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Coréias

• As quatro estações do ano contribuem para a ampla variedade de


ingredientes presentes no país, e para a substancialidade nas refeições
preparadas para o apetite do coreano. O clima varia drasticamente com
as mudanças de estação, em particular no inverno e no verão. Ao norte
da Coreia os invernos são frios, já nas áreas ao sul parecem mais
quentes.
• A Coreia é um país com uma história de 5 mil anos, durante esse
período passou por vários reinados.
• No final do século XIX (A.C 1910 – D.C 1945), o Japão ocupou a
Coreia, saqueou os seus bens, censurou a cultura coreana até o ponto
de proibir o uso da escrita coreana o Hangeul. Os coreanos fizeram
movimentos para obter a sua independência, dentro e fora do país, até
que finalmente no final da 2ª Guerra Mundial, quando o Japão se
rendeu. Após o período de dominação japonesa, a Coreia sofreu a
Guerra da Coreia (1950-1953), e o resultado foi a divisão entre norte e
sul da Península da Coreia, onde ocorreram, também, grandes
mudanças sociais, econômicas e políticas.
• A divisão entre as Coreias, é claramente observada
pelas mudanças no território, no tipo de terreno, no
clima e na agricultura. As duas áreas quando
combinadas tem uma agricultura mínima, com
apenas 20% de terra arável, sendo que metade dela
Cozinhas é utilizada para o cultivo de arroz.
• A maior parte da produção agrícola da Coreia está
regionais localizada nas planícies do sudeste e oeste. O
cultivo das planícies fornece quantidades
abundantes de grãos e vegetais, e as áreas altas
oferecem cogumelos selvagens e cultivados, raízes
e verduras.
• A Coreia do Sul se tornou uma sociedade
industrializada, o que resultou em
pequenas fazendas com rendimento da
produção agrícola relativamente baixa. O
arroz como sendo mais significativo da
área, encontra-se na planície sudeste do
Honam. Outros produtos importantes são
as batatas, cevada, soja, frutas e vegetais.
A Coréia do Sul é uma das nações mais
importantes no que se refere a pesca da
marinha profunda e abriga uma indústria
pesqueira em sua costa. Os principias
animais encontrados nesta área são
bovinos, suínos e aves (frango).

• Na Coreia do sul prefere-se carne de


boi a de porco ou frango,
principalmente as cidades vizinhas à
capital, Seul. É ingrediente
importante de muitos pratos da área,
inclusive do kalbi ou galbi (costelas),
ou kalbi ou galbi (ensopados de
costelas), bulgogi (churrasco) e
yukgaejang(sopa de carne picante. A
carne de churrasco é muito popular,
Coreia do Sul sempre grelhada sobre um braseiro
quente chamado hware, a carne é
marinada em pedaços com um molho
picante, levemente adocicado, antes
de grelhar.
• O norte coreano,
sobretudo ao longo da
fronteira da china, prefere
carne de porco, por este
ser um animal fácil de ser
criado e sua carne ser
encontrada no mercado.

• A Coreia do Norte depende


excessivamente das colheitas do verão,
visto que os invernos são longos e
frios. Nessa sociedade comunista, a
maior parte da terra cultivada está em
fazendas coletivas, controladas pelo
Estado. A agricultura pouco produtiva
só melhorou por causa de projetos de
irrigação, do aumento de áreas de
cultivo, do uso de fertilizantes e da
mecanização. Os produtos mais
Coreia do Norte abundantes são arroz, milho, batatas,
soja e trigo. A pesca também é
profunda, fornecendo grande variedade
de peixes e frutos do mar como ostras,
bacalhau, arenque, sardinhas e cavala.
Como no Sul a carne mais consumida
é o gado, porco e frangos, que são
criados em locais não apropriados para
cultivo na agricultura.
Influência
cultural
sobre a
cozinha
coreana
• Na era dos três reinados (Koguyro, • Durante a dinastia de Koryi (918-1392),
Paekche e Silla), a fermentação se tornou criava-se gado, embora uma parte
um modo de conservar alimentos e houve
progressos na produção de arroz, no uso significativa da corte e os plebeus
da terra e nas técnicas de cultivo. Com a evitavam consumir carne, que além de ser
criação de navios e barcos houve uma cara e rara, também era rejeitada por uma
abundância de frutos do mar e peixes, pois
se viu mais facilidade em fazer a pesca. parte da sociedade budista. A
Na dinastia de Silla, ao mesmo tempo que consequência disso foi o aparecimento de
aumentava a produção de arroz no picles de peixes e frutos do mar como
território todo, nela houve uma guarnições de pratos. Em 1231 os
produtividade elevada de cevada, painço,
do sorgo, da soja, do feijão vermelho, mongóis invadiram a coreia e trouxeram
feijão mungo e do trigo sarraceno. O consigo os Rechauds e o Braseiro para
budismo chegou à China nessa época, grelhar carnes.
trazendo restrições alimentares.
• A influência chinesa continuou quando a • A dinastia Yi durou mais de 500
Coreia entrou no período Chosonsob anos, terminando com a
governo da dinastia Yi. O confucionismo,
lentamente, substituiu a maior parte da anexação de Coreia pelo Japão,
prática budista, trazendo um novo em 1910. Até então a coreia
conjunto de padrões que afetavam a permanecera intocada pelas
política, a estrutura familiar, os rituais e influências ocidentais que se
as cerimônias. A medida que o budismo haviam espalhado por toda a
se enfraqueceu, a sociedade coreana
aumentou o consumo de carne bovina, Ásia. Em 1945 a Coreia
suína, de frango e de faisão, sendo assim, conseguiu libertação do Japão e
abriu-se uma porta para a entrada de em 1953 o país foi
ingredientes vindos do exterior como politicamente dividido em norte
abóboras, pimentas, batata doce (do
Japão), batatas brancas (da China), milho
comunista e sul não comunista.
e tomates. A Dinastia de Yi, em particular, Até hoje, entretanto, o povo da
apoiava a expansão do comercio exterior. Coreia não se considera uma
A cozinha coreana continuou a expandir- única nação, que compartilha
se, em particular no regime imperial. uma herança cultural
semelhante.
Crenças e tradições

