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MIGRAÇÃO INTERNACIONAL: CRÍTICA AO CONCEITO DE VULNERABILIDADE

UTILIZADO PELA SAÚDE COLETIVA

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RESUMO

A migração internacional é um fenômeno global que tem desafiado governos,


organizações internacionais e a sociedade em geral. Com a crescente mobilidade da
população em todo o mundo, tornou-se imperativo entender os diversos aspectos
que envolvem esse tema complexo. Nesse contexto, a Saúde Coletiva, como área
que busca promover o bem-estar da população, tem se dedicado a compreender
como a migração internacional afeta a saúde das pessoas que se deslocam e das
comunidades receptoras. Este artigo tem por objetivo, analisar o conceito de
vulnerabilidade utilizado pela Saúde Coletiva no contexto da migração internacional.
Foi utilizado o método de revisão bibliográfica. Conclui-se que a migração
internacional sendo um fenômeno global de deslocamento de pessoas entre países,
apresenta uma série de desafios complexos, incluindo questões de saúde que
exigem uma abordagem abrangente. A vulnerabilidade, nesse contexto, não é
limitada ao aspecto biológico, mas abraça uma gama ampla de fatores sociais,
econômicos e culturais que podem aumentar a exposição a doenças e outros
problemas de saúde. O reconhecimento da dinamicidade da vulnerabilidade é vital,
pois ela pode variar ao longo do tempo e em diferentes contextos, influenciada por
desigualdades sociais, econômicas e educacionais.

Palavras-chave: Saúde coletiva; Migração; Imigração; Vulnerabilidade.


