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ATENÇÃO INTEGRADA A DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA

1. Conceito
A estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) é uma
abordagem que aceita e responde pela condição da criança doente em toda a sua
complexidade. Para isso, usa-se uma estratégia padronizada, baseado em normas
internacionais com grande impacto na redução da morbimortalidade infantil.

2. Objectivos

● Reforçar o conceito de integralidade da atenção à criança nos serviços de saúde,


permitindo identificar os principais problemas que afetam a saúde da criança;
● Fortalecer a capacidade de planejamento e resolução no primeiro nível de atenção,
colocando à disposição dos profissionais de saúde conhecimentos que permitam a
resolução adequada dos problemas mais frequentes que afetam a saúde da criança;
● Tornar o acesso da atenção à saúde da criança universal, colocando à disposição da
população tecnologias apropriadas de diagnóstico e tratamento dos problemas de
saúde mais frequentes.

3. Metodologia do atendimento da AIDPI


Consiste na sequência de procedimentos a serem adotados pelos profissionais de saúde
para alcançar os objetivos da AIDPI. Para ajudar o profissional de saúde a atender as
crianças menores de 5 anos de idade de forma correta e eficiente, os passos a seguir são:
avaliar e classificar a criança; identificar o tratamento; tratar; aconselhar a mãe ou o
acompanhante; consulta de retorno.

3.1 Avaliar e classificar a criança

Avaliar implica em preparar um histórico de saúde da criança, mediante perguntas


adequadas e um exame físico. Avaliar significa determinar a gravidade da doença; será
selecionada uma categoria ou classificação para cada um dos sinais e sintomas principais
que indiquem a gravidade da doença. As classificações não constituem um diagnóstico
específico da doença mas, ao contrário, são categorias utilizadas como instrumento para
identificar o tratamento.

3.1.1 verificar sinais de riscos gerais

● Receber bem a mãe e peça-lhe que se sente. Diga seu nome, sua função e
pergunte o seu nome e o da criança;
● Pergunte à mãe qual o problema da criança;
● Determine se é primeira consulta ou consulta de retorno para este problema;
● Perguntar e observar sinais de riscos gerais:
3.1.2 Avaliar e classificar tosse ou dificuldade respiratória

Avaliação
● Na anamnse deve se perguntar:
○ Se a quanto tempo?
○ A criança tem sibilância?
● No exame físico deve se objectivar:
○ Tiragem costal;
○ Estridor;
○ Fervores crepitantes;
○ Aferir a frequência respiratória: é considerado respiração rápida se de 2 a 12
meses apresentar 50 c/min. ou mais; se de 1 a 5 anos apresentar 40 c/min.
ou mais.
Classificação

3.1.3 Avaliar e classificar a sibilância

Avaliar
● Na anamnese deve se perguntar:
○ A quanto tempo?
○ Primeira crise?
○ Está em uso de broncodilatador há 24h?
● No exame físico deve se objectivar:
○ Nível de consciência da criança;
○ Se há sibilância;
○ Se há estridor em repouso;
○ SPO2 (saturação de oxigénio);
○ Frequência respiratória;
○ Tiragem.
Classificar

3.1.4 Avaliar e classificar a diarreia

Avaliar
● Na anamnese deve perguntar:
○ Há quanto tempo?
○ Há sangue nas fases?
● No exame físico deve se objectivar:
○ Condições gerais da criança: se está letárgica ou inconsciente; inquieta ou
irritada;
○ Se os olhos estão muito fundos;
○ Oferecer líquidos e observar se: não consegue beber ou bebe muito mal;
bebe avidamente, com sede;
○ Verificar se ao fazer prega cutânea a pele volta ao estado anterior: muito
lentamente (mais de 2seg.); lentamente (entre 1 a 2seg.);
Classificar

Avaliar desnutrição, anemia e outros problemas de crescimento.

Avaliar
● No exame físico deve se avaliar se:
○ Há emagrecimento acentuado visível;
○ Edema em ambos os pés;
○ Palidez palmar;
○ Verificar o crescimento: averiguar a relação peso idade.
Classificar

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