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Livro Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente

Posted on 30/05/2017 Psicanálise ClínicaPosted in Formação em Psicanálise, Psicanálise

A obra Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente foi publicada por Sigmund Freud em 1905,
quatro anos depois da Psicopatologia da Vida Cotidiana. O livro, no entanto, não obteve tanto
sucesso quanto o anterior. Apenas alguns anos mais tarde é que encontrou um lugar
confortável enquanto publicação.

Você já ouviu falar sobre esse livro? Não? Confira agora a análise dessa obra e sua relação com
as piadas, o humor e o inconsciente para Freud!

Índice de Conteúdos:

Sobre o Livro Os Chistes, de Freud

Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente

O humor como porta para o inconsciente

Piadas Tendenciosas do Livro Os Chistes e Sua Relação com o Inconsciente

Entendimento das Piadas Tendenciosas e humor para Freud

O humor como estratégia para o recalque

Um exemplo

Quanto à Técnica

Conclusão: os chistes na psicanálise de Freud

Sobre o Livro Os Chistes, de Freud

O livro Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente, escrito no início da década de 1900, traz a
relação das piadas e suas motivações. Sigmund Freud analisa tais características e tentar
compreender qual seria o real motivo delas serem contadas. Além disso, ele aponta que o
chiste está baseado em seis técnicas básicas:

condensação — junção de duas palavras ou expressões para formar um equivoco;

deslocamento — sentido de uma expressão é deslocado no discurso;

duplo sentido — uma expressão ou palavra que possuem mais de um sentido;

uso do mesmo material — uso das palavras para gerar um novo sentido;

trocadilho ou chiste por semelhança — em que um expressão se refere ao outro sentido;

representação antinômica — quando se afirma algo e logo em seguida a nega.

Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente


Como já diz o título, o livro trata da análise psicanalítica do humor. Utilizando o espírito
metódico característico, Freud analisa a técnica por trás das piadas. A partir dessa análise, ele
conclui que elas têm a mesma função e origem que os sintomas psíquicos neuróticos, os
sonhos e os atos falhos.

Ou seja, o chiste é também uma forma de expressão do inconsciente. As piadas,


principalmente as tendenciosas, serviriam como uma forma de liberar determinados
pensamentos inibidos. Isto é, pensamentos que foram objeto de recalque.

Em seu livro, Freud chamou a atenção para o fato de que o cômico não foi objeto de muitos
estudos até então. Nem na psicologia, nem na filosofia. Ainda hoje, mais de um século depois,
o tema continua menos explorado do que poderia.

Um dos aspectos que explicaria essa alta de interesse científico seria que grande parte do
prazer envolvido na piada é inconsciente. Tanto para quem pratica quando para o receptor.

O humor como porta para o inconsciente

Entender esse processo inconsciente, que constitui o chiste, é completamente dispensável para
se entender o chiste em si. Isso quer dizer que você não precisa compreender a motivação
inconsciente de uma piada para achar graça dela. Dessa forma, as explicações quanto ao
mecanismo da comicidade não despertam grande interesse historicamente.

Em um primeiro momento, vemos o autor analisando alguns conceitos críticos para


compreender porque a piada é engraçada para nós. Ou seja, o que nos faz achar graça. Assim,
ele analisa estilos de estrutura dos chistes, como aqueles baseados na fusão ou na modificação
e palavras.

Com isso, ele compreendeu que as intenções de cada um são elementos importantes para
determinar qual estilo ou forma de chistes essa pessoa utilizará.

Piadas Tendenciosas do Livro Os Chistes e Sua Relação com o Inconsciente

Freud se preocupa, ainda, em tratar das piadas tendenciosas e das inocentes. Freud ressalta,
no livro já mencionado, que o chiste inocente é quase sempre responsável apenas pelo riso
moderado, ocasionado principalmente pelo seu conteúdo intelectual. Por exemplo, piadas de
“toc toc”, que não contêm um sentido mais amplo e profundo.

Enquanto o chiste tendencioso é aquele capaz de provocas uma explosão de riso. Esse fato,
observável empiricamente, teria sido o que demonstrou ao autor a impossibilidade de deixar
de lado em sua pesquisa o chiste tendencioso.

