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GABRIEL RODRIGO CARDOSO SOUZA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM ANÁLISES CLÍNICAS

BRASÍLIA, DF – 2024
FACULDADE ANHANGUERA DE BRASÍLIA
Avenida das Araucárias, Lote 785, 5° andar, Águas Claras Sul – Brasília
(61) 3353-7907

GABRIEL RODRIGO CARDOSO SOUZA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM ANÁLISES CLÍNICAS

Relatório apresentado ao curso de Farmácia da


Faculdade Anhanguera de Brasília – FAB,
como exigência para conclusão do Estágio
Supervisionado em Análises Clínicas.

Professor (a): Geraldo Claudino de Freitas


Supervisor (a): Kendric Mariano Damasceno
Dias

BRASÍLIA, DF - 2024
FACULDADE ANHANGUERA DE BRASÍLIA
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SUMÁRIO

1 RESUMO ....................................................................................................................... 3

2 BIOSSEGURANÇA ....................................................................................................... 3

3 SETORES DE TRABALHO ........................................................................................... 7

3.1 HEMATOLOGIA ......................................................................................... 8

3.2 BIOQUÍMICA ............................................................................................ 14

3.3 IMUNOLOGIA........................................................................................... 23

3.4 MICROBIOLOGIA .................................................................................... 24

3.5 PARASITOLOGIA ..................................................................................... 25

3.6 UROANÁLISE ........................................................................................... 27

3.7 COLETA .................................................................................................... 29

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 30

5 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 31

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1 RESUMO
No presente relatório, descrevem-se as atividades realizadas e os casos clínicos
estudados durante o estágio em análises clínicas do curso de Farmácia da Faculdade
Anhanguera de Brasília – FAB. De início, o documento trata da questão da biossegurança,
relacionando todos os aspectos normativos pertinentes ao laboratório. Em seguida apresenta
uma breve explanação acerca da divisão dos setores de trabalho que compõem o laboratório
escola, abrangendo a integração nos setores de Hematologia, Bioquímica, Imunologia,
Microbiologia, Parasitologia e Uroanálise do Laboratório Escola de Análises Clínicas (LEAC),
no qual aconteceram as análises dos casos clínicos das especialidades acima mencionadas,
mediante a supervisão de Kendric Mariano Damasceno Dias. No que se refere a sua estrutura,
o relatório de estágio traz também uma breve caracterização do LEAC, de seus equipamentos,
dos serviços ofertados e uma apresentação mais minuciosa do trabalho desenvolvido em seus
setores. Finalmente, apresenta as impressões deixadas pela experiência prática proporcionada
pelo estágio realizado e o significado deixado para a jornada acadêmica e profissional.

2 BIOSSEGURANÇA
A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 786/2023 da ANVISA refere-se a uma
regulamentação técnica ampla e cujo objetivo reside nas atividades rotineiras dos laboratórios
clínicos. O documento aborda desde os passos para a coleta de material até a emissão dos
laudos. Além disso, o regulamento trata ainda da organização, dos recursos humanos, da
infraestrutura e da biossegurança dos laboratórios, tendo como principal foco a garantia da
qualidade. Tem por definição ser um “conjunto de atividades planejadas, sistematizadas e
implantadas com o objetivo de cumprir os requisitos da qualidade especificados”. Uma das
atividades que compõe a garantia da qualidade é o controle interno (ANVISA, 2023).
Contudo, a questão da Biossegurança tem sido definida no meio acadêmico, científico
e tecnológico como um conjunto de medidas para a segurança, minimização e controle de riscos
nas atividades de trabalho biotecnológico das diversas áreas das ciências da saúde e biológicas.
As atividades e estudos não mais se restringem às discussões, considerações e controle da
tecnologia dos transgênicos e aos organismos geneticamente modificados, mas visam o controle
dos métodos de segurança para evitar riscos de acidentes químicos, físicos, microbiológicos e
ecológicos para o trabalhador (profissional técnico e de apoio), cliente, paciente e cidadão,
buscando a preservação do meio ambiente e melhor qualidade de vida. O profissional deve
considerar-se responsável pela boa conduta técnica para proteger e promover a saúde
(ZOCHIO, 2009).

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Segundo estabelece a RDC 786/2023, para a proteção geral das instâncias laboratoriais,
como estabelecimentos de execução de métodos das ciências da saúde e biológicas, torna-se
necessário o delineamento prévio das atividades a serem desenvolvidas nos setores, devendo
ser analisados: Capacitação técnica; Espaço físico e distribuição de setores; Tipos de atividades
desenvolvidas; Fluxo de atividades; Fluxo de pessoas; Determinação de potenciais riscos dos
vários tipos de acidentes (mapa de risco); Identificação de riscos biológicos, físicos e químicos;
Confecção de um manual de procedimentos operacionais padrão; Indicação de providências a
serem adotadas em situações emergenciais; Divulgação interna da lista de endereços de
notificação e informação na Secretaria de Saúde e setores relacionados com a saúde; Indicação
de atividades em situações urgentes e emergentes; Instrução de imunização da equipe; Instrução
de primeiros-socorros; formas de sepsia - (limpeza, assepsia, antissepsia, esterilização)
(ANVISA, 2023).
No que se refere as formas de sepsia, procedimentos como limpeza, assepsia,
antissepsia, e esterilização elas são de fundamental importância para a redução dos riscos de
infecção em ambientes de saúde, a exemplo do Laboratório Escola de Análises Clínicas
(LEAC).
O procedimento de limpeza no LEAC respeita normas rígidas com a finalidade de
impedir contaminações e erros nos diagnósticos, conforme detalhado a seguir: diariamente,
antes do início das atividades, limpa-se o espaço utilizando um pano úmido e com hipoclorito
de sódio; faz-se a desinfecção dos setores que apresentam riscos de contaminação; procede-se
a esterilização de todos os materiais utilizados; após a higienização dos equipamentos, o
laboratório é limpo com hipoclorito de sódio; faz-se a substituição regular dos sacos de lixo;
descarta-se os materiais de segundo a classificação; executa-se a varrição do piso com pano
umedecido em hipoclorito.
A assepsia pode ser entendida como conjunto de medidas utilizadas para impedir a
penetração de microrganismos no ambiente do laboratório. Já a antissepsia refere-se a uma série
de medidas propostas para inibição do crescimento de microrganismos ou removê-los do
ambiente laboratorial, utilizando-se de antissépticos ou desinfetantes.
No tocante a esterilização, consiste no processo de destruição de todas as formas de vida
microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) por meio da
aplicação de agentes físicos e ou químicos, sendo sempre precedida de lavagem e enxague para
remoção de detritos.

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A higienização das mãos representa uma prática essencial em todos os setores da área
da saúde, incluindo os laboratórios de análises clínicas, onde a manipulação de amostras e
reagentes faz parte da rotina diária, sendo um procedimento fundamental para prevenir a
disseminação de patógenos, garantir a qualidade dos resultados das análises e proteger a saúde
tanto dos profissionais de laboratório quanto dos pacientes atendidos.
A lavagem das mãos com água e sabão se destaca como a abordagem preferida, mas em
situações em que não há acesso a água e sabão, o uso de desinfetantes para as mãos à base de
álcool surge como uma alternativa aceitável. Contudo, deve-se ressaltar que a higienização
adequada das mãos deve durar pelo menos 50 segundos, seguindo as técnicas recomendadas,
como esfregar todas as superfícies das mãos, unhas e punhos.
Já nos laboratórios de análises clínicas, torna-se fundamental fornecer treinamento
adequado aos profissionais de saúde, estabelecer políticas e diretrizes internas, além de
disponibilizar recursos como sabonete líquido, toalhas de papel descartáveis e desinfetantes
para as mãos em locais estratégicos (BRASIL, 2013).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a higienização adequada das mãos
consiste na medida mais eficaz para prevenir a propagação de infecções (OMS, 2006).
Conforme explica Prado et al. (2012) em um laboratório de análises clínicas, a contaminação
cruzada de amostras, reagentes e superfícies pode acarretar resultados imprecisos,
comprometendo a saúde do paciente. A higienização das mãos deve ser realizada nas seguintes
situações nos laboratórios de análises clínicas: antes de iniciar qualquer procedimento
laboratorial, como a coleta de amostras ou a preparação de reagentes; após o contato com
materiais biológicos, tais como sangue, urina e tecidos; após o uso de luvas descartáveis, que
devem ser trocadas entre procedimentos diferentes; após tocar em superfícies que possam estar
contaminadas, como maçanetas, teclados e telefones; antes de sair do laboratório, reduzindo o
risco de levar micro-organismos para fora do ambiente de trabalho.
A segurança dos colaboradores e dos pacientes também representa uma preocupação
presente no LEAC. Desse modo, o uso dos EPIs (Equipamentos de proteção individual) e EPCs
(Equipamentos de proteção coletiva) para laboratório de análises clínicas no Brasil é
regulamentado pela Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria nº 3214/1978, do Ministério do
Trabalho e Emprego. Entre os EPIs incluem-se: jalecos; luvas; máscaras ou respiradores; óculos
de segurança ou protetor facial; e os EPCs: autoclaves; forno Pasteur; chuveiro de emergência;
lava olhos; extintor de incêndio; cabines de segurança química; cabines de segurança biológica;
módulo de fluxo laminar de ar (BRASIL, 1978).