1 INTRODUÇÃO

A migração internacional é um fenômeno global que tem desafiado governos,


organizações internacionais e a sociedade em geral. Com a crescente mobilidade da
população em todo o mundo, tornou-se imperativo entender os diversos aspectos
que envolvem esse tema complexo. Nesse contexto, a Saúde Coletiva, como área
que busca promover o bem-estar da população, tem se dedicado a compreender
como a migração internacional afeta a saúde das pessoas que se deslocam e das
comunidades receptoras (referência?).
No entanto, a concepção do termo "vulnerabilidade" adotado pela Saúde
Coletiva tem sido objeto de críticas e debates acalorados. A vulnerabilidade é
frequentemente usada como um conceito-chave para descrever as condições de
saúde das populações migrantes, mas sua aplicação e interpretação podem ser
ambíguas e problemáticas (por quê?). Isso levanta a necessidade de uma análise
crítica e reflexiva sobre como o termo é utilizado nesse contexto específico
(Martinello e Lutinski, 2022) Qual valor? Preciso de um artigo crítico. Que obedeça as normas
padrão de um artigo, ABNT 2023.
A vulnerabilidade pode ser entendida como a exposição a riscos e a falta de
capacidade de resposta adequada a esses riscos. No contexto da migração
internacional, os migrantes frequentemente enfrentam desafios específicos que
podem torná-los mais vulneráveis em termos de saúde. Esses desafios incluem
barreiras linguísticas, falta de acesso a serviços de saúde, discriminação,
instabilidade social e econômica, entre outros (SOUZA e OLIVEIRA, 2021).
Por outro lado, a Saúde Coletiva tem como objetivo promover a equidade em
saúde e reduzir as disparidades na saúde da população. No entanto, a aplicação do
conceito de vulnerabilidade pode ser criticada por não levar em consideração as
nuances das experiências dos migrantes, tratando-os de forma homogênea e
descontextualizada. Isso levanta questões sobre a eficácia das políticas de saúde
pública direcionadas a essa população e sobre a capacidade do conceito de
vulnerabilidade em capturar a complexidade das questões de saúde enfrentadas
pelos migrantes (MARTINELLO e LUTINSKI, 2022 ABNT 2023).
Portanto, este artigo tem por objetivo, analisar o conceito de vulnerabilidade
utilizado pela Saúde Coletiva no contexto da migração internacional. Ao fazê-lo,
busca-se lançar luz sobre as limitações e desafios associados a esse conceito e
propor abordagens mais abrangentes e sensíveis às necessidades das populações
migrantes. Através dessa análise, espera-se contribuir para um entendimento mais
profundo das questões de saúde enfrentadas pelos migrantes e, assim, informar
políticas e práticas de saúde mais eficazes e equitativas.
A justificativa para a realização deste estudo reside na relevância e nas
implicações significativas que o conceito de vulnerabilidade na Saúde Coletiva tem
para a compreensão e o enfrentamento dos desafios de saúde enfrentados pelas
populações migrantes em contextos internacionais. À medida que a migração
internacional continua a crescer em escala e complexidade, é fundamental que a
abordagem adotada pela Saúde Coletiva esteja em consonância com as
necessidades e realidades das pessoas que se deslocam e das comunidades que
as recebem. Uma concepção inadequada de vulnerabilidade pode levar a
intervenções de saúde mal direcionadas, que não atendem às necessidades
específicas dos migrantes e não promovem a equidade em saúde. Portanto, este
estudo visa fornecer uma base crítica para a reavaliação do conceito de
vulnerabilidade na Saúde Coletiva, visando aprimorar as políticas e práticas de
saúde voltadas para as populações migrantes.
Além disso, a justificativa se baseia na necessidade de preencher uma lacuna
na literatura acadêmica relacionada à Saúde Coletiva e à migração internacional.
Embora haja uma vasta quantidade de pesquisa sobre a migração e seus impactos
na saúde, ainda há escassez de estudos que explorem detalhadamente como o
conceito de vulnerabilidade é aplicado nesse contexto específico. Portanto, este
estudo contribuirá para o avanço do conhecimento nessa área, oferecendo uma
análise crítica das abordagens existentes e propondo uma reflexão sobre como é
possível melhorar a compreensão e o tratamento das questões de saúde das
populações migrantes. Dessa forma, espera-se que este trabalho tenha um impacto
relevante não apenas no campo acadêmico, mas também na formulação de políticas
de saúde e na prática clínica relacionada à migração internacional.
Foi determinado que a pesquisa bibliográfica seria empregue para produzir
esta pesquisa. Isso indica que a literatura científica e/ou acadêmica sobre o assunto
em questão foi considerada como fonte de pesquisa. Exemplos de tais trabalhos
incluem livros, artigos, teses e um grande número de outros trabalhos encontrados
na literatura. Essa estratégia foi desenvolvida com base em pesquisas realizadas em
diversas bibliotecas online.
A pesquisa bibliográfica é um método de documentação que consiste em
reunir uma coleção de artigos ou referências bibliográficas sobre um determinado
tema, pessoa, publicação ou obra publicada em qualquer parte do mundo. Isso pode
ser feito em qualquer lugar do planeta. É um projeto que se concentra em um
determinado período de tempo e transmite informações pertinentes a esse período
de tempo (referência?).
Além dos textos traduzidos, artigos e citações, os seguintes critérios foram
aplicados ao próximo projeto de pesquisa: citações, pesquisas relacionadas ao
tema, artigos que apresentem o tema em questão, teses e dissertações e
publicações que não forneçam a tema.
Uma leitura exploratória preliminar foi utilizada para compilar o conjunto de
dados. Todo o material selecionado foi submetido a uma leitura objetiva ou rápida, a
fim de verificar se a obra em questão contribui ou não para a metodologia da
pesquisa.
Além disso, foi realizada leitura seletiva para completar a leitura extensiva a
fim de verificar a consistência do conteúdo que seria criado. Isso foi feito para
confirmar a coerência do material. Por fim, foram criados registros dos dados
utilizados, iniciando com o nome do autor e finalizando com a data de publicação da
obra em questão.
A interpretação de dados é o processo de usar técnicas para examinar os
dados, a fim de chegar a uma conclusão com base nessa análise. A interpretação de
dados é uma das etapas mais importantes no processo de processamento de dados.
Esta última seção incluiu uma síntese das informações estudadas e
desenvolvidas, bem como uma leitura analítica de todo o material, com ênfase na
ciência por trás de sua organização. Nesta fase da investigação, a coleta e análise
dos dados levaram ao desenvolvimento de uma solução para o problema de
pesquisa, que tinha objetivos amplos e específicos.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O CENÁRIO DA MIGRAÇÃO


