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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

CAMPUS AVANÇADO DE IGUATU – CAI

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CCSA

CURSO DE DIREITO

KÉREN ALVES FEITOSA

OS DESAFIOS PARA O COMBATE AO ETARISMO E AOS ABUSOS SOFRIDOS


PELA POPULAÇÃO IDOSA

IGUATU
2024
KÉREN ALVES FEITOSA

OS DESAFIOS PARA O COMBATE AO ETARISMO E AOS ABUSOS SOFRIDOS


PELA POPULAÇÃO IDOSA

Pré-projeto de pesquisa apresentado na disciplina de


Metodologia do Trabalho Científico como meio de 2ª Avaliação,
desenvolvido no Curso de Direito da Universidade Regional do
Cariri - Urca.
Orientador: Prof. Dr. Fernando Menezes Lima

IGUATU

2024
SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO PRÉ-PROJETO ...................................................................3


2. INTRODUÇÃO ........................................................................................................4
3. JUSTICATIVA...........................................................................................................4
4. HIPÓTESES.............................................................................................................5
5. OBJETIVOS.............................................................................................................5
5.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................5
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................5
6. REFERENCIALTEÓRICO........................................................................................6
7. METODOLOGIA.......................................................................................................7
8. CRONOGRAMA.......................................................................................................8
9. REFERÊNCIAS........................................................................................................9
1. IDENTIFICAÇÃO DO PRÉ-PROJETO

TÍTULO: Os Desafios para o Combate ao Etarismo e aos Abusos pela População


Idosa.

AUTOR: Kéren Alves Feitosa

ORIENTADOR: Prof. Dr. Fernando Menezes Lima

LINHA DE PESQUISA: Direito do Idoso

DURAÇÃO: 6 meses

INÍCIO: Janeiro

TÉRMINO: Junho
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2. INTRODUÇÃO

Desde o início da década de 70, o nosso país vem enfrentando um uma


redução na taxa de natalidade, condição que permeia diversos países ao redor do
mundo, mas um questionamento é levantado a partir do conhecimento desse fato:
estamos preparados para dar suporte à população idosa que está cada vez mais
iminente em nossa pátria?

Apesar do conhecimento de que todos nós envelheceremos algum dia, é


notória a desinformação, o preconceito e a negligência que assolam a população
com mais 60 anos, acarretando a vulnerabilidade, o abandono, e inevitavelmente o
sofrimento de pessoas que necessitam de cuidados especializados em diversos
aspectos da vida. Mesmo com mudanças presentes na constituição de 1988, que
trouxe algumas melhorias a respeito da segurança da pessoa idosa, ainda há muitas
mazelas presentes em nossa sociedade, muitas vezes silenciadas pelo Estado e
reproduzidas pelos cidadãos. A discriminação etária, conhecida popularmente como
etarismo, apesar de parecer um simples tipo de pré-conceito, vai muito além de
comentários desagradáveis, e pode afetar em diversos aspectos da vida de um ser
humano.

Além de tudo, a violência que sempre existiu tem tomado força nos últimos
anos, sendo esta tanto física como psicológica, o silenciamento deste grupo ainda
torna mais difícil o combate deste tipo de crime.

3. JUSTIFICATIVA

Levando em consideração o aumento brusco nos casos de violência contra a


pessoa idosa, o estigma que está fincado em nossa sociedade, e por ser tema de
saúde e segurança pública, torna-se crucial a análise deste tema tão importante e
infelizmente a cada ano menos debatido em nosso país. Abandonos afetivos,
violências verbais, físicas e financeiras são apenas alguns dos problemas sofridos
por uma parcela significativa de pessoas idosas, isto vem acontecendo por diversos
motivos e possivelmente conta do preconceito etário, que enxerga pessoas idosas
como mais um fardo, diminuindo a importância desse grupo tão importante. É de
suma importância ressaltar que violências contra a pessoa idosa partem
principalmente da própria esfera familiar.
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4. HIPÓTESES

Adotando como base a Lei n° 10.741 de 2003, que trata do Estatuto da Pessoa
Idosa, que garante:

Art. 4º Nenhuma pessoa idosa será objeto de qualquer tipo de negligência,


discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus
direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.