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Outro aspecto de grande importância no que diz respeito a biossegurança e as boas


práticas em laboratórios de análises clínicas, consiste no Plano de Gerenciamento dos Resíduos
de serviços de Saúde (PGRSS). A Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 306/04 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), trata do Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, e onde estão definidas as classificações dos
RSS e qual o devido gerenciamento a ser dado para cada grupo (BRASIL, 2004).
Nesse sentido, elaborar um plano de gerenciamento dos RSS se reveste de extrema
importância na neutralização desses possíveis riscos à saúde, gerenciando os resíduos em seus
aspectos intra e extra-estabelecimento, desde a geração até a disposição final, incluindo as
etapas de manejo, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, tratamento,
armazenamento externo, coleta e transporte externos e disposição final.
Acondicionam-se os resíduos gerados em locais apropriados no Laboratório Escola de
Análises Clínicas (LEAC). Os materiais perfurocortantes, Grupo B, são descartados
separadamente, no local de sua geração, logo após o uso ou necessidade de descarte, em
recipientes de paredes rígidas, resistentes à punctura, ruptura, vazamento e processo de
esterilização, com tampa, devidamente identificados com o símbolo internacional de risco
biológico, acrescido da inscrição de “PERFUROCORTANTE” e os riscos adicionais, químico
ou radiológico. Os resíduos sólidos tais como seringas, luvas e algodão contaminados, são
coletados em sacos brancos para resíduos infectantes e após a autoclavagem, devem ser
armazenados em local apropriado até a coleta e destinação final. Enquanto os resíduos líquidos,
constituídos por sangue e hemocomponentes, são acondicionados em frascos resistentes a
autoclavagem, cujo preenchimento não deve ultrapassar 2/3 da sua capacidade, para
posteriormente, serem descartados no sistema de coleta de esgoto, através do expurgo. O lixo
infectante é separado do comum e destinado para tratamento por incineração. Os resíduos
comuns, Grupo D, não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, sendo equiparados aos resíduos domiciliares e são acondicionados em sacos pretos,
identificados com etiqueta para resíduo comum e recolhidos pela empresa limpadora, de acordo
com o que preconiza a RDC nº 306/2004.
O Laboratório Escola de Análises Clínicas (LEAC) atende todas as normas de
biossegurança e boas práticas exigidas para garantir a qualidade e a confiabilidade de seus
laudos de análise.

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3 SETORES DE TRABALHO
O Laboratório Escola de Análises Clínicas (LEAC) possui sua organização estruturada
de modo a otimizar a eficiência e a especialização nas diversas áreas da análise clínica. Nesse
sentido, a divisão dos setores torna-se imprescindível para a realização de uma diversidade de
exames, assegurando uma abordagem especializada em cada campo. A seguir detalha-se a
descrição da divisão dos setores e os principais exames realizados em cada um deles:
1. Hematologia:
• Hemograma Completo: Contagem de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e
plaquetas.
• Esfregaço Sanguíneo: Análise morfológica das células sanguíneas.
2. Bioquímica:
• Testes de Função Hepática: Dosagem de enzimas como ALT, AST, e FA.
• Dosagem de Eletrólitos: Sódio, potássio, cloreto, entre outros.
• Glicemia e Hemoglobina A1c: Avaliação do metabolismo glicídico e
monitoramento do diabetes.
• Perfil Lipídico: Dosagem de colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos.
3. Imunologia:
• Proteína C Reativa (PCR): Indicador de processos inflamatórios.
• Fator Reumatoide (FR): Avaliação de distúrbios reumáticos.
• ASLO (Antiestreptolisina O): Indicador de infecções estreptocócicas.
• VDRL (Venereal Disease Research Laboratory): Detecção de sífilis.
4. Microbiologia:
• Coloração de Gram: Identificação de bactérias pela coloração.
• Testes de Catalase: Diferenciação entre bactérias Gram-positivas.
• Cultura Microbiana: Crescimento de micro-organismos em diferentes meios.
5. Parasitologia:
• Exames Parasitológicos de Fezes (EPFs): Identificação de parasitas.
• Técnicas de Sedimentação e Flutuação: Identificação de ovos de helmintos.
6. Uroanálise:
• Exame de Urina (EAS): Avaliação macroscópica e microscópica da urina.
• Avaliação da Densidade Urinária: Indicador do equilíbrio hidroeletrolítico.
• Testes Bioquímicos na Urina: Detecção de glicose, proteínas e outros elementos.

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A estruturação por setores adotada pelo LEAC possibilita uma abordagem especializada
em cada área da análise clínica, proporcionando maior precisão e eficácia nos resultados dos
exames realizados no Laboratório Escola.

3.1 HEMATOLOGIA
Descrever os exames laboratoriais realizados durante o estágio curricular ou os casos
clínicos discutidos:
EXAME

NOME DO EXAME: Hematócrito


FINALIDADE: trata-se de um exame laboratorial utilizado para medir a proporção de
volume ocupado pelos glóbulos vermelhos no sangue em relação ao volume total de sangue.
Sua principal finalidade consiste em fornecer informações sobre a quantidade de glóbulos
vermelhos circulantes, auxiliando no diagnóstico e monitoramento de condições como anemia,
desidratação, policitemia e outras doenças hematológicas (MARTY; MARTY, 2015).
PRÍNCIPIO: baseia-se na centrifugação da amostra de sangue em um tubo capilar.
Durante a centrifugação, os componentes do sangue se separam de acordo com sua densidade,
com os glóbulos vermelhos se posicionando no fundo do tubo devido à sua maior densidade em
relação ao plasma. O volume ocupado pelos glóbulos vermelhos é então medido em relação ao
volume total do sangue no tubo, expressando-se como uma porcentagem (MARTY; MARTY,
2015).
APLICAÇÃO CLÍNICA: amplamente utilizado na prática clínica para diagnosticar e
monitorar uma variedade de condições médicas, sendo especialmente útil na avaliação de
distúrbios hematológicos, como anemia (baixo hematócrito), policitemia (alto hematócrito),
desidratação (aumento relativo do hematócrito devido à diminuição do volume plasmático) e
outras condições que afetam a produção ou destruição de glóbulos vermelhos (MCPHERSON;
PINCUS, 2012).
METODOLOGIA: envolve a coleta de uma pequena amostra de sangue do paciente,
geralmente através de punção venosa. A amostra é então colocada em um tubo capilar e
centrifugada a uma velocidade específica por um tempo determinado. Após a centrifugação,
examina-se minuciosamente o tubo e a porcentagem de volume ocupado pelos glóbulos
vermelhos é lida e registrada. A seguir, compara-se o valor com os intervalos de referência

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estabelecidos para determinar se está dentro da faixa normal ou se indica alguma anormalidade
(MARTY, MARTY, 2015; MCPHERSON, PINCUS, 2012).