O autor coloca ainda que, como os dois tipos de piadas possuem a mesma técnica, o tornaria o
chiste tendencioso irresistível. Isso seria por que, por conta de seu objetivo, ele poderia possuir
fontes de prazer das quais as piadas inocentes não poderiam acessar.

Quando se refere às piadas tendenciosas, quer dizer apenas que ela possuem uma tendência
ou um objetivo específico. Enquanto a graça das piadas inócuas ou inocentes se encontra em
sua técnica, a das tendenciosas deriva tanto da técnica quando do conteúdo expresso por ela.
Seu objetivo último é o de satisfação de desejos inconsciente.
Entendimento das Piadas Tendenciosas e humor para Freud

Para Freud, as piadas tendenciosas seriam uma forma de nos esquivarmos de nossas inibições
para expressar nossas pulsões ou nossos conteúdos mentais inconscientes. Nesse sentido, elas
são utilizadas para que expressemos tudo aquilo que não poderia se tornar consciente por
outros meios. É como a função do sonho.

Assuntos de cunho sexual, por exemplo, que não costumam ser tratados abertamente com
pessoas pouco próximas, podem ser trazidos a tona por meio dos chistes. Basta perceber como
as piadas que utilizam esse tipo de conteúdo provocam riso.

O humor como estratégia para o recalque

Como dito anteriormente, ao contar uma piada, principalmente se ela for tendenciosa, se
expressa pensamentos reprimidos. Nesse caso, pode-se perceber o humor como um
mecanismo para lidar com o recalque.

Onde, o recalcado tem a liberdade para se expressar sobre assuntos que estavam reprimidos
até então. Por exemplo, piadas de conteúdos “proibidos socialmente”, o chamado “humor
negro“.

Um exemplo

Freud dá em seu livro um exemplo muito interessante, que acredito que possa ajudar todo
mundo a compreender essa noção.

O autor conta a história de um rei que andava pelas ruas de seu domínio. Enquanto caminhava,
encontrou um aldeão que se parecia muito com ele. Tamanha era a semelhança que o rei
parou para conversar com o súdito. O rei então lhe perguntou “a sua mãe já esteve na corte?”,
ao que o aldeão respondeu: “não, senhor, mas meu pai sim”.

Nesse caso, temos uma piada cuja fonte de prazer se encontra tanto na técnica quando no
conteúdo que ela expressa. Pensemos primeiramente no conteúdo. O rei, ocupante da mais
alta posição de poder, zomba de um aldeão através de uma insinuação sexual. O aldeão, que
deve servir e respeitar seu rei, não poderia ofender a ele ou à sua mãe diretamente.

Por meio de uma piada, no entanto, ele consegue expressar seu desejo de respostas que, de
outra forma, seria barrado antes de alcançar seu consciente.

Quanto à Técnica

Quanto à técnica, Freud acredita que quanto mais velado estiver o conteúdo da piada, mais
bem elaborada ela é. E, portanto, mais cômica. Continuando com nosso exemplo, podemos
demonstrar o nível de elaboração desse chiste analisando o pensamento por trás da piada. Se
eliminamos a técnica e olhamos só para o conteúdo, a resposta do aldeão seria diferente.

Ele diria “não, senhor, o seu pai não fez sexo com a minha mãe, mas o meu pai pode ter feito
com a sua”. Além de uma forma de insultar a mãe do rei (de acordo com as normas sexuais
vigentes), a frase indica ainda que se algum dos dois é o resultado de uma relação
extraconjugal, sendo caracterizado como filho ilegítimo, esse alguém é o rei.
Conclusão: os chistes na psicanálise de Freud

Podemos perceber, portanto, que a piada é composta pela técnica e pelo conteúdo, e sua graça
deriva de ambos. Ainda assim, Freud não conseguiu definir qual a proporção entre a
importância desses elementos. Assim, concluímos que os chistes para Freud são uma forma de
expressão dos conteúdos inconscientes. Podemos dizer que a teoria freudiana destaca quatro
formas de expressão vísivel de conteúdos inconscientes:

os chistes: conforme explicado neste artigo;

os sonhos: são as estradas que levam aos desejos e medos do inconsciente;

os atos falhos: por meio de trocas “involuntárias” de palavras ou de gestos.

os sintomas: é também uma forma com que a mente elabora uma dor recalcada em uma
manifestação visível.