• O confucionismo teve um profundo impacto na • A influência da filosofia chinesa Yin e Yang


sociedade coreana. O rígido sistema que envolvia mostra-se no decisivo papel de desempenhar pelas
seguir rituais específicos nos feriados, incluía o quatro estações na dieta do coreano: para criar uma
preparo de comida, levando em conta a refeição nutritiva deve-se combinar grande
sazonalidade dos insumos e o valor nutricional dos variedade dos ingredientes disponíveis, observando
mesmos. Entre os pratos considerados nutritivos e sua sazonalidade e o equilíbrio necessário para
harmoniosos servidos nessas ocasiões, estavam a manter as necessidades nutricionais do corpo.
sopa de bolinhos de arroz, sopa dumplim e bolinhos Muitos festivais coreanos se focam na
feitos de arroz glutinoso. Julgava-se que o mingau sazonalidade, com ênfase no calendário lunar: os
de feijão vermelho, por exemplo, assegurava boa alimentos servidos nessas ocasiões estão
saúde, prevenindo resfriados e repelindo fantasmas simbolicamente ligados à estação do ano.
do inverno rigoroso que havia lá. Outro alimento
que era considerado muito simbólico era o
macarrão e vários tipos de bolinhos de arroz, pois
representavam vida longa a sociedade.
• A questão de servir o prato principal e o
número de acompanhamentos determinam a
etiqueta e como a mesa deve ser posta. Para
ganhar um sentido de bem estar, os alimentos
são apresentados em determinada ordem: os
acompanhamentos são dispostos no meio da
mesa e as tigelas individuais com arroz ficam
diante de cada comensal.
• A classificação da colocação da mesa coreana
é assim: 3-cheop (ou chop), 5-cheop, 7-cheop,
9-cheop e 12-cheop. A palavra cheop
corresponde ao número de
acompanhamentos servidos. Comem-se arroz,
a sopa e os ensopados com colheres, e os
acompanhamentos mais secos com palitos.
• Na Coreia, é considerado indelicado erguer as
tigelas ou pratos da mesa, ao contrario do que
ocorre na China e no Japão.
Culinária • Autêntica e rica, a culinária da Coréia soube
preservar a sua identidade. Os invasores Japão e
China não conseguiram mudar a culinária, pelo
contrário. Os coreanos usaram a interferência
para aperfeiçoar técnicas e inovar pratos. Em um
primeiro olhar, ou prova de uma comida, se
percebem algumas influências, mas as
semelhanças cessam por aí.
• A cozinha da Coréia foi se formando com o
decorrer dos séculos e das mudanças políticas e
sociais. A comida coreana é originária nos mitos e
lendas da antiguidade, assim ela incorporou uma
grande interação entre o ambiente natural e as
tradições culturais.
• A comida coreana, intensamente aromatizada, é
produto do cruzamento entre a culinária da corte e
a culinária menos extravagante das pessoas
comuns.
• As pimentas vermelhas, o alho, a soja, o gergelim, o gengibre e as cebolinhas verdes desempenham papel
fundamental no rico perfil de sabores do país. Os alimentos fermentados como kimchi, picles, molho de soja,
pasta de pimenta vermelha picante e pasta de soja reforçam lhe o caráter, dão textura e sabor únicos através
dos cincos sabores (doce, salgado, picante, ácido e amargo) e adicionam nutrientes a todas as refeições, cuja
base é sempre de arroz de grão curto fervido.
• De modo geral a dieta coreana é composta por carboidratos, principalmente arroz, macarrão, dumplings e
panquecas.
• O macarrão, em geral, é longo e servido em um liquido semelhante a sopa. Pode ser feito de trigo, trigo
sarraceno, arroz, soja, feijão mungo ou batata doce.
• Os dumplings da coreia são
semelhantes aos gyosa
japoneses, sempre temperados
de maneira única, são cozidos no
vapor, fritos ou fervidos e
acompanhados por molho de
soja com bastante alho.
• A panqueca popularmente conhecida como Pajon,
é sempre despejada mole por sobre cebolinhas
verdes e frutos do mar, podendo ser preparada em
casa, nos restaurantes ou por vendedores de rua.
As panquecas podem ser vegetarianas ou podem
conter carne ou frutos do mar. As massas moles
são preparadas com farinha de trigo, arroz
glutinoso ou farinha de trigo sarraceno com água e
um ovo.

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