É possível formular algumas indagações, se compararmos o conteúdo da lei com a


realidade observada na atualidade, como por exemplo: será que a lei tem o poder
efetivo de combater as violências citadas, e se sim, por que não o faz? Porque é tão
difícil observar na sociedade essas punições, já que estão previstas em lei? Por que
mesmo a lei estando em pleno vigor as pessoas agem com tanto desdenho a esse
tipo de crime? Porque estamos tão alheios à essa parcela da população, e que
medidas devemos adotar para mudar esse quadro? É necessário a reformulação
das leis ou a criação de outras para assegurar concretamente a população idosa?

Mediante estas e outras indagações que surgem a respeito do combate à violência e


ao preconceito da pessoa idosa, é notória a insegurança perante o tema, se fazendo
urgente procurar explicações que possam sanar de forma satisfatória estes
questionamentos, para assim, caminharmos em busca de uma sociedade realmente
igualitária como esperado.

5. OBJETIVOS
5.1 OBJETIVO GERAL

Observar as causas e consequências decorrentes das violências contra pessoas


com 60 anos ou mais.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Analisar situações discriminatórias acometidas pela população idosa.


• Identificar possíveis causas para o aumento das violências contra pessoas
idosas.
• Observar a postura dos órgãos públicos perante a temática.
• Avaliar os impactos do Etarismo na sociedade atual e como ele se manifesta.
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6. REFERENCIAL TEÓRICO

Adentrando no tema velhice sob uma ótica freiriana, observaremos o otimismo


de Paulo Freire com relação ao passar do tempo. Em uma passagem do livro
Pedagogia da Autonomia ele afirma:

“[...] o inacabamento do ser ou sua inconclusão é própria da experiência


vital. Onde há vida, há inacabamento” (p.55), 1996.

Neste livro Paulo Freire expõe seus pensamentos à respeito da população idosa
adentrar à universidades, e sobre os desafios que devem ser superados.
Observando essa obra, várias questões são trazidas a tona: como um direito tão
básico como o ensino superior se mostra tão distante da população idosa, como o
preconceito tem apagado os sonhos da população idosa, lhes reduzindo à seres não
merecedores da arte, da diversão, do estudo, da vida.

Monteiro (2015) relata que envelhecer é sinônimo de viver, e que o processo


de envelhecer inclui uma série de transformações contínuas. Infelizmente nossa
sociedade se encontra arraigada na concepção de que a partir dos 60 anos, a vida
deve se estagnar, se tornar estática, sem objetivos sólidos ou sonhos aparentemente
difíceis.

Quando tratamos de temas como violência, nos restringimos a uma violência


física, apesar dela se constituir uma das principais, tendo tido um aumento de 87%
no início de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, segundo o senado
Federal, ela não é a única, pois pouco se fala e pouco se conscientiza a população
sobre a violência psicológica e o abandono afetivo que assola a população idosa. Na
canção “Não Vou Me Adaptar’’ Nando Reis e Arnaldo Antunes fazem uma crítica
cirúrgica a relações afetivas e velhice:

Os anos se passaram enquanto eu dormia, e quem eu queria bom me


esquecia. (2007)

A velhice traz consigo dificuldades tanto para a pessoa idosa quanto para seu
círculo de cuidado, porém essa fase deve ser encarada não como um peso, mas sim
como uma nova forma de enxergar a vida e superar preconceitos. No livro A Arte de
Envelhecer, Schopenhauer tece o seguinte pensamento:
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Todo dia é uma pequena vida - todo despertar e levantar, um pequeno


nascimento, toda fresca manhã, uma pequena juventude, e todo ato de
deitar-se e adormecer, uma pequena morte.