Atos Falhos
Equívoco na ação

O ato falho, segundo Freud é a representação simbólica de um pensamento que, na verdade,


não se destinava a ser admitido de maneira séria e consciente. Os atos falhos se caracterizam
por atos não intencionais – a nível consciente – porém que vêm dizer de algo, e quando
investigados, percebe-se que foram intencionais, porém a nível inconsciente (uma forma do
conteúdo inconsciente se fazer presente nas mais diversas situações, mesmo quando não é o
momento julgado apropriado, ou de vontade do Eu consciente que aquele conteúdo apareça).

Estes atos falhos ou descuidados, não diferente de outros erros e equívocos, muitas vezes
aparecem como meios para satisfazer os próprios desejos da pessoa em questão, apesar de ela
negar que eles existam dentro de si mesma; por isso geralmente são vistos por ela e também
pelos outros, como atos acidentais.

Alguns atos que aparentam ser desajeitados e acidentais, na realidade podem ser
extremamente hábeis e consequentes, pois estão regidos por uma intenção inconsciente e, na
maioria das vezes, alcançam seu objetivo de maneira precisa.

Erros e os atos falhos

Segundo Freud, os erros de memória (ou então ilusões de memória) não são reconhecidos
como erros propriamente ditos, pelo contrário: é lhe dado crédito como algo verdadeiro.
Porém, onde surge um erro, oculta-se um recalcamento. Um erro que muitas vezes passa
despercebido, é a substituição de algo que está oculto no inconsciente.

Freud atenta para o fato de que esses erros provindos do recalcamento, devem ser distinguidos
de erros que se baseiam numa verdadeira. Alguns dos erros e atos falhos são mais importantes
do que aparentam. Na verdade, é pelos erros e atos falhos que são faladas as maiores verdades
do ser humano, mesmo sem o sujeito se dar conta disto, ou sem querer conscientemente
deixar que aquela verdade seja dita ou mostrada.
É algo que ultrapassa a esfera do Eu e as vontades do Eu; aparecem porque aparecem, porque
as forças do inconsciente atuam o tempo todo nos seres humanos, regem as ações,
comportamentos e pensamentos.

Considerações finais

Os atos falhos são fenômenos muito comuns e podem ser observados com facilidade em cada
pessoa. A questão de grande valor do ato falho é que ele pode aparecer e se manifestar em
qualquer pessoa, sem absolutamente implicar em doença. Existem algumas condições para
que uma situação seja classificada como ato falho. Como o ato falho ocorre em qualquer
sujeito, sem a implicação de alguma doença, é necessário que este ato falho não exceda certas
dimensões; pode ser uma perturbação de caráter momentâneo e temporário; além de que,
geralmente quando a pessoa se dá conta do ato falho, a priori não reconhece nenhuma
motivação para ele, e comumente é tentado explicar por meio da ‘desatenção’ ou
‘causalidade’.

Já que os atos falhos são a manifestação daquilo que excede ao Eu consciente, verifica-se que o
não-sabido (“desconhecido”, “inconfessado”) que se opunha às intenções conscientes do ato
(que se tornou falho), encontrou outra saída (uma contravontade que se volta diretamente
contra a intenção em si, ou por caminhos incomuns através de associações externas) depois
que lhe foi barrado o primeiro caminho.

O primeiro caminho é barrado, muitas vezes, pois os pensamentos perturbadores provêm de


moções suprimidas da vida anímica, que não se expõe ao Eu consciente, geralmente por
questões morais. Apesar de o material reprimido não ser acessível à consciência em primeira
instância, deve-se considerar que os atos falhos, atos casuais e sintomáticos não são criados
apenas pela própria existência dos pensamentos ou moções recalcados, mas sim por uma
intenção do recalcado se impor à consciência. Ou seja, pode-se concluir que mesmo quando
algo não é reconhecido conscientemente, não significa que ele não exista.