A migração é um fenômeno humano ancestral que se refere ao movimento de
pessoas de uma região geográfica para outra, e é intrínseco à história. Ela pode
ocorrer em diferentes escalas, desde a migração local dentro de uma cidade até a
migração internacional entre países. As razões para a migração são variadas e
incluem a busca por melhores oportunidades econômicas, o escape de conflitos,
perseguições ou desastres naturais, entre outros motivos. Independentemente das
motivações, a migração desempenha um papel fundamental na dinâmica
demográfica de uma região, afetando seu crescimento populacional e estrutura
etária (REDIN, 2020).
A migração pode ser categorizada de diversas formas, sendo a migração
interna aquela que ocorre dentro de um país, enquanto a migração internacional
envolve a travessia de fronteiras. Ela pode ser de curto prazo, como a migração
sazonal de trabalhadores agrícolas, ou de longo prazo, como a imigração para
estabelecer residência permanente em outro país. O status legal dos migrantes varia
de acordo com as leis de imigração do país de destino, e existem diferentes tipos de
migrantes, incluindo migrantes econômicos em busca de melhores condições de
vida e refugiados que fogem de perigos iminentes (OLIVEIRA, SILVA e OLIVEIRA,
2019).
Além das implicações demográficas, a migração também exerce influência
sobre a cultura, economia e sociedade das áreas de origem e destino. Ao longo da
história, as migrações contribuíram para a disseminação de línguas, costumes e
tradições. Ela também desempenha um papel fundamental no mercado de trabalho,
trazendo novos trabalhadores e habilidades para as economias receptoras. No
entanto, a migração pode gerar desafios, como a necessidade de integração de
novos grupos culturais (o foco é a saúde, que desafios podem gerar?), o que
envolve questões sociais, culturais e políticas complexas (GRAJZER, VERONESE e
SCHLINDWEIN, 2021).
Políticas de imigração e leis de refúgio são instrumentos importantes para
governos lidarem com o fluxo migratório, e essas políticas podem ser influenciadas
por fatores políticos, como políticas de asilo e acordos bilaterais entre países. No
contexto contemporâneo, a migração internacional é um tema de grande interesse e
debate global (por quê?), com migrantes frequentemente enfrentando desafios como
barreiras linguísticas, adaptação cultural e questões legais (repetição de ideia
anterior) (BRUEL, RIGONI e ARMAGNAGUE, 2021).
A migração é um campo de estudo interdisciplinar (a migração ou a saúde
Coletiva?) que envolve sociologia, economia, antropologia, direito e muitas outras
disciplinas. Ela desempenha um papel fundamental na formação da diversidade
cultural e étnica das sociedades modernas (se está se referindo a Migração
internacional, só trás beneficios? Quais impactos para a sociedade receptora? Quais
as vulnerabilidades que estão impostos?) (OLIVEIRA, SILVA e OLIVEIRA, 2019).