CASO CLÍNICO

TÍTULO DO CASO: Diagnóstico de Anemia ou Policitemia


IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: Paciente do sexo feminino, 45 anos de idade,
sem histórico médico relevante.
HISTÓRIA CLÍNICA: Não há histórico médico significativo relatado para a paciente.
EXAMES LABORATORIAIS:
 Hematócrito total: 39%
 Hemácias (hm): 4,33 milhões/mm³
 Hemoglobina: 13 g/dL
 VCM (Volume Corpuscular Médio): 90,06 fL
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO: Com base nos resultados dos exames laboratoriais,
pode-se suspeitar de uma possível anemia normocítica, já que o hematócrito, hemácias e
hemoglobina estão dentro da faixa de referência, mas o VCM está no limite superior, indicando
glóbulos vermelhos de tamanho normal ou ligeiramente aumentado (MARTY, MARTY, 2015;
MCPHERSON, PINCUS, 2012).
DISCUSSÃO: Os resultados do hematócrito e dos demais parâmetros hematimétricos
são fundamentais para a avaliação do estado hematológico da paciente. O hematócrito, que
representa a proporção do volume ocupado pelos glóbulos vermelhos em relação ao volume
total de sangue, encontra-se dentro da faixa de referência, sugerindo uma quantidade adequada
de glóbulos vermelhos circulantes. No entanto, o VCM elevado indica que os glóbulos
vermelhos podem ser maiores que o normal, o que sugere uma possível anemia normocítica.
A hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue, está dentro
da faixa de referência, o que sugere que a capacidade de transporte de oxigênio da paciente não
está comprometida. No entanto, a associação dos resultados do hematócrito com o VCM sugere
uma possível anemia normocítica, na qual a quantidade de hemoglobina por glóbulo vermelho
pode estar reduzida.
A interpretação dos resultados do hematócrito e dos outros parâmetros hematimétricos
consiste em um elemento fundamental para o diagnóstico e manejo adequado de distúrbios
hematológicos como a anemia. No entanto, deve-se salientar que o diagnóstico final deve levar

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em consideração outros aspectos clínicos, como sintomas apresentados pela paciente, histórico
médico completo e outros exames complementares, para uma abordagem diagnóstica completa
e precisa.
EXAME

NOME DO EXAME: Morfologia das Hemácias


FINALIDADE: exame laboratorial que visa avaliar a forma e estrutura das hemácias
(glóbulos vermelhos) presentes no sangue. Seu propósito principal reside em identificar
possíveis anormalidades morfológicas das hemácias que podem estar associadas a diversas
condições patológicas, como anemias hemolíticas, talassemias, deficiências de nutrientes, entre
outras (CAQUET, 2017).
PRÍNCIPIO: realizado através da observação microscópica das células sanguíneas em
uma amostra de sangue periférico corado. A base teórica desse exame está na identificação de
alterações morfológicas das hemácias, como tamanho, forma, coloração, presença de inclusões,
e outras características relevantes. As anormalidades encontradas podem fornecer importantes
informações diagnósticas sobre a etiologia e gravidade de diversas condições hematológicas
(LORENZI, 2005).
APLICAÇÃO CLÍNICA: comumente utilizada na prática clínica para auxiliar no
diagnóstico e monitoramento de uma variedade de distúrbios hematológicos. Por exemplo, a
presença de esferócitos ou células falciformes pode sugerir uma anemia hemolítica hereditária,
enquanto células com forma de alvo podem indicar talassemia. Além disso, a morfologia das
hemácias também pode ser útil para diferenciar entre diferentes tipos de anemias e orientar o
tratamento adequado. Contudo, torna-se importante observar que a interpretação dos resultados
pode ser subjetiva e requer experiência por parte do profissional de laboratório (NICOLL,
2019).
METODOLOGIA: o exame de morfologia das hemácias é realizado a partir de uma
amostra de sangue periférico, que é corada e observada sob um microscópio óptico. O
profissional técnico ou o hematologista examina as células sanguíneas em busca de qualquer
anormalidade morfológica, registrando e relatando as características observadas. A
interpretação dos resultados ocorre levando-se em consideração os achados morfológicos em
conjunto com o quadro clínico do paciente e outros exames complementares, quando necessário
(CAQUET, 2017).

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CASO CLÍNICO

TÍTULO DO CASO: Diagnóstico de Anisocitose em Paciente com Anemia Falciforme


IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: Paciente do sexo masculino, 28 anos de idade.
HISTÓRIA CLÍNICA: o paciente possui histórico médico de anemia falciforme, uma
doença hereditária caracterizada pela produção anormal de hemoglobina, levando à deformação
dos glóbulos vermelhos em forma de foice. Esta condição pode resultar em episódios de dor
intensa, danos a órgãos e complicações graves, como acidente vascular cerebral.
EXAMES LABORATORIAIS:
 Hemograma:
o Hemácias (HCM): 28 (normal: 32-36)
o Hemoglobina: 9 g/dL (normal: 12-16 g/dL)
o Hematócrito (VCM): 81 fL (normal: 80-100 fL)
o Anisocitose: Presença de hemácias com tamanhos diferentes
(microcitose e macrócitose)
o Reticulocitose: Aumento do número de reticulócitos (indicativo de
resposta medular à anemia)
o Leucocitose: Aumento do número de glóbulos brancos (pode indicar
infecção ou inflamação)
o Plaquetose: Normal
 Esfregaço de sangue periférico:
o Hemácias falciformes: Presentes (indicativo da doença)
o Eritrócitos com núcleo: Presentes em mais de 50% das hemácias
(indicativo de eritropoiese ineficaz)
o Presença de Howell-Jolly bodies: Inclusões intracelulares que podem
indicar hemólise
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO: Com base nos resultados dos exames laboratoriais, o
possível diagnóstico é Anemia falciforme com anisocitose. A anisocitose pode ser causada pela
própria anemia falciforme, que leva à fragmentação das hemácias e à produção de hemácias de
tamanhos diferentes (CAQUET, 2017).
DISCUSSÃO: O caso clínico apresentado destaca a importância dos exames
laboratoriais para o diagnóstico de anisocitose em pacientes com anemia falciforme. Os

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principais achados nos exames e sua relevância para o entendimento do quadro clínico,
conforme Lorenzi (2005), são:
 Anemia: caracterizada pela redução do número de hemácias, da hemoglobina e do
hematócrito. No caso da anemia falciforme, a anemia é causada pela rigidez das
hemácias falciformes, que leva à sua destruição precoce.
 Anisocitose: presença de hemácias com tamanhos diferentes. No caso da anemia
falciforme, a anisocitose pode ser causada pela fragmentação das hemácias falciformes
e à produção de hemácias de tamanhos diferentes.
 Reticulocitose: aumento do número de reticulócitos, que são hemácias jovens. A
reticulocitose indica que a medula óssea está respondendo à anemia e tentando produzir
mais hemácias.
 Leucocitose: pode indicar infecção ou inflamação. No caso da anemia falciforme, a
leucocitose pode ser causada por infecções oportunistas, que são mais frequentes em
pacientes com essa condição.
 Eritropoiese ineficaz: a produção de hemácias que são destruídas antes de maturarem.
No caso da anemia falciforme, a eritropoiese ineficaz tem como causa a rigidez das
hemácias falciformes, que leva à sua destruição precoce.

EXAME

NOME DO EXAME: Contagem de Reticulócitos


FINALIDADE: avaliar a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea. O principal
objetivo desse exame reside em diagnosticar e monitorar distúrbios na produção de células
vermelhas do sangue, como anemias, e avaliar a resposta do organismo ao tratamento dessas
condições. Além disso, a contagem de reticulócitos pode ser útil na detecção de condições como
anemia aplástica, hemorragias crônicas e reações a tratamentos com drogas que afetam a
medula óssea (MCPHERSON; PINCUS, 2012).
PRÍNCIPIO: baseada na coloração dos reticulócitos, glóbulos vermelhos jovens. Essas
células contêm RNA residual, que pode ser corado com corantes específicos, como o azul de
cresil brilhante. Os reticulócitos corados são então contados em uma amostra de sangue usando
um microscópio ou um analisador hematológico automatizado. A contagem é expressa como o
número de reticulócitos por volume de sangue ou como uma porcentagem do total de glóbulos
vermelhos (MARTY; MARTY, 2015).