Atos falhos e o inconsciente


O inconsciente (as fantasias e desejos recalcados) rege os atos e condutas do ser humano,
mesmo quando este não quer ser revelado desta ou daquela forma. A verdade mais profunda
do ser – aquilo que escapa do Eu consciente – sempre aparece de alguma forma.

Através deste estudo foi possível verificar a importância de pequenas ações, e algumas vezes
impasses, do cotidiano; pois é nestes pequenos atos que as pessoas também se manifestam,
expressam-se e declaram-se. Mesmo quando um material psíquico foi suprimido
(incompletamente), apesar de ter sido repelido pela consciência, ainda assim tem a capacidade
de, de algum modo, se expressar.
Por fim, além de ressaltar a importância de cada pequeno ato, o estudo realizado confirma não
só a existência do inconsciente, mas também a atuação deste no dia-a-dia de todo ser humano,
manifestando-se não apenas àqueles que têm alguma perturbação da ordem do
“normal”/“patológico”. Todos da espécie humana estão sujeitos a imposições e influências de
seu próprio inconsciente, a qualquer tempo.

Atos falhos: significado e exemplos na Psicanálise


Afinal, o que são atos falhos? Qual o conceito ou significado de atos falhos na visão da
Psicanálise? Que exemplos podemos pensar para entender com mais clareza esse tema? Para
Freud, o acesso ao inconsciente é labiríntico, só é acessível por erros, lapsos, distrações. Por
isso, devemos conhecer o conceito de atos falhos para dominarmos um recurso poderoso para
acessar o inconsciente. Ficou curioso? Continue a leitura e descubra tudo sobre os atos falhos!

Índice de Conteúdos:

A mente humana é muito protetora

O ato falho surge de uma verdade instalada no inconsciente

Os 4 tipos de atos falhos segundo Freud

Um ato falho pode ser a chave para um acerto

Falhas significativas

Os atos falhos mostrarão os desejos recalcados no inconsciente

Conclusão

A mente humana é muito protetora

É muito interessante descobrir que, quando estamos falhando, na verdade, estamos acertando.
Descobrir que nossa mente age de maneira tão protetora conosco é algo surpreendente!

Através do ato falho, pode-se descobrir muitas coisas. Podemos compreender o porquê de a
esposa insistir em chamar o atual cônjuge pelo nome do ex marido, por exemplo. Mesmo ela
dizendo ao atual esposo que esqueceu o antigo parceiro. Pois, certamente, o objeto dos atos
falhos estão em nosso inconsciente.

O ato falho surge de uma verdade instalada no inconsciente

Vejamos um exemplo: uma pessoa perde seu cãozinho de estimação, porém este cãozinho era
muito peralta e desobediente, e ela sempre reclamava por ele ser assim. Ela o amava muito.
Inconsolada, ela fala que não quer mais nenhum cãozinho para que não se apegue e sofra
novamente. Entretanto, passa uns dias e ela ganha outro cachorro de alguém que tenta
confortá-la pela perda do outro.
Ela fica contente com a possibilidade de ter um novo amiguinho e coloca-lhe, logo, um novo
nome. Mas erra, chamando-o pelo nome do que já morreu. O novo cãozinho é mais obediente
e até adestrado, mas ela reclama dele. Ou seja, ela não queria um novo cãozinho porque ainda
não havia superado a perda do outro.

Assim, ela chama sempre o novo cãozinho pelo nome do antigo, porque, na verdade, ela queria
que aquele cãozinho fosse o que morreu e, por isso, também o trata implicando com ele, como
se fosse o outro mesmo o novo sendo mais comportado.

Outro exemplo é quando, mesmo querendo dizer (ou escrever) a palavra x, falamos e
escrevemos a palavra y. Pode não fazer sentido conscientemente, mas inconscientemente há
algo a ser exposto.

Atos falhos psicanálise resumo

Os 4 tipos de atos falhos segundo Freud

Freud considera que existem quatro tipos diferentes de atos falhos:

Lapsos de língua: na fala, na escrita ou na leitura. Por exemplo, quando uma pessoa troca o
nome de uma pessoa pelo nome de outra.