2.2 SAÚDE COLETIVA

A saúde coletiva é uma disciplina interdisciplinar que tem como principal


objetivo promover a saúde e o bem-estar das populações, adotando uma
abordagem que transcende a simples tratativa de indivíduos isolados. Nesse
contexto, ela reconhece que a saúde é um fenômeno complexo, influenciado por
uma ampla gama de fatores, incluindo aspectos sociais, econômicos, culturais e
ambientais. A promoção da equidade na saúde é uma das pedras angulares dessa
disciplina, buscando reduzir as disparidades entre diferentes grupos da sociedade
(SILVA, SCHRAIBER e MOTA, 2019).
A saúde coletiva valoriza a prevenção de doenças e a promoção da saúde
como estratégias fundamentais para melhorar o bem-estar das populações. Ela
reconhece que investir em medidas preventivas é muitas vezes mais eficaz e
sustentável do que a mera intervenção médica. Além disso, enfatiza a análise dos
determinantes sociais da saúde, considerando fatores como educação, renda,
habitação e acesso a serviços de saúde (ALCÂNTARA, VIEIRA e ALVES, 2022).
A abordagem da saúde coletiva não se limita aos aspectos biológicos da
saúde, mas também incorpora elementos sociais e comportamentais que
desempenham um papel crucial na saúde das pessoas. É uma disciplina que
promove a participação ativa da comunidade e a colaboração entre diferentes
setores, incluindo governo, organizações não governamentais e acadêmicos, na
busca por soluções que promovam a saúde (NUNES, 2019).
O conceito também se apoia na epidemiologia, que é uma ferramenta
essencial para entender a distribuição de doenças e fatores de risco em uma
população. Isso permite identificar grupos de maior vulnerabilidade e direcionar
intervenções de saúde de forma mais precisa. Além disso, a disciplina preocupa-se
em assegurar que os serviços de saúde sejam de alta qualidade, acessíveis e
eficazes, reconhecendo que a saúde é um direito fundamental de todos
(ALCÂNTARA, VIEIRA e ALVES, 2022).
No cenário internacional, a globalização e a mobilidade (mobilidade não se
aplica aqui, estamos falando de migração internacional – travessia de fronteiras
internacionais) populacional têm aumentado a relevância da Saúde Coletiva,
especialmente em questões relacionadas à migração, surtos de doenças globais e
saúde ambiental. A disciplina adota uma abordagem holística (e qual é a abordagem
holistica nesse caso?), considerando a saúde como parte integrante do bem-estar
social e econômico de uma nação (SILVA, SCHRAIBER e MOTA, 2019).
A crítica ao conceito de vulnerabilidade no contexto da migração internacional
é uma área de pesquisa importante dentro da Saúde Coletiva. Ela se dedica a
analisar a vulnerabilidade dos migrantes e seu acesso aos serviços de saúde,
contribuindo para o desenvolvimento de políticas de saúde que atendam às
necessidades específicas dos migrantes e promovam a equidade na saúde (de que
forma?) (NUNES, 2019).