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APLICAÇÃO CLÍNICA: frequentemente utilizada em diversas situações clínicas,


como em casos de anemia, quando o exame pode ajudar a distinguir entre diferentes tipos de
anemia, como anemia ferropriva, anemia hemolítica ou anemia associada à deficiência de
vitamina B12 ou ácido fólico. Além disso, a contagem de reticulócitos é essencial para
monitorar a resposta do organismo ao tratamento de anemias, como transfusões de sangue ou
terapia com eritropoietina. Também é útil em casos de suspeita de perda sanguínea aguda ou
crônica (NICOLL, 2019).
METODOLOGIA: o exame de Contagem de Reticulócitos envolve a coleta de uma
amostra de sangue do paciente, seguida pela coloração dos reticulócitos presentes na amostra
com um corante adequado. Posteriormente, os reticulócitos são contados manualmente usando
um microscópio ou analisador hematológico automatizado. Os resultados são então expressos
como uma contagem absoluta de reticulócitos (em milhões por microlitro de sangue) ou como
uma porcentagem do total de glóbulos vermelhos (CAQUET, 2017).

CASO CLÍNICO

TÍTULO DO CASO: Diagnóstico de Deficiência de Vitamina B12


IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: Paciente do sexo masculino, 36 anos de idade,
sem histórico médico relevante.
HISTÓRIA CLÍNICA: o paciente relatou fadiga, desânimo, sensação de
formigamento ou dormência, fraqueza nas pernas.
EXAMES LABORATORIAIS:
 Contagem de Reticulócitos: 1% (abaixo da faixa normal de 1-2%)
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO: Com base no resultado do exame de Contagem de
Reticulócitos (1%), o diagnóstico estabelecido para o caso é deficiência de vitamina B12. A
baixa porcentagem de reticulócitos sugere uma resposta inadequada da medula óssea à anemia,
o que pode ser causado pela deficiência de vitamina B12, uma vez que essa vitamina é essencial
para a produção normal de glóbulos vermelhos (MARTY; MARTY, 2015.
DISCUSSÃO: A deficiência de vitamina B12 trata-se de uma condição médica comum
que pode resultar em uma variedade de sintomas, incluindo fadiga, fraqueza, palidez, falta de
ar, tonturas e formigamento nas mãos e nos pés. Essa deficiência pode ser causada por uma
ingestão insuficiente de vitamina B12 na dieta, problemas de absorção no trato gastrointestinal
ou outras condições médicas subjacentes.

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A Contagem de Reticulócitos consiste em um exame importante no diagnóstico de


anemias e distúrbios relacionados à produção de células sanguíneas. Reticulócitos são glóbulos
vermelhos jovens liberados pela medula óssea para a corrente sanguínea. Uma contagem baixa
de reticulócitos pode indicar uma resposta inadequada da medula óssea à anemia, o que pode
ocorrer em condições como deficiência de vitamina B12, entre outras (MCPHERSON;
PINCUS, 2012).
A interpretação do resultado da Contagem de Reticulócitos, juntamente com outros
achados clínicos e exames complementares, é fundamental para o diagnóstico e tratamento
adequados. No caso apresentado, a baixa contagem de reticulócitos sugere uma falha na
produção de glóbulos vermelhos, o que pode ser explicado pela deficiência de vitamina B12.

3.2 BIOQUÍMICA
Descrever os exames laboratoriais realizados durante o estágio curricular:

NOME DO EXAME: Espectrofotometria


FINALIDADE: a espectrofotometria refere-se a um tipo específico de exame clínico
utilizado para medir a absorção de luz por uma substância em função do comprimento de onda.
Sua finalidade principal consiste em quantificar a concentração de determinadas substâncias
em uma amostra biológica, como sangue, urina ou líquido cefalorraquidiano. Esse exame é
amplamente utilizado na detecção e monitoramento de diversas condições médicas, como
diabetes, disfunção hepática, distúrbios renais, entre outras (TOY et al., 2016).
PRÍNCIPIO: o princípio científico por trás da espectrofotometria baseia-se na absorção
seletiva de luz pelas moléculas presentes na amostra. Quando a luz atravessa a amostra, algumas
moléculas absorvem seletivamente certos comprimentos de onda, enquanto outras não. O
espectrofotômetro mede a quantidade de luz absorvida pela amostra em diferentes
comprimentos de onda e utiliza essa informação para determinar a concentração da substância
de interesse por meio da Lei de Lambert-Beer (NELSON et al., 2022).
APLICAÇÃO CLÍNICA: é comumente utilizada em uma variedade de situações
clínicas, entre elas a avaliação de perfil lipídico, os níveis de colesterol total, colesterol HDL,
colesterol LDL e triglicerídeos no sangue. Além disso, utiliza-se o exame no monitoramento de
enzimas hepáticas, como a alanina aminotransferase (ALT) e a aspartato aminotransferase
(AST), para avaliar a função hepática (MCPHERSON; PINCUS, 2012).

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METODOLOGIA: o procedimento envolve a preparação da amostra biológica, que


pode variar dependendo da substância a ser medida. Em seguida, coloca-se a amostra em um
espectrofotômetro, que emite luz em diferentes comprimentos de onda através da amostra. A
luz que passa pela amostra é detectada por um fotodetector, que quantifica a quantidade de luz
absorvida. Os resultados são então comparados com curvas de calibração pré-determinadas para
determinar a concentração da substância alvo na amostra (BRACHT, 2003).

CASO CLÍNICO

TÍTULO DO CASO: Diagnóstico de Esteatose Hepática


IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: Paciente do sexo feminino, 52 anos de idade.
HISTÓRIA CLÍNICA: a paciente apresenta histórico de sobrepeso e consumo
excessivo de alimentos ricos em gordura. Além disso, relata fadiga crônica e desconforto
abdominal leve. Não há histórico prévio de condições hepáticas.
EXAMES LABORATORIAIS:
 Espectrofotometria
 Teste de triglicerídeos: resultado 125 mg/dL
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO: com base nos resultados dos exames laboratoriais, o
diagnóstico estabelecido para o caso há a suspeita de esteatose hepática não alcoólica (EHNA).
A espectrofotometria trata-se de uma ferramenta importante para avaliar a esteatose hepática,
enquanto o teste de triglicerídeos elevado (125 mg/dL) sugere um possível acúmulo de gordura
no fígado (TOY et al., 2016).
DISCUSSÃO: Os exames laboratoriais são fundamentais para o diagnóstico da
esteatose hepática, pois permitem, de acordo com Bracht (2003):
 Avaliar a função hepática: identificar alterações nos níveis de enzimas hepáticas
(TGO, TGP, gama GT), bilirrubina e albumina.
 Detectar outras condições: diabetes, doenças cardíacas etc.
 Monitorar a progressão da doença: acompanhar a evolução dos parâmetros ao longo
do tempo.
No caso apresentado, o resultado elevado de triglicerídeos (125 mg/dL) representa um
fator de risco para EHNA. No entanto, para confirmar o diagnóstico, torna-se necessário
considerar outros fatores, como:
 Histórico médico: presença de doenças pré-existentes, hábitos de vida, etc.

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 Exames físicos: palpação do fígado, avaliação de sinais de ascite, etc.


 Exames de imagem: ultrassom abdominal, tomografia computadorizada, etc.
Deve-se levar em consideração a importância da prevenção e do tratamento precoce da
EHNA. Mudanças no estilo de vida, como:
 Alimentação saudável: rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais.
 Prática regular de atividade física: pelo menos 30 minutos por dia, 5 vezes por
semana.
 Manutenção do peso ideal: evitar o acúmulo de gordura corporal.
 Redução do consumo de bebidas alcoólicas: evitar o consumo excessivo de álcool.

