1) Síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido.
2) O diagnóstico inicial mais provável é a taquipneia transitória, por ser um quadro
comum em RNs, porém na radiografia da taquipneia transitória os pulmões aparecem normais ou hiperinsuflados com acentuação da trama peri-hilar.
3) Pulmões de baixo volume com padrão reticulogranular e broncogramas aéreos.
4) A etiologia da SDR se deve à quantidade insuficiente de surfactante pulmonar
decorrente da prematuridade do RN; o surfactante pulmonar é secretado pelos pneumócitos tipo II, ele é responsável por diminuir a tensão da superficial ar- líquido nos alvéolos e nos bronquíolos distais, dessa forma garantindo a expansão pulmonar e evitando o colapso deles. Quando há deficiência de surfactantes a pressão para abrir os alvéolos é maior, ou seja, a tensão superficial e a força de retração elástica estão aumentadas, essa instabilidade leva ao colapso progressivos dos alvéolos reduzindo a relação entre a ventilação e a perfusão, esse processo pode desencadear inflamação e edema pulmonar.
5) Os principais diagnósticos diferenciais são: taquipneia transitória do recém-
nascido, aspiração do líquido amniótico, edema pulmonar, pneumonia por estreptococos do grupo B.
6) Deveria ser solicitada gasometria para avaliar hipoxemia e hipercapnia e, cultura
do líquido cefalorraquidiano.
7) O tratamento é feito com suplementação de oxigênio conforme a gravidade do
caso, surfactante exógeno, prevenção da hipoxemia e da acidose, redução das demandas metabólicas, manutenção térmica, hídrica e calórica, a fim de evitar atelectasia. 8) As complicações da SDR são pneumotórax, pneumomediastino, pneumopericárdio, enfisema intersticial, infecções secundárias e hemorragia intracraniana.
9) Se feito o tratamento correto o prognóstico é excelente com taxa de mortalidade
inferior à 10%, o quadro tende a ser resolvido entre 3 e 5 dias.