2.3 CONCEITO DE VULNERABILIDADE

A vulnerabilidade é um conceito de extrema importância que permeia diversas


áreas do conhecimento, desempenhando um papel fundamental na compreensão
das disparidades e desafios enfrentados pelas populações. Este conceito refere-se à
suscetibilidade de indivíduos ou grupos a riscos, danos ou adversidades que podem
impactar negativamente suas vidas. É um tema que transcende disciplinas, sendo
explorado em campos como a saúde, sociologia, psicologia e ciências sociais,
demonstrando sua amplitude e relevância (DIMENSTEIN e NETO, 2020).
A vulnerabilidade não é estática, mas sim um fenômeno dinâmico que pode
variar ao longo do tempo e em diferentes contextos. Ela pode ser influenciada por
uma variedade de fatores, incluindo condições socioeconômicas, contextos
ambientais, características individuais e eventos de vida. Nesse sentido,
compreender como a vulnerabilidade se manifesta é crucial para desenvolver
estratégias eficazes que visem à redução de desigualdades e ao aprimoramento da
qualidade de vida das populações (como?) (FLORÊNCIO et al., 2021).
É possível classificar a vulnerabilidade em diferentes categorias, como
vulnerabilidade social, econômica, de saúde e ambiental. A vulnerabilidade social
está intrinsecamente relacionada às condições de vida, ao acesso a recursos e às
redes de apoio social de um indivíduo ou grupo. Já a vulnerabilidade econômica
envolve a falta de recursos financeiros e o acesso limitado a oportunidades
econômicas, sendo um fator determinante para a desigualdade (FLORÊNCIO e
MOREIRA, 2021).
No contexto de saúde, a vulnerabilidade de saúde é um componente crítico,
abrangendo a suscetibilidade a problemas de saúde física ou mental. Ela vai além
da simples presença de doenças e engloba questões de bem-estar e qualidade de
vida. Além disso, a vulnerabilidade ambiental refere-se à exposição a riscos
ambientais, como poluição do ar ou desastres naturais, que podem afetar
adversamente a saúde das populações (e no caso dos migrantes internacionais?
Esse é o ponto, não generalizado)(DIMENSTEIN e NETO, 2020).
A análise da vulnerabilidade desempenha um papel central na formulação de
políticas públicas (somente na formulação de políticas?) que buscam reduzir
desigualdades e melhorar o bem-estar das comunidades. Ela nos permite identificar
grupos historicamente marginalizados, como minorias étnicas, mulheres, crianças e
idosos, que frequentemente enfrentam uma vulnerabilidade agravada devido a
fatores sociais, econômicos e culturais (ok, mas, e os migrantes internacionais, o
que eles enfrentam?) (FLORÊNCIO e MOREIRA, 2021).
É importante destacar que a vulnerabilidade não está restrita apenas à esfera
da saúde. Ela abrange uma ampla gama de áreas, desde questões econômicas até
preocupações ambientais (repetição). Em um cenário global, a pandemia de COVID-
19 evidenciou a importância de considerar a vulnerabilidade das populações em
momentos de crise de saúde global, destacando a necessidade de respostas
equitativas e eficazes (e os migrantes internacionais?) (DIMENSTEIN e NETO,
2020).
A pesquisa contínua sobre a vulnerabilidade é fundamental para aprimorar a
compreensão de como ela evolui e como as intervenções podem ser direcionadas
de maneira mais eficaz. Através desse conhecimento, possibilita-se desenvolver
estratégias que visem à redução da vulnerabilidade das populações em diversas
áreas, promovendo uma sociedade mais justa, saudável e resiliente para todos
(FLORÊNCIO et al., 2021).
2.4 USO DO TERMO VULNERABILIDADE NA SAÚDE COLETIVA

O termo "vulnerabilidade" é um pilar fundamental na Saúde Coletiva, utilizado


para compreender a exposição de diferentes grupos e indivíduos a riscos de saúde.
Ele transcende as barreiras do biológico e abraça aspectos sociais, econômicos e
ambientais que podem aumentar a suscetibilidade a doenças e outros problemas de
saúde (repetição de ideia). Reconhece que a equidade na saúde é um objetivo
essencial, uma vez que nem todas as pessoas ou comunidades enfrentam os
mesmos riscos à saúde (e os migrantes internacionais?)(MARTINELLO et al., 2023).
A vulnerabilidade pode ser exacerbada por desigualdades sociais,
econômicas e educacionais, colocando em desvantagem grupos historicamente
marginalizados, como minorias étnicas, migrantes, pessoas em situação de pobreza
e pessoas com deficiências (repetição de ideia, porque ocorre e como ocorre?).
Além disso, o acesso limitado a serviços de saúde de qualidade é um fator que
contribui para a vulnerabilidade, criando uma complexa teia de desafios (DOS
SANTOS et al., 2020).
Essa vulnerabilidade não é estática (dito anteriormente, reptição de ideia sem
explicação); ela pode variar ao longo do tempo e em diferentes contextos (como?). A
Saúde Coletiva aborda essa dinâmica, buscando compreender os determinantes
sociais da saúde que aumentam a vulnerabilidade das populações. A análise
epidemiológica (somente?) desempenha um papel essencial na identificação de
grupos vulneráveis e na avaliação dos fatores de risco associados a eles
(FLORÊNCIO et al., 2021).
Entretanto, a vulnerabilidade não se restringe apenas a doenças infecciosas.
Ela abrange uma ampla gama (repetição) de condições de saúde, desde doenças
crônicas até questões relacionadas à saúde mental e ao acesso aos cuidados de
saúde (e...). Portanto, compreender a vulnerabilidade é crucial para a formulação de
políticas de saúde pública eficazes e abrangentes (sério, somente isso? Essa é a
crítica?) (MARTINELLO et al., 2023).
A Saúde Coletiva não se contenta em identificar a vulnerabilidade; ela busca
promover estratégias de prevenção e intervenções que reduzam a vulnerabilidade
das populações. Isso inclui não apenas medidas clínicas, mas também a abordagem
de fatores sociais e econômicos subjacentes que contribuem para a vulnerabilidade
(DIMENSTEIN e NETO, 2020).
A crítica ao conceito de vulnerabilidade na Saúde Coletiva frequentemente
ressalta a necessidade de uma abordagem mais holística, que leve em consideração
uma variedade de fatores sociais, econômicos e culturais. Além disso, destaca a
necessidade de políticas públicas que ataquem as raízes da vulnerabilidade e
promovam a equidade na saúde (FLORÊNCIO et al., 2021).
A pandemia de COVID-19 trouxe à tona a importância de abordar a
vulnerabilidade das populações em momentos de crise de saúde. A vulnerabilidade
pode ser exacerbada em situações de emergência de saúde (somente em casos de
emergencias?), enfatizando a necessidade de respostas eficazes e equitativas (que
respostas seria essa?). A pesquisa contínua na Saúde Coletiva visa aprimorar o
entendimento da vulnerabilidade e suas implicações para a saúde das populações
(ok, mas, populações é generaluizado! e os migrantes internacionais podem
equipara-los a todos de modo geral? O foco é vulnerabilidades – migrantes
internacionais e a crítica ao conceito e está mais uma repetição de ideias
desfritivas). Ela busca desenvolver estratégias que reduzam a vulnerabilidade e
promovam a saúde de forma abrangente (DOS SANTOS et al., 2020).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo desta análise, foi analisado a complexa interconexão entre migração