NOME DO EXAME: Proteína total


FINALIDADE: avaliar a quantidade total de proteínas presentes no sangue ou em
outras amostras biológicas, buscando diagnosticar e monitorar uma variedade de condições
médicas, incluindo desnutrição, doenças hepáticas, distúrbios renais, inflamações e algumas
condições malignas. Além disso, a determinação da concentração de proteínas totais pode ser
útil na avaliação do estado nutricional e do funcionamento do sistema imunológico (TOY et al.,
2016).
PRÍNCIPIO: fundamenta-se na capacidade das proteínas presentes na amostra
biológica de reagir com corantes específicos, resultando na formação de complexos coloridos.
A intensidade da cor formada relaciona-se diretamente à concentração de proteínas presentes
na amostra. Conhecida também como ensaio colorimétrico, a técnica é amplamente utilizada
na análise laboratorial para quantificar proteínas totais (BRACHT, 2003).
APLICAÇÃO CLÍNICA: utilizada em uma variedade de situações clínicas, entre elas
a suspeita de desnutrição, quando a medição da Proteína Total pode ajudar a avaliar o estado
nutricional e monitorar a eficácia do tratamento nutricional. Além disso, em doenças hepáticas,
como cirrose, a Proteína Total pode ser útil na avaliação da função hepática e na detecção de
complicações associadas à doença hepática crônica (MCPHERSON; PINCUS, 2012).
METODOLOGIA: envolve a coleta de uma amostra biológica, geralmente sangue
venoso. A amostra é então processada em laboratório, onde ocorre a mistura com um reagente
que forma um complexo colorido com as proteínas presentes na amostra. A intensidade da cor
formada é medida utilizando um espectrofotômetro, e a concentração de proteínas totais é
determinada com base na absorbância da amostra. Os resultados são então interpretados pelo
profissional de saúde para fins diagnósticos e de monitoramento (PINTO, 2017).

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CASO CLÍNICO

TÍTULO DO CASO: Diagnóstico de desnutrição


IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: Paciente do sexo feminino, 25 anos de idade.
HISTÓRIA CLÍNICA: a paciente relata ter se submetido a uma dieta rigorosa para
fins de emagrecimento, sem acompanhamento de um profissional de nutrição.
EXAMES LABORATORIAIS:
 Proteína Total: resultado 6,05 g/dL
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO: com base nos resultados do exame de Proteína Total
(6,05 g/dL), o diagnóstico estabelecido para o caso é desnutrição proteico-energética leve a
moderada. A baixa concentração de proteínas totais indica uma ingestão insuficiente de
proteínas na dieta, o que pode levar a uma série de complicações associadas à desnutrição, pois
essa substância é fundamental para diversas funções do corpo, como formação e reparação de
tecidos, produção de hormônios e enzimas e a manutenção do sistema imunológico (PINTO,
2017).
DISCUSSÃO: conforme esclarecem Toy et al. (2016), a desnutrição refere-se a uma
condição caracterizada pela ingestão inadequada de nutrientes essenciais, incluindo proteínas,
vitaminas e minerais. A concentração de proteínas totais no sangue consiste em um indicador
importante do estado nutricional de um indivíduo. Neste caso, a baixa concentração de proteínas
totais sugere uma deficiência nutricional, especialmente de proteínas, devido à dieta rigorosa
seguida pela paciente.
A desnutrição pode levar a uma série de complicações, incluindo fraqueza muscular,
comprometimento do sistema imunológico, distúrbios gastrointestinais e perda de massa
muscular, sendo primordial diagnosticar e tratar precocemente para prevenir complicações
graves.
A medição da Proteína Total representa uma ferramenta importante no diagnóstico e
monitoramento dessa condição, pois fornece informações sobre o estado nutricional do
paciente. Além disso, a integração dos resultados dos exames laboratoriais com a história
clínica e outros achados clínicos é um fator decisivo para um diagnóstico preciso e um plano
de tratamento adequado.
Neste contexto, o diagnóstico de desnutrição com base nos resultados do exame de
Proteína Total destaca a importância dos exames laboratoriais na avaliação do estado

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nutricional e na identificação precoce de condições que requerem intervenção nutricional e


médica adequada.

NOME DO EXAME: Dosagem de proteína


FINALIDADE: medir quantidade total de proteínas presentes no sangue e avaliar o
estado geral da saúde do paciente, identificar desordens metabólicas, distúrbios nutricionais,
doenças hepáticas, renais ou imunológicas, além de monitorar a resposta ao tratamento em
algumas condições médicas, como doenças renais ou hepáticas (PINTO, 2017).
PRÍNCIPIO: o princípio científico por trás da dosagem de proteína baseia-se na reação
entre a proteína presente na amostra de sangue e uma substância específica, geralmente um
corante ou um agente precipitante. Este método permite a formação de um complexo proteína-
corante que pode ser quantificado por meio de espectrofotometria ou outros métodos de
medição de absorbância. A quantidade de proteína é então determinada pela comparação com
padrões conhecidos (BRACHT, 2003).
APLICAÇÃO CLÍNICA: utilizada na avaliação de uma ampla gama de condições
médicas, incluindo desordens hepáticas, renais e imunológicas, como hepatites, cirrose,
nefropatias, mieloma múltiplo, doença de Hodgkin, desnutrição, entre outras. Ela também é útil
para monitorar a eficácia do tratamento e a progressão de certas condições médicas. No entanto,
ressalta-se que a dosagem de proteína tem algumas limitações, como a falta de especificidade
para identificar a causa subjacente da alteração nos níveis de proteína. Portanto, outros exames
complementares podem ser necessários para um diagnóstico preciso (MCPHERSON &
PINCUS, 2012).
METODOLOGIA: a dosagem de proteína compreende a coleta de uma amostra de
sangue venoso do paciente, geralmente realizada por um profissional de saúde treinado. A
amostra é então processada em laboratório, onde é submetida a uma série de etapas que incluem
a separação do soro ou plasma, a adição de reagentes específicos para reagir com as proteínas
presentes, e a medição da absorbância do complexo proteína-corante formado. Os resultados
são interpretados em comparação com valores de referência estabelecidos (NICOLL, 2019).

CASO CLÍNICO

TÍTULO DO CASO: Diagnóstico clínico


IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: Paciente do sexo masculino, 32 anos de idade.

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HISTÓRIA CLÍNICA: detalhes sobre o histórico médico do paciente, incluindo


condições pré-existentes, alergias, tratamentos anteriores etc., não foram fornecidos.
EXAMES LABORATORIAIS:
 Dosagem de Proteína: resultado 142,81
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO: com base apenas no resultado do exame de dosagem de
proteína, não é possível estabelecer um diagnóstico definitivo de hepatite. A hipoproteinemia
(nível baixo de proteínas no sangue) pode ser um sintoma de diversas condições, incluindo:
Hepatite: A hepatite pode causar danos ao fígado, que é responsável pela produção de
proteínas.
Desnutrição: A desnutrição pode levar à baixa produção de proteínas pelo organismo.
Doenças renais: As doenças renais podem causar perda de proteínas pela urina.
Doenças inflamatórias: Doenças inflamatórias crônicas, como a artrite reumatoide,
podem levar à diminuição da produção de proteínas (PINTO, 2017).
DISCUSSÃO: os exames laboratoriais constituem ferramentas importantes para o
diagnóstico de diversas doenças. No entanto, um único exame não é suficiente para confirmar
um diagnóstico. No caso apresentado, o resultado da dosagem de proteína encontra-se abaixo
do normal (valor de referência: 6,0 - 8,0 g/dL), o que pode indicar hipoproteinemia. No entanto,
a hipoproteinemia pode ter diversas causas, como já mencionado anteriormente.
Para um diagnóstico preciso, é necessário considerar outros fatores, como:
 Histórico médico do paciente: Presença de doenças pré-existentes, como hepatite,
doenças renais ou doenças inflamatórias.
 Sintomas: Presença de sintomas de hepatite, como fadiga, náuseas, vômitos, icterícia
(pele e olhos amarelados), urina escura e fezes claras.
 Outros exames laboratoriais: Testes para hepatite A, B e C, testes de função hepática
(TGO, TGP, gama GT, fosfatase alcalina), bilirrubina, albumina, etc.
Recomendações:
 Consulta médica: É fundamental consultar um médico para avaliação clínica completa
e interpretação dos resultados dos exames laboratoriais.
 Exames complementares: O médico poderá solicitar exames complementares para
confirmar o diagnóstico de hepatite e determinar a causa da hipoproteinemia.
 Tratamento: O tratamento dependerá da causa da hipoproteinemia e da gravidade da
doença.

