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CENTRO UNIVERSITÁRIO PARAÍSO

CURSO: FISIOTERAPIA

RESENHA DE AULA
VENTILAÇÃO MECÂNICA APLICADA:
Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA)

A Síndrome do desconforto respiratório (SDRA) ,


consiste em uma resposta i nflamatória do adulto, atualmente
é chamada dessa forma mais completa para evidenci ar que
não acomete apenas adultos. Foi descrita pela primeira vez
em 1967, e desde então, foram surgindo consensos sobra a
sua forma de identificação, que não é tão fácil de ser
realizada.
Segundo Berl im, considera -se SDRA, quando há
hipoxemia agu da com relação de press ão parcial de oxigênio
atrial para FiO2 menor ou igual a 300mmHg, com peep maior
ou igual a 5cmH20 e infiltração bilateral na radiolog ia não
justificada por sobreca rga de fluxos ou insuficiência
cardíaca, gera edema inflamatório. Os desequilíbrios V/Q
contribuem para hipoxemi a.
Outro ponto a ser ressaltado, é que em casos de dúvida ,
onde não se sabe a história pregressa do paciente, deve -se
realizar um ecocardiograma , para observar se há ou não a
presença de edema cardi ogênico.
Entre as suas possíveis causas diretas, estão
pneumonias, contusão pulmonar, embolia gasosa, inalação,
aspiração de conteúdo gástrico, entre outras. Já nas causas
indiretas, pode se r por sepse, trauma grave com choque,
choque não cardiogênico, entre outras.
Esse síndrome se divide em três fases:
Fase exsudativa (aguda), onde há aumento da permeabilidade
capilar, influxo de edema rico em proteínas, que ao chegar
aos alvéolos lesiona o epitélio alveolar, causa danos aos
pneumócitos. Nessa fase a VM deve ser protetiva, buscando
não piorar a lesão .
Fase proliferativa: Reorganização do processo inflamatório ,
com deposição de fibroblastos.
Fase de reparo: Fase de recuperação pós injúria pulmonar, se
houver excesso de deposição de fibroblastos , pode gerar
fibrose pulmonar acentuada, dificultan do até mesmo a
sobrevida do paciente.
Na SDRA se busca restaurar as trocas gasosas , visando
a prevenção de lesão pulmonar induzida pela ventilaç ão
mecânica. É necessário fazer uso de estratégias de ve ntilação
protetora, com baixo volume corrente, baixa pressão de
distensão alveolar e baixa FiO2. O uso de volume corrente
baixo pode provocar hiperca pnia. A frequência respiratória é
ajustada em níveis mais altos para evitar o acúmul o de CO2.
A peep tem como função gerar aumento da capacidade
residual funcional, que é o que mantém o alvéolo aberto, visa
diminuir a resistência da s vias aéreas, melhorando a
complacência. A manobra de recruta mento alveolar visa
oferecer a umento de pressão na via aérea (promovendo
abertura do alvéolo). Se a mecânica piorar, a o aumentar a
peep, não se deve fazer recrutamento.
Titulação de PEEP: Obtenção da peep ideal que gere
maior complacência e menor dri ving pressure. É necess ário
retitular a peep quando há necessidade de mudar o volume,
quando há piora da mecânica respiratória ou oxigenação,
antes da posição prona. O paciente não pode ser
desconectado da VM para não perder a pressão e
recrutamento.

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