Ademais, faz-se necessário o contínuo estudo e atualizações bibliográficas sobre o


tema, visando o não esgotamento de obras, tornando o tema sempre atual e
presente em nosso dia a dia.

7. METODOLOGIA

O projeto apresentado acima foi desenvolvido pelo método de abordagem


hipotético-dedutivo, com o caráter de pesquisa qualitativa. Segundo Denzin e Lincoln
(2006), a pesquisa qualitativa envolve uma abordagem interpretativa do mundo, e os
pesquisadores que se utilizam dela tentam compreender os acontecimentos em
termos das interpretações que as pessoas a eles dão. O presente trabalho também
possuirá estudos detalhados tanto na parte externa (estudo de campo) como
também conclusões mais limitadas a partir dos estudos de casos e também dos
resultados colhidos através de interrogatórios feitos à população na qual a pesquisa
terminará de ser desenvolvida, visando informar a população e também trazer à tona
o tema proposto. Faz-se importante o lembrete de que este projeto teve fontes
confiáveis como base, visando o enriquecimento do trabalho proposto.
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8. CRONOGRAMA

ATIVIDADES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

PESQUISA X X X
BIBLIOGRÁFICA
FICHAMENTO X X X
DE DADOS
REDAÇÃO X X

REVISÃO
X
ENTREGA
X
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9. REFERÊNCIAS

Carraro, Valéria; Ferreira Cury, Mauro José. A EDUCAÇAO DA PESSOA IDOSA UNIVERSITÁRIA E
A PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE. Olhar de Professor, vol. 18, núm. 1, 2015, pp. 91-98. Disponível
em: https://www.redalyc.org/pdf/684/68459083009.pdf. Acesso em: 14 jan. 2024.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia.1996. Disponível em:


https://nepegeo.paginas.ufsc.br/files/2018/11/Pedagogia-da-Autonomia-Paulo-Freire.pdf. Acesso em:
19 jan. 2024.

SENADO FEDERAL. Violência contra pessoa idosa: Disque 100 recebeu mais de 47 mil
denúncias no início de 2023. 2023. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/tv/programas/cidadania-1/2023/08/violencia-contra-pessoa-idosa-disque-
100-recebeu-mais-de-47-mil-denuncias-no-inicio-de-2023#:~:text=06%2F08%2F2023-
,Viol%C3%AAncia%20contra%20pessoa%20idosa%3A%20Disque%20100%20recebeu%20mais%20
de. Acesso em: 21 jan. 2024.

SCHOPENHAUER, Arthur. A Arte de Envelhecer. 2012. Disponível em:


https://www.skoob.com.br/livro/pdf/a-arte-de-envelhecer/livro:261860/edicao:293428. Acesso em: 20
jan.

Não Vou me Adaptar - Nando Reis e Arnaldo Antunes. 2021. Disponível em:
https://youtu.be/dSE4Iq61-Z0?si=vVerFB9BI_3dfAEO. Acesso em: 22 jan. 2024.

Caderno de Atenção Básica. Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa, Ministério da Saúde,


Brasília - DF, 2006. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/evelhecimento_saude_pessoa_idosa.pdf. Acesso em: 22
jan. 2024.

Lei nº 10.741, de 1 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuo do Idoso e dá outras Providências.
Brasília - DF, 2003. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm#:~:text=LEI%20No%2010.741%2C%20DE
%201%C2%BA%20DE%20OUTUBRO%20DE%202003.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20o%20Es
tatuto%20do%20Idoso%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.&text=Art.,a%2060%
20(sessenta)%20anos.&text=Art.,-2o%20O. Acesso em: 23 jan. 2024.

VECCHIA, Roberta Dalla, et al. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Revista
brasileira de epidemiologia, 2005, 8: 246-252. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/240768477_Qualidade_de_vida_na_terceira_idade_um_con
ceito_subjetivo. Acesso em: 22 jan. 2024.

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