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Desse modo, o resultado da dosagem de proteína pode ser um indicativo de hepatite, por
exemplo, mas não é suficiente para confirmar o diagnóstico. É necessário considerar outros
fatores, como histórico médico, sintomas e outros exames laboratoriais. A consulta médica é
fundamental para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

NOME DO EXAME: Teste de Glicose


FINALIDADE: avaliar os níveis de glicose no sangue de um indivíduo em um
determinado momento. Esse exame é frequentemente utilizado para diagnosticar e monitorar
diabetes mellitus, bem como para avaliar a eficácia do tratamento e manter o controle glicêmico
dentro de limites saudáveis (PINTO, 2017).
PRÍNCIPIO: baseado na medição da concentração de glicose no sangue. A glicose é
uma molécula de açúcar fundamental para fornecer energia às células do corpo. O princípio
científico por trás desse teste envolve reações enzimáticas específicas, como a oxidação da
glicose pela glicose oxidase em presença de oxigênio, produzindo um composto oxidado e
peróxido de hidrogênio. Esse peróxido de hidrogênio reage com um cromógeno específico,
resultando em uma mudança de cor proporcional à concentração de glicose na amostra, que
pode ser quantificada por espectrofotometria (NELSON et al., 2022).
APLICAÇÃO CLÍNICA: utilizado na prática clínica para diagnosticar e monitorar
diabetes mellitus, uma condição caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue. Além
disso, também é utilizado em situações como triagem de pré-diabetes, avaliação de
hipoglicemia em pacientes diabéticos em tratamento com insulina ou agentes hipoglicemiantes,
e monitoramento da glicemia em pacientes hospitalizados (TOY et al., 2016).
METODOLOGIA: o teste de glicose pode ser realizado de várias maneiras, incluindo
a coleta de uma amostra de sangue capilar por punção digital, a coleta de sangue venoso, ou o
uso de métodos mais avançados, como a monitorização contínua da glicose. Após a coleta da
amostra, ela é processada para obter o plasma ou o soro, e então é aplicada a reação enzimática
específica para medir os níveis de glicose. Os resultados são geralmente expressos em
miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL) ou milimoles de glicose por litro de
sangue (mmol/L), dependendo da unidade de medida utilizada (BRACHT, 2003).

CASO CLÍNICO

TÍTULO DO CASO: Diagnóstico de Diabetes

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IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: O paciente é uma mulher de 46 anos de idade,


sem histórico médico relevante.
HISTÓRIA CLÍNICA: não possui histórico médico significativo, como condições pré-
existentes, alergias conhecidas ou tratamentos médicos anteriores documentados.
EXAMES LABORATORIAIS:
 Teste de Glicose: resultado 84,4 mg/dL
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO: Com base no resultado do exame de glicose (84,4
mg/dL), o diagnóstico de diabetes não pode ser estabelecido (PINTO, 2017).
DISCUSSÃO: O teste de glicose é uma ferramenta fundamental no diagnóstico e
monitoramento do diabetes mellitus. Neste caso, o valor de glicose sanguínea da paciente, 84,4
mg/dL, apresenta-se abaixo do limiar para o diagnóstico de diabetes, que geralmente é definido
por níveis de glicose em jejum acima de 126 mg/dL (CAQUET, 2017). No entanto, esse
resultado ainda pode ser clinicamente relevante, sugerindo um estado de pré-diabetes ou um
início leve da doença. Considerando a importância dos exames laboratoriais para o diagnóstico
precoce e a implementação de medidas preventivas, como mudanças no estilo de vida e
monitoramento regular, este resultado destaca a importância do acompanhamento médico para
evitar a progressão para o diabetes completo.

NOME DO EXAME: Teste de ácido úrico


FINALIDADE: medir os níveis desse composto no sangue, auxiliando no diagnóstico
e monitoramento de condições como gota, hiperuricemia e doença renal. Além disso, pode ser
usado para avaliar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e complicações
metabólicas (PINTO, 2017).
PRÍNCIPIO: o ácido úrico consiste em um produto do metabolismo das purinas,
derivado principalmente da quebra das moléculas de ácido nucleico. O método de medição do
ácido úrico geralmente envolve a reação da enzima ácido úrico oxidase com o ácido úrico
presente na amostra, resultando na formação de peróxido de hidrogênio e ácido alantoico. A
quantidade de peróxido de hidrogênio formada é proporcional à concentração de ácido úrico na
amostra e pode ser medida espectrofotometricamente (NELSON et al., 2022).
APLICAÇÃO CLÍNICA: amplamente utilizado na prática clínica para diagnosticar e
monitorar distúrbios do metabolismo das purinas, como a gota e a hiperuricemia. Também é
útil na avaliação de pacientes com suspeita de doença renal ou condições associadas, como
hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. No entanto, é importante considerar que os

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níveis de ácido úrico podem ser influenciados por vários fatores, como dieta, uso de
medicamentos e condições clínicas subjacentes, portanto, o diagnóstico deve ser interpretado
com cautela (TOY et al., 2016).
METODOLOGIA: geralmente utiliza a coleta de uma amostra de sangue, que é
submetida a procedimentos de centrifugação para separar o soro. Em seguida, a amostra é
misturada com reagentes contendo ácido úrico oxidase, que catalisa a reação de oxidação do
ácido úrico presente no soro. A quantidade de peróxido de hidrogênio formada é medida
espectrofotometricamente em uma determinada faixa de comprimento de onda, e os resultados
são expressos em unidades de concentração (geralmente em mg/dL ou µmol/L) (BRACHT,
2003).

CASO CLÍNICO

TÍTULO DO CASO: Diagnóstico de Gota


IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: O paciente é uma mulher de 53 anos de idade,
sem histórico médico relevante.
HISTÓRIA CLÍNICA: a paciente não apresenta histórico médico significativo,
alergias conhecidas ou tratamentos anteriores relevantes.
EXAMES LABORATORIAIS:
 Exame de ácido úrico: resultado 8,43 mg/dL.
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO: baseando-se nos resultados do exame de ácido úrico, o
possível diagnóstico para o caso é a gota (PINTO, 2017).
DISCUSSÃO: a gota trata-se de uma condição caracterizada pelo acúmulo de cristais
de ácido úrico nas articulações, causando inflamação e dor intensa. A dosagem do ácido úrico
representa um recurso fundamental para o diagnóstico da gota, pois níveis elevados desse
composto no sangue (hiperuricemia) estão frequentemente associados à doença
(MCPHERSON & PINCUS, 2012). No entanto, deve-se considerar que nem todos os pacientes
com níveis elevados de ácido úrico desenvolvem gota, e outros fatores clínicos e sintomas
devem ser considerados para confirmar o diagnóstico. Neste caso, o resultado elevado de ácido
úrico sugere fortemente a presença de gota, especialmente considerando a idade e o sexo da
paciente, que são fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento da doença. Porém, outros
exames clínicos, como análise do líquido sinovial, podem ser necessários para confirmar o
diagnóstico e excluir outras condições com sintomas semelhantes, como artrite reumatoide.

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3.3 IMUNOLOGIA
Descrever os exames laboratoriais realizados durante o estágio curricular, da forma
como se pede nas orientações abaixo:
EXAME: Descreva o tipo específico de exame clínico ou procedimento que foi
estudado ou realizado durante o estágio. Por exemplo, pode ser um exame físico, uma técnica
de imagem, um teste laboratorial, etc.
FINALIDADE: Explique qual é o propósito ou objetivo principal do exame em
questão. Isso pode incluir a detecção precoce de doenças, monitoramento da progressão da
doença, avaliação do estado de saúde de um paciente, entre outros.
PRÍNCIPIO: Detalhe o princípio científico por trás do exame ou procedimento. Isso
envolve explicar como a técnica funciona e qual é a base teórica ou biológica que a sustenta.
Por exemplo, se for um exame de imagem, discuta os princípios físicos envolvidos na formação
da imagem.
APLICAÇÃO CLÍNICA: Aborde as situações clínicas em que o exame é comumente
utilizado. Isso pode incluir uma variedade de condições médicas para as quais o exame é
relevante, bem como suas limitações e considerações práticas.
METODOLOGIA: Descreva os passos ou procedimentos específicos envolvidos na
realização do exame. Isso pode incluir preparação do paciente, coleta de amostras, uso de
equipamentos especializados, interpretação de resultados, entre outros aspectos técnicos.

Ao responder a esses tópicos, vocês devem ser claros, concisos e fornecer exemplos
sempre que possível para ilustrar suas explicações. É importante também que demonstrem
compreensão não apenas da técnica em si, mas também de sua relevância clínica e suas
implicações para o cuidado do paciente.