internacional, vulnerabilidade e Saúde Coletiva. Concluiu-se então que a migração
internacional, sendo um fenômeno global de deslocamento de pessoas entre países,
apresenta uma série de desafios complexos, incluindo questões de saúde que
exigem uma abordagem abrangente. É aqui que o conceito de vulnerabilidade
emerge como um elemento fundamental na Saúde Coletiva, pois nos ajuda a
entender como determinados grupos e indivíduos estão mais suscetíveis a impactos
negativos na saúde (em momento algum isso ficou claro no texto).
A vulnerabilidade, nesse contexto, não é limitada ao aspecto biológico, mas
abraça uma gama ampla de fatores sociais, econômicos e culturais que podem
aumentar a exposição a doenças e outros problemas de saúde (repetição!). O
reconhecimento da dinamicidade da vulnerabilidade é vital, pois ela pode variar ao
longo do tempo e em diferentes contextos, influenciada por desigualdades sociais,
econômicas e educacionais. Grupos historicamente marginalizados, como minorias
étnicas, migrantes, pessoas em situação de pobreza e pessoas com deficiências,
frequentemente enfrentam uma vulnerabilidade agravada.
A Saúde Coletiva, como uma disciplina interdisciplinar, aborda essas questões
de maneira holística. Ela transcende a mera análise de determinantes biológicos e
incorpora fatores sociais, comportamentais e ambientais que influenciam a saúde.
Além disso, enfatiza a importância do acesso a serviços de saúde de qualidade
como um fator crítico na redução da vulnerabilidade.
Embora o conceito de vulnerabilidade seja central na Saúde Coletiva, ele não
está isento de críticas. Muitos argumentam (esse era o objetivo, fazer essa crítica)
que é necessária uma abordagem mais abrangente que leve em consideração
diversos fatores sociais, econômicos e culturais para compreender completamente a
vulnerabilidade em saúde. Além disso, políticas públicas são essenciais para
combater as raízes da vulnerabilidade e promover a equidade na saúde.
Assim, conclui-se que a pesquisa contínua na Saúde Coletiva é fundamental
para aprimorar o entendimento sobre vulnerabilidade e suas implicações para a
saúde das populações. Ela visa desenvolver estratégias eficazes que reduzam a
vulnerabilidade e promovam a saúde de forma abrangente.

REFERÊNCIAS

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