Esquecimentos: esquecer-se de nomes próprios, de palavras de outros idiomas, de sequências


de palavras, de impressões, de intenções, de lembranças da infância ou lembranças
encobridoras, além de esquecimentos que provocam extravios ou perdas.

Equívocos na ação: parecem ser atos provocados por atitudes desajeitadas ou acidentais, mas
que podem indicar uma justificativa inconsciente. Ex.: quando se quebra involuntariamente um
objeto.

Erro: ideias que atribuímos verdadeiras quando, tecnicamente, são equivocadas. Exemplos de
erros segundo a psicanálise são os lapsos de memória ou ilusões de memória, em que a pessoa
tem plena convicção de um fato aconteceu, quando na verdade foi uma criação ou distorção de
memória.

Um ato falho pode ser a chave para um acerto

Então, podemos dizer que o mesmo acontece com pessoas que se casam pela segunda vez,
sem ter se recuperado ou esquecido o passado. Quando ela repete o nome do ex cônjuge, é
um erro, mas que pode ser a solução para muitas questões de sua vida, se observada essa falha
“acertada”.
Certamente, o passado não poderá mais ser corrigido, mas poderemos e devemos tentar
corrigir o presente, pois dele depende nosso futuro. É grandioso ver como uma falha pode ser
a chave para um acerto.

Assim, também podemos encontrar a solução para aquele casal que vive brigando porque a
esposa sempre se esquece de comprar as coisas que ele gosta de comer ou se esquece de
passar a roupa que ele vai usar no outro dia.

Ela não consegue se lembrar das coisas do marido, porque elas são importantes para ele, e não
pra ela. Ou seja, como essas coisas não são de responsabilidade dela, não há motivos para que
ela se preocupe. Cabe a ele cuidar de suas próprias coisas.

Falhas significativas

Então, agora que ela detectou a falha, pode então se tornar um acerto. Descobrir que os atos
falhos na verdade são acertos, faz toda diferença. Em vez de ficarmos nos culpando pelas
falhas que cometemos, vamos encontrar uma chave para este ato falho. Teremos assim a
solução para nossos problemas familiares, profissionais e sociais.

É como disse Freud: “tais erros não são apenas erros, não são falhas sem significado. Se
investigarmos o porquê de acontecerem, veremos que – por um outro ponto de vista – o erro é
um acerto”.

Averiguamos, então, que atos falhos são, na verdade, desejos inconscientes. E que, se nos
atentarmos a eles, encontraremos a solução para muitos problemas.

Assim, eles deixarão de ser falhos para ser somente coisas que gostaríamos de fazer, mesmo
que de forma inconsciente. Se não fosse Freud fazer esta fantástica descoberta, talvez muitos
viveriam oprimidos e angustiados com estes atos falhos, sem se quer saber ou imaginar que
eles seriam a saída para arrumarmos a bagunça do nosso inconsciente.

Os atos falhos mostrarão os desejos recalcados no inconsciente

Em suma, podemos afirmar sem medo que os atos falhos serão nossos acertos ou são nossos
acertos, que a busca em achar a solução para muitos problemas são observar e atentar para os
nossos atos falhos.

Isto é, um conteúdo insuportável, por trazer lembranças dolorosas, é “escondido” em nosso


inconsciente, pelo mecanismo do recalque ou recalcamento. Só se revelando na forma de
sintomas, como transtornos, fobias, sonhos, chistes e atos falhos.
Esses atos são a chave para muitas questões que ficaram mal resolvidas dentro de nós. E que
muitas das vezes tentamos mascarar de alguma forma, tentando provar a nós mesmos que
está tudo bem.

Mas, se atentarmos para os atos falhos, eles nos revelarão e certamente dirão que não está
tudo bem. É preciso dar atenção aos atos falhos, pois deles virão os ajustes e acertos
necessários.

Conclusão

O nosso inconsciente tem muito a nos revelar, mesmo aquilo que insiste em ficar lá escondido.
E se não fosse através dos atos falhos, talvez não conseguiríamos descobri-lo e solucionar
pequenos problemas que podem também se transformar em gigantes.

Enfim, viva os atos falhos que nos conduzem aos acertos!

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