Algumas referências para leitura:


SILVA, Adeline Gisele Teixeira da. Imunologia Aplicada - Fundamentos, Técnicas
Laboratoriais e Diagnósticos. Editora Saraiva, 2014. E-book. ISBN 9788536521039.
MCPHERSON, Richard A.; PINCUS, Matthew R. Diagnósticos Clínicos e
Tratamento por Métodos Laboratoriais de Henry. Editora Manole, 2012. E-book. ISBN
9788520451854.

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MORAES, Sandra do L.; FERREIRA, Antonio W. Diagnóstico Laboratorial das


Principais Doenças Infecciosas e Autoimunes, 3ª edição. Grupo GEN, 2013. E-book. ISBN
978-85-277-2308-4.
CAQUET, René. 250 Exames de Laboratório: Prescrição e Interpretação. Thieme
Brazil, 2017. E-book. ISBN 9788554650711.
NICOLL, Diana. Manual de Exames Diagnósticos. Grupo A, 2019. E-book. ISBN
9788580556261.

3.4 MICROBIOLOGIA
Descrever os exames laboratoriais realizados durante o estágio curricular, da forma
como se pede nas orientações abaixo:
EXAME: Descreva o tipo específico de exame clínico ou procedimento que foi
estudado ou realizado durante o estágio. Por exemplo, pode ser um exame físico, uma técnica
de imagem, um teste laboratorial, etc.
FINALIDADE: Explique qual é o propósito ou objetivo principal do exame em
questão. Isso pode incluir a detecção precoce de doenças, monitoramento da progressão da
doença, avaliação do estado de saúde de um paciente, entre outros.
PRÍNCIPIO: Detalhe o princípio científico por trás do exame ou procedimento. Isso
envolve explicar como a técnica funciona e qual é a base teórica ou biológica que a sustenta.
Por exemplo, se for um exame de imagem, discuta os princípios físicos envolvidos na formação
da imagem.
APLICAÇÃO CLÍNICA: Aborde as situações clínicas em que o exame é comumente
utilizado. Isso pode incluir uma variedade de condições médicas para as quais o exame é
relevante, bem como suas limitações e considerações práticas.
METODOLOGIA: Descreva os passos ou procedimentos específicos envolvidos na
realização do exame. Isso pode incluir preparação do paciente, coleta de amostras, uso de
equipamentos especializados, interpretação de resultados, entre outros aspectos técnicos.

Ao responder a esses tópicos, vocês devem ser claros, concisos e fornecer exemplos
sempre que possível para ilustrar suas explicações. É importante também que demonstrem
compreensão não apenas da técnica em si, mas também de sua relevância clínica e suas
implicações para o cuidado do paciente.

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Algumas referências para leitura:


VERMELHO, Alane B. Práticas de Microbiologia. Grupo GEN, 2019. E-book. ISBN
9788527735575.
FADER, Robert C. Burton - Microbiologia para as Ciências da Saúde. Grupo GEN,
2021. E-book. ISBN 9788527737302.
TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. Grupo
A, 2017. E-book. ISBN 9788582713549.
MADIGAN, Michael T.; MARTINKO, John M.; BENDER, Kelly S.; et al.
Microbiologia de Brock. Grupo A, 2016. E-book. ISBN 9788582712986.
NEVES, Paulo A. Manual Roca Técnicas de Laboratório - Líquidos Biológicos.
Grupo GEN, 2011. E-book. ISBN 978-85-412-0256-5
MCPHERSON, Richard A.; PINCUS, Matthew R. Diagnósticos Clínicos e
Tratamento por Métodos Laboratoriais de Henry. Editora Manole, 2012. E-book. ISBN
9788520451854.
MORAES, Sandra do L.; FERREIRA, Antonio W. Diagnóstico Laboratorial das
Principais Doenças Infecciosas e Autoimunes, 3ª edição. Grupo GEN, 2013. E-book. ISBN
978-85-277-2308-4.
CAQUET, René. 250 Exames de Laboratório: Prescrição e Interpretação. Thieme
Brazil, 2017. E-book. ISBN 9788554650711.
PROCOP, Gary W. Diagnóstico Microbiológico - Texto e Atlas, 7ª edição. Grupo
GEN, 2018. E-book. ISBN 9788527734516.
NICOLL, Diana. Manual de Exames Diagnósticos. Grupo A, 2019. E-book. ISBN
9788580556261.

3.5 PARASITOLOGIA
Descrever os exames laboratoriais realizados durante o estágio curricular, da forma
como se pede nas orientações abaixo:
EXAME: Descreva o tipo específico de exame clínico ou procedimento que foi
estudado ou realizado durante o estágio. Por exemplo, pode ser um exame físico, uma técnica
de imagem, um teste laboratorial, etc.
FINALIDADE: Explique qual é o propósito ou objetivo principal do exame em
questão. Isso pode incluir a detecção precoce de doenças, monitoramento da progressão da
doença, avaliação do estado de saúde de um paciente, entre outros.

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PRÍNCIPIO: Detalhe o princípio científico por trás do exame ou procedimento. Isso


envolve explicar como a técnica funciona e qual é a base teórica ou biológica que a sustenta.
Por exemplo, se for um exame de imagem, discuta os princípios físicos envolvidos na formação
da imagem.
APLICAÇÃO CLÍNICA: Aborde as situações clínicas em que o exame é comumente
utilizado. Isso pode incluir uma variedade de condições médicas para as quais o exame é
relevante, bem como suas limitações e considerações práticas.
METODOLOGIA: Descreva os passos ou procedimentos específicos envolvidos na
realização do exame. Isso pode incluir preparação do paciente, coleta de amostras, uso de
equipamentos especializados, interpretação de resultados, entre outros aspectos técnicos.

Ao responder a esses tópicos, vocês devem ser claros, concisos e fornecer exemplos
sempre que possível para ilustrar suas explicações. É importante também que demonstrem
compreensão não apenas da técnica em si, mas também de sua relevância clínica e suas
implicações para o cuidado do paciente.

Algumas referências para leitura:


NEVES, Paulo A. Manual Roca Técnicas de Laboratório - Líquidos Biológicos.
Grupo GEN, 2011. E-book. ISBN 978-85-412-0256-5.
MCPHERSON, Richard A.; PINCUS, Matthew R. Diagnósticos Clínicos e
Tratamento por Métodos Laboratoriais de Henry. Editora Manole, 2012. E-book. ISBN
9788520451854.
MORAES, Sandra do L.; FERREIRA, Antonio W. Diagnóstico Laboratorial das
Principais Doenças Infecciosas e Autoimunes, 3ª edição. Grupo GEN, 2013. E-book. ISBN
978-85-277-2308-4.
NEVES, Paulo A. Manual Roca Técnicas de Laboratório – Fezes. Grupo GEN, 2011.
E-book. ISBN 978-85-412-0252-7.
CAQUET, René. 250 Exames de Laboratório: Prescrição e Interpretação. Thieme
Brazil, 2017. E-book. ISBN 9788554650711.
REY, Luís. Parasitologia, 4ª edição. Grupo GEN, 2008. E-book. ISBN 978-85-277-
2027-4.
NICOLL, Diana. Manual de Exames Diagnósticos. Grupo A, 2019. E-book. ISBN
9788580556261.

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3.6 UROANÁLISE
Descrever os exames laboratoriais realizados durante o estágio curricular:
EXAME

NOME DO EXAME: Uroanálise EAS.


