores argumentativos que possibilitam articular o texto
mantendo de modo a defender e sustentar o ponto de vista do autor. Tais características não
se evidenciam no trecho analisado.

19. (FCM - 2017 - Nível Superior)


Sem novidades no front
Esperava que o marido voltasse da guerra. Durante os primeiros anos, quando ele certamente
não chegaria, preparou compotas. Depois, a partir do momento em que o regresso se tornava
uma possibilidade iminente, assou pães, e a cada semana uma torta de peras, enchendo a casa
com o perfume açucarado que, antes mesmo do seu sorriso, lhe daria as boas-vindas.
Um dia chegou o vizinho da frente. No outro chegou o vizinho do lado. E seu marido não chegou.
Voltaram os gêmeos morenos. Voltaram os três irmãos louros. E seu marido não voltou. Aos
poucos, todos os homens da pequena cidade estavam de volta às suas casas. Menos um.
O seu.
Paciente, ainda assim ela espanava os vidros de compotas, abria em cruz a massa levedada,
e descascava peras.
Há muito a guerra havia terminado, quando a silhueta escura parou hesitante frente ao seu
portão. Antes que sequer batesse palmas, foi ela recebê-lo, de avental limpo. E puxando-o pela
mão o trouxe para dentro, fez que lavasse o rosto na pia mesmo da cozinha, sentasse à mesa,
enfim um homem no espaço que a ele sempre fora dedicado.
Encheu-lhe o copo de vinho, serviu-lhe a fatia de torta. Profunda paz a invadia enquanto o
olhava comer esfaimado. E esforçando-se para não perceber que aquele não era o seu marido,
começou a fazer-lhe perguntas sobre o front.

A característica que determina o pertencimento desse texto ao gênero “conto” é o fato de ele:
a) possuir estrutura narrativa pouco extensa.
b) narrar histórias de personagens sem nome.
c) conter trama temporal e ambiente detalhado.
d) apresentar tramas secundárias bem elaboradas.

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GABARITO 19 AE
a) CORRETA | O gênero textual conto é um texto narrativo curto, ou seja, com estrutura pouco
extensa, característica do texto trazido pela questão.
b) INCORRETA | Não é condição do gênero conto que as personagens não tenham nome,
sendo opção do autor essa escolha.
c) INCORRETA | A trama no gênero conto pode ser temporal ou não. Além disso, não é fator
determinante o detalhamento de ambientes.
d) INCORRETA | Pelo contrário, o conto, por ser curto, tem como característica se desenvolver
em torno de um conflito único, sem tramas secundárias.

20. (FCC - 2018 - Nível Médio)


Leia abaixo o Capítulo I do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder
à questão:
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um
rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé
de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os
versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que como eu estava
cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura
e metesse os versos no bolso.
– Continue, disse eu acordando.
– Já acabei, murmurou ele.
– São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado.
No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro.
Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que
afinal pegou. Nem por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por
graça, chamam-me assim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.”
– “Vou para Petrópolis, dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna
do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias comigo.” – “Meu caro dom Casmurro, não
cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote,
dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.
Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe
pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos
de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração;
se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará
sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar
que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.
(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 79-80.)

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Ao se transpor o trecho “– Já acabei, murmurou ele.” (3° parágrafo) para o discurso indireto, o
verbo “acabei” assume a seguinte forma:
a) tinha acabado.
b) acabou.
c) estava acabando.
d) acabaria.
e) estaria acabando.

GABARITO 20 AE
a) CORRETA | Quando, no discurso direto, o verbo está no pretérito perfeito (como é o caso
de “acabei”), no discurso indireto, o verbo ficará no pretérito mais-que-perfeito (no tempo
simples, fica “acabara”; no tempo composto, fica “havia acabado” ou “tinha acabado”: as três
opções têm o mesmo sentido). Sendo assim, transpondo o trecho em questão para o discurso
indireto, temos: “Ele murmurou que já tinha acabado”.
b) INCORRETA | O tempo verbal “acabou”, pretérito perfeito do indicativo, não pode se manter
após a transformação do discurso direto em indireto.
c) INCORRETA | O tempo verbal “estava acabando” não está correto para a transformação do
discurso direto em indireto.
d) INCORRETA | O tempo verbal “acabaria” corresponde ao futuro do pretérito, incompatível
para a transformação do discurso indireto em questão.
e) INCORRETA | O tempo verbal “estaria acabando” não corresponde ao correto para a
transformação do discurso direto em indireto.

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