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BASES FILOSÓFICAS E NOÇÃO DE

CIÊNCIA EM ANÁLISE DO Prof. Ms. Marlo Lopes


COMPORTAMENTO
Introdução
 Final do séc. 19 e início do séc. 20:
Definição do objeto de estudo da psicologia

 Objetos de estudo tradicionais:


“Estados mentais”, “Mente”, “Psiquê”

 Métodos tradicionais:
Método filosófico (ensaio teórico), Método objetivo
(introspecção) e Método comparativo (anatomia e emoções)
Filosofia Psicologia objetiva Psicologia comparativa
Introdução
 Final do séc. 19 e início do séc. 20:
Definição do objeto de estudo da psicologia

 Objetos de estudo tradicionais: “Estados mentais”, “Mente”, “Psiquê”


 Métodos tradicionais: Filosofia (introspecção), Método objetivo
(introspecção) e Método comparativo (anatomia e emoções)

 Qual é o problema desses três métodos?


Seus resultados são subjetivos, relativos
Watson (1913)

Introdução

 O behaviorismo de Watson surge para


criticar a filosofia, a introspecção e os
métodos comparativos em busca da
“mente” e da essência psíquica humana.

 Atenção: Watson não considerava a


filosofia inútil, mas, para o projeto
científico da psicologia, ela não trazia
resultados conclusivos.
John B. Watson As ciências naturais constituem
uma classificação que abarca as
áreas da ciência que visam a
estudar o mundo em seus
 “A Psicologia é uma ciência natural” aspectos físicos, isto é, estudar
os fenômenos da vida recorrendo
 Objetivos da Psicologia: aos elementos presentes no
mundo concreto, sem precisar
 Previsão do comportamento e
manipulação das variáveis que o incluir na sua explicação supostos
influenciam elementos metafísicos. O mundo é
entendido como regulado por
regras ou princípios de
 Objeto de estudo: origem natural.
 Comportamentos manifestos, observáveis

 Método:
 Experimental
Novo marco:
behaviorismo radical
B. F. Skinner (1904-1990)
 Graduação em Literatura inglesa e Línguas
latinas (Hamilton College)
 Pós-graduação em Psicologia na
Universidade de Harvard
 Desenvolveu o conceito de comportamento
operante
 Consolidou a ideia de que pensamentos e
sentimentos são comportamentos e podem
ser estudados cientificamente
▪ John B. Watson (1878-1958) ▪ B. F. Skinner (1904-1990)
Determinantes do comportamento:
behaviorismo radical

Análise molecular (restrita)

Sd : R --- Sr
Assistir à aula
Horário da aula Se dirigir à faculdade
Determinantes do comportamento:
behaviorismo radical
Análise molar (mais ampla)

Cobrança dos
pais Evitar reclamação dos pais

Sd : R --- Sr Fazer novas


amizades

Sentir-se
solitário Obter um título de
Cursar uma graduação graduado

Época de concursos para uma área específica em alta


O behaviorismo radical
Dois momentos na obra de Skinner:
OBRAS:

1º (1930 – 1938) O comportamento dos


- Influência da física mecanicista organismos (1938)

- Estímulo  Resposta (Psicologia S-R)


Análise operante dos termos
psicológicos (1945)
2º (1938 – 1990)
- Influência da Biologia Ciência e comportamento
humano (1953)
- Elaboração do conceito de “operante”
- Selecionismo Seleção pelas
consequências (1981)
O behaviorismo radical
MODELO EXPLICATIVO:
SELEÇÃO PELAS CONSEQUÊNCIAS

Três níveis de seleção do comportamento:


- Filogenético
- Ontogenético
- Cultural
O behaviorismo radical
ESTUDA O COMPORTAMENTO PÚBLICO E
PRIVADO

Eventos privados (pensar, sonhar etc.) fazem


parte do objeto de estudo da análise do
comportamento porque são ações do
organismo
Esses eventos são comportamentos,
determinados por antecedentes e mantidos
por suas consequências, e são mantidos se
reforçados
O behaviorismo radical

 As críticas feitas a Skinner são as que Skinner fazia a


Watson: não considerar comp. internos; ser mecanicista

O BEHAVIORISMO RADICAL É MONISTA:


 Eventos públicos e privados diferem na acessibilidade, não
na natureza
 Importância do relato verbal para os estados internos
O behaviorismo radical
NOÇÃO DE CAUSALIDADE

O que é uma causa?

Modelo comum na Psicologia: Modelo Mentalista


(os estados internos explicam o comportamento
público ou consciente)

“Érico não conversa porque é tímido”


“Fernando fuma muito porque é viciado”
“Carla está trancada no quarto porque está com
raiva”
O behaviorismo radical
NOÇÃO DE CAUSALIDADE

Alguns modelos não podem ser estudados cientificamente


Ex.: Influência dos astros (signos), cartas etc.

Há modelos ultradeterministas
Ex.: Influência exclusiva da hereditariedade
Influência exclusiva da cultura

Essas explicações excluem a Psicologia


O behaviorismo radical
NOÇÃO DE CAUSALIDADE

Algumas explicações equivocadas:

Causas neurofisiológicas
Ex.: Maria está triste porque os níveis de
serotonina estão baixos

Causas internas metafísicas


Ex.: Maria está triste porque a personalidade
dela é melancólica
O behaviorismo radical
É possível prever um comportamento?
É possível modificar um
comportamento?

Se o comportamento é uma interação


entre indivíduo e ambiente, não seria o
caso de tentar manejar essa relação?
Ex.: criatividade
O behaviorismo radical
Não é a mente que “manda” o corpo se
comportar, é o organismo como um todo
que se comporta, pensando e fazendo,
ensaiando, testando, experimentando...
Ex.: Encontrar uma entrada para uma
casa trancada

“Pensamento não é causa: é mais um


comportamento que precisa ser
explicado” (Skinner, 1953)
O behaviorismo radical
CONCEPÇÃO DE SER HUMANO:

“As pessoas agem sobre o mundo, modificando-o, e, por sua


vez, são modificadas pelas consequências de sua ação”
(SKINNER, 1957, p. 15)

O ser humano é sociohistórico


- A história de vida de cada um depende de sua interação com o
ambiente (seleção pelas consequências)
Críticas equivocadas
 Simplista

 Mecanicista

 Reducionista

 Behaviorismo é Psicologia S-R

 Behaviorismo desconsidera a subjetividade

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