FINALIDADE: exame laboratorial realizado em amostras de urina coletadas,
envolvendo a análise física, química e microscópica da urina cuja finalidade principal é fornecer
informações sobre a saúde do trato urinário e de outros sistemas do corpo, detectar condições
médicas como infecções do trato urinário, doenças renais, diabetes mellitus, distúrbios
metabólicos, entre outros (CAQUET, 2017).
PRÍNCIPIO: baseado em diferentes princípios científicos. A análise física da urina
inclui avaliação da cor, odor, densidade e pH, fornecendo pistas sobre a presença de substâncias
anormais. Na análise química, reagentes específicos são adicionados à amostra de urina para
detectar a presença de componentes como glicose, proteínas, cetonas, bilirrubina e
urobilinogênio. A análise microscópica permite a visualização de elementos celulares, como
células sanguíneas, células epiteliais, cilindros e cristais, que podem indicar diferentes
condições médicas (NICOLL, 2019).
APLICAÇÃO CLÍNICA: amplamente utilizado na prática clínica para diagnosticar e
monitorar uma variedade de condições médicas, sendo particularmente útil na detecção precoce
de infecções do trato urinário, avaliação de doenças renais, monitoramento de pacientes com
diabetes mellitus, identificação de distúrbios metabólicos e acompanhamento de pacientes com
distúrbios hepáticos (CAQUET, 2017).
METODOLOGIA: a realização do EAS envolve vários passos. Primeiramente, o
paciente é instruído a coletar uma amostra de urina limpa e não contaminada. Em seguida, a
amostra é submetida à análise física, incluindo avaliação visual da cor e odor, medição da
densidade e determinação do pH. Após isso, reagentes químicos são adicionados para realizar
a análise química, seguida pela centrifugação da amostra e observação microscópica dos
sedimentos para identificar elementos celulares e outras estruturas (MCPHERSON & PINCUS,
2012)
CASO CLÍNICO

TÍTULO DO CASO: Diagnóstico de Infecção do Trato Urinário

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IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: O paciente é uma mulher de 44 anos de idade,


sem histórico médico relevante.
HISTÓRIA CLÍNICA: a paciente, uma mulher de 44 anos sem histórico médico
relevante, apresenta queixa de disúria, polaciúria e urgência miccional. Relata também dor
lombar e hematúria macroscópica.
EXAMES LABORATORIAIS:
 Exame Uroanálise EAS

Físico:

o Odor amoniacal
o Cor amarelo cristalino
o Aspecto turvo

Químico:

o Negativo para todos os componentes


o pH: 6,5
o Sangue: ++
o Sedimentos raros
o Bactérias escassas

Hematúria maciça

POSSÍVEL DIAGNÓSTICO: Com base nos resultados da uroanálise EAS,


especialmente a presença de sangue ++, hematúria maciça e leucocitúria, o possível diagnóstico
é de infecção do trato urinário (ITU) (NICOLL, 2019).
DISCUSSÃO: A ITU refere-se a uma condição médica comum, especialmente em
mulheres. Ela se caracteriza pela presença de microrganismos no trato urinário, que podem
causar inflamação e diversos sintomas, como disúria, polaciúria, urgência miccional, dor
lombar e hematúria. A uroanálise EAS consiste em um exame laboratorial indicado para o
diagnóstico da ITU. O pH ácido da urina (6,5) e a presença de sangue ++ e hematúria maciça
são achados que corroboram para a suspeita de ITU. A leucocitúria, embora não presente neste
caso, também é um indicativo importante da infecção (CAQUET, 2017).
Analisando-se criticamente os achados, pode-se afirmar que, segundo Neves (2011):
 Sangue ++ e hematúria maciça: Indicam sangramento no trato urinário, que pode ser
causado por inflamação e/ou lesão da mucosa vesical.
 Leucocitúria (ausente neste caso): Indica a presença de glóbulos brancos na urina, um
sinal de resposta inflamatória à infecção.

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 Bactérias escassas: A presença de bactérias na urina, mesmo em quantidade escassa,


pode ser um indicativo de ITU. No entanto, é importante considerar a possibilidade de
contaminação da amostra.
 pH ácido da urina: O pH ácido da urina (6,5) é um fator que favorece a proliferação
de bactérias uropatogênicas.
Os exames laboratoriais, como a uroanálise EAS, são ferramentas essenciais para o
diagnóstico da ITU. Eles permitem a identificação de sinais inflamatórios (leucocitúria),
sangramento (hematúria) e presença de microrganismos (bacteriúria), que são fundamentais
para a confirmação da infecção. Recomenda-se, ainda, confirmar o diagnóstico com cultura de
urina, iniciar tratamento antibiótico adequado, conforme orientação médica e investigar
possíveis causas de ITU recorrente, se for o caso.

3.7 COLETA
Discorrer materiais utilizados e sobre todos os tipos de coletas que foram realizados no
setor, de forma descritiva e prática, a fim de que se torne reproduzível a partir da sua descrição.
Apresente a finalidade do exame, os materiais utilizados e a metodologia (como foi
realizado o exame) aplicada, pode-se acrescentar algumas observações, quanto a limitação do
exame, valores de referência, significado clínico, quaisquer outras informações que julgar
relevante para o entendimento e aprofundamento dentre a prática laboratorial.
Preferencialmente coloque fotos que ilustrem os métodos e conceitos, de forma a tornar
mais compreensível todo o processo.

Algumas referências para leitura:


CAQUET, René. 250 Exames de Laboratório: Prescrição e Interpretação. Thieme
Brazil, 2017. E-book. ISBN 9788554650711.
MARTY, Elizângela; MARTY, Roseli M. Materiais, Equipamentos e Coleta -
Procedimentos Básicos de Análises Laboratoriais. Editora Saraiva, 2014. E-book. ISBN
9788536521091.
NEVES, Paulo A. Manual Roca Técnicas de Laboratório - Sangue. Grupo GEN,
2011. E-book. ISBN 9788527736794.
NICOLL, Diana. Manual de Exames Diagnósticos. Grupo A, 2019. E-book. ISBN
9788580556261.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De forma sucinta e objetiva, discorra sobre o que você achou do estágio, ressaltando os
pontos que você acha que contribuiu para sua formação e os processos envolvidos nela, assim
como os pontos que lhe atrapalharam ou que acha que dificultou a execução da rotina ou
aprendizado.

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5 REFERÊNCIAS

BRACHT, Emy Luiza Ishii-Iwamoto A. Métodos de laboratório em bioquímica. Editora


Manole, 2003. E-book. ISBN 9788520442593.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Norma Regulamentadora NR-6 da


Portaria nº 3214/1978. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-
br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-6-nr-6. Acesso em: 24 mar. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)


Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União; Brasília, DF.
10 de dezembro de 2004. Disponível em: http://www.unesp.br/pgr/pdf/rdc30604anvisa.pdf.
Acesso em: 25 mar. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo para a prática de higiene das mãos em serviços
de saúde. Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente, Brasília, DF,
2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 786, de 5 de


maio de 2023 - Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios
Clínicos. 2023. Disponível em:
https://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_786_2023_.pdf/d803afbc-59c1-
4dc2-9bb1-32f5131eca59. Acesso em: 24 mar. 2024.

CAQUET, René. 250 Exames de Laboratório: Prescrição e Interpretação. Thieme Brazil,


2017. E-book. ISBN 9788554650711.

LORENZI, Therezinha F. Atlas Hematologia. Grupo GEN, 2005. E-book. ISBN 978-85-
277-1997-1.

MARTY, Elizângela; MARTY, Roseli M. Hematologia Laboratorial. Editora Saraiva, 2015.


E-book. ISBN 9788536520995.

MCPHERSON, Richard A.; PINCUS, Matthew R. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por


Métodos Laboratoriais de Henry. Editora Manole, 2012. E-book. ISBN 9788520451854.

NELSON, David L.; COX, Michael M.; HOSKINS, Aaron A. Princípios de Bioquímica de
Lehninger. v.1. Grupo A, 2022. E-book. ISBN 9786558820703.

NEVES, Paulo A. Manual Roca Técnicas de Laboratório - Líquidos Biológicos. Grupo


GEN, 2011. E-book. ISBN 978-85-412-0256-5.

NICOLL, Diana. Manual de Exames Diagnósticos. Grupo A, 2019. E-book. ISBN


9788580556261.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Orientações sobre a higiene das mãos


na área da saúde. Geneva: WHO; 2006. p. 7-13.

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PINTO, Wagner de J. Bioquímica Clínica: Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN


9788527731478.
PRADO, M. F.; OLIVEIRA, A. C. J.; NASCIMENTO, T. M. B.; MELO, W.A.; PRADO, D.
B. Estratégia de promoção à higienização das mãos em unidade de terapia intensiva. Cienc
Cuid Saúde; 11(3):557-564, 2012.

TOY, Eugene C.; JR., William E S.; STROBEL, Henry W.; et al. Casos clínicos em
bioquímica. Grupo A, 2016. E-book. ISBN 9788580555752.

ZOCHIO, L. B. Biossegurança em laboratórios de análise clínica. São José do Rio Preto:


Academia de ciências e tecnologia, 2009.

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